E.7.1 - Ciência e Tecnologia de Alimentos CARACTERIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA UTILIZADA PARA PROCESSAMENTO DE MEL NO MUNICÍPIO DE MARCELINO VIEIRA- RN. 1 1 Stephano Bismark Lopes Cavalcante Moreira , Ana Vitória da Silva Bezerra *, Francisca Joseanny Maia e 2 Oliveira . 1. Discentes do Curso Técnico em Apicultura – IFRN;* [email protected] 2. Docente do curso de Apicultura IFRN; [email protected] Palavras Chave: Casa de mel, construção civil, legislação. Introdução A apicultura forma uma cadeia produtiva com mais de 300 mil apicultores e cerca de cem unidades de processamento de mel, que juntos empregam, temporária ou permanentemente, quase 500 mil pessoas. (USAID, 2006). Nesse contexto considera-se a apicultura uma atividade agrícola produtiva, reconhecidamente como alternativa econômica para pequenas e médias propriedades rurais, evitando o êxodo rural, fixando todos os membros familiares na atividade. Sendo está atividade inteiramente sustentável, apoiada no tripé técnico: ecológica, social e econômica. Muitos produtos na apicultura podem ser explorados como: Mel, pólen, própolis, cera, geleia real, apitoxina e a polinização, mas segundo Paula Neto e Almeida Neto (2005), no Brasil o produto majoritariamente explorado é o mel. As atenções mínimas dos apicultores afetam diretamente na qualidade do mel. Até porque a participação do setor apícola brasileiro no mercado internacional provocou mudanças em toda a cadeia produtiva da apicultura, sendo a busca por qualidade uma das mais observadas (SENAI, 2009a). Este trabalho tem como objetivo, conhecer a infraestrutura utilizada pelos apicultores para processamento e envase de mel, em associações de apicultores de Marcelino Vieira-RN. Resultados e Discussão A coleta de dados foi feita nos meses de Fevereiro à março de 2015, No município de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, junto as associações de apicultores existentes na localidade. A pesquisa é classificada quanto à natureza como qualitativa, no que diz respeito ao delineamento da pesquisa (GIL, 2010 e MARCONI; LAKATOS, 2011). O instrumento de coleta utilizado foi um questionário do tipo semiestruturado. O estudo pretendeu conhecer as infraestruturas físicas utilizada da unidade de extração de mel e verificar o funcionamento da mesma a luz das normas sanitárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (BRASIL, 1985). A unidade de extração estudada é utilizada pelos apicultores de uma associação da cidade estudada, possui 2 área de 10m , dividida em dois cômodos sendo que um encontra-se em construção. Quanto à localização, podemos considerar distante de zona urbana, entretanto é de fácil acesso; é próxima a residência da presidenta da associação. Por ocasião foi possível observar, a ausência de uma organização do fluxograma da casa de mel, sem nenhuma barreira sanitária. Não foi possível identificar a existência de cômodo especifico para a sala de elaboração e deposito de embalagens, deposito de produtos embalados e nem dependência para higienização e sanitização dos equipamentos. A sala de desoperculação é utilizada para envase e armazenamento (e no momento), possui um ventilador bem como a ventilação natural previsto na portaria do MAPA (BRASIL, 1985). Todos os materiais utilizados para a extração são de aço inoxidável, o que está de acordo pela legislação vigente, está bem localizado, onde atende o bom fluxo operacional, e de fácil higienização e higiene operacional. Sobre as estruturas da construção civil, está possui um pé direito de 3m, internamente é revestido em azulejo de cor branca, até o teto; o piso é impermeável de fácil higienização; o teto é de laje de concreto; as portas e janelas são metálicas. As portas e janelas com contato externo são providas de tela milimétrica à prova de inseto; A água que abastece a unidade é proveniente de um açude, a mesma é armazenada em um reservatório fechado, todos estão de acordo com a legislação no Cap. I 1.1.5, Nas dependências não possui rede de esgoto, previsto no Cap. I 1.1.5.7, Em um cômodo que está em construção abrigara um deposito de matéria prima Cap. I 1.2.3.3 (BRASIL, 1985, P. 4). A área externa é cercada contra a circulação de animais e/ou pessoas estranhas; distantes de locais de poluição; beneficiada com luz, água e transporte, prevista pelo Cap. I 1.2.2 (BRASIL, 1985, P. 3), limpo externamente, evitando o acúmulo de lixo, quando é no período de extração a unidade bem como os equipamentos é higienizada antes e depois dos trabalhos, e quando não está em trabalho uma vez ao mês, e os trabalhadores também realizam higienes pessoais, o que está previsto pela legislação Cap. V. Está casa de mel não possui o selo do SIF, o que não implica o seu funcionamento, pois o mel extraído dos associados é vendido em toneis, para uma cooperativa da capital potiguar. Conclusões Verificou-se com a pesquisa que a unidade de extração apresenta um avanço significativo no que diz respeito a adequação parcial das normas e orientações impostas pelo MAPA. Apesar de não possui selo do SIF, sua estrutura física está de acordo com a legislação, sendo necessário apenas alguns ajustes como, organizar o fluxograma, reorganizar a rede de esgoto, e outras boas praticas de fabricação. _________________ BRASIL, Ministério da Agricultura e Abastecimento. Portaria SIPA nº 006, de 25 de julho de 1985, Diário Oficial da União, 02 de agosto. de 1985, Seção 1, p. 11100. MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em 24 de março de 2015 MARCONI, Marina de Andrade; LAKASTOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 277 p. PAULA NETO, Francisco Leandro de; ALMEIDA NETO, Raimundo Moreira de. PRINCIPAIS MERCADOS APÍCOLAS MUNDIAIS E A APICULTURA BRASILEIRA. In: XLIII CONGRESSO DA SOBER, 43., 2005, Ribeirão Preto. Anais... . Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2005. p. 1 - 21. SENAI. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL: Boas Práticas Apícolas no Campo. Brasilia: [s.n.], 2009a. 51p. USAID. Análise da Indústria do Mel: Os principais desafios para as pequenas empresas brasileiras exportadoras: DAI/BRASIL, v.2, 42 p, 2006. 67ª Reunião Anual da SBPC