Diagnóstico
diferencial da dor
músculo-esquelética
Diagnóstico diferencial da
dor músculo-esquelética
A dor é o sintoma primário mais freqüente nas
consultas ao fisioterapeuta, e inúmeras
técnicas têm sido propostas para o seu alívio e
/ou supressão.
Um tratamento orientado para os sintomas,
sem considerar causas, é paliativo, e torna
inevitável sua recidiva, bem como potencializa
seu agravamento.
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dor músculo-esquelética
Um tratamento fisioterapêutico eficiente deve
direcionar-se para a resolução da disfunção
cinesiológica subjacente aos sintomas, sendo
para isto indispensável identificar a(s) sua(s)
causa(s).
A dor é fruto da interpretação subjetiva do
paciente, o que a torna de difícil análise por
parte do fisioterapeuta, e suas múltiplas
manifestações podem confundir tanto o
paciente quanto o fisioterapeuta.
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dor músculo-esquelética
Dor no ombro:
- Patologia múscular,articular ou de
tecidos moles do ombro;
- Disfunção postural relacionada à ATM;
- Doença hepática;
- Tumor em ápice de pulmão.
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dor músculo-esquelética
 Como identificar com segurança a dor?
Cada dor tem suas características
especificas, que podem ser conhecidas e
identificadas através do relato do
paciente durante a entrevista, orientando
o clínico em sua análise diagnóstica.
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dor músculo-esquelética
 Segundo Goodman e Snyder ( 2002):
 Dor cutânea: relacionada à pele, envolve as
estruturas situadas na pele e tecido
subcutâneo, é uma dor bem localizada pelo
paciente. Pode ser dividida em:
- Dor somática profunda: causada por alterações
do periósteo, osso esponjoso, nervo, músculo,
tendão, ligamentos e artérias;
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- Dor somatovisceral; ocorre quando uma
condição dolorosa do músculo causa um
distúrbio funcional das vísceras
subjacentes;
- Dor somatoemocional ou
psicossomática:ocorre quando uma
aflição emocional ou psicológica produz
sintomas físicos;
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dor músculo-esquelética
- Dor viscerossomática: Ocorre quando a
muscultatura esquelética é afetada por
disturbios viscerais;
- Dor referida: está relacionada à irritação
tanto de estruturas somáticas como
viscerais. É sempre sentida à distância
da região anatômica acometida;
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- Dor visceral: relacionada a todos os
orgãos internos situados no tronco ou
abdomen, como os orgãos dos sistemas
respitatório, digestório, urogenital e
endócrino, bem como o pâncreas,
coração e grandes vasos.
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Devemos lembrar que todas as
estruturas corporais, exceto o
periósteo, provocam dores referidas.
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1. Dor discal
- Dor aguda, que aumenta com a ação da
gravidade;
- Aparece sem tempo de latência – quando o
peso corporal está sobre o disco;
- Aumenta com a posição sentada, anteflexão
de tronco, tosse e esforços de defecação.
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2. Dor ligamentar
- Aparece por: manter uma posição por
tempo prolongado, no final das ADMs;
- Tempo de latência entre 10 min e 1h;
- Dor em queimação, queimadura
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3. Dor muscular
- Dor ao movimento, o movimento doloroso
indica qual é o músculo lesionado e o
movimento oposto que estira o músculo
provoca um rebote devido ao espasmo;
- Dor surda e difusa, e pode ser referida à
distância – trigger points;
- Dor isquêmica que aumenta com a contração
isométrica
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4. Dor tendinosa
- Dor “chata” que piora nos movimentos de
ADM máxima e com contração muscular;
- O movimento passivo na ADM máxima
indica qual é o tendão lesionado;
- Sensação de estiramento doloroso.
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5. Dor nervosa periférica
- Indicada pelo nervo ou raiz acometida;
- Filiforme – o paciente indica o trajeto
com um dedo.
- Sensação de formigamento, queimação,
pontada.
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6. Dor articular
- O paciente refere exatamente o local
(articulação) acometido com um dedo;
- Piora com movimentos ativos e passivos;
- A ausência de movimento melhora os
sintomas.
- Dor “incomodante”.
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7. Dor referida visceral
- Dor rítmica que depende da função
visceral;
- Tem horários específicos de latência –
vide acupuntura
- O movimento não altera a dor.
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É realmente uma pena que grande parte
do pensamento e do ensino médico
encare o sistema músculo-esquelético
apenas como um cabide sobre o qual os
outros sistemas de orgãos ficam
pendurados, e não como um sistema
orgânicos suscetível a seus próprios e
singulares processos de enfremidades e
doenças.
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dor músculo-esquelética
Em fisioterapia vemos o sistema músculoesquelético dentro de um contexto muito
mais amplo, sobretudo como uma parte
integrante e inter-relacionada do
organismo humano total
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Assim como a mão é parte integrante da
prática da fisioterapia e possui 5 dedos,
é fácil associar um conceito a cada dedo
da mão palpadora.
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1 – Holismo
O sistema músculo-esquelético merece
uma avaliação cuidadosa e completa,
independentemente de onde e quando o
paciente seja visto, qualquer que seja a
natureza da queixa que ele apresenta.
O conceito é de que temos um doente que
precisa ser avaliado de forma global. Devemos
tratar pacientes e não doenças.
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2 – Controle neurológico
Os seres humanos possuem o
sistema nervoso mais desenvolvido e
sofisticado do reino animal. Todas as
funções do corpo estão sob algum tipo
de controle do sistema nervoso, que o
tempo todo está respondendo à
estímulos externos e internos, de
maneira consciente ou autônoma.
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3 – Função circulatória
O conceito pode ser simplesmente
descrito como a manutenção de um meio
ambiente celular apropriado para toda e
cada célula do corpo.
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4 – Gasto energético
O sistema músculo-esquelético
compreende mais de 60 % do organismo
humano e é o principal consumidor de
energia do corpo. Logo, todo aumento de
atividade músculo-esquelética exige que
as vísceras desenvolvam e forneçam
energia para sustentar tal atividade.
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5 – Auto-regulação
É a capacidade do corpo em se autocurar, são vários os mecanismos
homeostáticos essenciais para a
manutenção da saúde e, se alterados
por doença ou traumatismo, precisam
ser restaurados.
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Diagnóstico diferencial da dor músculo