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EFICAcIA DA PROPOLIS NO CONTROLO DA LOQUE AMERICANA.
AVALIA<;AO EM ZONAS CONTROLADAS.
Miguel Vilas-Boas*
Federar;ao Nacionai dos Apicliitores de Portugal
Centro de Investigar;ao de MontanhalEscola Superior Agraria de Braganr;a
Departamento de Engenharia Biotecnoi6gica da Universidade do Minho
No funbito das actividades do Programa Apicola Nacional 2008-2010 medida 6A,
a FNAP propos
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desenvolvimento de U1n trabalho de investigayao coordenado pelo
Centro de Investigayao de montanha e com a colaborayao da Universidade do Minho e a
Direcyao Geral de Veterimiria. Este trabalho, apresentado publicamente no liitimo
Forum Apicola Nacional que decorreu em Sesimbra em Novembro de 2008, tem por
objectivo explorar as potencialidade da propolis no controla da Loque Americana.
Esta doenya, lUna doenya da criayao, tem atribulado a actividade apicola Nacional,
com mais incidencia em regioes humidas propicias
a
proliferayao da bacteria
Paenibacillus larvae. Actualmente a forma mais eficaz de controlo desta doenya passa
pela incinerayao da colonia com graves prejuizos para 0 apicultor. A sua disseminayao e
facilmente negligenciada durante a actividade apicola pois uma colonia apesar de estar
contaminada podeni ainda nao evidenciar os sintomas visiveis para 0 apicultor, pelo que
a sua propagayao pode ocorrer ate atraves dos utensilios apicolas. Adicionalmente, e
dada a elevada resistencia dos esporos a tratamentos quimicos e temperatura, estes
podem-se propagar com alguma facilidade atraves das madeiras, mel e mesmo atraves
da cera. A pilhagem e outro factor de propagayao, implicando que
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apicultor efectue
inspecyoes frequentes e em caso positivo elimine imediatamente a colmeia. Nao sera
tambem de desprezar que a consciencializayao da impossibilidade de aplicayao de
antibioticos, por questoes legais relacionadas com a isenyao de residuos no mel , possa
estar a contribuir para 0 surgimento de novos casos.
Recentemente, dois trabalhos internacionais de avaliayao das propriedades de
produtos apicolas, reconheceran1 que a propolis, Ulna mistura de resinas, cera, mel e
polen que as abelhas recolhem para revestir os favos de criayao, tapar buracos e fendas
da colmeia ou para embalsamar intrusos, apresenta tambem capacidade de controlar os
niveis de esporos do Bacillus presentes nas colonias de abelhas que ainda nao atingiram
os niveis criticos de infestayao, Antunez et al.(2008) e Bastos et al. (2008). Estas
potencialidades levou-nos a explorar a transposiyao da investigayao para situayoes
concretas a nivel Nacional, recorrendo
a aplicayao
de xaropes contendo extractos
etan61icos de pr6polis, em col6nias previamente idenJificadas como contendo esporos
de loque americana.
Apesar dos atrasos provocados pel as dificuldades de implementayao dos novos
procedimentos administrativos associ ados ao PAN
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projecto teve inicio com a
identificayao das zonas controladas para instalayao dos quatro apiarios experimentais. A
selecyao efectuada em conjullto com a DGV, usou como criterio a distribui<;ao Nacional
e a existencia previa de casos pontuais da doen<;a, seleccionando-se a zona controlada
pela Apilegre, a zona controlada pela Montimel, a zona controlada da Regiao de Leiria e
a Zona control ada da Terra Fria. Para a selec<;ao das colmeias esta em curso a colheita,
em cada uma das zonas controladas, de 30 amostras de mel em colonias sem sintomas
da doen<;a, que serao posteriormente sujeitas a uma analise para identificayao de esporos
do Bacillus. Decorre em simultaneo uma ac<;ao de apresentayao do trabalho nas
Associayoes de Apicultores envolvidas, assim como a forrna<;ao dos tecnicos. A
primeira aplicayao dos xaropes nas colmeias seleccionadas e efectuada com propolis
comercial, no entanto, e tambem objecto deste trabalho efectuar uma recolha de propolis
localmente e identificar a variabilidade na sua composiyao.
Neste momento, e grayas
a colaborayao de diversas associa<;oes de apicultores e
apicultores a titulo individual estao a ser caracterizadas varias amostras de pr6polis da
regiao norte, centro e sui de Portugal, bem como dos Ayores. Apesar de ja se ter
identificado uma variabilidade na composiyao sera necessario proceder
a sua aplicayao
quer in vitro quer nas colmeias como xarope, para avaliar as suas potencialidades no
controlo desta doen<;a.
A releviincia dos resultados que possam advir deste trabalho sera uma ferramenta
para as politicas de actua<;ao sanitaria.
Anttmez, K.; Harriet, J.;Gende, L.; Maggi , M. ; Eguaras, M.; Zunino, P. (2008)
Veterinmy Microbiology. 131, 324-331.
Bastos, M. E. A. F.; Simone, M.; Jorge, D. M.; Soares, A. E. E.; Spivak, M.; (2008) J.
Invertebrate Pathology, 97, 273-281.
* Escolo Superior Agraria, Instill/to Politecllico de Bragall9a, Campus de Sta. Apolollia, Apartado 1172,
5301-855 Bragall9a, Portugal; Illvboas@ ipb.pt
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