HIDROLOGIA II PROF. CARLOS RUBERTO FRAGOSO JR. PROF. MARLLUS GUSTAVO F. P. DAS NEVES HIDROLOGIA II Unidade 1: Introdução à Hidrologia Aplicada APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • • • • • CÓDIGO: TIPO: ELETIVA CURSO: MESTRADO – PPGRHS CH: 3 HORAS SEMANAIS E 45 SEMESTRAIS EMENTA: – Hidrologia Aplicada. Vazão Máxima e Hidrograma de Projeto. Controle de cheias através de medidas estruturais e não estruturais. Disponibilidade Hídrica. Regionalização de vazões. Sedimentos. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • OBJETIVO – dar aos alunos os conceitos avançados da ciência hidrológica • CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – Unidade 1: Introdução à Hidrologia Aplicada (0,5 aula) • Apresentação da disciplina • Definições • Aplicações da hidrologia Aplicada APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – Unidade 2: Vazão Máxima e Hidrograma de Projeto (1,5 aula acumuladas – 2 aulas) • • • • • Conceitos Vazões máximas com base na série histórica Vazões máximas com base na precipitação Hidrograma de projeto com base na série histórica Hidrograma de projeto com base na precipitação APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – Unidade 3: Controles de cheias (2 aulas acumuladas – 4 aulas) • Enchentes e avaliação de enchentes • Medidas de controle estruturais • Medidas de controle não estruturais – Unidade 4: Disponibilidade Hídrica (1 aula acum – 5 aulas) • Vazões de estiagem • Regularização de vazões APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – Unidade 5: Regionalização de vazões (5 aulas acumuladas – 10 aulas) • • • • • Introdução Regionalização da vazão média Regionalização da vazão máxima Regionalização da vazão mínima Regionalização da curva de regularização APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – Unidade 6: Sedimentos (2 aulas acumuladas– 12 aulas) • • • • Ciclo hidrossedimentológico Erosão e deposição Transporte fluvial Morfologia fluvial APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Aula 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Data 12/09/2013 19/09/2013 26/09/2013 03/10/2013 10/10/2013 17/10/2013 24/10/2013 31/10/2013 07/11/2013 14/11/2013 21/11/2013 28/11/2013 05/12/2013 12/12/2013 19/12/2013 09/01/2014 Detalhamento Unidade 1 - Introdução à hidrologia aplicada: apresentação da disciplina, definições, aplicações da hidrologia Aplicada. Unidade 2 - Vazão Máxima e Hidrograma de Projeto: conceitos. Unidade 2 - Vazão Máxima e Hidrograma de Projeto: vazões máximas com base na série histórica, vazões máximas com base na precipitação, Hidrograma de projeto com base na série histórica, Hidrograma de projeto com base na precipitação Unidade 3 - controles de cheias: enchentes e avaliação de enchentes, medidas de controle estruturais, medidas de controle não estruturais Unidade 3 - controles de cheias Unidade 4 - disponibilidade Hídrica: vazões de estiagem, regularização de vazões Prova de conceitos Unidade 5 - Regionalização de vazões: introdução Unidade 5 - Regionalização de vazões: regionalização da vazão média Unidade 5 - Regionalização de vazões: regionalização da vazão máxima Unidade 5 - Regionalização de vazões: regionalização da vazão mínima Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos Unidade 5 - Regionalização de vazões: regionalização da curva de regularização Unidade 6 - Sedimentos: ciclo hidrossedimentológico, erosão e deposição Unidade 6 - Sedimentos: transporte fluvial, morfologia fluvial Prova prática Recuperação APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • AVALIAÇÃO – Trabalhos, provas de conceitos, 1 prova prática APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • BIBLIOGRAFIA – SANCHEZ, J. l988. Fundamentos de Hidrologia. Apostila. Instituto de Pesquisas Hidrálicas - UFRGS, 350p – TUCCI, C. E.M. (Org.). Hidrologia. Ciências e aplicação. Porto Alegre: Ed. da Universidade: ABRH: EDUSP, 1993. 943p – COLLISCHONN, W.; TASSI, R. Introduzindo Hidrologia. Apostila. Instituto de Pesquisas Hidráulicas – UFRGS – LINSLEY, R.; KOHLER, M. e PAULHUS, I. l967 . Hidrologia para Ingenieros. McGraw-Hill, Madrid. 350p. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA • BIBLIOGRAFIA – PINTO, N.; HOLTZ, A.C.; MARTINS, J. e GOMIDE, F.L. l976. Hidrologia Básica. Edgard Blucher. Sao Paulo. 278p – WISLER, C. O. e BRATER, E.F. l964. Hidrologia. Livro Técnico. Rio de Janeiro. 484p. – GARCEZ, L.N. l967. Hidrologia. Edgard Blucher. Sao Paulo. 249p. – CHOW, V.T. l964. Handbook of Applical Hydrology. McGraw-Hill. New York, n.p – NAGHETTINI, M; PINTO, E. J. A. 2007. Hidrologia estatística. CPRM. Belo Horizonte. 552p. http://www.cprm.gov.br/ clique em Dados & Produtos DEFINIÇÕES E APLICAÇÕES DA HIDROLOGIA APLICADA • Hidrologia aplicada utiliza os princípios da hidrologia para planejar, projetar e operar sistemas de aproveitamento e controle de recursos hídricos – a consecução desses objetivos requer a quantificação confiável das variabilidades espaciais e/ou temporais presentes em fenômenos hidrológicos: precipitação, escoamento e armazenamento superficiais e subsuperficiais, evapotranspiração, infiltração, armazenamento, propriedades físico-químicas e biológicas da água, conformações geomorfológicas, transporte de sedimentos, etc. DEFINIÇÕES E APLICAÇÕES DA HIDROLOGIA APLICADA • estuda os diferentes fatores relevantes ao provimento de água para a saúde e para a produção de alimentos no mundo • voltada para os diferentes problemas que envolvem a utilização dos recursos hídricos, preservação do meio ambiente e ocupação da bacia DEFINIÇÕES E APLICAÇÕES DA HIDROLOGIA APLICADA • Principais áreas de desenvolvimento no Brasil: – Planejamento e gerenciamento da BH – Drenagem urbana e manejo de águas pluviais – Geração de energia – uso do solo rural – Qualidade da água – Abastecimento de água – Irrigação – Navegação – Estudo de regime de vazões (meio ambiente) – Efeitos de uso e ocupação do solo HIDROLOGIA II Unidade 2: Vazão Máxima e Hidrograma de Projeto CONCEITOS • Vazão máxima – maior vazão que ocorre numa seção do rio, num período definido representa as condições de inundação do local – o valor de vazão associado a um risco de ser igualado ou ultrapassado • Hidrograma de projeto – sequência temporal de vazões relacionadas a um risco de ocorrência caracteriza-se pelo seu volume, distribuição temporal e valor máximo (pico do hidrograma) CONCEITOS Ano civil 1 Ano civil 2 Ano civil 3 Vazões máximas anuais Vazão máxima Volume Hidrograma de projeto CONCEITOS Rio Mundaú estação fluviométrica Fazenda Boa Fortuna (código 39770000), anos de 1974 e 2006 Siscah Toda a série CONCEITOS Vazões máximas anuais Siscah CONCEITOS • Vazão máxima – previsão de enchentes e no projeto de obras hidráulicas tais como condutos, canais, bueiros, entre outras • Hidrograma de projeto – necessário quando o volume, a distribuição temporal e o pico são importantes no funcionamento da obra hidráulica, como no caso de reservatórios e ensecadeiras CONCEITOS • Hidrograma de projeto: exemplo de aplicação – Determinação do volume a armazenar após efeitos da urbanização Trecho (canal, bacia, ...) Volume armazenado CONCEITOS • A determinação da vazão e o hidrograma, resultante de precipitações ocorridas ou com possibilidade de ocorrer, podem ser divididas em 2 classes – representação de um evento específico – Dimensionamento risco • Tempo de retorno Probabilidade de que um valor seja ultrapassado CONCEITOS • O risco que uma vazão, com uma probabilidade associada, ocorra nos próximos anos é obtido pela expressão – RP = 1 - ( 1 - 1/Tr)N N é o número de anos – expressão utilizada para verificar o risco de uma obra dentro de sua vida útil • Um bueiro projetado para uma vazão máxima de 10 anos de tempo de retorno, tem o risco de falhar, nos próximos 5 anos, de 41% CONCEITOS • Obtenção da vazão máxima – Com base em série histórica: com dados históricos no local de interesse e as condições da bacia não se modificaram ajustada uma distribuição estatística estimativa da vazão máxima para um Tr. Quando não existem dados ou a série é pequena precipitações ou regionalização de vazões máximas – com base na precipitação: determinada com base no Tr escolhido para o projeto. A vazão resultante não necessariamente com o mesmo Tr diferentes fatores que envolve a transformação chuva - vazão VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Séries amostrais de vazão podem ser anuais ou parciais – séries anuais vazões máximas ocorridas em cada ano. Desprezados os outros valores máximos ocorridos dentro do ano o 2º ou 3º maior valor num determinado ano pode ser superior ao maior valor observado num ano menos chuvoso – séries parciais valores máximos escolhidos a partir de uma determinada vazão selecionada escolhida de tal forma a não incluir vazões pequenas e de existir pelo menos um valor por ano os eventos devem ser independentes entre si VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Ano civil 1 Ano civil 2 Ano civil 3 Vazões máximas anuais O 2º maior valor do Ano civil 3 é maior que o maior valor do Ano civil 1 e do Ano civil 2 O uso do ano hidrológico ajuda a evitar isto e buscar a independência dos valores VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Eventos devem ser independentes Vazões máximas O uso de séries parciais pode aproveitar todos os valores máximos VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA 4 2 x 10 O ganho das séries parciais ocorre em tempos de retorno menores 1.8 1.6 1.2 4 4.5 1 0.8 0.6 0.4 0.2 x 10 séries parciais séries anuais 4 vazões máximas anuais 3.5 vazões diárias valor limite vazões parciais 3 mediana vazão(m3/s) Vazão (m3/s) 1.4 0 62 65 67 70 72 75 77 80 82 85 87 90 92 95 97 00 02 05 07 2.5 Tempo (anos) 2 1.5 1 -1 10 0 1 10 10 TR(anos) 2 10 VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Algumas recomendações na escolha das vazões – para cada ano hidrológico, com período completo, selecione a vazão máxima instantânea – na grande maioria dos postos fluviométricos não existe linígrafo, sendo necessário utilizar a vazão máxima diária ou a maior vazão das leituras diárias – quando o posto tem linígrafo obter o valor máximo Máximo instantâneo Máximo de 2 valores diários VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Algumas recomendações na escolha das vazões – havendo um ano de dados incompletos verifique se a falta de dados ocorre nos meses secos – Compare com postos vizinhos, observando se a maior enchente na região está contida nos meses de falha – Só utilize este ano e seu valor, se a falha for no período seco e/ou houver razões fortes para que o pico não tenha ocorrido no período de falha VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Condições da série para a análise estatística Na maioria das aplicações as séries devem ter como prérequisito: estacionariedade e homogeneidade – Série estacionária certas propriedades estatísticas de uma série hidrológica não se alteram ao longo do tempo – Independência de vazões um evento não é influenciado pelo evento que passou e nem influencia o próximo – Série homogênea padrão de variabilidade, em torno de seu valor médio, é único e idêntico, ao longo do tempo – Amostra representativa seus valores constituintes sejam representativos da variabilidade presente no fenômeno hidrológico em questão VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Vazões máximas anuais chance de ocorrer dependência é pequena, devido ao tempo que separa cada enchente – Escolha da vazão máxima realizada, em geral, dentro do ano hidrológico – O ano hidrológico corresponde ao período de 12 meses a partir do início do período chuvoso e o fim da estação seca • Sudeste do Brasil para a maioria dos rios, inicia em outubro e termina em setembro • Rio Grande do Sul inicia em maio e termina em abril • Há regiões em que a cheia pode ocorrer em qualquer mês do ano VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Será que são independentes? VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Exemplos de não-estacionariedade pode haver mudança numa série provocada pelo aumento da urbanização (mudança gradual das características do escoamento), pela construção de reservatórios ou diques (alterando a série a jusante da barragem), pelo desmatamento, por exploração ou queima, mudando o comportamento do escoamento VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA O que será que houve? Implantação de reservatório? A série não está estacionária e nem homogênea VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Reservatório Posto Flu Simular a cheia antes do reservatório para homogeneizar a série VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Série a montante do reservatório – simulada a com modelo hidrológico Série a montante do reservatório – balanço hídrico VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Série homogeneizada em um ponto a montante do reservatório VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Representatividade a confiabilidade dos parâmetros calculados com base na série histórica depende do no de valores, das incertezas e da sua representatividade. – Incerteza diferença entre as estatísticas da amostra e os parâmetros da população. Principais fontes: erros de processamento e medição da vazão, a falta de representatividade da amostra e aqueles devidos à nãohomogeneidade • Pode-se utilizar de dados de precipitação para verificar a representatividade as séries são mais longas VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Principais distribuições estatísticas usadas em hidrologia: Empírica, Log-Normal, Gumbel e Log-Pearson III. – Beard (1974) examinou enchentes de 300 estações nos EEUU comparando diferentes métodos as distribuições Log-Normal e Log-Pearson III foram as únicas que não apresentaram resultados tendenciosos, enquanto que esta última apresentou resultados mais consistentes. – O autor recomendou o uso da Log-Pearson III com coeficiente de assimetria regionalizado para amostras pequenas. A seguir são apresentadas, de forma resumida, as distribuições Gumbel e Log-Pearson III VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Distribuição de Gumbel P(Q Q0 ) 1 e e y – onde P(Q ≥ Q0) é a prob. da vazão Q ser maior ou igual a Q0, e Q y a – É a variável reduzida µ e a são parâmetros da distribuição e estimados com base na média e desvio padrão dos valores da série a 0,78 s x 0,5772 a – onde e s são a média e o desvio padrão das vazões, respectivamente VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA – posição de plotagem (Grigorten) i 0,44 P(Q Q0 ) N 0,12 – onde i é a posição das vazões (ordem decrescente) e N é o tamanho da amostra VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Distribuição Log-Pearson III variante da Gama, possui 3 parâmetros: média, desvio padrão e coeficiente de assimetria dos logaritmos das vazões, estimados por x logQi s log(Q x ) N G N (logQ x )3 ( N 1)(N 2) s3 i N 1 2 VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • A estimativa da vazão para um tempo de retorno T é obtida por logQT x K T , G s – onde K(T,G) é o coeficiente obtido no quadro a seguir • A equação de posição de plotagem recomendada para a distribuição Log-Pearson III é a seguinte i 0,4 P N 0,1 VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA PROBABILIDADES G Valor de K para a distribuição LogPearson Tipo III É interessante que tenhamos, no mínimo, 10 a 15 anos de dados 3.0 2.6 2.2 1.8 1.4 1.0 0.6 0.2 0.0 -0.2 -0.6 -0.1 -1.4 -1.8 -2.2 -2.6 -3.0 0.50 -0.396 -0.368 -0.330 -0.282 -0.225 -0.164 -0.099 -0.333 0.0 0.033 0.099 0.164 0.225 0.282 0.330 0.368 0.396 0.20 0.420 0.499 0.574 0.643 0.705 0.758 0.800 0.830 0.842 0.850 0.857 0.852 0.832 0.799 0.752 0.696 0.636 0.10 1.180 1.238 1.284 1.318 1.337 1.340 1.328 1.301 1.282 1.258 1.200 1.128 1.041 0.945 0.844 0.747 0.660 0.04 2.278 2.267 2.240 2.193 2.128 2.043 1.939 1.818 1.751 1.680 1.528 1.366 1.198 1.035 0.888 0.764 0.666 0.02 3.152 3.071 2.970 2.848 2.706 2.542 2.359 2.159 2.054 1.945 1.720 1.492 1.270 1.069 0.900 0.768 0.666 0.01 4.051 3.889 3.705 3.499 3.271 3.022 2.755 2.472 2.326 2.178 1.880 1.588 1.318 1.087 0.905 0.769 0.667 VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Para valores de G entre -1 e 1, o valor de K pode ser estimado por 3 2 G G K K n 1 1 G 6 6 – onde Kn é o coeficiente para G = 0 do Quadro anterior VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Limites de confiança medir o grau de incerteza para cada estimativa pontual de vazão, estimam-se os limites inferior e superior • Para a distribuição Log-Pearson III, temos logQa x Ka s – onde (logQ)a é o logaritmo da vazão no limite de confiança, com nível de significância a; Ka é o parâmetro para o limite de confiança de nível de significância a VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Cálculo de Ka e K1-a – Limite superior – Limite inferior Ka Z p Z p2 a b K1a a Z p Z a b 2 p a Za2 a 1 2 N 1 2 Z b Z p2 a N – onde p é a probabilidade, Zp valor de K para a probabildade p (retira-se do anexo A.7 – Tucci), Za é o valor de K para o nível de significância a (Z da curva normal) e G = 0 e N é o tamanho da amostra VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Q Tr = 1/p VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Máximos anuais: rio Paraopeba, na estação Ponte Nova do Paraopeba (código 40800001), localizada na região centro sul de MG entre os anos de 1938 e 1999 VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA • Marcas históricas – Informações históricas de marcas d’água que ocorreram antes da instalação do posto que gerou a série contínua z valores marcas N anos H anos VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA z valores marcas N anos H anos Dos z valores n vieram da série contínua de tamanho N (laranjas da série contínua) De N valores sobraram N* = N – n na série contínua (azuis na série contínua) H z z valores peso 1, para os demais N* valores peso w * N VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA SÉRIE HISTÓRICA Mudam as fórmulas um pouco cap. 14 do Tucci log Q x x i N s G 2 log( Q x ) i N 1 N (logQ x )3 ( N 1)(N 2) s 3 s G w logQ logQz H w log(Q x ) 2 log(Qz x ) 2 H 1 H w (log Q x )3 (log Qz x )3 ( H 1)(H 2) s3 VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • A vazão máxima pode ser estimada com base na precipitação – por métodos que representam os principais processos da transformação chuva- vazão – pelo método racional, que engloba todos os processos em apenas um coeficiente • O método racional é largamente utilizado na determinação da vazão máxima de projeto para bacias pequenas ( 2 km2) VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Método racional Impermeável i bacia i volume lâmina vazão área i tempo tempo área i bacia Q A VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Método racional Permeável i Considerando agora a bacia com suas isócronas (linhas de iguais tempos de viagem) bacia Q C i A VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Método racional Considerar chuva de intensidade i, começando no tempo t = 0 1. t = 1h área a contribui com a vazão por unidade de área no exutório = C.i.a 2. t = 2h área a+b contribui com a vazão por unidade de área no exutório = C.i.(a+b) 3. t = 3h área a+b+c contribui com a vazão por unidade de área no exutório = C.i.(a+b+c) 4. t = 4h área a+b+c+d contribui com a vazão por unidade de área no exutório = C.i.(a+b+c+d) 5. t = 5h ... área a+b+c+d contribui com a vazão por unidade de área no exutório = C.i.(a+b+c+d) VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Princípios básicos – Modelo aproximadamente determinístico Coeficiente C é a razão entre a vazão de pico do escoamento superficial e a intensidade de chuva – O método assume que não há armazenamento temporário de água na superfície da bacia de drenagem – Duração da chuva intensa igual à duração crítica da chuva, normalmente tomada igual ao ao tc – Em bacias pequenas piores condições devido a chuvas convectivas que possuem pequena duração e grande intensidade VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Princípios básicos – adota um coeficiente único de perdas, denominado C, estimado com base nas características da bacia – não avalia o volume da cheia e a distribuição temporal das vazões Qmax = 0,278 . C . I . A – onde I é a intensidade da precipitação em mm/h; A é a área da bacia em km2 e; C é o coeficiente de perdas ou coeficiente de escoamento. A vazão máxima Qmax é dada em m3/s VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Como estimar o coeficiente C? – baseada em tabelas em função do uso e cobertura do solo, para áreas rurais e áreas urbanas – a é de se esperar que C varie com o Tr com a magnitude da enchente aumento da intensidade mudam as perdas é utilizado um multiplicador para o valor de C de acordo com o tempo de retorno – Se eu quiser estimar C em uma bacia com vários tipos de solo, vários tipos de uso e cobertura do solo? VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Como estimar o I? – Curvas IDF a T I d (c tc ) b r onde a, b e d são coeficientes ajustados ao local de interesse – Tempo de concentração tc diversas equações empíricas e semi-empíricas Livro Drenagem Urbana ou Artigo da RBRH (interessante) • SILVEIRA, A. L. L. Desempenho de fórmulas de tempo de concentração em bacias urbanas e rurais. In: Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v 10 n. 1 Jan/Mar 2005, 05-24. VAZÕES MÁXIMAS COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Quais as limitações do método racional? – Aplicável a pequenas bacias afluentes a pequenas estrutura de drenagem, por exemplo – As características da superfície da bacia devem ser homogêneas. Na prática, isto é incomum, o que leva ao calculo do C composto – Tipos e superfície excessivamente proporcional devem ser evitadas (exemplo 95% pavimentada e 5% mata se a vertente da bacia para pela mata, o tc é majorado e não representativo da bacia intensidade baixa) – Bacia que alaga demais afeta a vazão máxima efeito de jusante – O método não calcula hidrogramas HIDROGRAMA DE PROJETO • Não há o compromisso de representar fielmente o fenômeno. Ele deve permitir o dimensionamento em uma situação limite • Obtenção do hidrograma de projeto (HP) – Com base na vazão • Hidrograma crítico • Estatísticas dos hidrogramas – Com base na precipitação Maneira mais comum hidrograma associado a • Precipitações associadas à probabilidade de ocorrência (mais comum) • Precipitação máxima provável: grandes obras HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Como obter o HP? – é obtido pela transformação da chuva de projeto (hietograma de projeto) na bacia ou sub-bacia e a propagação da mesma através da superfície da bacia, canais e reservatórios, até a seção de interesse • Passos 1. Discretização da bacia sub-bacias 2. Precipitação de projeto Duração (tc), TR PDF ou IDF P ou I distribuição temporal (hietograma de projeto) 3. ... HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Passos 3. Perdas e condições iniciais: Hietograma de projeto algoritmo de perdas e infiltração Pef em cada subbacia 4. Escoamento superficial e subterrâneo: Pef em cada sub-bacia propagação (HU, reservatório linear ou não linear, etc) hidrogramas em cada sub-bacia 5. Escoamento em rios e reservatórios: Hidrogramas a montante de rios ou reservatórios Método de Puz (reservatório), onda cinemática, difusão, método de Muskingun, equações completas de Saint Venant (rios, galerias, etc.) HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Pef HU Esc. em rio Esc. superficial Esc. em reservatório hidrogramas HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Discretização da bacia Leva-se em conta – uniformidade espacial da precipitação – Homogeneidade da cobertura vegetal – Tipo de solo – Relevo – Locais de interesse onde quero saber o hidrograma? – Onde há obras hidráulicas e outras interferências no escoamento? HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Bacia do riacho do Sapo 1 2 3 6 7 9 11 12 14 16 15 17 18 13 8 10 4 5 HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Precipitação de projeto – A precipitação de projeto ou chuva de projeto traz o risco, que é admitido ser o mesmo do hidrograma resultante • Caracterização da chuva de projeto – Chuva total na duração escolhida a duração é maior ou igual ao tc geralmente obtida pela curva PDF ou IDF – Distribuição espacial o dado de precipitação é pontual (A = 25 ≤ km2) precipitação máxima pontual HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Caracterização da chuva de projeto – o ideal é que tenhamos vários postos pluviométricos para construirmos: curvas altura-área-duração e isoietas – e/ou para determinar precipitação máxima média pontual (método de Thiessen) – A distribuição espacial em cada sub-bacia é realizada com base, por exemplo, nas isoietas que abrangem a mesma HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Caracterização da chuva de projeto – Menezes polígonos de Thiessen para 3 pluviômetros do Reginaldo HP para a Pmédia HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Caracterização da chuva de projeto – Distribuição temporal deve-se • • • Definir o intervalo de tempo: máximo 1/5.tc e 1/3.tp (tempo de pico) Atenção: sub-bacias diferentes tc diferentes Métodos: baseados em estatísticas da distribuição temporal (método de Huff), baseados na IDF (método Chicago), método dos blocos alternados, baseado num evento histórico escolhido HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Caracterização da chuva de projeto – A distribuição temporal em cada sub-bacia é obtida com base no posto mais próximo – Se tivermos vários pluviômetros na bacia, e em cada um uma curva IDF, a chuva de projeto em cada subbacia, para cada Tr, pode ser obtida pela interpolação do inverso do quadrado da distância HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Caracterização da chuva de projeto – Livro do Tucci cap. 5 – Livro Drenagem Urbana cap. 2 – BEMFICA, Daniela C. Analise da aplicabilidade de padrões de chuva de projeto a Porto Alegre. 1999. xii,109,13 f. : il. ; 30cm. Dissertação (mestrado)UFRGS. IPH. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Porto Alegre, 1999 – TCC Eng. Civil: Estudo da distribuição espacial e temporal da precipitação na bacia do riacho Reginaldo, Maceió-AL. Danilo José B. Menezes. 2009 HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Método de Huff aplicado a dados da bacia do Reginaldo Classifica os eventos em 4 grupos de acordo com o quartil onde caiu a precipitação máxima precipitação / duração (%) – eventos Grupo II precipitação / duração (%) – eventos Grupo I HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO Método de Huff aplicado a dados da bacia do Reginaldo Classifica os eventos em 4 grupos de acordo com o quartil onde caiu a precipitação máxima precipitação / duração (%) – eventos Grupo II precipitação / duração (%) – eventos Grupo I HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Perdas e condições iniciais – As perdas compreendem a abstração inicial (armazenamentos na interceptação, em depressões), a infiltração e as perdas por evaporação e evapotranspiração (geralmente desprezadas) – Alguns métodos permitem estimar o hidrograma de projeto em condições anteriores de umidade baixa, média ou alta, como o SCS HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Escoamento superficial e subterrâneo – abstração diferença entre o aporte de precipitação e a Pef (também chamada de escoamento superficial direto ou ainda precipitação ou chuva excedente ) é aquela disponível para o escoamento – Para Pef algortimo de infiltração vários métodos: mais complexos (equação de Richards); mais empíricos (Green e Ampt). Há 2 métodos índices simplificados de bastante uso: o método do índice f e o método já citado do SCS – Usa-se também a equação de Horton algoritmo IPH II HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Escoamento superficial e subterrâneo – Livro Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o escoamento superficial 1. Perda fração constante da chuva em cada período de tempo. Se a chuva tem uma intensidade constante, uma proporção simples do total de chuva. Este é o conceito do coeficiente de escoamento Ver método racional HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Escoamento superficial e subterrâneo – Livro Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o escoamento superficial 2. Perda taxa constante o excesso de chuva é um resíduo ou não há excesso, pois a capacidade de infiltração foi satisfeita HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Escoamento superficial e subterrâneo – Livro Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o escoamento superficial 3. Perda inicial, seguida de uma taxa de perda contínua constante. Similar ao modelo 2, exceto que nenhum escoamento superficial ocorre até que uma dada capacidade de perda inicial for satisfeita, independentemente da taxa de chuva HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Escoamento superficial e subterrâneo – Livro Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o escoamento superficial 4. Perda Curva de infiltração ou equação representando taxas (capacidades) decrescentes com o tempo. Pode ser uma curva empírica ou um modelo fisicamente HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Escoamento superficial e subterrâneo – Livro Maidment (1992): 5 abordagens para se estimar o escoamento superficial 5. Perda Relação chuva-vazão padrão tal como a relação do SCS HP COM BASE NA PRECIPITAÇÃO • Escoamento superficial e subterrâneo – O método cada vez mais comum SCS, sendo vários os pacotes computacionais: SWAT, SWMM, IPHS1, etc. – propagação HU, reservatórios lineares (IPH II) e não lineares – Geralmente, os métodos de HP são utilizados para eventos associados a um TR e desconsideram o escoamento de base – O algormito IPH II propaga o escoamento subterrâneo com o reservatório linear simples HP COM BASE NA VAZÃO • Hidrograma crítico escolher um hidrograma crítico para definir a forma do HP (SOKOLOV, 1975) • Estatística dos hidrogramas estatística das vazões máximas de diferentes durações para construir um HP (PFASTETTER, 1976) HP COM BASE NA VAZÃO • Passos - Hidrograma crítico 1. Dentre vários hidrogramas, selecione o hidrograma histórico mais crítico quanto à distribuição temporal; 2. Ajuste uma distribuição estatística às vazões (de todos os hidr.) máximas instantâneas (Qp) e para as vazões Qm = Qp/td, onde td é a duração; 3. Determine a vazão instantânea (Qp) e a vazão Qm, para o TR escolhido; 4. Calcule o coeficiente K = Qp/Qx, onde Qx é a vazão máxima do hidrograma observado; 5. Calcule as ordenadas do HP por Qt = K.Qi, onde Qi são as vazões do hidrograma observado; HP COM BASE NA VAZÃO • Passos 7. As vazões resultantes devem ser ajustadas para que o somatório resultante apresente volume igual e V = Qm.td. • Limitações – O volume o pico não ocorrem necessariamente no mesmo evento, para o mesmo TR, o que pode tornar difícil o ajuste mencionado; – Nada indica que as condições de cheia se repetirão para a combinação prevista fazer este procedimento para diferentes padrões de hidrogramas observados HP COM BASE NA VAZÃO Qp2 V2 td2 Qp e Q m Qp1 Qp = f (TR) Qm = f (TR) V1 td1 Qm1 Qp1 t d1 , Qm2 Qp2 t d2 ,... TR HP COM BASE NA VAZÃO Qp2 Supor que este foi o escolhido como crítico V2 K td2 Qp e Q m Qp50 Qx Qp50 Qp2 Qp = f (TR) Qp50 Qm = f (TR) Qt K Qi Qm50 TR = 50 TR HP COM BASE NA VAZÃO K Qp50 Qx Qp50 Qp2 Qt K Qi Qi Qi1 Admitimos ser válida a proporcionalidade Verificar se V50 Qm50 t d2 Qt Qp50 Qi Qp2 TRABALHO • Tomar uma série de vazões pode ser alguma já trabalhada de algum aluno • Utilizar o método do hidrograma crítico para estabelecer um HP, sendo