ESMORIZ
(BARRINHA) EM FOCO
16
Edição: Associação Ambiental e de Lazer de Esmoriz
Agosto de 2011
http://www.aalesmoriz.blogspot.com
http://issuu.com/pedrodredd/docs/aale16
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PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO «MONTESINHO VIVO»
Foi criada uma parceria com a Associação «MONTESINHO VIVO» no sentido de haver uma «permuta» em
termos da divulgação das actividades levadas a cabo por ambas as associações, bem como para a organização
conjunta de eventos. A Associação «MONTESINHO VIVO» foi criada em 2005, tendo por objecto a defesa,
promoção, apoio e divulgação do Parque Natural de Montesinho em todas as suas vertentes, nomeadamente nas
que se relacionam com o turismo, protecção do ambiente, salvaguarda das tradições e gastronomia, valorização
do património histórico, cultural e natural, agricultura tradicional e biológica e prática de desportos de natureza.
O seu endereço na internet é o seguinte:
http://www.montesinhovivo.pt/
Florindo O. Pinto
Solicitador
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BARRINHA, ANOS 60
Como era bom que te vissem como eu vi;
Espreguiçar-me em ti e com prazer
Um olhar terno, grato te volver,
Sorver quanto de belo havia em ti!
Teu poiso era, calmo, hoje aqui,
Mais além, diferente, a outra hora.
Ainda que “pensasses” ir embora,
Era certo e seguro ver-te ali.
Ameaças-te, irada, duramente:
Dias, meses, anos, esquecida,
Convivendo com triste vilania.
Não sei se o amanhã será diferente,
Se voltarás de novo a ter vida
Cercada de tamanha hipocrisia!...
(Agostinho Fardilha- Uns Versos)
BARRINHA
A lagoa tem sido referida em vários trabalhos escritos,
tem sido inspiradora de poetas e artistas. No passado,
foi palco de provas desportivas, “sala de aula” para nadadores, ponto de encontro entre as dunas e testemunha
de tantas e tantas outras coisas.
Lá longe, aqueles que tinham respirado os seus ares,
não a esqueciam e, em pensamento, reviam a limpidez
das suas águas, a vida que nela vivia, e olhavam aquele
espaço não só como um espaço de lazer, mas, e também, como sendo o “celeiro” da comunidade circundante.
E do livro “Missão em Moçambique”, de autoria de
Francisco Pinho, extraímos da página 139, o:
Esperando…
Entre arame farpado comprimido,
Como uma avezinha triste engaiolada,
Meu pobre coração de dor vencido,
Não deixa de pensar na sua amada.
Quando às vezes aumenta o sofrimento,
Sinto mesmo de logo morrer!
Mas afasto de mim tal pensamento,
Porque logo me cresce a ânsia de te ver.
Sofro, é certo! E a fome que aqui passo,
Estreita mais ainda um forte laço
Que a ti me prende bem, Barrinha querida!...
Só me resta uma coisa: saber esperar,
Que um dia desta guerra me possa libertar
Assim como das agruras desta infeliz vida!...
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EVENTO: PASSEIO DA BRAMA (OBSERVAÇÃO DE VEADOS).
ORGANIZAÇÃO: Associação «MONTESINHO VIVO»
PROGRAMA
SÁBADO 24/09
12:30: Chegada a Bragança e almoço livre. Instalação nos alojamentos respectivos
16:30: Visita ao forno tradicional de pão do Cepo Verde, Turismo Rabal, Lda. para observação dométodo tradicional de confecção e cozedura de pão tradicional
20:00: Jantar no restaurante Javali
DOMINGO 25/09
07:30: Passeio e observação de veados no percurso pedestre da aldeia de Guadramil (Zona de Caça Nacional da
Lombada – Parque Natural de Montesinho)
12:30: Almoço no restaurante Solar Bragançano, em Bragança
16:00: Fim do programa
PREÇO / PESSOA: € 80,00
Inclui:
A) ALOJAMENTO na Casa do Parâmio e/ou Casa da Bica, sábado à noite (noite extra: +25 euros);
B) PASSEIO COM GUIA;
C) REFEIÇOES PROGRAMADAS: “O Javali” (ementa: sopa de legumes tradicional, entradas de diversos e
javali
estufado no pote com castanhas, posta à mirandesa assada na brasa com legumes, sumo, água, vinhos,
sobremesa e café); “O Solar Bragançano”: (ementa livre).
E) MAPA E GUIA do Parque Natural de Montesinho;
F) SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS;
NOTAS IMPORTANTES:
- O alojamento terá de ser organizado em ordem a obter a maximização dos quartos;
- Aconselha-se o uso de binóculos (a associação disponibiliza apenas dois pares);
- Aconselha-se o uso de calçado confortável e roupa adequada para a estação;
- Não usar calções e levar agasalhos para o final da tarde e noite;
- Não se esqueça de trazer máquina fotográfica;
SALVEM A BARRINHA
“Asfaltem a Barrinha e acabará o problema da poluição”.
Alcides Alves
Em reunião da Assembleia Municipal, de 3 de Outubro, foi aprovada uma moção em defesa da despoluição e na
procura de uma nova intervenção que traga o “bom estado” da Barrinha. A moção, que foi aprovada por
unanimidade, está subscrita por representantes dos partidos políticos e de elementos que compõem a mesa
daquele órgão autárquico. Do documento emerge o sentir de “todos” que lamentam o estado de abandono a que
tem sido votada aquela fonte de rendimento para centenas de pessoas e que por tão cantada bem se pode
considerar de uma “maravilha” do passado. Em Junho, já a deputada Patrícia Veiros, do Bloco de Esquerda,
havia levado à Assembleia da República o assunto que, como sempre, teve o tratamento “depois se verá”.
E enquanto os partidos políticos, no que respeita às bases locais, e a Assembleia Municipal, se mostram interessados nas complicadas e muito dispendiosas operações de despoluição da lagoa, dando conhecimento escrito e
fazendo chegar a quem de direito as suas preocupações, o autarca local sugere uma outra medida e avança com
uma solução final e radical “Asfaltem a Barrinha e acabará o problema da poluição”. É velho o conhecimento de que as promessas políticas de recuperação são mais que muitas. Esse “chavão” muito usado e com especial frequência em tempo de eleições, tem originado a instalação do desencanto e levado uma grande maioria
da população a uma situação de manifesto alheamento ao assunto. A contrariar esta quase “normalidade”, surge
a Juvedrep e o Movimento Cívico Pro Barrinha com a sua presença em actividades várias, na exposição anual
“do passado e do presente”, no manter de contactos diversificados e sempre em defesa daquele “bem”.
E, talvez por isso, e também por que a morte anunciada não se concretizou ainda, a Extensão de Saúde de
Esmoriz, serviu-se do nome “Barrinha” para o apadrinhar de um projecto, que está presentemente em execução
e que se prende com a intenção de intensificar e melhorar a prestação de cuidados primários de saúde.
E bem preciso é cuidar da saúde de todos aqueles que com as águas da Barrinha estão em contacto ou que por
perto delas vivem. Salvem a Barrinha é o grito, é o apelo que a partir de Esmoriz e de Paramos, vai continuar
a ser ouvido por aqueles que, lá em Lisboa, o problema podem remediar ou resolver. A expressão “asfaltem
a Barrinha” bem pode ser interpretada como de infeliz e teria sido evitada se o professor fosse o Ecoméne da
televisão.
Florindo Pinto
21/10/2007
Nota: Assim era em 2007. Assim é nos dias de hoje. Assim não será nos dias de amanhã. Amanhã será pior.
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