Ánálises de nematóides fitoparasitos O laboratório do UNIVAG está realizando análises de nematóides fitoparasitos presentes em amostras de solo e em raízes de plantas. As análises executadas pelo laboratório são: a) detecção e quantificação de cistos de Heterodera glycines (nematóide de cisto da soja) em amostras de solo; b) detecção, quantificação e determinação de espécies de nematóides de galhas (Meloidogyne spp.) em amostras de solo e de raízes; c) detecção e quantificação de nematóides de importância agrícola tais como: Pratylenchus spp (nematóide das lesões radiculares), Helicotylenchus sp. (nematóide espiralado) e Rotylenchulus reniformis (nematóide reniforme). COLETA DE AMOSTRAS PARA ANÁLISE DE NEMATÓIDES Os passos para a coleta de amostras de solo e/ou raízes para culturas anuais, perenes ou viveiros de mudas são os seguintes: 1) Coletar amostras de solo e de raízes, sempre que possível durante a época de florescimento da planta, com a umidade natural, evitando-se, ao máximo, condições de encharcamento ou excessivo ressecamento. 2) As amostras de solo e de raízes devem ser tomadas de 0 a 20 cm de profundidade. Em se tratando de raízes, deve-se coletar preferencialmente radicelas, ou seja, as raízes mais finas (secundárias, terciárias, etc.). 3) Durante a amostragem, deve-se caminhar em ziguezague; tomar amostras junto às plantas que mostrarem sintomas moderados de nematoses, evitando-se aquelas fortemente depauperadas. Se houver reboleiras, amostrar em suas periferias ou margens, especialmente se os sintomas forem muito severos nas plantas do interior; a amostragem das margens das reboleiras constituirá amostra separada; fazer amostra composta de solo e raízes da área aparentemente sem problema. 4) Cada amostra composta deve ser formada por subamostras coletadas em área uniforme quanto ao tipo de solo e histórico agrícola. As subamostras de solo e/ou raízes podem ser obtidas pelo uso de enxadões, enxadas, pás retas, trados-de-solo ou equipamentos afins. Para as culturas anuais ou perenes, coletar, no mínimo, vinte (20) subamostras por área de até 30 ha. Recomenda-se que cada amostra composta contenha pelo menos um litro de solo e aproximadamente 20 g de radicelas. Esteja certo de que as raízes amostradas sejam mesmo da cultura. Raízes de culturas intercalares ou de plantas invasoras, devidamente identificadas, devem ser coletadas e embaladas separadamente. 5) Nos viveiros, escolher ao acaso dez ou mais mudas para cada lote de mil, formadas por plantas da mesma espécie e variedade, do mesmo lote e tipo de solo. Atentar para mudas enfezadas, fazendo amostragem separada para elas. Para maior facilidade de embalagem e transporte até ao laboratório, no caso de mudas crescidas, poderá ser eliminada a parte aérea das plantas, realizando-se o corte do caule logo acima do nível do solo. Muitas vezes não é preciso colher as mudas inteiras, bastando parte de suas radicelas e do solo aderente a estas. 7) As amostras de solo e de raízes, juntas, deverão ser acondicionadas em sacos de polietileno, de paredes grossas e resistentes, bem fechados e devidamente identificados. 8) Enviar as amostras ao laboratório nematológico, sempre com a maior brevidade possível. Evitar, durante a coleta e o transporte, o aquecimento das amostras, por exposição direta ao sol, assim como em ambiente fortemente aquecido, tal como em porta-malas de veículos estacionados ao sol, em dias muito quentes. A luz solar também tem ação nematicida. Caixas de isopor prestam-se muito bem para a conservação de amostras durante o trânsito até o laboratório. 9) Não colocar nunca as amostras em congelador ou "freezer". Resfriamento muito excessivo também é prejudicial para nematóides. Amostras adequadamente embaladas podem ser mantidas em geladeira, regulada para temperatura mais elevada. Temperaturas de 10ºC a 15ºC prolongam a sobrevivência dos nematóides nas amostras, mas abaixo de 10ºC causam lhes danos. 10) Queda e compressão das amostras também podem ser prejudiciais para nematóides assim como produtos químicos também podem afetar as amostras, devendo-se acondicioná-las em recipientes limpos, sem restos de tóxicos. Prof. Dra. Rosangela Aparecida da Silva Nematologista