INTERVENÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA DO BARREIRO Carlos Humberto de Carvalho Por ocasião Inauguração da Exposição Retrospetiva da obra do Mestre Augusto Cabrita Na REABERTURA DO AUDITÓRIO MUNICIPAL AUGUSTO CABRITA a 2 de fevereiro de 2013 Boa tarde a Todos Permitam‐me que antes que comece, propriamente, a minha intervenção, vos leia uma frase de Augusto Cabrita. "O prólogo da minha volta de todos os dias é exercitar os primeiros golpes de vista. (...) O Sol é o melhor projetor que há: nada supera a luz natural." (Augusto Cabrita). Boa tarde a Todos os presentes Hoje, é um dia importante para a Cultura no Barreiro – o AMAC – o Auditório Municipal Augusto Cabrita, reabre as suas portas depois efetuadas as obras necessárias. Mas, particularmente, porque: Abre homenageando aquele que lhe dá o nome: Augusto Cabrita! Um barreirense! Um cidadão do mundo! Que marcou a história da Fotografia, da Televisão e do Cinema em Portugal. Que marcou o Barreiro assim como o Barreiro o marcou! Que marcou todos com quem conviveu, com quem trocou palavras e imagens, “um revelador das verdades esquecidas, ignoradas e nem mesmo sonhadas. A sua verdade transporta‐nos para além dos sonhos.” (António Vitorino d’Almeida). 1 Esta exposição apresenta uma retrospetiva da sua obra. As fotografias mágicas da neve no Barreiro em 1953. As míticas fotografias da Índia de 1963. Os registos de memórias e de histórias de um certo Barreiro. A sua frutuosa relação com o cinema, com Amália e com Lopes Graça. "A fotografia é um olhar natural" – dizia o Mestre! Ele sem dúvida que olhou para a beleza natural da nossa Terra, das nossas gentes, dos nossos rios, do nosso Trabalho. Esta terra que lhe deu as imagens que ele tão bem soube transportar pelo mundo...a Terra que hoje lhe presta esta humilde homenagem, ao homem, ao operador e diretor de fotografia, ao músico, ao realizador e até ao produtor, mas sem nunca abandonar o que realmente gostava de ser “Um repórter, um olheiro dos acontecimentos, um historiador da atualidade”, como alguém um dia o descreveu. Esta exposição estará patente durante 3 meses. Para que todos os barreirenses se possam reencontram com um dos seus Mestres. Para que de fora descubram um Grande Artista. À noite teremos um concerto com uma das referências atuais marcantes da Música Portuguesa, os “Dead Combo”, numa sala preenchida! E continuaremos, este mês de Fevereiro, com o ciclo “Palmo e Meio”, dedicado aos mais pequenos. Teremos também teatro com a peça “A noite”, levada a cena a partir de um texto de José Saramago. Este equipamento abre com uma nova valência, uma Cafetaria que pretendemos que seja mais um elemento dinamizador deste espaço. 2 Dois agradecimentos desejava fazer: Aos trabalhadores da Câmara Municipal do Barreiro, que no seu habitual empenho e dedicação permitiram que hoje vos possamos oferecer novamente este espaço de Lazer e Cultura; À família de Augusto Cabrita, a quem agradecemos o tempo, a atenção e imagens inéditas para que hoje, todos os da sua Terra as possam conhecer! Hoje evocamos Augusto Cabrita! A Terra, a Cidade a que sempre regressou…e de onde, de certo modo nunca partiu! A Cidade que viu nascer a indústria ferroviária, o transporte fluvial, e o grande Pólo de Trabalho – A CUF; A cidade com uma frente ribeirinha imensa com Lisboa por trás, A Cidade dos Desportos Náuticos que ele tantas vezes praticou, a Vela, o Remo, entre outros. A Cidade que ele conduziu até às telas; A Cidade dos moinhos de maré e de vento, das chaminés, do fumo; A cidade que ele decidiu como surgir aos olhos dos espectadores! Termino tal como comecei, com palavras de Augusto Cabrita: “O prólogo da minha volta de todos os dias é exercitar o olhar através da janela do meu quarto, mal ensaio os meus primeiros golpes de vista, sinto que já ganhei o mais belo prémio do mundo: Tenho o Tejo à minha frente.” (Augusto Cabrita) O AMAC volta a abrir as suas portas. SEJAM Bem‐vindos A todos muito Obrigado! 3