24/05/2015 1 24/05/2015 É importante manter em mente que com o treinamento físico cada um dos componentes organizacionais do músculo (das miofibrilas ao músculo intacto) sofrerá adaptações (ou ajustes), para satisfazer as demandas energéticas e mecânicas do exercício. 2 24/05/2015 3 24/05/2015 4 24/05/2015 Carboidratos Glicose Lipídios Ácidos Graxos Proteínas Aminoácidos Convergência entre o metabolismo degradativo dos macronutrientes. Importância da Proteína Pode ser convertido em CHO e AG Não possui reserva no organismo Marzzoco A; Torres BB. Bioquímica Basica, Guanabara Koogan 3ª edição, 2007 5 24/05/2015 ADP + Pi + H+ Infelizmente não pode ser acumulado em grandes quantidade nas células. ATP – concentração de 4mM no músculo (1-2 segundos); ATP + H2O Miosina ATPase ADP + Pi + H+ Concentração 3-5 vezes maior que a do ATP muscular (5-8 segundos); PCr + ADP + H+Creatina Quinase (CK)Cr + 1 ATP É igualmente possível que o ADP (da hidrólise do ATP) reaja para formar mais um ATP, já que ele ainda possui uma ligação fosfato de alta energia; ADP + ADP 1 ATP + AMP Mioquinase (MK) 6 24/05/2015 EXERCÍCIO Degradação dos Estoques de PCr PAUSAS Regeneração dos Estoques de PCr 7 24/05/2015 Aumento de Força (20% vs 12% - Cr vs Placebo em treino resistido). Resultados + significativos em indivíduos não-treinados . A suplementação seria eficiente sem o treinamento resistido? 8 24/05/2015 . Fig. 1. Higher baseline muscle PCr concentrations are inversely related to the increase in muscle PCr after creatine supplementation . PCr, phosphocreatine. Glicólise Anaeróbia – 5 Etapas 1)Dupla fosforilação da glicose (hexose), à custa de 2 ATPs, originando uma hexose com 2 grupos fosfato; -2ATPs 2) Clivagem desta hexose, produzindo 2 trioses fosforiladas, interconvertíveis; +2ATPs 3) Oxidação (à custa da redução de 2 NAD+ a NADH + 2H+) e nova fosforilação das trioses fosfato, mas dessa vez, por um Pi (1,3-bifosfoglicerato), formando duas moléculas de triose bifosfatada; 4) Transferência dos grupos fosfatos para o ADP, formando 4 ATPs +2ATPs 5) Formação de lactato e reoxidação do NADH a NAD+; 9 24/05/2015 Saldo Glicólise 10 reações químicas... 2 moléculas de ATP 2 moléculas de NADH 2 moléculas de Piruvato -2ATPs A glicólise anaeróbia leva à formação do lactato e reoxida as moléculas de NADH a NAD+ +2ATPs PIRUVATO A glicólise aeróbia leva à formação de Acetil-CoA (2C), CO2 e 1 NADH (x2) Saldo Reoxidação do NADH a NAD+ +2ATPs 3 moléculas de ATP Se a glicose vier do glicogênio muscular LACTATO 10 24/05/2015 Há produção de lactato em algum desses exercícios? Qual(is) e porquê? 1) Qual desses exercícios gera maior concentração de lactato sanguíneo? 2) Quais são as consequências deste aumento do lactato para: A. Fadiga e tempo de exaustão; B. Dor muscular tardia e sensação de queimação; C. Hipertrofia; D. Recuperação muscular; 3) Um atleta apresenta 20mmol/L de lactato sanguíneo após o treinamento. Essa concentração de lactato é boa ou ruim para o desempenho? Se for ruim, como fazer para diminuí-la? 11 24/05/2015 LACTATO H+ LACTATO MCT CO-TRANSPORTE H+ músculo-esquelético Piruvato + NADH + H+ corrente sanguínea Lactato + NAD+ 12 24/05/2015 Esforços até 10 segundos Esforços de 10s até a exaustão Metabolismo Anaeróbio Metabolismo Anaeróbio ALÁTICO LÁTICO PCr Mioquinase 3000m (24km/h) Eventos de 1-10 min 13 24/05/2015 Em Pequim (2008), Phelps ganhou 8 medalhas de ouro e para isso, precisou competir 20 vezes em 9 dias consecutivos (em 5 desses dias, eles competiu 3 vezes). Volek JS & Rawson ES. Scientific Basis ans Pratical Aspects of Creatine Supplementation for Athletes. Nutrition, 20:609-614, 2004. Grupo CHO: 1,2g/kg/h Grupo CHO+PRO: + 0,3g PRO/kg/h Grupo CHO+CAF: + 1,7mg/kg/h Não houve diferença estatística na ressíntese de glicogênio entre os grupos. A co-ingestão de PRO ou CAF não acelera a ressíntese quando grandes quantidades de CHO são ingeridas. David Pedersen, Sarah Lessard, Vernon Coffey, Emmanuel Churchley, Andrew M. Wootton, Matthew J. Watt, and John A. Hawley Grupo CHO: 4g/kg Grupo CHO+CAF: + 8mg/kg A cafeína parece inibir a enzima glicogênio fosforilase, diminuindo a glicogenólise e favorecendo a ressíntese. Além disso, a CAF provocou maior resposta glicêmica e insulinêmica. Resta saber se doses menores de CAF teriam o mesmo resultado na ressíntese de glicogênio. 14 24/05/2015 Sacarose Glicose + Frutose Lactose Glicose + Galactose Maltose Glicose + Glicose . Rafinose Estaquiose Glicose + Galactose + Frutose Glicose + Galactose + Galactose + Frutose 15 24/05/2015 - Fracionamento e mistura com a saliva bolo alimentar - Amilase salivar (ptialina): Amido maltose -5% do amido é digerido - Mistura o alimento com secreções gástricas - 30-40% do amido é digerido (maltose) - α-amilase é inibida (pH<4,0) sob a ação do HCl - Quimo - Movimentação do quimo ao longo do intestino - Amilase pancreática e as enzimas , sacarase, maltase e α-dextrinase terminam a digestão dos CHO Deficiência de Lactase Lactose no cólon Fermentação Cólica Intestinal Flatulência Diarréia 16 24/05/2015 17 24/05/2015 Queda na [Na+] absorção da glicose A absorção via co-transporte (Na+/CHO) é limitada a ≈1g CHO/min (≈60 g/h) Glut5 Combinar GLI + FRU (2:1) Aumenta absorção para 1,5 g de CHO/min Concentração de 19% CHO A concentração ideal para solução de CHO, durante o exercício, parece estar entre 6-10% para se evitar desconforto GI Jentjens, 2004; McCleave et al, 2011; Burke, 2011 18 24/05/2015 Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 36, No. 9, pp. 1551–1558, 2004 WAT: GLU: Solução com GLU MIX: Solução com GLU+ SACAROSE + FRU 2,4g/min (18%) 1,7g/min (2:1:1) (12,7%) Água (placebo) 50% 30% b (p<0,05) c (p<0,01) O CHO ( da taxa de de CHO resultou em aumento de 50% na ) e queda de 30% na oxidação do CHO endógeno (MIX vs. GLU). e de Sintomas GI foram maiores grupo GLU. A concentração de 12-18% parece lentificar a absorção do CHO (concentrações de 8-10% são mais indicadas). 19 24/05/2015 Impossível em alguns casos. Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 36, No. 12, pp. 2107–2111, 2004 ≈2min 20 24/05/2015 : Bebida calórica vs. não‐calórica sob desempenho: Sujeitos: 8 homens, ciclistas recreacionais; Bochecho solução e 6,4% vs. /10 segundos : Identificar as ativadas por estas substâncias % de alteração de desempenho em relação ao PLA. 21 24/05/2015 Glicose Sacarina: ínsula/opérculo frontal Piruvato Lipídios (Corpos Cetônicos), Ciclo de Lynen Proteínas (BCAAs) anaplerose 3 NAD+ 1 FAD 1 ATP (GTP) 22 24/05/2015 Os 2 Carbonos vermelhos entram no ciclo pelo Acetil-CoA Os 2C azuis serão convertidos em CO2 em cada passagem do ciclo A produção de energia do CK é baixa (1 GTP). A energia da oxidação do Acetil-CoA é conservada sob a forma de coenzimas reduzidas (NADH e FADH2), utilizadas na CTE O oxaloacetato é sempre regenerado ao final do ciclo, com gasto efetivo apenas do Acetil-CoA (CHO, G e AA). CTE 9 ATPs 2 ATPs 3 NAD+ 1 FAD 2x (pois são 2 moléculas de piruvato a partir de 1 glicose) 1 ATP (GTP) 1 mol (180g) de glicose = 38 ATPs Etapa/Reação Mols de NADH Mols de FADH2 Mols de ATP Glicólise 2 - 2 Piruvato à Acetil-CoA 2 - - Ciclo de Krebs 6 2 2 TOTAL 10 NADH 2 FADH2 4 ATPs 23 24/05/2015 1) Reoxidação do NADH a NAD+ (vindo da glicólise e do Ciclo de Krebs); 2) Reoxidação do FADH2 a FAD (vindo do Ciclo de Krebs); 3) Bombeamento de H+ para o espaço intermembranas; 4) Formação de H2O tendo O2 como aceptor final de elétrons; 5) Síntese de ATP; A CADEIA RESPIRATÓRIA EM FUNCIONAMENTO ... H+ H+ H+ H+ H+ H+ 24 24/05/2015 25 24/05/2015 38 ~ 200 ATPs Krebs e Lipmann – Nobel Medicina em 1953 Glicólise Gliconeogênese Triacilglicerol Acetil-CoA (Ciclo de Krebs) Lipase Hormônio Sensível Lipase Lipoproteica AGL LIPASE HORMÔNIO SENSÍVEL (L.H.S.) 2004 CONTRAÇÃO INSULINA CÁLCIO +++ AMP ADRENALINA CAFEÍNA +++ A.G.C.L. ÁCIDOS GRAXOS LIVRES LIPOPROTEÍNA LIPASE (L.P.L.) CONTRAÇÃO ADRENALINA ÁCIDOS GRAXOS LIVRES 26 24/05/2015 Albumina O AG é convertido em uma forma ativa (Acil-CoA) para então ser transportado à mitocôndria e oxidado. - FAT/CD36 (FATTY ACID TRANSLOCASE) - FATP (FATTY ACID TRANSPORT PROTEIN) - FABPPM (FATTY ACID BINDING PROTEIN) A membrana da mitocôndria é impermeável à Acil-CoA Carnitina-acil transferase Qual é o seu papel fisiológico? Porque é feita sua suplementação? Apesar da base teórica para o uso de L-carnitina, a literatura científica fornece poucos benefícios metabólicos induzidos pela suplementação de carnitina. Talvez pela dificuldade em aumentar sua concentração muscular via administração oral. Aoki, M.S., et al. Carnitine Supplementation Fails to Maximize Fat Mass Loss Induced by Endurance Training in Rats. Ann Nutr Metab;48:90–94, 2004 Coelho, C. F., et al. Aplicações clínicas da suplementação de L-carnitina. Rev. Nutr., Campinas, 18(5):651-659, 2005 27 24/05/2015 Resultados discutíveis (havia outros nutrientes junto da suplementação de carnitina) O primeiro autor é um dos editores da revista Existe apelo mercadológico para o uso da suplementação Kraemer, W.J., et al. Androgenic Responses to Resistance Exercise: Effects of Feeding and L-Carnitine. Med Sci Sports Exerc Vol 38 (7): 1288-1296, 2006. A análise do dano muscular feita por ressonância magnética (D3 e D6) revelou 23%, 16% e 39%, 29% no grupo suplementado e controle respectivamente. Volek, J. F., et al. L-Carnitine supplementation favorably affects markers of recovery from exercise. Am J Physiol Endocrinol Metab 282: E474–E482, 2002 28 24/05/2015 A cada volta do Ciclo de Lynen, forma-se: 1 Acetil-CoA 1 Acil-CoA (-2C) 1 FADH2 1 NADH 3-6mg/Kg Curi R. et al. Ciclo de Krebs como fator limitante na utilização de acido graxos durante o exercício aeróbio. Arq Bras Endocrinol Metab 2003;47/2:135-143 29 24/05/2015 . 30 24/05/2015 Adrenalina, Ca2+, ADP, AMP Glicogênio fosforilase (vit B6) Glicose Glicose-6-fosfato, frutose-6-fosfato, ADP Recrutamento de fibras rápidas (menor vascularização e densidade mitocondrial) Fosfofrutoquinase Quando a produção de piruvato ultrapassa o limite da atividade da piruvato desidrogenase, lactato é produzido para regenerar o NAD+. Piruvato 31 24/05/2015 ANALISADOR DE GASES CONSUMO DE OXIGÊNIO (VO2) PRODUÇÃO DE CO2 (VCO2) VENTILAÇÃO (VE) A partir desses parâmetros podemos determinar: 1- Limiar Ventilatório (LV) ou Limiar 1 2- Ponto de Compensação Respiratória (PCR) ou Limiar 2 3- Consumo Máximo de O2 (VO2 max) 32 24/05/2015 LV ou Limiar 1: Perda da Linearidade entre VCO2 e VO2 VCO2 (L/min) LV Velocidade ? VO2 (L/min) 33 24/05/2015 PCR ou Limiar 2: Perda da Linearidade entre VE/VCO2 VE (L/min) PCR Velocidade ? VCO2 (L/min) VO2 máx : aumentos da intensidade de esforço não resultam em aumento no VO2 (ou seja, é obtido um platô) VO2 (L/min) VO2 Velocidade ? Intensidade (Km/h) 34 24/05/2015 VCO2 VE O O O2 O2 2 Hb Hb O HemáciaCO2 METABÓLICO AC HCO3- Cl- Cl- + I AC + CO2 H2O IV II III O ATP H2O VO2 2 NAD+ FAD Sarcolema Glicogênio Piruvato Acetil Coa Ác. Graxo Acil Coa CO2 Krebs FADH2 Piruvato Acil Coa ATP + H2O ADP + Pi + H+ 2 HCO3- + H+ H2CO3 HCO3- 2 Hb H+ CO2 + H2O GTP NADH ATP Lynen Mitocôndria + PCr ADP H + H ADP Pi ADP ATP ATP ADP Pi H+ ADP Citossol Muscular 35 24/05/2015 VO2 VCO2 VE [L/min] Velocidade Km/h H2CO3 AC Lactato H2 O + CO2 CO2 + H2O I Glicogênio HCO3- + H+ H2CO3 HCO3- + H+ Sarcolema Hb AC IV II III O 2 H2O NADH NAD+ FADH2 FAD MCT4 Krebs Piruvato METABÓLICO Acetil Coa COLDH2 NÃO FADH Lactato Lactato CO2 Ác. Graxo Acil Coa GTP 2 Piruvato Acil Coa ATP + H2O ADP + Pi + H+ NADH ATP Lynen Mitocôndria H+ ATP ADP Citossol Muscular 36 24/05/2015 LV L imiar Ventilatório - L V 4,5 VO2 VCO2 VE V C O2 (L /Min) 4 3,5 3 16,8 km/h 2,5 2 [L/min] 1,5 2 2,3 2,6 2,9 3,2 3,5 3,8 V O2(L /Min) 16,8 Velocidade (Km/h) LIMIAR VENTILATÓRIO 70-75% do VO2max VO2 VE LEVE OU MODERADO VCO2 PARÂMETROS DE INTENSIDADE... VCO2 37 24/05/2015 CO2 Hiperventilação CO2 + H2O H2CO3 Lactato H+ I IV II III O 2 HCO3-+ H+ H2O NADH NAD+ FADH2 FAD MCT4 Glicogênio Hb AC CO2 Lactato LDH Piruvato FADH2 Piruvato Ác. Graxo GTP NADH Acil Coa Acil Coa Krebs Acetil Coa ATP Lynen Mitocôndria ATP + H2O ADP + Pi + H+ H+ ATP Pi ADP ADP Citossol Muscular PCR PC R 130 120 V E (L /Min) VO2 VCO2 VE 110 100 90 80 70 20,1 km/h 60 50 [L/min] 1,9 2,4 2,9 3,4 3,9 4,4 V C O2 (L /Min) 20,1 Velocidade (Km/h) 38 24/05/2015 LIMIAR VENTILATÓRIO VO2 VE MODERADO OU PESADO 70-75% do VO2max LEVE OU MODERADO VCO2 PARÂMETROS DE INTENSIDADE... PCR 75-85% do VO2max VCO2 CONSUMO MÁXIMO DE O2 VO max (VO2max) 2 VO2 VCO2 VE [L/min] 22,2 Velocidade (Km/h) 39 24/05/2015 LIMIAR VENTILATÓRIO VO2 VE MODERADO OU PESADO INTENSO OU SEVERO 70-75% do VO2max LEVE OU MODERADO VCO2 PARÂMETROS DE INTENSIDADE... PCR 75-85% do VO2max 25% VO2 máx 65% VO2 máx VCO2 85% VO2 máx Alguns atletas atingiram o fatmax a 50% do VO2máx e outros apenas em 85%VO2máx. No estudo, ⅓ das pessoas não estavam em sua fatmax zone quando se exercitaram na intensidade de fatmax média do grupo. 40 24/05/2015 Taxa de oxidação de gordura vs. intensidade de exercício (% VO2máx ). Taxa de oxidação de gordura vs. intensidade de exercício (% VO2máx). Grupos divididos em altos e baixos valores de VO2máx Marion et all.(1994). Relação %FCmax vs. % VO2máx Branco FC, et al. Frequência Cardíaca na Prescrição de Treinamento de Corredores de Fundo, 2003. Karvonen et al. (1957) FCmáx = 200- IDADE Tanaka et al. (2001) FCmáx = 208- (0,7 x IDADE) 41 24/05/2015 42