12º SICONBIOL, Simpósio de Controle Biológico - 18 a 21 de julho de 2011 “Mudanças climáticas e sustentabilidade: quebra de paradigmas” CO.03.14 POPULAÇÕES DE Aedes aegypti DO ESTADO DE PERNAMBUCO RESISTENTES AO ORGANOFOSFORADO TEMEPHOS: PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE A Bacillus thuringiensis israelensis. Helvecio E1; ARAÚJO AP1; DINIZ DFA2; Souza ANG2; Barros RA2; Oliveira CMF3; Silva-Filha MHNL2; AYRES CFJ2; Santos MAVM4 - 1Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães - Entomologia; 2Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM/FIOCRUZ) - Entomologia; 3Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães-FIOCRUZ - Entomologia; 4Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz - Entomologia Inseticidas químicos têm sido utilizados no Brasil, desde 1996, para controle populacional de Aedes aegypti, envolvido com a transmissão local da dengue. O uso intensivo e extensivo do larvicida organofosforado temephos ocasionou o aumento da pressão de seleção nas populações naturais do mosquito e levou a alteração do perfil de susceptibilidade a este inseticida. Em 2000, o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) indicou a substituição pontual do temephos pelo biolarvicida Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) nas localidades com populações resistentes. O objetivo deste estudo foi investigar a resposta de mortalidade ao Bti em populações de A. aegypti caracterizadas como resistentes ao temephos, oriundas de municípios do estado de Pernambuco. As amostras foram coletadas em sete municípios das Regiões do Agreste e sertão do estado, cujas razões de resistência (RR) variaram de 60 a 212 vezes. Além destas, também foi avaliada uma população susceptível ao temephos, proveniente do arquipélago de Fernando de Noronha, onde produtos a base de Bti são usados na rotina do programa há mais de sete anos consecutivos. Bioensaios com concentrações múltiplas do Bti foram realizados para definição da linha de base-resposta destas populações. Três repetições com cerca de 500 larvas (L4) jovens, foram realizados por população. Os resultados de mortalidade, 24 h após a exposição, foram usados para estimar as concentrações letais (CL) por regressão linear Log-Probit. A linhagem A. aegypti Rec-Lab e o pó padrão à base de Bti, IPS-82 (Instituto Pasteur), foram utilizados como referência para os testes, a partir do valor de CL95 (0,034 mg/L). Todas as populações analisadas mostraram CL95 similares entre si, e apenas 1,2 maiores do que a encontrada para a Rec-Lab. Estas informações permitem concluir que as populações estudadas estão completamente susceptíveis ao Bti, inclusive a de Fernando de Noronha, demonstrando claramente que o uso deste biolarvicida por períodos extensos, não alterou a resposta da população local. Assim, o Bti além de eficaz na substituição de inseticidas químicos é hoje a ferramenta mais segura ambientalmente para o manejo da resistência e o controle de A. aegypti. Palavras-chaves: Aedes aegypti, Bti, resistência ao temephos 120