info TRIMESTRAL | ABR.MAI.JUN. 2005 • Nº 4 • €2 Magazine de informação da Ordem dos Engenheiros REGIÃO NORTE Aristides Guedes Coelho homenageado no Dia Regional info editorial índice 4 6 8 11 15 20 28 29 30 Artigo de Opinião Casa da Música Fernando de Almeida Santos Secretário da OERN Um ano de mandato… Completado em Abril último um ano de mandato da actual Direcção da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, é tempo de, por um lado fazer uma retrospectiva daquilo que tem vindo a ser desenvolvido, e por outro lado elevar, ainda mais, tudo aquilo que são os desígnios efectivos desta Associação Profissional. “Arrumar a casa” foi o nosso lema neste primeiro ano de trabalho. Consolidámos as contas, optimizámos serviços, regrámos procedimentos, organizámos a gestão de membros, criámos debates ao nível técnico-profissional e através desses debates temos vindo a propor soluções. A vida profissional de um engenheiro é regida por normas de condutas de índole técnica, ética e deontológica que determinam a responsabilidade de cada interveniente. Estes factores, quando correspondidos pela obtenção de resultados, desenvolvem a auto-estima de cada engenheiro, reforçando o privilégio da responsabilidade de decisão. É aqui que a engenharia e o engenheiro se tornam um elo social. O engenheiro como profissional é, não raras vezes, um decisor, e por tal foi tornando a engenharia num factor de desenvolvimento das sociedades ao longo dos tempos. A própria engenharia, com as novas tecnologias e áreas do conhecimento, tem vindo a tornar-se cada vez mais eclética. Atento a tudo isto, o Conselho Directivo da Região Norte decidiu criar pela primeira vez o “Dia Regional Norte do Engenheiro” subordinado a um tema específico e com o propósito de distinguir e homenagear engenheiros que pela antiguidade ou pelo exemplo profissional se te nham vindo a destacar ao longo da sua vida profissional. Para este I Dia Regional Norte do Engenheiro, que se pretende anual, foi decidido escolher a cidade de Viana do Castelo para acolher o evento no dia 14 de Maio de 2005. O tema específico deste ano, para o qual são convidados distintos oradores, prende-se com a interacção entre a Engenharia e a Inovação. Realça-se, neste Dia Regional, a homenagem a três engenheiros que, com percursos distintos, são entre outros o exemplo claro de uma actividade profissional altamente meritória. São eles o engenheiro Aristides Guedes Coelho, distinto professor e também o engenheiro destacado neste número da INFO, o engenheiro Pedro Guedes Oliveira e o engenheiro João Pedro de Oliveira Valença. Julgamos que o facto de aliarmos todas estas componentes da enge nharia nos permitirá, doravante, atingir outro nível de apoio aos membros, privilegiando sempre a componente profissional do engenheiro. Afinal, este é o desígnio principal da Ordem dos Engenheiros. Notícias Entrevista a Aristides Guedes Coelho Destaque Vida Associativa Engenharia no Mundo Lazer Agenda 6 11 15 Ficha Técnica Propriedade: Ordem dos Engenheiros – Região Norte. Director: Luís Ramos ([email protected].). Conselho Editorial: Gerardo Saraiva de Menezes, Luís Leite Ramos, Fernando Almeida Santos, Maria Teresa Ponce Leão, António Machado e Moura, Joaquim Ferreira Guedes, José Alberto Gonçalves, Aristides Guedes Coelho, Hipólito Campos de Sousa, José Ribeiro Pinto, Francisco Antunes Malcata, António Fontainhas Fernandes, João da Gama Amaral, Carlos Vaz Ribeiro, Fernando Junqueira Martins, Luís Martins Marinheiro, Eduardo Paiva Rodrigues, Paulo Pinto Rodrigues, António Rodrigues da Cruz, Maria da Conceição Baixinho. Redacção: Ana Ferreira (edição), Liliana Marques e redacção QuidNovi. Paginação: Paulo Raimundo. Grafismo, Pré-impressão e Impressão: QuidNovi. Praceta D. Nuno Álvares Pereira, 20 4º DQ – 4450-218 Matosinhos. Tel.229388155. www.quidnovi.pt. [email protected] Publicação trimestral: Abril/Maio/Junho – n.º 4/2005. Preço: 2,00 euros. Tiragem: 12 500 exemplares. ICS: 113324. Depósito legal: 29 299/89. Contactos Ordem dos Engenheiros – Região Norte Jorge Basílio, secretário-geral da Ordem dos Engenheiros – Região Norte Sede: Rua Rodrigues Sampaio, 123 – 4000-425 Porto. Tel. 222054102/ 222087661. Fax.222002876. www.ordemdosengenheiros.pt Delegação de Braga: Largo de S. Paulo, 13 – 4700-042 Braga. Tel. 253269080. Fax. 253269114. Delegação de Bragança: Av. Sá Carneiro, 155/1º/Fracção AL. Edifício Celas – 5300-252 Bragança. Tel. 273333808. Delegação de Viana do Castelo: Av. Luís de Camões, 28/1º/sala 1 – 4900-473 Viana do Castelo. Tel. 258823522. Delegação de Vila Real: Av. 1º de Maio, 74/1º dir. – 5000-651 Vila Real. Tel. 259378473. Página 4 OPINIÃO info info OPINIÃO Página 5 Paulo Rodrigues, delegado distrital da Ordem dos Engenheiros de Braga O mercado de trabalho dos licenciados – situação actual e perspectivas futuras Não é uma abordagem simples aquela que nos é solicitada. Também temos consciência que se assim não fosse o interesse seria muito reduzido. 1 - A caracterização da situação actual é a parte mais simples do problema proposto justamente porque se trata do domínio da constatação: - o desemprego é enorme - há insuficiências de formação - há cursos a mais e saídas a menos - o mercado reclama o que não tem e os licenciados procuram o que não há; - falta coragem para criar limitações que impeçam a abundância do que não tem interesse - falta reflexão para apontar os caminhos para o sucesso. 2 - O mercado do trabalho é um mercado como outro qualquer: há uma lei da oferta e da procura a funcionar. Quando se procura o que é escasso está-se disposto a pagar mais caro. Quando não há procura nada tem valor. 3 - Não há soluções-milagre e por isso a situação actual vai manter-se ainda durante algum tempo: os “pecados” cometidos são recorrentes. Nada foi feito ainda para a alterar. 4 - Temos por isso que pensar no futuro. Definir uma estratégia ganhadora. Uma das maiores incógnitas que angustia qualquer pessoa na decisão da área de formação, desde o aspirante ao primeiro emprego àqueles que desejam mudar de carreira, é saber quais as profissões de futuro e com maior potencial de recrutamento. Qualquer pessoa que possua formação e a educação mais adequadas estará sempre bem posicionada no mercado de trabalho, apesar da crise económica. O Bureau of Labor Statistics, o órgão de estatística laboral dos EUA (uma entidade similar ao INE, mas especializada no trabalho), publicou recentemente um estudo que desvenda as profissões de crescimento mais rápido até 2010. Embora o mercado norte-americano seja diferente do português é sempre um laboratório de antecipação das tendências emergentes. Assim, neste estudo, as 10 profissões qualificadas de crescimento mais rápido foram: 1• Engenheiros de software e aplicações 2• Especialistas de suporte informático 3• Engenheiros de sistemas de software 4• Administradores informáticos e de rede 5• Analistas de sistemas de rede e de comunicação de dados 6• Desktop publishers 7• Administradores de bases de dados 8• Assistentes de cuidados pessoais e de saúde 9• Analistas de sistemas informáticos 10• Assistentes médicos Os segmentos de menor qualificação também não foram esquecidos neste estudo. Embora com menos prestígio social, estas profissões são igualmente dignas e valiosas para construir competências de trabalho em equipa, adquirir experiência profissional e realizar contactos no mercado de trabalho. Em tempo de crise e com um mercado de trabalho com um espaço de oportunidades muito estreito, estas actividades muitas vezes servem de trampolim para outros voos na carreira! Assim, nas seis primeiras profissões de qualificação média/baixa de crescimento rápido até 2010 estavam: 1• Enfermeiros 2• Comerciais e profissionais de vendas 3• Caixeiros 4• Administrativos 5• Seguranças 6• Profissionais de restauração (cozinheiros, empregados de mesa, trabalhadores de fast-food) 5 - Vejam bem que da lista não contam a maior parte dos cursos para onde se encaminham os jovens que vão frequentar as nossas universidades. 6 - A situação económica da maior parte dos países europeus é de apatia, quando não de recessão. As ameaças vêm de todos os lados da Ásia e da Europa de Leste. Mas não são ameaças baseadas em novos saberes. É sobretudo a ameaça de nos substituírem a fazer bem aquilo que já fazíamos correntemente, em que estávamos rotinados. Ora, sair da crise e ultrapassar essas ameaças exige novas competências, exige investimentos fortes e acelerados em investigação e desenvolvimento. Exige uma cultura de rigor. A cultura do “mais ou menos” tem de ser banida dos nossos hábitos. Exige também a criação de uma cultura de empreendorismo, uma cultura de risco – risco calculado – tão distantes dos nossos processos de decisão quando pensamos numa carreira. 7 - Quando se nos coloca a questão da perspectiva futura, no fundo estamos a perguntar: Mas será que no futuro haverá lugar para os licenciados que vão sair das nossas universidades? Por tudo quanto lhes referi não poderei deixar de dizerlhes que o mercado está ávido de profissionais com formação muito sólida, em áreas bem determinadas, porque as empresas e as instituições têm a noção de que sem esse contributo não encontrarão resposta para os problemas que as afligem. Daqui resulta claro que haverá lugar para muitos, mesmo muitos daqueles que possuírem aquela formação com a solidez exigida. Quem não tiver aptidões para as áreas de forte procura terá que reequacionar as suas perspectivas de carreira profissional. Tem de haver: • Competência emocional • Comportamentos que evidenciem a procura activa de novos conhecimentos • Comportamentos que evidenciem uma clara orientação para alcançar os objectivos fixados • Capacidade de gerir situações de mudança • Saber progredir na ambiguidade • Ter capacidade de resiliência, isto é, ter capacidade de recuperar de descompensações emocionais resultantes de experiências difíceis • Comportamentos virados para o Networking • Expressão e impacto pessoais • Autoconceito positivo • Auto-renovação, isto é, comportamentos que evidenciam actividades de automanutenção e desenvolvimento pessoal nos planos fisico, emocional, intelectual e espiritual Insistir na licenciatura talvez seja UM PESO para o próprio e para a sociedade. Quando afinal faltam técnicos para patamares intermédios da estrutura organizativa das empresas. 9 - Temos de encaminhar-nos para a criação de PÓLOS de EXCELÊNCIA na nossa formação académica. Diz-se que os engenheiros de informática indianos são os melhores do mundo. A pergunta talvez fosse: em que áreas úteis à sociedade nós deveríamos e poderíamos ser os melhores do mundo? Terminava dizendo: Estes pólos de excelência podem, para além do mais, proporcionar o efeito-demonstração de que as sociedades carecem para aumentar a sua auto-estima e atingir patamares de sucesso elevado. Mas não haverá lugar para todos. Dito de outra forma, não haverá lugar para aqueles que decidirem obter licenciaturas em áreas onde a oferta já é excedentária – em algumas áreas, aliás, já largamente excedentária. 8 - Não vale a pena insistir e querer modificar as regras do mercado. Este artigo serviu como base da intervenção no Fórum Emprego 2005 Portugal - Norte da Galiza Página 6 info NOTÍCIAS info NOTÍCIAS Página 7 Inauguração Casa da Música 13 pisos. 54.127 m2 de área bruta construção. 17.271 m3 de betão branco armado. 29.342 m2 de parque de estacionamento. 100 milhões de euros de custo. Cinco anos de construção. Estes são alguns dos números da Casa da Música, uma obra de complexidade extrema, que trouxe à cidade do Porto uma nova dimensão quer na área da engenharia quer na da arquitectura. Domínios que estiveram mais do que indissociáveis nesta obra. Inaugurada a 14 de Abril de 2005, a Casa da Música promoveu um festival cultural de abertura que decorreu até 24 de Abril. A adesão foi tão grande que uma semana antes da inauguração 10 eventos já estavam esgotados e cerca de 45 mil pessoas (visitantes e assistência a espectáculos) estiveram presentes nos primeiros 10 dias de funcionamento. A ideia do projecto da Casa da Música nasceu com a organização do Porto Capital da Cultura 2001. Anunciada a 1 de Setembro de 1998, pelo então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, a sua construção simbolizou uma ‘bandeira’ deste evento. Previa-se que iria ser uma obra para projectar a Capital da Cultura para além desse ano, FICHA TÉCNICA MATERIAIS Betão Cinzento: 24.489 m3 Betão Branco: 17.271 m3 Cofragens: 134.489 m3 Armaduras: 6.280.145 Kg Estacas de ø1300: 1.860 ml Estacas de ø800: 700 ml ÁREAS Implantação: 11.857 m2 Área bruta construída: 54.127 m2 Área total útil: 41.686 m2 Área bruta do edifício (sem parque de estacionamento): 25.738 m2 Área útil do edifício (sem parque de estacionamento): 15.137 m2 GRANDE AUDITÓRIO Área total: 1175 m2 (Palco: 375 m2) (Coro: 175 m2) Dimensões: 54 m (comp.) x 22 m (larg.) x 17 m (alt.) Capacidade máxima: 1238 lugares (1069 na Plateia, 26 nos Balcões e 143 para o Coro) Capacidade mínima: 1095 lugares Capacidade do Palco: 120 músicos mas nunca se imaginou que a sua conclusão chegaria apenas quatro anos mais tarde. Escolhido o local da Rotunda da Boavista e o projecto do arquitecto holandês Rem Koolhaas, sucederam-se os problemas. Atrasos sucessivos das obras, derrapagens financeiras, instabilidade na gestão do projecto devido à mudança política no Governo e na autarquia e mesmo agora inaugurada ainda se discute a definição de um modelo de gestão. “Arrojado”, “inovador”, “espectacular” foram alguns adjectivos atribuídos a esta obra, criada a partir de um projecto que o arquitecto tinha feito para uma moradia familiar, que se assemelha para uns a um diamante e para outros a uma caixa de sapatos ou a uma gigante escultura de betão. Não havendo um consenso sobre o que parece a Casa da Música, o jornal New York Times publicou um extenso artigo sobre a obra, no qual o crítico de arquitectura Nicolai Ouroussoff afirmou que “só pela originalidade, é uma das mais importantes salas de espectáculos construídas nos últimos cem anos”, comparando-a ao Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, e à sala da Filarmónica de Berlim. PEQUENO AUDITÓRIO Área: 326 m2 Dimensões: 22,8 m (comp.) x 14 m (larg.) x 10 m (alt.) Capacidade: 300 lugares Palco amovível ESPAÇO CIBERMÚSICA Área: 151 m2 SERVIÇO EDUCATIVO 2 Salas Educacionais Áreas: Sala Educacional 1 – 81 m2; Sala Educacional 2: 63 m2 SALA VIP Área: 44 m2 CAMARINS Áreas: individuais – 109 m2; colectivos – 303 m2 SALAS DE ENSAIO Áreas: Piso -2 – 238, 65, 61 e 170 m2; Piso 1 – aproximadamente 40 m2 cada 8 salas no total CASAS DE BANHO Total: 15 conjuntos de casas de banho PARQUE DE ESTACIONAMENTO 3 Pisos subterrâneos Área: 29.342 m2 Capacidade: 628 veículos RESTAURAÇÃO (NO INTERIOR DO EDIFÍCIO) a) Restaurante - Área: 429 m2 Capacidade: 250 pessoas b) Restaurante dos Músicos - Área: 247 m2 c) Bar 1 - Área: 199 m2 d) Bar 2 - Área: 186 m2 e) Bar Panorâmico - Área: 90 m2 f) Café - Área: 79 m2 ÁREA COMERCIAL – LOJA DA MÚSICA Área: 169 m2 RESTAURAÇÃO (NO EXTERIOR DO EDIFÍCIO) a) Restaurante/Bar - Área: 190 m2 b) Terraço/Esplanada exterior - Área: 279 m2 ÁREA COMERCIAL – TABACARIA/QUIOSQUE Área: 40 m2 Um desafio para a Engenharia Um bico-de-obra é o que se pode dizer que foi para os engenheiros erguer a Casa da Música. Um edifício que desafiou as leis da gravidade pelas suas linhas complexas e exigiu que se aplicassem as mais avançadas e rigorosas ferramentas de análise e de cálculo. O projecto da Casa da Música, ganho pelo consórcio OMA/ARUP da qual fazia parte a empresa nacional AFAssociados, iniciou-se em 1999. Porém, face aos entraves técnicos que entretanto foram surgindo, só em 2001 foi realizado o projecto de escoramento e faseamento. De facto, a geometria irregular, interna e externa, do projecto da Casa da Música levantou algumas dificuldades aos membros das equipas de projecto e construção. Após vários estudos, concluiu-se que era possível erguer a estrutura de betão obedecendo a um plano de 88 etapas, em que só era iniciada uma nova depois de uma outra concluída. Numa espécie de puzzle, o núcleo central foi o primeiro a ‘montar-se’ e depois fez-se a junção das partes inclinadas, salientando que uma delas, na fachada do edifício, forma um ângulo de 45 graus. Outra das dificuldades encontradas foi como trabalhar e conservar o betão branco, material pouco usual em Portugal. A opção pelo betão branco, que é a estrutura e o acabamento final da obra, serviu como alternativa à ideia inicial do edifício translúcido com uma estrutura metálica, que veio a ser abandonada devido aos custos e à perda do efeito de transparência provocada pelos elementos estruturais. Inovação é como se pode qualificar o isolamento acústico do ex-libris da Casa da Música, o Grande Auditório, o qual surge como uma caixa isolada dentro de outra caixa, sendo que nesta separação, o pavimento, as paredes e o tecto do auditório contactam com a estrutura do edifício apenas por apoios resilientes. A janela deste auditório tem vidro duplo e dobrado em ondas verticais para dispersar o som. Além disso, tem uma concha acústica sobre o palco que pode ser baixada se for necessário cortar decibéis ou alterar o cenário. O trabalho a nível de controlo acústico foi tão grande que a Casa da Música foi considerada “uma das melhores salas do mundo em termos de som” pelo engenheiro holandês de arquitectura acústica Renz van Luxemburg, responsável pelos testes sonoros. Página 8 NOTÍCIAS Lei das rendas gera desacordo na Ordem dos Engenheiros Fernando Santo, bastonário da Ordem dos Engenheiros, aproveitou um almoço com a Imprensa, realizado a 31 de Março, para comemorar o primeiro ano de mandato e para mostrar o seu parecer no que respeita à elaboração da nova lei das rendas que o actual Governo se encontra a estudar. Quanto à proposta legislativa que o anterior Governo encabeçado por Pedro Santana Lopes se preparava para aprovar, não fosse a decisão do Presidente da República, Jorge Sampaio, em dissolver a Assembleia da República, a Ordem dos Engenheiros defende que “não é aceitável que o acordo entre o senhorio e o arrendatário, para definição das obras a executar, possa dispensar a emissão de certificado de habitabilidade na transição do arrendamento para o novo regime”. Fernando Santo é muito proscrito no que toca à emissão do certificado de habitabilidade e segundo o mesmo não deve ser atribuído a quadros das câmaras municipais que não estejam inscritos na Ordem dos Engenheiros ou na Ordem dos Arquitectos. “Para assegurar uma maior independência deviam ser as câmaras municipais ou o Instituto Nacional de Habitação a contratar os técnicos e não os senhorios, como está previsto”, defendeu Fernando Santo. A Ordem dos Engenheiros não poupou críticas a nada e até o assunto da nova Ficha Técnica de Habitação mereceu um comentário: “Elaborada à revelia das associações”. Fernando Santo também sublinhou que Portugal, a seguir a Espanha, é o segundo país da Europa com maior taxa de investimento na aquisição de casa própria, enquanto que em países nórdicos se passa o contrário. info Bastonário no Porto A apresentação do novo portal da Ordem dos Engenheiros (OE) foi o motivo que trouxe o bastonário Fernando Santo ao Porto para um almoço com os jornalistas, realizado a 14 de Abril na sede da Ordem dos Engenheiros – Região Norte. O Portal do Engenheiro, acessível através do endereço www.ordemengenheiros.pt, pretende ser uma ferramenta indispensável para o exercício da profissão, tendo como objectivos ser um ponto de encontro dos engenheiros portugueses, um espaço de debate e uma base de informações institucionais e jurídicas. Além disso, é um espaço de divulgação de outros conteúdos noticiosos e possui áreas destinadas aos colégios e às regiões. Medidas prioritárias O bastonário desta instituição também aproveitou este encontro para enumerar uma série de medidas info prioritárias para a actuação do Governo. A modernização e simplificação dos processos de licenciamento por actividades económicas é um dos pontos que o novo Executivo deve ter em consideração para o futuro do país. Para Fernando Santo a burocracia a que está sujeito o licenciamento de um edifício é um tormento, sendo até mais difícil obter uma licença de construção do que fazer um bom projecto. É necessária também a “reorganização dos serviços públicos responsáveis pela regulação, promoção e obras públicas e investigação”. Outros pontos a considerar passam por um plano para a construção de barragens, permitindo aproveitar os recursos naturais de Portugal, reduzir a dependência da energia externa, potenciar as reservas de água e fomentar as regiões através do Ecoturismo; pela aprovação da rede de alta velocidade ferroviária com o maior desenvolvimento das competências técnicas e capacidades empresariais nacionais, tendo em conta igualmente o impulso turístico; e, por último, o desenvolvimento sustentável, garantindo a defesa do ambiente em equilíbrio com a economia e a sociedade. Propostas legislativas ao novo Governo Neste encontro com a imprensa, Fernando Santo salientou as propostas legislativas da OE ao novo Executivo, tendo mesmo distribuído aos jornalistas um documento com tais informações. Mais uma vez, destacou a revisão do Decreto 73/73, referindo a importância da construção ser vista como um todo, identificando a responsabilidade dos vários intervenientes, medida que conduzirá a uma melhor gestão dos prazos, dos custos e da qualidade. O bastonário fez também uma crítica à Ficha Técnica da Habitação, após sete meses da sua entrada em vigor, verificando-se que “uma boa ideia foi transformada num documento meramente administrativo, sem qualquer impacto e cumprimento dos objectivos pretendidos”. Três das principais medidas propostas ao Governo passam pela separação entre as responsabilidades dos técnicos e dos promotores imobiliários, pela clarificação dos conceitos e terminologia da Ficha Técnica da Habitação e pela redução das informações técnicas, tornando obrigatória a apresentação dos projectos de execução. Durante o encontro foram ainda referidas as três linhas de força da OE face às reformas em curso ao Processo de Bolonha: “Exige-se uma formação de ensino superior acumulada de cinco anos para uma formação que confira a capacidade e responsabilidade de intervenção a todos os níveis de actos de engenharia; a OE irá adoptar uma posição de abertura a formações de primeiro ciclo e correspondente título profissional, nos termos da legislação que vier a ser aprovada e no reconhecimento de que o universo dos actos de engenharia exige diferentes competências profissionais; na perspectiva de que as formações de primeiro ciclo irão ter uma duração de três anos, a OE defende a adopção das designações ‘bacharelato’ e ‘mestrado’ para os dois ciclos de formação pré-doutoramento, como sendo as que melhor asseguram a necessária transparência na relação ‘designação-conteúdoscompetências”. O bastonário referiu também a certificação energética de edifícios, sendo fundamental que o país cumpra a nova directiva comunitária que passará a ser obrigatória a partir de 2006. Não ficou esquecida a proposta de decreto-lei do Ministério do Trabalho, publicada a 13 de Abril, para definir a qualificação profissional dos coordenadores de Segurança e Saúde na actividade de Edifícios e Engenharia Civil. Para a OE, “apesar da coordenação, em matéria de segurança e saúde, ser exercida durante a elaboração do projecto da obra, incluindo a negociação da empreitada e a execução da obra, o projecto de decreto não exige que os técnicos que podem exercer tal função sejam engenheiros, engenheiros técnicos ou arquitectos. Ainda acrescenta que embora este assunto esteja intimamente relacionado com a elaboração de projectos e execução de obras, o Ministério das Obras Públicas não participou neste projecto”. NOTÍCIAS Página 9 Sobre esta questão a OE “entende que matéria desta natureza não pode ser tratada apenas na lógica do Emprego e da Formação obtida nos cursos de Segurança, Higiene e Saúde, sendo indispensável a qualificação profissional dos técnicos do sector, ou seja, engenheiros, arquitectos, engenheiros técnicos e construtores civis”. Portugal espera uma das piores secas No mês de Abril, Portugal, sobretudo no interior, já sofria com as restrições de água. No passado dia 15 de Abril a Comissão para a Seca 2005 divulgou o seu primeiro relatório onde constam as análises e a mitigação da seca. A última seca mais grave remonta a 1981 e parece que esta, Página 10 NOTÍCIAS info info ENTREVISTA Página 11 Aristides Guedes Coelho, engenheiro civil sem sombra para dúvidas, vai ser muito pior. São cerca de 32 mil as pessoas com dificuldades no acesso à água, as medidas alternativas resumem-se para já por auto-tanque ou por abertura de furos. Em breve vai ser realizada uma campanha para a sensibilização do consumo de água moderado. Segundo a Comissão é necessário sensibilizar a população, pois parece que o fenómeno da seca tem tendência para aumentar. Segundo as contas da Confederação dos Agricultores de Portugal a seca prolongada que se está a fazer sentir no país pode custar entre dois a três por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Já o secretário-geral da CAP, Luís Mira, em declarações ao jornal Público, aponta prejuízos na ordem dos mil milhões de euros. Portugal até ao fim do ano continua muito dependente das condições climatéricas, “se chover ainda se poderá salvar algumas produções”, afirma Luís Mira, muito reticente quanto à chuva. O secretário-geral da CAP lembra que quando Portugal previa um crescimento do PIB de um por cento tem-se infelizmente de começar a contar com as perdas de dois a três por cento na agricultura. Várias associações citadas pela agência Lusa, como a Associação de Lavoura do Distrito de Aveiro ou a Federação dos Agricultores do Distrito de Leiria, não só contabilizaram prejuízos e perdas como ainda insistiram nos pedidos de apoios extraordinários. Outra temática que não pode ser esquecida é a problemática dos incêndios que todos os anos são notícia na comunicação social, segundo os membros do Executivo que integram e coordenam a Comissão para a Seca 2005, em declarações ao Jornal de Notícias, estão a ser estudadas medidas cautelares para garantir a extinção dos fogos florestais. Edifícios concluídos em queda e encomendas na construção em ascensão Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o número de edifícios concluídos encontra-se em queda acentuada: “No quarto trimestre de 2004 acentuou-se o comportamento decrescente do número total de edifícios concluídos e do número de edifícios concluídos em construções novas para habitação familiar”. Em contrapartida a mesma fonte refere que as encomendas na construção e obras públicas subiram, “no quarto trimestre de 2004 as novas encomendas na construção e obras públicas registaram uma variação homóloga de 2.9%. Face ao trimestre precedente, as encomendas diminuíram –2.6%. A variação média anual foi de 12.8%”. Alta velocidade 15 anos atrasada Arménio Matias, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário (ADFER), recomenda ao actual primeiro-ministro português, José Sócrates, para assumir o projecto para a Alta Velocidade ferroviária. Segundo Arménio Matias, Portugal no que toca à matéria da Alta Velocidade encontra-se 15 anos atrasado em relação à Espanha. “José Sócrates tem de tomar como seu o projecto português da Alta Velocidade, tal como foi feito em Espanha por Felipe Gonzalez, José María Aznar e, actualmente, por José Luis Zapatero”, afirmou Matias numa entrevista ao Jornal Expresso no início de Março. Na sua opinião, Portugal deve erradicar a solução de António Mexia, presidente executivo da Galp Energia e ex-ministro das Obras Públicas. “Mexia apresentou como uma solução definitiva, com grande economia de recursos, aquilo que não passa de uma má fase intermédia, com percursos condicionados por intercambiadores que obrigam os comboios a circular a dez quilómetros por hora e que apenas podem ser operados por comboios espanhóis Talgo. Nem os comboios franceses ou os alemães poderiam circular neste itinerário. Se Portugal adoptasse a estratégia de Mexia não teria soluções de Alta Velocidade”. E continua: “A sua solução abastarda os objectivos fixados na Cimeira da Figueira da Foz. E ignora que o acesso a Lisboa custa mais de 500 milhões de euros e que o atravessamento do Porto também exige um investimento elevado”. Matias encontra no modelo espanhol a solução para o projecto de Alta Velocidade: “Espanha canalizou para o projecto de Alta Velocidade todos os fundos susceptíveis de serem obtidos da UE, desde o FEDER ao Fundo de Coesão. Com 80% de fundos comunitários a financiarem a infraestrutura da Alta Velocidade, isso significa que a comparticipação do Estado espanhol é quase compensado pelo IVA cobrado sobre as verbas pagas pelo financiamento comunitário”. Uma vida ao serviço da FEUP Aristides Guedes Coelho não gosta de ser homenageado, mas de facto não escapou à que lhe foi prestada no I Dia Regional realizada no dia 14 de Maio em Viana do Castelo e organizado pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN). Engenheiro civil de longo percurso, Guedes Coelho demonstrou estar surpreendido com esta distinção, mas encarou-a como um serviço que teve de prestar aos ex-alunos e colegas de profissão. Este foi o argumento que usou quando convenceu o professor Joaquim Sarmento a aceitar a homenagem pelos 70 anos na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Trocando agora de posições com o colega universitário, passando ele a ser o distinguido, Guedes Coelho prestou então de bom grado o serviço de receber da OE o reconhecimento pela sua carreira profissional. Aristides Guedes Coelho fez da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto uma ‘casa’, tendo-se entregado fielmente à docência apenas nessa instituição e de lá ainda mantém a saudade por ter saído Apesar de não estar habituado a ser distinguido, já o foi numa outra ocasião: a 3 de Abril de 1998, na véspera de completar 70 anos de idade, na sua última aula na FEUP. Foi uma sessão pública, embora tivesse dado mais aulas até ao fim do ano lectivo em curso. “O presidente do Departamento de Engenharia Civil pediu-me que fosse ter com ele ao departamento e o acompanhasse ao Salão Nobre. Estava cheio de gente, incluindo as galerias: os antigos e actuais alunos, o director e colegas da escola, o reitor e elementos da equipa reitoral, familiares e amigos. Proferi a lição de jubilação, Página 12 ENTREVISTA info info ENTREVISTA Página 13 Texto de Ana Ferreira • Fotos de Alfredo Pinto preparada e anunciada, e no fim alguns colegas proferiram palavras de circunstância e deram-me algumas prendas simbólicas. Quando o antigo professor Joaquim Sarmento tomou a palavra tive de interrompê-lo a certa altura, abraçando-o. A emoção tinha crescido tanto, que era uma ameaça para ambos. E terminou a cerimónia pública”, descreveu o engenheiro. Actualmente, Guedes Coelho está retirado dessas funções, mas mantém um papel activo na OERN como presidente da Comissão de Disciplina da Região Norte, cargo que desempenha desde 2004, e é vogal do Conselho Jurisdicional. A sua vida é ainda preenchida pela família numerosa, que espera ansiosamente a chegada do oitavo neto, pelas idas à piscina, onde diariamente pratica natação, convive com os amigos e enriquece o seu ‘anedotário’, agora que raramente vai à FEUP. De Angola para Portugal A vila de Cangamba, circunscrição dos Luchazes, em Angola, viu Aristides Guedes Coelho nascer a 4 de Abril de 1928. Quando regressou a Portugal fez a quarta classe em Trás-os- O vasto currículo profissional e académico de Guedes Coelho conferiu-lhe a honra em ser homenageado no I Dia Regional do Engenheiro, realizado a 14 de Maio, em Viana do Castelo Montes e o exame de admissão no liceu de Vila Real. Depois, fixou-se no Porto, onde estudou no Liceu Nacional de Rodrigues de Freitas durante sete anos. À terra natal nunca mais voltou, porque nunca teve vontade, mas a Angola já o fez por motivos profissionais. De especial existem dois factores que o levam a recordar esse país: o primeiro está relacionado com uma visita técnica que realizou em 1967 com os finalistas do curso de Engenharia Civil e o segundo refere-se à sua participação no projecto da Sede do Banco Português do Atlântico, em Luanda, “um edifício muito alto, no tempo o mais alto em território português, que ainda hoje surge na paisagem junto à marginal”. Quando questionado se a sua vida teria sido muito diferente se tivesse ficado ou regressado a terras angolanas, responde: “Com certeza que a vida iria ser muito diferente. Nessa altura era muito difícil. Não tinha possibilidade para progredir nos estudos. Tinha de os fazer cá na metrópole. Formei-me em 1953 e nesse tempo havia muita dificuldade em arranjar emprego, até mais do que hoje, porque actualmente criou-se também uma certa tradição de que as empresas integram engenheiros nos seus quadros. Por isso, muitos dos meus colegas foram para o Ultramar, sobretudo para Angola. No Porto ficámos quatro ou cinco. Era um curso de 80 alunos e a maioria foi para o Ultramar e para Lisboa”. Guedes Coelho sempre foi um excelente aluno. O 17 parece ter sido o seu número da sorte sempre que terminava um curso: no Liceu Nacional de Rodrigues de Freitas, nos preparatórios de Engenharia Civil na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e na licenciatura em Engenharia Civil. Era muito aplicado, “mas não marrão”, embora se considere um desorganizado nato. Guedes Coelho foi parar às ‘engenharias’ porque tinha mais facilidade em Matemática e Física. A área das Letras nunca esteve em questão, pois as dificuldades eram maiores desde o tempo do liceu. “O que verdadeiramente pensava era tirar a licenciatura em Matemática. Na Matemática e na Física era aluno de 17 e 19 valores, sem grande esforço. Mas nas outras disciplinas era aluno de 13 a 16 valores no liceu. Naquele tempo matriculávamo-nos na Faculdade de Ciências e fazíamos três anos, sendo que as disciplinas curriculares nas licenciaturas em Matemática e Física eram praticamente as mesmas. Mas depois pensei que talvez fosse melhor ter uma profissão que me permitisse fazer mais do que dar umas aulas no liceu. Decidi-me então por Engenharia Civil. A minha opção foi trabalhar como engenheiro civil no campo de Engenharia de Estruturas. Era a que tinha mais Matemática. Uma das influências foi o Professor Correia de Araújo, que achava que a estrutura era a parte nobre da Faculdade de Engenharia”. O engenheiro civil não tem dúvidas em afirmar que os professores Correia de Araújo e Joaquim Sarmento, da FEUP, e Beires, da Faculdade de Ciências, foram as figuras que mais o marcaram no seu trajecto académico. “Professor de bica aberta” Guedes Coelho foi um docente que gostava de “falar de bica aberta”. Nunca leu apontamentos nas aulas e, assim, às vezes podia dar um erro ou outro, mas dizia que tinha sido intencional para testar se os alunos estavam atentos. Também nunca usou projecções, preferindo o giz. A primeira ilação a tirar do seu vasto currículo é que a FEUP foi a sua ‘casa’. Entregou-se fielmente à docência apenas nessa instituição e de lá ainda mantém a saudade por ter saído. “Eu vivi numa escola muito especial. Havia um espírito, que agora se está a retomar”. Na sua opinião, até o próprio ensino está muito diferente. “O futuro da Engenharia Civil passa obrigatoriamente pelos O engenheiro Aristides Coelho presidiu à comissão que apresentou um relatório para a criação de um novo espaço de expansão da Universidade do Porto, que designou por Pólo 3 ou do Campo Alegre computadores, pela programação. Eu penso que com o recurso sistemático aos programas de cálculo computacional, perdeu-se a sensibilidade ao funcionamento da estrutura. Antigamente, faziam-se os cálculos das estruturas reticulares recorrendo a um método de cálculo por aproximações sucessivas até atingir o equilíbrio, designado por método de Cross. Este método conferia a quem o aplicava uma certa sensibilidade ao comportamento estrutural. Reformulei-o, mostrando que correspondia ao método matricial dos deslocamentos, resolvendo os sistemas de equações de equilíbrio pelo método de relaxação. Fiz assim a correspondência entre os dois processos, facilitando a sua compreensão pelos alunos que, tendo estudado o primeiro, rapidamente se integravam no segundo”. Página 14 ENTREVISTA info A carreira académica de Guedes Coelho respeitou a progressão da época. Tornou-se segundo assistente em 1955 e, seis anos depois, passou a assistente extraordinário. No mesmo ano que terminou o Doutoramento em Engenharia Civil, em 1963, tornou-se primeiro assistente e, em 1970, professor extraordinário. Em 1982 tornou-se professor catedrático. Em 1977 e 1978 esteve na Reitoria da Universidade do Porto como professor adjunto do reitor interino Silva Pinto da Faculdade de Medicina e professor decano dessa mesma universidade. O reitor encarregou Guedes Coelho de resolver as deficiências e carências nos edifícios das escolas, o qual sugeriu que se dirigisse a estas um inquérito para se proceder ao planeamento das obras a realizar. O reitor expôs a questão ao ministro Cardia, tendo optado por nomear uma comissão que analisasse a situação das instalações da universidade, se planeasse o desenvolvimento de novas escolas e a actualização das existentes. Assim, por despacho conjunto dos secretários de Estado de Ensino Superior e das Obras Públicas, publicado em Diário da República, foi criado o Grupo Coordenador das instalações da Universidade do Porto e Guedes Coelho foi designado presidente. Como vogais foram nomeados o director das Construções Escolares no Porto e um arquitecto do Ministério da Educação. “Entretanto apareceu na reitoria o arquitecto Fernando Lanhas informando-nos que iria ser vendido e demolido o palacete Primo Madeira, na Rua do Campo Alegre, em Guerra Junqueiro, para que naquele terreno se fizesse uma urbanização. O reitor pediu-me para acompanhar o processo e cheguei à conclusão que aquilo tinha excelentes condições de recuperação para se instalar os gabinetes do reitor e do vice-reitor, construindo-se no terreno do jardim anexo um pavilhão para os serviços administrativos. Propus que a direcção escolar adquirisse o complexo”. O que de facto veio a acontecer, apesar de não ter sido do agrado de todas as partes envolvidas. Realizada essa aquisição, Guedes Coelho comunicou o facto ao então presidente da Câmara Municipal do Porto, Aureliano Capelo Veloso, tendo este marcado uma reunião com o engenheiro civil, o vice-presidente e o director de serviços da câmara. Nesse encontro foi acordado que, tendo a câmara muitos terrenos na zona, em resultado das expropriações feitas para a construção dos acessos à Ponte da Arrábida, estes ficariam cativos à disposição da reitoria em termos a acordar futuramente para a expansão da Universidade do Porto. Assim, a comissão incluiu no relatório, apresentado num curto prazo, um novo espaço de expansão da Universidade do Porto, que designou por Pólo 3 ou do Campo Alegre. Mais tarde, em 1998, o então reitor da Universidade do Porto, Alberto Amaral, convidou Guedes Coelho para a equipa reitoral como pró-reitor para as construções dessa instituição, a fim de dar execução ao preconizado no relatório. Assim, foram criadas as escolas do Pólo 3 (Faculdades de Ciências, Arquitectura e Letras), outras construções (Planetário e o Teatro do Campo Alegre, este em parceria com a Câmara Municipal do Porto) e as novas Faculdades do Pólo 2 (Engenharia, Medicina, Motricidade Humana e Medicina Dentária). Após ter orientado a organização do projecto da Faculdade de Psicologia e convidado o arquitecto Fernando Távora, de acordo com o reitor, para elaborar o projecto, Guedes Coelho considerou concluída a sua missão. Desta experiência profissional, o engenheiro civil quer “deixar uma referência de saudade e homenagem ao reitor interino, Professor e Doutor Silva Pinto que me ‘impôs’ como presidente da comissão, quando a tutela quis forçar que a competência fosse atribuída ao arquitecto representante da direcção-geral do Ensino Superior. Era um homem inteligente, sereno e determinado, a quem a Universidade do Porto muito deve, apesar do reitorado ter sido muito curto e num período difícil de transição”. info DESTAQUE Página 15 I Dia Regional Norte do Engenheiro Um olhar sobre as obras Se tivesse de eleger uma obra sua, Guedes Coelho escolheria “pela originalidade do tratamento, no modo de resolver o problema, o edifício do Banco Comercial de Angola (do Banco Português do Atlântico). Também com interesse como projecto de estruturas saliento a Ponte de Amarante, a qual foi projectada efectivamente por mim, embora não tivesse sido contratualizado comigo. O que me deu também gozo foi a recuperação do Convento de São Bento da Vitória, sobretudo pela originalidade dos processos”. Analisando as obras dos seus colegas, aponta a Pista da Madeira do seu antigo aluno Segadães Tavares. E, por falar em obras, na ordem do dia está a inauguração da Casa da Música, sobre a qual o engenheiro civil participou a pedido da direcção na escolha do empreiteiro, a quem foi cometida a execução da obra. Nesse mesmo grupo de trabalho participou o professor Valadares Tavares do Instituto Superior Técnico. Mas a sua participação na Casa da Música não se ficou por aqui, como afirmou o engenheiro: “Depois tive uma certa intervenção quando surgiram diferentes interpretações. Entendeu o dono da obra que competia ao construtor estudar o seu processo de execução. Ora, em obras especiais de delicada execução, o projectista tem o dever de conceber o processo e o faseamento da construção, tendo em conta as condições particulares da obra, que só ele conhece. Ao empreiteiro resta executar a obra do modo indicado ou, então, justificar outro que, para ele, seja mais conveniente, atendendo aos meios que dispõe, designadamente aos equipamentos. Foi isto que disse num pequeno relatório que enviei a pedido do empreiteiro. A minha opinião vingou, tendo acabado, segundo consta, por os projectistas apresentarem o projecto de execução da obra”. “As 100 Obras de Engenharia Civil no Século XX - Portugal” Pela primeira vez a Ordem dos Engenheiros - Região Norte (OERN) promoveu a iniciativa de juntar os engenheiros nortenhos num convívio que se pretende anual. O I Dia Regional Norte do Engenheiro realizou-se a 14 de Maio no Forte de Santiago da Barra e contou com presença de cerca de 400 pessoas. Contudo, o programa deste dia festivo iniciou-se na véspera. No dia 13, às 17 horas, no Forte de Santiago da Barra realizouse a inauguração da exposição “As 100 Obras de Engenharia Civil no Século XX - Portugal”. Esta exposição, que já percorreu Portugal continental e ilhas, está pela primeira vez em Viana do Castelo. Do local onde foi inaugurada será transferida na terceira semana de Maio para Ponte de Lima e depois para Ponte da Barca. O empreendimento turístico de Vilamoura, a urbanização da zona oriental de Lisboa, o Coliseu do Porto e as levadas da ilha da Madeira são algumas das fotografias expostas, que também podem ser encontradas no livro que deu título a esta exposição, uma edição da Ordem dos Engenheiros, editada pela primeira vez em 2000 e tendo uma segunda edição de 2001. Coube ao presidente do Conselho Directivo da OERN, No âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro, realizou-se uma conferência sobre “O Sistema de Inovação no Norte de Portugal”, que contou com a participação dos engenheiros Carlos Bernardo e José Manuel Mendonça Gerardo Saraiva de Menezes, proferir algumas palavras na abertura da exposição e dando assim início ao programa do I Dia Regional Norte do Engenheiro. “O I Dia Regional Norte do Engenheiro pretende ser uma celebração do engenheiro”, afirmou o presidente do Conselho Directivo da OERN. “Escolhemos Viana do Castelo porque queremos mostrar que o Norte é mais do que o Porto e porque Viana do Castelo fica entre o Porto e os vizinhos da Galiza”, aliados que a OERN considera fundamentais para juntos se afirmarem no universo europeu. “Queremos chamar a atenção para o esforço dos engenheiros no desenvolvimento da sociedade e do bem-estar das pessoas”, reforçou Gerardo Saraiva no objectivo de se criar o I Dia Regional Norte do Engenheiro. Depois dos discursos iniciais, o engenheiro Rui Junqueira deu uma breve referência técnico-histórica sobre a Barragem de Alto Lindoso, uma das fotografias patentes na exposição. Uma obra que custou 120 milhões de contos e que ganhou, Página 16 DESTAQUE info em 1994, o Prémio de Alcântara. Um Verde de Honra e a actuação do Grupo Etnográfico de Areosa finalizaram este primeiro evento do programa. “O Sistema de Inovação no Norte de Portugal” Ainda no dia 13 de Maio no Forte de Santiago da Barra, às 22 horas, no âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro, realizou-se uma conferência técnica sobre “O Sistema de Inovação no Norte de Portugal”. Coube a Luís Braga da Cruz, presidente da Assembleia da OERN, iniciar e apresentar os oradores do evento. O primeiro interveniente, Carlos Bernardo, engenheiro e professor da Universidade do Minho e vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), teceu amplos elogios ao orador seguinte, o engenheiro José Manuel Mendonça, um dos primeiros responsáveis da Adl (Agência de Inovação). Carlos Bernardo começou por definir inovação, tendo para isso citado Jorge Alves: “A inovação é uma atitude, um estado de espírito”. Comentou o modelo interactivo ou em rede do processo de inovação da década de 1990, onde era o mercado que conduzia a cadeia central de inovação. Para ele “a inovação é só uma parte do ciclo da vida de um produto, em que é necessário investir, só na fase de mercado se geram lucros que sustentam mais inovação”. Contudo, defende que na década de 1990 em Portugal, embora estas ideias já fossem conhecidas, construiu-se um sistema de investimento e desenvolvimento desarticulado no essencial da cadeia central de inovação. “Como não havia e não há ainda um verdadeiro sistema nacional de inovação, não há também um sistema regional de inovação, neste caso no Norte. Por outro lado, não há também uma ‘autoridade’ regional”, afirmou Carlos Bernardo. Na sua opinião, um dos segredos para se obter um sistema de inovação nacional é a persistência. Considera também que na década de 1990 Portugal esteve quase a alcançar esse sistema, mas não conseguiu. José Manuel Mendonça, engenheiro e professor da FEUPINESC, começou por colocar a questão se realmente existe um sistema de inovação no Norte de Portugal e para demonstrar o sentido desta dúvida parafraseou um amigo britânico: “It’s very difficult to find a black cat in a dark room”. Mas um facto certo é a relação íntima entre o saber, a tecnologia, a inovação e a competitividade. Os pontos abordados na sua exposição foram diversos, destacando-se a relação entre o investimento e o desempenho, a qual é complexa e não linear, pois depende das condições de enquadramento e das políticas. Nesta relação deve-se ter também em conta que existe sempre um atraso temporal entre o aumento do investimento e o aumento verificado do desempenho. Reflectindo sobre o investimento na União Europeia, o engenheiro alertou para a existência de três grupos distintos, pertencendo Portugal ao mais fraco, a par da Espanha, Itália e Grécia, e o mesmo se pode dizer em termos de desempenho, sendo este dividido em apenas dois grupos, um primeiro com estes quatro países e o segundo liderado pela Suécia, Finlândia e Dinamarca. Quanto ao investimento feito em Portugal relatou que se faz em três velocidades, sendo a mais capaz a de Lisboa e Vale do Tejo, zona que também tem melhor desempenho não só em PIB per capita mas como em outros indicadores. A contraposição da visão antiga de inovação para a contemporânea foi referida por José Manuel Mendonça, para quem “a inovação pressupõe três is: inspiração, integração e info implementação” e que pode ser radical e incremental. Como inovação tecnológica radical dá como exemplo o telefone de Bell e o post-it da 3M. E para chamar a atenção que no nosso país também se fazem progressos, aponta as bases de equipamento para o fabrico do calçado um bom exemplo de inovação no negócio. As facetas e os riscos por que passa a inovação foram também focados. Porém, o engenheiro fez questão de ressalvar requisitos não técnicos da inovação e que estão ligados à ética, liderança e ao factor perante o sucesso e o falhanço. Os desafios colocados à relação entre inovação, tecnologia e competitividade são vários, sendo um dos quais “a entrada nos mercados mundiais de um novo bloco económico a crescer anualmente, a China”. O engenheiro alerta também para o facto de entre 1990 e 2000 a produção nos Estados Unidos ter crescido com menos pessoas a trabalhar. Portugal tem de enfrentar esses desafios e um dos quais passa pela obrigação das empresas não se restringirem à produção. Têm de desenvolver as suas capacidades e inovar. Para finalizar a apresentação do tema, o engenheiro reportouse ao Norte do país, considerando que os factores de mudança passam pelo desenvolvimento na tecnologia e na DESTAQUE Página 17 Gerardo Saraiva de Menezes, presidente do Conselho Directivo da Ordem dos Engenheiros - Região Norte, proferiu algumas palavras de agradecimento e satisfação pela realização deste primeiro encontro organização, investimento no Sistema Nacional de Inovação, cooperação internacional, educação e formação, enquadramento estimulante em que “a inovação tem de ser prioridade política ‘de facto’, e pela competitividade da inovação e desenvolvimento europeu. Luís Braga da Cruz comentou as duas intervenções e deu-se início ao debate sobre a situação portuguesa actual neste âmbito entre os intervenientes e a plateia, o qual contou com a participação do bastonário da OE, Fernando Santo. A sessão prolongou-se até à meia-noite, tendo sido encerrada por Braga da Cruz. “O Sistema de Inovação na Galiza” O programa do I Dia Regional Norte do Engenheiro arrancou às 10 horas, cabendo a Luís Braga da Cruz, presidente da Assembleia da OERN, abrir a cerimónia. Seguiu-se uma alocução de boas-vindas por parte do delegado distrital de Viana do Castelo da OE, António Cruz, e a intervenção do Página 18 DESTAQUE info info DESTAQUE Página 19 inovadoras de Espanha, pelo gasto realizado em inovação”, mas em termos de investimento em inovação e desenvolvimento e esforço investigador é a sétima. Para além de Pedro Merino Gómez ter referido a importância do segundo Plano Galego de Investimento, Desenvolvimento e Inovação a decorrer entre 2002 e 2005 (o primeiro ocorreu de 1999 a 2001), salientou o Projecto Regina financiado pelo FEDER, sendo um dos objectivos identificar e explorar o potencial inovador do Espaço Atlântico. Quanto à colaboração entre a Galiza e o Norte de Portugal considera muito importantes estes eventos e as parcerias que mantém com a Universidade do Minho, a Universidade do Porto e a comunidade empresarial. Mais uma vez coube a Braga da Cruz concluir o tema, salientando um ponto concreto: “O sector automóvel é uma das expectativas para os próximos 10 anos na Península Ibérica, temos de aproveitar a dinâmica galega”. presidente da Câmara de Viana do Castelo, Defensor Moura, o qual agradeceu a realização deste evento na sua cidade que é “uma princesa bonita, mas tem de ser mais do que isso”. Antes de se iniciar a palestra “O Sistema de Inovação na Galiza e o Impacto Fronteiriço”, Braga da Cruz salientou o interesse da conferência técnica do dia anterior, salientando que “o sistema de inovação para o Norte do país e para Portugal representa uma atitude, uma ferramenta para o desenvolvimento”, sendo necessário que os engenheiros mobilizem os conhecimentos disponíveis. Fez ainda referência à importância e potencial do relacionamento entre Portugal e Espanha, “a fronteira mais antiga da União Europeia”. “O Norte de Portugal não pode desperdiçar a oportunidade de cooperação com a Galiza e seguir o seu exemplo dado que soube combater a sua perificidade através de uma forte aposta na tecnologia e na qualificação dos seus quadros”, referiu o presidente da Assembleia Regional Norte da OE. Cerca de 400 pessoas assistiram às cerimónias do encontro. Gerardo Saraiva de Menezes afirmou que estava “longe de imaginar uma adesão tão forte ao I Dia Regional Norte” A palavra foi dada depois a Pedro Merino Gómez, engenheiro industrial, professor catedrático da Universidade de Vigo e actual director-geral da Investigação e Desenvolvimento da Junta de Galicia. O engenheiro explicou o que se está a fazer na Galiza quanto à inovação e a relação com o Norte de Portugal. Também recorrendo a dados estatísticos da Eurostat apresentou alguns dados curiosos como o total do gasto interno em investimento e desenvolvimento em percentagem do PIB de 2002: Portugal com 0,80 por cento, Espanha com 1,03 por cento contra os 3,05 por cento do Japão e os 2,66 por cento dos Estados Unidos. “A Galiza encontra-se entre as seis primeiras regiões Cerimónia de homenagens Para além da palestra, esta iniciativa ficou marcada pela realização de uma homenagem a engenheiros da Região Norte. Mas ainda antes do início das distinções, o presidente do Conselho Directivo da OERN, Gerardo Saraiva de Menezes, proferiu algumas palavras. Fez questão de referir que estava “longe de imaginar uma adesão tão forte ao I Dia Regional Norte”, o qual também “fortaleceu os laços de proximidade entre os engenheiros do Norte de Portugal e da Galiza e serviu ainda para abordar a questão da interacção entre os dois países no que respeita à relação entre engenharia e inovação”. João Pedro de Oliveira Valença, Pedro Guedes de Oliveira e Aristides Guedes Coelho foram os três importantes engenheiros da Região Norte a ser distinguidos pela OERN. Após a apresentação de um breve perfil dos homenageados, os engenheiros subiram ao púlpito para proferir palavras de agradecimento. “Nunca pensei atingir esta magnitude”, confessou Oliveira Valença, o qual ainda focou a sua actuação na Junta Autónoma das Estradas (JAE). Por sua vez, Pedro Guedes de Oliveira quis evidenciar no seu discurso que quanto à breve descrição feita pelo engenheiro José Silva Matos do seu perfil: “Os amigos esquecem os defeitos e a fotografia sai beneficiada”. Quanto a Guedes Coelho admite ter ficado muito surpreendido com esta homenagem, e que aceitou-a no espírito de serviço. Referiu ainda o seu papel activo no Instituto de Construção, uma iniciativa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Outro dos pontos altos do evento foi a recepção aos novos elementos e a distinção dos membros com mais de 25 e 50 anos de inscrição na OERN com os alfinetes de bronze, prata e ouro respectivamente. Entre os membros que receberam o alfinete de prata encontravam-se os engenheiros Braga da Cruz e Raimundo Delgado, ambos presentes na mesa de honra. Uma das maiores ovações desta cerimónia foi dirigida ao professor Joaquim Sarmento, o qual recebeu o alfinete de ouro. O bastonário da OE encerrou a cerimónia, reforçando um dos lemas por que rege o seu mandato: a coesão dos engenheiros como classe profissional, “antes da região a que pertencemos, somos engenheiros”. “A engenharia está a ser desvalorizada e os engenheiros não têm o valor que tinham há 30 ou 40 anos atrás”, por isso uma das maiores preocupações da OE é “definir posições numa sociedade diferente e por isso o bastonário tem de ser hoje o presidente de uma associação e tem de promover a engenharia como um produto”. Fernando Santo focou ainda a urgência em “acabar-se com o facilitismo” no ensino superior, pois é a partir daqui que se deve valorizar a engenharia. O I Dia Regional Norte do Engenheiro terminou com um almoço na Quinta Dom Sapo, em Cardielos, em Viana do Castelo, onde estiveram presentes cerca de quatro centenas de pessoas. Página 20 VIDA ASSOCIATIVA Sistemas de Informação Geográfica O Colégio de Engenharia Geográfica levou a cabo duas sessões abertas ao público na sede da Ordem dos Engenheiros – Região Norte sobre os Sistemas de Informação Geográfica. No dia 16 de Março realizou-se a palestra "Os Sistemas de Informação Geográfica na gestão dos sistemas multimodais de transporte", e teve como orador o engenheiro Rui Sequeira, da empresa SIG2000, uma empresa de consultoria e prestação de serviços nomeadamente no âmbito de Sistemas de Informação Geográfica Municipais. Porém, a carteira de clientes da empresa expande-se a outras áreas, como a Direcção-Regional de Agricultura de Entre-Douro e Minho, a qual vai passar a gerir o património vitivinícola da região demarcada dos vinhos verdes com recurso aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) da SIG2000. info É ainda de destacar que esta empresa tecnológica, e mais quatro portuguesas e uma multinacional, apresentaram em Abril um consórcio informal, o Neuronal Network 2005, que tem como objectivo aproveitar as sinergias para potenciar o negócio na área das tecnologias da informação. A palestra "Os Sistemas de Informação Geográfica e GPS na gestão de situações críticas”, realizada a 20 desse mês, contou com a participação de Hugo Dias da empresa PH-Informática. Apostando no mercado da administração pública local, contabilizando actualmente com 80 autarquias clientes, a empresa desenvolve Soluções SIG específicas de Back Office (GISMAT). GeoDouro e GeoInem são dois exemplos de sistemas desenvolvidos pela PHInformática. O primeiro, instalado no Instituto Portuário de Transportes Marítimos - Delegação do Douro, nasceu da necessidade de reforçar a fiscalização das actividades fluviais no Douro e da actividade de extracção de inertes. info Devido ao sucesso deste sistema a empresa está a criar o GeoTejo. Para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de forma a prestar um auxílio rápido e eficaz foi criado o GeoInem, estando em desenvolvimento outro componente mas de localização através de telemóveis. Assembleia Regional Ordinária da Região Norte No passado dia 17 de Março, a Ordem dos Engenheiros Região Norte (OERN) realizou uma Assembleia Regional Ordinária, na sede da OERN no Porto. A sessão teve início às 21h30, tendo a duração de uma hora e meia, e contou com 23 membros presentes. Foram aprovados, por unanimidade, os dois pontos que constavam da Ordem de Trabalhos: apreciar e votar o Relatório e Contas do Conselho Directivo e o parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício de 2004 (alínea b, ponto 2, do art.º 30 do Estatuto); e apreciar e deliberar sobre o Plano de Actividades para o ano de 2005 e o orçamento anual proposto pelo Conselho Directivo para 2005 (alínea c, ponto 2, do art.º 30º do Estatuto). O Engenheiro Electrotécnico e o exercício da profissão O Conselho Regional do Norte do Colégio de Engenharia Electrotécnica organizou um debate subordinado ao tema "O Engenheiro Electrotécnico e o Exercício da Profissão" que se realizou no dia 7 de Abril de 2005, às 18h, no Auditório da Sede da Região Norte da Ordem dos Engenheiros. A abertura do debate foi efectuada pela engenheira Zita A. Vale (vogal do Colégio e professora coordenadora do Instituto Superior de Engenharia do Porto) e pelo engenheiro Laxmiprasad Varajidás (vogal do Colégio e consultor Sénior da ALL2IT Infocomunicações, S.A.). A moderação do debate esteve a cargo do engenheiro J. Neves dos Santos (Professor universitário da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), o qual começou por fazer uma breve introdução ao tema, salientando a importância da Engenharia Electrotécnica no início do século XXI e a respectiva conjuntura de transição e de incerteza. Seguiu-se a intervenção da engenheira M.ª José Ribeiro (Instituto Electrotécnico Português), a qual se centrou nas actividades do IEP como entidade regional inspectora de instalações eléctricas. Seguidamente, o engenheiro M. Pedrosa Barros (ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações) focalizou a sua apresentação no regime ITED (Infraestruturas de Telecomunicações em Edifícios), nomeadamente no respectivo manual e procedimentos associados. A estas duas intervenções seguiu-se um animado período de debate, em que foram colocadas questões aos oradores e expressos diversos pontos de vista de colegas da assistência. Neste debate, é de realçar a questão do grau de qualificação exigível para responsabilidade pelo projecto ITED e a identificação da qualificação escolar e definição dos limiares da qualificação VIDA ASSOCIATIVA Página 21 mínima para ser admitido para assinar e assumir-se como projectista ITED. Após este período de debate, teve lugar a intervenção do engenheiro L. Vilela Pinto (Direcção Regional do Norte do Ministério da Economia), o qual fez o enquadramento estratégico do exercício da profissão e lançou diversos desafios à assistência e à própria Ordem dos Engenheiros. Seguiu-se a intervenção do engenheiro Vilas Boas (PT Comunicações – Portugal Telecom), na qual foram apresentadas as questões mais prementes dos projectos de telecomunicações e diversas questões específicas relativas ao grau de materiais utilizados na implementação do projecto ITED. De realçar para a definição clara e objectiva dos parâmetros dos diferentes tipos de materiais utilizados. Finalmente, o engenheiro José Manuel Freitas (Câmara Municipal de Matosinhos) apresentou a perspectiva de um técnico que trabalha na área do Projecto de Instalações Eléctricas. Encerradas as intervenções dos oradores convidados, iniciou-se o período de debate final. Neste debate foram levantadas questões adicionais e apontados diversos desafios que se apresentam ao Engenheiro Electrotécnico no exercício da profissão. Apesar do tema em debate não se ter de forma alguma esgotado, entendeu-se que a sessão já ia longa, tendo a mesma sido encerrada um pouco depois das 21h. Em conclusão, ficou a certeza da importância do tema e da vontade de realizar novos debates deste tipo num futuro próximo. A introdução ao tema do engenheiro J. Neves dos Santos passa então a ser transcrita: “A Engenharia Electrotécnica Portuguesa no Início do Séc. XXI: Entre a Transição e a Incerteza O caminho percorrido pela Engenharia Página 22 VIDA ASSOCIATIVA Electrotécnica nacional, desde finais do século passado, tem sido marcado por uma conjuntura de transição e de incerteza que, a meu ver, se manterá nos tempos mais próximos. No breve texto que se segue, tentarei, ainda que de forma resumida, elencar os vários aspectos que contribuem para aquele cenário. Primeiro Aspecto: A realização, passada e presente, de obras de grande vulto, como os estádios do Euro 2004 ou a Casa da Música, ou ainda o Metro do Porto, todos elas com elevada incorporação de tecnologia de ponta e de saberes da área electrotécnica, foram um desafio que exigiu da Engenharia Electrotécnica nacional, um salto qualitativo que deve ser realçado. Mas, o futuro, com obras como o prometido novo Aeroporto de Lisboa, ou as grandes Centrais de Energia Solar (Alentejo e Fátima, entre outras), promete novos e aliciantes desafios para a nossa engenharia. Segundo aspecto: A liberalização recente do sector eléctrico nacional e a prevista abertura do MIBEL (Mercado Ibérico de Electricidade) para Julho de 2005, embora relativamente a esta última realidade se preveja que, por força da ausência de mecanismos regulatórios e legislação adequada, quer em Espanha quer em Portugal, não seja possível, mais uma vez, cumprir o calendário negociado entre os dois países. Terceiro aspecto: A necessidade de cumprir o estipulado pelo Protocolo de Kioto, até 2010, vai exigir, nos anos mais próximos, uma grande aposta nas energias renováveis, nomeadamente na eólica. No entanto devido à natureza intermitente desta fonte energética, são necessários, também, investimentos noutras formas de energia; info nomeadamente, é previsível um reforço dos investimentos em centrais a gás. Por outro lado, a (im)previsível situação climática futura, com vários anos de seca, temperados, de tempos a tempos, por anos muito húmidos, exige opções estratégicas, inadiáveis, para conciliar as necessidades de consumos nacionais de água (7 km3 em 2004) com a produção de energia eléctrica. Exemplo disto é a continuada indecisão sobre o investimento no Baixo Sabor. Quarto Aspecto: A Declaração de Bolonha, e o sistema de graus do ensino superior (3+2 ou 4+1), exigiram, e estão a exigir, a revisão de planos de estudos dos cursos de Engenharia Electrotécnica, com a consequente alteração, a curto/médio prazo, das competências dos licenciados. Quinto Aspecto: A torrente de legislação recentemente saída, ou que se prevê venha a sair brevemente, mas sem se saber quando, cria um cenário que é, simultaneamente, de transição e de incerteza, com o qual os engenheiros electrotécnicos têm de se confrontar no exercício quotidiano da sua actividade. Alguns exemplos: Regulamentação do MIBEL, esperada! ITED, em vigor desde Janeiro de 2005; Novas Regras Técnicas, à espera de aprovação, mas já fazendo jurisprudência. Não me alongo mais. De todos os aspectos referidos, apenas o último, será hoje aqui abordado, pelos ilustres especialistas desta mesa, aos quais agradeço, em nome da Ordem dos Engenheiros, o terem aceite o convite para participar neste debate. Quanto aos outros aspectos, fica o desafio para que o Colégio de Especialidade de Electrotecnia da Ordem dos Engenheiros, possa, num futuro próximo, tomar idêntica iniciativa a esta que, em boa hora, empreendeu”. info O engenheiro civil na construção A Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN) promoveu uma conferência, no dia 13 de Abril, na Universidade do Minho, pólo de Guimarães, destinada aos estudantes e aos docentes com interesse no sector da construção e do imobiliário. Contando com a presença do bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, do presidente do IMOPPI, Ponce de Leão, do delegado distrital de Braga da OE, Paulo Rodrigues, e dois representantes do Departamento de Engenharia Civil, Paulo Lourenço e Manuela Almeida, foram focados os seguintes temas: a evolução do mercado para o engenheiro civil, as suas oportunidades e constrangimentos, o panorama actual das empresas do sector e a questão dos alvarás face à profissão. O encontro ainda fomentou o debate de outras ideias com uma entusiasta plateia. A visita do bastonário à Universidade do Minho integra o ciclo de conferências de Engenharia pelas Escolas de Engenharia do país que iniciou a 3 de Março na Universidade da Beira Interior, na Covilhã. Delegação de Braga – Balanço de um Ano de Actividades Agora que está passado o primeiro ano da actual direcção da Ordem dos Engenheiros – Delegação de Braga, importa fazer o balanço de actividades realizadas naquele que consideramos ser o melhor veículo para comunicação a todos os membros da Região Norte, a INFO. Como delegado distrital gostaria também de aproveitar a ocasião para deixar uma mensagem de agradecimento e de felicitação à actual direcção da Região Norte. Nunca a Delegação de Braga teve tanto apoio e viveu de perto todos os problemas e actividades da região, como neste primeiro ano de direcção. Parabéns ao excelente trabalho que está ser desenvolvido pelo Eng. Gerardo Saraiva e toda a sua equipa. Por último um registo especial de alguns encontros que foram acontecendo ao longo deste primeiro ano de mandato com o Sr. Bastonário, Eng. Fernando Santo, o suficiente para enaltecer e elogiar a sua postura em querer colaborar e aproximar-se às delegações distritais. Pela primeira vez senti, ao fim de muitos e muitos anos de trabalho dentro da Ordem dos Engenheiros, o verdadeiro sentido e vontade de colaboração com Braga, em diferentes actividades, evidenciando a necessidade de projectar ainda mais a ENGENHARIA portuguesa e dar mais visibilidade da Ordem na nossa comunidade civil e aos nossos colegas Engenheiros do Distrito de Braga. Parabéns e obrigado Sr. Bastonário. Balanço de Trabalhos/Actividades de maior relevo, realizadas de Abril de 2004 a Abril de 2005: Abril de 2004 • Jantar de posse da Direcção da Região Norte com a presença de todas as delegações distritais • Reuniões de Direcção – Atribuição de pelouros pelos DelegadosAdjuntos. • Organização e participação do delegado distrital, Eng. Paulo Rodrigues, nos cursos de Ética e Deontologia com a presença do Presidente do CDRN, Eng. Gerardo Saraiva. Maio de 2004 • Apresentação do programa de actividades para o triénio 2004-2007 • Apresentação à Região Norte de um projecto de formação financiada no âmbito do POEFDS e organizado pela Delegação de Braga, num total de 450.000 euros financiados a fundo perdido. Os cursos que foram seleccionados abrangem áreas como as de Direito, Gestão e Administração, Desenvolvimento Pessoal, Segurança e Higiene no Trabalho, Formação de Professores e Formadores, Informática, Línguas, Contabilidade e Fiscalidade e por último a área de Enquadramento na Organização/Empresa. • Reuniões de Direcção. • Convite ao Cenatex para ser responsável da componente pedagógica dos cursos a serem organizados no âmbito do POEFDS. Junho de 2004 • Elaboração de um programa de gestão da tesouraria da Delegação de Braga. • Elaboração de um documento interno da Delegação Distrital de Braga sobre as regras de utilização do Edifício-Sede. • Reuniões de Direcção. • Reuniões com o Cenatex. VIDA ASSOCIATIVA Página 23 • Organização de um curso de AVAC (Ventilação Industrial). • Organização de uma acção conjunta da Delegação de Braga com a Região Norte de esclarecimento sobre a regulamentação que afecta a profissão dos engenheiros, a exemplo do que se vai fazer sobre a revisão do DL 73/73–Novo regulamento de alvarás. Julho de 2004 • Reuniões com o Cenatex. • Reuniões de Direcção. • Apresentação da versão final do processo de candidatura à Formação Financiada no âmbito do POEFDS e aceite pelo Presidente do CDRN. • Apresentação de um documento à Região Norte com a codificação de todo o inventário existente na sede da Delegação de Braga. Agosto de 2004 Suspensão de todas as actividades da Ordem. Setembro de 2004 • Entrega de todo o processo de Formação Financiada no gabinete do gestor do programa POEFDS, no Porto. • Reuniões de Direcção. Outubro de 2004 • Reuniões de Direcção. • Participação da Delegação de Braga na reunião do CDRN realizada na Régua. • Realização de uma Tertúlia, subordinada ao tema “Marketing Imobiliário – Como vender em tempo de crise”, proferida pelo Eng. Varanda. Novembro de 2004 • Realização conjunta da Delegação de Braga da Ordem dos Engenheiros, Região Norte e a Associação Página 24 VIDA ASSOCIATIVA Industrial do Minho, de uma Tertúlia subordinada ao tema “O Diploma 12/2004 – Alvarás – Implicações Profissionais para os Engenheiros”. O orador convidado foi o Eng. Hipólito Ponce Leão. • Reuniões de Direcção. • Visita ao “Puerto Marítimo de Ferrol”. A visita foi guiada pelos nossos colegas espanhóis da especialidade de Puertos, Camiños e Canales. A iniciativa foi da Região Norte mas Braga teve a maior participação com, praticamente, a totalidade dos presentes. Dezembro de 2004 • Aprovação da nossa candidatura à Formação Financiada no âmbito do programa POEFDS. • Reuniões de Direcção. • Participação do delegado distrital de Braga, Eng. Paulo Rodrigues, no jantar de Natal oferecido pela Região Norte em Braga aos nossos colegas espanhóis da especialidade de Puertos, Camiños e Canales. Janeiro de 2005 • Participação da Delegação de Braga numa palestra do Lions de Braga. O orador foi o Dr. António Marques, Presidente da Associação Industrial do Minho. • Reuniões de Direcção. • Convite do Presidente do CDRN, Eng. Gerardo Saraiva, ao delegado distrital de Braga, Eng. Paulo Rodrigues, para fazer parte da equipa de acompanhamento e “fiscalização” da formação financiada do POEFDS e dirigida pelo Prof. Machado e Moura. Da equipa também fazem parte o Eng. Paulo Vargas e o Eng. Jorge Basílio. Fevereiro de 2005 • Participação do delegado distrital de info Braga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr. Bastonário, Eng. Fernando Santo, no Doutoramento Honoris Causa do Dr. Joaquim Chissano. • Participação do delegado distrital de Braga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr. Bastonário, Eng. Fernando Santo, no Dia da Universidade do Minho. • Reuniões de Direcção. • Substituição da assessora. Administrativa da Delegação de Braga, Dra. Maria José, pela Dra. Alexandra. Março de 2005 • Participação da Ordem do Engenheiros na pessoa do delegado, Eng. Paulo Rodrigues, e juntamente com os delegados das Ordens dos Médicos e Advogados, no “Forum Emprego 2005 – 3as Jornadas de Emprego Norte de Portugal – Galiza” • Reuniões de Direcção. • Participação do delegado-adjunto, Eng. Ricardo Reis, na Procissão do Enterro do Senhor, a convite do Cabido Metropolitano e Primacial Bracarense. • Participação do Delegado Distrital de Braga, Eng. Paulo Rodrigues, na Assembleia Regional Ordinária, Presidida pelo Eng. Braga da Cruz. Abril de 2005 • Organização conjunta da Delegação de Braga e da Região Norte de uma conferência na Universidade do Minho, com a participação do Presidente do IMOPPI, Eng. Hipólito Ponce Leão, e do Sr. Bastonário, Eng. Fernando Santo. Esta iniciativa teve grande sucesso junto dos finalistas do curso de Engenharia Civil e contou com cerca de 100 participantes. Do lado da Universidade do Minho esteve presente a Eng. Manuela Oliveira e da Delegação de Braga o delegado e moderador da Sessão o Eng. Paulo Rodrigues. info • Início do curso de “Liderança para Quadros”, no âmbito da formação financiada do POEFDS, organizado na nossa sede Distrital de Braga, que encerrou com o maior sucesso para todos os membros participantes e formador Eng. Jorge Malheiro. • Reuniões de Direcção. Actividades a desenvolver brevemente: Inserido no programa de actividades para o ano de 2005, a Delegação de Braga da Ordem dos Engenheiros vai organizar brevemente os seguintes eventos: Maio de 2005 • Organização de uma jornada desportiva no dia 26 de Maio. Esta iniciativa tem o apoio da empresa de organização de eventos DINAMISMO TOTAL e consta de um programa que de manhã tem um jogo de Futsal na Universidade do Minho entre, os veteranos do Futebol Clube do Porto (Aloísio, Domingos, Rui Bastos entre outros) e a Ordem dos Engenheiros Delegação de Braga, seguido de um almoço e de uma prova de karting indoor com todos aqueles que se quiserem associar. Todo este programa está disponível no site da Região Norte. • Organização conjunta, do Colégio Regional de Engenharia do Ambiente e da Delegação Distrital de Braga, de uma palestra sobre resíduos sólidos, no dia 25 de Maio. Entre outros oradores teremos o nosso sempre amigo de Braga o Eng. António Brito, presidente do Colégio Nacional de Engenharia do Ambiente. Mais informação consultar o site da Região Norte. Paulo Rodrigues, delegado distrital de Braga da Ordem dos Engenheiros Conferência/Debate “Oportunidades, Constrangimentos e Responsabilidades dos Futuros e Jovens Engenheiros” A Ordem dos Engenheiros - Região Norte (OERN), com o apoio da Direcção da FEUP, promoveu a 11 de Maio, na FEUP, uma conferência/debate sobre os constrangimentos e responsabilidades associadas ao início de carreira na Engenharia. Mais um evento que integra o ciclo de conferências pelas escolas de Engenharia do país que o bastonário da OE, Fernando Santo, está a levar a cabo. O presidente do Conselho Directo da OERN, Gerardo Saraiva de Menezes, iniciou o encontro com a apresentação da OE, sua organização, funções e objectivos. “Uma das maiores traves- mestras é a defesa do interesse público e a articulação entre esta e a defesa do engenheiro. Esta é a nossa diferença para o sindicato”, esclareceu Gerardo Saraiva. A apresentação do IMOPPI coube ao seu presidente, Ponce de Leão, o qual forneceu alguns números relativos ao actual panorama do sector em Portugal, como, por exemplo, os 350 mediadores e as 8000 empresas de gestão de condomínio. “Segundo os dados do INE existem 62 mil empresas do sector registadas, no IMOPPI há cerca de 45 mil”, relatou o presidente. O decreto-lei de 2004 foi também um dos pontos focados por Ponce de Leão, até porque trouxe ao sector de construção uma nova realidade:“ na classe 9 em 2000 existiam 103 títulos de registo e em 2005 diminuíram para 87”, segundo dados fornecidos na sessão pelo IMOPPI. A questão dos alvarás esteve na ordem do discurso de Ponce de Leão. VIDA ASSOCIATIVA Página 25 O bastonário da OE demonstrou no início da sua intervenção entusiasmo em poder participar neste encontro realizado na primeira escola de Engenharia do país. A evolução do mercado de trabalho na Engenharia foi o tema da sua apresentação, começando por apontar que se em 1954 existiam 15 cursos, no corrente ano há 310 licenciaturas. Para demonstrar o peso do sector da construção em Portugal, Fernando Santo revelou alguns dados referentes a 2004: “O investimento na construção representou 23.800 milhões de euros, empregou 10,7 por cento da população activa, cerca de 41,6 por cento dos concursos lançados foram da responsabilidade das autarquias e foram adjudicados mais de 3200 concursos”. Na segunda parte da conferência os intervenientes estiveram à disposição para responder às questões colocadas pela audiência. Página 26 VIDA ASSOCIATIVA Conclusões do 5º Colóquio Internacional sobre Segurança e Higiene do Trabalho 24 e 25 de Fevereiro de 2005, Porto A 5ª edição do Colóquio Internacional sobre Segurança e Higiene do Trabalho foi organizada em cooperação consignada em protocolo assinado pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte, APSET – Associação Portuguesa de Segurança e Higiene o Trabalho e a FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Na sessão de abertura estiveram presentes os responsáveis destas instituições, respectivamente, Eng. Gerardo Saraiva, Dr. Luís Cabral e Prof. Carlos Costa. O colóquio registou cerca de meio milhar de inscritos e decorreu no auditório principal da FEUP. A conferência de abertura pertenceu ao Eng. Lopez Valcarcel responsável do programa Safework da OIT, Organização Mundial do Trabalho que abordou os novos desafios e oportunidades da segurança no trabalho num mundo globalizado. Depois de abordar os factores que determinam a globalização da economia, em particular quanto à inovação tecnológica e à liberalização do comércio, falou da harmonização dos sistemas normativos de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Esta harmonização referiu-se à área do trabalho ou social e à área de segurança do produto e apresentou as convenções internacionais mais recentes da OIT. Apresentou também as directrizes da OIT sobre sistemas de gestão de SST que oferecem orientações para a implantação ao nível nacional e ao nível info da empresa ou organização. Da nova ordem económica e social emerge um conjunto de desafios que os sistemas normativos de SST devem ter capacidade para enfrentar, para além de ter que ser assegurado um enfoque mais relevante aos vínculos existentes entre a SST e a competitividade. A seguir realizou-se um painel, com várias intervenções, dedicado à formação de profissionais de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), enquanto pilar fundamental da prevenção de riscos. Realça-se que a formação dos técnicos de SHST deve estar intimamente ligada à realidade das empresas. Contudo não deve perder-se de vista que estes técnicos devem saber definir estratégicas de desenvolvimento das empresas a curto, médio e longo prazos, devem conhecer a envolvente Europeia, devem estudar as tendências futuras apontadas por organizações como a OIT e a AESST e a legislação comunitária (actual e em preparação). Torna-se fundamental que na formação de base destes técnicos o domínio das condicionantes do contexto de trabalho que constituem factores de risco de acidentes e de doenças relacionadas com o trabalho. Deve ser reiterado aos técnicos de SHST que os problemas de saúde com origem em desequilíbrios organizacionais e deficientes condições de trabalho fazem parte da área das competências exclusivas. No domínio dos referenciais para a SHST na construção, há que atender às inúmeras especificidades do processo construtivo para a definição dos perfis profissionais e de formação. Ao coordenador de segurança na construção estão atribuídas competências vastas. Estas abrangem a construção, como a elaboração de projectos, direcção e acompanhamento de obras, técnicas e processos construtivos, e a SHST, como info a gestão de sistema de protecção de saúde e a aplicação dos princípios e técnicas de prevenção de riscos profissionais. O sistema de qualificação dos coordenadores de segurança previsto na legislação em discussão assenta em dois graus de competência. Estes graus relacionam-se com a complexidade dos trabalhos a executar e com o valor das obras. A segunda sessão foi dedicada ao tema do impacto da legislação nas empresas e nos técnicos de SHST. Analisaram-se as obrigações relacionados com a SHST e com o Código de Trabalho. Uma delas tem a ver com os representantes dos trabalhadores para a SHST sendo estes trabalhadores eleitos que exercem funções de representação individuais e que têm direitos de participação, de consulta, de formação e de informação. Têm ainda direito de relacionamento com empregadores, com trabalhadores e com terceiros. Abordaram-se ainda as especificidades do enquadramento legislativo na gestão da segurança na construção e nas responsabilidades e na deontologia dos profissionais de SHST. Existe legislação que não é destinada directamente aos técnicos de SHST mas que faz parte do estatuto e do regime de deontologia profissional. Outra legislação, por outro lado, dirige-se ao enquadramento organizacional e profissional. A complementaridade entre estas categorias de legislação tenta assegurar o exercício da actividade de acordo com os princípios éticos e deontológicos esperados. A terceira sessão abordou o tema da análise dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais. A primeira palestra dedicou-se ao tema dos acidentes na União Europeia e as causas respectivas. Nos custos dos acidentes de trabalho, em 2000 e na UE dos quinze, verificou-se que houve cerca de 4,7 milhões que motivaram mais de três dias de falta e que 5237 destes foram fatais. Em termos de dias perdidos houve 153 milhões devido a acidentes e 350 milhões relacionados com problemas de saúde. Foram ainda discutidas as causas dos acidentes em Portugal e o stress como factor de risco. Verificou-se uma diminuição dos acidentes mortais na construção entre 2001 e 2004 de 156 para 95. Em relação ao stress verifica-se que há necessidade de encarar este factor como causador de muitos acidentes e que a acção de médicos de trabalho e doutros especialistas será muito útil na redução da sinistralidade. Os médicos do trabalho têm um papel insubstituível no sistema de prevenção da empresa havendo que investir no núcleo de funções inerente à actividade em equipas multidisciplinares de prevenção. A quarta sessão foi destinada aos equipamentos de trabalho e à SHST. Foi analisada a questão das regras de mercado das máquinas e foi sugerida a elaboração de definições claras para a aplicação da directiva comunitária, do reforço das disposições de fiscalização e de conformidade e a implementação de procedimentos de garantia de qualidade completa. A segunda apresentação teve a ver com a avaliação de riscos e metodologias de controlo de equipamentos e, entre várias recomendações, destaca-se que é de importância elevada o empregador executar a verificação e inspecção periódica dos equipamentos por técnico competente para esse fim. A quinta sessão foi preenchida com a descrição de boas práticas na prevenção de riscos profissionais. Foram apresentados casos das empresas REFER, EDP, AutoEuropa e SURB. Embora estas organizações sejam de áreas de actividade diferentes os exemplos apresentam facetas comuns. Estes aspectos referem-se sobretudo à importância do planeamento da prevenção, ao investimento nos equipamentos e na formação, na integração da prevenção e da qualidade, na sensibilização dos trabalhadores, nas auditorias de segurança, na existência de normas de segurança e na melhoria contínua da política de segurança. Realizou-se no início da última tarde do colóquio uma sessão técnica do Dr. Manuel Roxo sobre Gestão e Coordenação da Segurança e quais os desafios para o futuro. O aspecto principal relaciona-se com o enriquecimento do modelo teórico de organização do trabalho em estaleiro sendo necessário definir a organização do trabalho teórica. Para isso o esforço de transparência organizacional e a formalização de trocas e enriquecimento do saber organizacional servem para combater as culturas de competição interna, para aumentar a retenção do saber e para introduzir as abordagens globais e verdadeiramente pluridisciplinares. A última componente do colóquio foi VIDA ASSOCIATIVA Página 27 composta por uma mesa-redonda composta pelo Eng. Fernando de Almeida Santos, Prof. Luís Alves Dias, Prof. Hipólito de Sousa e Eng. José Eduardo Marçal. A moderação foi feita pelo Eng. Hipólito Ponce de Leão e abordou a questão da formação e qualificação dos coordenadores de Segurança na Construção. Foram apresentadas e discutidas várias características sendo de destacar que as componentes de formação deverão contemplar as matérias adstritas à legislação e regulamentação na construção civil e obras públicas, à acção do coordenador em projecto e do coordenador em obra, aos diferentes instrumentos e à prevenção de riscos profissionais. Quanto às habilitações académicas de ingresso devem poder incorporar diferentes formações de base de acordo com as actividades a desempenhar. A experiência adequada no sector deve ser relevante e ser contabilizada na qualificação para o exercício desta actividade. É de realçar a necessidade de conhecimentos técnicos indispensáveis para poder assumir as responsabilidades inerentes de modo competente e responsável. O encerramento foi feito com a presença do Eng. Ponce de Leão, em representação da Secretaria de Estado das Obras Públicas, da Dra. Manuela Calado, do Ponto Focal da Agência Europeia da SST, do Eng. Gerardo Saraiva, da Ordem dos Engenheiros, e do Prof. Alfredo Soeiro, da FEUP. Foi realçado o êxito aparente do colóquio como resultado do nível elevado das apresentações, das intervenções e do número elevado de assistentes. Foi ainda expresso o desejo de repetir o colóquio no ano seguinte e o interesse elevado que este tipo de eventos tem para a economia e o para desenvolvimento da sociedade. Página 28 ENGENHARIA NO MUNDO info info LAZER Página 29 Agostinho Peixoto, especialista em Turismo 2005: Ano Internacional da Física No 3º Congresso Mundial das Sociedades de Física, realizado em Berlim a 15 e 16 de Dezembro de 2000, aprovou-se a proposta da Sociedade Europeia de Física (SEF) no sentido de fomentar iniciativas para que 2005 – altura do centenário do Annus Mirabilis da produção científica de Albert Einstein – fosse o Ano Mundial da Física. Dois anos mais tarde, a União Internacional da Física Pura e Aplicada (IUPAP) expressou esse desejo. Mais um passo foi dado em 2003. Sob proposta de Portugal, do Brasil e da França, a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) resolveu acolher a resolução da IUPAP e convidar o director-geral a solicitar à Assembleia Geral da ONU que declarasse o Ano Internacional da Física em 2005. E assim foi concretizada essa vontade pela Assembleia Geral da ONU, a 10 de Junho de 2004. Para levar a cabo tal iniciativa, este organismo convidou a UNESCO, sociedades de Física e grupos do mundo inteiro a organizar actividades nessa área. O objectivo é que o mundo se una num esforço comum: desenvolver o interesse pela Física, reforçar o papel dos físicos na sociedade e aliar a Física a outras áreas. Finalmente, nos dias 13 e 15 de Janeiro, na UNESCO, lançou-se oficialmente 2005 Ano Internacional da Física. No nosso país, a cerimónia de lançamento ocorreu a 14 de Março, na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa, contando com a presença do Presidente da República, Jorge Sampaio, e com o Presidente da Comissão Internacional do Ano Internacional da Física, Martial Ducloy. A Sociedade Portuguesa de Física (SPF) deu assim início às comemorações, tendo consciência que o nosso país sairá a ganhar com esta iniciativa, especialmente a ciência, a engenharia e a tecnologia. É de referir que Portugal possui um corpo de cientistas importantes, contudo não há motivação para que estudem e trabalhem no nosso país. Os Estados Unidos e a Ásia, sobretudo o Japão, são um chamariz aos investigadores. Para combater essa tendência, e tendo em conta que a União Europeia quer tornar-se até 2010 na economia mais competitiva do mundo com base no conhecimento, estabeleceu-se a meta de investir três por cento do produto interno bruto, em média, até 2010. Mas afinal quem foi o homem que motivou o Ano Mundial da Física? Em poucas palavras, Albert Einstein foi o homem que mudou a Física e o mundo. E a sua imagem faz parte do imaginário de todos quando se pensa no conceito de génio. Nascido a 14 de Março de 1879, em Ulm (Alemanha) – mais tarde adquiriu as nacionalidades suíça (1901) e norteamericana (1940) –, Einstein em criança demorou muito tempo a aprender a falar, tendo os seus pais temido que tivesse algum atraso mental. Mas não, talvez já nessa altura as perguntas ocupavam-lhe o pensamento. Já a estudar na Suíça, o jovem continuava a não demonstrar sinais de grande inteligência. Terminado o curso na Escola Politécnica Federal aos 18 anos, não conseguiu arranjar emprego como professor de Física e Matemática, e foi trabalhar como assistente técnico no Departamento Suíço de Registo de Patentes. Este não era o emprego dos seus sonhos, mas foi este que lhe permitiu ter tempo para se dedicar à preparação do doutoramento e desenvolver alguns dos seus trabalhos mais notáveis. Em 1905, Einstein escreveu artigos que forneceram a base de três campos fundamentais em Física: a teoria relatividade restrita, a teoria quântica e a teoria do movimento browniano. Só em 1916 viria a apresentar a teoria geral da relatividade. Entretanto, o reconhecimento dos seus achados levou-o a ser requisitado para leccionar em várias universidades e participar em conferências. Regressou ao seu país natal em 1914. Sendo judeu e com a chegada de Hitler ao poder, foi obrigado a fugir do país em 1933, ano em que se fixou nos Estados Unidos e onde assumiu funções de docente de Física Teórica na Universidade de Princeton. Reformou-se em 1945, vindo a falecer 10 anos mais tarde, a 18 de Abril, em Princeton. O seu trabalho valeu-lhe vários prémios, incluindo o Prémio Nobel da Física em 1921 pelos “serviços em prol da Física Teórica, em especial pela sua descoberta da lei do efeito fotoeléctrico”. A persistência, o empenho, a curiosidade e a sua genialidade na teoria da Física tornaram-no solitário, embora tivesse sido casado por duas vezes. Montes de Emoções A Região de Turismo do Nordeste Transmontano engloba no seu território os 12 concelhos que constituem o distrito de Bragança (Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais) e três Áreas Protegidas (Parque Natural de Montesinho, Parque Natural do Douro Internacional e Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo). Paisagens de beleza ímpar, campos recortados de cores múltiplas, povo acolhedor, excelente gastronomia, património e tradições alicerçadas na história e cultura portuguesas não são mais do que motivos incontornáveis para uma visita aprofundada à região. É certo que, em anos passados, o isolamento e o êxodo rural contribuíram para que o esquecimento do interior prevalecesse constituindo, como consequência, a falta de investimento em várias áreas, nomeadamente no turismo, limitando, em muito, o desenvolvimento deste território. No entanto, tem sido notória uma evolução positiva, já que muitos dos programas operacionais no âmbito dos quadros de apoio comunitário têm sido implementados nesta região. Empreendimentos hoteleiros, de turismo no espaço rural; surgimento de um maior número de empresas de animação turística, a recuperação de património com valor histórico e cultural e ainda a requalificação de aldeias, bem como de espaços urbanos, entre outros, atribuem ao Nordeste Transmontano uma imagem mais actualizada. No conceito actual de turismo o Nordeste detém um leque de valências que devem ser conhecidas: desde actividades ligadas ao pedestrianismo, à equitação, observação de aves (águia real, o grifo, a cegonha negra, entre outras espécies), aos desportos náuticos, radicais, entre outros, esta região com as suas inúmeras barragens e espaços de rara beleza presenteia largamente quem a visita. Os circuitos pelas sedes de concelho são igualmente uma excelente alternativa, pois a região tem testemunhos históricos que vão desde o neolítico às invasões francesas. Reinam castros e castelos que desde cedo defenderam o seu berço; monumentos fúnebres (antas) e pinturas rupestres aclamam a sua influência na formação do nordestino. O Douro ainda encontra aqui parte da sua região demarcada e património mundial, integrando a denominada Terra Quente. Terra esta que para além de quente é florida! No 2º e 3º mês do ano as amendoeiras exibem as cândidas flores sem modéstia. Imperdível! A saudosa linha do Tua, embora não na sua totalidade, descreve um fantástico percurso de escarpas e penedos numa viagem de comboio a lembrar o romantismo de outros séculos. Obviamente que todo este leque de locais a visitar e actividades a realizar são salteadas com a excelente gastronomia regional! Os fumeiros, a posta à mirandesa, o bacalhau, o cabrito, os queijos e a doçaria (produtos certificados de qualidade e de origem protegida), para além do vinho, estão sempre na boa mesa nordestina. A simpatia e a hospitalidade deste povo não têm comparação quando estende os braços ao visitante e o convida para sua casa, já que aqui a arte de receber é inata. A caça e a pesca estão, igualmente, representados na gastronomia. Atractivos turísticos que movem muitos entusiastas em busca de convívio e aventura. Estas actividades devem ser praticadas nas devidas épocas e nas respectivas áreas. O javali, a lebre, o coelho, a perdiz; bem como a truta, o barbo, a boga, escalo e carpa são as espécies de eleição. As festas e romarias alegram a região durante todo o ano. Os grupos etnográficos marcam presença com os seus cantares, danças e rituais cheios de cor e movimento. O artesanato relata em símbolos o modus vivendi agrícola e tradicional desta região bem portuguesa. Página 30 AGENDA info info ENCONTRO 2005 DE MEMBROS ELEITOS DA REGIÃO NORTE DOS ENGENHEIROS CONGRESSOS E SEMINÁRIOS 25 A 28 JULHO 19 E 20 MAIO LOCAL: UTAD ORGANIZAÇÃO: Colégio de Electrotecnia da OERN ORGANIZAÇÃO: CDRN ABRIL, MAIO E JUNHO LOCAL: FEUP ORGANIZAÇÃO: Departamento de Física da FEUP 26 A 29 MAIO SETEMBRO ANO INTERNACIONAL DA FÍSICA CICLO DE PALESTRAS LOCAL: Ponta Delgada ORGANIZAÇÃO: Colégio de Engenharia Geológica e de Minas LOCAL: Sede da OERN ORGANIZAÇÃO: CDRN No âmbito do Ano Internacional da Física, no Departamento de Física da FEUP continua a decorrer um conjunto de palestras e uma série de visitas ao laboratório de Física da FEUP dirigidas a alunos do ensino secundário. Programa - 13 de Abril 15h Sala B001 - Palestra “A Física 100 anos Depois de Einstein” 17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 20 de Abril 15h Sala B001 - Palestra “A Fusão Nuclear: uma Energia para o Futuro” 17h, Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 18 de Maio 15h Sala B001 - Palestra “Nanotecnologias: o Amanhã é já Hoje” 17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 22 de Junho de 2005 15h, Sala B001 - Palestra “A Biofísica da Actividade Cerebral” 17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física Nos dias 11 de Maio e 8 de Junho as escolas secundárias interessadas poderão ainda participar em sessões laboratoriais subordinadas ao tema: “Ondas no laboratório”. Entre as 14h30 e as 17h30 os alunos visitantes vão poder assistir a demonstrações de experiências sobre: - Interferência e difracção de ondas, comportamento ondulatório da luz; funcionamento de um laser; - Fundamentos do movimento ondulatório: pêndulos acoplados, ondas estacionárias numa corda, instrumentos musicais; - Efeito Doppler, medição da velocidade de um carrinho, princípio de funcionamento do radar. Mais informações: https://www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=4114 XV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA GEOLÓGICA E DE MINAS A PROFISSÃO DE ENGENHEIRO. A ÉTICA E DEONTOLOGIA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO O Colégio Nacional de Engenharia Geológica e de Minas, com o apoio do Conselho Directivo Nacional e da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Engenheiros, vai realizar entre 26 e 29 de Maio de 2005 o seu XV Encontro Nacional, na cidade de Ponta Delgada – São Miguel (Açores), pretendendo proporcionar aos seus membros a oportunidade de reflectir sobre assuntos de interesse profissional, numa atmosfera propícia ao convívio. Mais informações e inscrições, contactar o site nacional da Ordem. JUNHO LOCAL: Sede da OERN ORGANIZAÇÃO: CDRN MESA-REDONDA SOBRE O PROCESSO DE BOLONHA LOCAL: Gerês – Terras de Bouro ORGANIZAÇÃO: CDRN LOCAL: PORTO ORGANIZAÇÃO: AEESB – Universidade Católica III JORNADAS DE BIOTECNOLOGIA Participação da Eng.ª Teresa Ponce de Leão em representação do CDRN 13 A 17 JUNHO LOCAL: FEUP ORGANIZAÇÃO: FEUP e Department of Information System and Computation of the Polytechnic University of Valencia. 6 JUNHO LOCAL: Mirandela ORGANIZAÇÃO: DD Bragança DEBATE SOBRE COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA E A NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE ALVARÁS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Com a participação do presidente do IMOPPI, Eng. Ponce de Leão, e do vogal do CRC Civil, Eng. Matos de Almeida LOCAL: FEUP ORGANIZAÇÃO: FEUP 25 JULHO A FEUP tem já agendada para 21 de Maio de 2005 a cerimónia festiva do Dia da Graduação. Neste dia entregamos as cartas de Doutoramento, de Mestrado e de Licenciatura aos doutores, mestres e licenciados, que obtiveram o seu grau no ano civil anterior. É também nesta ocasião que homenageamos os que por jubilação ou aposentação se retiraram do serviço activo durante o ano de 2004. 24 SETEMBRO LOCAL: Ponte de Lima ORGANIZAÇÃO: DD Viana do Castelo 21 MAIO DIA DA GRADUAÇÃO DEBATE SOBRE A GESTÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO DOURO JUNHO QUE CAPACIDADE DE ENGENHARIA NA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS. O IMPACTO FLORESTAL, AGRÍCOLA E DE CIDADANIA LOCAL: Porto ORGANIZAÇÃO: CDRN REUNIÃO DE TRABALHO SOBRE COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO Vários especialistas convidados SETEMBRO LOCAL: Peso da Régua Página 31 y Minero, em parceira com uma equipa de trabalho que envolve elementos da FEUP, realiza o Simpósio sobre Mineração e Metalurgia, de 21 a 23 de Junho de 2005. Este evento visa dinamizar e congregar esforços no sentido da promoção da investigação e preservação dos patrimónios mineiro e metalúrgico antigos no Sudoeste europeu. A 3ª edição deste simpósio será realizada na cidade do Porto, nas instalações da FEUP. O objectivo da iniciativa, marcada por uma colaboração entre instituições Ibéricas, é permitir um desenvolvimento futuro de dinâmicas conducentes a uma melhor identificação e preservação das raízes mineiras e metalúrgicas que marcaram o passado da actividade humana na Península Ibérica. Mais informações: http://www.ippar.pt/conferencias/simposio2005 Todos os anos uma figura de relevo da universidade, da investigação, do mundo empresarial ou da sociedade portuguesa em geral, é convidada a participar neste evento. ENCONTROS AGENDA 17TH CONFERENCE ON ADVANCED INFORMATION SYSTEMS ENGINEERING (CAISE'05) Realiza-se entre 13 a 17 de Junho de 2005, na FEUP, a 17th Conference on Advanced Information Systems Engineering (CAiSE'05). A conferência pretende ser um fórum de discussão, apresentação e troca de resultados e experiências na área da investigação de "Information Systems Engineering", que irá reunir entre 300 a 400 investigadores oriundos de todo o mundo. O evento é organizado pela FEUP em parceira com o Department of Information System and Computation of the Polytechnic University of Valencia. Mais informações: http://gnomo.fe.up.pt/~caise/index.php 21 A 23 JUNHO LOCAL: FEUP ORGANIZAÇÃO: FEUP e Sociedad Española para la Defensa del Patrimonio Geológico y Minero SIMPÓSIO SOBRE MINERAÇÃO E METALURGIA A Sociedad Española para la Defensa del Patrimonio Geológico EFITA/WCCA 2005 JOINT CONFERENCE 5TH CONFERENCE OF THE EUROPEAN FEDERATION FOR INFORMATION TECHNOLOGY IN AGRICULTURE, FOOD AND ENVIRONMENT 3RD WORLD CONGRESS ON COMPUTERS IN AGRICULTURE AND NATURAL RESOURCES. A conferência conjunta EFITA/WCCA 2005 constituirá um fórum privilegiado onde investigadores e profissionais poderão trocar informação sobre os desenvolvimentos e aplicações das tecnologias da informação na agricultura. Os principais objectivos que se esperam alcançar com a realização deste evento são a promoção do uso das novas tecnologias, a divulgação do estado da arte no uso de ferramentas de software, o estabelecimento de contactos e de colaboração entre as instituições de investigação, de insino e os produtores, iniciar projectos de educação e treino e apresentar planos inovadores com vista a criar novas empresas. Os trabalhos da conferência serão organizados em sessões plenárias, tutorais, workshops e posters cobrindo diversos temas: Agricultura de Precisão, Automação e Controlo, Desenvolvimento Rural, e-AgBusiness, Gestão de Recursos, Modelação Ambiental e Científica, Produção Animal, Redes Sensoriais, Segurança Alimentar, Sistemas de Apoio à Decisão, Sistemas de Informação Geográfica, Sustentabilidade, entre outros. A organização deste evento está a cargo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Federação Europeia para as Tecnologias da Informação na Agricultura (EFITA), da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Tecnologias da Informação na Agricultura (APDTICA) e conta com o apoio da Ordem dos Engenheiros. Página 32 AGENDA info A submissão de trabalhos terminou no dia 11 de Janeiro de 2005, tendo sido recebidos 263 trabalhos de autores provenientes de 51 países. É de referir que pela primeira vez na história da realização deste congresso serão atribuídos dois prémios de investigação, Júnior e Sénior, e será efectuada uma selecção dos melhores trabalhos para publicação em revistas científicas de reconhecido mérito internacional. Mais informações: http://www.agriculturadigital.org/efitaandwcca2005 ou [email protected] Historial do Congresso A EFITA - Federação Europeia para as Tecnologias da Informação na Agricultura tem organizado com uma periodicidade bianual os congressos: 1th Conference of the European Federation for Information Technology in Agriculture, Food and Environment, Copenhaga, Dinamarca, 1997 2th Conference of the European Federation for Information Technology in Agriculture, Food and Environment, Bona, Alemanha, 1999 3th Conference of the European Federation for Information Technology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier, França, 2001 4th Conference of the European Federation for Information Technology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier, Debrecen, Hungria, 2003 A ASAE – American Society of Agricultural Engineers tem vindo a organizar com uma periodicidade bianual os congressos: 1th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 1986 2th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 1988 3th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 1990 4th INTERNATIONAL CONFERENCE, University of Florida, USA, 1992 5th INTERNATIONAL CONFERENCE, Joseph MI, USA, 1994 6th INTERNATIONAL CONFERENCE, Cancun, México, 1996 7th INTERNATIONAL CONFERENCE, Orlando, USA, 1998 WCCA- World Congress of Computers in Agriculture and Natural Resources, Brasil, Março, 2002 WCCA- World Congress of Computers in Agriculture and Natural Resources, Tailândia, Agosto, 2004 No seguimento de um protocolo assinado em 2003 na Hungria pelas Instituições EFITA e ASAE, estes dois eventos irão ser realizados pela primeira vez em simultâneo e em Portugal, sendo a sua designação abreviada EFITA/WCCA 2005 Joint Conference. Participantes: Tendo em conta a experiência de congressos anteriores, e que o número de trabalhos submetido é de 263 de 51 países, espera-se um número de participantes entre 300 a 350, sendo cerca de 60 alunos de doutoramento. Estes são na sua maioria oriundos de países europeus e dos Estados Unidos da América, contando-se ainda com participantes da América Latina, Ásia e África, por esta ordem de importância. Divulgação: O congresso EFITA/WCCA 2005 tem vindo a ser divulgado desde Agosto de 2004 por todo o mundo de variados modos: em revistas científicas da área, imprensa, cartazes e brochuras, convocatórias e anúncios enviados por correio normal e electrónico, website, etc. É de referir que as convocatórias foram distribuídas em formato electrónico a cerca de 15000 investigadores e profissionais da área graças à colaboração de instituições parceiras que acederam a ajudar a organização na divulgação deste congresso, bem como na realização de algumas sessões técnicas, como sejam a ISHS, ASAE, CIGR, FAO, Comissão Europeia, entre outras. Programa Técnico do Congresso: O programa do congresso será constituído por uma sessão de abertura e de encerramento, cinco sessões técnicas a decorrer em paralelo durante quatro dias, cinco sessões tutorais, workshops, sessões de posters, reuniões dos membros dos comités e das organizações presentes, visitas técnicas e exposições que começarão a ser definidas após o dia 28 de Fevereiro de 2005, data limite para a conclusão do processo de revisão dos trabalhos submetidos e das propostas de realização de sessões técnicas. O programa será publicado no website do congresso (uma 1ª versão provisória em Abril de 2005 e uma versão definitiva em Junho de 2005). info 12 A 14 OUTUBRO 27 E 28 OUTUBRO LOCAL: Auditório da FEUP ORGANIZAÇÃO: FEUP e DGEMN LOCAL: FEUP ORGANIZAÇÃO: FEUP 2º SEMINÁRIO INTERVENÇÃO NO PATRIMÓNIO: PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO IV JORNADAS TÉCNICAS PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS – AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 27 A 29 JULHO Na sequência do sucesso alcançado no primeiro seminário promovido pela FEUP em parceria com a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), as duas entidades estão a organizar o 2º Seminário sobre “A Intervenção no Património: Práticas de Conservação e Reabilitação”. É intenção dos organizadores que este evento seja potenciador de um debate alargado sobre o património construído, de reflexão sobre o seu estado actual e de como intervir de forma sustentada numa perspectiva de futuro. As áreas em debate repartem-se por cinco sessões dedicadas a temas de grande actualidade no domínio do património edificado: Perspectivas para a Conservação e Reabilitação do Património e sua Inventariação; Casos Práticos de Intervenção em Património Edificado; Técnicas de Diagnóstico e Inspecção; Reforço Estrutural; Das Técnicas Tradicionais às Novas Tecnologias. O evento irá decorrer nos dias 12, 13 e 14 de Outubro de 2005 no Auditório da FEUP. Mais informações: Tel. FEUP, DECivil: 225081944, email: [email protected] e http://ncrep.fe.up.pt/seminario.htm LOCAL: Campus de Ponta Delgada da Universidade dos Açores ORGANIZAÇÃO: APAET 23 A 26 OUTUBRO 6º CONGRESSO NACIONAL DE MECÂNICA EXPERIMENTAL A APAET – Associação Portuguesa de Análise Experimental de Tensões, com os apoios da FEUP e do INEGI, vai organizar o seu 6º Congresso Nacional de Mecânica Experimental. O objectivo principal deste congresso é a realização de um fórum para a discussão e divulgação das descobertas mais recentes nas áreas da análise experimental de tensões e da mecânica experimental, quer nas aplicações a problemas de Engenharia, quer na investigação que decorre nos diversos ramos da ciência. O evento decorrerá no Campus de Ponta Delgada da Universidade dos Açores, Ilha de São Miguel, durante os dias 27 a 29 de Julho de 2005. Mais informações: http://paginas.fe.up.pt/apaet6/ AGENDA LOCAL: Centro de Congressos da Madeira, Funchal ORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento Básico e Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais GESTÃO DE RESÍDUOS – SUSTENTABILIDADE O Grupo de Resíduos da Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento Básico (APESB) tem em curso a organização das 5ªs Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos, a realizar nos dias 23 a 26 de Outubro de 2005 no Funchal. Trata-se de um evento com extrema valia técnica e um marco de excelência de intercâmbio de informação no sector da gestão dos resíduos. As jornadas incluirão um workshop sobre "Gestão de Aterros Sanitários", sessões temáticas sobre "Política Europeia de Resíduos", "Casos Práticos de Gestão de Resíduos", "Recolha Selectiva de Resíduos", "Gestão de Resíduos em Regiões Insulares", "Qualidade, Ambiente e Segurança" e "Resíduos e Saúde Pública", e visitas técnicas. Mais informações: Tel. APESB, Dra. Carla Galier: 218443849; email: http://[email protected] ou www.apesb.pt Página 33 14 DEZEMBRO LOCAL: FEUP ORGANIZAÇÃO: FEUP 9ªS JORNADAS DE CONSTRUÇÕES CIVIS WORKSHOP 31 MAIO LOCAL: Auditório do Arquivo Histórico do Porto – Casa do Infante ORGANIZAÇÃO: Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas da OERN, Câmara Municipal do Porto e Associação Portuguesa de Geólogos CARTA GEOTÉCNICA DO PORTO O Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas, em conjunto com a Câmara Municipal do Porto e a Associação Portuguesa de Geólogos, vai levar a efeito, a 31 de Maio, um workshop sobre a Carta Geotécnica do Porto. O tema terá interesse, para além dos colegas do Colégio de Engenharia Geológica e de Minas, para os dos Colégios de Civil (principalmente da especialidade de Geotecnia), de Geográfica e do Ambiente. Mais informações sobre o programa e inscrições: Tel. OERN: 222054102, email: [email protected] ou http://norte.ordemdosengenheiros.pt FORMAÇÃO 18 E 25 DE JUNHO LOCAL: Sede da OERN ORGANIZAÇÃO: CDRN 21º CURSO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL A OERN tem vindo a promover Cursos de Formação em Ética e Deontologia Profissional com o objectivo de transmitir conhecimentos e divulgar casos de reconhecida importância para o exercício da profissão de Engenheiro, designadamente no tocante aos valores e princípios a ela inerentes. Estes Cursos constituem, desde Janeiro de 2002, uma componente obrigatória dos Estágios de admissão à Ordem dos Engenheiros. Deste modo, qualquer membro estagiário que se tenha inscrito depois de 1 de Janeiro só será admitido como membro efectivo após a frequência, com aproveitamento, daqueles cursos. Página 34 AGENDA info A duração destes cursos é de 10 horas, a funcionar das 10h30 às 13h e das 14h30 às 17h. O número de participantes por curso é limitado, sendo as inscrições consideradas por ordem de recepção na Ordem dos Engenheiros – Região Norte. Para efectuar a inscrição deverá enviar a ficha de inscrição e proceder ao pagamento de 25,00 euros (inclui: documentação) Mais informações: http://www.norte.ordemdosengenheiros.pt VISITAS TÉCNICAS 18 JUNHO LOCAL: Subterrâneos do Porto ORGANIZAÇÃO: Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas VISITA AOS MANANCIAIS DE ÁGUA SUBTERRÂNEOS DO PORTO O Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas, com o apoio dos SMAS Porto, vai levar a efeito, no sábado dia 18 de Junho, uma visita aos subterrâneos do Porto. Muito antes de se fazer a captação no rio Sousa, quando ainda não havia abastecimento domiciliário, a população do Porto abastecia-se de água nas fontes e chafarizes. As fontes e chafarizes eram abastecidos por vários mananciais, dos quais os mais abundantes eram os de Paranhos, Salgueiros, Campo Grande, Camões, Póvoa de Cima, Cavaca, Fontainhas, Virtudes, Aguardente e Malmeajudas. A visita aos subterrâneos do Porto percorre o antigo manancial de Paranhos (também conhecido como o manancial da Arca de Água ou Arca das Três Fontes, por serem três as nascentes de onde a água brotava), que foi sem dúvida, o mais importante, devido à excelente qualidade e pureza da água e ao "seu copioso caudal". O encanamento do manancial de Paranhos dos nossos dias nada tem haver com o inicial, mas não deixa de ser um importante e interessante testemunho histórico da nossa cidade, que é dado a conhecer através da sua visita. Contamos Consigo. Mais informações sobre o programa e inscrições: Tel. OERN: 222054102, email: [email protected] ou http://norte.ordemdosengenheiros.pt CULTURA E LAZER 26 MAIO LOCAL: Universidade do Minho ORGANIZAÇÃO: DD Braga TAÇA OE-FC PORTO No próximo dia 26 de Maio, às 10h, nas instalações da Universidade do Minho, vai decorrer a 1ª Taça OE/DT, disputada através de um jogo de futsal entre a equipa da Ordem dos Engenheiros Norte e a equipa de veteranos do FC Porto, onde alinharão muitos dos craques que ainda há bem pouco tempo nos maravilhavam com as suas qualidades futebolísticas. Será uma oportunidade ímpar para os membros da Ordem dos Engenheiros poderem conviver de perto com alguns dos seus ídolos e verificarem que estes mantêm as suas qualidades intactas. O plano desportivo deste dia inclui para além do jogo futsal entre as equipas do FC Porto e da Ordem dos Engenheiros Norte, uma prova de karting indoor, a decorrer nas instalações do Sport-Center em Braga. Para além do plano desportivo, está também agendado para este dia um almoço volante a ter lugar nas magníficas instalações do Sport-Center. O dia terminará com a entrega dos prémios que decorre em simultâneo com a oferta de um branco de honra. Este dia, inserido no programa desportivo da Ordem dos Engenheiros, é organizado pela DT - Dinamismo Total e conta com o patrocínio da Stock-Car. As inscrições podem ser feitas na Delegação Distrital de Braga, email: [email protected], tel.: 253269080, fax: 253269114. Ou para Dr.ª Alexandra Gaio: 962728642, Eng.º Paulo Rodrigues: 969516504 e Eng. Jorge Basílio: 917827407 SETEMBRO LOCAL: Braga ORGANIZAÇÃO: DD Braga ENGENHO E OBRA – ENGENHARIA EM PORTUGAL NO SÉCULO XX ERRATA Por lapso no último número da INFO foi indicado que Luís Sousa Lobo é o representante de Portugal no Grupo Bolonha, no artigo “Processo de Bolonha: Engenharia – Contra o devaneio académico da proposta do MCIES”, página 9, o que não corresponde à verdade, sendo o representante actual Sebastião José Cabral Feyo de Azevedo. Pelo facto, pedimos desculpa aos dois visados. Chama-se a atenção para o facto do mesmo artigo ter sido também publicado no Jornal de Negócios no caderno semanal Engenheiros. info AGENDA Página 35