Turma A Dora Ponte João Torres José Santos Mª Carmo Franco Ricardo Vaz A escola que conhecemos.... A escola que conhecemos está ainda organizada segundo um modelo mecanicista (Figueiredo, 2002; Holmes et al., 2001), em que professores e alunos são vistos como peças de uma máquina. Juntamos alunos da mesma idade, num mesmo local, a estudar as mesmas matérias, ao mesmo ritmo (Holmes et al.,2001). A escola que conhecemos.... As filas de carteiras, as campainhas a tocar de hora a hora, a instrução de ouvir e responder, a apresentação de conteúdos fora de contextos, a proliferação de disciplinas artificialmente separadas, a instrução de ouvir e responder, a memorização e reprodução de textos inertes, a “aquisição” de saberes sem aplicação visível, o isolamento e competição do trabalho escolar, os currículos nacionais rígidos, são apenas alguns exemplos ilustrativos do esmagador paradigma mecanicista que herdámos da Sociedade Industrial (Figueiredo, 2002, p. 1). A escola que conhecemos.... A avaliação surge como algo externo, que aparece de fora e, geralmente, não é considerada uma responsabilidade pessoal do aluno. O primeiro trabalho que se faz é, em geral, considerado definitivo. Não há normalmente lugar para reflexões e, consequentemente, para reformulações. O que parece contar não são as intuições, as experiências e os conhecimentos que ele detém, mas antes o seu desempenho no limitado espectro de questões apresentadas nos testes. Fernandes et al (1994) A mudança.... Alguns autores defendem que as tecnologias podem contribuir para uma mudança ao permitirem uma maior flexibilização de alguns processos, permitindo que se fale num ensino baseado na metáfora da rede. Figueiredo (2002) propõe que, em vez de valorizar o individualismo, a ausência de contexto, a rotina, a mecanização, a passividade, se valorize a comunidade, a interacção, os contextos, os processos orgânicos, a geometria variável, a complexidade, fluxo e a mudança. A mudança.... Numa escola diferente também os processos de avaliação serão necessariamente diferentes. Neste contexto podemos ver os portfólios - ou os eportfólios nas suas versões digitais – como ferramentas poderosas de avaliação. Sá-Chaves (2004) defende que a utilização dos portefólios nos processos de avaliação trazem vantagens que vão também colidir com o sistema de ensino tradicional acima descrito. Vantagens da avaliação com Portefólios segundo Sá-Chaves(2004) Reconhecimento da pessoa do aluno; Reconhecimento da indispensabilidade da autoimplicação do aprendente; Reconhecimento do efeito multiplicador do diverso (ninguém aprende sozinho); Reconhecimento da dimensão do inacabamento; Reconhecimento da indispensabilidade da reflexão; Reconhecimento da formação como um processo contínuo e deliberado. Vantagens da avaliação com Portefólios segundo Sá-Chaves(2004) Na fase final de cada percurso formativo o portefólio, enquanto narrativa, mais ou menos longa, conta uma história de aprendizagem, pessoal e sempre única, que pode ser lida e, consequentemente avaliada, tendo como referência os objectivos e os conteúdos inscritos, desde o início, no respectivo programa de formação. Chaves(2004) Avaliar os Portefólios… Avaliar os portefólios pode também tornar-se uma tarefa complicada. Uma experiência levada a cabo, em contexto universitário, pela professora Judite Almeida dá conta de alguns problemas que podem surgir na hora de avaliar os portefólios de cada aluno. Avaliar os Portefólios… As dificuldades foram inúmeras: a discriminação dos aspectos a avaliar; a sua análise nos diferentes PA; a objectividade e uniformização de juízos avaliativos (...) “A experiência não tinha sido, afinal, tão linear como no início a tivera pensado...” (Almeida & Vieira 2006) p. 96 Portefólios ou ePortefólios A flexibilidade de que as TIC podem trazer para o ensino também podem ter aplicação na elaboração de Portefólios. Um portefólio disponível em rede permitirá, por exemplo: Ser consultado em diferentes locais; Não estar, em cada momento, com o aluno ou professor; Este aspecto permitirá que o portefólio possa ser acedido/comentado pelo professor e pelos colegas do aluno durante todo o processo de elaboração. Avaliar Portefólios ou avaliar com Portefólios? Em alguns dos textos consultados estava subjacente a ideia que o portefólio seria avaliado apenas no final do processo. ePortefólios metodologia e ferramenta! ePortfólio = identidade digital = dossier individual electrónico – alojado em cd/plataforma/... Metodologia / processo inovador – de aprendizagem – fomenta a utilização e o desenvolvimento das tecnologias (TIC) Ferramenta / instrumento de trabalho – sistema de reconhecimento e acreditação de competências registo da aprendizagem – centrada no individuo nas diversas instituições de ensino E-Portefólios metodologia e ferramenta! Tipos de ePortefólios APRENDIZAGEM de maior qualidade mais rápida/eficaz AQUISIÇÃO, REFLEXÃO, MELHORIA saber acumulado - reflexão - desenvolvimento pessoal reformulação – melhoria de desempenho solidificação de conhecimentos E-Portefólios metodologia e ferramenta! Tipos de ePortefólios AVALIAÇÃO Auto-avaliação aluno Heteroavaliação professor colegas encarregados de educação E-Portefólios metodologia e ferramenta! Tipos de ePortefólios Reflexo da aprendizagem ao longo da vida académica. Gestão do conhecimento/aprendizagem do aluno: Documento electrónico individual; Trabalhos mais relevantes no fim da escolaridade; Comprovativos das práticas mais relevantes nos diferentes domínios – artístico, científico, tecnológico, línguas, desportivo, ...; Demonstração, por parte do aluno, do uso das TIC em todas as disciplinas . E-Portefólios metodologia e ferramenta! Tipos de ePortefólios APRESENTAÇÃO Do desenvolvimento pessoal da aprendizagem ao longo da vida Profissional – facilitador de empregabilidade Comprova / justifica competências Banco de dados ao qual os orgãos locais, regionais e outros E-Portefólios metodologia e ferramenta! Tipos de ePortefólios APRESENTAÇÃO Banco de dados ao qual os orgãos locais, regionais, nacionais e se possível internacionais, poderão aceder para o recrutamento de recursos humanos. Informações pessoais que: descrevem documentam Ilustram os resultados obtidos pelo individuo ao longo da vida no campo da aprendizagem, da carreira e da vida social Referências… Almeida, J., & Vieira, F. (2006). Portefólios de aprendizagem - da sua leitura à construção de um instrumento de avaliação. In L. R. Oliveira & M. P. Alves (Eds.), Actas do primeiro encontro sobre e-portefólios (pp. 91-119).Universidade do Minho. Fernandes & Al (1994) Portfolios: para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexiva. ensar avaliação, melhorar a aprendizagem./IIE. Lisboa: IIE Figueiredo, A. D. de. (2002). Redes e educação: A surpreendente riqueza de um conceito. In Redes de aprendizagem, redes de conhecimento. Lisboa: Conselho Nacional de Educação. Holmes, B., Tangney, B., FitzGibbon, A., Savage, T. & Mehan, S. (2001). Communal constructivism: Students constructing learning for as well as with others. (Disponível em: https://www.cs.tcd.ie/publications/techreports/reports.01/TCD-CS-2001-04.pdf. Acesso em: 3 de Março de 2008) Sá-Chaves, I. (2004). Discutindo sobre portfólios nos processos de formação entrevista com Idália Sá-Chaves. Olhar de professor, 7(2), 9-17.