Houve um pequeno aumento na avaliação positiva da recarga de extintores no ano de 2010: 55%. O número também não é muito diferente da primeira avaliação, ocorrida em 2001/2, quando 52,6% apontaram a questão como boa ou ótima. Essa questão é de múltipla escolha, os índices de participação em 2010, em muitos aspectos, foram piores do que nos anos anteriores: 29,08% recomendam marca e modelo; 25,8% indicam necessidade; 16,1% justificam necessidade; somente 8,21% testam produtos e apenas 6,38% aprovam a compra. ta João Luís Correa. No entanto, outros veem como um gasto desnecessário. “A abertura de lojas in company tem o intuito de agilizar as entregas, evitando comprometer a produção dos clientes, porém, essas lojas acabam gerando aos clientes custos adicionais desnecessários. Fornecedor com logística ‘especializada’, através de vários pontos pelo Brasil, consegue realizar entregas just in time, com eficiência nos prazos e sem afetar a produção e a segurança”, avalia Giovanna Baldin. Já do lado dos prevencionistas, o conselho é que se tenham critérios. “Já vimos situações interessantes, como também outras que só levaram a problemas. Há organizações que não têm maturidade organizacional e acham que terão resultados diferentes empurrando o problema. Sou a favor da terceirização que visa reservar o foco da organização naquilo que é a especialidade dela, mas isso é mais do que entregar nas mãos de outros. Resumindo, a ideia é boa, mas os cenários que temos e a busca de economia sem critérios na gestão do EPI é um grande espaço para muitos problemas”, reflete o técnico Cosmo Palásio. INTERNET A relação de compras e vendas de equipamentos ligados à SST nos últimos tempos também tem contado com a influência da internet. “Toda evolução deve ser acompanhada e aproveitamos essa etapa tecnológica para demonstrar nossos equipamentos e projetos, buscando desta forma ampliar o contato comercial e oferecer informações rápidas e objetivas proporcionadas pela internet”, relata Correa. A empresa em que ele trabalha usa a internet para demonstração e especificações técnicas de produtos, além de indicar links úteis relacionados ao tema. A de Giovanna Baldin, por sua vez, utiliza a internet para cotações e suporte. “A internet auxilia bastante a divulgação de informações e a ampliação do conhecimento do mercado. É uma área que está crescendo no Brasil a exemplo de outros países”, diz Baldin. Já Rodrigo Parud utiliza a internet para divulgar a empresa e os produtos comercializados e para suporte comercial e técnico. “Todas as negociações comerciais tiveram de ser repensadas com o advento da internet. Os responsáveis pelo marketing das empresas necessitaram estudar e desenvolver novas ferramentas que pudessem apresentar ao cliente ou chegar o mais próximo possível de um atendimento ‘ao vivo’. Os sites se tornaram poderosas ferramentas de trabalho para as empresas fornecedoras. Recebemos diariamente consulta de cliente sobre produtos visualizados no site”, afirma. No entanto, alguns profissionais prevencionistas acreditam que é preciso avançar no uso dessa tecnologia. “A internet poderia com certeza ser uma ótima ferra- 9 A maioria das empresas segue fazendo compras de distribuidores. Em 2010, o índice foi 4% menor do que no ano anterior, mas continua alto – 53,24%. A porcentagem dos que compram direto do fabricante teve um crescimento de 2% em relação à última pesquisa, ficando em 18,36%. menta para a negociação de EPI, mas, infelizmente, a maioria dos sites é pobre em materiais técnicos. O que contribui para a venda de coisas ruins. Não ajudam na formação de opinião e conceito sobre o que é um bom EPI. Pessoalmente, pesquiso muitos sites até para fazer indicações a clientes e colegas e posso contar nos dedos de uma mão os que são bons. Talvez isso ocorra porque boa parte dos fabricantes não tem corpo técnico especializado em SST. Uma boa opção para aprender são alguns sites estrangeiros”, analisa Cosmo. MUDANÇAS Nesses 15 anos de pesquisa, o que mudou em relação aos equipamentos voltados à proteção? A pesquisa mostra melhor avaliação em relação à qualidade de EPIs e EPCs, ao atendimento dos fabricantes e à durabilidade desde 1995. Apenas a questão do conforto é quase a mesma do início. “Para mim, a qualidade dos eventos de Segurança e Saúde no Trabalho demonstra que muitas coisas mudaram. Estou no mercado há mais de 15 anos e vejo que hoje há mais argumentação, mais interesse na qualidade dos produtos. Vi desaparecer do mercado algumas empresas que tinham práticas ilícitas para vender EPI. Hoje os critérios Julho 2010