FMI estima em 4,5% crescimento global da economia; Brasil está na média
Correio Braziliense Online - DF - ECONOMIA - 11/04/2011
Agência Brasil O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta segunda-feira (11/4) relatório com as
projeções de crescimento econômico para os países desenvolvidos e em desenvolvimento em
2011 e 2012. De acordo com a estimativa, neste período, a expansão média anual deverá ser
4,5%. No caso do Brasil, o crescimento é estimado em 4,5%, em 2011, e 4,1%, em 2012. O
alerta é para que os líderes mundiais se mantenham atentos às elevações dos preços das
commodities e também do petróleo.
No entanto, o FMI adverte que, apesar de haver um cenário positivo para a recuperação
econômica global, há ameaças causadas pela elevação do desemprego e dos riscos de
sobreaquecimento, principalmente nos países em desenvolvimento e emergentes.
No caso do Brasil, o governo vem adotando medidas para ajustar a economia, equilibrar o
câmbio, elevar as exportações e manter a inflação sob controle, como restrições ao crédito e
cortes no Orçamento Geral da União, entre outras ações. Pela estimativa do Ministério da
Fazenda, a economia brasileira deve ter um crescimento médio anual de 4,5% a 5% de 2011
a 2014.
"Dada a melhora nos mercados financeiros, a atividade de flutuação em muitas economias
emergentes e em desenvolvimento, além do crescimento da confiança nas economias
avançadas, as perspectivas econômicas para 2011 e 2012 são boas", informa o relatório do
FMI.
Porém, o economista-chefe da instituição, Olivier Blanchard, alertou que os preços das
commodities aumentaram “mais do que o esperado”. Segundo ele, essa elevação de preços,
combinada com o forte crescimento da demanda e uma série de choques de oferta, pode
atrapalhar o processo de recuperação econômica.
Pelos dados do relatório, o Produto Interno Bruto (PIB) nas economias avançadas,
emergentes e em desenvolvimento deverá crescer em percentuais que variam de 2 ,5% e
6,5%. O relatório alerta sobre os elementos que podem impedir que os países atinjam as
taxas de crescimento previstas, como o aumento dos preços dos alimentos e das
commodities, além da elevação das tensões sociais e econômicas no Oriente Médio e no
Norte da África.
Em decorrência dos conflitos e da instabilidade nos países muçulmanos, líderes políticos
internacionais afirmaram que os preços do barril de petróleo dispararam e aumentaram os
valores nas bombas de gasolina no mundo como um todo.
O relatório menciona também as consequências do terremoto seguido por tsunami, há um
mês, no Japão, que deverá provocar um “impacto macroeconômico global”. De acordo com o
documento, “muitos desafios permanecem sem solução”, principalmente em alguns países
europeus.
Para o FMI, é necessário que as economias avançadas adotem políticas de juros baixos,
maior controle dos gastos públicos e planos de consolidação fiscal e reformas dos
orçamentos e instituições. No caso dos Estados Unidos, a advertência é para que sejam
adotadas medidas mais amplas nas áreas de Previdência Social e reformas fiscais. Page 1 / 1
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