ÍNDICE Apresentação 2 1. Identidade do Externato 1.1. Enquadramento legal e âmbito de aplicação 1.2. Princípios gerais da actividade educativa 3 3 3 2. Caracterização do Meio 2.1. Localização geográfica 2.2. História do contexto local 2.3. Caracterização socioeconómica e cultural 4 5 5 3. Caracterização do Externato 3.1. Localização 3.2. História 3.3. Infra-estruturas 7 7 7 4. Caracterização Humana 4.1. Pessoal docente do 1º Ciclo 4.2. Pessoal docente do 2º e 3º Ciclos 4.3. Serviços especializados de apoio educativo 4.4. Pessoal administrativo 4.5. Pessoal não docente 4.6. Alunos do Ensino Pré-escolar e 1º ciclo 4.7. Alunos do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico 4.8. Alunos do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico Recorrente 4.9. Órgãos de Gestão do Externato 4.9.1. Entidade Proprietária 4.9.2. Direcção Pedagógica 4.9.3. Conselho Directivo 4.9.4. Conselho Pedagógico 4.9.5. Conselho de Docentes 5. Metas e finalidades educativas 5.1. Finalidades/Objectivos/Estratégias 6. Projecto Curricular 6.1. Objectivos 6.2. Desenvolvimento curricular 6.2.1. Desenho curricular do 1º ciclo do Ensino Básico 6.2.2. Desenho curricular do 2º ciclo do Ensino Básico 6.2.3. Desenho curricular do 3º ciclo do Ensino Básico 6.2.4. Desenho curricular do 2º ciclo do Ensino Básico Recorrente 6.2.5. Desenho curricular do 3º ciclo do Ensino Básico Recorrente 8 9 11 11 11 13 14 15 17 17 17 17 17 18 19 24 1 APRESENTAÇÃO O nosso Projecto Educativo é um documento de carácter pedagógico, elaborado com a participação de toda a Comunidade Educativa, que nos empenha no sentido de uma acção colectiva, indispensável ao desenvolvimento do sucesso escolar e educativo, e define a identidade do Externato, o tipo de educação que ministra, os objectivos que se propõe alcançar e a sua estrutura orgânica. Apresenta ainda o seu Regulamento Interno e o Plano de Actividades a desenvolver no presente ano. A sua elaboração destina-se a contribuir para o crescimento do espírito de família, que caracteriza o Externato Júlio César, e para uma maior ligação e colaboração entre a Família e a Escola, projectando o futuro, com renovado empenho, na fidelidade à herança recebida e aos seus valores. 2 1 – IDENTIDADE DO EXTERNATO 1.1. ENQUADRAMENTO LEGAL E ÂMBITO DE APLICAÇÃO O Externato Júlio César, autorizado pelo alvará 2212 de 15 de Junho de 1976 emanado pelos serviços do Ministério da Educação, é uma célula do Sistema Educativo, que se orienta pelos princípios da participação próprios do estado de direito em que está inserido e rege a sua acção por normas inerentes à vida em sociedade democrática. Como Escola que é, tem um ideário próprio que se enquadra nos princípios e no espírito da Lei de Bases do Sistema Educativo, do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo e da Declaração Universal dos Direitos do Homem. O Externato Júlio César tem, ao longo dos anos, pautado a sua acção educativa pelo encadeamento de uma pluralidade de princípios, tendo em vista a criação de um ambiente familiar/escolar, na formação do aluno. Este Estabelecimento de Ensino está empenhado na concretização dos princípios do respeito pelo ser humano, da responsabilidade, responsabilização e coerência. 1.2. PRINCÍPIOS GERAIS DA ACTIVIDADE EDUCATIVA A educação é um dos valores mais necessários e urgentes do ser humano e não se reduz ao período da escolaridade, nem se circunscreve a idades. É, no entanto, na Escola que os alunos encontram uma resposta sistemática aos seus problemas e, de acordo com as suas idades, lhes é transmitida uma concepção do homem e do mundo. O objectivo principal do Externato Júlio César é a formação dos seus alunos, mediante o desenvolvimento harmonioso, livre e original das suas qualidades, nos planos individual e comunitário. O Externato Júlio César, enquanto Escola: • • • • • • • • Interessa-se pela seriedade profissional do Pessoal Docente e Não Docente; Empenha-se na orientação concreta do aluno, promovendo o desenvolvimento da sua personalidade profunda e criadora e das suas capacidades construtivas, a fim de descobrir o seu projecto de vida; Estimula o desenvolvimento do aluno e a sua criatividade, pelo apoio constante às suas curiosidades, descobertas e novas ideias; Organiza a sua acção, de modo a despertar e a acompanhar o desenvolvimento do aluno, em atitude de profundo respeito pela sua personalidade; Estrutura-se de modo a levar os alunos a assimilar criticamente os valores perenes da cultura, dentro do contexto actual; Procura criar nos seus alunos a consciência de que cada espaço tem uma finalidade própria e reclama um comportamento adequado ao mesmo; Desperta o sentido de responsabilidade nos seus alunos, proporcionando-lhes o encontro com a realidade concreta e dando-lhes oportunidade de realizar novas experiências e de viver novas situações; Procura criar, no plano individual, um clima que permita desenvolver no aluno o sentido de liberdade responsável e um espírito crítico e criativo, que o leve a: - tomar decisões pessoais e coerentes em cada situação; 3 • - a ser sensível a todos os valores humanos e aos problemas do mundo actual; - a ter capacidade de interligar vida e cultura. Procura no plano comunitário estimular no aluno: - a percepção da sua dimensão comunitária; - a interacção com os outros, mediante a participação na vida em grupo; - a aquisição de competências para melhor servir a sociedade em que vive; - o compromisso na construção da fraternidade, da justiça, da solidariedade e da tolerância. 2 – CARACTERIZAÇÃO DO MEIO 2.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA O Externato Júlio César fica situado no distrito de Lisboa, concelho de Odivelas, freguesia da Pontinha. A freguesia da Pontinha é uma área habitacional, com cerca de 45 mil habitantes e uma superfície de 4,78 Km2, e situa-se na zona ocidental do concelho. É delimitada pelas freguesias da Brandoa, Falagueira, Mina (concelho da Amadora), Belas (concelho de Sintra), Carnide e Lumiar (concelho de Lisboa), Odivelas e Famões (concelho de Odivelas). Esta freguesia apresenta uma forte concentração urbana, sendo parte da sua área ocupada por bairros de construção clandestina, como o da Serra da Luz, e bairros sociais: Mário Madeira, Menino de Deus, Urmeira e Santa Maria. Para além da Pontinha, a freguesia é constituída por diversos bairros, nomeadamente: Bairro Novo de Santo Eloy, Bairro de Santo Eloy, Bairro da Milharada, Bairro do Menino de Deus, Bairro Dr. Mário Madeira, Bairro de Santa Maria, Casal da Serra, Casal das Canoas, Casal da Condessa, Casal da Perdigueira, Casal do Rato, Casalinho da Azenha, Paiã, Quinta do Pinheiro, Serra da Luz, Urmeira, Vale Grande e Vale Pequeno. Estes bairros constituem zonas de expansão e fixação de novos residentes, estando alguns em fase de recuperação e legalização. O concelho de Odivelas situa-se na Área Metropolitana de Lisboa e confina com os concelhos de Loures, Amadora, Sintra e Lisboa. É composto pelas freguesias de Caneças, Famões, Odivelas, Olival Basto, Pontinha, Póvoa de Santo Adrião e Ramada. Pode-se dizer que, na freguesia da Pontinha, existem diferentes “Pontinhas”: a Pontinha da entrada em Lisboa por Carnide e Benfica, vizinha do complexo Falcão-Besouros, que exibe os seus arranha-céus de zona residencial; a Pontinha antiga, que nasceu no eixo da Estrada de Santo Eloy; a Pontinha dos Bairros da Urmeira, já habitados em 1948: Santa Maria, Menino de Deus e S. José; a Pontinha da Serra da Luz, com ruas de reis, para “esconder” o seu carácter clandestino; e, por último, a Pontinha mais rural e distante, com construções clandestinas, a tempo legalizadas (Porto da Paiã, Canoas, Presa, Santo Eloy, Casal do Rato, etc.). 4 2.2. HISTÓRIA DO CONTEXTO LOCAL O concelho de Odivelas foi criado em 1999, tendo pertencido até aí ao concelho de Loures. Foi uma região fértil com a sua grande várzea, cujas hortas abasteciam os mercados de Lisboa. Embora nem todo o património cultural subsista nos nossos dias, a região é rica em testemunhos de várias épocas da História, bem como de influências exógenas de povos e culturas que marcaram a população do concelho. Foi espaço de gentes romanizadas e desse período resta uma lápide incrustada numa casa, à beira da estrada. Conhece-se a Estação Romana, na Serra de Montemor, e sabe-se ainda que uma via romana ligava o Poço do Bispo à região de Sintra e passava pelo Vale da Paiã. Do que ainda se mantém, é de referir o Convento Medieval de Odivelas, mandado construir por D. Dinis no final do séc. XIII, onde se pode ver o túmulo deste rei em estilo gótico. A freguesia da Pontinha foi criada em 1984, pela desanexação da Freguesia de Odivelas, segundo o Projecto-Lei aprovado em Assembleia da República, em 30/11/84, que entrou em vigor em 01/01/85. Há cerca de setenta anos, a Pontinha tinha um carácter essencialmente rural. Só, a partir do final do primeiro quartel do séc. XX, se inicia o processo de crescimento populacional, com a chegada de população que se instala em barracas e casas precárias. Para esse fenómeno, contribui significativamente a chegada do eléctrico até Carnide. A habitação clandestina prolifera até 1950, nas imediações do eixo constituído pela rua de Sto. Eloy. A partir da década de 50, a Câmara Municipal de Loures projecta um primeiro plano de urbanização, ao qual está associada a decisão da construção de um bairro de casas de renda económica – Bairro Dr. Mário Madeira. O crescimento urbano acentua-se nas décadas seguintes, devido ao aumento do êxodo rural e à renovação de Lisboa, bem como, na década de 70, com a população proveniente dos Palop´s. Da inadequação entre a procura e a oferta de habitação, resultou um surto de construção clandestina e de barracas. No que se refere ao património histórico desta freguesia, destacam-se o Velho Mirante construído no séc. XVIII, actualmente um famoso restaurante de cozinha tradicional portuguesa, e a Escola da Paiã, fundada no início deste século, em 1917, dotada de 100 hectares de terreno agrícola. 2.3. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA E CULTURAL A história do povoamento da Pontinha incide em dois pontos distintos e desiguais. Um período longo, de tipo rural, que se estende até finais dos anos 40, princípio dos anos 50, e outro período curto, já de tipo pré-urbano e urbano, que se desenvolve ao longo dos últimos 50 anos. Para o seu povoamento, foram determinantes quatro factores físicos: o rio (chamado da Costa); a costa (também dita “monte da Senhora da Luz”, serra ou encosta da Luz); o vale (da Paiã, da Urmeira, de Odivelas) e a estrada (da Pontinha e de Santo Eloy). O povoamento de grande parte da freguesia da Pontinha surgiu espontaneamente, alheio à acção ou intervenção do poder central e sem projectos de urbanização. Nos bairros da Serra da Luz e Encosta da Luz, considerados irrecuperáveis, vivem cerca de 4500 pessoas, pelo que foi necessário criar infra-estruturas, de forma a garantir alguma qualidade de vida aos moradores. Nos bairros Mário Madeira e Urmeira vivem cerca de 6 mil habitantes. 5 Relativamente à origem geográfica da população, é de assinalar a população alógena oriunda de Lisboa, bem como a oriunda das regiões da Beira Alta, Trás-os-Montes e Alentejo, dos Palop´s, do Brasil e de outros países. Do total da população activa, grande parte trabalha no sector terciário, sobretudo no comércio e ainda na construção civil. No âmbito das iniciativas vocacionadas para os mais jovens, encontram-se as relacionadas com a Educação, Juventude e Desporto: • Desafios e Diálogos de Educação para a Cidadania; • Torneio de Magic; • Encontro Internet na Escola; • Oficinas de Carnaval; • Exposição sobre Associativismo Juvenil; • 1º Salto em Altura de Sala; • Corta-Mato Escolar Concelhio; • Dupla Légua da Pontinha; • Gala dos Campeões de Odivelas; • Torneio Inter-Associações de Futebol Sub – 13; • Torneio Internacional de Xadrez; • Jogos da Juventude; • Jogos Populares. • • • • • • • No âmbito cultural as iniciativas de maior interesse são: Exposições (Literatura, Tapeçaria, etc.); Encontros de Teatro; Comemorações do Dia dos Namorados; Concertos; Visitas Guiadas ao Concelho; Ciclos de Conferências; Ateliers Infantis. • • • • • • Relativamente aos equipamentos socioculturais, destacam-se: Loja Jovem (Pontinha); CAOS – Centro de Artes e Ofícios (Odivelas); Biblioteca Municipal D. Dinis (Odivelas); Centro Cultural da Malaposta (Olival Basto); Auditório Municipal da Póvoa Santo Adrião; Conservatório Municipal D. Dinis (Póvoa Santo Adrião). 6 3 – CARACTERIZAÇÃO DO EXTERNATO 3.1 LOCALIZAÇÃO O Externato Júlio César situa-se na Rua de S. Mateus 13 e 19, na Freguesia da Pontinha, concelho de Odivelas, distrito de Lisboa. A escola está inserida num meio urbano, mais precisamente numa das chamadas zonas “dormitório” de Lisboa, ainda que da Escola se aviste uma paisagem com traços eminentemente rurais. 3.2 HISTÓRIA O Externato Júlio César foi fundado em 1968, pelo senhor Doutor João Alberto Faria, no edifício da Secretaria, na Rua de São Mateus, n.º 19, rés-do-chão. Começou a funcionar com cerca de 70 a 80 alunos que frequentavam o Ensino Nocturno e com o Ensino Primário (1º Ciclo). Os alunos da noite pagavam mensalidade, enquanto os de dia recebiam subsídios. Mais tarde passou a funcionar nas actuais instalações com Ensino Diurno, Ensino Pré- Escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos, e Ensino Nocturno, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico Recorrente. O seu primeiro Director Pedagógico foi o Senhor Doutor João Alberto Faria. Actualmente é a senhora Doutora Maria Paula dos Santos Lourenço Pereira. 3.3 INFRA-ESTRUTURAS As instalações do Externato são compostas por 17 salas. Existem 10 salas de aula normais, 5 salas específicas, 2 laboratórios, gabinetes de trabalho e outras instalações específicas e de apoio, assim como instalações sanitárias. Existe um refeitório que serve os alunos do Ensino Pré-Escolar , dos 1º e 2º Ciclos e um bar para os alunos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Básico Recorrente. ⇒ Salas de aulas Em geral, as salas de aula têm mesas para um aluno, dispostas em filas, os quadros são de ardósia e brancos e as janelas têm cortinados. Os alunos de cada turma utilizam a mesma sala de aula, excepto quando têm disciplinas que necessitam de salas próprias. Assim, as aulas de Ciências Físico-Químicas funcionam no laboratório com o mesmo nome; as de Ciências Naturais no laboratório com o mesmo nome (sala 6); as de Educação Visual na sala 7; as de Educação Visual e Tecnológica e de Educação Tecnológica na sala 8 e as de Educação Física no Ginásio. 7 ⇒ Equipamentos A escola dispõe de equipamentos que visam facilitar o processo ensino-aprendizagem, a saber: • TV na sala de áudio –visuais; • Vídeo e DVD na sala de audio-visuais; • Leitor de CD´s; • Retroprojector; • Computadores; • Impressoras; • Desumificador; • Aquecedores. 4 - CARACTERIZAÇÃO HUMANA 4.1. PESSOAL DOCENTE 1º CICLO No ano lectivo de 2004/2005 leccionam neste estabelecimento de ensino 3 professores, sendo 1 do sexo masculino e os restantes do sexo feminino. Idades Idade 2 2 1,5 1 1 Nº de Professores 0,5 0 0 Menos 31 a 40 Mais de 30 50 Gráfico n.º 1 Situação Profissional / Profissionalização Da análise do gráfico n.º 2, pode-se concluir que 1 professor é contratado e os restantes são efectivos. Nº Professores 1 Efectivos Contratados 2 Gráfico n.º 2 8 Habilitações A análise do gráfico n.º 3 permite-nos concluir que mais de 50% dos professores têm licenciatura. Habilitações 2 Licenciatura 2 1,5 1 Bacharelato 1 Habilitação Suficiente 0 0,5 0 Nº Professores Gráfico n.º 3 Anos de permanência no Externato Anos de Permanência no Externato 1 1 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 1 Nº Professores 0 0a5 6a 15 16 a mais 25 de 26 Gráfico n.º 4 4.2. PESSOAL DOCENTE 2º E 3º CICLOS No ano lectivo de 2004/2005, leccionam neste Estabelecimento de Ensino 28 professores, sendo 20 do sexo Feminino e 8 do sexo Masculino. (gráfico n.º 5) Sexo 8 Masculino Feminino 20 Gráfico n.º 5 9 Idades A partir da análise do gráfico n.º 6, pode-se concluir que só 2 professores têm idades inferiores a 30 anos. Idade 10 10 8 6 4 2 0 8 8 2 Nº Professores Menos de 30 31 a 40 41 a 50 Mais 51 Gráfico n.º 6 Situação Profissional / Profissionalização Da análise do gráfico n.º 7, pode-se concluir que a maioria dos professores são efectivos, a minoria são contratados e os restantes encontram-se em regime de acumulação. É de referir que, da totalidade dos professores, 53% têm a profissionalização concluída. Situação Profissional 19 20 Efectivos 15 7 10 Acumulação Contratados 2 5 0 Nº Professores Gráfico n.º 7 Habilitações A análise do gráfico n.º 8 permite-nos concluir que 57% dos professores são licenciados. Habilitações 16 20 Mestrado 15 7 10 5 3 2 0 Nº Professores Licenciatura Bachrelato Habilitação Suficiente Gráfico n.º 8 10 Anos de permanência no Externato A maior parte dos professores encontra-se nesta escola há mais de 6 anos, o que revela uma estabilidade significativa do corpo docente. Anos de Permanência no Externato 13 15 0a5 10 6 a 15 5 5 16 a 25 3 5 Mais de 26 0 Nº Professores Gráfico n.º 9 4.3. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO Existe um Gabinete de Psicologia e Orientação Profissional, da responsabilidade de uma Psicóloga. 4.4. PESSOAL ADMINISTRATIVO Existem duas funcionárias administrativas, pertencentes ao quadro deste estabelecimento de ensino. 4.5. PESSOAL NÃO DOCENTE O pessoal não docente é constituído por 10 funcionárias. Idades Idade 3 3 3 2 2 2 Nº Funcionários 1 0 Menos 31 a 40 41 a 50 Mais 51 30 Gráfico n.º 10 11 Situação Profissional Situação Profissional 3 Efectivos Contratados 7 Gráfico n.º 11 Habilitações Habilitações 5 5 4 1º Ciclo 2 2 3 2º Ciclo 1 2 3º Ciclo Secundário 1 0 Nº Funcionários Gráfico n.º 12 Anos de permanência no Externato 4 3 2 1 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Nº Funcionários 0 a 5 6 a 15 16 a 25 Mais 26 Gráfico n.º 13 12 4.6. ALUNOS DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR E 1º CICLO Idades PRÉ-ESCOLAR Idade 8 8 6 3 4 Nº Alunos 2 2 0 3 anos 4 anos 5anos Gráfico n.º 14 1º CICLO Idade 12 15 9 6 Anos 9 8 10 7Anos 8 Anos 5 9 Anos 0 Nº Alunos Gráfico n.º 15 Anos de escolaridade Anos de Escolaridade 4º Ano 21% 1º Ano 24% 1º Ano 2º Ano 3º Ano 3º Ano 31% 2º Ano 24% 4º Ano Gráfico n.º 16 13 4.7. ALUNOS 2º E 3º CICLOS Idades A população escolar deste Estabelecimento compreendidas entre os 10 e os 18 anos. de Ensino Idade 11 36 12 40 25 23 30 idades 10 45 41 50 tem 13 22 14 11 11 20 15 4 10 16 17 0 Nº Alunos 18 Gráfico n.º 17 (total de alunos por idades) Sexo No ano lectivo 2004/2005, a população escolar é constituída por 57% de rapazes e 43% de raparigas, o que revela a existência de um relativo equilíbrio entre os dois sexos (gráfico nº 18). Sexo 93 100 71 80 60 40 23 Feminino 31 Masculino 20 0 2º Ciclo 3º Ciclo Gráfico n.º 18 14 Anos de escolaridade Da análise do gráfico n.º 19, pode-se constatar que a maioria dos alunos frequenta o 3º ciclo. Anos de Escolaridade 27 59 27 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 51 54 Gráfico n.º 19 4.8. ALUNOS DO 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO RECORRENTE 2º CICLO Idades Idades 12 11 10 8 8 5 6 Nº alunos 4 2 0 15 a 20 21 a 30 Mais 31 Gráfico n.º 20 15 Sexo Sexo 8 Masculino Feminino 16 Gráfico n.º 21 3º CICLO Idades Idades 50 41 40 30 20 25 Nº alunos 15 4 10 0 15 a 20 21 a 30 31 a 40 Mais 41 Gráfico n.º 22 16 Sexo Sexo 36 Masculino Feminino 73 Gráfico n.º 23 17 4.9. ÓRGÃOS DE GESTÃO DO EXTERNATO 4.9.1 - ENTIDADE PROPRIETÁRIA O Externato é propriedade da TALES, SA., representada pelos Senhores Doutores Nuno Faria e Pedro Faria. 4.9.2 - DIRECÇÃO PEDAGÓGICA O Externato tem uma Directora Pedagógica, nomeada nos termos da lei, que é coadjuvada nas suas funções por assessores que consigo formam o Conselho Directivo. Cabe-lhe o poder deliberativo sobre os aspectos administrativo-pedagógicos e disciplinares. 4.9.3 - CONSELHO DIRECTIVO É o órgão constituído pela Directora Pedagógica e seus Adjuntos para os diferentes níveis de Ensino ministrados no Externato. Tem funções consultivas e executivas em todas as matérias de carácter disciplinar e pedagógico. 4.9.4 - CONSELHO PEDAGÓGICO É o órgão de coordenação e orientação educativa, prestando apoio aos órgãos de direcção e gestão da escola, nos domínios pedagógico e didáctico, da coordenação da actividade e animação educativas, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente. É composto pela Directora Pedagógica e seus Adjuntos e pelos Coordenadores dos Departamentos Curriculares. 4.9.5 - CONSELHO ESCOLAR O Conselho Escolar é constituído pela Educadora do Ensino Pré-Escolar e por todos os docentes do Primeiro Ciclo em serviço no Externato e é presidido pela Directora Pedagógica. 18 5 - METAS E FINALIDADES EDUCATIVAS Tendo em conta a caracterização do Externato e do meio em que este se insere, os dados de opinião dos diversos agentes da comunidade escolar e a análise dos resultados dos alunos, propomos as seguintes metas / finalidades para os próximos três anos: • Promover o sucesso escolar; • Incrementar a qualidade do sucesso educativo; • Melhorar o nível de desempenho profissional dos diversos sectores; • Estimular a relação escola/família; • Promover a ligação afectiva dos alunos à escola; • Promover uma educação com valores. As metas / finalidades definidas deverão ser atingidas através da consecução dos objectivos propostos para as diferentes áreas que a seguir se apresentam. 19 5.1. FINALIDADES / OBJECTIVOS / ESTRATÉGIAS FINALIDADES OBJECTIVOS 1. Sucesso 1.1. Reduzir os Escolar factores de insucesso escolar - ESTRATÉGIAS Gerir os currículos de forma a permitir a todos os alunos as aquisições/aprendizagens necessárias ao Ensino Básico Obrigatório. - Implementar uma Sala de Estudo, com projecto adequado às características do público discente. - Envolver todos os agentes educativos para o bom funcionamento da Sala de Estudo. - Continuar a desenvolver Complemento Curricular. - Sensibilizar os Encarregados de Educação para a necessidade de acompanhar regularmente os seus educandos nas várias vertentes escolares. - Criar o hábito de apresentar a caderneta em todas as aulas. - Promover uma boa gestão da disciplina na Sala de Aula. Actividades de 1.2. Valorizar os factores de sucesso - Criar um Quadro de Distinção, de forma a estimular as qualidades dos alunos nas várias vertentes educativas e humanas. 1.3. Conhecer características dos alunos (individuais e de grupo) - Adaptar, sempre que necessário, currículos para os alunos ao abrigo do DL 319/91. - Elaborar uma ficha de apoio ao Director de Turma, tendo em vista conhecer as características a nível individual dos elementos da turma, facilitar o trabalho do D.T. e melhorar o sucesso educativo. Melhorar o clima relacional Professor/ Aluno - Responsabilizar a comunidade educativa no cumprimento do Regulamento Interno da Escola. - Criar situações de convívio entre os elementos educativos (passeios, comemoração do início do ano lectivo e finais de período). - Organizar jogos entre alunos / professores. 1.4. 20 FINALIDADES / OBJECTIVOS / ESTRATÉGIAS FINALIDADES OBJECTIVOS 1. Sucesso 1.5. Ajudar a Escolar escolher uma profissão 1.6. 1.7. 1.8. Promover um clima de segurança na Escola e espaços envolventes Melhorar a utilização de recursos humanos e materiais Implicar os pais/ encarregados de educação na vida da escola - ESTRATÉGIAS Encaminhar os alunos do 9º ano para a orientação profissional. - Desenvolver trabalhos no âmbito da Área de Projecto. - Proporcionar aos alunos informações acerca de cursos e suas saídas profissionais. - Colaborar com o Projecto Escola Segura. - Contactar as Forças de Segurança no sentido de existir um policiamento efectivo nos espaços envolventes da Escola. - Organizar a entrada e saída dos alunos da sala de aula. - Reforçar a vigilância na entrada e saída dos alunos da Escola. - Dinamizar acções de formação para professores e funcionários nas diferentes áreas. - Criar um espaço para exposições / trabalhos. - Valorizar a Biblioteca. - Realizar convites para iniciativas Extracurriculares (culturais e outras). - Promover / Dinamizar a recepção aos novos alunos. - Partilhar com os Pais/ Encarregados de Educação iniciativas culturais e eventos realizados. 21 FINALIDADES / OBJECTIVOS / ESTRATÉGIAS FINALIDADES OBJECTIVOS 2. Escola 2.1. Promover a Activa ligação afectiva dos alunos à Escola 2.2. 2.3. 2.4. Dinamizar a vida cultural da Escola Desenvolver as relações com o meio Estudar e proteger o património do Concelho de Odivelas - ESTRATÉGIAS Valorizar o nome da Escola. - Conhecer o Hino da Escola. - Criar a bandeira da Escola. - Organizar convívios e festas. - Promover a ocupação dos tempos livres, criando actividades desportivas e alguns clubes. - Incentivar o uso de camisolas, canetas, porta-chaves, etc. com o nome da Escola. Realizar actividades culturais: Área de Projecto, visitas de estudo, exposições, teatro, debates, etc. - - Realizar acções de formação cultural. - Criar um espaço para exposições/trabalhos. - Divulgar os trabalhos comunidade escolar. - Conhecer os projectos do Município e Juntas de Freguesia. - Dinamizar e incentivar o envolvimento da Escola na participação das iniciativas do Município e das Juntas de Freguesia. - Aderir a situações de intercâmbio (na Escola ou extra Escola) de divulgação “Mostra de Projectos”. - Dinamizar projectos de “estudo de campo” no meio envolvente. - Promover o intercâmbio de iniciativas com outras escolas. Conhecer os projectos do Município e das Juntas de Freguesia nesta área e participar nas iniciativas promovidas por estas entidades para um conhecimento aprofundado do Concelho. - dos alunos junto 22 da FINALIDADES / OBJECTIVOS / ESTRATÉGIAS FINALIDADES OBJECTIVOS 3. Escola de 3.1. Educar para a Valores cidadania esclarecida. Formar cidadãos com o sentido dos seus deveres e direitos. 3.2. 3.3. Desenvolver a autonomia e o sentido de responsabilidade. Respeitar e proteger o ambiente. - ESTRATÉGIAS Dinamizar o conhecimento e cumprimento do Regulamento Interno da Escola. - Procurar / conseguir respostas certas e breves em relação a carências sentidas (recursos materiais necessários, etc.). - Rentabilizar os espaços existentes para a formação integral do aluno. - Dinamizar colóquios/debates questões da sociedade actual. - Criar estratégias que facilitem o desenvolvimento destes valores. - Fomentar o espírito de iniciativa dos alunos, no sentido da passagem do “receptor/consumidor passivo” a “interventor/produtor activo”, através de: jornal, convívios/festas, viagens de finalistas, etc. - Informar todos os alunos das medidas cautelares adoptadas nos procedimentos disciplinares. - Promover campanhas contra o tabagismo / droga / alcoolismo, etc. - Participar nas actividades propostas pelo projecto “Escolas Promotoras de Saúde” e pelo Centro de Saúde. Promover campanhas contra o lixo e de reciclagem de materiais (lixo, papel, vidro). - sobre temas e - Incentivar actividades com o objectivo de conferir aos alunos capacidades para saberem observar, respeitar e intervir no ambiente. - Participar em iniciativas promovidas Município e Juntas de Freguesia. 23 pelo FINALIDADES / OBJECTIVOS / ESTRATÉGIAS FINALIDADES 3.4. OBJECTIVOS Promover uma educação com valores. - ESTRATÉGIAS Criar situações interdisciplinares (trabalho de grupo), a nível de turma, que promovam os valores prioritários expressos pela comunidade escolar: responsabilidade, honestidade, justiça, respeito pelos outros, solidariedade, protecção do ambiente. - Aproveitar, sistematicamente, as situações de desvio à norma, para consciencializar os alunos da importância destes valores, usando o diálogo e o recurso ao serviço cívico. - Tomar medidas que assegurem a resolução dos problemas relativos à indisciplina. 24 6 - PROJECTO CURRICULAR 6.1 OBJECTIVOS 1. Promover a literacia de todos os alunos, ensinando-os a ler fluente e criticamente qualquer texto e a escrever com correcção e clareza. 2. Dominar o uso das TICs para pesquisar, organizar, tratar e produzir informação. 3. Privilegiar a qualidade do sucesso das aprendizagens. 4. Desenvolver competências de convivência e de colaboração social. 5. Intervir como cidadão livre, crítico e responsável na realidade natural e sociocultural do nosso tempo. 6.2 DESENVOLVIMENTO CURRICULAR 6.2.1 Desenho curricular do 1º Ciclo do Ensino Básico Proposta de desenho curricular para o 1.º Ciclo do Ensino Básico: Componentes do Currículo Áreas curriculares discplinares de frequência obrigatória: Língua Portuguesa; Matemática; Educação para a Cidadania Estudo do Meio; Expressões: Artísticas; Físico-motoras. Formação Pessoal e Social ... Áreas curriculares não disciplinares: Área de Projecto; Estudo Acompanhado; Formação Cívica. Total: 25 horas 25 6.2.2 Desenho curricular do 2º Ciclo do Ensino Básico Proposta de desenho curricular para o 2.º Ciclo do Ensino Básico: Carga horária semanal (x90 min) Componentes do currículo 5º Ano 6º Ano Educação para a cidadania Àreas curriculares disciplinares: Línguas e Estudos Sociais ................................... Total Ciclo 5 5,5 10,5 3,5 3,5 7 3 3 6 1,5 1,5 3 3 2,5 5,5 Total ......................... 16 16 32 A decidir pela escola ........................ 0,5 0,5 1 Máximo global ............ 16,5 16,5 33 Língua Portuguesa; Língua Estrangeira; História e Geografia de Portugal. Matemática e Ciências .......................................... Matemática; Ciências da Natureza. Educação Artística e Tecnológica ........................ Educação Visual e Tecnológica; Educação Musical. Educação Física ................................................... Formação Pessoal e Social Àreas curriculares não disciplinares: Àrea de Projecto; Estudo Acompanhado; Formação Cívica. 26 6.2.3 Desenho curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico Proposta de desenho curricular para o 3.º Ciclo do Ensino Básico: Componentes do currículo Educação para a Cidadania Áreas curriculares disciplinares: Língua Portuguesa ............................ Línguas Estrangeiras ........................ LE 1; LE 2. Ciências Humanas e Sociais .............. História ; Geografia. Matemática .......................................: Ciências Físicas e Naturais ................ Ciências Naturais; Físico-Química. Educação Artística: Educação Visual ............................... Educação Musical .............................. Educação Tecnológica ....................... Educação Física ................................ Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação ............... Formação Áreas curriculares não Pessoal e disciplinares: .................. Área de Projecto; Social Estudo Acompanhado; Formação Cívica. Total .............. A decidir pela escola ..... Máximo global ....... Carga horária semanal (x90 min) 7º Ano 8º Ano 9º Ano Total ciclo 2 3 2 2,5 2 2,5 6 8 2 2,5 2,5 7 2 2 2 2 2 2,5 6 6,5 1 1 1,5 5,5 1 1,5 1 1,5 1,5 4,5 1(a) 1(a) 2,5 2,5 2 7 17 0,5 17,5 17 0,5 17,5 17,5 51,5 1 52,5 17,5 a) A oferecer no ano lectivo de 2004/2005 27 6.2.4 Desenho curricular do 2º Ciclo do Ensino Básico Recorrente Proposta de desenho curricular do 2.º Ciclo do Ensino Básico Recorrente: DISCIPLINAS Português Inglês Matemática O Homem e o Ambiente Formação Complementar CARGA HORÁRIA 4 tempos 4 tempos 3 tempos 4 tempos 2 tempos 6.2.5 Desenho curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico Recorrente por Unidades Capitalizáveis Proposta de desenho curricular do 3.º Ciclo do Ensino Básico Recorrente por Unidades Capitalizáveis: Descrição das disciplinas e das áreas disciplinares da formação geral e da formação técnica e respectivo número de unidades: Formação Geral Disciplinas (comum a todos os alunos) Nº de Unidades Formação Geral Áreas Disciplinares Nº de Unidades Português 12 C. do Ambiente 13 Matemática 13 C. Sociais e F. Cívica 12 Inglês 12 Áreas de Formação Técnica. Administração Serviços e Comércio Nº de Unidades 12 28 6.3 ARTICULAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS GERAIS, TRANSVERSAIS, ESSENCIAIS E PROGRAMAS DAS DISCIPLINAS O Decreto-Lei n.º 6 / 2001 de 18 de Janeiro, relativo à reorganização curricular do Ensino Básico, define currículo nacional como o conjunto de aprendizagens essenciais e de experiências educativas que devem ser proporcionadas aos alunos. Estas aprendizagens e experiências aparecem explicitadas nos documentos das "competências gerais" (vistas como um perfil de competências a desenvolver pelo aluno ao longo do ensino básico), "competências transversais" (definidas em termos de “métodos de trabalho e de estudo”, “tratamento da informação”, “estratégias cognitivas” e “relacionamento interpessoal e de grupo”) e "competências essenciais" das diferentes disciplinas. Além deste documento legal, mantém-se em vigor os programas disciplinares do Ensino Básico. É este conceito de currículo nacional que coloca o problema de articulação entre este documento e os diferentes conceitos de “competências”, que se sugere que seja resolvido por cada escola, no âmbito do seu contexto, nos termos do seu projecto curricular, e em termos de um projecto curricular de turma. 6.4 COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS 2º CICLO 6.4.1 – LÍNGUA PORTUGUESA O ensino da Língua Materna no 2º Ciclo do Ensino Básico tem como objectivo o desenvolvimento progressivo das cinco competências nucleares: 1. 2. 3. 4. 5. a compreensão do oral; a leitura; a expressão oral; a expressão escrita; o conhecimento explícito. A compreensão do oral é a competência responsável pela atribuição de significado a cadeias fónicas produzidas de acordo com a gramática de uma língua. Envolve a recepção e a decifração da mensagem e implica o acesso à informação linguística registada permanentemente na memória. Sem tal registo não há compreensão, na medida em que não pode haver reconhecimento do significado das unidades ouvidas, sejam elas palavras, expressões ou frases. A leitura é o processo interactivo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do segundo. A extracção do significado e a consequente apropriação da informação veiculada pela escrita são os objectivos fundamentais da leitura, dependendo o nível de compreensão atingido do conhecimento prévio que o leitor tem sobre o assunto e do tipo de texto em presença. A expressão oral é a capacidade para produzir cadeias fónicas dotadas de significado e conformes à gramática de uma língua. Esta capacidade envolve o planeamento do que se pretende dizer, a formatação linguística do enunciado e a execução articulatória do mesmo. A expressão escrita consiste no processo complexo de produção de comunicação escrita. Tal como a leitura, não é uma actividade de aquisição espontânea e natural, exigindo, por isso, ensino explícito e sistematizado e uma prática frequente e supervisionada. Como modalidades 29 secundárias da língua que partilham a necessidade do recurso à tradução do oral em gráfico, a leitura e a escrita usufruem reciprocamente do nível de mestria atingido em cada uma delas. O conhecimento explícito é o conhecimento reflectivo, explícito e sistematizado das unidades, regras e processos gramaticais. Esta competência implica o desenvolvimento de processos metacognitivos, quase sempre dependentes da instrução formal, e permite aos falantes o controlo das regras que usam e a selecção das estratégias mais adequadas à compreensão e expressão em cada situação de comunicação. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Compreensão do oral Alargamento da compreensão a géneros formais e públicos do oral • • • • Saber escutar e compreender o discurso expositivo. Saber escutar e compreender uma discussão. Seleccionar e reter do que ouvem a informação necessária ao objectivo visado. Distinguir diferentes géneros do oral (um diálogo, uma entrevista, um inquérito, uma discussão, um debate...). • Sintonizar com o interlocutor a partir do vocabulário e da estrutura frásica que este utiliza. Leitura Autonomia e velocidade de leitura e criação de hábitos de leitura • • • • • • • Ler em voz alta, restituindo ao ouvinte o significado do texto. Identificar as ideias importantes de um texto e as relações entre as mesmas. Procurar num texto a informação necessária à concretização de uma tarefa a realizar. Utilizar estratégias diversificadas para procurar informação escrita. Seleccionar a estratégia de leitura adequada ao objectivo em vista. Sublinhar e tomar notas com objectivo de estudo. Ler voluntária e continuadamente para recreação e para obtenção de informação. Expressão oral Domínio progressivo de géneros formais e públicos do oral • • Utilizar os recursos prosódicos e de voz adequados ao objectivo comunicativo. Adaptar o discurso em função das reacções do interlocutor. • Utilizar formas de tratamento e fórmulas de delicadeza adequadas a contextos sociais diversificados. • Formular perguntas com clareza, de forma adequada à situação e ao interlocutor e com pertinência relativamente ao assunto. Narrar situações vividas e imaginadas de modo a prender a atenção do interlocutor. Elaborar relatos que sintetizem discussões em grupo. Usar vocabulário preciso. Usar a complexidade gramatical requerida em diferentes géneros do oral. • • • • 30 Expressão escrita Criação de automatismo e de desenvoltura no acto da escrita • Escrever com total correcção ortográfica palavras do vocabulário específico das disciplinas curriculares, dominando as principais regras de translineação e de pontuação. • • Usar de forma elementar um processador de texto. Escrever cartas para formular pedidos, agradecimentos e protestos, tendo em conta o objectivo e o destinatário. Escrever para informar e protestar. Escrever textos narrativos subordinados a temas impostos ou por livre iniciativa. Resumir textos narrativos. Legendar gravuras de modo a construir uma narrativa. Redigir planos de actividades a realizar. Responder a questionários com finalidades escolares. Usar vocabulário variado. Escrever com correcção morfológica e sintáctica. Organizar o texto em períodos e parágrafos. • • • • • • • • • Conhecimento explícito Alargamento e sedimentação da consciência linguística com objectivos instrumentais e atitudinais • • • • • • • • • • Explicitar regras ortográficas (incluindo regras de acentuação gráfica e de translineação) e regras de pontuação. Distinguir vogais e ditongos orais e nasais. Identificar diferentes processos de formação de palavras. Estabelecer relações semânticas de hierarquia. Identificar classes e subclasses de palavras, reconhecer funções sintácticas e todos os tipos de frases. Distinguir entre frases simples e frases complexas, identificar frases coordenadas e alguns tipos de orações subordinadas. Alargar o conhecimento de paradigmas da flexão nominal, adjectival e verbal. Identificar diferentes formas linguísticas de formular pedidos e fazer perguntas, em função da situação e do interlocutor. Identificar formas de tratamento menos usuais, utilizadas em situações institucionais com um elevado grau de formalidade. Usar instrumentalmente dicionários de verbos conjugados. 6.4.2 – INGLÊS O ensino da Língua Inglesa no 2º Ciclo de Educação Básica tem como objectivo o desenvolvimento progressivo das cinco competências nucleares: 1. 2. 3. 4. a compreensão do oral; a leitura; a expressão oral; a expressão escrita; 31 5. o conhecimento explícito. A compreensão do oral é a competência responsável pela atribuição de significado a cadeias fónicas produzidas de acordo com a gramática de uma língua. Envolve a recepção e a decifração da mensagem e implica o acesso à informação linguística registada permanentemente na memória. Sem tal registo não há compreensão, na medida em que não pode haver reconhecimento do significado das unidades ouvidas, sejam elas palavras, expressões ou frases. A leitura é o processo interactivo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do segundo. A extracção do significado e a consequente apropriação da informação veiculada pela escrita são os objectivos fundamentais da leitura, dependendo o nível de compreensão atingido do conhecimento prévio que o leitor tem sobre o assunto e do tipo de texto em presença. A expressão oral é a capacidade para produzir cadeias fónicas dotadas de significado e conformes à gramática de uma língua. Esta capacidade envolve o planeamento do que se pretende dizer, a formatação linguística do enunciado e a execução articulatória do mesmo. A expressão escrita consiste no processo complexo de produção de comunicação escrita. Tal como a leitura, não é uma actividade de aquisição espontânea e natural, exigindo, por isso, ensino explícito e sistematizado e uma prática frequente e supervisionada. Como modalidades secundárias da língua que partilham a necessidade do recurso à tradução do oral em gráfico, a leitura e a escrita usufruem reciprocamente do nível de mestria atingido em cada uma delas. O conhecimento explícito é a progressiva consciencialização e sistematização do conhecimento implícito no uso da língua. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS I. Alargamento da compreensão a géneros formais e públicos do oral No final do 2.º ciclo os alunos devem ser capazes de: • • • • Saber escutar e compreender o discurso expositivo; Saber escutar e compreender uma discussão; Seleccionar e reter do que ouvem a informação necessária ao objectivo visado; Distinguir diferentes géneros do oral (um diálogo, uma entrevista, um inquérito, uma discussão, um debate...); • Sintonizar com o interlocutor a partir do vocabulário e da estrutura frásica que este utiliza. II. Criação de autonomia na leitura e de hábitos de leitura No final do 2.º ciclo, os alunos devem ser capazes de: • Ler em voz alta, restituindo ao ouvinte o significado do texto; 32 • • • • • • Identificar as ideias importantes de um texto e as relações entre as mesmas; Procurar num texto a informação necessária à concretização de uma tarefa a realizar; Utilizar estratégias diversificadas para procurar informação escrita; Seleccionar a estratégia de leitura adequada ao objectivo em vista; Sublinhar e tomar notas com objectivo de estudo; Ler voluntária e continuadamente para recreação e para obtenção de informação. III. Domínio progressivo de géneros formais e públicos do oral No final do 2.º ciclo os alunos devem ser capazes de: • • Utilizar os recursos prosódicos e de voz adequados ao objectivo comunicativo; Adaptar o discurso em função das reacções do interlocutor; • • Utilizar formas de tratamento e fórmulas de delicadeza adequadas a contextos sociais diversificados; Formular perguntas com clareza, de forma adequada à situação e ao interlocutor e com pertinência relativamente ao assunto; • • • • Narrar situações vividas e imaginadas de modo a prender a atenção do interlocutor; Elaborar relatos que sintetizem discussões em grupo; Usar vocabulário preciso; Usar a complexidade gramatical requerida em diferentes géneros do oral. IV. Criação de automatismo e de desenvoltura no acto da escrita No final do 2.º ciclo os alunos devem ser capazes de: • Escrever com total correcção ortográfica palavras do vocabulário específico das disciplinas curriculares, dominando as principais regras de translineação e de pontuação; • • Usar de forma elementar um processador de texto; Escrever cartas para formular pedidos, agradecimentos e protestos, tendo em conta o objectivo e o destinatário; Escrever para informar e protestar; Escrever textos narrativos subordinados a temas impostos ou por livre iniciativa; Resumir textos narrativos; Legendar gravuras de modo a construir uma narrativa; Redigir planos de actividades a realizar; Responder a questionários com finalidades escolares; Usar vocabulário variado; Escrever com correcção morfológica e sintáctica; Organizar o texto em períodos e parágrafos. • • • • • • • • • V. Alargamento e sedimentação da consciência linguística com objectivos instrumentais No final do 2.º ciclo os alunos devem ser capazes de: • • • • Explicitar regras ortográficas (incluindo regras de acentuação gráfica e de translineação) e regras de pontuação; Distinguir vogais e ditongos orais e nasais; Identificar diferentes processos de formação de palavras; Estabelecer relações semânticas de hierarquia; 33 • • • • • • Identificar classes e subclasses de palavras, reconhecer funções sintácticas e todos os tipos de frases; Distinguir entre frases simples e frases complexas, identificar frases coordenadas e alguns tipos de orações subordinadas; Alargar o conhecimento de paradigmas da flexão nominal, adjectival e verbal; Identificar diferentes formas linguísticas de formular pedidos e fazer perguntas, em função da situação e do interlocutor; Identificar formas de tratamento menos usuais, utilizadas em situações institucionais com um elevado grau de formalidade; Usar instrumentalmente dicionários de verbos conjugados. 6.4.3 – HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Competências Essenciais O Currículo da disciplina de História e Geografia de Portugal do Segundo Ciclo do Ensino Básico privilegia a ligação entre a História e a Geografia nacionais, no sentido de dar aos acontecimentos e aos homens do passado um espaço vivenciado. Do ponto de vista metodológico, privilegiam-se as capacidades da organização, da informação, da comunicação da informação e a expressão criativa. Procura-se que os alunos adquiram conceitos e noções básicas da História Portugal através do desenvolvimento de subtemas de carácter narrativo, centrado em episódios e figuras portuguesas significativas e na vida quotidiana. No que diz respeito à Geografia, procura-se que os alunos estudem um espaço em que as coisas se relacionam entre si, procurando identificar os factores que influenciaram o desenvolvimento e como se organizaram no espaço, bem como a dinâmica da população na construção da sua cultura específica. Assim entende-se que no final do Segundo Ciclo do Ensino Básico os alunos deverão ser capazes de: • • • • • • • • • Demonstrar que têm os conhecimentos essenciais da História de Portugal num contexto cronológico amplo; Demonstrar que possuem já uma compreensão do desenvolvimento da sociedade portuguesa em períodos de longa duração, auxiliados pelo estudo de períodos de longa duração, mas de maior profundidade; Desenvolver uma compreensão da História da sua localidade e relacioná-la com a História nacional; Apreciar a amplitude e riqueza da História, tanto no que se refere aos avanços tecnológicos, científicos e artísticos do passado como na evolução social e política; Ser consciente de que as sociedades diferentes possuem diferentes crenças, valores e atitudes em épocas diferentes e que as crenças, valores e atitudes actuais se foram desenvolvendo a partir de experiências passadas; Compreender que os dados do passado podem ser interpretados de diferentes formas; Empregar convenções cronológicas de forma apropriada; Utilizar fontes primárias e secundárias para apoiar interpretações de acontecimentos históricos; Fazer reconstruções imaginárias de situações passadas que estejam de acordo com a informação disponível; 34 • • Realizar conexões causais simples, em especial aquelas que impliquem personagens históricas e as suas acções; Reconhecer semelhanças e diferenças entre o passado e o presente. Competências gerais A História como disciplina com lugar no Currículo da Escolaridade Básica, deve responder às necessidades dos alunos e o seu conteúdo deve seleccionar-se de acordo com as suas potencialidades para ensinar determinadas técnicas, conceitos e ideias num desenvolvimento curricular realizado a longo prazo. • O saber histórico serve para que o aluno desenvolva um conjunto de capacidades para desenvolver o interesse pelo passado e compreender o presente e analisá-lo criticamente. • O ensino da História deve servir para manter a memória colectiva e a consciência da identidade nacional, para que os jovens conheçam os fundamentos históricos da sua vida colectiva e a importância do património histórico-cultural. • Compreensão da dimensão temporal do Homem, nas dimensões humana, política, económica e social. • Desenvolvimento das noções de tempo e de espaço para compreender a multiplicidade de causas e de factos e das suas inter-relações. • Apreciação da diversidade e adopção de atitudes de respeito e de solidariedade. • O desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de actuar socialmente. • A formação para a cidadania que permita ao aluno compreender criticamente a sua realidade e reconhecer-se como sujeito capaz de a transformar. • A formação de uma identidade própria combinada com a formação para a cidadania. • Desenvolvimento de uma consciência histórica, articulada com a formação para a cidadania, de modo a dotar o aluno de competências básicas afectivas, tecnológicas, ecológicas e sociohistóricas. • Conhecimento das situações e acontecimentos mais importantes do seu próprio país e do mundo. • Distinção entre factos históricos e sua interpretação. • Estímulo da compreensão dos processos de mudança e de continuidade. 6.4.4 – MATEMÁTICA Em termos objectivos, as competências essenciais da matemática, para o segundo ciclo do ensino básico, incidem sobre três grandes áreas, a saber: • • • Números e Cálculos; Geometria; Estatística e Probabilidades. No que concerne aos Números e aos Cálculos, a competência matemática que todos devem desenvolver consiste nos seguintes aspectos concretos: • O aluno deve reconhecer os conjuntos dos números inteiros e racionais positivos, assim como as diferentes formas de representação que existem para os elementos desses conjuntos e as relações existentes entre eles, bem como compreender as propriedades das operações em cada um deles e ser possuidor de aptidão para as usar em situações concretas; 35 • • O aluno deve estar apto para trabalhar com valores aproximados de números racionais, da maneira mais adequada ao contexto do problema ou da situação em estudo; O aluno deve reconhecer situações de proporcionalidade directa e estar capacitado para usar o raciocínio proporcional em problemas diversos. No domínio da Geometria, das grandezas e da medida, a competência matemática que todos devem desenvolver reporta necessariamente aos seguintes itens: • • • • A predisposição para identificar propriedades das figuras geométricas, nomeadamente para triângulos, quadriláteros e sólidos geométricos, assim como para justificar convenientemente os respectivos raciocínios; A capacidade para a realização de construções geométricas, mormente de ângulos e triângulos, tal como a aptidão para descrever as figuras geométricas; O aluno deve ser possuidor da capacidade de resolver e de formular problemas que envolvam os conceitos de perímetro e de área, e de os relacionar entre si nos diferentes contextos; O aluno deve estar apto a efectuar cálculos de áreas de rectângulos, triângulos e de círculos, bem como o de volumes de paralelepípedos, recorrendo directamente a fórmulas próprias para o efeito, ou de uma outra qualquer forma, no âmbito da resolução de um problema concreto. Relativamente ao domínio da Estatística e das Probabilidades, as competências que todos devem desenvolver devem passar directamente por cada um dos seguintes aspectos objectivos: • • O aluno deverá compreender as noções de frequência absoluta e relativa, e por outro lado, deve estar capacitado para calcular estas frequências em situações simples; O aluno deverá compreender as noções de moda e de média aritmética, e deve também possuir aptidão não só para as determinar, como para interpretar o seu significado no caso concreto do problema em análise. No que respeita à área da Álgebra e das Funções, e apesar deste tema apenas começar a ser tratado de modo explícito na fase final da educação básica (terceiro ciclo), os alunos começam desde cedo, ainda que de modo intuitivo, a contactar com as ideias que estão subjacentes à álgebra e às funções. Deste modo, mesmo no domínio do tema que ora se aborda, o aluno que conclui o segundo ciclo deve ser possuidor de competências matemáticas essenciais a este nível, ainda que no caso sejam de carácter mais generalista, e que se passam a enunciar: • • A predisposição para procurar padrões e regularidades e também para formular generalizações nas mais variadas situações e contextos, nomeadamente numéricos e geométricos; O aluno deverá ter a capacidade de analisar as relações numéricas numa situação concreta, explicitá-las em linguagem corrente e se necessário representá-las através dos diferentes processos, recorrendo eventualmente ao uso de símbolos. 6.4.5 – CIÊNCIAS DA NATUREZA Competências Gerais Partindo da organização dos programas de Ciências nos três ciclos do Ensino Básico, considera-se ser importante a aquisição, entre outras das seguintes competências: 36 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Aquisição de literacia científica geral, com a especialização científica necessária e adequada; Consolidar a compreensão dos conteúdos científicos de acordo com as necessidades e os interesses dos alunos; Preparar-se com consistência e flexibilidade adaptativa para a vida pessoal e profissional; Aceitar a necessidade do envolvimento activo no processo contínuo do Aprender a Aprender; Despertar e desenvolver a curiosidade acerca do Mundo Natural e dos seus fenómenos; Confiar nas capacidades de questionamento do comportamento humano perante o Mundo; Desenvolver o gosto, o entusiasmo e o interesse pela Ciência; Mostrar confiança e competência na abordagem das matérias científicas e técnicas; Compreender no geral as ideias importantes e as estruturas explicativas da Ciência; Apreciar os pressupostos das questões científicas e adoptá-las de um modo responsável, tendo em vista uma melhoria na qualidade de vida individual e colectiva; Compreender e responder criticamente a notícias dos media sobre questões com componentes científicas e tecnológicas; Expressar e manter um ponto de vista pessoal sobre questões com uma componente científico-tecnológica que entram nos debates públicos e, eventualmente, envolverem-se activamente em alguns deles; Adquirir, por iniciativa própria, sempre que necessário mais conhecimento; Tornar-se um cidadão consciente, actuante e responsável; Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano; Usar linguagem específica para se expressar correctamente a nível cultural, científico e tecnológico; Pesquisar, seleccionar e organizar a informação usando metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem; Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões; Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns; Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal, promotora da saúde, da qualidade de vida e do bem estar universal; Competências Essenciais As competências essenciais no final do 2º ciclo do Ensino Básico são: Tema 1 – Terra no Espaço • • Compreensão global da constituição da Terra, nos seus aspectos complementares da biosfera, litosfera, hidrosfera e atmosfera, relacionando a formação desses constituintes com a origem da Terra. Reconhecimento do papel importante da atmosfera terrestre para a vida da Terra. Tema 2 – Terra em Transformação 37 • • • • • Reconhecimento da relação entre a diversidade de seres vivos e seus comportamentos e a diversidade ambiental. Reconhecimento que, dadas as dimensões das células, há necessidade de se utilizar instrumentos de medida específicos. Reconhecimento da necessidade do uso de critérios específicos nos sistemas de classificação perante a diversidade de materiais e dos seres vivos. Compreensão da dinâmica da Terra com base nos fenómenos e transformações que ocorrem. Compreensão da importância de se questionar sobre transformações que ocorrem na Terra e de investigar as explicações dadas pela Ciência. Tema 3 – Intervenção Humana na Terra • • • Reconhecimento que a intervenção humana na Terra é fundamental para a obtenção dos alimentos e da energia necessários à vida. Compreensão de como a intervenção humana na Terra pode afectar a qualidade da água, do ar e da vida das pessoas. Reconhecimento das actividades humanas relacionadas com a utilização dos recursos hídricos e geológicos. Tema 4 – Viver melhor na Terra • • • • • Compreensão do funcionamento do corpo humano e sua relação com problemas de saúde e da sua prevenção. Reconhecimento que o organismo humano está sujeito a factores nocivos que podem colocar em risco a sua saúde física e mental. Compreensão de que o bom funcionamento do organismo decorre da interacção de diferentes sistemas de órgãos que asseguram a realização das funções essenciais à vida. Compreensão da importância da alimentação para o funcionamento equilibrado do organismo. Reconhecimento da importância da publicidade e da comunicação social nos hábitos e consumo, na tomada de decisões que tenham em conta a defesa da saúde e a qualidade de vida. 6.4.6 – EDUCAÇÃO VISUAL E TECNOLÓGICA • • • • • • • • • Compreender o enunciado de um trabalho simples; Planificar uma realização plástica ou técnica, bi ou tridimensional; Identificar fontes de informação relevantes para a resolução de problemas concretos; Seleccionar, pesquisar e explorar recursos disponíveis; Seleccionar e controlar o uso de materiais e processos técnicos aplicáveis a situações concretas; Exprimir ideias através da linguagem visual; Usar com intencionalidade os componentes formais da expressão plástica e da comunicação visual; Desenvolver respostas individualizadas e criativas aos problemas colocados; Aplicar nos trabalhos que realiza um julgamento estético e social; 38 • Compreender as diferenças culturais expressas nos produtos visuais da realidade social envolvente; • Reconhecer o valor social do trabalho; • Relacionar o desenvolvimento actual das tecnologias com alteração das formas de vida das pessoas; • Indagar explicações científicas e/ou técnicas, retiradas da experiência pessoal para explicar situações e problemas técnicos concretos. 6.4.7 – EDUCAÇÃO MUSICAL O SOM À NOSSA VOLTA • Distinguir som e ruído. • Reconhecer fontes sonoras através do timbre. • Define e distingue som humanizado, natural e corporal. • Reconhecer e reproduzir os principais códigos corporais. • Reconhecer os símbolos dos instrumentos da sala de aula e da orquestra sinfónica. • Reconhecer os instrumentos que compõem uma orquestra sinfónica. • Definir e distinguir intensidade sonora e seus códigos. • Reconhecer a pulsação e a sua relação com o andamento da música. NOMENCLATURA MUSICAL • Reconhecer a duração da figuração musical. • Identificar sons e silêncios e sua duração. • Definir e identificar pauta musical. • Identificar a posição das notas na pauta de música. • Identificar e desenhar a clave de sol. FLAUTA DE BISEL • Identificar as diferentes posições. • Executar pequenas melodias na flauta. • Ler uma partitura correctamente. MÚSICA TRADICIONAL PORTUGUESA • Identificar os principais géneros musicais das regiões portuguesas. • Identificar os diversos instrumentos das várias regiões. • Reconhecer auditivamente os diversos géneros musicais. • Definir alterações musicais - fá sustenido e si bemol. • Executar pequenas melodias na flauta. • Reconhecer timbres e características da música tradicional portuguesa. • Reconhecer ritmos sincopados. • Ler sequências sonoras e rítmicas. • A nota si bemol na flauta e sua posição. MÚSICA TRADICIONAL DO MUNDO • Timbres e características da música tradicional da Europa. • Reconhecer alguns aspectos gerais da música que se faz pelos diferentes continentes. • Reconhecer os principais instrumentos característicos de cada continente. • Identificar visualmente e auditivamente alguns instrumentos musicais. 39 6.4.8 – EDUCAÇÃO FÍSICA COMPETÊNCIAS GERAIS O percurso educativo do aluno do Ensino Básico deve ser organizado em torno da diferenciação e relação entre os diferentes tipos de actividade física que caracterizam cada uma das áreas e subáreas identificadas nas Finalidades da Educação Física do Ensino Básico. Em cada um dos ciclos do Ensino Básico deve assegurar-se que os alunos participam em situações características da aprendizagem dos Jogos Desportivos Colectivos, da Ginástica, do Atletismo, dos Desportos de Raquetas, dos Desportos de Combate, da Patinagem, da Dança, das Actividades de Exploração da Natureza e dos Jogos Tradicionais e Populares (integrando-se nesta área os Jogos Infantis), de forma a garantir o ecletismo da Educação Física e promover o desenvolvimento multilateral das crianças e dos jovens. Devem ser igualmente consideradas situações de aprendizagem dos conhecimentos relativos aos processos de elevação e manutenção da Aptidão Física, e também à interpretação e participação nos contextos em que se realizam as actividades físicas, visando por um lado a promoção de estilos de vida activos e por outro, o exercício consciente de cidadania. A Educação e Promoção da Saúde, e a elevação da Aptidão Física, sendo uma das preocupações centrais da Educação Física, “obriga” a que os alunos, se empenhem, em todas as aulas, em actividades de treino cuja qualidade e quantidade de esforço físico sejam adequadas às necessidades e possibilidades dos alunos, capazes de promover o desenvolvimento das capacidades motoras. COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS • Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais básicas, particularmente da Resistência geral de longa duração; da Força Rápida; da Velocidade de Reacção simples e complexa, de execução, de frequência de movimentos e de deslocamento; da Flexibilidade; da Força Resistente (esforços localizados) e das Destrezas geral e direccionada. • Conhecer os processos fundamentais das adaptações morfológicas, funcionais e psicológicas, que lhe permitem compreender os diversos factores da Aptidão Física. • Conhecer e aplicar cuidados higiénicos, bem como as regras de segurança pessoal e dos companheiros, e de preservação dos recursos materiais. • Participar activamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e do grupo: - Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários; Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por eles; Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as acções favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na actividade da turma. 40 • Analisar e interpretar a realização das actividades físicas seleccionadas, utilizando os conhecimentos sobre a técnica, organização e participação, ética desportiva, etc. • Cooperar com os companheiros para o alcance do objectivo dos Jogos Desportivos Colectivos, desempenhando com oportunidade e correcção as acções solicitadas pelas situações de jogo, aplicando a ética do jogo e as suas regras. • Praticar actividades lúdicas tradicionais populares de acordo com os padrões culturais característicos da região e cooperar com os companheiros para o alcance do objectivo dos jogos elementares, utilizando com oportunidade as acções técnico-tácticas características • Realizar, do Atletismo, saltos (altura) e corridas (velocidade e estafetas), segundo padrões simplificados, e cumprindo correctamente as exigências elementares técnicas e regulamentares. • Compor e realizar, da Ginástica, as destrezas elementares do solo e aparelhos (boque e plinto), em esquemas individuais e/ou em grupo, aplicando os critérios de correcção técnica e expressão, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios. • Interpretar sequências de habilidades específicas elementares da Dança, em coreografias individuais e/ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade considerados, de acordo com os motivos das composições. 6.5 COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS 3º CICLO 6.5.1 – LÍNGUA PORTUGUESA O ensino da Língua Materna no 3º Ciclo de Ensino Básico tem como objectivo o desenvolvimento progressivo das cinco competências nucleares: 1. 2. 3. 4. 5. a compreensão do oral; a leitura; a expressão oral; a expressão escrita; o conhecimento explícito. A compreensão do oral é a competência responsável pela atribuição de significado a cadeias fónicas produzidas de acordo com a gramática de uma língua. Envolve a recepção e a decifração da mensagem e implica o acesso à informação linguística registada permanentemente na memória. Sem tal registo não há compreensão, na medida em que não pode haver reconhecimento do significado das unidades ouvidas, sejam elas palavras, expressões ou frases. A leitura é o processo interactivo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do segundo. A extracção do significado e a consequente apropriação da informação veiculada pela escrita são os objectivos fundamentais da leitura, dependendo o nível de compreensão atingido do conhecimento prévio que o leitor tem sobre o assunto e do tipo de texto em presença. A expressão oral é a capacidade para produzir cadeias fónicas dotadas de significado e conformes à gramática de uma língua. Esta capacidade envolve o planeamento do que se pretende dizer, a formatação linguística do enunciado e a execução articulatória do mesmo. 41 A expressão escrita consiste no processo complexo de produção de comunicação escrita. Tal como a leitura, não é uma actividade de aquisição espontânea e natural, exigindo, por isso, ensino explícito e sistematizado e uma prática frequente e supervisionada. Como modalidades secundárias da língua que partilham a necessidade do recurso à tradução do oral em gráfico, a leitura e a escrita usufruem reciprocamente do nível de mestria atingido em cada uma delas. O conhecimento explícito é o conhecimento reflectivo, explícito e sistematizado das unidades, regras e processos gramaticais. Esta competência implica o desenvolvimento de processos metacognitivos, quase sempre dependentes da instrução formal, e permite aos falantes o controlo das regras que usam e a selecção das estratégias mais adequadas à compreensão e expressão em cada situação de comunicação. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Compreensão do oral Compreensão de formas complexas do oral exigidas para o prosseguimento de estudos e para entrada na vida profissional • • Ser capaz de extrair informação de discursos de diferentes géneros formais e públicos do oral, cuja complexidade e duração exijam focalização da atenção por períodos prolongados. Conhecer estratégias linguísticas e não linguísticas utilizadas explícita e implicitamente para realizar diferentes objectivos comunicativos. Leitura Fluência de leitura e eficácia na selecção de estratégias adequadas ao fim em vista • • Ser capaz de reconstruir mentalmente o significado de um texto (literário e não literário) em função da relevância e da hierarquização das unidades informativas deste. Conhecer chaves linguísticas e textuais que permitem desfazer ambiguidades, deduzir sentidos implícitos e reconhecer usos figurativos. Expressão oral Fluência e adequação da expressão oral em contextos formais • • Ser capaz de utilizar recursos expressivos, linguísticos e não linguísticos, com estratégias de adesão, de oposição e de persuasão. Adquirir conhecimento vocabular e gramatical requeridos nos géneros formais e públicos do oral necessários para o prosseguimento de estudos e para entrada na vida profissional. Expressão escrita Naturalidade e correcção no uso multifuncional do processo de escrita • • Ser capaz de usar multifuncionalmente a escrita, com a consciência das escolhas decorrentes da função, forma e destinatário. Conhecer géneros textuais e técnicas de correcção e aperfeiçoamento dos produtos do processo de escrita. 42 Conhecimento explícito Conhecimento sistematizado dos aspectos básicos da estrutura e do uso do Português • • Ter capacidade de reflexão linguística com objectivos cognitivos gerais e específicos. Adquirir conhecimento sistematizado dos aspectos fundamentais da estrutura e do uso do Português padrão, pela apropriação de metodologias de análise da língua. 6.5.2 – INGLÊS Compreender (Ouvir/Ver/Ler) • Compreender as ideias gerais e de pormenor de um texto, em língua corrente, sobre aspectos relativos a escola aos tempos livres, a temas actuais e assuntos do seu interesse pessoal. • Entender acontecimentos relatados, num texto, assim como sentimentos e desejos expresses. • Estabelecer relações - afinidades/diferenças - entre a cultura de origem e a cultura estrangeira. • Reconhecer traces característicos da sociedade e da cultura das comunidades que usam a língua. Interagir (Ouvir/Falar/Ler/Escrever) • Participar numa conversa simples sobre assuntos de interesse pessoal ou geral da actualidade. • Auto-apresentar-se e apresentar pessoas a partir de tópicos (elementos de identificação, situação familiar, características pessoais, gostos, hábitos) e ou de elementos linguísticos. • Adequar comportamentos comunicativos tendo em conta os traces característicos da sociedade e as afinidades/diferenças entre a cultura de origem e a cultura estrangeira. • Compreender mensagens, cartas pessoais e formulários e elaborar respostas nestas situações de interacção. Produzir (Falar/Escrever) • • • • Produzir enunciados para narrar episódios/acontecimentos da vida quotidiana. Descrever, com o objectivo de dar a conhecer, objectos lugares e personagens. Reproduzir/recriar textos poéticos, adivinhas, canções, provérbios, anedotas. Adequar comportamentos comunicativos tendo em conta os traços característicos da sociedade e as afinidades/diferenças entre a cultura de origem e a cultura estrangeira. • Escrever textos estruturados sobre assuntos conhecidos e do seu interesse. 6.5.3 - FRANCÊS O ensino do Francês no 3º Ciclo da Educação Básica tem como objectivo o desenvolvimento progressivo das cinco competências nucleares: 1. Compreender ( Ouvir/Ver textos orais e audiovisuais de natureza diversificada adequados aos desenvolvimentos intelectual, sócio-afectivo e linguístico do aluno. 2. Compreender ( Ler textos escritos de natureza diversificada adequados aos desenvolvimentos intelectual, sócio-afectivo e linguístico do aluno). 43 3. Interagir; ( Ouvir/Falar em situações de comunicação diversificada). 4. Interagir; ( Ler/Escrever em situações de natureza diversificada). 5. Produzir; ( Falar/Escrever textos orais e escritos correspondendo a necessidades específicas de comunicação). A compreensão oral/escrita é a competência responsável pela atribuição de significado a cadeias fónicas produzidas de acordo com a gramática de uma língua. Envolve a recepção e a decifração da mensagem e implica o acesso à informação linguística registada permanentemente na memória. Sem tal registo não há compreensão, na medida em que não pode haver reconhecimento do significado das unidades ouvidas, sejam elas palavras, expressões ou frases. A leitura é o processo interactivo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do segundo. A extracção do significado e a consequente apropriação da informação veiculada pela escrita são os objectivos fundamentais da leitura, dependendo o nível de compreensão atingido do conhecimento prévio que o leitor tem sobre o assunto e do tipo de texto em presença. A expressão oral é a capacidade para produzir cadeias fónicas dotadas de significado e conformes à gramática de uma língua. Esta capacidade envolve o planeamento do que se pretende dizer, a formatação linguística do enunciado e a execução articulatória do mesmo. A expressão escrita consiste no processo complexo de produção de comunicação escrita. Tal como a leitura, não é uma actividade de aquisição espontânea e natural, exigindo, por isso, ensino explícito e sistematizado e uma prática frequente e supervisionada. Como modalidades secundárias da língua que partilham a necessidade do recurso à tradução do oral em gráfico, a leitura e a escrita usufruem reciprocamente do nível de mestria atingido em cada uma delas. COMPETÊNCIAS GERAIS: • • • • • • • • • • Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano. Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico para se expressar. Usar correctamente a língua portuguesa para comunicar adequadamente e para estruturar pensamento próprio. Usar línguas estrangeiras para comunicar adequadamente em situações do quotidiano e para apropriação de informação. Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagens adequadas a objectivos visados. Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento. Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões. Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa. Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns. Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS: Compreender (Ouvir/Ver/Ler) • Compreender as ideias gerais de um texto, em língua corrente, sobre aspectos relativos à escola aos tempos livres, a temas actuais e assuntos do seu interesse pessoal. 44 • • • Entender acontecimentos relatados, num texto, assim como sentimentos e desejos expressos. Estabelecer relações – afinidades/diferenças – entre a cultura de origem e a cultura estrangeira. Reconhecer traços característicos da sociedade e da cultura das comunidades que usam a língua. Interagir (Ouvir/Falar/Ler/Escrever) • • • • Participar numa conversa simples, com exercitação prévia, sobre assuntos de interesse pessoal ou geral da actualidade. Auto-apresentar-se e apresentar pessoas a partir de tópicos (elementos de identificação, situação familiar, características pessoais, gostos, hábitos) e ou de elementos linguísticos. Adequar comportamentos comunicativos tendo em conta os traços característicos da sociedade e as afinidades/diferenças entre a cultura de origem e a cultura estrangeira. Compreender mensagens, cartas pessoais e formulários e elaborar respostas nestas situações de interacção. Produzir (Falar/Escrever) • • • • • Produzir, de forma simples e breve, mas articulada, enunciados para narrar episódios/acontecimentos da vida quotidiana. Descrever, com o objectivo de dar a conhecer, objectos lugares e personagens. Reproduzir/recriar textos poéticos, adivinhas, canções, provérbios, anedotas. Adequar comportamentos comunicativos tendo em conta os traços característicos da sociedade e as afinidades/diferenças entre a cultura de origem e a cultura estrangeira. Escrever textos simples estruturados sobre assuntos conhecidos e do seu interesse. 6.5.4 – HISTÓRIA Competências gerais A História como disciplina com lugar no Currículo da Escolaridade Básica, deve responder às necessidades dos alunos e o seu conteúdo deve seleccionar-se de acordo com as suas potencialidades para ensinar determinadas técnicas, conceitos e ideias num desenvolvimento curricular realizado a longo prazo. • O saber histórico serve para que o aluno desenvolva um conjunto de capacidades para desenvolver o interesse pelo passado e compreender o presente e analisá-lo criticamente. • O ensino da História deve servir para manter a memória colectiva e a consciência da identidade nacional, para que os jovens conheçam os fundamentos históricos da sua vida colectiva e a importância do património histórico-cultural. • Compreensão da dimensão temporal do Homem, nas dimensões humana, política, económica e social. • Desenvolvimento das noções de tempo e de espaço para compreender a multiplicidade de causas e de factos e das suas inter-relações. • Apreciação da diversidade e adopção de atitudes de respeito e de solidariedade. • O desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de actuar socialmente. 45 • • • • • • A formação para a cidadania que permita ao aluno compreender criticamente a sua realidade e reconhecer-se como sujeito capaz de a transformar. A formação de uma identidade própria combinada com a formação para a cidadania. Desenvolvimento de uma consciência histórica, articulada com a formação para a cidadania, de modo a dotar o aluno de competências básicas afectivas, tecnológicas, ecológicas e sociohistóricas. Conhecimento das situações e acontecimentos mais importantes do seu próprio país e do mundo. Distinção entre factos históricos e sua interpretação. Estímulo da compreensão dos processos de mudança e de continuidade. Competências Essenciais A vivência da ideia de globalização nas vertentes socio-cultural, política e económica transporta o homem à necessidade de compreensão dos fenómenos de multicausalidade, de multiplicidade temporal e de relatividade no relacionamento da História de Portugal com a História Europeia/História Mundial. O Currículo da disciplina de História do 3º Ciclo do Ensino Básico enquadra-se na procura da compreensão e explicação dos parâmetros atrás enunciados, e por essa forma defende que o aluno seja competente na aplicação da metodologia específica da História, na integração e valorização do património histórico-português no quadro do património histórico-mundial e manifeste respeito por outros povos e culturas. Assim entende-se que no final do Terceiro Ciclo do Ensino Básico os alunos deverão ser capazes de: A) Tratamento de Informação • Participar na selecção de informação, utilizando distintamente fontes históricas; • Interpretar documentos diversificados; • Formular hipóteses de interpretação de factos históricos; • Adquirir e aplicar conceitos do vocabulário histórico; • Realizar trabalhos de pesquisa. B) Compreensão Histórica – Temporalidade • Identificar e caracterizar as principais fases da evolução histórica; • Localizar no tempo acontecimentos, distinguindo ritmos de evolução em diferentes sociedades; • Estabelecer relações entre passado e presente. C) Compreensão Histórica – Espacialidade • Localizar no espaço diferentes aspectos das sociedades humanas em evolução e interacção; • Estabelecer relações entre a organização do espaço e os condicionalismos físico-naturais. D) Compreensão Histórica – Contextualização • Distinguir os aspectos de ordem demográfica, económica, social, política e cultural e estabelecer inter-relações entre eles. • Interpretar o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social. • Reconhecer a simultaneidade de diferentes valores e culturas e o carácter relativo dos valores culturais em diferentes espaços e tempos históricos. • Relacionar a História Nacional com a História Europeia e Mundial. • Aplicar os princípios básicos da metodologia específica da História. 46 E) Comunicação em História • Utilizar diferentes formas de comunicação escrita na produção de narrativas, sínteses, relatórios e pequenos trabalhos temáticos, aplicando o vocabulário específico da História. • Desenvolver a comunicação oral sobre temas da História de Portugal no contexto europeu e mundial. • Analisar e produzir materiais iconográficos, plantas, mapas, gráficos, tabelas, quadros, frisos cronológicos e esquemas. • Recriar situações históricas e exprimir ideias e situações sob a forma plástica, dramática ou outra. 6.5.5 - GEOGRAFIA Competências gerais A Geografia como disciplina procura responder às questões que o homem levanta sobre o Meio Físico e Humano utilizando diferentes escalas de análise. Desenvolve o conhecimento dos lugares, das regiões e do mundo, bem como a compreensão dos mapas e um conjunto de destrezas de investigação e resolução de problemas, tanto dentro como fora da sala de aula. O aluno geograficamente competente é aquele que deve possuir o domínio das destrezas espaciais, demonstrar ser capaz de visualizar espacialmente os factos, relacionando-os entre si, descrever correctamente o meio em que vive ou estuda, elaborar um mapa mental desse meio, utilizar mapas de escalas diversas, compreender padrões espaciais e compará-los uns com os outros e orientar-se à superfície terrestre. A aprendizagem da Geografia deve permitir aos alunos, no final do terceiro ciclo do Ensino Básico, a apropriação de um conjunto de competências que os tornem cidadãos geograficamente competentes: • • • • • • • • • • Integrar num contexto espacial os vários elementos do lugar, região e Mundo; Identificar e conhecer territórios e paisagens diversas, reconhecendo a sua diversidade como uma riqueza natural e cultural que é preciso preserver; Compreender os conceitos geográficos para descrever a localização, a distribuição e a inter-relação entre espaços; Desenvolver processos de pesquisa, organização, análise, tratamento, apresentação e comunicação da informação relativa a problemas geográficos; Utilizar correctamente vocabulário geográfico; Utilizar correctamente técnicas de representação especial; Analisar problemas concretos do Mundo; Reconhecer a desigual repartição dos recursos pela população mundial; Tomar consciência dos problemas provocados pela intervenção do homem no ambiente; Relativizar a importância do lugar onde vive o indivíduo em relação ao Mundo para desenvolver a consciência de cidadão do Mundo. Competências específicas O ensino da Geografia desempenha um papel fundamental na formação e informação dos futuros cidadãos acerca de Portugal, da Europa e do Mundo, enquanto sistemas compostos por factos diversos que interagem entre si e constantemente se alteram. As competências específicas da Geografia estão definidas de modo a centrar a aprendizagem da disciplina na procura de informação, na observação, na elaboração de hipóteses, na tomada de decisão, no 47 desenvolvimento de atitudes críticas, no trabalho individual e de grupo, e na realização de projectos. Assim entende-se que no final do Terceiro Ciclo do Ensino Básico os alunos deverão ser capazes de: Localização • Identificar representações gráficas diversas; • Comparar representações diversas da superfície da Terra, utilizando o conceito de escala; • Ler e interpretar globo, mapas e plantas de várias escalas utilizando a legenda, a escala e as coordenadas geográficas; • Localizar Portugal e a Europa no Mundo; • Localizar lugares utilizando plantas e mapas de diferentes escalas; • Descrever a localização relativa do lugar onde vive, utilizando como referência a região do país onde se localiza, o país a Europa e Mundo. O conhecimento dos lugares e regiões • Utilizar o vocabulário geográfico em descrições orais e escritas de ligares, regiões e distribuição de fenómenos geográficos. • Discutir aspectos geográficos dos lugares/regiões/assuntos em estudo, recorrendo a programas de televisão, filmes, videogramas, notícias da imprensa escrita, livros e encyclopedias. • Comparar distribuições de fenómenos naturais e humanos, utilizando planisférios e mapas de diferentes escalas. • Ordenar e classificar as características dos fenómenos geográficos. • Pesquisar e seleccionar documentos. • Utilizar técnicas gráficas, tratando a informação geográfica de forma clara e adequada em gráficos, mapas e diagramas. • Desenvolver a utilização de dados estatísticos. • Utilizar técnicas e instrumentos adequados de pesquisa em trabalho de campo. • Analisar casos concretos e reflectir sobre soluções possíveis. O dinamismo das inter-relações entre espaços • Interpretar, analisar e problematizar as inter-relações entre fenómenos naturais e humanos. • Analisar casos concretos de impacte dos fenómenos humanos no ambiente natural. • Reflectir criticamente sobre a qualidade ambiental do lugar/região. • Analisar casos concretos de gestão do território que mostrem a importância da preservação e conservação do ambiente como forma de assegurar o desenvolvimento sustentável. 6.5.6 – MATEMÁTICA Em termos objectivos, as competências essenciais da Matemática, para o terceiro ciclo do ensino básico, incidem sobre quatro grandes áreas: • • • Números e Cálculo Geometria Estatística e Probabilidades 48 • Álgebra e funções No domínio dos Números e Cálculo, a competência matemática que todos os alunos devem desenvolver, inclui os seguintes aspectos: • • • • O aluno deve reconhecer os conjuntos dos números inteiros, racionais e reais, das diferentes formas de representação dos elementos desses conjuntos e das relações entre eles, bem como a compreensão das propriedades das operações em cada um deles e a aptidão para as usar em situações concretas; O aluno deve estar apto para trabalhar com valores aproximados de números racionais ou irracionais de maneira adequada ao contexto do problema ou da situação em estudo; O aluno deve reconhecer situações de proporcionalidade directa e inversa e estar apto a resolver problemas no contexto de tais situações; O aluno deve estar apto para operar com potências e compreender a escrita de números em notação científica e, em particular, para usar esta notação no trabalho com calculadoras científicas. No domínio da Geometria, das grandezas e da medida, a competência matemática que todos os alunos devem desenvolver inclui os seguintes aspectos: • • • • • • • O aluno deve estar apto para visualizar e descrever propriedades e relações geométricas, através da análise e comparação de figuras, para fazer conjecturas e justificar os seus raciocínios; O aluno deve estar apto para realizar construções geométricas, nomeadamente quadriláteros, outros polígonos e lugares geométricos; O aluno deve compreender o conceito de forma de uma figura geométrica e reconhecer as relações entre elementos de figuras semelhantes; O aluno deve estar apto a resolver problemas geométricos através de construções, nomeadamente envolvendo lugares geométricos, igualdade e semelhança de triângulos, assim como para justificar os processos utilizados; O aluno deve reconhecer o significado de fórmulas e a sua utilização no cálculo de áreas e volumes de sólidos e de objectos do mundo real, em situações diversificadas; O aluno deve estar predisposto para identificar transformações geométricas e ser sensível ao relacionamento entre geometria, arte e técnica; O aluno deve estar apto a utilizar modelos geométricos na resolução de problemas reais. No domínio da Estatística e Probabilidades, a competência matemática que todos os alunos devem desenvolver inclui os seguintes aspectos: • • • • • • O aluno deve compreender as noções de moda, média aritmética e mediana, bem como estar apto para determiná-las e para interpretar o que significam em situações concretas; O aluno deve ter sensibilidade para decidir qual das medidas de tendência central é mais adequada para caracterizar uma dada situação; O aluno deve estar apto a comparar distribuições com base nas medidas de tendência central e numa análise de dispersão de dados; O aluno deve possuir sentido crítico face à apresentação tendenciosa de informação sobre a forma de gráficos enganadores e de afirmações baseadas em amostras não representativas; O aluno deve estar apto a entender e usar de modo adequado a linguagem das probabilidades em casos simples; O aluno deve compreender a noção de probabilidade e deve estar apto para calcular a probabilidade de um acontecimento em casos simples. 49 No domínio da Álgebra e das Funções, a competência matemática que todos os alunos devem desenvolver inclui os seguintes aspectos: • • • • • O aluno deve reconhecer o significado de fórmulas no contexto de situações concretas e deve estar apto a usá-las na resolução de problemas; O aluno deve estar apto a usar equações e inequações como meio de representar situações problemáticas e a resolver equações, inequações e sistemas assim como realizar procedimentos algébricos simples; O aluno deve compreender o conceito de função e as facetas que a mesma pode apresentar, como correspondência entre conjuntos e/ou como relação entre variáveis; O aluno deve estar apto a representar relações funcionais de vários modos e passar de uns tipos de representação para outros, usando regras verbais, tabelas, gráficos e expressões algébricas e recorrendo, nomeadamente, à tecnologia gráfica; O aluno deve ter sensibilidade para entender o uso de funções como modelos matemáticos de situações do mundo real, em particular nos casos em que traduzam relações de proporcionalidade directa e inversa. 6.5.7 – FÍSICO-QUÍMICA Ciência e Sociedade desenvolvem-se, constituindo uma teia de relações múltiplas e complexas. A sociedade de informação e do conhecimento em que vivemos apela à compreensão da Ciência, não apenas enquanto corpo de saberes, mas também enquanto instituição social. Questões de natureza científica com implicações sociais vêm à praça pública para discussão e os cidadãos são chamados a dar a sua opinião. A literacia científica é assim fundamental para o exercício pleno da cidadania. O desenvolvimento de um conjunto de competências que se revelam em diferentes domínios, tais como o conhecimento (substantivo, processual ou metodológico, epistemológico), o raciocínio, a comunicação e as atitudes, é essencial para a literacia científica. O desenvolvimento de competências nestes diferentes domínios exige o envolvimento do aluno no processo ensino aprendizagem, o que lhe é proporcionado pela vivência de experiências educativas diferenciadas. Estas vão de encontro, por um lado, aos seus interesses pessoais e, por outro, estão em conformidade com o que se passa à sua volta. No sentido de dar expressão às ideias mencionadas nos parágrafos anteriores e para as concretizar sugere-se, a título de exemplo, um conjunto de experiências educativas que visam o desenvolvimento de competências nos diferentes domínios referidos. De salientar que nem os domínios mencionados são compartimentos estanques ou isolados, nem as sugestões apresentadas esgotam um determinado domínio e nem existe sequencialidade e hierarquização entre eles. As competências não devem ser entendidas cada uma por si, mas no seu conjunto, desenvolvendo-se transversalmente, e em simultâneo, na exploração das experiências educativas. Conhecimento Conhecimento substantivo - sugere-se a análise e discussão de evidências, situações problemáticas, que permitam ao aluno adquirir conhecimento científico apropriado, de modo a interpretar e compreender leis e modelos científicos, reconhecendo as limitações da Ciência e da Tecnologia na resolução de problemas, pessoais, sociais e ambientais. 50 Conhecimento processual - pode ser vivenciado através da realização de pesquisa bibliográfica, observação, execução de experiências, individualmente ou em equipa, avaliação dos resultados obtidos, planeamento e realização de investigações, elaboração e interpretação de representações gráficas onde utilizem dados estatísticos e matemáticos. Conhecimento epistemológico - propõe-se a análise e debate de relatos de descobertas científicas, nos quais se evidenciem êxitos e fracassos, persistência e modos de trabalho de diferentes cientistas, influências da sociedade sobre a Ciência, possibilitando ao aluno confrontar, por um lado, as explicações científicas com as do senso comum, por outro, a ciência , a arte e a religião. Raciocínio Sugerem-se, sempre que possível, situações de aprendizagem centradas na resolução de problemas, com interpretação de dados, formulação de problemas e de hipóteses, planeamento de investigações, previsão e avaliação de resultados, estabelecimento de comparações, realização de inferências, generalização e dedução. Tais situações devem promover o pensamento de uma forma criativa e crítica, relacionando evidências e explicações, confrontando diferentes perspectivas de interpretação científica, construindo e /ou analisando situações alternativas que exijam a proposta e a utilização de estratégias cognitivas diversificadas. Comunicação Propõem-se experiências educativas que incluem uso da linguagem científica, mediante a interpretação de fontes de informação diversas com distinção entre o essencial e o acessório, a utilização de modos diferentes de representar essa informação, a vivência de situações de debate que permitam o desenvolvimento das capacidades de exposição de ideias, defesa e argumentação, o poder de análise e de síntese e a produção de textos escritos e/ou orais onde se evidencie a estrutura lógica do texto em função da abordagem do assunto. Sugere-se que estas experiências educativas contemplem também a cooperação na partilha de informação, a apresentação dos resultados de pesquisa, utilizando, para o efeito, meios diversos, incluindo as novas tecnologias de informação e comunicação. Atitudes Apela-se para a implementação de experiências educativas onde o aluno desenvolva atitudes inerentes ao trabalho em Ciência, como sejam a curiosidade, a perseverança e a seriedade no trabalho, respeitando e questionando os resultados obtidos, a reflexão crítica sobre o trabalho efectuado, a flexibilidade para aceitar o erro e a incerteza, a reformulação do seu trabalho, o desenvolvimento do sentido estético, de modo a apreciar a beleza dos objectos e dos fenómenos físico-naturais, respeitando a ética e a sensibilidade para trabalhar em Ciência, avaliando o seu impacte na sociedade e no ambiente. Competências específicas Terra no Espaço O primeiro tema – Terra no Espaço – foca a localização do planeta Terra no Universo e sua inter-relação com este sistema mais amplo, bem omo a compreensão de fenómenos relacionados com os movimentos da Terra e sua influência na vida do planeta. Considera-se fundamental que as experiências de aprendizagem no âmbito deste tema possibilitem aos alunos, no final do Ensino Básico, o desenvolvimento das seguintes competências: 51 • • • • • • • • • • • compreensão global da constituição e da caracterização do Universo e do Sistema Solar e da posição que a Terra ocupa nestes sistemas; reconhecimento de que fenómenos que ocorrem na Terra resultam da interacção no sistema Sol, Terra e Lua; reconhecimento da importância de se interrogar sobre as características do Universo e sobre as explicações da Ciência e da Tecnologia relativamente aos fenómenos que lhes estão associados; compreensão de que o conhecimento sobre o universo se deve a sucessivas teorias científicas, muitas vezes contraditórias e polémicas; compreensão de que os seres vivos estão integrados no sistema Terra participando nos fluxos de energia e nas trocas de matéria; reconhecimento da necessidade de trabalhar com unidades específicas, tendo em conta as distâncias do Universo; conhecimento sobre a caracterização do Universo e a interacção sistémica entre componentes; utilização de escalas adequadas para a representação do Sistema Solar; identificação de causas e de consequências dos movimentos dos corpos celestes; discussão sobre a importância do avanço do conhecimento científico e tecnológico sobre o Universo, o Sistema Solar e a Terra; Reconhecimento de que novas ideias geralmente encontram oposição de outros indivíduos e grupos por razões sociais, políticas ou religiosas. Terra em transformação Com o segundo tema – Terra em transformação – pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos relacionados com os elementos constituintes da Terra e com os fenómenos que nela ocorrem. No âmbito deste tema é essencial que as experiências de aprendizagem possibilitem aos alunos o desenvolvimento das seguintes competências: • • • • • • • • • • reconhecimento de que a diversidade de materiais, seres vivos e fenómenos existentes na Terra é essencial para a vida no planeta; reconhecimento de unidades estruturais comuns, apesar da diversidade de características e propriedades existentes no mundo natural; compreensão da importância das medições, classificações e representações como forma de olhar para o mundo perante a sua diversidade e complexidade; compreensão das transformações que contribuem para a dinâmica da Terra e das suas consequências a nível ambiental e social; reconhecimento do contributo da Ciência para a compreensão da diversidade e das transformações que ocorrem na Terra; reconhecimento de que na Terra ocorrem transformações de materiais por acção física, química, biológica e geológica, indispensáveis para a manutenção da vida na Terra. classificação dos materiais existentes na Terra, utilizando critérios diversificados; compreensão de que, apesar da diversidade de materiais e de seres vivos, existem unidades estruturais; utilização de símbolos e de modelos na representação de estruturas, sistemas e suas transformações; explicação de alguns fenómenos biológicos e geológicos, atendendo a processos físicos e químicos; 52 • • apresentação de explicações científicas que vão para além dos dados, não emergindo simplesmente a partir deles, mas envolvendo pensamento científico; identificação de modelos subjacentes a explicações científicas correspondendo ao que pensamos que pode estar a acontecer no nível não observado directamente. Sustentabilidade na Terra Neste tema pretende-se que os alunos tomem consciência da importância de actuar ao nível do sistema Terra, de forma a não provocar desequilíbrios, contribuindo para uma gestão regrada dos recursos existentes. Para um desenvolvimento sustentável, a Educação em Ciência deverá ter em conta a diversidade de ambientes físicos, biológicos, sociais, económicos e éticos. No âmbito deste tema é essencial que os alunos vivenciem experiências de aprendizagem de forma activa e contextualizada, numa perspectiva global e interdisciplinar, visando o desenvolvimento das seguintes competências: • • • • • • • • • • • • • • • • reconhecimento da necessidade humana de apropriação dos recursos existentes na Terra para os transformar e utilizar; reconhecimento do papel da Ciência e da Tecnologia na transformação e uso dos recursos existentes na Terra; reconhecimento de situações de desenvolvimento sustentável em diversas regiões; reconhecimento que a intervenção humana na Terra afecta os indivíduos, a sociedade e o ambiente e que coloca questões de natureza social e ética; compreensão das consequências que a utilização dos recursos existentes na Terra tem para os indivíduos, a sociedade e o ambiente; compreensão da importância do conhecimento científico e tecnológico na explicação e resolução de situações que contribuam para a sustentabilidade da vida na Terra; reconhecimento de que a intervenção humana na Terra, ao nível da exploração, transformação e gestão sustentável dos recursos, exige conhecimento científico e tecnológico em diferentes áreas; discussão sobre as implicações do progresso científico e tecnológico na rentabilização dos recursos; compreensão de que a dinâmica dos ecossistemas resulta de uma interdependência entre seres vivos, materiais e processos; compreensão de que o funcionamento dos ecossistemas depende de fenómenos envolvidos, de ciclos de matéria, de fluxos de energia e de actividade de seres vivos, em equilíbrio dinâmico; reconhecimento da necessidade de tratamento de materiais residuais, para evitar a sua acumulação, considerando as dimensões económicas, ambientais, políticas e éticas; conhecimento das aplicações de tecnologia na música, nas telecomunicações, na pesquisa de novos materiais, para a sociedade e o ambiente; pesquisa sobre custos, benefícios e riscos das inovações científicas e tecnológicas para os indivíduos, para a sociedade e para o ambiente; reconhecimento da importância da criação de parques naturais e protecção das paisagens e da conservação da variabilidade de espécies para manutenção da qualidade ambiental; tomada de decisão face a assuntos que preocupam as sociedades, tendo em conta factores ambientais, económicos e sociais; divulgação de medidas que contribuam para a sustentabilidade na Terra. Viver melhor na Terra 53 Este tema visa a compreensão de que a qualidade de vida implica saúde e segurança numa perspectiva individual e colectiva. A biotecnologia, área relevante na sociedade científica e tecnológica em que vivemos, será um conhecimento essencial para a qualidade de vida. Para o estudo deste tema, as experiências de aprendizagem que se propõem visam o desenvolvimento das seguintes competencies: • • • • • • • • • • • • • • reconhecimento da necessidade de desenvolver hábitos de vida saudáveis e de segurança, numa perspectiva biológica, psicológica e social; reconhecimento da necessidade de uma análise crítica face às questões éticas de algumas das aplicações científicas e tecnológicas; conhecimento das normas de segurança e de higiene na utilização de materiais e equipamentos de laboratório e de uso comum, bem como o respeito pelo seu cumprimento; reconhecimento de que a tomada de decisões relativa a comportamentos associados à saúde e segurança global é influenciada por aspectos sociais, culturais e económicos; compreensão de como a Ciência e a Tecnologia têm contribuído para a melhoria da qualidade de vida; compreensão do modo como a sociedade pode condicionar, e tem condicionado, o rumo dos avanços científicos e tecnológicos na área da saúde e segurança global; compreensão dos conceitos essenciais relacionados com a saúde, utilização de recursos e protecção ambiental que devem fundamentar a acção humana no plano individual e comunitário; valorização de atitudes de segurança e de prevenção como condição essencial em diversos aspectos relacionados com a qualidade de vida; discussão sobre a importância da aquisição de hábitos individuais e comunitários que contribuam para a qualidade de vida; discussão de assuntos polémicos nas sociedades actuais sobre os quais os cidadãos devem ter uma opinião fundamentada; compreensão de que o organismo humano está organizado segundo uma hierarquia de níveis que funcionam de modo integrado e desempenham funções específicas; avaliação de aspectos de segurança associados quer à utilização de aparelhos e equipamentos quer a infra-estruturas e trânsito; reconhecimento da Química para a qualidade de vida, quer na explicação das propriedades dos materiais que nos rodeiam quer na produção de novos materiais; avaliação e gestão de riscos e tomada de decisão face a assuntos que preocupam as sociedades, tendo em conta factores ambientais, económicos e sociais. 6.5.8 – CIÊNCIAS NATURAIS Tema 1 – Terra no Espaço • • • • Compreensão de que os seres vivos estão integrados no sistema Terra, participando nos fluxos de energia e nas trocas de matéria. Reconhecimento da necessidade de trabalhar com unidades específicas, tendo em conta as distâncias do Universo. Discussão sobre a importância do avanço do conhecimento científico e tecnológico no conhecimento sobre o Universo, o Sistema Solar e a Terra. Reconhecimento de que novas ideias geralmente encontram oposição de outros indivíduos e grupos por razões sociais, políticas ou religiosas. Tema 2 – Terra em Transformação 54 • • • • • • Reconhecimento de que na Terra ocorrem transformações de materiais por acção física, química, biológica e geológica, indispensáveis para a manutenção da vida na Terra. Classificação dos materiais existentes na Terra, utilizando critérios diversificados. Compreensão de que apesar da diversidade de materiais e de seres vivos, existem unidades estruturais. Utilização de símbolos na representação de estruturas, sistemas e suas transformações. Explicação de alguns fenómenos biológicos e geológicos, atendendo a processos físicos e químicos. Apresentação de hipóteses e explicações científicas a partir da observação de dados e utilizando pensamento criativo. Tema 3 – Intervenção Humana na Terra • • • • • • • • Reconhecimento de que a intervenção humana na Terra, ao nível da exploração, transformação e gestão sustentável dos recursos, exige conhecimento científico e tecnológico em diferentes áreas. Discussão sobre as implicações do progresso científico e tecnológico, na rentabilização dos recursos. Compreensão de que a dinâmica dos ecossistemas resulta de uma interdependência entre os seres vivos, materiais e processos. Compreensão de que o funcionamento dos ecossistemas depende de fenómenos envolvidos, de ciclos de matéria, de fluxo de energia e de actividade de seres vivos em equilíbrio dinâmico. Conhecimento das aplicações da tecnologia na pesquisa de novos materiais e utilizações. Reconhecimento da importância da protecção das paisagens e recursos naturais para a manutenção da qualidade ambiental. Tomada de decisão face a assuntos que preocupam as sociedades, tendo em conta factores ambientais, económicos e sociais. Divulgação de medidas que contribuam para a sustentabilidade na Terra. Tema 4 – Viver melhor na Terra • • • Discussão sobre a importância da aquisição de hábitos individuais e comunitários que contribuam para a segurança e para a qualidade de vida. Discussão de assuntos polémicos nas sociedades actuais sobre os quais os cidadãos devem ter uma opinião fundamentada. Avaliação e gestão de riscos e tomada de decisão face a assuntos que preocupam as sociedades, tendo em conta factores ambientais, económicos e sociais. Tema 5 – Sustentabilidade na Terra • • • • Reconhecimento de que a intervenção humana na Terra, ao nível da exploração, transformação e gestão sustentável dos recursos, exige conhecimento científico e tecnológico em diferentes áreas. Discussão sobre as implicações do processo científico e tecnológico na rentabilização dos recursos. Compreensão de que a dinâmica dos ecossistemas resulta de uma interdependência entre seres vivos, materiais e processos. Compreensão de que o funcionamento dos ecossistemas depende de fenómenos envolvidos, de ciclos de matéria, de fluxos de energia e de actividade de seres vivos, em equilíbrio dinâmico. 55 • • • • • • Reconhecimento da necessidade de tratamento de materiais residuais, para evitar a sua acumulação, considerando as dimensões económicas, ambientais, políticas e éticas. Conhecimento das aplicações da tecnologia na música, nas telecomunicações, na pesquisa de novos materiais e no diagnóstico médico. Pesquisa sobre custos, benefícios e riscos das inovações científicas e tecnológicas para os indivíduos, para a sociedade e para o ambiente. Reconhecimento da importância da criação de parques naturais e protecção das paisagens e da conservação da variabilidade de espécies para a manutenção da qualidade ambiental. Tomada de decisão face a assuntos que preocupam as sociedades, tendo em conta factores ambientais, económicos e sociais. Divulgação de medidas que contribuam para a sustentabilidade na Terra. 6.5.9 – EDUCAÇÃO VISUAL Competências gerais • • • • ler e interpretar narrativas nas diferentes linguagens visuais. compreender a geometria plana e a geometria no espaço como possíveis interpretações da natureza. perceber os mecanismos perceptivos da luz/cor, síntese aditiva e subtractiva, contraste e harmonia. aplicar os valores cromáticos nas suas experiências plásticas. Competências Essenciais • • • • • • • • reconhecer a importância das Artes Visuais como um valor indispensável ao desenvolvimento humano. realizar produções plásticas usando os elementos com a comunicação e da forma visual. conhecer os conceitos e terminologias das Artes Visuais. entender o desenho como um meio para a representação expressiva e rigorosa das formas. conceber formas obedecendo a alguns princípios de representação normalizada. identificar e experimentar diferentes modos de representar a figura humana. organizar formalmente espaços bidimensionais e tridimensionais. identificar os elementos integrantes da expressão visual – linha, textura e cor. 6.5.10 – EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA Técnicas e tecnologias - Evolução histórica • • • • • Compreender que a natureza e a evolução da tecnologia é resultante o processo histórico. Conhecer e apreciar a importância da tecnologia, como resposta às necessidades humanas. Compreender os alcances sociais do desenvolvimento tecnológico e a produtividade do trabalho humano. Reconhecer e avaliar criticamente o impacto e as consequências dos sistemas tecnológicos sobre os indivíduos, a sociedade e o ambiente. Predispor-se para uma vida de aprendizagem numa sociedade tecnológica. Tecnologia e Ambiente 56 • • • • Conhecer a cultura ambiental do Homem e alguns marcos históricos importantes dessa cultura. Conhecer as consequências da poluição no Planeta. Compreender a necessidade de ter uma boa conduta ambiental. Conhecer procedimentos a ter para a defesa do ambiente. O objecto técnico • • • • • • Compreender que a evolução histórica dos objectos é resultante de uma aprendizagem ao longo dos séculos. Conhecer métodos de produção de objectos. Avaliar o desempenho do objecto técnico relativamente às funções de uso. Compreender que os objectos técnicos devem ser adaptados à função e ao homem. Dispor-se a estudar o objecto técnico considerando a análise Morfológica, Estrutural, Funcional e Técnica. Predispor-se para proceder à reconstrução Sócio Histórica de um objecto. Projectos e Produtos • • Compreender e conhecer as metodologias que devem presidir à elaboração de um objecto ou produto tecnológico. Compreender o que é a humanização dos objectos e a sua relação com o corpo humano. Produção Empresarial • • • Conhecer em que sectores de Actividades Económicas se enquadram as profissões das populações activas de um país. Conhecer como se organizam e se classificam as empresas. Compreender e saber elaborar um organograma. Comunicação • • • • • • • • • • • • Compreender o que é um computador e o sistema informático. Conhecer dispositivos de entrada e saída. Compreender e conhecer as vantagens de utilizar programas de edição e tratamento de texto e imagem. Saber criar documentos e utilizar outros recursos dos programas de criação, edição e texto. Compreender o que é desenho técnico. Conhecer equipamentos de desenho técnico. Conhecer as normalizações e códigos relativas a desenho técnico. Conhecer Projecções e Perspectivas técnicas. Compreender e saber interpretar desenhos técnicos. Compreender o que é fotografar e fotografia. Conhecer as máquinas fotográficas Reflex e seus componentes. Conhecer as máquinas fotográficas Digitais, seus acessórios e possibilidades de tratamento de imagens. Energias 57 • • • Conhecer as energias renováveis e não renováveis e suas utilizações. Compreender as consequências negativas para o ambiente em resultado das necessidades actuais da utilização de energias não renováveis. Compreender a necessidade do desenvolvimento de tecnologias que utilizem energias renováveis. Medida • • • • • • • Conhecer a origem das medidas. Compreender a necessidade actual do rigor das medidas e da sua utilização internacional. Conhecer unidades de medição do sistema internacional de unidades. Conhecer instrumentos de medição e verificação de Comprimentos, Ângulos, Grandezas eléctricas, verificação do Nível e da Verticalidade e de Massa Compreender o que são erros de medição. Compreender o conceito de noção de tolerância das medidas. Compreender e conhecer método de medição de superfícies regulares e irregulares. Materiais • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Compreender o que são matérias-primas. Conhecer diversos materiais: Metais, Madeira, Cortiça, Vidro, Fibras ópticas, Borracha, Plásticos, Papel, Peles, Cimento e novos materiais. Compreender o que é a metalurgia. Conhecer as características e propriedades dos metais. Compreender o que são Metais e conhecer os mais utilizados. Compreender o que são Ligas metálicas e conhecer as mais utilizadas. Conhecer o que é a madeira, a sua estrutura. Conhecer as características e propriedades das madeiras. Conhecer nomes de madeiras nacionais e estrangeiras. Conhecer o que é a cortiça, o Sobreiro e sua localização geográfica Conhecer transformações da cortiça a suas aplicações. Conhecer o que é o Vidro, operações de fabrico, tipos e suas utilizações. Compreender o que são fibras ópticas e suas aplicações. Compreender o que é borracha, sua origem e suas propriedades e características. Compreender o que são plásticos, sua origem e suas propriedades e características. Conhecer fibras Têxteis naturais e não naturais. Conhecer origem do papel e processo de fabrico. Compreender a necessidade do tratamento das peles. Conhecer o que é o cimento e seu processo de fabrico. Conhecer novos materiais. Estruturas • • • • • Compreender o que são estruturas. Compreender a que forças estão sujeitas as estruturas, e ser capazes de distingui-las. Compreender e conhecer formas básicas de uma estrutura e sua utilização. Analisar e compreender a influência da disposição geométrica dos elementos sobre a capacidade de resistência das estruturas. Identificar os perfis e suas características mecânicas. 58 Movimento e Mecanismos • • • Compreender e identificar os diferentes tipos de transmissão e transformação de movimento. Compreender o que é o atrito. Conhecer técnicas de eliminação do atrito. Segurança, Higiene e Saúde • • • • • • • Ter consciência do que é Segurança e da necessidade de usar equipamentos e tomar medidas para prevenir acidentes. Conhecer, distinguir, e usar, quer seja equipamentos de protecção individual, sinais ou símbolos de segurança. Conhecer o triângulo do fogo e classes de fogos. Conhecer equipamentos primários de combate a fogos. Conhecer atitudes e medidas de segurança a ter perante um fogo. Compreender e conhecer normas a respeitar na utilização da electricidade. Conhecer dispositivos de segurança e protecção a utilizar com electricidade. 6.5.11 – EDUCAÇÃO MUSICAL EM TORNO DOS ESTILOS MUSICAIS • Identificar as características de um determinado estilo musical . • Utilizar a análise critica para avaliar as diferentes interpretações . • Reconhecer e compreender as transformações na música Pop-Rock. • Ouve, analisa , e compreende os diferentes códigos que constituem o vocabulário musical . EM TORNO DA CANÇÃO • Compreende, e avalia interpretações individuais e em grupo diferentes peças, estilos e géneros musicais . • Executar na flauta diversas melodias propostas. • Executar nos instrumentos da sala de aula as melodias propostas . • Desenvolver a prática vocal e instrumental . EXPLORAÇÃO DA IMPROVISAÇÃO MUSICAL • Utilizar e combinar os sons de modo a compor, arranjar e improvisar músicas para fins especificos. • Desenvolver a improvisação utilizando diferentes materiais de trabalho. • Utilizar uma escrita musical correcta. PROCESSOS DE CRIAÇÃO MUSICAL • Ler sequências sonoras e ritmicas. • Ler sequências ritmicas em notação Percustra. • Exploração das caracteristicas dos sons. • Reconhecer o que é o tema e o que são as variações. 6.5.12 – EDUCAÇÃO FÍSICA COMPETÊNCIAS GERAIS 59 O percurso educativo do aluno do Ensino Básico deve ser organizado em torno da diferenciação e relação entre os diferentes tipos de actividade física que caracterizam cada uma das áreas e subáreas identificadas nas Finalidades da Educação Física do Ensino Básico. Em cada um dos ciclos do Ensino Básico deve assegurar-se que os alunos participam em situações características da aprendizagem dos Jogos Desportivos Colectivos, da Ginástica, do Atletismo, dos Desportos de Raquetas, dos Desportos de Combate, da Patinagem, da Dança, das Actividades de Exploração da Natureza e dos Jogos Tradicionais e Populares (integrando-se nesta área os Jogos Infantis), de forma a garantir o ecletismo da Educação Física e promover o desenvolvimento multilateral das crianças e dos jovens. Devem ser igualmente consideradas situações de aprendizagem dos conhecimentos relativos aos processos de elevação e manutenção da Aptidão Física, e também à interpretação e participação nos contextos em que se realizam as actividades físicas, visando por um lado a promoção de estilos de vida activos e por outro, o exercício consciente de cidadania. A Educação e Promoção da Saúde, e a elevação da Aptidão Física, sendo uma das preocupações centrais da Educação Física, “obriga” a que os alunos, se empenhem, em todas as aulas, em actividades de treino cuja qualidade e quantidade de esforço físico sejam adequadas às necessidades e possibilidades dos alunos, capazes de promover o desenvolvimento das capacidades motoras. COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS • Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais, particularmente, de Resistência Geral de Longa e Média Durações; da Força Resistente; da Força Rápida; da Velocidade de Reacção Simples e Complexa, de Execução, de Deslocamento e de Resistência; das Destrezas Geral e Específica. • Conhecer e interpretar factores de saúde e risco associados à prática das actividades físicas e aplicar regras de higiene e de segurança. • Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da Condição Física de uma forma autónoma no seu quotidiano. • Participar activamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e do grupo: - - - Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários; Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por eles; Interessando-se e apoiando os esforços dos companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s); Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as acções favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na actividade da turma; Apresentando iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da actividade individual e do grupo, considerando também as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objectividade; Assumindo compromissos e responsabilidades de organização e preparação das actividades individuais e ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes. 60 • Cooperar com os companheiros para o alcance do objectivo dos Jogos Desportivos Colectivos, realizando com oportunidade e correcção as acções técnico-tácticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro. • Compor, realizar e analisar, da Ginástica, as destrezas elementares de acrobacia, dos saltos, do solo e dos outros aparelhos, em esquemas individuais e/ou de grupo, aplicando os critérios de correcção técnica, expressão e combinação, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios. • Realizar e analisar, do Atletismo, saltos, lançamentos, corridas e marcha, cumprindo correctamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz. • Apreciar, compor e realizar sequências de elementos técnicos elementares da Dança em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições. • Analisar e interpretar a realização das actividades físicas seleccionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc. 6.5.12 – EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA Competências gerais • Promover a autonomia, a criatividade, a responsabilidade, assim como a capacidade para trabalhar em equipa; • Fomentar o interesse pela pesquisa, pela descoberta e pela inovação à luz da necessidade de fazer face aos desafios resultantes; • Promover o desenvolvimento de competências na utilização das tecnologias da informação e comunicação que permitam uma literacia digital generalizada; • Fomentar a análise crítica da função e do poder das novas tecnologias da informação e comunicação; • Desenvolver a capacidade de pesquisar, tratar, produzir e comunicar informação; • Desenvolver capacidades para utilizar adequadamente e manipular com rigor técnico aplicações informáticas; • Promover as práticas inerentes às normas de segurança dos dados e da informação. Competências essenciais • Rentabilizar as tecnologias da Informação e Comunicação nas tarefas de construção do conhecimento em diversos contextos do mundo actual; • Mobilizar conhecimentos relativos à estrutura e funcionamento básico dos computadores; • Utilizar as funções básicas do sistema operativo de ambiente gráfico, fazendo uso das aplicações informáticas usuais; • Evidenciar proficiência na utilização e configuração de sistemas operativos de ambiente gráfico; • Configurar e personalizar o ambiente de trabalho; • Utilizar as pontencialidades de pesquisa, comunicação e investigação cooperativa da Internet, do correio electrónico e das ferramentas de comunicação em tempo rela; • Utilizar os procedimentos de pesquisa racional e metódica de informação na Internet, com vista a uma selecção criteriosa da informação; • Utilizar um processador de texto e um aplicativo de criação de apresentações; 61 • • Cooperar em grupo na realização de tarefas; Aplicar as suas competências em TIC em contextos diversificados. 6.6 EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS A PROPORCIONAR AOS ALUNOS A escola deve proporcionar a todos os alunos as experiências educativas e as aprendizagens experimentais necessárias, para atingirem as competências essenciais / específicas e os níveis de desempenho definidos para cada critério de avaliação. Essa decisão deve caber ao colectivo dos professores de uma turma, através da definição do respectivo Projecto Curricular de Turma, promovendo a dimensão teórica e prática em todas as áreas e disciplinas. Para isso, a escola poderá seguir, entre outras, as seguintes estratégias: • Proporcionar aos alunos as experiências educativas e as situações de aprendizagem definidas nos documentos das “competências transversais” e nos das “competências essenciais” de cada disciplina, no final de cada ciclo; • Propor, ao nível do Projecto Curricular de Turma, outras aprendizagens experimentais ou experiências educativas relevantes; • Proporcionar a grupos de alunos outras experiências educativas, no âmbito das actividades de enriquecimento do currículo. 6.7 OPÇÕES E PRIORIDADES METODOLÓGICAS A necessidade da escola atingir a sua ambição estratégica de ensinar todos os alunos a ler fluente e criticamente qualquer texto e a dominar o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC), privilegiando a qualidade do sucesso das aprendizagens, obriga a diversificar as opções e as prioridades metodológicas, adequando-as ao contexto particular de cada turma e aluno. Para isso, a escola poderá optar, entre outras, pelas seguintes estratégias: • Privilegiar, sempre que possível, as metodologias activas, tornando o aluno o centro do processo de ensino / aprendizagem, levando os alunos a apropriarem-se de diferentes técnicas para adequarem o seu discurso ao discurso da escola, dos professores, dos programas e dos manuais, recorrendo a diferentes documentos; • Privilegiar a metacognição, levando o aluno a aprender a aprender e a conhecer melhor o seu estilo de aprendizagem, mobilizando os necessários conhecimentos prévios e as estratégias de aprendizagem mais adequadas ao desenvolvimento do seu espírito crítico; • Seleccionar diferentes metodologias e situações educativas; • Produzir materiais diversificados, alternativos e complementares ao manual; • Contactar com documentos autênticos, como filmes e material áudio e multimédia; • Levar os alunos a recorrer à internet, para fazerem pesquisas pessoais, organizando, tratando e produzindo informação; • Criar rotinas, assegurando que os alunos se responsabilizam por gerir tarefas ligadas ao funcionamento da aula e à prática de métodos de trabalho e de estudo, actuando de acordo com regras estabelecidas; • Utilizar a avaliação para regular a acção educativa, recorrendo a diferentes instrumentos de avaliação. Quanto às áreas curriculares não disciplinares, propõe-se partir dos conhecimentos e dos procedimentos proporcionados pelas diferentes disciplinas, para desenvolver as competências e atitudes transversais previstas para estas áreas (Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica). Deste modo, o trabalho aí desenvolvido complementa o trabalho feito nas 62 disciplinas, que devem também ser vistas como espaço aberto à inovação, no sentido de reforçar a qualidade da educação e do processo ensino / aprendizagem. A Área de Projecto, que visa a concepção, realização e aprovação de projectos, deve privilegiar, entre outras, as seguintes estratégias e opções metodológicas: • Auscultar os alunos para responder a necessidades e interesses revelados por eles; • Partir de um problema, preferencialmente, ou de um tema de pesquisa ou de intervenção; • Envolver e articular os saberes das diversas áreas curriculares disciplinares, sempre que possível. A Área de Estudo Acompanhado, que visa a apropriação de métodos de trabalho e de estudo e o desenvolvimento de atitudes que favoreçam a autonomia do aluno, deve privilegiar, entre outras, as seguintes estratégias e opções metodológicas: • Privilegiar os métodos de trabalho e de estudo, numa perspectiva metacognitiva; • Ajudar os alunos a pesquisar, organizar, tratar e produzir informação; • Ajudar os alunos a utilizar adequadamente o código linguístico, insistindo no domínio de técnicas de leitura, na selecção das estratégias mais adequadas de leitura como forma de aprendizagem, no domínio das técnicas de escrita, recorrendo ao processador de texto, para produzir textos com diferentes objectivos comunicativos e dominando a organização textual; • Ajudar os alunos a escolher e aplicar estratégias de resolução de situações problemáticas, quer sejam do âmbito de uma área curricular, quer seja do dia-a-dia do aluno. A Área da Formação Cívica, que visa o desenvolvimento da consciência cívica dos alunos para formar cidadãos responsáveis, críticos, activos e intervenientes, deve privilegiar, entre outras, as seguintes estratégias e opções metodológicas: • Participar activamente na vida da turma, da escola e da comunidade, individual e colectivamente, de acordo com regras estabelecidas; • Recorrer ao intercâmbio de experiências vividas por alunos, nomeadamente no espaço europeu, do Brasil e dos PALOP’S; • Discutir a aplicação de estratégias de resolução de situações problemáticas e debater a sua pertinência; • Levar os alunos a actuar de acordo com regras de responsabilização e de sentido ético de todas as acções, nomeadamente as que têm lugar na sala de aula; • Discutir temas éticos pertinentes do mundo contemporâneo, por exemplo a partir do debate organizado de programas e de casos veiculados pela televisão e outros meios de comunicação. 6.8 PROJECTO CURRICULAR DE TURMA As estratégias de concretização do Projecto Curricular de Escola devem ser adequadas ao contexto de cada turma, através de um Projecto Curricular de Turma, concebido e aprovado pelo Conselho de Turma, em reuniões a realizar no início de Setembro, e avaliado e, se necessário, reajustado ao longo do ano lectivo. O Projecto Curricular de Turma deve organizar as actividades da turma, ao longo do ano, e servir de matriz ao trabalho a desenvolver por cada professor na sua sala de aula, de modo a que todas as aprendizagens se integrem num todo. Para conceber e elaborar o Projecto Curricular de Turma, devem ter-se em atenção os resultados obtidos na caracterização da turma, as competências essenciais, definidas no Currículo Nacional, as prioridades a adoptar com vista à construção das competências pretendidas em cada área e o desenvolvimento das competências gerais e transversais. O Conselho de Turma deverá planificar as diversas actividades a desenvolver com os alunos, articulando e contextualizando os diferentes saberes no sentido de cada disciplina 63 contribuir para a construção ou consolidação de aprendizagens comuns, gerando assim processos de cooperação interdisciplinar. 6.8.1 Caracterização da turma • Explicitar as características da turma e dos alunos, tendo em conta a avaliação diagnóstica e a avaliação sumativa e formativa. A caracterização da turma e dos alunos deve contemplar ainda os aspectos socioeconómicos e culturais, as expectativas, interesses e motivações dos alunos, e os casos problemáticos merecedores de atenção especial. 6.8.2 Identificação de problemas e definição de prioridades • Definir as prioridades a nível das aprendizagens, para cada turma e para cada área do saber, de acordo com a aprendizagem dos alunos e as suas experiências e necessidades específicas, na medida do possível. Caso se detectem alunos com dificuldades ou carências de aprendizagem, em qualquer área curricular, inseridos no ensino básico e abrangidos pelo actual desenho curricular, deverão ser definidas as modalidades e as estratégias a adoptar. 6.8.3 Aprendizagens • • • • • Planificar conjuntamente as aprendizagens a conseguir pelo grupo-turma, nas disciplinas e nas áreas não disciplinares (Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica). Aferir estratégias que possam ser desenvolvidas por conjuntos de professores, como por exemplo: ler um texto, fazer uma síntese, ajudar os alunos a estudar, etc. Concertar aspectos a trabalhar em conjunto, como por exemplo: áreas a valorizar e processos a aprofundar em todas as disciplinas e nas áreas curriculares não disciplinares; Decidir acerca dos materiais de apoio curricular a utilizar, nomeadamente dossiers temáticos, portfólios, manual, etc. Instruir os alunos sobre a forma como deverão utilizar autonomamente os materiais de apoio curricular e como organizar o dossier. 6.8.4 Metodologias • • Aferir metodologias transversais comuns aos vários domínios do saber. Estabelecer opções metodológicas diferenciadas, adequadas a determinados grupos de alunos, de modo a possibilitarem a recuperação e o enriquecimento das aprendizagens, consoante se trate de disciplinas ou de áreas não disciplinares. 6.8.5 Avaliação dos alunos • • • Definir os elementos a contemplar na avaliação das áreas não disciplinares e aferir os critérios de avaliação definidos para as diversas disciplinas. Definir o peso a atribuir aos vários elementos de avaliação (aprendizagens, atitudes, assiduidade, material, ...). Aferir os instrumentos de avaliação (testes, fichas, provas globais, grelhas de observação, fichas de auto e hetero-avaliação e outras). 64 • Privilegiar a avaliação formativa. 6.8.6 Avaliação do Projecto Curricular • • Em Conselho de Turma, repensar e reajustar a planificação feita, as decisões tomadas, as prioridades estabelecidas, os métodos usados, as práticas (pre)dominantes, a organização da aula que está a ser posta em prática, a qualidade do ambiente de trabalho, etc. Avaliar o Projecto Curricular, trimestralmente, tendo em conta os resultados da avaliação das aprendizagens, a qualidade do sucesso, os interesses e as opiniões dos professores, dos alunos e dos Encarregados de Educação, de modo a reajustá-lo. 6.9 FORMAÇÕES TRANSDISCIPLINARES 6.9.1. Actividades de enriquecimento do currículo As actividades de enriquecimento do currículo, sendo de carácter facultativo, podem incidir nos domínios desportivo, artístico, científico e tecnológico, na promoção da educação sexual, na ligação da escola ao meio e na solidariedade. Para proporcionar as actividades de enriquecimento do currículo, sugerimos, entre outras, as seguintes modalidades: • • • 7 Clube do Desporto Escolar: Andebol, Danças Sociais e Ténis; Clube das Artes e Comunicação; Clube do Saber Aprender. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 7.1. Aprendizagem assistida pela avaliação A avaliação constitui um processo regulador das aprendizagens, orientador do percurso escolar e certificador das diversas aquisições realizadas pelos alunos, ao longo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Na avaliação das aprendizagens dos alunos, intervêm os professores do Conselho de Turma, de acordo com os princípios orientadores definidos, bem como os Alunos e Encarregados de Educação. Podem ainda intervir neste processo de avaliação o Conselho Pedagógico, os Serviços Especializados de Apoio Educativo e os Serviços Centrais e Regionais da Administração Educativa. Para gerir adequadamente o processo educativo, o professor deve preparar o seu trabalho (exercícios, tarefas, actividades metacognitivas, etc.) e a comunicação que se estabelece na sala de aula. Para isso, é necessário: • Definir o modelo de avaliação formativa a adoptar, as tarefas e os materiais pertinentes para atingir os níveis de desempenho esperados, os critérios de apreciação e os produtos de avaliação; • Criar experiências educativas diversificadas que lhe permitam assumir o papel de professor-observador, interpretando correctamente a aprendizagem e os seus efeitos. Deve, pois, observar procedimentos, estratégias e erros dos alunos na 65 • resolução de problemas, de modo a perceber os seus processos cognitivos para orientar e optimizar as aprendizagens em curso; Interpretar os dados observados, a fim de orientar as actividades seguintes, de preferência com tarefas distintas das trabalhadas anteriormente, propondo outras mais adaptadas à estrutura do aluno ou que tenham em vista o aprofundamento das suas competências. 7.2. Modos e instrumentos de avaliação A avaliação das aprendizagens, de acordo com o decreto-lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro, compreende as modalidades de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa. No Ensino Básico, a avaliação diagnóstica realiza-se no início de cada ano de escolaridade, devendo articular-se com estratégias de diferenciação pedagógica, de superação de eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua integração escolar e de apoio à orientação escolar e vocacional. A avaliação formativa assume carácter contínuo e sistemático, adaptada à diversidade das aprendizagens, tendo como principal função a regulação do processo de ensino e aprendizagem. A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo globalizante. No Ensino Básico, existe ainda a avaliação especializada, definida no despacho normativo nº 98-A/92, para os alunos que integram o desenho curricular definido pelo decreto-lei nº 286/89 de 29 de Agosto. Relativamente aos instrumentos de avaliação, estes deverão ser elaborados, tendo em conta a especificidade das metodologias adoptadas. Poderão ser utilizados diversos instrumentos, nomeadamente: fichas de observação, fichas de trabalho, fichas autocorrectivas (listas de verificação), fichas de leitura, testes, relatórios, trabalhos de casa, trabalhos temáticos de pesquisa, apresentação oral de trabalhos, portfolios, etc. Outros aspectos da avaliação deverão ser contemplados de acordo com a legislação em vigor ou com a que venha a regulamentar os decretos-lei nº 6 e nº 7 de 18 de Janeiro de 2000. 7.3. Participação dos Alunos, Pais e Encarregados de Educação • Alunos O aluno deve participar activamente no processo de avaliação, conhecendo as competências a adquirir e utilizando os resultados da avaliação para auto-regular a sua aprendizagem. No sentido de facilitar este processo, deve-se apresentar claramente o sistema de avaliação a que estão sujeitos (modalidades, instrumentos, etc.), aplicar instrumentos de auto e hetero-avaliação e reflectir conjuntamente sobre as aprendizagens a serem avaliadas em cada momento, bem como os pesos a atribuir-lhes. • Pais e Encarregados de Educação Os Pais e Encarregados de Educação devem acompanhar o processo de avaliação dos seus educandos, quer através da análise das informações avaliativas, quer através da sua participação nas reuniões promovidas pela escola. No sentido de incrementar o envolvimento dos Pais e Encarregados de Educação neste processo, devem-se facultar sínteses esquemáticas sobre o sistema de avaliação e sobre a avaliação específica das disciplinas e das áreas não disciplinares, bem como realizar reuniões (com os Pais e Encarregados de Educação), tendo por objectivo a análise periódica dos resultados da avaliação. 66 8 AVALIAÇÃO DO PROJECTO EDUCATIVO O Projecto Educativo integra em si a dimensão avaliativa, privilegiando-se esta como instrumento estratégico que permite o diagnóstico, o reajustamento e reorientação do actual projecto, quer ao nível dos processos de concretização, quer ao nível dos resultados obtidos. Anualmente deverão ser estabelecidas no Plano Anual de Actividades, o cronograma das acções a desenvolver, os objectivos a cumprir e as estratégias a implementar. Assim, a operacionalização do Plano Anual de Actividades tornar-se-á um instrumento eficaz que permitirá medir o grau de consecução do projecto educativo. Participam no processo de avaliação, ao longo e no final de cada ano lectivo, e numa avaliação global no final dos três anos: - Os diversos agentes da comunidade educativa; O Conselho Pedagógico, que analisa os resultados e emite pareceres que contêm propostas de reformulação e reorientação. Esta avaliação é realizada: - Através dos seguintes indicadores: grau de satisfação relativamente à qualidade dos serviços e ao espaço físico; frequência do contacto dos Pais e Encarregados de Educação com a escola; frequência de utilização dos recursos pedagógicos e equipamentos; grau de eficácia nos fluxos de informação; grau de interacção entre os diversos órgãos da escola; - Relativamente aos resultados dos alunos serão utilizados os seguintes indicadores: taxa de abandono, taxa de sucesso e taxa de retenção no mesmo ano de escolaridade. DISPOSIÇÕES FINAIS Com vista à preparação da reorganização do Ensino Básico, os diversos Departamentos elaboram as suas planificações para o ano lectivo seguinte, de acordo com as indicações referidas anteriormente. • Divulgação O Projecto Educativo, enquanto documento de referência para toda a Comunidade Educativa, deverá ser divulgado a Professores, Alunos, Pessoal não Docente, Pais e Encarregados de Educação, Administração Local, Administração Central e Regional e outras entidades da comunidade envolvente. • Reformulação do Projecto Educativo A equipa responsável pela reelaboração do Projecto Educativo, tendo em conta os resultados da avaliação e as propostas dos órgãos atrás referidos, procederá aos reajustamentos no início de cada ano lectivo. 67