ó — JORNAL DA TARDE POLITICA as pedem redução nos 0 Brasil não deve pagar mais do que 25% do total de suas exportações — sugestão das esquerdas num Í 0 Brasil deve suspender imediatamente a remessa para o Exterior de divisas que superem a 25 p o r c e n t o das exportações, para "evitar que a dívida externa continue a ser um instrumento de dominação do sistema internacional". É o q u e as e s q u e r d a s sugerem ao presidente Sarney num documento entregue ontem no Palácio Jaburu. O documento, entregue por seis deputados de esquerda do PMDB, sugere ainda a formação de um cartel de devedores, "capaz de negociar, a nível político, as novas condições de pagamento da dívida com taxas fixas de juros a níveis históricos de 3 a 6 por cento, forçando e pressionando alterações nos mecanismos do comércio internacional. O documento foi entregue pelos deputados Miguel Arraes (PE), Alencar Furtado (PR), Airton Soares (SP), João Gilberto (RS), Francisco Pinto (BA) e João Hermann (SP), que também almoçaram no Palácio com o presidente. O docffmento defende "um processo de desenvolvimento rápido, auto-sustentado, socialmente j u s to, orientado para atender às nec e s s i d a d e s b á s i c a s dos e s t a d o s m a i s p o b r e s da população, reorientação dos gastos públicos, cujos investimentos não devem ser reduzidos sob pretexto de combater o déficit fiscal; mudanças na política de endividamento externo s u s p e n d e n d o , provisoriamente, o pagamento das amortizações e juros da dívida externa até que se apure, através de auditoria, sua le- pensas as remessas de lucro, de royalties e de juros para o Exterior". As esquerdas defendem ainda "mudança de estilo e prática de governo para que não se repitam os vícios de ontem, de modo a estabelecer a confiança nas autoridades e reabilitar a confiança nas estruturas do Estado, corroídas pelo autoritarismo e moralmente deformadas pela corrupção, pelas mordomias, pelo tráfico de influência, pela apropriação indébita ou pela fraude, filhos legítimos do abuso do poder". Sob o ângulo económico, d e fendem ainda mudanças que "promovam reformas estruturais que possibilitem a construção de um novo estilo de desenvolvimento, cujos principais traços foram definidos, em praça pública: a eficiência económica, a equidade social e a preservação do interesse nacional e popular, rejeitando o atual modelo concentrador e dependente e, por isso mesmo, nefasto para o País e para o povo". No documento, as e s q u e r d a s preconizam a legitimidade da Assembleia Nacional C o n s t i t u i n t e , através do recadastramento eleitoral, da fiscalização e punição dos que se utilizam de recursos públicos ou privados para deformar a vontade eleitoral. Diz ainda o documento sobre a Constituinte: "Os compromissos de mudanças são exigências populares com as quais a Nova República se comprometeu. C o m a , degrada/ "«'Viiuo^^uafareonqnd no^sa^oad 'oijuTirioo o u B p r n 'BiSoiouoax » g J S S r ^ S s s B nas ossaiâuoo o BiBd BT0U9TO Bp 0UU31UT OJ^STUIUI O t^VaouoBdsap ° ^ ° d B " 9 a •'luâaiá no^uáumâJB — saiosjAaiírç \ ° yOireuias Bunxçad B BJBd IISBIH ap reuopBu Burçsnpui B UIOO ureiazu ^ ^ X O A Bt\S jredpaiUTS B i c a s 3A9P >ab 'aauoiv o^BuaH OJ^STUIUI O BJ^ anb o uÍBtaA'oiôB^oduii ap sapBp ção de d e p u t a d o s e s e n a d o r e s , mas, sobretudo, um episódio vivido p e l o povo, cujos problemas também se confundem com os interesses nacionais". Encontro cordial O encontro do presidente Sarney com os deputados de esquerda foi marcado por um tom cordial e bem-humorado. A certo momento, depois de ouvir do deputado Airton Soares a sugestão de visitar Cuba e Nicarágua, na sua viagem de volta de Nova York, em setembro, quando vai participar da reunião da ONU, S a r n e y s o r r i u e respondeu: — Você quer traçar o roteiro da minha volta ou da minha derrubada? Segundo revelaram particip a n t e s da r e u n i ã o no Jaburu, o presidente da República "até surpreendeu, pela análise correta e profunda dos p r o b l e m a s nacionais". Antes, durante e depois do almoço, Sarney conversou por três horas sobre política salarial, reforma agrária, greves, dívida externa, FMI, BNH, distribuição de renda, Ministério, Constituinte, Pacto Nacional, que o presidente chamou de "Acordo Nacional". Os deputados reconheceram o avanço p o l í t i c o - i n s t i t u c i o n a l da Nova República, mas observaram que o quadro existente, infelizmente, não reflete o que já foi conquistado. "Os ganhos não correspondem aos avanços" — disse um deles. -ap oonod 'SB^amapBO SBU BApBâau (sanbBS souauí so^isodap) Bpirtbn oiôB^dBO Bum uiBJBuraua^ap a n b 'SB^aujtapBO SBU sanbBS scrçre sop sojauinu so nouurruoo OÇSBIV <4o^ua^B IBOTJ ap Bja^ ou ^ Z ^ " ^ ^ ^ ^f$$iPVrJ?y$ i