XVIII Congresso de Iniciação Científica da UFAM Intervenção Ergonômica no Transporte e Armazenagem de Cargas nas Embarcações que atendem Arranjos Produtivos Locais na Amazônia Ocidental *Larissa Albuquerque de Alencar, Nelson Kuwahara, Rita Carolina Dias Santana Duarte O transporte fluvial na Amazônia Ocidental apresenta deficiências, principalmente, no que diz respeito às condições das embarcações que, em geral, encontram-se inadequadas para atendimento dos usuários finais. Em muitos casos, navegam com quantidade de passageiros e cargas acima da capacidade, além de transportá-los no mesmo convés. Estas condições não atendem as determinações das legislações vigentes no setor de transporte aquaviário, logo resultando em riscos aos usuários desse modal de transporte. De acordo com as normas da Marinha do Brasil (2006), os passageiros não devem compartilhar com as cargas o mesmo convés. O Ministério do Trabalho (2008) também afirma que os conveses devem estar sempre limpos e desobstruídos, dispondo de uma área de circulação que permita o trânsito seguro dos trabalhadores. O transporte de cargas no mesmo convés de passageiros ocorre, dentre outros motivos, pelo fato das embarcações não possuírem local adequado para armazenagem de cargas. Os porões geralmente não comportam a quantidade de cargas transportadas, bem como não atendem às especificidades das mesmas. O convés principal - único permitido para transporte de carga, de acordo com as normas da Marinha do Brasil (2006) - na maioria dos casos, não é organizado para o recebimento de produtos. A maior parte dos municípios da Amazônia Ocidental possui o modal hidroviário como única forma de transporte de passageiros e produtos. Assim, o processo de desenvolvimento econômico e social desta região requer bom desempenho da prestação dos serviços de transporte fluvial. Nesta região, também, existem aglomerados produtivos, denominados de arranjos produtivos locais - APL’s, que possuem potencial para desencadear geração de empregos e renda localmente. Estes arranjos atuam em diversos setores produtivos, dentre os quais, destacam-se: fruticultura e piscicultura. Estes arranjos necessitam do modal hidroviário para transportar sua produção, e por serem produtos distintos, as embarcações e os equipamentos utilizados para o armazenamento e transporte destes precisam ser adequados às especificidades de cada um, o que geralmente não ocorre. Com base nas necessidades observadas, desenvolveu-se proposição organizacional na armazenagem e transferência de cargas nas embarcações que atendem estes arranjos produtivos, visando adequar o transporte de produtos e passageiros, e regularizar a armazenagem de produtos nestes locais. Para tanto, foram realizadas observações e registros fotográficos em alguns portos das cidades de Manaus e Tabatinga. Também foram abordados os conceitos de Design, Ergonomia e normas para embarcações, sendo geradas, a seguir, alternativas que regularizam o transporte e armazenagem de cargas nas embarcações pesquisadas. Apoio financeiro: Projeto intitulado "Planejamento Logístico para os Arranjos Produtivos Locais da Amazônia Ocidental" (sigla: PLOGAMAZON), apoiado pela CHAMADA PÚBLICA MCT/FINEP - CTAQUAVIÁRIO - 01/2006, possuindo Referência de CONVÊNIO FINEP N. 5107/06 (FINEP/UNISOL/FUA/SUFRAMA), Instrumento contratual FINEP N. 01.07.0291.00. E o gerenciamento da bolsa de pesquisa ITI concedido pelo CNPq por meio do Processo CNPq 520275/2007-1. Palavras Chave: amazônia ocidental, arranjos produtivos locais, embarcações 1 Universidade Federal do Amazonas (UFAM)