41,91:&6&;,<*1:&-.)&/0(1.23() =<*1,-52+, Cap7 Programação e controlo das operações Cap 6 MRP Planeamento das necessidades de materiais: é um sistema de informação para gerir os stocks e planear a produção ou compra dos materiais com procura dependentes (componentes). Permite conhecer 41,=>(?.) -(&)(@5(<AB.?(<*, n / 1 quando e quanto devem ser produzidos ou encomendados componentes; permite comparar datas das necessidades de componentes com datas das disponibilidades de componentes. Inputs: C(91. D4E FDG,1*()*&41,A())B<9&EB?(HI 1.Estrutura de materiais: Bill-of-materials file(BOM) – é um ficheiro que contém informação sobre a estrutura do produto final (especifica /1-(<.1&.)&*.1(J.)&0,1&,1-(?&A1()A(<*(&-,&*(?0,& quais e quantos componentes são necessários por unidades do produto -(&01,A()).?(<*, final); a informação da BOM é estática; pode ser representada em árvore, em formato indentado. 4(1?B*(&?B<B?BK.1&,&*(?0,&?L-B,&-(&A,<A>5)+,&-(& 2.Plano geral de produção(MPS): é um documento que reúne a informação sobre quando e quanto deve ser produzido do produto *,-.)&.)&*.1(J.)I final; a informação é dinâmica; é elaborado para vários períodos de tempo cuja duração e número definem o horizonte de planeamento; na Nas Job Shops: 1 n elaboração do MPS há em geral mais flexibilidade na programação da Dificuldades:"#$"%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 previsão da procura; algumas tarefas podem min ×nunca ! ci terR produção nos períodos de tempo no fim do horizonte de planeamento, sido executadas; podem existir diversas sequências para asn tarefas; os i =1 nos períodos de tempo mais imediatos , o MPS é congelado por forma jobs variam ao longo do tempo, por isso, o problema tem natureza a permitir manter o fluxo de produção razoavelmente controlado. dinâmica; definição de um programa de produção óptimo, se existirem 3.Ficheiro de stock: é um ficheiro que contém informação sobre diversos critérios eventualmente incompatíveis entre si. quantidades do produto final e dos componentes em stock, Loading: programação grosseira; afectação das tarefas às recebimentos previstos de componentes, períodos de máquinas/secções para serem executadas num curto período de tempo; reaprovisionamento do produto final e dos componentes; a informação considera as capacidades produtivas das diversas máquinas; utilidade é dinâmica. dos diagramas de Gantt (load charts e load reports). !#$!%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 !" Outputs: com os elementos do MPS, da BOM e do ficheiro de stocks é Dispatching: programação detalhada; determinação da sequência de possível, para cada componente calcular as necessidades brutas, execução das tarefas afectadas a cada máquina; adaptação das regras líquidas, planear a emissão das ordens de produção ou das dos problemas de sequencionamento n/m. (n: nº de tarefas/operações encomendas. ou jobs; m: nº de máquinas/secções) . Definição de Lotes: Regras dispatching obtidas a partir de regras dos problemas de 1.Método da definição de lotes período a período(de acordo com as sequencionamento n/m são simplistas porque ignoram tanto os custos necessidades líquidas): em cada período produzem-se ou compram-se de setup como os custos de stockagem; tomam a realidade como 41,91:&6&;,<*1:&-.)&/0(1.23() as quantidades exactas de que há necessidade líquida; não produz, estática quando ela é dinâmica. geralmente, a solução óptima ou mesmo soluções satisfatórias. Problemas de sequencionamento n/m: difíceis de resolver dada a sua 41,=>(?.) -(&)(@5(<AB.?(<*, n/1 2.Métodos heurísticos: não produz, geralmente, a solução óptima mas natureza combinatória apenas soluções satisfatórias. Problemas de sequencionamento n/1: Algoritmo Part-Period: agregam-se num lote as necessidades líquidas Notações: C(91. D4E 41,=>(?.) FDG,1*()*&41,A())B<9&EB?( de sucessivos períodos até que o custo de setup (de emissão da ordem pi = tempo de-(&)(@5(<AB.?(<*, processamento da tarefa ni / 1 HI de produção ou da encomenda) se aproxime tanto quanto possível do di = prazo definido/acordado de conclusão da tarefa i /1-(<.1&.)&*.1(J.)&0,1&,1-(?&A1()A(<*(&-,&*(?0,& custo de stockagem. ci = prazo efectivo de conclusão da tarefa i (valor acrescentado de pi) -(&01,A()).?(<*, Heurística Silver-Meal: agregam-se num lote as necessidades líquidas Li = desvio da tarefa i = ci-di de sucessivos períodos enquanto o custo médio por período for #NN Ti C(91.& = atraso da tarefaF#.1>B()* i = máx(0,Li)N5( N.*(HI 4(1?B*(&?B<B?BK.1&,&*(?0,&?L-B,&-(&A,<A>5)+,&-(& diminuindo. Regra SPT(shortest processing time):ordenar as tarefas por ordem *,-.)&.)&*.1(J.)I Método do menor custo unitário LUC: agregam-se num lote as crescente do tempo de processamento; permite minimizar o tempo /1-(<.1&.)&*.1(J.)&0,1&,1-(?&A1()A(<*(&-,&01.K,& necessidades líquidas de sucessivos períodos enquanto o custo médio médio de conclusão de todas as tarefas. -(JB<B-,&6&.A,1-.-,&-(&A,<A>5)+,1 n por unidade for diminuindo. (ordem crescente de pi) min × ! ci n i =1 3.Métodos de optimização: permitem encontrar a solução óptima; 4(1?B*(&?B<B?BK.1&,&O-()PB,Q ?RSB?,I programação linear inteira mista. Implementação: Principal benefício – cumprimento do MPS sem Regra EDD(earliest due date):ordenar as tarefas por ordem crescente necessidade de stocks excessivos de componentes. Insucessos – do prazo definido/acordado de conclusão; min máx Li = ci − di resultam de os períodos de reaprovisionamento não serem permite minimizar o desvio máximo. i determinísticos. (ordem crescente de di) !#$!%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 Limitações: Regra STR(slack time remaining):ordenar as tarefas!" por ordem 1º no MRP assumem-se como determinísticos os períodos de crescente de STR. STR = tempo até à DD-tempo de processamento reaprovisionamento. Contornar esta limitação passa por incluir no restante (di-pi) MRP stocks de segurança e/ou períodos de reaprovisionamento Regra CR (critical ratio):ordenar as tarefas por ordem crescente do CR. alargados. CR=tempo até à DD/tempo de processamento restante(di/pi) 2º no MRP não se levam em consideração as (in)disponibilidades Regra FCFS: consiste em ordenar as tarefas por ordem crescente do relativas à capacidade produtiva. Extensão ao MRP para o tempo de chegada ou de disponibilidade. planeamento da capacidade produtiva: Regra LCFS: consiste em ordenar as tarefas por ordem decrescente do !#$!%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 !M a)CRP (capacity requirements planning): planeamento das tempo de chegada ou de disponibilidade. 41,91:&6&;,<*1:&-.)&/0(1.23() necessidades de capacidade. b)MRP-II (manufacturing resources planning): planeamento Problemas de sequencionamento n/2: mais difíceis que os problemas 41,=>(?.)dos -(&)(@5(<AB.?(<*, n/1 recursos de produção. Face às ordens de produção ou encomendas n/1 obtidas do MRP-I determinam-se as cargas das várias secções e Notação: pij = tempo de processamento da tarefa i na máquina j máquinas; comparam-se as cargas determinadas com a capacidade Algoritmo de Johnson: permite minimizar o makespan, i.é, o tempo que C(91.& #NN F#.1>B()* HI na 1ª máquina, até à conclusão da produtiva disponível. Se a capacidade produtiva for insuficiente: ou se decorre desde oN5( início N.*( da 1ª tarefa ajusta a capacidade; ou, se os ajustamentos da capacidade não forem última tarefa na 2ª máquina. /1-(<.1&.)&*.1(J.)&0,1&,1-(?&A1()A(<*(&-,&01.K,& possíveis ou suficientes, se revêem os lotes de produção; ou se revê o Passos: -(JB<B-,&6&.A,1-.-,&-(&A,<A>5)+, MPS, se os ajustamentos anteriores forem ainda insuficientes. 1º-determinar o menor pij de entre as tarefas ainda não programadas Nota: nos exercícios – necessidades brutas; recebimentos4(1?B*(&?B<B?BK.1&,&O-()PB,Q previstos; 2º-se o menor pij ocorrer?RSB?,I para j=1 programar a tarefa i o mais cedo stocks; necessidades líquidas; emissão encomenda. possível 41,91:&6&;,<*1:&-.)&/0(1.23() ! ! ! ! ! ! ! ! 41,91:&6&;,<*1:&-.)&/0(1.23() { min máx{Li = ci − di} i } 3º-se o menor pij ocorrer para j=2 programar a tarefa i o mais tarde Minimização dos tempos de setup: a coordenação das sucessivas possível operações de produção é conseguida reduzindo a dimensão dos lotes de 4º-se ainda houver tarefas por programar, voltar ao 1º passo produtos finais e dos lotes de componentes (diminuir tanto quanto Com o MRP-II: modo de gerir stocks; fornece informação valiosa para possível aos tempos de preparação ou setup). a programação e controlo das operações. Tecnologia de grupo: análise e comparação dos produtos e/ou Obtém-se: um MPS exequível; informação das necessidades de componentes por forma a agrupá-los em famílias com características materiais e de capacidade no curto prazo; controlo das operações semelhantes quanto ao processamento. garante a execução do MPS, através do controlo input/output e do Célula de fabrico parte do processo produtivo com layout linear, controlo de prioridades. dedicada ao processamento total ou parcial de um componente ou ao Visa: garantir o equilíbrio entre os jobs atribuídos a cada processamento parcial de um produto. secção/máquina e a respectiva capacidade (a ideia é: o input da Layout funcional; Layout celular máquina (jobs a processar) tem que ser ajustado ao seu output); decidir A tecnologia de grupo e os layouts celulares reduzem movimentações que Job na fila de espera seleccionar para processamento quando há de materiais, tempos de espera entre operações, stocks, nº de capacidade disponível numa máquina; garantir que os jobs com DD’s trabalhadores. mais próximas ou os atrasados são colocados à frente na fila. Fornecedores JIT: entregas JIT e com zero defeitos (requer partnerships Um controlo input/output eficiente garante que os lead times efectivos entre a empresa e um reduzido nº de fornecedores). estão próximos dos planeados e que a capacidade disponível será Respeito pelas pessoas: adequada. Pelos trabalhadores: garantia de emprego para toda a vida; manutenção Um controlo de prioridades eficiente afecta a capacidade disponível dos níveis salariais; utilização massiva de robots para poupar aos aos jobs de acordo com as prioridades destes. trabalhadores as tarefas mais pesadas e mais monótonas. Nas Batch Shops: dimensão dos problemas é geralmente menor do que Pelos fornecedores: traduzida em partnerships. das Job shops porque a variedade de produtos é menor; quantidades Implementação: tem de ser encabeçada pela administração de topo e produzidas de cada produto são maiores. contar com o apoio de todos os níveis de gestão; requer uma profunda Nas Flow Shops: simples face às Job shops e batch shops; grande parte mudança nas relações-6 da administração com os trabalhadores: gestão 52-.63,:)/; <=> 2 da concepção do próprio processo produtivo. participativa, motivação dos trabalhadores; a administração deve é levada a cabo aquando =?1@)?);+/3,-A Problemas podem resultar de: procura não uniforme; produto investir na formaçãoB/C+-2)* contínua D/E-2FE)G* dos trabalhadores. apresentando diversos modelos. Factores favoráveis: Cap8 Produção Lean ou Just-in-Time Maneira japonesa de gerir e controlar operações e materiais; filosofia de gestão com o objectivo de eliminar todos os desperdícios na produção (stocks desnecessários, defeituosos). Princípio fundamental: produzir o produto certo, na quantidade certa e na altura certa. Nada é comprado/produzido antes de ser necessário: o processo produtivo é concebido para permitir grandes volumes de produção, mas com stocks mínimos de MP, PCF e PA; os materiais (MP/PCF) chegam a cada operação/fase just in time, são processados e avançam rapidamente no processo produtivo até estarem completamente acabados Sistema de produção da Toyota (SPT): representa o paradigma da produção Lean ou JIT; foi desenvolvido para melhorar a qualidade e a produtividade da Toyota; assenta em 2 ideias (eliminação do desperdício, respeito pelas pessoas) Eliminação do desperdício: 7 tipos de desperdício na produção: sobre produção; tempos de espera; Problemas: conflito com os fornecedores devido à necessidade de #$%#&''()*+,-'./*'01)2/34)*')'./'52-.63,-''7''(89 transportes não necessários; stocks excessivos; processamentos não entregas frequentes de pequenas quantidades; atrasos na produção!" necessários; movimentações não necessárias; não qualidade devido à inexistência de stocks; descontentamento dos trabalhadores (defeituosos). devido às pressões quanto à qualidade exigida e à sincronização das 7 elementos para eliminar o desperdício: rede de fábricas operações. especializadas; qualidade na origem; produção JIT; uniformização da Benefícios: redução dos stocks de PCF; redução de outros custos de taxa de produção; sistema kanban de controlo da produção; produção (com instalações fabris, com equipamentos, com mão-deminimização dos tempos de setup; tecnologia de grupo e layouts obra); simplificação do controlo da produção; reforço da participação celulares. dos trabalhadores; melhoria da qualidade produzida (menos materiais Rede de fábricas especializadas: uma fábrica pequena é mais barata de desperdiçados, menos horas de trabalho a reciclar defeituosos) – 52-.63,:)/; -6 <=> do JIT em produções repetitivas construir e operar, é mais fácil de gerir produtividade melhora. A adopção Qualidade na origem: prosseguir o objectivo de zero defeitos; fazer as permite melhorar os processos através de: implementação de layouts =?1@)?);+/3,-A 52-I@)?/* coisas bem à 1ª tentativa; em caso de erro parar imediatamente a linha produtivos mais eficientes; redução dramática dos tempos de setup; de produção; dedicar uma grande atenção à qualidade, tanto dos desenvolvimento de operações à prova de erro; uso de técnicas de materiais produzidos como dos materiais comprados, em especial do programação de operações muito simples mas eficazes.! J-;D@G+-*'C-?'-*'D-2;)C).-2)*'.)EG.-'K ;)L ponto de vista da prevenção da não qualidade. Produção JIT: não acumular stocks que são uma forma ineficiente deC)**G./.) Cap9 Gestão.)');+2)M/*'D2)N6);+)*'.)'1)N6)L e controlo da qualidade ultrapassar problemas na produção (os problemas não são resolvidos,;/*Qualidade do produto: existe se o produto vai ao encontro das N6/;+G./.)* são apenas escondidos). expectativas e necessidades dos seus potenciais clientes (Fit for use, Uniformização da taxa de produção: programar a produção para 1 a 39+2/*-*';/'12-.63,-'.)EG.-'K design quality). G;)OG*+P;CG/'.)' meses; congelar o programa de produção para períodos curtos (não são Qualidade do processo: definidas as especificações do produto elas são admitidas alterações durante um período de tempo que varia de 1*+-CQ* atingidas na produção do bem ou na prestação do serviço (conformance semana a 1 mês); produzir tanto quanto possível as mesmas to specifications, conformance quality). R)*C-;+);+/?);+-'.-*'+2/I/@S/.-2)*'.)EG.-' quantidades diárias de cada produto final, pela mesma sequência. Qualidade custos: 3 razões justificam a análise e a gestão dos custos da Sistema Kanban: a coordenação das sucessivas operações de produçãoK*'12)**4)*'N6/;+-'K N6/@G./.)')OGMG./')'K (não) qualidade: as falhas têm sempre uma causa; a prevenção das falha é feita de trás para a frente; assenta num sistema de informação visual*G;C2-;GT/3,-'./*'-1)2/34)* é barata; o desempenho pode ser medido. constituído por kanbans (cartão japonês); os kanbans puxam cada Tipo de custos: 7 componente necessária da secção de trabalho anterior, começando na Custos de avaliação (custos de auditorias da qualidade, custos de ultima secção (montagem); nenhuma secção pode empurrar a sua inspecção, custos de controlo estatístico da qualidade) tipicamente produção para a secção a juzante sem tal ser necessário. diminuem à medida que a qualidade aumenta. #$%#&''()*+,-'./*'01)2/34)*')'./'52-.63,-''7''(89 !H Custos de prevenção (custos de aperfeiçoamento do processo e/ou do 84-9:,-,' produto, custos com formação da mão-de-obra, custos de compra de ;+<)0+9+ #()-)=():>+ tipicamente ,+%30+>'((+são proporcionais ao aumento da novo equipamento) qualidade. Custos de falhas internas (custos de perdas de produção(sucatas), 3+0?4@ +4 )'()-0diminuem -A+()0-(B custos de :<(/'>>:+<-0 re-elaboração) tipicamente à medida que a qualidade aumenta. 3+0?4' )'A%C-<)-D'<(E 6'<+0'( >4()+( Custos de falhas externas (custos com garantias, custos com 6-:+0 0-/:,'F tipicamente diminuem à medida que a qualidade processos litigiosos) G-( (:)4-12'( 'A%?4' +( )'()'(%:A/9:>-A ,'()04:1*+ aumenta. ,+(%/0+,4)+( Planeamento e controlo: definir as características da qualidade do 7(%>+<>94(2'( +H):,-( ,-(%:<(/'>12'( +4 )'()'(%/+0 produto; decidir como medir as características definidas; definir um -A+()0-D'A /+,'A ('0%-9-0D-,-( I /+/49-1*+ standard para cada característica da qualidade; controlar a qualidade de ;+A+%:<(/'>>:+<-0 +4 )'()-0B acordo com os standards definidos; encontrar e corrigir as causas da má qualidade; promover melhorias da qualidade. JKDKL%/'9+ >+<)0+9+ '()-)=():>+ ,+%/0+>'((+ Controlo estatístico do processo: consiste em inspeccionar ou testar amostras com o objectivo de determinar se o processo produtivo está ou não sob controlo. É necessário definir: quando e onde, no!"processo "#!"$%%&'()*+%,-(%./'0-12'(%'%,-%30+,41*+%%5%%&67 produtivo, inspeccionar ou testar; se todas as unidades ou apenas amostras são inspeccionadas ou testadas; como efectuar a inspecção ou teste. Quando e onde inspeccionar e testar? No início do processo (verificação de MP); antes de executar operações com grande valor acrescentado; depois de executar operações com significativa variabilidade; antes de uma fase do processo durante a qual a inspecção 84-9:,-,' é difícil; antes de o eventual defeito poder ser camuflado por outras ;+<)0+9+ #()-)=():>+ ,+%30+>'((+ operações posteriores; antes de mudanças de responsáveis; no fim do processo (verificação de PA). Porquê inspeccionar ou testar amostras? Vantagens: menores custos; MN ,+:(%):/+(%,'%'00+(%?4'%('%/+,'A%>+A')'0% maior rapidez; nas situações em que os testes implicam destruição dos ?4-<,+%('%-<-9:(-%4A-%-A+()0-%'%('%)'<)-%:<O produtos. P'0:0 /-0-%-%/+/49-1*+E Há dois tipos de erros que se podem cometer quando se analisa uma #00+(%):/+%Q%'%):/+%QQ amostra e se tenta inferir para a população Causas de variação de um processo: Comuns (ou"#!"$%%&'()*+%,-(%./'0-12'(%'%,-%30+,41*+%%5%%&67 naturais): são inerentes ao funcionamento normal do !! processo e nunca podem ser completamente eliminadas Específicas: são particulares e possíveis de prevenir; a sua presença indica que o processo está fora de controlo. Gráficos de controlo: é da sua análise que se tiram as conclusões quanto aos processos estarem ou não sob controlo; são um instrumento prático e visual do controlo estatístico dos processos; são utilizados para detectar a presença de causas específicas de variação dos processos. Gráfico de controlo da média: retiram-se amostras de dimensão n a intervalos regulares, e calcula-se a média de cada amostra; se um valor obtido cai fora dos limites do gráfico então conclui-se que o processo está fora de controlo. Gráfico de controlo do intervalo de variação (R): para as amostras retiradas, calcula-se o intervalo de variação de cada amostra. Se R>UCL então o processo está fora de controlo. Total quality management (TQM): é uma forma de gerir a qualidade, que assenta num esforço global para evitar problemas através de: planeamento e desenvolvimento de produtos e de processos produtivos; identificação clara dos problemas de qualidade que surgem ao longo do tempo; correcção imediata dos problemas de qualidade detectados; compromisso contínuo no sentido da permanente melhoria da qualidade. Muitas empresas adoptam o TQM com vista a atingir o objectivo de zero defeitos; assumir uma postura de prevenção dos defeitos na fonte, isto é, na produção e não uma de detecção dos defeitos após a produção. Princípios: controlo do processo (cada posto de trabalho é um ponto de controlo da qualidade, são os próprios trabalhadores (e não inspectores) que são responsáveis pela inspecção); ! 0'*<>?*<@A/ 12)+)F.)'2).6K<2'7');<A<F/2'/*'L/? 2</34)* F-*'12-H)**-*'G6)'12-L-H/A'-*'.)? C)<+-* qualidade visível e mensurável (diagramas e tabelas simples com medidas da qualidade e da sua evolução são divulgados); autoridade de #$%#&''()*+,-'./*'01)2/34)*')'./'52-.63,-''7''(89 paragem da produção (qualquer trabalhador tem autoridade para parar a!" produção quando detecta um problema); auto correcção dos erros (a responsabilidade pela reciclagem de defeitos é de quem os produziu); inspecção a 100% (em especial para os PA) O TQM é favorecido por algumas características dos seus sistemas produtivos: produção em lotes de pequena dimensão; utilização da capacidade produtiva abaixo de 100%; manutenção preventiva dos :6/;<./.) equipamentos; escrupulosa limpeza e arrumação das áreas de trabalho. :6/;<./.) Qualidade six-sigma:=<>?=<@A/ é a filosofia e os métodos que algumas empresas utilizam para eliminar defeitos nos seus produtos e processos (general electric, Motorola). O six-sigma pretende reduzir/eliminar as variações 0'*<>?*<@A/ LN'/'L/2</O<;<./.)'H-A-'6A/' nos processos que provocam os defeitos. O six-sigma vê a /A)/3/'P G6/;<./.)Q variabilidade como uma ameaça à qualidade: ! ! ! LCL zσ zσ µ UCL O valor atribuído ao z vai depender do padrão de qualidade que a 0'L/;-2'/'/+2<O6<2'/-'K'L/<'.)1)F.)2'.-'1/.2,-'.)' empresa pretende ter, ou seja, do nível de exigência com que estabelece G6/;<./.)'G6)'/')A12)*/'12)+)F.)'+)2E'-6'*)R/E'.-' 95.:;-.-( FSL);'.)')><@NFH</'H-A'G6)')*+/O);)H)'-*';<A<+)*''' os limites de controlo (UCL e LCL). .)'H-F+2-;-'TBUV')'VUVW <;)*(=. ></ ? @,1=.) considera ></&A%%% que um processo está sob controlo Abordagem tradicional: se os limites de controlo corresponderem a 3 desvios padrão (3 sigma). Exemplo: distribuição#$%#&''()*+,-'./*'01)2/34)*')'./'52-.63,-''7''(89 normal P(µ-3!<x<µ+3!)=0.9973, apenas é!M B,1.= ></ (&E,1.= (=;F aceitável 2,7 -()(CD,:D;-.) defeituosos por cada0(:. 1000 unidades. *;-.) (=&"AGH Abordagem six-sigma: requer que o processo opere de tal forma que os limites de "AAJ&K5( controlo correspondam a, peloK5( menos, 6 desvios padrão (6 I()-( .&L#&(M;N( O(1*.) (=F sigma). Exemplo: distribuição normal --(&.O,1-, P(µ-6!<x<µ+6!)=0.9998, 01().) ()*(P.= O(1*;E;O.-.) O,=& apenas é aceitável menos de 1 defeito por cada 1 000 000 unidades. (:.) 0.1. K5( 0,)).= ,0(1.1 C,&)(5 ()0.2, Instrumentos de análise (flowcharts, run charts, pareto charts, cause <+,&5=. OQ(OR:;)* -(&S,.)&01T*;O.) -(&N()F and effrcts/fishbone diagrams, control charts) *+, ,1N.C;U.-.) (=&$%&(:(=(C*,) Sistema ISO (international organization for standardization): é uma organização não governamental; é uma rede de institutos nacionais de 157 países com um membro por pais; cada membro da ISO é a organização principal de estabelecimento de padrões no seu país (em Portugal – Instituto português da Qualidade). "#$"%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 !" Funções: identificar padrões internacionais que são requeridos pelas empresas, governo e sociedade em geral; desenvolver os standards em parceria com especialistas de vários sectores; adoptar os standards através de normas/procedimentos transparentes e bem definidas; publicar as normas de forma a poderem ser implementadas em todo o mundo. Categorias dos standards: requisitos: são de cumprimento obrigatório 95.:;-.-( pelas empresas 9001,9002,9003,10012); linhas de orientação: são <;)*(=. ></? (ISO @,1=.) ></&A%%% orientações para as empresas (ISO 8402, 9000, 9004, 10011,10013). 11 ISO9000: definem os requisitos que devem estar presentes no sistema de qualidade de"#$"%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 uma empresa; não se refere à qualidade intrínseca!$dos bens e serviços fornecidos aos clientes, para os quais existem outros processos de certificação. ISO14000: referência no que concerne os desafios ambientais das organizações 3níveis de certificação: ISO9001: aplica-se ao design, desenvolvimento, produção, instalação e serviços pós-venda; ISO 9002: aplica-se à produção e instalação; ISO9003: aplica-se à inspecção final e teste. A certificação da empresa não é para a eternidade. ! #$!#%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 #$!#%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 !" !" O que é necessário para uma empresa se certificar? Organizar e 2.escolha da lista das tarefas disponíveis aquela que tenha o maior preparar uma série de documentos e procedimentos escritos associados tempo de processamento e que possa ser afecta à estação corrente à implementação do seu sistema da qualidade que integrarão um (de modo a não exceder o ciclo); se nenhuma tarefa puder ser dossier final; o dossier final é depois apreciado por um dos organismos afecta e ainda houver tarefas para afectar, considere mais uma acreditados pelo IPQ para certificar sistemas de garantia da qualidade; estação conseguir apoio de consultoria junto da respectiva 9(:;)3() associação 3.se não houver mais tarefas, stop; em caso contrario repetir 1 e 2 ),<1( =.>,5* empresarial ou do centro tecnológico do sector; fazer formação de ?,@A;B51.2+, 0,1 41,-5*,C =D7D&E F.G.@:(.H 9(:;)3() ),<1( =.>,5*Notação: quadros e do restante pessoal; definir um cronograma; organizar o seu c = o ciclo (tempo entre aI(@*, produção de 2 unidades consecutivas) ?,@A;B51.2+, 41,-5*,C manual de qualidade; pedir uma auditoria a um 0,1 organismo de =D7D&E n = nºF.G.@:(.H de estações da linha I(@*, certificação credível. ti = tempo de processamento da tarefa i 7(-;-.)&-(&.N.G;.2+,&-(&5I.&),G52+,&-,& Vantagens internas: acarreta uma melhoria a diversos níveis do K= nº total de tarefas 01,<G(I.C 7(-;-.)&-(&.N.G;.2+,&-(&5I.&),G52+,&-,& funcionamento da empresa uma vez que: actua como um factor Tempo morto (TM): K 01,<G(I.C Q&TM RC TM = nc − ! t i motivador das pessoas ao exigir a participação de todas eT(I0,&7,1*, aos K i=1 T(I0,&7,1*, Q&TM estabelecer obrigações de formação; contribui para a criação de RC uma TM = nc − ! t i nova cultura virada para a melhoria contínua da qualidade da empresa; i=1 Desvio de Balanceamento 9()N;,&-(&F.G.@:(.I(@*,&Q&d RC (d): determina a definição clara de responsabilidades; contribui para a TM d= redução de custos, devido à diminuição de9()N;,&-(&F.G.@:(.I(@*,&Q&d desperdício, rejeições e RC nc TM reclamações. d= nº min estações = somatório tempos act./ciclo nc Vantagens externas: confere uma melhor imagem à empresa, oU5.@*,&I(@,1()&A,1(I&TM que ,5&dL&I(GP,1 = tempo (unidade pedida)/produção contribui para a confiança dos seus clientes, quer actuais V(&TM quer = dciclo = 0L&,&<.G.@:(.I(@*,&-.&G;@P.&M 0(1A(;*, U5.@*,&I(@,1()&A,1(I&TM ,5&dL&I(GP,1 potenciais. Em alguns sectores, uma empresa tem dificuldade em V(&TM = d = 0L&,&<.G.@:(.I(@*,&-.&G;@P.&M 0(1A(;*, Quanto menores forem TM ou d, melhor. Se TM=d=0 o sobreviver sem implementar um sistema da qualidade e se certificar. balanceamento da linha é perfeito. Custos: sensibilização e formação do pessoal; reformulação e redacção #$!#%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 !S Configuração por processo: agrupamento das pessoas e dos de novos procedimentos; elaboração do manual da qualidade; tempo #$!#%&&'()*+,&-.)&/0(1.23()&(&-.&41,-52+,&&6&&'78 equipamentos que executam as!Smesmas tarefas/funções. despendido pelos gestores e pelos seus colaboradores na preparação do Vantagens: flexibilidade; investimentos não muito elevados; respectivo dossier; custos de certificação são, geralmente, apoiados por diversidade do trabalho e satisfação do pessoal. programas de financiamento. Desvantagens: manuseamento e movimentação de materiais mais complicados; stocks de PCF relativamente elevados; gestão do Cap10 Decisões estratégicas tempo menos eficiente; sistemas de programação e controlo de Decisões estratégicas na G.O.: 12 operações mais complicados; recurso a trabalhadores mais Tipos: tecnologia do produto; capacidade produtiva; localização; 19 ou layout; sistema de programação e controlo especializados; produtividade mais baixa. tecnologia do processo Problemas na concepção: definição da capacidade de cada das operações; recursos humanos; fornecedores; qualidade; secção; determinação da localização de cada secção; determinação distribuição; transportes. da localização dos equipamentos em cada secção. Decisões sobre layout: selecção de uma localização, dentro da empresa, Configuração por posição fixa: o produto não é movido durante para cada secção, processo e/ou tarefa que faz parte das operações: a produção (são os trabalhadores e equipamentos que se determina o fluxo geral de pessoas e materiais na empresa; tem uma deslocam); é utilizado nas situações em que o bem é demasiado enorme importância na eficiência das operações; o seu detalhe depende frágil ou grande ou pesado para ser movimentado sem causar da selecção dos específicos equipamentos. grandes problemas. Objectivos: evitar a congestão na movimentação de pessoas e Decisões sobre localização: são normalmente tomadas em materiais; reduzir os custos de manuseamento de materiais; utilizar conjunto com as decisões quanto ao nº de instalações, ao tamanho eficientemente o pessoal; utilizar eficientemente o espaço disponível; das instalações... promover a flexibilidade; facilitar a supervisão; facilitar a coordenação Factores influenciadores: relativos aos mercados (localização da e as comunicações. procura, dos concorrente, dos fornecedores); disponibilidade e Tipos: configuração por produto ou layout linear (flow-line layout); custos dos transportes; disponibilidade e custos da mão de obra, configuração por processo ou layout funcional (process layout); energia e água; custos dos terrenos e da construção; impostos e configuração por posição fixa; layouts híbridos. incentivos fiscais; legislação diversa (quanto à poluição...); outros Factores influenciadores: volume de produção; dimensões do bem; factores (opinião pública, infra-estruturas básicas, potencial de fragilidade do bem; mix de bens fabricados nas mesmas instalações; expansão). custo das próprias instalações; natureza do serviço prestado. Decisões sobre distribuição: contratada vs própria Configuração por produto: localização das operações numa linha ao Vantagens: menores custos com mão-de-obra, edifícios e longo da qual o produto se move durante a produção armazéns, equipamentos; redução de stocks; maior eficiência; Vantagens: manuseamento e movimentação de materiais simples; menor tempo de entrega; maior dispersão de produtos; redução do stocks de PCF baixos; ciclos de processamento curtos; sistemas de risco. programação e controlo de operações simples; recurso a trabalhadores Desvantagens: menor controlo; pior retorno de informação sobre não muito especializados. produtos; afastamento dos clientes. Desvantagens: inflexibilidade; investimentos elevados; o todo depende Decisões sobre transportes: são frequentemente objecto de das partes; monotonia do trabalho e insatisfação dos trabalhadores. outsourcing; quando são próprios há que levar em conta os seus Problemas na concepção (fiabilidade; balanceamento): custos fixos e variáveis. Fiabilidade: se houver uma única máquina em cada estação, uma Modos de transporte: ferroviário: destinado a MP e a produtos eventual avaria provoca a paragem da linha, tal situação evitade baixo valor acrescentado, em grandes quantidades e percursos se/atenua-se: dispondo de stocks de PCF e/ou dispondo de máquinas longos; rodoviários: destinado a componentes e a PA, variando em em paralelo. quantidades e em distâncias; marítimo/fluvial: adequado a grandes Balanceamento: Problema: afectar as tarefas às estações da linha. distâncias e a quantidades elevadas de mercadorias de baixo Objectivo: minimizar o nº de estações dado o ciclo ou minimizar o valor, domina o comercio internacional; pipeline: transporte ciclo dado o 26 nº de estações. Restrições: respeitar relações de dedicado, pouco flexível mas bastante seguro e fiável; aéreo: tanto precedência entre as tarefas. Métodos de resolução do problema: melhor quanto maior for a distância e o valor e menor a tentativas; optimizantes; heurísticos. quantidade. Heurístico: Factores influenciadores: envolvente; cientes; produto; operador; 1.arrole todas as tarefas que podem ser afectadas na lista das tarefas nível de serviço; custo. disponíveis. ! ! 12