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TRIMESTRAL | ABR.MAI.JUN. 2005 • Nº 4 • €2
Magazine de informação
da Ordem dos Engenheiros
REGIÃO NORTE
Aristides Guedes Coelho
homenageado no Dia Regional
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editorial
índice
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Artigo de Opinião
Casa da Música
Fernando de Almeida Santos
Secretário da OERN
Um ano de mandato…
Completado em Abril último um ano de mandato da actual Direcção
da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, é tempo de, por um lado
fazer uma retrospectiva daquilo que tem vindo a ser desenvolvido, e
por outro lado elevar, ainda mais, tudo aquilo que são os desígnios
efectivos desta Associação Profissional.
“Arrumar a casa” foi o nosso lema neste primeiro ano de trabalho.
Consolidámos as contas, optimizámos serviços, regrámos procedimentos, organizámos a gestão de membros, criámos debates ao
nível técnico-profissional e através desses debates temos vindo a
propor soluções.
A vida profissional de um engenheiro é regida por normas de condutas de índole técnica, ética e deontológica que determinam a responsabilidade de cada interveniente. Estes factores, quando correspondidos pela obtenção de resultados, desenvolvem a auto-estima de cada
engenheiro, reforçando o privilégio da responsabilidade de decisão. É
aqui que a engenharia e o engenheiro se tornam um elo social. O
engenheiro como profissional é, não raras vezes, um decisor, e por tal
foi tornando a engenharia num factor de desenvolvimento das sociedades ao longo dos tempos. A própria engenharia, com as novas tecnologias e áreas do conhecimento, tem vindo a tornar-se cada vez
mais eclética.
Atento a tudo isto, o Conselho Directivo da Região Norte decidiu criar
pela primeira vez o “Dia Regional Norte do Engenheiro” subordinado
a um tema específico e com o propósito de distinguir e homenagear
engenheiros que pela antiguidade ou pelo exemplo profissional se te
nham vindo a destacar ao longo da sua vida profissional. Para este I
Dia Regional Norte do Engenheiro, que se pretende anual, foi decidido
escolher a cidade de Viana do Castelo para acolher o evento no dia 14
de Maio de 2005. O tema específico deste ano, para o qual são convidados distintos oradores, prende-se com a interacção entre a
Engenharia e a Inovação.
Realça-se, neste Dia Regional, a homenagem a três engenheiros que,
com percursos distintos, são entre outros o exemplo claro de uma
actividade profissional altamente meritória. São eles o engenheiro
Aristides Guedes Coelho, distinto professor e também o engenheiro
destacado neste número da INFO, o engenheiro Pedro Guedes
Oliveira e o engenheiro João Pedro de Oliveira Valença.
Julgamos que o facto de aliarmos todas estas componentes da enge
nharia nos permitirá, doravante, atingir outro nível de apoio aos membros, privilegiando sempre a componente profissional do engenheiro.
Afinal, este é o desígnio principal da Ordem dos Engenheiros.
Notícias
Entrevista a Aristides
Guedes Coelho
Destaque
Vida Associativa
Engenharia no Mundo
Lazer
Agenda
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Ficha Técnica
Propriedade: Ordem dos Engenheiros – Região Norte.
Director: Luís Ramos ([email protected].).
Conselho Editorial: Gerardo Saraiva de Menezes, Luís Leite Ramos, Fernando
Almeida Santos, Maria Teresa Ponce Leão, António Machado e Moura, Joaquim
Ferreira Guedes, José Alberto Gonçalves, Aristides Guedes Coelho, Hipólito
Campos de Sousa, José Ribeiro Pinto, Francisco Antunes Malcata, António
Fontainhas Fernandes, João da Gama Amaral, Carlos Vaz Ribeiro, Fernando
Junqueira Martins, Luís Martins Marinheiro, Eduardo Paiva Rodrigues, Paulo Pinto
Rodrigues, António Rodrigues da Cruz, Maria da Conceição Baixinho.
Redacção: Ana Ferreira (edição), Liliana Marques e redacção QuidNovi.
Paginação: Paulo Raimundo.
Grafismo, Pré-impressão e Impressão: QuidNovi.
Praceta D. Nuno Álvares Pereira, 20 4º DQ – 4450-218 Matosinhos. Tel.229388155.
www.quidnovi.pt. [email protected]
Publicação trimestral: Abril/Maio/Junho – n.º 4/2005. Preço: 2,00 euros. Tiragem:
12 500 exemplares. ICS: 113324. Depósito legal: 29 299/89.
Contactos Ordem dos Engenheiros – Região Norte
Jorge Basílio, secretário-geral da Ordem dos Engenheiros – Região Norte
Sede: Rua Rodrigues Sampaio, 123 – 4000-425 Porto.
Tel. 222054102/ 222087661. Fax.222002876. www.ordemdosengenheiros.pt
Delegação de Braga: Largo de S. Paulo, 13 – 4700-042 Braga.
Tel. 253269080. Fax. 253269114.
Delegação de Bragança: Av. Sá Carneiro, 155/1º/Fracção AL. Edifício Celas
– 5300-252 Bragança. Tel. 273333808.
Delegação de Viana do Castelo: Av. Luís de Camões, 28/1º/sala 1
– 4900-473 Viana do Castelo. Tel. 258823522.
Delegação de Vila Real: Av. 1º de Maio, 74/1º dir.
– 5000-651 Vila Real. Tel. 259378473.
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OPINIÃO
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OPINIÃO
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Paulo Rodrigues, delegado distrital da Ordem dos Engenheiros de Braga
O mercado de trabalho
dos licenciados
– situação actual e perspectivas futuras
Não é uma abordagem simples aquela que nos
é solicitada.
Também temos consciência que se assim não
fosse o interesse seria muito reduzido.
1 - A caracterização da situação actual é a parte
mais simples do problema proposto
justamente porque se trata do domínio da
constatação:
- o desemprego é enorme
- há insuficiências de formação
- há cursos a mais e saídas a menos
- o mercado reclama o que não tem e os licenciados
procuram o que não há;
- falta coragem para criar limitações que impeçam a
abundância do que não tem interesse
- falta reflexão para apontar os caminhos para o sucesso.
2 - O mercado do trabalho é um mercado como outro
qualquer: há uma lei da oferta e da procura a funcionar.
Quando se procura o que é escasso está-se disposto a
pagar mais caro.
Quando não há procura nada tem valor.
3 - Não há soluções-milagre e por isso a situação actual
vai manter-se ainda durante algum tempo: os “pecados”
cometidos são recorrentes.
Nada foi feito ainda para a alterar.
4 - Temos por isso que pensar no futuro. Definir uma
estratégia ganhadora.
Uma das maiores incógnitas que angustia qualquer
pessoa na decisão da área de formação, desde o aspirante
ao primeiro emprego àqueles que desejam mudar de
carreira, é saber quais as profissões de futuro e com maior
potencial de recrutamento.
Qualquer pessoa que possua formação e a educação mais
adequadas estará sempre bem posicionada no mercado de
trabalho, apesar da crise económica.
O Bureau of Labor Statistics, o órgão de
estatística laboral dos EUA (uma entidade
similar ao INE, mas especializada no
trabalho), publicou recentemente um estudo
que desvenda as profissões de crescimento
mais rápido até 2010.
Embora o mercado norte-americano seja
diferente do português é sempre um
laboratório de antecipação das tendências
emergentes.
Assim, neste estudo, as 10 profissões qualificadas de
crescimento mais rápido foram:
1• Engenheiros de software e aplicações
2• Especialistas de suporte informático
3• Engenheiros de sistemas de software
4• Administradores informáticos e de rede
5• Analistas de sistemas de rede e de comunicação de dados
6• Desktop publishers
7• Administradores de bases de dados
8• Assistentes de cuidados pessoais e de saúde
9• Analistas de sistemas informáticos
10• Assistentes médicos
Os segmentos de menor qualificação também não foram
esquecidos neste estudo.
Embora com menos prestígio social, estas profissões são
igualmente dignas e valiosas para construir competências
de trabalho em equipa, adquirir experiência profissional e
realizar contactos no mercado de trabalho.
Em tempo de crise e com um mercado de trabalho com
um espaço de oportunidades muito estreito, estas
actividades muitas vezes servem de trampolim para
outros voos na carreira!
Assim, nas seis primeiras profissões de qualificação
média/baixa de crescimento rápido até 2010 estavam:
1• Enfermeiros
2• Comerciais e profissionais de vendas
3• Caixeiros
4• Administrativos
5• Seguranças
6• Profissionais de restauração (cozinheiros, empregados
de mesa, trabalhadores de fast-food)
5 - Vejam bem que da lista não contam a maior parte dos
cursos para onde se encaminham os jovens que vão
frequentar as nossas universidades.
6 - A situação económica da maior parte dos países
europeus é de apatia, quando não de recessão.
As ameaças vêm de todos os lados da Ásia e da Europa de
Leste.
Mas não são ameaças baseadas em novos saberes. É
sobretudo a ameaça de nos substituírem a fazer bem
aquilo que já fazíamos correntemente, em que estávamos
rotinados.
Ora, sair da crise e ultrapassar essas ameaças exige novas
competências, exige investimentos fortes e acelerados em
investigação e desenvolvimento.
Exige uma cultura de rigor.
A cultura do “mais ou menos” tem de ser banida dos
nossos hábitos.
Exige também a criação de uma cultura de
empreendorismo, uma cultura de risco – risco calculado
– tão distantes dos nossos processos de decisão quando
pensamos numa carreira.
7 - Quando se nos coloca a questão da perspectiva futura,
no fundo estamos a perguntar:
Mas será que no futuro haverá lugar para os licenciados
que vão sair das nossas universidades?
Por tudo quanto lhes referi não poderei deixar de dizerlhes que o mercado está ávido de profissionais com
formação muito sólida, em áreas bem determinadas,
porque as empresas e as instituições têm a noção de que
sem esse contributo não encontrarão resposta para os
problemas que as afligem.
Daqui resulta claro que haverá lugar para muitos, mesmo
muitos daqueles que possuírem aquela formação com a
solidez exigida.
Quem não tiver aptidões para as áreas de forte procura
terá que reequacionar as suas perspectivas de carreira
profissional.
Tem de haver:
• Competência emocional
• Comportamentos que evidenciem a procura activa de
novos conhecimentos
• Comportamentos que evidenciem uma clara orientação
para alcançar os objectivos fixados
• Capacidade de gerir situações de mudança
• Saber progredir na ambiguidade
• Ter capacidade de resiliência, isto é, ter capacidade de
recuperar de descompensações emocionais resultantes de
experiências difíceis
• Comportamentos virados para o Networking
• Expressão e impacto pessoais
• Autoconceito positivo
• Auto-renovação, isto é, comportamentos que evidenciam
actividades de automanutenção e desenvolvimento
pessoal nos planos fisico, emocional, intelectual e
espiritual
Insistir na licenciatura talvez seja UM PESO para o
próprio e para a sociedade.
Quando afinal faltam técnicos para patamares intermédios
da estrutura organizativa das empresas.
9 - Temos de encaminhar-nos para a criação de PÓLOS de
EXCELÊNCIA na nossa formação académica.
Diz-se que os engenheiros de informática indianos são os
melhores do mundo.
A pergunta talvez fosse: em que áreas úteis à sociedade nós
deveríamos e poderíamos ser os melhores do mundo?
Terminava dizendo:
Estes pólos de excelência podem, para além do mais,
proporcionar o efeito-demonstração de que as sociedades
carecem para aumentar a sua auto-estima e atingir
patamares de sucesso elevado.
Mas não haverá lugar para todos.
Dito de outra forma, não haverá lugar para aqueles que
decidirem obter licenciaturas em áreas onde a oferta já é
excedentária – em algumas áreas, aliás, já largamente
excedentária.
8 - Não vale a pena insistir e querer modificar as regras do
mercado.
Este artigo serviu como base da intervenção no Fórum Emprego 2005
Portugal - Norte da Galiza
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NOTÍCIAS
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Inauguração
Casa da Música
13 pisos. 54.127 m2 de área bruta construção. 17.271 m3 de
betão branco armado. 29.342 m2 de parque de
estacionamento. 100 milhões de euros de custo. Cinco
anos de construção.
Estes são alguns dos números da Casa da Música, uma
obra de complexidade extrema, que trouxe à cidade do
Porto uma nova dimensão quer na área da engenharia
quer na da arquitectura. Domínios que estiveram mais do
que indissociáveis nesta obra.
Inaugurada a 14 de Abril de 2005, a Casa da Música
promoveu um festival cultural de abertura que decorreu
até 24 de Abril.
A adesão foi tão grande que uma semana antes da
inauguração 10 eventos já estavam esgotados e cerca de
45 mil pessoas (visitantes e assistência a espectáculos)
estiveram presentes nos primeiros 10 dias de
funcionamento.
A ideia do projecto da Casa da Música nasceu com a
organização do Porto Capital da Cultura 2001. Anunciada
a 1 de Setembro de 1998, pelo então ministro da Cultura,
Manuel Maria Carrilho, a sua construção simbolizou uma
‘bandeira’ deste evento. Previa-se que iria ser uma obra
para projectar a Capital da Cultura para além desse ano,
FICHA TÉCNICA
MATERIAIS
Betão Cinzento: 24.489 m3
Betão Branco: 17.271 m3
Cofragens: 134.489 m3
Armaduras: 6.280.145 Kg
Estacas de ø1300: 1.860 ml
Estacas de ø800: 700 ml
ÁREAS
Implantação: 11.857 m2
Área bruta construída: 54.127 m2
Área total útil: 41.686 m2
Área bruta do edifício (sem parque
de estacionamento): 25.738 m2
Área útil do edifício (sem parque
de estacionamento): 15.137 m2
GRANDE AUDITÓRIO
Área total: 1175 m2 (Palco: 375 m2)
(Coro: 175 m2)
Dimensões: 54 m (comp.) x 22 m (larg.)
x 17 m (alt.)
Capacidade máxima: 1238 lugares (1069 na Plateia,
26 nos Balcões e 143 para o Coro)
Capacidade mínima: 1095 lugares
Capacidade do Palco: 120 músicos
mas nunca se imaginou que a sua conclusão chegaria
apenas quatro anos mais tarde.
Escolhido o local da Rotunda da Boavista e o projecto do
arquitecto holandês Rem Koolhaas, sucederam-se os
problemas. Atrasos sucessivos das obras, derrapagens
financeiras, instabilidade na gestão do projecto devido à
mudança política no Governo e na autarquia e mesmo
agora inaugurada ainda se discute a definição de um
modelo de gestão.
“Arrojado”, “inovador”, “espectacular” foram alguns
adjectivos atribuídos a esta obra, criada a partir de um
projecto que o arquitecto tinha feito para uma moradia
familiar, que se assemelha para uns a um diamante e para
outros a uma caixa de sapatos ou a uma gigante escultura
de betão.
Não havendo um consenso sobre o que parece a Casa da
Música, o jornal New York Times publicou um extenso
artigo sobre a obra, no qual o crítico de arquitectura
Nicolai Ouroussoff afirmou que “só pela originalidade, é
uma das mais importantes salas de espectáculos
construídas nos últimos cem anos”, comparando-a ao
Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, e à sala da
Filarmónica de Berlim.
PEQUENO AUDITÓRIO
Área: 326 m2
Dimensões: 22,8 m (comp.) x 14 m (larg.)
x 10 m (alt.)
Capacidade: 300 lugares
Palco amovível
ESPAÇO CIBERMÚSICA
Área: 151 m2
SERVIÇO EDUCATIVO
2 Salas Educacionais
Áreas: Sala Educacional 1 – 81 m2;
Sala Educacional 2: 63 m2
SALA VIP
Área: 44 m2
CAMARINS
Áreas: individuais – 109 m2; colectivos
– 303 m2
SALAS DE ENSAIO
Áreas: Piso -2 – 238, 65, 61 e 170 m2; Piso 1 –
aproximadamente 40 m2 cada
8 salas no total
CASAS DE BANHO
Total: 15 conjuntos de casas de banho
PARQUE DE ESTACIONAMENTO
3 Pisos subterrâneos
Área: 29.342 m2
Capacidade: 628 veículos
RESTAURAÇÃO
(NO INTERIOR DO EDIFÍCIO)
a) Restaurante - Área: 429 m2
Capacidade: 250 pessoas
b) Restaurante dos Músicos - Área: 247 m2
c) Bar 1 - Área: 199 m2
d) Bar 2 - Área: 186 m2
e) Bar Panorâmico - Área: 90 m2
f) Café - Área: 79 m2
ÁREA COMERCIAL – LOJA DA MÚSICA
Área: 169 m2
RESTAURAÇÃO
(NO EXTERIOR DO EDIFÍCIO)
a) Restaurante/Bar - Área: 190 m2
b) Terraço/Esplanada exterior - Área: 279 m2
ÁREA COMERCIAL – TABACARIA/QUIOSQUE
Área: 40 m2
Um desafio para a Engenharia
Um bico-de-obra é o que se pode dizer que foi para os
engenheiros erguer a Casa da Música. Um edifício que
desafiou as leis da gravidade pelas suas linhas complexas
e exigiu que se aplicassem as mais avançadas e rigorosas
ferramentas de análise e de cálculo.
O projecto da Casa da Música, ganho pelo consórcio
OMA/ARUP da qual fazia parte a empresa nacional
AFAssociados, iniciou-se em 1999. Porém, face aos
entraves técnicos que entretanto foram surgindo, só em
2001 foi realizado o projecto de escoramento e
faseamento.
De facto, a geometria irregular, interna e externa,
do projecto da Casa da Música levantou algumas
dificuldades aos membros das equipas de projecto e
construção.
Após vários estudos, concluiu-se que era possível erguer a
estrutura de betão obedecendo a um plano de 88 etapas,
em que só era iniciada uma nova depois de uma outra
concluída. Numa espécie de puzzle, o núcleo central foi o
primeiro a ‘montar-se’ e depois fez-se a junção das partes
inclinadas, salientando que uma delas, na fachada do
edifício, forma um ângulo de 45 graus.
Outra das dificuldades encontradas foi como trabalhar e
conservar o betão branco, material pouco usual em
Portugal. A opção pelo betão branco, que é a estrutura e o
acabamento final da obra, serviu como alternativa à ideia
inicial do edifício translúcido com uma estrutura metálica,
que veio a ser abandonada devido aos custos e à perda do
efeito de transparência provocada pelos elementos
estruturais.
Inovação é como se pode qualificar o isolamento acústico
do ex-libris da Casa da Música, o Grande Auditório, o qual
surge como uma caixa isolada dentro de outra caixa,
sendo que nesta separação, o pavimento, as paredes e o
tecto do auditório contactam com a estrutura do edifício
apenas por apoios resilientes. A janela deste auditório
tem vidro duplo e dobrado em ondas verticais para
dispersar o som. Além disso, tem uma concha acústica
sobre o palco que pode ser baixada se for necessário
cortar decibéis ou alterar o cenário.
O trabalho a nível de controlo acústico foi tão grande que
a Casa da Música foi considerada “uma das melhores
salas do mundo em termos de som” pelo engenheiro
holandês de arquitectura acústica Renz van Luxemburg,
responsável pelos testes sonoros.
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NOTÍCIAS
Lei das rendas gera
desacordo na Ordem
dos Engenheiros
Fernando Santo, bastonário da Ordem
dos Engenheiros, aproveitou um
almoço com a Imprensa, realizado a
31 de Março, para comemorar o
primeiro ano de mandato e para
mostrar o seu parecer no que respeita
à elaboração da nova lei das rendas
que o actual Governo se encontra a
estudar.
Quanto à proposta legislativa que o
anterior Governo encabeçado por
Pedro Santana Lopes se preparava
para aprovar, não fosse a decisão do
Presidente da República, Jorge
Sampaio, em dissolver a Assembleia
da República, a Ordem dos
Engenheiros defende que “não é
aceitável que o acordo entre o
senhorio e o arrendatário, para
definição das obras a executar, possa
dispensar a emissão de certificado de
habitabilidade na transição do
arrendamento para o novo regime”.
Fernando Santo é muito proscrito no
que toca à emissão do certificado de
habitabilidade e segundo o mesmo
não deve ser atribuído a quadros das
câmaras municipais que não estejam
inscritos na Ordem dos Engenheiros
ou na Ordem dos Arquitectos.
“Para assegurar uma maior
independência deviam ser as câmaras
municipais ou o Instituto Nacional de
Habitação a contratar os técnicos e
não os senhorios, como está
previsto”, defendeu Fernando Santo.
A Ordem dos Engenheiros não
poupou críticas a nada e até o
assunto da nova Ficha Técnica de
Habitação mereceu um comentário:
“Elaborada à revelia das associações”.
Fernando Santo também sublinhou
que Portugal, a seguir a Espanha, é o
segundo país da Europa com maior
taxa de investimento na aquisição de
casa própria, enquanto que em países
nórdicos se passa o contrário.
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Bastonário no Porto
A apresentação do novo portal da
Ordem dos Engenheiros (OE) foi o
motivo que trouxe o bastonário
Fernando Santo ao Porto para um
almoço com os jornalistas, realizado
a 14 de Abril na sede da Ordem dos
Engenheiros – Região Norte.
O Portal do Engenheiro, acessível
através do endereço
www.ordemengenheiros.pt, pretende
ser uma ferramenta indispensável
para o exercício da profissão, tendo
como objectivos ser um ponto de
encontro dos engenheiros
portugueses, um espaço de debate e
uma base de informações
institucionais e jurídicas. Além disso,
é um espaço de divulgação de outros
conteúdos noticiosos e possui
áreas destinadas aos colégios e às
regiões.
Medidas prioritárias
O bastonário desta instituição
também aproveitou este encontro
para enumerar uma série de medidas
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prioritárias para a actuação do
Governo.
A modernização e simplificação dos
processos de licenciamento por
actividades económicas é um dos
pontos que o novo Executivo deve ter
em consideração para o futuro do
país. Para Fernando Santo a
burocracia a que está sujeito o
licenciamento de um edifício é um
tormento, sendo até mais difícil obter
uma licença de construção do que
fazer um bom projecto.
É necessária também a
“reorganização dos serviços públicos
responsáveis pela regulação,
promoção e obras públicas e
investigação”.
Outros pontos a considerar passam
por um plano para a construção de
barragens, permitindo aproveitar os
recursos naturais de Portugal, reduzir
a dependência da energia externa,
potenciar as reservas de água e
fomentar as regiões através do
Ecoturismo; pela aprovação da rede
de alta velocidade ferroviária com o
maior desenvolvimento das
competências técnicas e capacidades
empresariais nacionais, tendo em
conta igualmente o impulso turístico;
e, por último, o desenvolvimento
sustentável, garantindo a defesa do
ambiente em equilíbrio com a
economia e a sociedade.
Propostas legislativas
ao novo Governo
Neste encontro com a imprensa,
Fernando Santo salientou as
propostas legislativas da OE ao novo
Executivo, tendo mesmo distribuído
aos jornalistas um documento com
tais informações.
Mais uma vez, destacou a revisão do
Decreto 73/73, referindo a
importância da construção ser vista
como um todo, identificando a
responsabilidade dos vários
intervenientes, medida que conduzirá
a uma melhor gestão dos prazos, dos
custos e da qualidade.
O bastonário fez também uma crítica
à Ficha Técnica da Habitação, após
sete meses da sua entrada em vigor,
verificando-se que “uma boa ideia foi
transformada num documento
meramente administrativo, sem
qualquer impacto e cumprimento dos
objectivos pretendidos”.
Três das principais medidas
propostas ao Governo passam pela
separação entre as responsabilidades
dos técnicos e dos promotores
imobiliários, pela clarificação dos
conceitos e terminologia da Ficha
Técnica da Habitação e pela redução
das informações técnicas, tornando
obrigatória a apresentação dos
projectos de execução.
Durante o encontro foram ainda
referidas as três linhas de força da OE
face às reformas em curso ao
Processo de Bolonha: “Exige-se uma
formação de ensino superior
acumulada de cinco anos para uma
formação que confira a capacidade e
responsabilidade de intervenção a
todos os níveis de actos de
engenharia; a OE irá adoptar uma
posição de abertura a formações de
primeiro ciclo e correspondente título
profissional, nos termos da legislação
que vier a ser aprovada e no
reconhecimento de que o universo
dos actos de engenharia exige
diferentes competências profissionais;
na perspectiva de que as formações
de primeiro ciclo irão ter uma duração
de três anos, a OE defende a adopção
das designações ‘bacharelato’ e
‘mestrado’ para os dois ciclos de
formação pré-doutoramento, como
sendo as que melhor asseguram a
necessária transparência na relação
‘designação-conteúdoscompetências”.
O bastonário referiu também a
certificação energética de edifícios,
sendo fundamental que o país
cumpra a nova directiva comunitária
que passará a ser obrigatória a partir
de 2006.
Não ficou esquecida a proposta de
decreto-lei do Ministério do Trabalho,
publicada a 13 de Abril, para definir a
qualificação profissional dos
coordenadores de Segurança e Saúde
na actividade de Edifícios e
Engenharia Civil. Para a OE, “apesar
da coordenação, em matéria de
segurança e saúde, ser exercida
durante a elaboração do projecto da
obra, incluindo a negociação da
empreitada e a execução da obra, o
projecto de decreto não exige que os
técnicos que podem exercer tal função
sejam engenheiros, engenheiros
técnicos ou arquitectos. Ainda
acrescenta que embora este assunto
esteja intimamente relacionado com a
elaboração de projectos e execução de
obras, o Ministério das Obras Públicas
não participou neste projecto”.
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Sobre esta questão a OE “entende
que matéria desta natureza não pode
ser tratada apenas na lógica do
Emprego e da Formação obtida nos
cursos de Segurança, Higiene e
Saúde, sendo indispensável a
qualificação profissional dos técnicos
do sector, ou seja, engenheiros,
arquitectos, engenheiros técnicos e
construtores civis”.
Portugal espera
uma das piores secas
No mês de Abril, Portugal, sobretudo
no interior, já sofria com as restrições
de água. No passado dia 15 de Abril a
Comissão para a Seca 2005 divulgou
o seu primeiro relatório onde
constam as análises e a mitigação da
seca. A última seca mais grave
remonta a 1981 e parece que esta,
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ENTREVISTA
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Aristides Guedes Coelho, engenheiro civil
sem sombra para dúvidas, vai ser
muito pior.
São cerca de 32 mil as pessoas com
dificuldades no acesso à água, as
medidas alternativas resumem-se
para já por auto-tanque ou por
abertura de furos.
Em breve vai ser realizada uma
campanha para a sensibilização do
consumo de água moderado.
Segundo a Comissão é necessário
sensibilizar a população, pois parece
que o fenómeno da seca tem
tendência para aumentar.
Segundo as contas da Confederação
dos Agricultores de Portugal a seca
prolongada que se está a fazer sentir
no país pode custar entre dois a três
por cento do Produto Interno Bruto
(PIB). Já o secretário-geral da CAP,
Luís Mira, em declarações ao jornal
Público, aponta prejuízos na ordem
dos mil milhões de euros.
Portugal até ao fim do ano continua
muito dependente das condições
climatéricas, “se chover ainda se
poderá salvar algumas produções”,
afirma Luís Mira, muito reticente
quanto à chuva. O secretário-geral da
CAP lembra que quando Portugal
previa um crescimento do PIB de um
por cento tem-se infelizmente de
começar a contar com as perdas de
dois a três por cento na agricultura.
Várias associações citadas pela
agência Lusa, como a Associação de
Lavoura do Distrito de Aveiro ou a
Federação dos Agricultores do
Distrito de Leiria, não só
contabilizaram prejuízos e perdas
como ainda insistiram nos pedidos de
apoios extraordinários.
Outra temática que não pode ser
esquecida é a problemática dos
incêndios que todos os anos são
notícia na comunicação social,
segundo os membros do Executivo
que integram e coordenam a
Comissão para a Seca 2005, em
declarações ao Jornal de Notícias,
estão a ser estudadas medidas
cautelares para garantir a extinção
dos fogos florestais.
Edifícios concluídos
em queda
e encomendas
na construção
em ascensão
Segundo o Instituto Nacional de
Estatística, o número de edifícios
concluídos encontra-se em queda
acentuada: “No quarto trimestre de
2004 acentuou-se o comportamento
decrescente do número total de
edifícios concluídos e do número de
edifícios concluídos em construções
novas para habitação familiar”. Em
contrapartida a mesma fonte refere que
as encomendas na construção e obras
públicas subiram, “no quarto trimestre
de 2004 as novas encomendas na
construção e obras públicas registaram
uma variação homóloga de 2.9%. Face
ao trimestre precedente, as
encomendas diminuíram –2.6%. A
variação média anual foi de 12.8%”.
Alta velocidade
15 anos atrasada
Arménio Matias, presidente da
Associação Portuguesa para o
Desenvolvimento do Transporte
Ferroviário (ADFER), recomenda ao
actual primeiro-ministro português,
José Sócrates, para assumir o projecto
para a Alta Velocidade ferroviária.
Segundo Arménio Matias, Portugal no
que toca à matéria da Alta Velocidade
encontra-se 15 anos atrasado em
relação à Espanha. “José Sócrates tem
de tomar como seu o projecto
português da Alta Velocidade, tal
como foi feito em Espanha por Felipe
Gonzalez, José María Aznar e,
actualmente, por José Luis Zapatero”,
afirmou Matias numa entrevista ao
Jornal Expresso no início de Março.
Na sua opinião, Portugal deve
erradicar a solução de António Mexia,
presidente executivo da Galp Energia
e ex-ministro das Obras Públicas.
“Mexia apresentou como uma
solução definitiva, com grande
economia de recursos, aquilo que não
passa de uma má fase intermédia,
com percursos condicionados por
intercambiadores que obrigam os
comboios a circular a dez quilómetros
por hora e que apenas podem ser
operados por comboios espanhóis
Talgo. Nem os comboios franceses ou
os alemães poderiam circular neste
itinerário. Se Portugal adoptasse a
estratégia de Mexia não teria soluções
de Alta Velocidade”. E continua: “A
sua solução abastarda os objectivos
fixados na Cimeira da Figueira da Foz.
E ignora que o acesso a Lisboa custa
mais de 500 milhões de euros e que o
atravessamento do Porto também
exige um investimento elevado”.
Matias encontra no modelo espanhol
a solução para o projecto de Alta
Velocidade: “Espanha canalizou para
o projecto de Alta Velocidade todos os
fundos susceptíveis de serem obtidos
da UE, desde o FEDER ao Fundo de
Coesão. Com 80% de fundos
comunitários a financiarem a infraestrutura da Alta Velocidade, isso
significa que a comparticipação do
Estado espanhol é quase compensado
pelo IVA cobrado sobre as verbas
pagas pelo financiamento
comunitário”.
Uma vida ao serviço da FEUP
Aristides Guedes Coelho não gosta de ser homenageado, mas
de facto não escapou à que lhe foi prestada no I Dia Regional
realizada no dia 14 de Maio em Viana do Castelo e organizado
pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN).
Engenheiro civil de longo percurso, Guedes Coelho
demonstrou estar surpreendido com esta distinção, mas
encarou-a como um serviço que teve de prestar aos ex-alunos
e colegas de profissão. Este foi o argumento que usou quando
convenceu o professor Joaquim Sarmento a aceitar a
homenagem pelos 70 anos na Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto (FEUP).
Trocando agora de posições com o colega universitário,
passando ele a ser o distinguido, Guedes Coelho prestou então
de bom grado o serviço de receber da OE o reconhecimento
pela sua carreira profissional.
Aristides Guedes Coelho fez da Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto uma ‘casa’, tendo-se entregado
fielmente à docência apenas nessa instituição e de lá ainda
mantém a saudade por ter saído
Apesar de não estar habituado a ser distinguido, já o foi numa
outra ocasião: a 3 de Abril de 1998, na véspera de completar 70
anos de idade, na sua última aula na FEUP. Foi uma sessão
pública, embora tivesse dado mais aulas até ao fim do ano
lectivo em curso. “O presidente do Departamento de
Engenharia Civil pediu-me que fosse ter com ele ao
departamento e o acompanhasse ao Salão Nobre. Estava cheio
de gente, incluindo as galerias: os antigos e actuais alunos, o
director e colegas da escola, o reitor e elementos da equipa
reitoral, familiares e amigos. Proferi a lição de jubilação,
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ENTREVISTA
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ENTREVISTA
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Texto de Ana Ferreira • Fotos de Alfredo Pinto
preparada e anunciada, e no fim alguns colegas proferiram
palavras de circunstância e deram-me algumas prendas
simbólicas. Quando o antigo professor Joaquim Sarmento
tomou a palavra tive de interrompê-lo a certa altura,
abraçando-o. A emoção tinha crescido tanto, que era uma
ameaça para ambos. E terminou a cerimónia pública”,
descreveu o engenheiro.
Actualmente, Guedes Coelho está retirado dessas funções,
mas mantém um papel activo na OERN como presidente da
Comissão de Disciplina da Região Norte, cargo que
desempenha desde 2004, e é vogal do Conselho Jurisdicional.
A sua vida é ainda preenchida pela família numerosa, que
espera ansiosamente a chegada do oitavo neto, pelas idas à
piscina, onde diariamente pratica natação, convive com os
amigos e enriquece o seu ‘anedotário’, agora que raramente
vai à FEUP.
De Angola para Portugal
A vila de Cangamba, circunscrição dos Luchazes, em Angola,
viu Aristides Guedes Coelho nascer a 4 de Abril de 1928.
Quando regressou a Portugal fez a quarta classe em Trás-os-
O vasto currículo profissional e académico de Guedes
Coelho conferiu-lhe a honra em ser homenageado no I
Dia Regional do Engenheiro, realizado a 14 de Maio, em
Viana do Castelo
Montes e o exame de admissão no liceu de Vila Real. Depois,
fixou-se no Porto, onde estudou no Liceu Nacional de
Rodrigues de Freitas durante sete anos.
À terra natal nunca mais voltou, porque nunca teve vontade,
mas a Angola já o fez por motivos profissionais. De especial
existem dois factores que o levam a recordar esse país: o
primeiro está relacionado com uma visita técnica que realizou
em 1967 com os finalistas do curso de Engenharia Civil e o
segundo refere-se à sua participação no projecto da Sede do
Banco Português do Atlântico, em Luanda, “um edifício muito
alto, no tempo o mais alto em território português, que ainda
hoje surge na paisagem junto à marginal”.
Quando questionado se a sua vida teria sido muito
diferente se tivesse ficado ou regressado a terras angolanas,
responde: “Com certeza que a vida iria ser muito diferente.
Nessa altura era muito difícil. Não tinha possibilidade para
progredir nos estudos. Tinha de os fazer cá na metrópole.
Formei-me em 1953 e nesse tempo havia muita dificuldade
em arranjar emprego, até mais do que hoje, porque
actualmente criou-se também uma certa tradição de que as
empresas integram engenheiros nos seus quadros. Por
isso, muitos dos meus colegas foram para o Ultramar,
sobretudo para Angola. No Porto ficámos quatro ou cinco.
Era um curso de 80 alunos e a maioria foi para o Ultramar
e para Lisboa”.
Guedes Coelho sempre foi um excelente aluno. O 17 parece ter
sido o seu número da sorte sempre que terminava um curso:
no Liceu Nacional de Rodrigues de Freitas, nos preparatórios
de Engenharia Civil na Faculdade de Ciências da Universidade
do Porto e na licenciatura em Engenharia Civil.
Era muito aplicado, “mas não marrão”, embora se
considere um desorganizado nato.
Guedes Coelho foi parar às ‘engenharias’ porque tinha mais
facilidade em Matemática e Física. A área das Letras nunca
esteve em questão, pois as dificuldades eram maiores
desde o tempo do liceu.
“O que verdadeiramente pensava era tirar a licenciatura em
Matemática. Na Matemática e na Física era aluno de 17 e 19
valores, sem grande esforço. Mas nas outras disciplinas era
aluno de 13 a 16 valores no liceu.
Naquele tempo matriculávamo-nos na Faculdade de Ciências e
fazíamos três anos, sendo que as disciplinas curriculares nas
licenciaturas em Matemática e Física eram praticamente as
mesmas. Mas depois pensei que talvez fosse melhor ter uma
profissão que me permitisse fazer mais do que dar umas aulas
no liceu. Decidi-me então por Engenharia Civil.
A minha opção foi trabalhar como engenheiro civil no campo
de Engenharia de Estruturas. Era a que tinha mais Matemática.
Uma das influências foi o Professor Correia de Araújo, que
achava que a estrutura era a parte nobre da Faculdade de
Engenharia”.
O engenheiro civil não tem dúvidas em afirmar que os
professores Correia de Araújo e Joaquim Sarmento, da FEUP, e
Beires, da Faculdade de Ciências, foram as figuras que mais o
marcaram no seu trajecto académico.
“Professor de bica aberta”
Guedes Coelho foi um docente que gostava de “falar de bica
aberta”. Nunca leu apontamentos nas aulas e, assim, às vezes
podia dar um erro ou outro, mas dizia que tinha sido
intencional para testar se os alunos estavam atentos. Também
nunca usou projecções, preferindo o giz.
A primeira ilação a tirar do seu vasto currículo é que a FEUP foi
a sua ‘casa’.
Entregou-se fielmente à docência apenas nessa instituição e de
lá ainda mantém a saudade por ter saído. “Eu vivi numa escola
muito especial. Havia um espírito, que agora se está a
retomar”.
Na sua opinião, até o próprio ensino está muito diferente. “O
futuro da Engenharia Civil passa obrigatoriamente pelos
O engenheiro Aristides Coelho presidiu à comissão que
apresentou um relatório para a criação de um novo
espaço de expansão da Universidade do Porto, que
designou por Pólo 3 ou do Campo Alegre
computadores, pela programação. Eu penso que com o
recurso sistemático aos programas de cálculo computacional,
perdeu-se a sensibilidade ao funcionamento da estrutura.
Antigamente, faziam-se os cálculos das estruturas reticulares
recorrendo a um método de cálculo por aproximações
sucessivas até atingir o equilíbrio, designado por método de
Cross. Este método conferia a quem o aplicava uma certa
sensibilidade ao comportamento estrutural.
Reformulei-o, mostrando que correspondia ao método
matricial dos deslocamentos, resolvendo os sistemas de
equações de equilíbrio pelo método de relaxação. Fiz assim a
correspondência entre os dois processos, facilitando a sua
compreensão pelos alunos que, tendo estudado o primeiro,
rapidamente se integravam no segundo”.
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ENTREVISTA
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A carreira académica de Guedes Coelho respeitou a progressão
da época. Tornou-se segundo assistente em 1955 e, seis
anos depois, passou a assistente extraordinário. No mesmo
ano que terminou o Doutoramento em Engenharia Civil, em
1963, tornou-se primeiro assistente e, em 1970, professor
extraordinário. Em 1982 tornou-se professor catedrático.
Em 1977 e 1978 esteve na Reitoria da Universidade do Porto
como professor adjunto do reitor interino Silva Pinto da
Faculdade de Medicina e professor decano dessa mesma
universidade. O reitor encarregou Guedes Coelho de resolver
as deficiências e carências nos edifícios das escolas, o qual
sugeriu que se dirigisse a estas um inquérito para se proceder
ao planeamento das obras a realizar.
O reitor expôs a questão ao ministro Cardia, tendo optado
por nomear uma comissão que analisasse a situação das
instalações da universidade, se planeasse o
desenvolvimento de novas escolas e a actualização das
existentes. Assim, por despacho conjunto dos secretários
de Estado de Ensino Superior e das Obras Públicas,
publicado em Diário da República, foi criado o Grupo
Coordenador das instalações da Universidade do Porto e
Guedes Coelho foi designado presidente. Como vogais
foram nomeados o director das Construções Escolares no
Porto e um arquitecto do Ministério da Educação.
“Entretanto apareceu na reitoria o arquitecto Fernando Lanhas
informando-nos que iria ser vendido e demolido o palacete
Primo Madeira, na Rua do Campo Alegre, em Guerra
Junqueiro, para que naquele terreno se fizesse uma
urbanização.
O reitor pediu-me para acompanhar o processo e cheguei à
conclusão que aquilo tinha excelentes condições de
recuperação para se instalar os gabinetes do reitor e do
vice-reitor, construindo-se no terreno do jardim anexo um
pavilhão para os serviços administrativos. Propus que a
direcção escolar adquirisse o complexo”. O que de facto
veio a acontecer, apesar de não ter sido do agrado de todas
as partes envolvidas.
Realizada essa aquisição, Guedes Coelho comunicou o
facto ao então presidente da Câmara Municipal do Porto,
Aureliano Capelo Veloso, tendo este marcado uma reunião
com o engenheiro civil, o vice-presidente e o director de
serviços da câmara. Nesse encontro foi acordado que,
tendo a câmara muitos terrenos na zona, em resultado das
expropriações feitas para a construção dos acessos à Ponte
da Arrábida, estes ficariam cativos à disposição da reitoria
em termos a acordar futuramente para a expansão da
Universidade do Porto.
Assim, a comissão incluiu no relatório, apresentado num
curto prazo, um novo espaço de expansão da Universidade
do Porto, que designou por Pólo 3 ou do Campo Alegre.
Mais tarde, em 1998, o então reitor da Universidade do Porto,
Alberto Amaral, convidou Guedes Coelho para a equipa reitoral
como pró-reitor para as construções dessa instituição, a fim de
dar execução ao preconizado no relatório.
Assim, foram criadas as escolas do Pólo 3 (Faculdades de
Ciências, Arquitectura e Letras), outras construções
(Planetário e o Teatro do Campo Alegre, este em parceria
com a Câmara Municipal do Porto) e as novas Faculdades
do Pólo 2 (Engenharia, Medicina, Motricidade Humana e
Medicina Dentária).
Após ter orientado a organização do projecto da Faculdade
de Psicologia e convidado o arquitecto Fernando Távora, de
acordo com o reitor, para elaborar o projecto, Guedes
Coelho considerou concluída a sua missão.
Desta experiência profissional, o engenheiro civil quer
“deixar uma referência de saudade e homenagem ao reitor
interino, Professor e Doutor Silva Pinto que me ‘impôs’
como presidente da comissão, quando a tutela quis forçar
que a competência fosse atribuída ao arquitecto
representante da direcção-geral do Ensino Superior. Era um
homem inteligente, sereno e determinado, a quem a
Universidade do Porto muito deve, apesar do reitorado ter
sido muito curto e num período difícil de transição”.
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I Dia Regional Norte
do Engenheiro
Um olhar sobre as obras
Se tivesse de eleger uma obra sua, Guedes Coelho escolheria
“pela originalidade do tratamento, no modo de resolver o
problema, o edifício do Banco Comercial de Angola (do Banco
Português do Atlântico). Também com interesse como
projecto de estruturas saliento a Ponte de Amarante, a qual foi
projectada efectivamente por mim, embora não tivesse sido
contratualizado comigo. O que me deu também gozo foi a
recuperação do Convento de São Bento da Vitória, sobretudo
pela originalidade dos processos”.
Analisando as obras dos seus colegas, aponta a Pista da
Madeira do seu antigo aluno Segadães Tavares.
E, por falar em obras, na ordem do dia está a inauguração
da Casa da Música, sobre a qual o engenheiro civil
participou a pedido da direcção na escolha do empreiteiro,
a quem foi cometida a execução da obra. Nesse mesmo
grupo de trabalho participou o professor Valadares Tavares
do Instituto Superior Técnico.
Mas a sua participação na Casa da Música não se ficou por
aqui, como afirmou o engenheiro: “Depois tive uma certa
intervenção quando surgiram diferentes interpretações.
Entendeu o dono da obra que competia ao construtor
estudar o seu processo de execução. Ora, em obras
especiais de delicada execução, o projectista tem o dever de
conceber o processo e o faseamento da construção, tendo
em conta as condições particulares da obra, que só ele
conhece. Ao empreiteiro resta executar a obra do modo
indicado ou, então, justificar outro que, para ele, seja mais
conveniente, atendendo aos meios que dispõe,
designadamente aos equipamentos. Foi isto que disse num
pequeno relatório que enviei a pedido do empreiteiro. A
minha opinião vingou, tendo acabado, segundo consta, por
os projectistas apresentarem o projecto de execução da
obra”.
“As 100 Obras de Engenharia Civil no Século XX - Portugal”
Pela primeira vez a Ordem dos Engenheiros - Região Norte
(OERN) promoveu a iniciativa de juntar os engenheiros
nortenhos num convívio que se pretende anual.
O I Dia Regional Norte do Engenheiro realizou-se a 14 de
Maio no Forte de Santiago da Barra e contou com presença
de cerca de 400 pessoas.
Contudo, o programa deste dia festivo iniciou-se na véspera.
No dia 13, às 17 horas, no Forte de Santiago da Barra realizouse a inauguração da exposição “As 100 Obras de Engenharia
Civil no Século XX - Portugal”.
Esta exposição, que já percorreu Portugal continental e ilhas,
está pela primeira vez em Viana do Castelo. Do local onde foi
inaugurada será transferida na terceira semana de Maio para
Ponte de Lima e depois para Ponte da Barca.
O empreendimento turístico de Vilamoura, a urbanização da
zona oriental de Lisboa, o Coliseu do Porto e as levadas da
ilha da Madeira são algumas das fotografias expostas, que
também podem ser encontradas no livro que deu título a esta
exposição, uma edição da Ordem dos Engenheiros, editada
pela primeira vez em 2000 e tendo uma segunda edição de
2001.
Coube ao presidente do Conselho Directivo da OERN,
No âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro,
realizou-se uma conferência sobre “O Sistema de Inovação
no Norte de Portugal”, que contou com a participação dos
engenheiros Carlos Bernardo e José Manuel Mendonça
Gerardo Saraiva de Menezes, proferir algumas palavras na
abertura da exposição e dando assim início ao programa do I
Dia Regional Norte do Engenheiro.
“O I Dia Regional Norte do Engenheiro pretende ser uma
celebração do engenheiro”, afirmou o presidente do Conselho
Directivo da OERN. “Escolhemos Viana do Castelo porque
queremos mostrar que o Norte é mais do que o Porto e
porque Viana do Castelo fica entre o Porto e os vizinhos da
Galiza”, aliados que a OERN considera fundamentais para
juntos se afirmarem no universo europeu.
“Queremos chamar a atenção para o esforço dos engenheiros
no desenvolvimento da sociedade e do bem-estar das
pessoas”, reforçou Gerardo Saraiva no objectivo de se criar o I
Dia Regional Norte do Engenheiro.
Depois dos discursos iniciais, o engenheiro Rui Junqueira deu
uma breve referência técnico-histórica sobre a Barragem de
Alto Lindoso, uma das fotografias patentes na exposição.
Uma obra que custou 120 milhões de contos e que ganhou,
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em 1994, o Prémio de Alcântara.
Um Verde de Honra e a actuação do Grupo Etnográfico de
Areosa finalizaram este primeiro evento do programa.
“O Sistema de Inovação no Norte de Portugal”
Ainda no dia 13 de Maio no Forte de Santiago da Barra, às 22
horas, no âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro,
realizou-se uma conferência técnica sobre “O Sistema de
Inovação no Norte de Portugal”.
Coube a Luís Braga da Cruz, presidente da Assembleia da
OERN, iniciar e apresentar os oradores do evento.
O primeiro interveniente, Carlos Bernardo, engenheiro e
professor da Universidade do Minho e vice-presidente da
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do
Norte (CCDRN), teceu amplos elogios ao orador seguinte, o
engenheiro José Manuel Mendonça, um dos primeiros
responsáveis da Adl (Agência de Inovação).
Carlos Bernardo começou por definir inovação, tendo para
isso citado Jorge Alves: “A inovação é uma atitude, um estado
de espírito”. Comentou o modelo interactivo ou em rede do
processo de inovação da década de 1990, onde era o mercado
que conduzia a cadeia central de inovação. Para ele “a
inovação é só uma parte do ciclo da vida de um produto, em
que é necessário investir, só na fase de mercado se geram
lucros que sustentam mais inovação”. Contudo, defende que
na década de 1990 em Portugal, embora estas ideias já
fossem conhecidas, construiu-se um sistema de investimento
e desenvolvimento desarticulado no essencial da cadeia
central de inovação. “Como não havia e não há ainda um
verdadeiro sistema nacional de inovação, não há também um
sistema regional de inovação, neste caso no Norte. Por outro
lado, não há também uma ‘autoridade’ regional”, afirmou
Carlos Bernardo.
Na sua opinião, um dos segredos para se obter um sistema
de inovação nacional é a persistência. Considera também que
na década de 1990 Portugal esteve quase a alcançar esse
sistema, mas não conseguiu.
José Manuel Mendonça, engenheiro e professor da FEUPINESC, começou por colocar a questão se realmente existe um
sistema de inovação no Norte de Portugal e para demonstrar
o sentido desta dúvida parafraseou um amigo britânico: “It’s
very difficult to find a black cat in a dark room”.
Mas um facto certo é a relação íntima entre o saber, a
tecnologia, a inovação e a competitividade.
Os pontos abordados na sua exposição foram diversos,
destacando-se a relação entre o investimento e o
desempenho, a qual é complexa e não linear, pois depende
das condições de enquadramento e das políticas. Nesta
relação deve-se ter também em conta que existe sempre um
atraso temporal entre o aumento do investimento e o
aumento verificado do desempenho. Reflectindo sobre o
investimento na União Europeia, o engenheiro alertou para a
existência de três grupos distintos, pertencendo Portugal ao
mais fraco, a par da Espanha, Itália e Grécia, e o mesmo se
pode dizer em termos de desempenho, sendo este dividido
em apenas dois grupos, um primeiro com estes quatro países
e o segundo liderado pela Suécia, Finlândia e Dinamarca.
Quanto ao investimento feito em Portugal relatou que se faz
em três velocidades, sendo a mais capaz a de Lisboa e Vale do
Tejo, zona que também tem melhor desempenho não só em
PIB per capita mas como em outros indicadores.
A contraposição da visão antiga de inovação para a
contemporânea foi referida por José Manuel Mendonça, para
quem “a inovação pressupõe três is: inspiração, integração e
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implementação” e que pode ser radical e incremental. Como
inovação tecnológica radical dá como exemplo o telefone de
Bell e o post-it da 3M. E para chamar a atenção que no nosso
país também se fazem progressos, aponta as bases de
equipamento para o fabrico do calçado um bom exemplo de
inovação no negócio.
As facetas e os riscos por que passa a inovação foram
também focados. Porém, o engenheiro fez questão de
ressalvar requisitos não técnicos da inovação e que estão
ligados à ética, liderança e ao factor perante o sucesso e o
falhanço.
Os desafios colocados à relação entre inovação, tecnologia e
competitividade são vários, sendo um dos quais “a entrada
nos mercados mundiais de um novo bloco económico a
crescer anualmente, a China”. O engenheiro alerta também
para o facto de entre 1990 e 2000 a produção nos Estados
Unidos ter crescido com menos pessoas a trabalhar.
Portugal tem de enfrentar esses desafios e um dos quais
passa pela obrigação das empresas não se restringirem à
produção. Têm de desenvolver as suas capacidades e inovar.
Para finalizar a apresentação do tema, o engenheiro reportouse ao Norte do país, considerando que os factores de
mudança passam pelo desenvolvimento na tecnologia e na
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Gerardo Saraiva de Menezes, presidente do Conselho
Directivo da Ordem dos Engenheiros - Região Norte,
proferiu algumas palavras de agradecimento e
satisfação pela realização deste primeiro encontro
organização, investimento no Sistema Nacional de Inovação,
cooperação internacional, educação e formação,
enquadramento estimulante em que “a inovação tem de ser
prioridade política ‘de facto’, e pela competitividade da
inovação e desenvolvimento europeu.
Luís Braga da Cruz comentou as duas intervenções e deu-se
início ao debate sobre a situação portuguesa actual neste
âmbito entre os intervenientes e a plateia, o qual contou com
a participação do bastonário da OE, Fernando Santo.
A sessão prolongou-se até à meia-noite, tendo sido encerrada
por Braga da Cruz.
“O Sistema de Inovação na Galiza”
O programa do I Dia Regional Norte do Engenheiro arrancou
às 10 horas, cabendo a Luís Braga da Cruz, presidente da
Assembleia da OERN, abrir a cerimónia. Seguiu-se uma
alocução de boas-vindas por parte do delegado distrital de
Viana do Castelo da OE, António Cruz, e a intervenção do
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inovadoras de Espanha, pelo gasto realizado em inovação”,
mas em termos de investimento em inovação e
desenvolvimento e esforço investigador é a sétima.
Para além de Pedro Merino Gómez ter referido a importância
do segundo Plano Galego de Investimento, Desenvolvimento
e Inovação a decorrer entre 2002 e 2005 (o primeiro ocorreu
de 1999 a 2001), salientou o Projecto Regina financiado pelo
FEDER, sendo um dos objectivos identificar e explorar o
potencial inovador do Espaço Atlântico.
Quanto à colaboração entre a Galiza e o Norte de Portugal
considera muito importantes estes eventos e as parcerias que
mantém com a Universidade do Minho, a Universidade do
Porto e a comunidade empresarial.
Mais uma vez coube a Braga da Cruz concluir o tema,
salientando um ponto concreto: “O sector automóvel é uma
das expectativas para os próximos 10 anos na Península
Ibérica, temos de aproveitar a dinâmica galega”.
presidente da Câmara de Viana do Castelo, Defensor Moura, o
qual agradeceu a realização deste evento na sua cidade que é
“uma princesa bonita, mas tem de ser mais do que isso”.
Antes de se iniciar a palestra “O Sistema de Inovação na
Galiza e o Impacto Fronteiriço”, Braga da Cruz salientou o
interesse da conferência técnica do dia anterior, salientando
que “o sistema de inovação para o Norte do país e para
Portugal representa uma atitude, uma ferramenta para o
desenvolvimento”, sendo necessário que os engenheiros
mobilizem os conhecimentos disponíveis. Fez ainda referência
à importância e potencial do relacionamento entre Portugal e
Espanha, “a fronteira mais antiga da União Europeia”. “O
Norte de Portugal não pode desperdiçar a oportunidade de
cooperação com a Galiza e seguir o seu exemplo dado que
soube combater a sua perificidade através de uma forte
aposta na tecnologia e na qualificação dos seus quadros”,
referiu o presidente da Assembleia Regional Norte da OE.
Cerca de 400 pessoas assistiram às cerimónias do
encontro. Gerardo Saraiva de Menezes afirmou que
estava “longe de imaginar uma adesão tão forte
ao I Dia Regional Norte”
A palavra foi dada depois a Pedro Merino Gómez, engenheiro
industrial, professor catedrático da Universidade de Vigo e
actual director-geral da Investigação e Desenvolvimento da
Junta de Galicia. O engenheiro explicou o que se está a fazer
na Galiza quanto à inovação e a relação com o Norte de
Portugal. Também recorrendo a dados estatísticos da Eurostat
apresentou alguns dados curiosos como o total do gasto
interno em investimento e desenvolvimento em percentagem
do PIB de 2002: Portugal com 0,80 por cento, Espanha com
1,03 por cento contra os 3,05 por cento do Japão e os 2,66 por
cento dos Estados Unidos.
“A Galiza encontra-se entre as seis primeiras regiões
Cerimónia de homenagens
Para além da palestra, esta iniciativa ficou marcada pela
realização de uma homenagem a engenheiros da Região
Norte.
Mas ainda antes do início das distinções, o presidente do
Conselho Directivo da OERN, Gerardo Saraiva de Menezes,
proferiu algumas palavras. Fez questão de referir que estava
“longe de imaginar uma adesão tão forte ao I Dia Regional
Norte”, o qual também “fortaleceu os laços de proximidade
entre os engenheiros do Norte de Portugal e da Galiza e
serviu ainda para abordar a questão da interacção entre os
dois países no que respeita à relação entre engenharia e
inovação”.
João Pedro de Oliveira Valença, Pedro Guedes de Oliveira e
Aristides Guedes Coelho foram os três importantes
engenheiros da Região Norte a ser distinguidos pela OERN.
Após a apresentação de um breve perfil dos homenageados, os
engenheiros subiram ao púlpito para proferir palavras de
agradecimento. “Nunca pensei atingir esta magnitude”,
confessou Oliveira Valença, o qual ainda focou a sua actuação
na Junta Autónoma das Estradas (JAE). Por sua vez, Pedro
Guedes de Oliveira quis evidenciar no seu discurso que quanto
à breve descrição feita pelo engenheiro José Silva Matos do seu
perfil: “Os amigos esquecem os defeitos e a fotografia sai
beneficiada”. Quanto a Guedes Coelho admite ter ficado muito
surpreendido com esta homenagem, e que aceitou-a no
espírito de serviço. Referiu ainda o seu papel activo no Instituto
de Construção, uma iniciativa da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto (FEUP).
Outro dos pontos altos do evento foi a recepção aos novos
elementos e a distinção dos membros com mais de 25 e 50
anos de inscrição na OERN com os alfinetes de bronze, prata e
ouro respectivamente.
Entre os membros que receberam o alfinete de prata
encontravam-se os engenheiros Braga da Cruz e Raimundo
Delgado, ambos presentes na mesa de honra. Uma das
maiores ovações desta cerimónia foi dirigida ao professor
Joaquim Sarmento, o qual recebeu o alfinete de ouro.
O bastonário da OE encerrou a cerimónia, reforçando um dos
lemas por que rege o seu mandato: a coesão dos engenheiros
como classe profissional, “antes da região a que pertencemos,
somos engenheiros”.
“A engenharia está a ser desvalorizada e os engenheiros não
têm o valor que tinham há 30 ou 40 anos atrás”, por isso uma
das maiores preocupações da OE é “definir posições numa
sociedade diferente e por isso o bastonário tem de ser hoje o
presidente de uma associação e tem de promover a engenharia
como um produto”.
Fernando Santo focou ainda a urgência em “acabar-se com o
facilitismo” no ensino superior, pois é a partir daqui que se deve
valorizar a engenharia.
O I Dia Regional Norte do Engenheiro terminou com um
almoço na Quinta Dom Sapo, em Cardielos, em Viana do
Castelo, onde estiveram presentes cerca de quatro centenas de
pessoas.
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VIDA ASSOCIATIVA
Sistemas de
Informação Geográfica
O Colégio de Engenharia Geográfica
levou a cabo duas sessões abertas ao
público na sede da Ordem dos
Engenheiros – Região Norte sobre os
Sistemas de Informação Geográfica.
No dia 16 de Março realizou-se a palestra
"Os Sistemas de Informação Geográfica
na gestão dos sistemas multimodais de
transporte", e teve como orador o
engenheiro Rui Sequeira, da empresa
SIG2000, uma empresa de consultoria e
prestação de serviços nomeadamente no
âmbito de Sistemas de Informação
Geográfica Municipais.
Porém, a carteira de clientes da
empresa expande-se a outras áreas,
como a Direcção-Regional de
Agricultura de Entre-Douro e Minho, a
qual vai passar a gerir o património
vitivinícola da região demarcada dos
vinhos verdes com recurso
aos Sistemas de Informação Geográfica
(SIG) da SIG2000.
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É ainda de destacar que esta empresa
tecnológica, e mais quatro portuguesas
e uma multinacional, apresentaram em
Abril um consórcio informal, o
Neuronal Network 2005, que tem como
objectivo aproveitar as sinergias para
potenciar o negócio na área das
tecnologias da informação.
A palestra "Os Sistemas de Informação
Geográfica e GPS na gestão de
situações críticas”, realizada a 20 desse
mês, contou com a participação de
Hugo Dias da empresa PH-Informática.
Apostando no mercado da
administração pública local,
contabilizando actualmente com 80
autarquias clientes, a empresa
desenvolve Soluções SIG específicas de
Back Office (GISMAT).
GeoDouro e GeoInem são dois exemplos
de sistemas desenvolvidos pela PHInformática. O primeiro, instalado no
Instituto Portuário de Transportes
Marítimos - Delegação do Douro, nasceu
da necessidade de reforçar a fiscalização
das actividades fluviais no Douro e da
actividade de extracção de inertes.
info
Devido ao sucesso deste sistema a
empresa está a criar o GeoTejo. Para o
Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM) de forma a prestar um auxílio
rápido e eficaz foi criado o GeoInem,
estando em desenvolvimento outro
componente mas de localização através
de telemóveis.
Assembleia Regional
Ordinária da Região
Norte
No passado dia 17 de Março, a Ordem
dos Engenheiros Região Norte (OERN)
realizou uma Assembleia Regional
Ordinária, na sede da OERN no Porto.
A sessão teve início às 21h30, tendo a
duração de uma hora e meia, e contou
com 23 membros presentes.
Foram aprovados, por unanimidade, os
dois pontos que constavam da Ordem
de Trabalhos: apreciar e votar o
Relatório e Contas do Conselho Directivo
e o parecer do Conselho Fiscal relativos
ao exercício de 2004 (alínea b, ponto 2,
do art.º 30 do Estatuto); e apreciar e
deliberar sobre o Plano de Actividades
para o ano de 2005 e o orçamento anual
proposto pelo Conselho Directivo para
2005 (alínea c, ponto 2, do art.º 30º do
Estatuto).
O Engenheiro
Electrotécnico
e o exercício da profissão
O Conselho Regional do Norte do
Colégio de Engenharia Electrotécnica
organizou um debate subordinado ao
tema "O Engenheiro Electrotécnico e o
Exercício da Profissão" que se realizou
no dia 7 de Abril de 2005, às 18h, no
Auditório da Sede da Região Norte da
Ordem dos Engenheiros.
A abertura do debate foi efectuada pela
engenheira Zita A. Vale (vogal do Colégio
e professora coordenadora do Instituto
Superior de Engenharia do Porto) e pelo
engenheiro Laxmiprasad Varajidás (vogal
do Colégio e consultor Sénior da ALL2IT
Infocomunicações, S.A.).
A moderação do debate esteve a cargo
do engenheiro J. Neves dos Santos
(Professor universitário da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto), o
qual começou por fazer uma breve
introdução ao tema, salientando a
importância da Engenharia Electrotécnica
no início do século XXI e a respectiva
conjuntura de transição e de incerteza.
Seguiu-se a intervenção da engenheira
M.ª José Ribeiro (Instituto Electrotécnico
Português), a qual se centrou nas
actividades do IEP como entidade
regional inspectora de instalações
eléctricas.
Seguidamente, o engenheiro M. Pedrosa
Barros (ANACOM – Autoridade Nacional
de Comunicações) focalizou a sua
apresentação no regime ITED (Infraestruturas de Telecomunicações em
Edifícios), nomeadamente no respectivo
manual e procedimentos associados.
A estas duas intervenções seguiu-se um
animado período de debate, em que
foram colocadas questões aos oradores e
expressos diversos pontos de vista de
colegas da assistência. Neste debate, é
de realçar a questão do grau de
qualificação exigível para
responsabilidade pelo projecto ITED e a
identificação da qualificação escolar e
definição dos limiares da qualificação
VIDA ASSOCIATIVA
Página 21
mínima para ser admitido para assinar e
assumir-se como projectista ITED.
Após este período de debate, teve lugar a
intervenção do engenheiro L. Vilela Pinto
(Direcção Regional do Norte do
Ministério da Economia), o qual fez o
enquadramento estratégico do exercício
da profissão e lançou diversos desafios à
assistência e à própria Ordem dos
Engenheiros.
Seguiu-se a intervenção do engenheiro
Vilas Boas (PT Comunicações – Portugal
Telecom), na qual foram apresentadas as
questões mais prementes dos projectos
de telecomunicações e diversas questões
específicas relativas ao grau de materiais
utilizados na implementação do projecto
ITED. De realçar para a definição clara e
objectiva dos parâmetros dos diferentes
tipos de materiais utilizados.
Finalmente, o engenheiro José Manuel
Freitas (Câmara Municipal de
Matosinhos) apresentou a perspectiva de
um técnico que trabalha na área do
Projecto de Instalações Eléctricas.
Encerradas as intervenções dos oradores
convidados, iniciou-se o período de
debate final. Neste debate foram
levantadas questões adicionais e
apontados diversos desafios que se
apresentam ao Engenheiro
Electrotécnico no exercício da profissão.
Apesar do tema em debate não se ter de
forma alguma esgotado, entendeu-se
que a sessão já ia longa, tendo a mesma
sido encerrada um pouco depois das
21h.
Em conclusão, ficou a certeza da
importância do tema e da vontade de
realizar novos debates deste tipo num
futuro próximo.
A introdução ao tema do engenheiro J.
Neves dos Santos passa então a ser
transcrita:
“A Engenharia Electrotécnica Portuguesa
no Início do Séc. XXI: Entre a Transição e
a Incerteza
O caminho percorrido pela Engenharia
Página 22
VIDA ASSOCIATIVA
Electrotécnica nacional, desde finais do
século passado, tem sido marcado por
uma conjuntura de transição e de
incerteza que, a meu ver, se manterá nos
tempos mais próximos.
No breve texto que se segue, tentarei,
ainda que de forma resumida, elencar os
vários aspectos que contribuem para
aquele cenário.
Primeiro Aspecto: A realização,
passada e presente, de obras de
grande vulto, como os estádios do
Euro 2004 ou a Casa da Música, ou
ainda o Metro do Porto, todos elas
com elevada incorporação de
tecnologia de ponta e de saberes da
área electrotécnica, foram um desafio
que exigiu da Engenharia
Electrotécnica nacional, um salto
qualitativo que deve ser realçado.
Mas, o futuro, com obras como o
prometido novo Aeroporto de Lisboa,
ou as grandes Centrais de Energia
Solar (Alentejo e Fátima, entre
outras), promete novos e aliciantes
desafios para a nossa engenharia.
Segundo aspecto: A liberalização
recente do sector eléctrico nacional e
a prevista abertura do MIBEL
(Mercado Ibérico de Electricidade)
para Julho de 2005, embora
relativamente a esta última realidade
se preveja que, por força da ausência
de mecanismos regulatórios e
legislação adequada, quer em
Espanha quer em Portugal, não seja
possível, mais uma vez, cumprir o
calendário negociado entre os dois
países.
Terceiro aspecto: A necessidade de
cumprir o estipulado pelo Protocolo de
Kioto, até 2010, vai exigir, nos anos
mais próximos, uma grande aposta nas
energias renováveis, nomeadamente na
eólica. No entanto devido à natureza
intermitente desta fonte energética, são
necessários, também, investimentos
noutras formas de energia;
info
nomeadamente, é previsível um reforço
dos investimentos em centrais a gás.
Por outro lado, a (im)previsível
situação climática futura, com vários
anos de seca, temperados, de tempos a
tempos, por anos muito húmidos,
exige opções estratégicas, inadiáveis,
para conciliar as necessidades de
consumos nacionais de água (7 km3
em 2004) com a produção de energia
eléctrica. Exemplo disto é a continuada
indecisão sobre o investimento no
Baixo Sabor.
Quarto Aspecto: A Declaração de
Bolonha, e o sistema de graus do
ensino superior (3+2 ou 4+1), exigiram,
e estão a exigir, a revisão de planos de
estudos dos cursos de Engenharia
Electrotécnica, com a consequente
alteração, a curto/médio prazo, das
competências dos licenciados.
Quinto Aspecto: A torrente de legislação
recentemente saída, ou que se prevê
venha a sair brevemente, mas sem se
saber quando, cria um cenário que é,
simultaneamente, de transição e de
incerteza, com o qual os engenheiros
electrotécnicos têm de se confrontar no
exercício quotidiano da sua actividade.
Alguns exemplos: Regulamentação do
MIBEL, esperada! ITED, em vigor desde
Janeiro de 2005; Novas Regras Técnicas,
à espera de aprovação, mas já fazendo
jurisprudência.
Não me alongo mais. De todos os
aspectos referidos, apenas o último,
será hoje aqui abordado, pelos ilustres
especialistas desta mesa, aos quais
agradeço, em nome da Ordem dos
Engenheiros, o terem aceite o convite
para participar neste debate.
Quanto aos outros aspectos, fica o
desafio para que o Colégio de
Especialidade de Electrotecnia da
Ordem dos Engenheiros, possa, num
futuro próximo, tomar idêntica
iniciativa a esta que, em boa hora,
empreendeu”.
info
O engenheiro civil
na construção
A Ordem dos Engenheiros – Região
Norte (OERN) promoveu uma
conferência, no dia 13 de Abril, na
Universidade do Minho, pólo de
Guimarães, destinada aos estudantes e
aos docentes com interesse no sector da
construção e do imobiliário.
Contando com a presença do bastonário
da Ordem dos Engenheiros, Fernando
Santo, do presidente do IMOPPI, Ponce
de Leão, do delegado distrital de Braga
da OE, Paulo Rodrigues, e dois
representantes do Departamento de
Engenharia Civil, Paulo Lourenço e
Manuela Almeida, foram focados os
seguintes temas: a evolução do mercado
para o engenheiro civil, as suas
oportunidades e constrangimentos, o
panorama actual das empresas do
sector e a questão dos alvarás face à
profissão. O encontro ainda fomentou o
debate de outras ideias com uma
entusiasta plateia.
A visita do bastonário à Universidade do
Minho integra o ciclo de conferências de
Engenharia pelas Escolas de Engenharia
do país que iniciou a 3 de Março na
Universidade da Beira Interior, na
Covilhã.
Delegação de Braga
– Balanço de um Ano
de Actividades
Agora que está passado o primeiro ano
da actual direcção da Ordem dos
Engenheiros – Delegação de Braga,
importa fazer o balanço de actividades
realizadas naquele que consideramos ser
o melhor veículo para comunicação a
todos os membros da Região Norte, a
INFO.
Como delegado distrital gostaria também
de aproveitar a ocasião para deixar uma
mensagem de agradecimento e de
felicitação à actual direcção da Região
Norte. Nunca a Delegação de Braga teve
tanto apoio e viveu de perto todos os
problemas e actividades da região, como
neste primeiro ano de direcção.
Parabéns ao excelente trabalho que está
ser desenvolvido pelo Eng. Gerardo
Saraiva e toda a sua equipa.
Por último um registo especial de
alguns encontros que foram
acontecendo ao longo deste primeiro
ano de mandato com o Sr. Bastonário,
Eng. Fernando Santo, o suficiente para
enaltecer e elogiar a sua postura em
querer colaborar e aproximar-se às
delegações distritais. Pela primeira vez
senti, ao fim de muitos e muitos anos
de trabalho dentro da Ordem dos
Engenheiros, o verdadeiro sentido e
vontade de colaboração com Braga,
em diferentes actividades,
evidenciando a necessidade de
projectar ainda mais a ENGENHARIA
portuguesa e dar mais visibilidade da
Ordem na nossa comunidade civil e
aos nossos colegas Engenheiros do
Distrito de Braga.
Parabéns e obrigado Sr. Bastonário.
Balanço de Trabalhos/Actividades
de maior relevo, realizadas de Abril
de 2004 a Abril de 2005:
Abril de 2004
• Jantar de posse da Direcção da
Região Norte com a presença de
todas as delegações distritais
• Reuniões de Direcção – Atribuição
de pelouros pelos DelegadosAdjuntos.
• Organização e participação do
delegado distrital, Eng. Paulo
Rodrigues, nos cursos de Ética e
Deontologia com a presença do
Presidente do CDRN, Eng. Gerardo
Saraiva.
Maio de 2004
• Apresentação do programa de
actividades para o triénio 2004-2007
• Apresentação à Região Norte de um
projecto de formação financiada no
âmbito do POEFDS e organizado pela
Delegação de Braga, num total de
450.000 euros financiados a fundo
perdido. Os cursos que foram
seleccionados abrangem áreas como
as de Direito, Gestão e
Administração, Desenvolvimento
Pessoal, Segurança e Higiene no
Trabalho, Formação de Professores e
Formadores, Informática, Línguas,
Contabilidade e Fiscalidade e por
último a área de Enquadramento na
Organização/Empresa.
• Reuniões de Direcção.
• Convite ao Cenatex para ser
responsável da componente
pedagógica dos cursos a serem
organizados no âmbito do POEFDS.
Junho de 2004
• Elaboração de um programa de
gestão da tesouraria da Delegação de
Braga.
• Elaboração de um documento
interno da Delegação Distrital de
Braga sobre as regras de utilização do
Edifício-Sede.
• Reuniões de Direcção.
• Reuniões com o Cenatex.
VIDA ASSOCIATIVA
Página 23
• Organização de um curso de AVAC
(Ventilação Industrial).
• Organização de uma acção conjunta
da Delegação de Braga com a Região
Norte de esclarecimento sobre a
regulamentação que afecta a
profissão dos engenheiros, a exemplo
do que se vai fazer sobre a revisão do
DL 73/73–Novo regulamento de
alvarás.
Julho de 2004
• Reuniões com o Cenatex.
• Reuniões de Direcção.
• Apresentação da versão final do
processo de candidatura à Formação
Financiada no âmbito do POEFDS e
aceite pelo Presidente do CDRN.
• Apresentação de um documento à
Região Norte com a codificação de
todo o inventário existente na sede da
Delegação de Braga.
Agosto de 2004
Suspensão de todas as actividades
da Ordem.
Setembro de 2004
• Entrega de todo o processo de
Formação Financiada no gabinete do
gestor do programa POEFDS, no
Porto.
• Reuniões de Direcção.
Outubro de 2004
• Reuniões de Direcção.
• Participação da Delegação de Braga
na reunião do CDRN realizada na
Régua.
• Realização de uma Tertúlia,
subordinada ao tema “Marketing
Imobiliário – Como vender em tempo
de crise”, proferida pelo Eng. Varanda.
Novembro de 2004
• Realização conjunta da Delegação
de Braga da Ordem dos Engenheiros,
Região Norte e a Associação
Página 24
VIDA ASSOCIATIVA
Industrial do Minho, de uma Tertúlia
subordinada ao tema “O Diploma
12/2004 – Alvarás – Implicações
Profissionais para os Engenheiros”.
O orador convidado foi o Eng.
Hipólito Ponce Leão.
• Reuniões de Direcção.
• Visita ao “Puerto Marítimo de
Ferrol”. A visita foi guiada pelos
nossos colegas espanhóis da
especialidade de Puertos, Camiños e
Canales. A iniciativa foi da Região
Norte mas Braga teve a maior
participação com, praticamente, a
totalidade dos presentes.
Dezembro de 2004
• Aprovação da nossa candidatura à
Formação Financiada no âmbito do
programa POEFDS.
• Reuniões de Direcção.
• Participação do delegado distrital de
Braga, Eng. Paulo Rodrigues, no
jantar de Natal oferecido pela Região
Norte em Braga aos nossos colegas
espanhóis da especialidade de
Puertos, Camiños e Canales.
Janeiro de 2005
• Participação da Delegação de Braga
numa palestra do Lions de Braga.
O orador foi o Dr. António Marques,
Presidente da Associação Industrial
do Minho.
• Reuniões de Direcção.
• Convite do Presidente do CDRN,
Eng. Gerardo Saraiva, ao delegado
distrital de Braga, Eng. Paulo
Rodrigues, para fazer parte da equipa
de acompanhamento e “fiscalização”
da formação financiada do POEFDS e
dirigida pelo Prof. Machado e Moura.
Da equipa também fazem parte o
Eng. Paulo Vargas e o Eng. Jorge
Basílio.
Fevereiro de 2005
• Participação do delegado distrital de
info
Braga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr.
Bastonário, Eng. Fernando Santo, no
Doutoramento Honoris Causa do Dr.
Joaquim Chissano.
• Participação do delegado distrital de
Braga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr.
Bastonário, Eng. Fernando Santo, no
Dia da Universidade do Minho.
• Reuniões de Direcção.
• Substituição da assessora.
Administrativa da Delegação de Braga,
Dra. Maria José, pela Dra. Alexandra.
Março de 2005
• Participação da Ordem do
Engenheiros na pessoa do delegado,
Eng. Paulo Rodrigues, e juntamente
com os delegados das Ordens dos
Médicos e Advogados, no “Forum
Emprego 2005 – 3as Jornadas de
Emprego Norte de Portugal – Galiza”
• Reuniões de Direcção.
• Participação do delegado-adjunto,
Eng. Ricardo Reis, na Procissão do
Enterro do Senhor, a convite do
Cabido Metropolitano e Primacial
Bracarense.
• Participação do Delegado Distrital
de Braga, Eng. Paulo Rodrigues, na
Assembleia Regional Ordinária,
Presidida pelo Eng. Braga da Cruz.
Abril de 2005
• Organização conjunta da Delegação
de Braga e da Região Norte de uma
conferência na Universidade do Minho,
com a participação do Presidente do
IMOPPI, Eng. Hipólito Ponce Leão, e
do Sr. Bastonário, Eng. Fernando
Santo. Esta iniciativa teve grande
sucesso junto dos finalistas do curso
de Engenharia Civil e contou com
cerca de 100 participantes. Do lado da
Universidade do Minho esteve
presente a Eng. Manuela Oliveira e da
Delegação de Braga o delegado e
moderador da Sessão o Eng. Paulo
Rodrigues.
info
• Início do curso de “Liderança para
Quadros”, no âmbito da formação
financiada do POEFDS, organizado na
nossa sede Distrital de Braga, que
encerrou com o maior sucesso para
todos os membros participantes e
formador Eng. Jorge Malheiro.
• Reuniões de Direcção.
Actividades a desenvolver
brevemente:
Inserido no programa de actividades
para o ano de 2005, a Delegação de
Braga da Ordem dos Engenheiros vai
organizar brevemente os seguintes
eventos:
Maio de 2005
• Organização de uma jornada
desportiva no dia 26 de Maio.
Esta iniciativa tem o apoio da
empresa de organização de eventos
DINAMISMO TOTAL e consta de
um programa que de manhã tem um
jogo de Futsal na Universidade do
Minho entre, os veteranos do Futebol
Clube do Porto (Aloísio, Domingos,
Rui Bastos entre outros) e a Ordem
dos Engenheiros Delegação de
Braga, seguido de um almoço e de
uma prova de karting indoor com
todos aqueles que se quiserem
associar.
Todo este programa está disponível
no site da Região Norte.
• Organização conjunta, do Colégio
Regional de Engenharia do Ambiente
e da Delegação Distrital de Braga, de
uma palestra sobre resíduos sólidos,
no dia 25 de Maio.
Entre outros oradores teremos o
nosso sempre amigo de Braga o Eng.
António Brito, presidente do Colégio
Nacional de Engenharia do Ambiente.
Mais informação consultar o site da
Região Norte.
Paulo Rodrigues, delegado distrital de Braga
da Ordem dos Engenheiros
Conferência/Debate
“Oportunidades,
Constrangimentos
e Responsabilidades
dos Futuros e Jovens
Engenheiros”
A Ordem dos Engenheiros - Região
Norte (OERN), com o apoio da Direcção
da FEUP, promoveu a 11 de Maio, na
FEUP, uma conferência/debate sobre os
constrangimentos e responsabilidades
associadas ao início de carreira na
Engenharia. Mais um evento que integra
o ciclo de conferências pelas escolas de
Engenharia do país que o bastonário da
OE, Fernando Santo, está a levar a cabo.
O presidente do Conselho Directo da
OERN, Gerardo Saraiva de Menezes,
iniciou o encontro com a apresentação
da OE, sua organização, funções e
objectivos. “Uma das maiores traves-
mestras é a defesa do interesse público e
a articulação entre esta e a defesa do
engenheiro. Esta é a nossa diferença para
o sindicato”, esclareceu Gerardo Saraiva.
A apresentação do IMOPPI coube ao
seu presidente, Ponce de Leão, o qual
forneceu alguns números relativos ao
actual panorama do sector em
Portugal, como, por exemplo, os 350
mediadores e as 8000 empresas de
gestão de condomínio. “Segundo os
dados do INE existem 62 mil
empresas do sector registadas, no
IMOPPI há cerca de 45 mil”, relatou o
presidente.
O decreto-lei de 2004 foi também um
dos pontos focados por Ponce de Leão,
até porque trouxe ao sector de
construção uma nova realidade:“ na
classe 9 em 2000 existiam 103 títulos de
registo e em 2005 diminuíram para 87”,
segundo dados fornecidos na sessão
pelo IMOPPI.
A questão dos alvarás esteve na ordem
do discurso de Ponce de Leão.
VIDA ASSOCIATIVA
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O bastonário da OE demonstrou no
início da sua intervenção entusiasmo em
poder participar neste encontro realizado
na primeira escola de Engenharia do
país.
A evolução do mercado de trabalho na
Engenharia foi o tema da sua
apresentação, começando por apontar
que se em 1954 existiam 15 cursos, no
corrente ano há 310 licenciaturas.
Para demonstrar o peso do sector da
construção em Portugal, Fernando
Santo revelou alguns dados referentes
a 2004: “O investimento na
construção representou 23.800
milhões de euros, empregou 10,7 por
cento da população activa, cerca de
41,6 por cento dos concursos
lançados foram da responsabilidade
das autarquias e foram adjudicados
mais de 3200 concursos”.
Na segunda parte da conferência os
intervenientes estiveram à disposição
para responder às questões colocadas
pela audiência.
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VIDA ASSOCIATIVA
Conclusões
do 5º Colóquio
Internacional
sobre Segurança
e Higiene do Trabalho
24 e 25 de Fevereiro
de 2005, Porto
A 5ª edição do Colóquio Internacional
sobre Segurança e Higiene do Trabalho
foi organizada em cooperação
consignada em protocolo assinado pela
Ordem dos Engenheiros – Região
Norte, APSET – Associação Portuguesa
de Segurança e Higiene o Trabalho e a
FEUP – Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto. Na sessão de
abertura estiveram presentes os
responsáveis destas instituições,
respectivamente, Eng. Gerardo Saraiva,
Dr. Luís Cabral e Prof. Carlos Costa. O
colóquio registou cerca de meio milhar
de inscritos e decorreu no auditório
principal da FEUP. A conferência de
abertura pertenceu ao Eng. Lopez
Valcarcel responsável do programa
Safework da OIT, Organização Mundial
do Trabalho que abordou os novos
desafios e oportunidades da segurança
no trabalho num mundo globalizado.
Depois de abordar os factores que
determinam a globalização da
economia, em particular quanto à
inovação tecnológica e à liberalização
do comércio, falou da harmonização
dos sistemas normativos de Segurança
e Saúde no Trabalho (SST). Esta
harmonização referiu-se à área do
trabalho ou social e à área de segurança
do produto e apresentou as convenções
internacionais mais recentes da OIT.
Apresentou também as directrizes da
OIT sobre sistemas de gestão de SST
que oferecem orientações para a
implantação ao nível nacional e ao nível
info
da empresa ou organização. Da nova
ordem económica e social emerge um
conjunto de desafios que os sistemas
normativos de SST devem ter
capacidade para enfrentar, para além de
ter que ser assegurado um enfoque
mais relevante aos vínculos existentes
entre a SST e a competitividade.
A seguir realizou-se um painel, com
várias intervenções, dedicado à
formação de profissionais de
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
(SHST), enquanto pilar fundamental da
prevenção de riscos. Realça-se que a
formação dos técnicos de SHST deve
estar intimamente ligada à realidade
das empresas. Contudo não deve
perder-se de vista que estes técnicos
devem saber definir estratégicas de
desenvolvimento das empresas a curto,
médio e longo prazos, devem conhecer
a envolvente Europeia, devem estudar
as tendências futuras apontadas por
organizações como a OIT e a AESST e a
legislação comunitária (actual e em
preparação). Torna-se fundamental que
na formação de base destes técnicos o
domínio das condicionantes do
contexto de trabalho que constituem
factores de risco de acidentes e de
doenças relacionadas com o trabalho.
Deve ser reiterado aos técnicos de
SHST que os problemas de saúde com
origem em desequilíbrios
organizacionais e deficientes condições
de trabalho fazem parte da área das
competências exclusivas. No domínio
dos referenciais para a SHST na
construção, há que atender às inúmeras
especificidades do processo construtivo
para a definição dos perfis profissionais
e de formação. Ao coordenador de
segurança na construção estão
atribuídas competências vastas. Estas
abrangem a construção, como a
elaboração de projectos, direcção e
acompanhamento de obras, técnicas e
processos construtivos, e a SHST, como
info
a gestão de sistema de protecção de
saúde e a aplicação dos princípios e
técnicas de prevenção de riscos
profissionais. O sistema de qualificação
dos coordenadores de segurança
previsto na legislação em discussão
assenta em dois graus de competência.
Estes graus relacionam-se com a
complexidade dos trabalhos a executar
e com o valor das obras.
A segunda sessão foi dedicada ao tema
do impacto da legislação nas empresas
e nos técnicos de SHST. Analisaram-se
as obrigações relacionados com a
SHST e com o Código de Trabalho.
Uma delas tem a ver com os
representantes dos trabalhadores para a
SHST sendo estes trabalhadores
eleitos que exercem funções de
representação individuais e que têm
direitos de participação, de consulta, de
formação e de informação. Têm ainda
direito de relacionamento com
empregadores, com trabalhadores e
com terceiros.
Abordaram-se ainda as especificidades
do enquadramento legislativo na gestão
da segurança na construção e nas
responsabilidades e na deontologia dos
profissionais de SHST. Existe legislação
que não é destinada directamente aos
técnicos de SHST mas que faz parte do
estatuto e do regime de deontologia
profissional. Outra legislação, por outro
lado, dirige-se ao enquadramento
organizacional e profissional. A
complementaridade entre estas
categorias de legislação tenta assegurar
o exercício da actividade de acordo com
os princípios éticos e deontológicos
esperados.
A terceira sessão abordou o tema da
análise dos acidentes de trabalho e das
doenças profissionais. A primeira
palestra dedicou-se ao tema dos
acidentes na União Europeia e as
causas respectivas. Nos custos dos
acidentes de trabalho, em 2000 e na UE
dos quinze, verificou-se que houve cerca
de 4,7 milhões que motivaram mais de
três dias de falta e que 5237 destes
foram fatais. Em termos de dias
perdidos houve 153 milhões devido a
acidentes e 350 milhões relacionados
com problemas de saúde. Foram ainda
discutidas as causas dos acidentes em
Portugal e o stress como factor de risco.
Verificou-se uma diminuição dos
acidentes mortais na construção entre
2001 e 2004 de 156 para 95. Em relação
ao stress verifica-se que há necessidade
de encarar este factor como causador
de muitos acidentes e que a acção de
médicos de trabalho e doutros
especialistas será muito útil na redução
da sinistralidade. Os médicos do
trabalho têm um papel insubstituível no
sistema de prevenção da empresa
havendo que investir no núcleo de
funções inerente à actividade em
equipas multidisciplinares de
prevenção.
A quarta sessão foi destinada aos
equipamentos de trabalho e à SHST. Foi
analisada a questão das regras de
mercado das máquinas e foi sugerida a
elaboração de definições claras para a
aplicação da directiva comunitária, do
reforço das disposições de fiscalização e
de conformidade e a implementação de
procedimentos de garantia de qualidade
completa. A segunda apresentação teve
a ver com a avaliação de riscos e
metodologias de controlo de
equipamentos e, entre várias
recomendações, destaca-se que é de
importância elevada o empregador
executar a verificação e inspecção
periódica dos equipamentos por técnico
competente para esse fim.
A quinta sessão foi preenchida com a
descrição de boas práticas na prevenção
de riscos profissionais. Foram
apresentados casos das empresas
REFER, EDP, AutoEuropa e SURB.
Embora estas organizações sejam de
áreas de actividade diferentes os
exemplos apresentam facetas comuns.
Estes aspectos referem-se sobretudo à
importância do planeamento da
prevenção, ao investimento nos
equipamentos e na formação, na
integração da prevenção e da qualidade,
na sensibilização dos trabalhadores, nas
auditorias de segurança, na existência
de normas de segurança e na melhoria
contínua da política de segurança.
Realizou-se no início da última tarde do
colóquio uma sessão técnica do Dr.
Manuel Roxo sobre Gestão e
Coordenação da Segurança e quais os
desafios para o futuro. O aspecto
principal relaciona-se com o
enriquecimento do modelo teórico de
organização do trabalho em estaleiro
sendo necessário definir a organização
do trabalho teórica. Para isso o esforço
de transparência organizacional e a
formalização de trocas e
enriquecimento do saber organizacional
servem para combater as culturas de
competição interna, para aumentar a
retenção do saber e para introduzir as
abordagens globais e verdadeiramente
pluridisciplinares.
A última componente do colóquio foi
VIDA ASSOCIATIVA
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composta por uma mesa-redonda
composta pelo Eng. Fernando de
Almeida Santos, Prof. Luís Alves Dias,
Prof. Hipólito de Sousa e Eng. José
Eduardo Marçal. A moderação foi feita
pelo Eng. Hipólito Ponce de Leão e
abordou a questão da formação e
qualificação dos coordenadores de
Segurança na Construção. Foram
apresentadas e discutidas várias
características sendo de destacar que as
componentes de formação deverão
contemplar as matérias adstritas à
legislação e regulamentação na
construção civil e obras públicas, à
acção do coordenador em projecto e do
coordenador em obra, aos diferentes
instrumentos e à prevenção de riscos
profissionais. Quanto às habilitações
académicas de ingresso devem poder
incorporar diferentes formações de base
de acordo com as actividades a
desempenhar. A experiência adequada
no sector deve ser relevante e ser
contabilizada na qualificação para o
exercício desta actividade. É de realçar a
necessidade de conhecimentos técnicos
indispensáveis para poder assumir as
responsabilidades inerentes de modo
competente e responsável.
O encerramento foi feito com a
presença do Eng. Ponce de Leão, em
representação da Secretaria de Estado
das Obras Públicas, da Dra. Manuela
Calado, do Ponto Focal da Agência
Europeia da SST, do Eng. Gerardo
Saraiva, da Ordem dos Engenheiros, e
do Prof. Alfredo Soeiro, da FEUP. Foi
realçado o êxito aparente do colóquio
como resultado do nível elevado das
apresentações, das intervenções e do
número elevado de assistentes. Foi
ainda expresso o desejo de repetir o
colóquio no ano seguinte e o interesse
elevado que este tipo de eventos tem
para a economia e o para
desenvolvimento da sociedade.
Página 28
ENGENHARIA
NO MUNDO
info
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LAZER
Página 29
Agostinho Peixoto, especialista em Turismo
2005: Ano Internacional
da Física
No 3º Congresso Mundial das
Sociedades de Física, realizado em
Berlim a 15 e 16 de Dezembro de 2000,
aprovou-se a proposta da Sociedade
Europeia de Física (SEF) no sentido de
fomentar iniciativas para que 2005 –
altura do centenário do Annus Mirabilis
da produção científica de Albert Einstein
– fosse o Ano Mundial da Física.
Dois anos mais tarde, a União
Internacional da Física Pura e Aplicada
(IUPAP) expressou esse desejo. Mais um
passo foi dado em 2003. Sob proposta
de Portugal, do Brasil e da França, a
Conferência Geral da Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura (UNESCO) resolveu acolher a
resolução da IUPAP e convidar o
director-geral a solicitar à Assembleia
Geral da ONU que declarasse o Ano
Internacional da Física em 2005.
E assim foi concretizada essa vontade
pela Assembleia Geral da ONU, a 10 de
Junho de 2004. Para levar a cabo tal
iniciativa, este organismo convidou a
UNESCO, sociedades de Física e grupos
do mundo inteiro a organizar actividades
nessa área. O objectivo é que o mundo
se una num esforço comum: desenvolver
o interesse pela Física, reforçar o papel
dos físicos na sociedade e aliar a Física a
outras áreas.
Finalmente, nos dias 13 e 15 de Janeiro,
na UNESCO, lançou-se oficialmente
2005 Ano Internacional da Física.
No nosso país, a cerimónia de
lançamento ocorreu a 14 de Março, na
Escola Secundária Maria Amália Vaz de
Carvalho, em Lisboa, contando com a
presença do Presidente da República,
Jorge Sampaio, e com o Presidente da
Comissão Internacional do Ano
Internacional da Física, Martial Ducloy.
A Sociedade Portuguesa de Física (SPF)
deu assim início às comemorações,
tendo consciência que o nosso país sairá
a ganhar com esta iniciativa,
especialmente a ciência, a engenharia e a
tecnologia.
É de referir que Portugal possui um
corpo de cientistas importantes, contudo
não há motivação para que estudem e
trabalhem no nosso país. Os Estados
Unidos e a Ásia, sobretudo o Japão, são
um chamariz aos investigadores.
Para combater essa tendência, e tendo
em conta que a União Europeia quer
tornar-se até 2010 na economia mais
competitiva do mundo com base no
conhecimento, estabeleceu-se a meta de
investir três por cento do produto interno
bruto, em média, até 2010.
Mas afinal quem foi o homem
que motivou o Ano Mundial da Física?
Em poucas palavras, Albert Einstein foi o
homem que mudou a Física e o mundo.
E a sua imagem faz parte do imaginário
de todos quando se pensa no conceito
de génio.
Nascido a 14 de Março de 1879, em Ulm
(Alemanha) – mais tarde adquiriu as
nacionalidades suíça (1901) e norteamericana (1940) –, Einstein em criança
demorou muito tempo a aprender a falar,
tendo os seus pais temido que tivesse
algum atraso mental. Mas não, talvez já
nessa altura as perguntas ocupavam-lhe
o pensamento.
Já a estudar na Suíça, o jovem
continuava a não demonstrar sinais de
grande inteligência. Terminado o curso
na Escola Politécnica Federal aos 18
anos, não conseguiu arranjar emprego
como professor de Física e Matemática,
e foi trabalhar como assistente técnico
no Departamento Suíço de Registo de
Patentes.
Este não era o emprego dos seus
sonhos, mas foi este que lhe permitiu ter
tempo para se dedicar à preparação do
doutoramento e desenvolver alguns dos
seus trabalhos mais notáveis.
Em 1905, Einstein escreveu artigos que
forneceram a base de três campos
fundamentais em Física: a teoria
relatividade restrita, a teoria quântica e a
teoria do movimento browniano. Só em
1916 viria a apresentar a teoria geral da
relatividade.
Entretanto, o reconhecimento dos seus
achados levou-o a ser requisitado para
leccionar em várias universidades e
participar em conferências.
Regressou ao seu país natal em 1914.
Sendo judeu e com a chegada de Hitler
ao poder, foi obrigado a fugir do país em
1933, ano em que se fixou nos Estados
Unidos e onde assumiu funções de
docente de Física Teórica na
Universidade de Princeton. Reformou-se
em 1945, vindo a falecer 10 anos mais
tarde, a 18 de Abril, em Princeton.
O seu trabalho valeu-lhe vários prémios,
incluindo o Prémio Nobel da Física em
1921 pelos “serviços em prol da Física
Teórica, em especial pela sua descoberta
da lei do efeito fotoeléctrico”.
A persistência, o empenho, a curiosidade
e a sua genialidade na teoria da Física
tornaram-no solitário, embora tivesse
sido casado por duas vezes.
Montes de Emoções
A Região de Turismo do Nordeste
Transmontano engloba no seu território
os 12 concelhos que constituem o
distrito de Bragança (Alfândega da Fé,
Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo
de Espada à Cinta, Macedo de
Cavaleiros, Miranda do Douro,
Mirandela, Mogadouro, Torre de
Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais) e
três Áreas Protegidas (Parque Natural de
Montesinho, Parque Natural do Douro
Internacional e Paisagem Protegida da
Albufeira do Azibo).
Paisagens de beleza ímpar, campos
recortados de cores múltiplas, povo
acolhedor, excelente gastronomia,
património e tradições alicerçadas na
história e cultura portuguesas não são
mais do que motivos incontornáveis para
uma visita aprofundada à região.
É certo que, em anos passados, o
isolamento e o êxodo rural contribuíram
para que o esquecimento do interior
prevalecesse constituindo, como
consequência, a falta de investimento em
várias áreas, nomeadamente no turismo,
limitando, em muito, o desenvolvimento
deste território. No entanto, tem sido
notória uma evolução positiva, já que
muitos dos programas operacionais no
âmbito dos quadros de apoio
comunitário têm sido implementados
nesta região. Empreendimentos
hoteleiros, de turismo no espaço rural;
surgimento de um maior número de
empresas de animação turística, a
recuperação de património com valor
histórico e cultural e ainda a
requalificação de aldeias, bem como de
espaços urbanos, entre outros, atribuem
ao Nordeste Transmontano uma
imagem mais actualizada.
No conceito actual de turismo o
Nordeste detém um leque de valências
que devem ser conhecidas: desde
actividades ligadas ao pedestrianismo, à
equitação, observação de aves (águia
real, o grifo, a cegonha negra, entre
outras espécies), aos desportos náuticos,
radicais, entre outros, esta região com as
suas inúmeras barragens e espaços de
rara beleza presenteia largamente quem
a visita.
Os circuitos pelas sedes de concelho são
igualmente uma excelente alternativa,
pois a região tem testemunhos históricos
que vão desde o neolítico às invasões
francesas. Reinam castros e castelos que
desde cedo defenderam o seu berço;
monumentos fúnebres (antas) e pinturas
rupestres aclamam a sua influência na
formação do nordestino.
O Douro ainda encontra aqui parte da
sua região demarcada e património
mundial, integrando a denominada Terra
Quente. Terra esta que para além de
quente é florida! No 2º e 3º mês do ano
as amendoeiras exibem as cândidas
flores sem modéstia.
Imperdível!
A saudosa linha do Tua, embora não na
sua totalidade, descreve um fantástico
percurso de escarpas e penedos numa
viagem de comboio a lembrar o
romantismo de outros séculos.
Obviamente que todo este leque de
locais a visitar e actividades a realizar são
salteadas com a excelente gastronomia
regional! Os fumeiros, a posta à
mirandesa, o bacalhau, o cabrito, os
queijos e a doçaria (produtos certificados
de qualidade e de origem protegida),
para além do vinho, estão sempre na boa
mesa nordestina. A simpatia e a
hospitalidade deste povo não têm
comparação quando estende os braços
ao visitante e o convida para sua casa, já
que aqui a arte de receber é inata.
A caça e a pesca estão, igualmente,
representados na gastronomia.
Atractivos turísticos que movem muitos
entusiastas em busca de convívio e
aventura. Estas actividades devem ser
praticadas nas devidas épocas e nas
respectivas áreas. O javali, a lebre, o
coelho, a perdiz; bem como a truta, o
barbo, a boga, escalo e carpa são as
espécies de eleição.
As festas e romarias alegram a região
durante todo o ano. Os grupos
etnográficos marcam presença com os
seus cantares, danças e rituais cheios
de cor e movimento. O artesanato
relata em símbolos o modus vivendi
agrícola e tradicional desta região bem
portuguesa.
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AGENDA
info
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ENCONTRO 2005 DE MEMBROS ELEITOS
DA REGIÃO NORTE DOS ENGENHEIROS
CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
25 A 28 JULHO
19 E 20 MAIO
LOCAL: UTAD
ORGANIZAÇÃO: Colégio de Electrotecnia da OERN
ORGANIZAÇÃO: CDRN
ABRIL, MAIO E JUNHO
LOCAL: FEUP
ORGANIZAÇÃO: Departamento de Física da FEUP
26 A 29 MAIO
SETEMBRO
ANO INTERNACIONAL DA FÍSICA
CICLO DE PALESTRAS
LOCAL: Ponta Delgada
ORGANIZAÇÃO: Colégio de Engenharia Geológica e de Minas
LOCAL: Sede da OERN
ORGANIZAÇÃO: CDRN
No âmbito do Ano Internacional da Física, no Departamento
de Física da FEUP continua a decorrer um conjunto de
palestras e uma série de visitas ao laboratório de Física da
FEUP dirigidas a alunos do ensino secundário.
Programa
- 13 de Abril
15h Sala B001 - Palestra “A Física 100 anos Depois de Einstein”
17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física
- 20 de Abril
15h Sala B001 - Palestra “A Fusão Nuclear: uma Energia para o
Futuro”
17h, Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física
- 18 de Maio
15h Sala B001 - Palestra “Nanotecnologias: o Amanhã é já
Hoje”
17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física
- 22 de Junho de 2005
15h, Sala B001 - Palestra “A Biofísica da Actividade Cerebral”
17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física
Nos dias 11 de Maio e 8 de Junho as escolas secundárias
interessadas poderão ainda participar em sessões laboratoriais
subordinadas ao tema: “Ondas no laboratório”.
Entre as 14h30 e as 17h30 os alunos visitantes vão poder
assistir a demonstrações de experiências sobre:
- Interferência e difracção de ondas, comportamento
ondulatório da luz; funcionamento de um laser;
- Fundamentos do movimento ondulatório: pêndulos
acoplados, ondas estacionárias numa corda, instrumentos
musicais;
- Efeito Doppler, medição da velocidade de um carrinho,
princípio de funcionamento do radar.
Mais informações:
https://www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=4114
XV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA
GEOLÓGICA E DE MINAS
A PROFISSÃO DE ENGENHEIRO.
A ÉTICA E DEONTOLOGIA NO EXERCÍCIO
DA PROFISSÃO
O Colégio Nacional de Engenharia Geológica e de Minas, com
o apoio do Conselho Directivo Nacional e da Secção Regional
dos Açores da Ordem dos Engenheiros, vai realizar entre 26 e
29 de Maio de 2005 o seu XV Encontro Nacional, na cidade de
Ponta Delgada – São Miguel (Açores), pretendendo
proporcionar aos seus membros
a oportunidade de reflectir sobre assuntos de interesse
profissional, numa atmosfera propícia ao convívio.
Mais informações e inscrições, contactar o site nacional
da Ordem.
JUNHO
LOCAL: Sede da OERN
ORGANIZAÇÃO: CDRN
MESA-REDONDA SOBRE O PROCESSO
DE BOLONHA
LOCAL: Gerês – Terras de Bouro
ORGANIZAÇÃO: CDRN
LOCAL: PORTO
ORGANIZAÇÃO: AEESB – Universidade Católica
III JORNADAS DE BIOTECNOLOGIA
Participação da Eng.ª Teresa Ponce de Leão
em representação do CDRN
13 A 17 JUNHO
LOCAL: FEUP
ORGANIZAÇÃO: FEUP e Department of Information System
and Computation of the Polytechnic University of Valencia.
6 JUNHO
LOCAL: Mirandela
ORGANIZAÇÃO: DD Bragança
DEBATE SOBRE COORDENAÇÃO
DE SEGURANÇA E A NOVA LEGISLAÇÃO
SOBRE ALVARÁS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Com a participação do presidente do IMOPPI, Eng. Ponce
de Leão, e do vogal do CRC Civil, Eng. Matos de Almeida
LOCAL: FEUP
ORGANIZAÇÃO: FEUP
25 JULHO
A FEUP tem já agendada para 21 de Maio de 2005 a cerimónia
festiva do Dia da Graduação.
Neste dia entregamos as cartas de Doutoramento, de
Mestrado e de Licenciatura aos doutores, mestres e
licenciados, que obtiveram o seu grau no ano civil anterior.
É também nesta ocasião que homenageamos os que por
jubilação ou aposentação se retiraram do serviço activo
durante o ano de 2004.
24 SETEMBRO
LOCAL: Ponte de Lima
ORGANIZAÇÃO: DD Viana do Castelo
21 MAIO
DIA DA GRADUAÇÃO
DEBATE SOBRE A GESTÃO DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO DOURO
JUNHO
QUE CAPACIDADE DE ENGENHARIA
NA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS.
O IMPACTO FLORESTAL, AGRÍCOLA
E DE CIDADANIA
LOCAL: Porto
ORGANIZAÇÃO: CDRN
REUNIÃO DE TRABALHO
SOBRE COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA
NA CONSTRUÇÃO
Vários especialistas convidados
SETEMBRO
LOCAL: Peso da Régua
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y Minero, em parceira com uma equipa de trabalho que
envolve elementos da FEUP, realiza o Simpósio sobre
Mineração e Metalurgia, de 21 a 23 de Junho de 2005. Este
evento visa dinamizar e congregar esforços no sentido da
promoção da investigação e preservação dos patrimónios
mineiro e metalúrgico antigos no Sudoeste europeu.
A 3ª edição deste simpósio será realizada na cidade do Porto,
nas instalações da FEUP.
O objectivo da iniciativa, marcada por uma colaboração
entre instituições Ibéricas, é permitir um desenvolvimento
futuro de dinâmicas conducentes a uma melhor
identificação e preservação das raízes mineiras e
metalúrgicas que marcaram o passado da actividade
humana na Península Ibérica.
Mais informações:
http://www.ippar.pt/conferencias/simposio2005
Todos os anos uma figura de relevo da universidade, da
investigação, do mundo empresarial ou da sociedade
portuguesa em geral, é convidada a participar neste evento.
ENCONTROS
AGENDA
17TH CONFERENCE ON ADVANCED
INFORMATION SYSTEMS ENGINEERING
(CAISE'05)
Realiza-se entre 13 a 17 de Junho de 2005, na FEUP, a 17th
Conference on Advanced Information Systems Engineering
(CAiSE'05).
A conferência pretende ser um fórum de discussão,
apresentação e troca de resultados e experiências na área da
investigação de "Information Systems Engineering", que irá
reunir entre 300 a 400 investigadores oriundos de todo o
mundo.
O evento é organizado pela FEUP em parceira com o
Department of Information System and Computation of the
Polytechnic University of Valencia.
Mais informações: http://gnomo.fe.up.pt/~caise/index.php
21 A 23 JUNHO
LOCAL: FEUP
ORGANIZAÇÃO: FEUP e Sociedad Española para la Defensa
del Patrimonio Geológico y Minero
SIMPÓSIO SOBRE MINERAÇÃO E METALURGIA
A Sociedad Española para la Defensa del Patrimonio Geológico
EFITA/WCCA 2005 JOINT CONFERENCE
5TH CONFERENCE OF THE EUROPEAN
FEDERATION FOR INFORMATION
TECHNOLOGY IN AGRICULTURE, FOOD AND
ENVIRONMENT
3RD WORLD CONGRESS ON COMPUTERS IN
AGRICULTURE AND NATURAL RESOURCES.
A conferência conjunta EFITA/WCCA 2005 constituirá um
fórum privilegiado onde investigadores e profissionais poderão
trocar informação sobre os desenvolvimentos e aplicações das
tecnologias da informação na agricultura.
Os principais objectivos que se esperam alcançar com a
realização deste evento são a promoção do uso das novas
tecnologias, a divulgação do estado da arte no uso de
ferramentas de software, o estabelecimento de contactos e de
colaboração entre as instituições de investigação, de insino e
os produtores, iniciar projectos de educação e treino e
apresentar planos inovadores com vista a criar novas
empresas.
Os trabalhos da conferência serão organizados em sessões
plenárias, tutorais, workshops e posters cobrindo diversos
temas: Agricultura de Precisão, Automação e Controlo,
Desenvolvimento Rural, e-AgBusiness, Gestão de Recursos,
Modelação Ambiental e Científica, Produção Animal, Redes
Sensoriais, Segurança Alimentar, Sistemas de Apoio à
Decisão, Sistemas de Informação Geográfica,
Sustentabilidade, entre outros.
A organização deste evento está a cargo da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro, da Federação Europeia para as
Tecnologias da Informação na Agricultura (EFITA), da
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das
Tecnologias da Informação na Agricultura (APDTICA) e conta
com o apoio da Ordem dos Engenheiros.
Página 32
AGENDA
info
A submissão de trabalhos terminou no dia 11 de Janeiro de
2005, tendo sido recebidos 263 trabalhos de autores
provenientes de 51 países. É de referir que pela primeira vez na
história da realização deste congresso serão atribuídos dois
prémios de investigação, Júnior e Sénior, e será efectuada uma
selecção dos melhores trabalhos para publicação em revistas
científicas de reconhecido mérito internacional.
Mais informações:
http://www.agriculturadigital.org/efitaandwcca2005 ou
[email protected]
Historial do Congresso
A EFITA - Federação Europeia para as Tecnologias da
Informação na Agricultura tem organizado com uma
periodicidade bianual os congressos:
1th Conference of the European Federation for Information
Technology in Agriculture, Food and Environment, Copenhaga,
Dinamarca, 1997
2th Conference of the European Federation for Information
Technology in Agriculture, Food and Environment, Bona,
Alemanha, 1999
3th Conference of the European Federation for Information
Technology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier,
França, 2001
4th Conference of the European Federation for Information
Technology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier,
Debrecen, Hungria, 2003
A ASAE – American Society of Agricultural Engineers tem
vindo a organizar com uma periodicidade bianual os
congressos:
1th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 1986
2th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 1988
3th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 1990
4th INTERNATIONAL CONFERENCE, University of Florida,
USA, 1992
5th INTERNATIONAL CONFERENCE, Joseph MI, USA, 1994
6th INTERNATIONAL CONFERENCE, Cancun, México, 1996
7th INTERNATIONAL CONFERENCE, Orlando, USA, 1998
WCCA- World Congress of Computers in Agriculture and
Natural Resources, Brasil, Março, 2002
WCCA- World Congress of Computers in Agriculture and
Natural Resources, Tailândia, Agosto, 2004
No seguimento de um protocolo assinado em 2003 na
Hungria pelas Instituições EFITA e ASAE, estes dois eventos
irão ser realizados pela primeira vez em simultâneo e em
Portugal, sendo a sua designação abreviada EFITA/WCCA 2005
Joint Conference.
Participantes:
Tendo em conta a experiência de congressos anteriores, e que
o número de trabalhos submetido é de 263 de 51 países,
espera-se um número de participantes entre 300 a 350, sendo
cerca de 60 alunos de doutoramento. Estes são na sua maioria
oriundos de países europeus e dos Estados Unidos da
América, contando-se ainda com participantes da América
Latina, Ásia e África, por esta ordem de importância.
Divulgação:
O congresso EFITA/WCCA 2005 tem vindo a ser divulgado
desde Agosto de 2004 por todo o mundo de variados modos:
em revistas científicas da área, imprensa, cartazes e brochuras,
convocatórias e anúncios enviados por correio normal e
electrónico, website, etc. É de referir que as convocatórias
foram distribuídas em formato electrónico a cerca de 15000
investigadores e profissionais da área graças à colaboração de
instituições parceiras que acederam a ajudar a organização na
divulgação deste congresso, bem como na realização de
algumas sessões técnicas, como sejam a ISHS, ASAE, CIGR,
FAO, Comissão Europeia, entre outras.
Programa Técnico do Congresso:
O programa do congresso será constituído por uma sessão de
abertura e de encerramento, cinco sessões técnicas a decorrer
em paralelo durante quatro dias, cinco sessões tutorais,
workshops, sessões de posters, reuniões dos membros dos
comités e das organizações presentes, visitas técnicas e
exposições que começarão a ser definidas após o dia 28 de
Fevereiro de 2005, data limite para a conclusão do processo de
revisão dos trabalhos submetidos e das propostas de
realização de sessões técnicas. O programa será publicado no
website do congresso (uma 1ª versão provisória em Abril de
2005 e uma versão definitiva em Junho de 2005).
info
12 A 14 OUTUBRO
27 E 28 OUTUBRO
LOCAL: Auditório da FEUP
ORGANIZAÇÃO: FEUP e DGEMN
LOCAL: FEUP
ORGANIZAÇÃO: FEUP
2º SEMINÁRIO INTERVENÇÃO
NO PATRIMÓNIO: PRÁTICAS
DE CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO
IV JORNADAS TÉCNICAS PAVIMENTOS
RODOVIÁRIOS – AMBIENTE
E SUSTENTABILIDADE
27 A 29 JULHO
Na sequência do sucesso alcançado no primeiro seminário
promovido pela FEUP em parceria com a Direcção Geral dos
Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), as duas
entidades estão a organizar o 2º Seminário sobre “A
Intervenção no Património: Práticas de Conservação e
Reabilitação”.
É intenção dos organizadores que este evento seja potenciador
de um debate alargado sobre o património construído, de
reflexão sobre o seu estado actual e de como intervir de forma
sustentada numa perspectiva de futuro.
As áreas em debate repartem-se por cinco sessões dedicadas a
temas de grande actualidade no domínio do património
edificado: Perspectivas para a Conservação e Reabilitação do
Património e sua Inventariação; Casos Práticos de Intervenção
em Património Edificado; Técnicas de Diagnóstico e Inspecção;
Reforço Estrutural; Das Técnicas Tradicionais às Novas
Tecnologias.
O evento irá decorrer nos dias 12, 13 e 14 de Outubro
de 2005 no Auditório da FEUP.
Mais informações: Tel. FEUP, DECivil: 225081944,
email: [email protected] e
http://ncrep.fe.up.pt/seminario.htm
LOCAL: Campus de Ponta Delgada da Universidade dos Açores
ORGANIZAÇÃO: APAET
23 A 26 OUTUBRO
6º CONGRESSO NACIONAL DE MECÂNICA
EXPERIMENTAL
A APAET – Associação Portuguesa de Análise Experimental de
Tensões, com os apoios da FEUP e do INEGI, vai organizar o
seu 6º Congresso Nacional de Mecânica Experimental.
O objectivo principal deste congresso é a realização de um
fórum para a discussão e divulgação das descobertas mais
recentes nas áreas da análise experimental de tensões e da
mecânica experimental, quer nas aplicações a problemas de
Engenharia, quer na investigação que decorre nos diversos
ramos da ciência.
O evento decorrerá no Campus de Ponta Delgada da
Universidade dos Açores, Ilha de São Miguel, durante
os dias 27 a 29 de Julho de 2005.
Mais informações: http://paginas.fe.up.pt/apaet6/
AGENDA
LOCAL: Centro de Congressos da Madeira, Funchal
ORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa para Estudos de
Saneamento Básico e Secretaria Regional do Ambiente e
Recursos Naturais
GESTÃO DE RESÍDUOS – SUSTENTABILIDADE
O Grupo de Resíduos da Associação Portuguesa para Estudos
de Saneamento Básico (APESB) tem em curso a organização
das 5ªs Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos, a realizar
nos dias 23 a 26 de Outubro de 2005 no Funchal. Trata-se de
um evento com extrema valia técnica e um marco de excelência
de intercâmbio de informação no sector da gestão dos
resíduos. As jornadas incluirão um workshop sobre "Gestão de
Aterros Sanitários", sessões temáticas sobre "Política Europeia
de Resíduos", "Casos Práticos de Gestão de Resíduos",
"Recolha Selectiva de Resíduos", "Gestão de Resíduos em
Regiões Insulares", "Qualidade, Ambiente e Segurança" e
"Resíduos e Saúde Pública", e visitas técnicas.
Mais informações: Tel. APESB, Dra. Carla Galier: 218443849;
email: http://[email protected] ou www.apesb.pt
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14 DEZEMBRO
LOCAL: FEUP
ORGANIZAÇÃO: FEUP
9ªS JORNADAS DE CONSTRUÇÕES CIVIS
WORKSHOP
31 MAIO
LOCAL: Auditório do Arquivo Histórico do Porto
– Casa do Infante
ORGANIZAÇÃO: Colégio Regional de Engenharia Geológica e
de Minas da OERN, Câmara Municipal do Porto
e Associação Portuguesa de Geólogos
CARTA GEOTÉCNICA DO PORTO
O Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas, em
conjunto com a Câmara Municipal do Porto e a Associação
Portuguesa de Geólogos, vai levar a efeito, a 31 de Maio, um
workshop sobre a Carta Geotécnica do Porto.
O tema terá interesse, para além dos colegas do Colégio
de Engenharia Geológica e de Minas, para os dos Colégios de
Civil (principalmente da especialidade de Geotecnia),
de Geográfica e do Ambiente.
Mais informações sobre o programa e inscrições:
Tel. OERN: 222054102, email:
[email protected]
ou http://norte.ordemdosengenheiros.pt
FORMAÇÃO
18 E 25 DE JUNHO
LOCAL: Sede da OERN
ORGANIZAÇÃO: CDRN
21º CURSO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA
PROFISSIONAL
A OERN tem vindo a promover Cursos de Formação em Ética
e Deontologia Profissional com o objectivo de transmitir
conhecimentos e divulgar casos de reconhecida importância
para o exercício da profissão de Engenheiro, designadamente
no tocante aos valores e princípios a ela inerentes.
Estes Cursos constituem, desde Janeiro de 2002, uma
componente obrigatória dos Estágios de admissão à Ordem
dos Engenheiros. Deste modo, qualquer membro estagiário
que se tenha inscrito depois de 1 de Janeiro só será admitido
como membro efectivo após a frequência, com
aproveitamento, daqueles cursos.
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AGENDA
info
A duração destes cursos é de 10 horas, a funcionar das 10h30
às 13h e das 14h30 às 17h.
O número de participantes por curso é limitado, sendo as
inscrições consideradas por ordem de recepção na Ordem dos
Engenheiros – Região Norte.
Para efectuar a inscrição deverá enviar a ficha de inscrição
e proceder ao pagamento de 25,00 euros (inclui:
documentação)
Mais informações: http://www.norte.ordemdosengenheiros.pt
VISITAS TÉCNICAS
18 JUNHO
LOCAL: Subterrâneos do Porto
ORGANIZAÇÃO: Colégio Regional de Engenharia Geológica
e de Minas
VISITA AOS MANANCIAIS DE ÁGUA
SUBTERRÂNEOS DO PORTO
O Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas,
com o apoio dos SMAS Porto, vai levar a efeito, no sábado
dia 18 de Junho, uma visita aos subterrâneos do Porto.
Muito antes de se fazer a captação no rio Sousa, quando
ainda não havia abastecimento domiciliário, a população do
Porto abastecia-se de água nas fontes e chafarizes.
As fontes e chafarizes eram abastecidos por vários mananciais,
dos quais os mais abundantes eram os de Paranhos,
Salgueiros, Campo Grande, Camões, Póvoa de Cima, Cavaca,
Fontainhas, Virtudes, Aguardente e Malmeajudas.
A visita aos subterrâneos do Porto percorre o antigo
manancial de Paranhos (também conhecido como o
manancial da Arca de Água ou Arca das Três Fontes, por
serem três as nascentes de onde a água brotava), que foi
sem dúvida, o mais importante, devido à excelente
qualidade e pureza da água e ao "seu copioso caudal".
O encanamento do manancial de Paranhos dos nossos dias
nada tem haver com o inicial, mas não deixa de ser um
importante e interessante testemunho histórico da nossa
cidade, que é dado a conhecer através da sua visita.
Contamos Consigo.
Mais informações sobre o programa e inscrições:
Tel. OERN: 222054102, email:
[email protected]
ou http://norte.ordemdosengenheiros.pt
CULTURA E LAZER
26 MAIO
LOCAL: Universidade do Minho
ORGANIZAÇÃO: DD Braga
TAÇA OE-FC PORTO
No próximo dia 26 de Maio, às 10h, nas instalações da
Universidade do Minho, vai decorrer a 1ª Taça OE/DT,
disputada através de um jogo de futsal entre a equipa da
Ordem dos Engenheiros Norte e a equipa de veteranos do FC
Porto, onde alinharão muitos dos craques que ainda há bem
pouco tempo nos maravilhavam com as suas qualidades
futebolísticas. Será uma oportunidade ímpar para os membros
da Ordem dos Engenheiros poderem conviver de perto com
alguns dos seus ídolos e verificarem que estes mantêm as suas
qualidades intactas.
O plano desportivo deste dia inclui para além do jogo futsal
entre as equipas do FC Porto e da Ordem dos Engenheiros
Norte, uma prova de karting indoor, a decorrer nas instalações
do Sport-Center em Braga.
Para além do plano desportivo, está também agendado para
este dia um almoço volante a ter lugar nas magníficas
instalações do Sport-Center.
O dia terminará com a entrega dos prémios que decorre em
simultâneo com a oferta de um branco de honra.
Este dia, inserido no programa desportivo da Ordem dos
Engenheiros, é organizado pela DT - Dinamismo Total e conta
com o patrocínio da Stock-Car.
As inscrições podem ser feitas na Delegação Distrital
de Braga, email: [email protected],
tel.: 253269080, fax: 253269114. Ou para Dr.ª Alexandra Gaio:
962728642, Eng.º Paulo Rodrigues: 969516504
e Eng. Jorge Basílio: 917827407
SETEMBRO
LOCAL: Braga
ORGANIZAÇÃO: DD Braga
ENGENHO E OBRA – ENGENHARIA
EM PORTUGAL NO SÉCULO XX
ERRATA
Por lapso no último número da INFO foi indicado que
Luís Sousa Lobo é o representante de Portugal no Grupo
Bolonha, no artigo “Processo de Bolonha: Engenharia –
Contra o devaneio académico da proposta do MCIES”,
página 9, o que não corresponde à verdade, sendo o
representante actual Sebastião José Cabral Feyo de
Azevedo. Pelo facto, pedimos desculpa aos dois visados.
Chama-se a atenção para o facto do mesmo artigo ter sido
também publicado no Jornal de Negócios no caderno
semanal Engenheiros.
info
AGENDA
Página 35
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