Entrevista A fórmula do sucesso na administração pública Entrevista com Vicente Falconi D n epois de ajudar a moldar a cultura de gestão em grandes empresas, como AmBev e Gerdau, o consultor Vicente Falconi de Campos decidiu assumir um novo desafio: provar que o governo pode ter uma gestão eficiente. À frente do (INDG) Instituto de Desenvolvimento Gerencial, consultoria que fundou com José Martins de Godoy, ele consolida a sua teoria em dois pilares: metas e métodos. “Apenas o bom-senso não é suficiente para garantir uma administração eficiente. Disciplina e método são necessários para estabelecer e cumprir as metas.” Único brasileiro a ser considerado uma das “21 vozes do século XXI” pela American Society for Quality (ASQ), o engenheiro e Ph.D pela Colorado School of Mines (EUA) figura entre os mais influentes consultores do País. Com mais de 35 anos de experiência, a sua consultoria já promoveu o treinamento de 515 mil gerentes, além de 1,1 milhão de sessões de orientação técnica aos clientes. Hoje, 30% das 100 maiores empresas do anuário da revista Exame são clientes do INDG. Nesta entrevista, Campos mostra como tem feito para implementar um moderno e eficaz sistema de gestão em diversas áreas do poder público. “As coisas têm mudado muito na gestão pública. Eu me arrisco até a afirmar que nossa geração está assistindo a uma mudança de mentalidade política no Brasil”, comenta o autor de O Verdadeiro Poder (Editora Indg Tecnologia e Serviços), livro que retrata os pontos de sucesso que estão por trás do crescimento saudável e do saneamento de grandes empresas e instituições governamentais. E n t r e v i s ta c o n c e d i d a a Francisco Gracioso (presidente e do Conselho Editorial) Hiran Castello Branco (V i c e - p r e s i d e n t e 20 R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2010 da ESPM) Roberto Braga }A ‘busca do conhecimento’ é e sempre será uma questão básica de sobrevivência humana, desde a sua origem.~ julho / agosto de 2010 – R E V I S T A D A E S P M 21 ENTREVISTA GRACIOSO – Você já foi chamado para analisar problemas em muitas empresas e em vários governos estaduais e municipais. É possível comparar as principais qualidades e defeitos da gestão em ambos os casos? FALCONI – Considero as áreas pública e privada, do ponto de v ista gerencial, muito semelhantes. A área privada tem se desenvolv ido mais rapidamente nos últimos anos porque precisa do resultado para sobreviver. E o Estado, de certa forma, tem suas receitas garantidas. Mas o fato é que com a Lei de Responsabilidade Fiscal – que obrigou Estados e municípios a se enquadrarem dentro de certos orçamentos –, os governantes passaram a não ter mais recursos para investimentos. Havia uma necessidade premente dos governantes. Então, nós entramos e fomos bem-suced idos em ajudá-los a redu zi r custos, a melhorar a receita pela redução da sonegação. No Brasil, a sonegação era muito elevada e ainda é. Mas conseguimos g rande sucesso nessa linha. Em suma, penso que o ser humano, na sua luta pela sobrevivência em qualquer área, enfrenta problemas. Se você chega e oferece ajuda na solução desses problemas, todo mundo aceita. Hoje temos governadores e prefeitos que são como executivos de empresas: querem resultado, sabem que o resultado vai dar voto e que o povo reconhece. HIRAN – O senhor poderia citar casos específicos de sucesso? FALCONI – Cito um de cada partido, porque isso é totalmente apartidário, depende muito da pessoa, do foco, da capacidade... O exemplo do PSB é o Eduardo Campos, Governador de Pernambuco, que tem feito um trabalho excepcional. Sérgio Cabral, do PMDB, tem feito um trabalho excepcional no Rio de Janeiro e tenho certeza que ele será reeleito no primeiro turno. O Aécio Neves – que não necessitaria ser mencionado porque começou todo esse esforço – é o exemplo do PSDB. Já em relação ao PT, cito os esforços feitos na área federal – por insistência do Presidente Lula. Temos feito um trabalho grande no Ministério do Planejamento e no Ministério de Ação Social. E só não fizemos em outros Ministérios por resistências internas do próprio Ministério, mas não por falta de insistência do Presidente da República; o próprio Presidente é um bom exemplo do PT que tem dado bom resultado. GRACIOSO – Pelo que você disse, parece que os resultados obtidos são de dois tipos: redução de certas despesas e aumento da receita através da redução da sonegação. FALCONI – Isso num primeiro estág io. Mas vencido esse primeiro estágio com o equilíbrio fiscal, já temos trabalhos espetaculares sendo feitos nas áreas de segurança, educação e saúde. Os trabalhos de segurança feitos no Rio de Janeiro e em Pernambuco são dignos de nota, com os principais indicadores de segurança caindo na ordem de 30% em um mandato. Na área de educação, o trabalho que está sendo feito em Pernambuco é excepcional. O Governador Eduardo Campos levou, realmente, a sério esse trabalho e conseguiu tirar o Estado das }Os trabalhos de segurança feitos no Rio de Janeiro e em Pernambuco são dignos de nota, com os principais indicadores de segurança caindo na ordem de 30% em um mandato.~ 22 R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2010 Vicente Falconi }Hoje temos governadores e prefeitos que são como executivos de empresas: querem resultado, sabem que o resultado vai dar voto e que o povo reconhece.~ últimas posições nos resultados do (Enem) Exame Nacional do Ensino Médio. Hoje, Pernambuco subiu muito na escala e está entre os dez primeiros. GRACIOSO – A introdução de metas qualitativas, por exemplo, alunos que concluem com êxito um determinado grau de curso e assim por diante, é nova no setor público. Lembro ainda do tempo em que os administradores se referiam ao que faziam da seguinte forma: “Na saúde, investimos R$ 100 milhões; na educação, R$ 200 m i l hões”. O va lor i nvest ido era o parâmetro do trabalho feito e não é mais assim, certo? FALCONI – E nem deveria ser. A verdadeira responsabilidade do administrador não está em aplicar dinheiro aqui ou ali, está em entregar resultados, porque o que precisamos é de estudantes cada vez mais qualificados. Sob esse ponto de vista, essas notas do Enem, do (IDEB) Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – que são dadas aos alunos, procurando medir o nível de conhecimento ou o nível de aquisição do conhecimento – é o que realmente interessa. No final das contas, isso, por si só, já é uma revolução na educação. O mesmo ocorre com a questão da segurança. Não adianta dizer: “Comprei tantas viaturas e construí tantos presídios”. Isso não é segurança. Segurança é medida por indicadores de criminalidade por 100 mil habitantes, o que interessa é reduzir esses indicadores. Eles podem cair independentemente de se comprar viaturas, só pela presença do policial ou por outra medida que tenha sido tomada. GRACIOSO – Sua filosofia de trabalho enfatiza a motivação do ser humano e a capacidade de superação que as pessoas têm. Essas premissas continuam válidas no setor público? FALC ONI – A g ra nde d i ferença é que trabalhamos com método, atribuindo responsabilidade para as pessoas e mostrando a cada um a sua autoridade. As pessoas ficam motivadas porque percebem a sua responsabilidade, não porque eu vou lá e tento motivá-las e fazer com que as coisas fiquem “boazinhas”. Não existe nenhum prog rama de motivação. O que existe é um programa normal de trabalho, no qual cada um tem sua meta, seu plano de ação e suas responsabilidades definidas. O ser humano da área pública é igualzinho ao ser humano da área privada. Ele se motiva com as mesmas coisas. Desde que você faça um trabalho de gestão tornando claras as metas, aquilo que deve ser feito, as pessoas ficam muito entusiasmadas e fazem as coisas benfeitas. E digo mais: temos programas de Estados e municípios que são até melhores do que prog ramas de certas empresas. Há empresa abarrotada de gente resistente, cheia de agendas próprias, interesses próprios. O ser humano tem seu lado bom e ruim tanto no setor público quanto no privado. Agora, nosso ponto central é o trabalho com metas e método, no qual cada um tem sua meta e seu plano de ação. HIRAN – Em seu livro recém-lançado, O Verdadeiro Poder, o senhor aborda a questão do método e procura diferenciar o que chama de “método de julho / agosto de 2010 – R E V I S T A D A E S P M 23 ENTREVISTA }Desde que se faça um trabalho de gestão tornando claras as metas, aquilo que deve ser feito, as pessoas ficam muito entusiasmadas e fazem as coisas benfeitas.~ processos”. O senhor poderia fazer uma pequena síntese sobre este ponto que está muito bem demonstrado em seu livro? FALCONI – O método é uma sequência de procedimentos que se usa para atingir uma meta de aumento de vendas, de redução de custos ou ainda de melhoria de arrecadação. Seja qual for a meta, usa-se o método para melhorar seu índice. E nós ensinamos o método às pessoas. P rocesso é u ma sequência de ações muito definidas para atingir um determinado fim. Por exemplo: pegamos alg uns hospitais públicos que trabalham com o (SUS) Sistema Único de Saúde e reclamam que o SUS paga pouco, que a tabela é baixa, e de fato é. Mas a g rande verdade que descobrimos é que eles nem faturavam porque o processo de faturamento do hospital era ruim. Então, possivelmente, 60% a 70% dos procedimentos feitos nem faturados eram e ainda reclamavam do SUS... Você vai lá, desenha todo o processo, melhora esse processo, simplifica, atualiza, padroniza, treina as pessoas e com isso passa a ter um processo eficaz, passa a faturar 99% das ações e o faturamento do hospital melhora, duplica, triplica de repente. Esse é um processo e esse processo se repete pelo resto da vida. Método é aquilo que você usa para melhorar os resultados deste processo ou de outro processo qualquer. GRACIOSO – Metodologia. FALCONI – Por exemplo, queremos faturar mais ou mais rápido, reduzir o custo de faturamento, aí usa o método para ver o que é preciso fazer para conseguir esse resultado. HIRAN – Em seu livro, o senhor afirma que, quando a organização tem método, mas não tem conhecimento, não é um problema porque ela pode buscar o conhecimento em qualquer outra parte. O senhor poderia falar um pouco sobre essa questão? FALCONI – Perfeitamente. A “busca do conhecimento” é e sempre será uma questão básica de sobrevivência humana, desde a sua origem. Posso lhe dar exemplos muito simples. Você chega para alguém que ganha R$ 2 mil por mês e pergunta por que ele não ganha R$ 5 mil e a resposta é: “Não sei como ganhar cinco. Se soubesse esta r ia ga nha ndo ci nco”. Fu la no, você está fabricando esse paletó e seu custo de fabricação é de R$ 100. Por que não faz o mesmo paletó por R$ 80? E a resposta certa é: “Porque eu não sei; se soubesse estaria fazendo por R $ 80”. Tudo nesse }O conhecimento serve para pessoas, empresas e nações alcançarem patamares de sobrevivência cada vez melhores. O conhecimento é a essência da sobrevivência humana.~ 24 R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2010 Vicente Falconi mundo é uma questão de conhecimento. A busca do conhecimento é necessária sempre que se quer mel hora r a lg u ma coisa. Aí, surge outra questão: “Bom, se quero melhorar algo, é porque o negócio está pior do que eu queria que estivesse. Mas por que estou vendendo 100, quando quero vender 150?” Para descobrir como se vende mais, temos de usar o método e, no método, buscar o conhecimento onde ele estiver, seja em outras empresas, seja na literatura ou ainda nas informações do próprio estabelecimento. Com base nessa análise, monto um plano de ação e chego aonde quero. Pronto, no dia em que eu fizer isso, todos irão aprender e dominar aquele novo patamar. O conhecimento ser ve para pessoas, empresas e nações alcançarem patamares de sobrev ivência cada vez melhores. O conhecimento é a essência da sobrevivência humana. GRACIOSO – A administração pública sofre a ingerência exagerada dos políticos. Como enfrentar este problema, quando se sabe que eles dificilmente trabalham com planos no longo prazo e raramente reconhecem o mérito? FALCONI – Isso está mudando. Hoje já ex istem Estados e prefeituras reconhecendo o mérito, pagando bônus de desempenho. O próprio Estado de São Paulo já está fazendo isso na área da Educação. As coisas têm mudado muito na gestão pública. Eu me arrisco até a afirmar que a nossa geração está assistindo a uma mudança de mentalidade política no Brasil. Aquela classe política que tinha a mentalidade de usar o poder para benefício próprio ou de terceiros está mudando para uma nova classe política que usa o poder para mudar o País. Isso é nítido na hora em que você vê governadores como o Eduardo Campos, Aécio Neves, Sérgio Cabral e outros, como o próprio Serra. São pessoas bem diferentes do que se podia pensar no passado, é outro tipo de mentalidade, eles buscam coisas diferentes. Nitidamente, são pessoas que estão em busca de resultados. Houve uma mudança no Brasil nesta última década e estou muito otimista. GRACIOSO – Com isso chegamos ao ponto focal da nossa conversa. Então, é possível introduzir a meritocracia no serviço público? FALCONI – Totalmente. Vejo que os Estados, municípios e o próprio Governo Federal estão num processo muito semelhante ao das empresas na década de 90, porque nos anos 80, as empresas brasileiras não queriam nem saber de gestão. Esse mov imento começou na década de 90 com a abertura dos portos, onde as empresas brasileiras tiveram de enfrentar a concorrência de importados etc. – aí que começou o interesse. HIRAN – No Governo Collor? FALCONI – Foi. Por incrível que pareça, a grande revolução foi ali. O que se passou com as empresas na década de 90 está acontecendo agora com o Gover no. A s grandes melhorias geradas pelo governo de Aécio Neves, Eduardo Campos, Sérgio Cabral e outros – e que estão se espalhando para outros Estados e prefeituras – é uma decorrência da introdução de métodos }As coisas têm mudado muito na gestão pública. Eu me arrisco até a afirmar que a nossa geração está assistindo a uma mudança de mentalidade política no Brasil.~ julho / agosto de 2010 – R E V I S T A D A E S P M 25 ENTREVISTA gerenciais e da percepção por parte dos políticos de que métodos gerenciais geram recursos, dão votos, dão prestígio e é isso que o povo quer. E é isso que tem feito a mudança. GR ACIOSO – Est udos most ra m que entre as 500 maiores empresas brasileiras, a percentagem de remuneração variável é de 26% do total – isso há dois anos. Você tem algo comparável no setor público ou não há números disponíveis? riamente a estabilidade atrapalha, de a lg u ma for ma, a mer itocracia? Quando a pessoa é estável, quando a sua carreira é sacrossanta, por assim dizer, o Estado não consegue mexer muito com ela. Pode-se premiar, mas punir é mais difícil. Isto não mexe com o conceito da meritocracia? FALCONI – Olhe que coisa interessante. GRACIOSO – Não creio que chegue a 26%. O ser humano reage a outros fatores e qua ndo se pr iv i leg ia m esses fatores, a reação é sempre positiva. Por exemplo, o ser humano gosta de trabalhar, ele gosta e precisa do trabalho, todos nós gostamos e precisamos. FALCONI – No governo Aécio Neves – HIRAN – Gosta de ser reconhecido... posso estar errando nos números não sei, porque são números que vi em jornal – mas parece-me que, só no ano passado, foram distribuídos R $ 200 milhões em bônus, não é pouco. Então você observa que se estão fazendo isso é porque é legal e é possível, a Lei permite. Outros Estados e prefeituras também já estão fazendo isso e, pouco a pouco, essas resistências vão sendo quebradas e as coisas começam a acontecer. O que está acontecendo no setor público nesta década aconteceu com as empresas na década passada. Estou muito otimista, porque o Brasil está numa rota boa. A gestão está na essência da sobrevivência humana que é a busca de melhoria, a busca de conhecimento. Essa é a direção certa da vida. FALCONI – Temos uma necessidade mui- FALCONI – Não tenho conhecimento... GR AC IOSO – O f at o de a c a r r e i r a púb lica incluir básica ou necessa- to grande de trabalhar em conjunto com outras pessoas, somos gregários. GR ACIOSO – Temos necessidade de receber apreciação de nossos pares. FALCONI – Reconhecimento. E, finalmente, gostamos de fazer aquilo que se gosta. No Estado, as pessoas têm as mesmas necessidades que nas empresas. O que vemos são pessoas entusiasmadas que, quando percebem do que se trata, embarcam com entusiasmo naquilo, e os resultados aparecem; são bilhões e bilhões de reais que estão sendo economizados. A quantidade de recursos e riquezas que estão sendo gerados no Estado por esse esforço é imensa, estamos falando de dezenas de bilhões de reais. O entusiasmo é muito grande e essa estabilidade no emprego não tem causado problema. }Esses métodos gerenciais são totalmente universais e podem ser utilizados em qualquer atividade humana, seja ela qual for – governo, empresa, igreja, hospital, escola.~ 26 R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2010 Vicente Falconi }O que está acontecendo no setor público nesta década, aconteceu com as empresas na década passada. Estou muito otimista, porque o Brasil está numa rota boa.~ GRACIOSO – Essa é uma boa notícia. HIRAN – Nós já exploramos um pouco este ponto, mas mesmo que isso não seja totalmente possível, que outros benefícios sua filosofia de trabalho oferece? Talvez pudéssemos completar com alguns casos do setor privado. FALCONI – Consultor sempre reage em falar de seus clientes, quem deve falar é o próprio cliente. Mas de maneira geral, as empresas têm se beneficiado profundamente nos últimos 20 anos de um processo maravilhoso de redução de custos, melhoria de suas vendas, aumento na qualidade dos produtos e mel hor ia de processos internos. A lucratividade tem melhorado muito nas empresas brasileiras, a ponto de ela s se tor na rem for tes e pa r t i rem para o exterior. Já temos vários casos de empresas brasileiras indo para o exterior porque geram caixa suficiente para isso e têm coragem de ir e enfrentar outros mercados. Outro dia estava em reunião numa empresa e levantei essa questão com o Presidente – a empresa dele trabalha conosco há 20 anos, sistematicamente, e sua geração de caixa é 50% superior à média do setor. Perguntei se ele atribuía isso à capacidade gerencial da empresa. E ele foi enfático dizendo que não tem a menor dúvida disso. Isso mostra a capacidade gerencial das pessoas em saber fazer um plano de ação, estabelecer uma meta, buscar o conhecimento necessário, fazer análises, elaborar e executar um plano de ação, controlar os resultados, tomar ações corretivas na execução... Quer dizer, essas coisas as pessoas aprendem, praticam e tornam a empresa muito mais rentável, muito mais produtiva. No caso de Estados, de maneira geral, o que estamos assistindo é que a implantação dessas metodologias melhoram, e muito, a capacidade de arrecadação da localidade, não no sentido de aumentar o imposto, mas de tornar mais justa a coleta de impostos, coletando de quem paga e de quem não pagava. Na hora em que todo mundo paga, aí pode-se até cobrar menos de todo mundo. GRACIOSO – Onde todos pagam, todos pagam menos. FALCONI – Isso é nítido que tem ocorrido. É um fato consumado, são dezenas de bilhões de reais que têm sido colocados para dentro dos caixas dos governos e os resultados são fantásticos pela aplicação do método. GRACIOSO – Só nos resta perguntar se o Falconi quer fazer mais algum comentário ou mencionar algum ponto que nos tenha escapado nesta conversa. FALCONI – O que eu poderia dizer a mais é que esses métodos gerenciais são totalmente universais e podem ser utilizados em qualquer atividade humana, seja ela qual for – governo, empresa, igreja, hospital, escola. Nós temos aplicado isso em várias instâncias e em todas elas percebemos que o ser humano usa o método e melhora os resultados finais. Isso é fundamental. GR AC IOS O – C o n f e s s o q u e f iq u e i agradavelmente surpreendido. Deus te guie e te ajude a fazer esses milagres por aí. FALCONI – Muito obrigado. julho / agosto de ESPM 2010 – R E V I S T A D A E S P M 27