Equipe de Futebol de Robôs Araranguá Intruders Team Description Paper Daniel Bitencourt Pereira, Elder Dominghini Tramontin, Marcelo Cavalcante dos Santos, Thiago Steckert, Tiago Jampietro Bastos, Roni Carlos Ferreira, Anderson Luiz Fernandes Perez Resumo— Este artigo descreve a arquitetura de controle desenvolvida para o time de futebol de robôs Araranguá Intruders para a categoria F180. A arquitetura de controle do time Araranguá Intruders é dividida em quatro partes: sistema de geração de estratégias, sistema de comunicação, sistema embarcado e hardware dos robôs. Para controlar cada robô jogador são adotadas duas abordagens, que são comportamentos e regras heurísticas. I. INTRODUÇÃO A robótica é uma área de pesquisa fascinante, sobretudo a robótica móvel, pois permite a criação de robôs capazes de se locomoverem em um ambiente com o objetivo de executar alguma tarefa. O futebol de robôs é um problema bem característico da robótica móvel, pois um time de robôs deve ser capaz de vagar por um ambiente determinado (campo de futebol), encontrar a bola e levá-la até o gol do adversário e também evitar que o adversário quando de posse da bola consiga empurrá-la para dentro do seu gol. O time de futebol de robôs Araranguá Intruders é composto por seis robôs com sistema de locomoção holonômico. Os robôs foram projetados para disputarem partidas de futebol na categoria F180. Daniel B. P., membro do Laboratório de Automação e Robótica Móvel da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá – email: [email protected]. Elder D. T., membro do Laboratório de Automação e Robótica Móvel da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá – email: [email protected]. Marcelo C. dos S., membro do Laboratório de Automação e Robótica Móvel da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá – email: [email protected]. Thiago S., membro do Laboratório de Automação e Robótica Móvel da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá – email: [email protected]. Tiago J. B., membro do Laboratório de Automação e Robótica Móvel da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá – email: [email protected]. Roni C. F., membro do Laboratório de Automação e Robótica Móvel da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá – email: [email protected]. Anderson L. F. P., membro do Laboratório de Automação e Robótica Móvel da Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Araranguá – email: [email protected]. O futebol de robôs pode ser usado como um instrumento multidisciplinar e serve como uma ferramenta para integrar alunos de diferentes cursos de graduação [1]. O Araranguá Intruders é uma iniciativa dos alunos da Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Araranguá – dos cursos de Tecnologias da Informação e Comunicação, Engenharia de Computação e Engenharia de Energia. Este artigo está organizado como segue: na Seção II é descrito o sistema de geração de estratégia; na Seção III é descrito o sistema de comunicação; na Seção IV é descrito o sistema embarcado dos robôs; as características físicas de cada robô são descritas na Seção V; a Seção VI apresenta a conclusão. II. SISTEMA DE GERAÇÃO DE ESTRATÉGIAS O sistema estrategista é executado em um PC e é responsável por receber informações do sistema de visão, o SSL, e do árbitro. O sistema estrategista gera uma estratégia para cada robô baseado na posição deste no campo. A Figura 1 ilustra a arquitetura de controle da Equipe Araranguá Intruders que é composta por 5 (cinco) subsistemas. Figura 1. Arquitetura de controle da Equipe Araranguá Intruders O Sistema de geração de estratégias recebe informações no simulador GRsim, do sistema de visão SSL Vision e do árbitro. O GRSim é um simulador desenvolvido pela universidade Amir Kabir de Teerã. Nas competições o sistema de geração de estratégias desabilita a recepção de informações do GRsim, sendo este usado apenas para testes. Ao receber as informações o sistema estrategista determina um novo posicionamento e a velocidade para cada robô e então constrói uma mensagem contendo a identificação do robô e a velocidade de cada uma das 4 (quatro) rodas. O módulo de geração de estratégias é baseado em comportamentos [3] [4] [5] e a trajetória definida para cada robô utiliza algoritmos de busca baseados em heurística. Alguns comportamentos definidos na arquitetura são: Chutar, Reposicionar, Desviar e Marcar. O comportamento Chutar é ativado quando o robô está de posse da bola próximo ao gol do adversário. O comportamento Reposicionar define que o robô deve se deslocar em campo até o ponto alvo, dado em coordenadas cartesianas, através da sequencia de acionamento dos seus motores repassado a ele via rádio. O comportamento Desviar é ativado quando o robô necessita evitar obstáculos, como um robô adversário. O comportamento Marcar ocorre quando um robô adversário está de posse da bola. O goleiro sempre fica se movimentando dentro da área em frente ao gol. O que determina para que lado o goleiro vai em determinada situação de jogo é o posicionamento da bola no campo. III. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO O sistema de comunicação da time Araranguá Intruders é baseado no transceptor nRF24L01 da Nordic Systems com frequência de 2.4 GHz e taxa de transmissão de dados de 2 Mbps. O transmissor é ligado ao computador que executa o sistema de visão e o sistema estrategista. O sistema estrategista, baseado nas informações enviadas pelo sistema de visão o SSL [2], gera uma estratégia para cada robô do time e então o sistema de comunicação envia uma mensagem para os robôs. As mensagens enviadas são codificadas em 32 bits, sendo 8 bits de identificação do robô, 8 bits para a estratégia a ser executa internamente em cada robô, 8 bits para a velocidade dos motores e 8 bit para determinar a direção. As mensagens são enviadas em broadcast para os robôs do time. Em cada robô é executado um sistema de controle embarcado que recebe a mensagem e executa as ações que foram determinadas pelo sistema estrategista. V. DESCRIÇÃO DOS ROBÔS Foram construídos 6 (seis) robôs para disputarem partidas de futebol na categoria F180. Cada robô é composto por três módulos de hardware: módulo de comunicação, módulo de controle e módulo de locomoção. O módulo de comunicação é composto por transceptor nRF24 com frequência de 2.4 GHz e taxa de transmissão de dados de 2 Mbps. Este módulo é responsável por receber as informações provenientes do sistema de geração de estratégia e então repassá-las ao módulo de controle. O módulo de controle é composto por um microcontrolador PIC18F452 com clock de 20 MHz. Neste módulo acontece todo o processamento das informações recebidas pelo módulo de comunicação. O sistema embarcado do robô é responsável por controlar a direção e a velocidade de cada motor. O módulo de locomoção é composto pelos drivers dos motores DC que controlam o sentido de rotação de cada um dos três motores. O controle de velocidade é realizado através de um sinal PWM. Os robôs do time Araranguá Intruders são holonômicos compostos por quatro rodas. VI. CONCLUSÃO Este artigo apresentou as características físicas e o sistema de controle do time de futebol de robôs Araranguá Intruders da Universidade Federal de Santa Catarina. O Araranguá Intruders é uma iniciativa dos alunos dos cursos de Tecnologias da Informação e Comunicação, Engenharia de Computação e Engenharia de Energia no desenvolvimento de uma equipe para disputar futebol de robôs na categoria F180 da Robocup. AGRADECIMENTO A Equipe Araranguá Intruders agradece seus ex-membros Diogo Librelon, Jandir Bassani, Leonardo Pierri, Osvaldo Egídeo, Luiz Farias, Stéfani Goerck, Jesser Mross, Fernando Puntel, Girrese Reinehr e Daiane Rodrigues pela dedicação e o excelente trabalho realizado durante o período em que fizeram parte da equipe. REFERÊNCIAS IV. SISTEMA EMBARCADO O sistema embarcado foi desenvolvido na linguagem de programação CCS e utiliza o conceito de interrupção. Cada nova mensagem recebida pelo rádio, gera uma interrupção no microcontrolador que é então atendida por uma função específica que vai determinar qual a ação a ser executada. As mensagens recebidas são compostas por valores que determinam as velocidades lineares de cada uma das quatro rodas do robô. O sistema embarcado também considera o estado da bateria, ou seja, monitora a carga da bateria para que este dado possa ser utilizado na execução de alguma ação. [1] GURZONI, J. A.; MARTINS, M. F.; TONIDANDEL, Flavio and BIANCHI, R. A. C (2011). On the Construction of a RoboCup Small Size League Team. Journal of The Brazilian Computer Society (SBC), Vol. 17, pp. 69 - 82. [2] SSL Vision. Disponível em: size.informatik.uni-bremen.de/sslvision. 20/07/2011. http://smallAcesso em: [3] ARKIN, R. C. (1998). Behavior-Based Robotics. The MIT Press. [4] CHHABRA, M., ANUSHEEL NAHAR, NISHANT AGRAWAL, T. J. A. M., MATHAD, A., and CHAUDHURT, S. (2004). Novel approaches to vision and motion control for robot soccer. In National Conference on Advanced Manufacturing and Robotics CMERI, Durgapur, USA. [5] SALIM, A., Fuentes, O., and MUNOZ, A. (2004). Development of local vision-based behaviors for a robotic soccer player. Technical Report CCC-04-005, National Institute of Astrophysics, Optics and Electronics, Puebla, México.