Roma antiga
VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO, Dorigo. História para o ensino médio:
história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008, p.67
• A história da Roma antiga foi dividida em três
períodos:
• Monarquia (+ou – 753 a. C. da fundação até
509 a. C)
• República (509 a. C até -27 a. C)
• Império (27 a. C até 476 d. C).
• Sociedade romana:
• Patrícios: grandes proprietários de terras,
aristocracia que detinha muitos privilégios.
• Clientes: pessoas que prestavam serviços aos
patrícios e deles eram dependentes ou
agregados.
• Plebeus: pessoas livres, sem direitos políticos,
marginalizados.
• Escravos: pessoas endividadas ou oriundas de
territórios conquistados pelos romanos.
• Trabalho escravo: base de toda economia
romana.
• República
• Após ser abolida a monarquia como forma de
governo em Roma, os romanos adotaram a
república como organização política na qual o
Senado era a instituição fundamental.
• O Senado tinha funções legislativas,
administrativas e financeiras. Local onde se
elegia os cônsules que cuidavam do poder
executivo (eram elegidos dois cônsules). Esse
sistema era controlado pelos patrícios.
• Os plebeus, que até então não detinham
participação política depois de muitas lutas e
revoltas conseguiram obter alguns direitos
políticos, tais como: abolição da escravidão por
dívida, criação do cargo de Tribuno da Plebe (que
tinha o direito de vetar medidas que
prejudicassem os plebeus), casamento entre
patrícios e plebeus) e, sobretudo, a elaboração da
Lei das Doze Tábuas (primeira compilação escrita
das leis romanas se tornam públicas - até então a
nobreza de sangue administrava a justiça como
bem queria, pois as leis eram transmitidas
oralmente, sendo, muitas vezes, manipuladas
pelos patrícios).
• Expansão romana: entre os séculos V a. C. e III
a. C. Roma conquistou toda Península itálica.
• Guerras Púnicas: auge na expansão romana
com a conquista de Cartago (cidade
controlada pelos fenícios que controlava em
grande medida o comércio no Mediterrâneo).
Transformações ocorridas em Roma devido a
expansão:
• Aumento no número de províncias conquistadas –
queda dos preços dos produtos agrícolas.
• Pequenos agricultores não conseguindo concorrer
com os grandes proprietários de terras se
endividam e acabaram migrando para a cidade.
As tensões sociais crescem na cidade de Roma,
devido, em grande parte, pelo inchaço
populacional e da condição de miséria de muitos
plebeus marginalizados.
• O número de escravos também cresce e muitos
comerciantes se enriquecem (homens-novos).
Importante: “Roma, surgida de uma união de
povos, sabia conviver com as diferenças e
adotava, por vezes, uma engenhosa tática para
evitar a oposição e cooptar possíveis inimigos:
incluir membros das elites de povos aliados na
órbita romana, com a concessão de direitos totais
ou parciais de cidadania. Assim, havia povos que
se aliavam aos romanos e seus governantes
tornavam-se seus amigos, enquanto outros
lutavam e, ao perderem, eram submetidos ao
jugo romano”. (FUNARI, P. P. 2002, P. 86)
• As crescentes tensões levaram a ocorrência de
uma guerra civil.
• Irmãos Graco (tribunos da plebe): proposta de
uma reforma agrária – distribuição de terras
para superar a crise. No entanto, os patrícios
rejeitam a proposta.
Ditadores durante o período:
• General Mario: realizou medidas em favor da
plebe: popularização do exército (soldados
passaram a receber soldos e lotes de terra no
término do serviço militar.
• Primeiro triunvirato (junta militar composta
por três representantes eleitos pelo Senado):
Júlio César, Pompeu e Crasso. Crasso morre e
surge uma disputa pelo poder entre os dois
generais. Júlio César vence a disputa e se
torna ditador vitalício. O poder do Senado é
abalado. No entanto, Júlio Cesar é assassinado
(vítima de uma conspiração).
• Segundo triunvirato: formado por Marco
Aurélio, Otávio e Lépido (que como o primeiro
é configurado por inúmeros conflitos entre os
oficias). Em 31 a. C. Otávio recebe o título de
Augustus (divino) concentrando os poderes
em sua mãos. Inicia-se o período denominado
de Império que é divido em Alto e Baixo
império.
Império
• Centralização do poder nas mãos de Otávio
Augusto.
• Organização de uma vasta burocracia:
formada pelos patrícios e pelos homens novos
(comerciantes enriquecidos) – classe
privilegiada de Roma.
• Política do pão e circo: distribuição de trigo e
organização de espetáculos para a massa
urbana, a fim de conter revoltas.
• Continuidade na expansão territorial: para
manter os privilégios da nobreza e para
sustentar a plebe. Aumento no número de
escravos e fortalecimento da instituição do
exército.
• Após a morte de Otávio Augusto outros
Imperadores assumiram o governo de Roma,
tais como: Tibério, Calígula e Nero.
Baixo Império ou Antiguidade tardia (séculos III d.
C – d. C.)
• Período marcado por sucessivas crises.
• Esgotamento da expansão territorial do Império
– alguns fatores: pressão dos povos vizinhos e
dominados; distância das províncias dominadas,
como do próprio tamanho do território
dominado (era preciso proteger as fronteiras);
custos (com os exércitos, funcionários etc) ;
barreiras físicas que dificultavam o acesso dos
romanos (desertos da África, por exemplo). Esse
rompimento da expansão romana também
provocou uma escassez de mão de obra escrava,
já que muitos povos deixaram de ser dominados
pelos romanos.
• Diante da crise vivida no Império crescia a
adesão ao cristianismo.
Cristianismo:
• Surgiu durante o governo de Otávio Augusto.
Universal, contra a violência e ao caráter
divino do Imperador - choque com a crença
romana e como também com a estrutura
política do império. A crença na vida após a
morte e o caráter ético do cristianismo trouxe
esperanças aos escravos. A conversão ao
cristianismo aumentava.
• Medidas tomadas por alguns imperadores para
enfrentar a crise do Império:
• Diocleciano (285-305): criou o Edito de Máximo –
que era a fixação de preços para tentar combater
a crescente inflação. Criou também a tetrarquia –
dividiu o Império sob o comando de quatro
generais.
• Constantino (313-337): Criou o Édito de Milão
que dava liberdade de culto aos cristãos (até
então perseguidos e mortos pelos romanos).
Criou também uma segunda capital em
Constantinopla (região menos atingida pela crise
do escravismo).
• Teodósio (378-395): em seu governo o
cristianismo tornou-se a religião oficial do
Império, através do Édito de Tessalônica) e
também nomeou-se o chefe (da religião
cristã). Dividiu o Império em duas partes:
Ocidente (capital era Roma) e Oriente (capital
era Constantinopla).
• Surge nesse momento um novo problema: as
invasões “bárbaras”.
• Lembre-se: as invasões não foram às únicas
responsáveis pela queda do Império romano.
Esse processo está associado à crise do
escravismo (provocado pela queda da
expansão territorial, como vimos), como
também pelo surgimento do cristianismo que
trouxe implicações políticas e culturais a
sociedade romana.
• Cultura e religião romana
• Religião: politeísta, adaptação da religião grega.
• Destaque na arquitetura: construções de
aquedutos, estradas, pontes, edifícios públicos.
• Literatura: Cícero maior expoente como orador
latino. Virgílio: Eneida; Tito Lívio: História de
Roma.
• Maior contribuição:
• Código de leis: Jus Naturale (direito natural); Jus
Gentium (direito de gentes); Jus Civile (direito
civil).
• Fontes:
• FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo:
Contexto, 2002.
• VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO, Dorigo.
História para o ensino médio: história geral e
do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008.
• Mapa: VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO,
Dorigo. História para o ensino médio: história
geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008,
p.67
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