Insuficiência Cardíaca 2009 Epidemiologia Insuficiência Cardíaca (IC) Via final da maioria das doenças que acometem o coração Em 2007: Doenças cardiovasculares: 3º causa de internação no SUS, sendo a IC a causa mais comum de internação. Etiologia DCV isquêmica + HAS Chagas 3º maior epidemia (malária e esquistossomose) – tem reduzido Cardiomiopatia reumática crônica Mais comum Condições sócio-econômicos Endocardiofibrose Endêmica: África, Índia, Colômbia, Nordeste do Brasil. IC como síndrome clínica É uma síndrome clínica complexa de caráter sistêmico, definida como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo para atender necessidades metabólicas tissulares. Disfunção sistólica, diastólica ou de ambas, acometendo um ou ambos os ventrículos. 60% ventrículo esquerdo 40% diastólica – aumento expectativa de vida Classificação da IC - sintomas Classe I - ausência de sintomas (dispnéia) durante atividades cotidianas. A limitação para esforços é semelhante à esperada em indivíduos normais Classe II - sintomas desencadeados por atividades cotidianas Classe III - sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as cotidianas ou pequenos esforços Classe IV - sintomas em repouso New York Heart Association Classificação da IC - progressão Estágio A - Inclui pacientes sob risco de desenvolver insuficiência cardíaca, mas ainda sem doença estrutural perceptível e sem sintomas atribuíveis à insuficiência cardíaca. Estágio B - Pacientes que adquiriram lesão estrutural cardíaca, mas ainda sem sintomas atribuíveis à insuficiência cardíaca. Estágio C - Pacientes com lesão estrutural cardíaca e sintomas atuais ou pregressos de insuficiência cardíaca. Estágio D - Pacientes com sintomas refratários ao tratamento convencional, e que requerem intervenções especializadas ou cuidados paliativos. Classificação da IC - progressão •Inclui dados de história e compreensão evolutiva da doença •Qualidade de vida / Prognóstico • •Estabelecimento de prioridades / linhas terapêuticas •Identificar pacientes com indicação de intervenções predominantemente: Preventivas (estágios A e B), Terapêuticas (estágios C) •Seleção de pacientes para procedimentos especializados e cuidados paliativos (estágio D) Camila Marcucci Gracia Nutricionista – CRN3-7388 Dietoterapia Diagnóstico Nutricional Planejamento alimentar Anamnese alimentar Fatores culturais Fatores sócio-econômicos Caquexia Cardíaca Atinge 1/3 dos pacientes com IC CF III/IV Perda de massa magra Perda de massa adiposa (reserva energética) Perda de densidade mineral óssea (osteoporose) gasto ingestão BN e BE negativos Fatores – Caquexia Cardíaca Anorexia Dispnéia Fadiga Hipercatabolismo Aumento gasto energético Hipóxia Inflamação Edema de alças intestinais Náuseas Má-absorção lipídica Sensação de plenitude gástrica Perdas protéicas TNF-α Norep IL 1 epin IL 6 ỵIFN FБcrsto cort Causas de desnutrição Dieta hipocalórica lipólise tecido adiposo perda de peso catabolismo Caquexia Cardíaca (33 a 53 %) Velloso e col. Arq.Bras.Cardiol.58(3):189-192,1992 Composição Densidade energética Peso normal – 28 calorias/Kg Peso abaixo – 32 calorias/Kg Considerar paciente sem edema Excesso de substrato – glicotoxicidade e lipotoxicidade Composição Carboidratos: 50 a 55% Proteínas:15 a 20% Integrais / baixa carga glicêmica (RI) Alto valor biológico Lipídios:30 a 35% Preferir mono e poliinsaturado (Ω3) Reduzir saturadas Evitar trans Composição Sódio Líquidos: RH de 1000 a 1500ml/24h 2 a 3g de sal por dia Cuidado com sal à base de potássio Depende da condição clínica Álcool: Abstinência completa Depressão miocárdica Arritmias Suplementos Alimentares baixa ingestão alimentar má absorção de nutrientes uso de medicamentos que alteram a síntese ou que aumentam a excreção de nutrientes em estado de hipercatabolismo Anorexia: refeições pequenas e freqüentes nutrição enteral provisória Monitorar o Peso Paciente deve pesar-se diariamente Redução acima de 6% em 6 meses, não planejada, pode ser indicativa de caquexia cardíaca Aumento repentino e inesperado de 2 ou mais Kg em até 3 dias pode indicar retenção hídrica Estado nutricional x prognóstico IMC < 20,7 / IMC > 27,8 Outros Nutrientes Potássio: manter equilíbrio Depleção = toxicidade digital Anorexia, náuseas, vômitos Desconforto abdominal Alucinações, depressão Sonolência Arritmias cardíacas Outros Nutrientes Cálcio e Magnésio: manter ingestão Depleção = Arritmias cardíacas Magnésio: sódio e potássio Selênio: baixa ingestão = maior severidade da IC (antioxidante) Zinco:baixa ingestão = menor efeito antioxidante Anemia Alta prevalência Performance cardíaca Homeostase renal Resposta da medula óssea Interações medicamentosas Checar ingestão de Ferro e Vitamina B Vitaminas Não há evidências para a suplementação Vitamina C: nível reduzido Betacaroteno: nível reduzido Vitamina D: indicada em alguns casos Vitamina E: não reduziu marcadores de estresse oxidativo Alimentação deve suprir adequadamente