Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva Associação Ampla entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa (Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética) e a Universidade Estadual do Centro Oeste (Departamento de Ciências Biológicas) PROJETO DE PESQUISA ANÁLISE DA AUSÊNCIA DE FLUXO GÊNICO EM POPUALÇÕES DE Astyanax aff. fasciatus NA BACIA DO ALTO RIO TIBAGI (PARANÁ, BRASIL) E SUAS INFERÊNCIAS EVOLUTIVAS Orientador: Prof. Dr. Roberto Ferreira Artoni Co-orientador: Prof. Pós Dr. Mateus Henrique Santos Mestrando: Alceu Ferreira Júnior PONTA GROSSA – PARANÁ 2015 INTRODUÇÃO Populações pequenas e isoladas, geograficamente ou não, tendem a reduzir sua variabilidade genética devido ao endocruzamento, dessa forma, uma população naturalmente isolada, como presente na Furna2 do Parque que não promova fluxo gênico com populações próximas, pode ter acúmulos de sutis diferenças genéticas, que, com o tempo podem inviabilizar cruzamento e/ou gerar descendência fértil, com as demais populações caso cessem seu isolamento geográfico especiação alopátrica - (Ridley, 2004) ou, permanecendo a ausência de fluxo gênico, esta pode iniciar um processo evolutivo denominado depressão endogâmica (Frankhan, 2008). A ausência de fluxo gênico promovendo a especiação incorre no aumento da biodiversidade de um ecossistema, para tanto, a população “livre deste fluxo” precisa ter numero expressivo de membros e um habitat que lhe permitam “fugir” do gargalo evolutivo da depressão endogâmica, cuja repetição de endocruzamento aumenta significativamente a possibilidade de acumulo de mutações deletérias, assim, ao invés de culminar em especiação de uma população, tem-se possivelmente uma extinção populacional, reduzindo a biodiversidade local. (Ganem e Drummond, 2011). O Parque Estadual de Vila Velha (PEVV) apresenta condições geográficas distintas que permitem o estudo evolutivo comparativo entre populações endogâmicas de Astyanax aff. fasciatus isoladas em depressões doliniformes denominadas furnas (Figura 1). ”. Figura 1. Mapa hidrográfico do estado do Paraná (a) e destaque para o relevo que apresenta as Furnas do Parque Estadual de Vila Velha, Paraná (b). Shibatta e Artoni (2005). Ressalta se que as furnas 1 e 2 recebem água do lençol freático e de precipitações pluviais, a furna 3 não apresente lamina de água, enquanto a furna 4 recebe águas do córrego da roça e a Lagoa Dourada recebe água de lençol freático e de inundações do Rio Guabiroba, afluente do rio Tibagi. Assim, enquanto a furna 4 e Lagoa Dourada tem ligações com outros corpos de água, permitindo contato e o fluxo gênico entre populações distintas de Astyanax fasciatus, diferentemente do ocorrido as furnas 1 e 2 permanecem isoladas (Artoni et al., 2006). Um dos primeiros estudos evolutivos nas populações altamente isoladas de Astyanax pertencentes à bacia do alto rio Tibagi refere-se ao estudo cariotípico realizado por Matoso et al. (2002), na qual foi descrito o cariótipo de Astyanax aff. fasciatus (denominado Astyanax sp.) através da analise de 10 exemplares – (05 machos e 05 fêmeas), oriundos da Furna 1, pertencente ao Parque Estadual Vila Velha, revelando 2n= 48 cromossomos, destes 3 pares de metacêntricos, 9 pares de submetacêntrico, 7 pares de subtelocêntricos e 5 pares de acrocêntricos, não havendo diferenças evidentes entre o cariótipo de machos e fêmeas. Outros estudos cariotípicos foram realizados em populações de Astyanax aff. fasciatus na bacia do alto rio Tibagi, chegando a conclusão de que se trate de um complexo de espécies, com dois cariomorfos que possuem 2n = 50 cromossomos e distintos padrões de banda-C e outro com 2n = 48 cromossomos (Artoni et al., 2006). A diversidade deste complexo de espécies foi também acessada em diferentes ocasiões acerca da anatomia corporal, especialmente em relação a morfologia merística (Shibatta e Artoni, 2005; Artoni et al. 2006). Uma análise qualitativa da variabilidade genética em A. aff. fasciatus do alto Rio Tibagi e PEVV com base no polimorfismo obtido por digestão enzimática (RFLP) da região D-Loop do DNAmit evidenciou que essas populações soa geneticamente diferentes (Matoso et al., 2010). Uma hipótese filogenética foi estabelecida pela analise de sequências do gene 12S do DNA mitocondrial destas populações de A. aff. fasciatus e confirmou o complexo de espécies (Matoso et al., 2013). O estado de vulnerabilidade das populações de A. aff. fasciatus confinados nas Furnas do PEVV também já foi relatado na literatura, quer seja por evidencias morfológicas (Gross et al., 2004), assim como pelo emprego de marcadores moleculares (Matoso et al., 2004). Contudo, algumas perguntas acerca da biologia evolutiva desses peixes ainda continuam sem respostas a exemplo do comportamento da variabilidade genética nas populações e aspectos adaptativos, assim como o tempo de isolamento reprodutivo e se este realmente é efetivo para estas populações. JUSTIFICATIVA E RESULTADOS ESPERADOS O presente projeto é complementar a estudos por nós realizados no início dos anos 200 no Parque Estadual de Vila Velha. Naquela oportunidade realizamos trabalho inédito de levantamento completo da icitiofauna local que resultou em um livro publicado, vários artigos científicos em revistas indexadas e inúmeras divulgações em congressos e também na mídia, a exemplo do Globo Repórter, Jornal Hoje e Paraná TV. Também foi resultado importante à formação de alunos de iniciação científica e de pós-graduação (mestrado e doutorado) com subprojetos atrelados ao projeto principal, que podem ser consultados no Currículo Lattes do pesquisador (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728593H6 ). Contudo, muitas lacunas e perguntas ainda ficaram em aberto e que podem ser agora respondidas com novas tecnologias, especialmente em relação aos lambaris (Astyanax aff. fasciatus) que habitam as Furnas do PEVV, esperando que: - A análise da sequência do DNA mitocondrial do gene citocromo-oxidase, (DNABarconding) permitirá inferir se, de fato, os exemplares amostrados pertencem a espécie A. fasciatus. - Os dados fornecidos pela amplificação dos microssatélites permitirão estipular o grau de endemismo dos espécimes de Astyanax aff. fasciatus capturados da população da Furna 2 do Parque Estadual de Vila Velha com espécimes representantes de populações deste complexo de espécies presentes no Alto Rio Tibagi. - Estes resultados possibilitarão a divulgação cientifica em eventos destacados na área, assim como a publicação de artigos científicos em periódico de alto impacto. - Não obstante, o treinamento e formação de recursos humanos para o ensino superior será um dos principais produtos deste projeto. Destacando ainda a disponibilidade de informação para o manejo monitorado geneticamente para os peixes das Furnas do PEVV. OBJETIVOS Analisar a ausência de fluxo gênico entre uma população isolada de Astyanax aff fasciatus presente na formação geológica denominada de Furnas 2 comparando com populações da mesma espécie do alto rio Tibagi, circundante ao Parque Estadual Vila Velha no Paraná, com vistas a inferir sobre a estrutura populacional e tempo de divergência evolutiva. METAS Proceder a identificação molecular das populações através da análise de seqüências parciais do gene Citocromo oxidase (COI) do DNA mitocôndrial (DNA Barcode). Estabelecer parâmetros genéticos de populações de Astyanax aff. fasciatus presentes nas Furnas 2, com análise por primers oriundos de Astyanax altiparanae ou seja, promovendo a priori, a transferibilidade interespecífica. Inferir dados acerca da relação da população de A. aff. fasciatus isolada na Furna 2 com Astyanax aff. fasciatus do alto rio Tibagi. Comparar novas amostras com amostras antigas (10 anos) de A. aff. fasciatus da Furna 2, estimando tempo de isolamento desta população, seu grau de endemismo (perda de variabilidade genética MATERIAL E MÉTODOS Serão analisadas amostras do DNA genômico e mitocondrial da espécie Astyanax aff. fasciatus presente na Furna 2 e no alto rio Tibagi, utilizando amostras de banco de tecidos do Laboratório de Genética Evolutiva (LabGEv) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) com pelo menos 10 anos de estocagem (30 animais/tecidos da localidade da Furna 2 do PEVV e 30 animais/tecidos da localidade do Alto Rio Tibagi), bem como acesso a amostras recentes (30 animais/tecidos da localidade da Furna 2 do PEVV e 30 animais/tecidos da localidade do Alto Rio Tibagi), perfazendo um total de 120 para o N amostral. A identificação específica será realizada pelo Dr. Oscar Akio Shibatta e exemplares representativos do estudo serão depositados no Museu de Zoologia da Universidade de Londrina (MZUEL), além da identificação molecular por DNA-barcode. O trabalho tem a autorização do Ministério de meio Ambiente – MMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio; Licença 15115-1). METODOLOGIA Os peixes serão coletados com tarrafas, redes e peneiras, e transportados vivos, em condições de oxigenação, para o LabGEv onde serão mantidos em aquários até sua utilização em análises moleculares. A extração do DNA genômico será realizada com tampão salino (Aljnabi & Martinez, 1997). Cada amostra de tecido de aproximadamente 10mg será homogeneizada em 800 µL de tampão salino (NaCL 0,4 M; Tris-HCL 10mM pH=8,0 e EDTA 2mM pH=8,0) usando pistilo adaptado a um agitador mecânico por 10-15s. Adicionar 80µL de SDS 20% (CF=2%) e 16 µL de Proteinase K 20 mg/mL (CF=400µg/µL) e mistura bem. Incubar as amostras a 55-65ºC por pelo menos 1h ou overnight. Adicionar 300 µL de NaCL 6M. Agitar as amostras em Vortex por 30s a velocidade máxima e centrifugar por 20 minutos a 13.000g. Transferir o sobrenadante para outro tubo. Adicionar igual volume de isopropanol e misturar bem. Incubar a -20ºc por 1 h. centrifugar por 10 minutos a 4ºC a 13.000g. Levar o pellet com 300 µL de etanol 70%, centrifugar por 5 minutos a 13.000g. Secar e ressuspender em 300-500 µL de H2O estéril (100 µL=98 µL TE + 2 µL de RNase 10 mg/mL. As reações de PCR (Polimerase Chain Reaction) serão conduzidas em um volume final de 20 µL 3,12 mM de MgC12 (50mM), 0,09mM de dNTPs (1,25 mM), 0,05pM de cada primer (10µM), 0,5 unidade de Taqpolimerase w 1,5 µl de amostra de DNA (40 a 50 ng). Os ciclos da reação serão iniciados com uma etapa de desnaturação de cinco minutos a 95ºC, seguidos de 35 ciclos, compostos de 30 segundos de desnaturação a 95ºC, 30 s de temperatura de anelamento de cada iniciador e cinco segundos de extensão a 72ºC. Após os ciclos, usa-se uma extensão final de cinco minutos a 72ºC. Após a amplificação, os produtos da PCR serão corados com GelRedTM e visualizados em gel de agarose a 1% para a determinação da qualidade e tamanho dos fragmentos amplificados. Os produtos de PCR que serão usados para o seqüenciamento serão purificados com a enzima ExoSapIT®, de acordo com a metodologia descrita em Oliveira et al. (2011) e enviados ao sequenciamento automático. O sequenciamento das amostras será realizado na empresa ACTGene Análises Moleculares Ltda, (centro de Biotecnologia, UFRGS, Porto Alegre, RS) utilizando o sequenciador automático ABI 3500 Genetic Analyzer armado com capilares de 50 cm e polímero POP7 (Appplied Biosystems). Os DNAs-moldes (60ng) serão marcados utilizando-se 2,5% pmol do iniciador (tabela 1) e 0,5 L do reagente BigDive Terminator v3.1 Cycle Sequencing Standart (Applied Biosystems) em um volume final de 10 µL. As reações de marcação serão realizadas em termociclador LGC XP Cycler com uma etapa de desnaturação inicial a 96º por 3 min seguida de 25 ciclos de 96ºC por 10 s, 55ºC por 5 s e 60ºC por 4 min. Uma vez marcadas, as amostras serão purificadas pela precipitação com isopropanol a 75% e lavagem com etanol a 60%. Os produtos serão diluídos em 10 µL de formamida Hi-Fi (Applied Biosystems), desnaturados a 95ºc por 5 min, resfriado em gelo por 5 min e eletroinjetados no sequenciador automático. Os dados de sequenciamento serão coletados utilizando-se o programa Data Collection 2 (Applied Biosystems) “KB_3500_POP7_BDYv3.mob”, com BioLIMS os parâmetros Project Dye Set “3500_Project1”, “Z”, Mobility Run Module File 1 “FastSeq50_POP7_50cm_cfv_’00”, e Analysis Module 1 “BC-#%))SR_Seq_Fast.saz”. O alinhamento das sequencias “foward” e “reverse” de cada amostra dos respectivos genes serão comparadas, corrigidas e editadas usando o programa “Chromas Life 2.0”, para o alinhamento múltiplo das seqüências, o pacote de programas “Bioedit v 7.0.9”, o qual inclui o programa “Clustal W, 1.8.” e, para garantir a fidelidade da posição dos nucleotídeos das sequencias, os pontos de mutação serão checados manualmente, utilizando o programa “Chromas Lite, 2.0” e, quando necessário, possíveis erros nas sequência, interpretados pelo alinhamento como mutação, serão eliminados. A confirmação da veracidade das sequencias obtidas será realizada pela comparação com informações disponíveis no banco de dados de sequencias do NCBI, GenBanK utilizado o programa BLAST. A identificação molecular das espécies seguirá a analise por similaridade das sequencias parciais do gene COI com o arquivo do banco de dados do projeto BOLD (Barcode of life data Systems), acessível em (http://v3.boldsystems.org/). A variabilidade genética das populações será acessada por meio de marcadores moleculares baseados em locos microssatélites, após a transferabilidade dos iniciadores originalmente descrita para Astyanax altiparanae (Zaganini, 2012). A análise do polimorfismo de tamanhos fragmentos será feita através e eletroforese microfluídica, estabelecendo padrões compatíveis com a presença dos alelos esperados para cada lócus. Com a amplificação dos microssatélites, estimar-se-á o déficit de heterozigotos, o equilíbrio de Hardy-Weinberg, a diferenciação gênica, as frequências alélicas e as heterozigosidade esperadas e observadas utilizando-se o programa GENEPOP versão 3.4 (Raymond e Rousset, 1995). Será empregada a estatística F (Fis e Fst) (Weir e Cockerham, 1984). Para cada uma das populações, será calculado o índice de endogamia (Fis) e o desequilíbrio de ligações através do programa FSTAT versão 2.9.3.2 (Goudet, 1995). Também será calculada, a partir dos dados genéticos, o Tamanho Efetivo Populacional (Ne). O nível de s ignificancia adotado em todas as análises descritas será de 5%, ajustado com a correção sequencial de Bonferroni (Rice, 1989). Também será dado o enfoque interpopulacional, verificando assim a estruturação genética dessas populações. Será, portanto, determinado se há presença de fluxo gênico (o que indicará ocorrência ou não de migração). Para isso, será utilizada uma analise bayesiana com programa STRUCTURE (Pritchartd et al. 2003). Serão calculados os índices padrões de diversidade, como a diversidade nucleotídica e diversidade haplotípica, utilizando o programa Arlequim, 3.5 (Excoffier et al. 2005). Além desses índices, também serão calculados possíveis desvios da neutralidade com os testes D de Tajima (Tajima 1989), Fs de Fu (Fu et al 1997). CUSTOS DO PROJETO Os recursos financeiros para execução do projeto estão garantidos por verba do PROAP da CAPES vinculado ao PPG-Biologia Evolutiva e ao projeto aprovado pelo CNPq processo n° 304233/2013-7. “Biodiversidade, Citogenética e Preservação dos Peixes dos Campos Gerais IV”, em nome do pesquisador principal Prof. Dr. Roberto Ferreira Artoni. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ANO 2014 (Já executado em azul) ATIVIDADE Revisão bibliográfica Reestruturação do projeto Levantamento dos tecidos no LabGEv-UEPG padronização das técnicas a serem utilizadas Treinamento das técnicas de bioinformática Captura de exemplares de no alto Rio Tibagi Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ANO 2015 (em vermelho etapas na área do PEVV. Em verde etapas a serem ainda executadas) ATIVIDADE Revisão bibliográfica Ja Fv Ma Ab Ma Ju Jl Ag St Ou Nv Captura de exemplares Furna 2 PEVV Seqüenciamento do DNA Análise preliminar dos dados Descrição dos dados e discussão ANO 2016 (em vermelho etapas na área do PEVV. Em verde etapas a serem ainda executadas) ATIVIDADE Amostragens e análises Complementares Revisão de análise de dados Formatação de trabalhos para publicação e relatório IAP Ja Fv Ma Ab Ma Ju Jl Ag St REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alijani, S. M.; Martinez, I. Universal and rapid salt-extraction of high quality genomic DNA for PCRbased techniques. Nucleic acids research, v. 25, n. 22, p. 4692 - 4693, 1997. Artoni, R. F.; Almeida, M. C. Genética de peixes neotropicais. I. Aspectos da conservação genética dos peixes no Parque Estadual de Vila Velha, Paraná, Brasil. Revista Publicatio UEPG Ciências Biologicas e da Saúde, v. 9, n. 2, p. 7 - 15, 2003. Artoni, R. F.; Shibatta, O. A.; Gross, M. C.; Schneider, C. H.; et al. Astyanax aff. fasciatus Curvier 1819, (Teleostei, Characidae): evidences of a species complex in the upper rio Tibagi basin (Paraná, Brazil). Neotropical Ichthyology, v. 4, n. 2, p. 197 - 202, 2006. Artoni, R. 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