AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) PROPOSTA TÉCNICA INICIAL PARA DEFINIÇAO POR PARTE DO GOVERNO ESTADUAL DAS DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS E METAS QUE SUBSIDIARÃO OS PRODUTOS DO PLANO METROPOLITANO ARM_INS_XX_XX_REL_001_20140922 Consórcio: Setembro de 2014 Consórcio: PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte Status: Externo Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Título do documento: Proposta técnica inicial de diretrizes, estratégias e metas que subsidiarão o Plano Metropolitano Nome/código: ARM_INS_XX_XX_REL_001_20140922 Versão: 1 Elaboração: José Cláudio Junqueira, Solange Coelho, Data: 22/09/2014 Renato Almeida, Isadora Camargos. Revisão: Maria Antônia Starling, Renato Almeida Data: 22/09/2014 Aprovação: Jesus Blasco Data: 22/09/2014 Observações: Aprovação da Gestora: Nome: Alexandre Moks Visto: Data da Aprovação: CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) Pag. 1 APRESENTAÇÃO O Consórcio IDP Ferreira Rocha, atendendo à solicitação da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH), elaborou, a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Versão Preliminar) e do diagnóstico da situação atual dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) e Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, uma proposta inicial para subsidiar o estado de Minas Gerais no estabelecimento das diretrizes, estratégias e metas que irão balizar o Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em RCCV e RSS. A Proposta Técnica Preliminar foi elaborada pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha, a fim de iniciar as discussões junto à ARMBH e ao grupo gestor do presente contrato. A seguir será apresentada a versão final das diretrizes adaptada e adequada pelos membros do Grupo de Acompanhamento do Plano no último bimestre de 2014. CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) Pag. 2 1 - RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) Diretrizes para RCCV Estratégias para RCCV Estratégia 1 Identificar e mapear, de forma sistematizada, todos os atores sociais implicados na gestão e no gerenciamento dos RCCV, tanto públicos quanto privados. Diretriz 1: Articular os diversos Estratégia 2 atores implicados na gestão e no gerenciamento de RCCV Estratégia 3 Estabelecer instrumento legal que defina as responsabilidades, pela perspectiva metropolitana, por instituições envolvidas na gestão e o gerenciamento dos RCCV. Fomentar e apoiar ações conjuntas com grupos de atores responsáveis pelo gerenciamento dos RCCV. Estratégia 1 Estabelecer uma rede de monitoramento permanente, em parceria com os municípios, visando coibir o estabelecimento de novas áreas de “bota-fora” e eliminar áreas irregulares de disposição final de RCCV. Diretriz 2: Eliminar as áreas Estratégia 2 Identificar e fomentar ações e programas de apoio aos municípios para promover a erradicação de bota fora e outras irregulares de instalações e formas precárias de disposição de RCCV. disposição final de RCCV (“bota-fora”) Estratégia 3 Estimular a formulação de parcerias, com as respectivas em toda RMBH e contrapartidas dos municípios, para ampliação da Colar Metropolitano capacidade de fiscalização e controle dos órgãos públicos de Belo Horizonte envolvidos com a gestão de RCCV. Estratégia 4 Apoiar avaliações técnicas com vistas à análise da possiblidade de regularização ambiental das áreas de disposição irregulares atualmente existentes. Estratégia 1 Implementar ações de capacitação técnica de atores públicos, privados e da sociedade civil envolvidos com a gestão e o gerenciamento de RCCV, por meio de parcerias com entidades públicas e privadas. Diretriz 3: Priorizar a criação de soluções metropolitanas de gerenciamento dos RCCV em toda a RMBH e Colar Metropolitano Estratégia 2 Articular os agentes públicos para a elaboração de projetos visando a implantação, ampliação, recuperação das áreas de transbordo e triagem, de reciclagem e de reservação adequada de RCCV. Estratégia 3 Articular os órgãos licenciadores municipais, visando a uniformizar e agilizar os procedimentos referentes ao processo de licenciamento de áreas de manejo de RCCV, com estabelecimento de critérios básicos pelo governo estadual. Estratégia 4 Sensibilizar os atores para o potencial de valor dos RCCV, quando segregados e/ou tratados adequadamente. CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) Pag. 3 Diretrizes para RCCV Estratégias para RCCV Estratégia 1 Diretriz 4: Estruturação de banco de dados referentes a gestão e gerenciamentos dos RCCV Elaborar pesquisa padrão para o levantamento e sistematização de dados quantitativos e qualitativos relacionados à gestão de RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte Estratégia 2 Fortalecer as ações de organização das informações e manutenção do SINIR. Estratégia 1 Fomentar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico destinado à obtenção de tecnologias voltadas à reutilização e reciclagem de RCCV, e ampla divulgação de conhecimento nesta área. Diretriz 5: Incremento das atividades de reutilização e reciclagem dos RCCV nos empreendimentos públicos e privados na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte Estratégia 2 Articular os órgãos licenciadores municipais, visando a uniformizar e agilizar os procedimentos referentes ao processo de licenciamento das unidades de reutilização e reciclagem de RCCV, com estabelecimento de critérios pelo governo estadual. Estratégia 3 Implementar ações de capacitação e difusão tecnológica visando a incrementar as ações de reutilização e reciclagem de RCCV. Estratégia 4 Promover a utilização de incentivos para o emprego de tecnologias de reutilização e reciclagem nos empreendimentos. Estratégia 5 Criar mecanismos para priorização da reutilização e a reciclagem de RCCV nas compras, obras e empreendimentos públicos e privados estabelecendo o atendimento obrigatório de um percentual mínimo de utilização de materiais reciclados. Estratégia 6 Buscar um acordo setorial específico para os resíduos da construção civil. Estratégia 1 Fomentar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico. Estratégia 2 Induzir o setor da construção civil e o de infraestrutura a adotar práticas que melhorem o desempenho socioambiental Diretriz 6: desde o projeto até a construção, passando por seleção de Fomento a medidas materiais, bem como a minimização da geração, a de redução da segregação na fonte geradora, o reuso, a reciclagem, o geração de resíduos tratamento e a destinação final ambientalmente adequada e rejeitos de dos resíduos de construção civil. construção civil em empreendimentos Estratégia 3 Propor instrumentos econômicos para incentivar a redução da geração de rejeitos, o reaproveitamento e a reciclagem na RMBH e Colar dos resíduos da construção civil de forma a mitigar os Metropolitano de impactos negativos e majorar os benefícios ambientais, Belo Horizonte sociais e econômicos. Estratégia 4 Definir e apurar os indicadores de gestão e gerenciamento de RCCV em nível regional e estabelecer metas para a RMBH e CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) Pag. 4 Diretrizes para RCCV Estratégias para RCCV Colar Metropolitano de Belo Horizonte. Estratégia 5 Estimular a elaboração de legislações municipais que obriguem os grandes geradores a realizar a segregação, no canteiro ou em áreas específicas, dos resíduos gerados pela indústria da construção civil. Estratégia 6 Estímulo/fiscalização relativo a logística reversa para os grandes geradores. Meta 1: Atualização de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta, destinação e revisão do plano de gestão dos RCCV, a cada quatro anos, a partir de 2018 – em consonância com a revisão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS); Meta 2: Criação de ferramenta de sistema de informação on line, visando o monitoramento do gerenciamento do fluxo dos RCCV no território da RMBH e Colar Metropolitano, bem como o monitoramento da operacionalização dos Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de empreendimentos e atividades, e dos Planos Municipais de Gestão de Resíduos da Construção Civil. Meta 3: Induzir o estabelecimento de rede de empreendimentos públicos e/ou privados, para o gerenciamento adequado dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano. Meta 4: Redução da geração de RCCV em obras públicas e empreendimentos privados de médio e grande porte, no mínimo de 5% em 2020, e 10% em 2030. Meta 5: Reutilização e reciclagem de RCC em todos os municípios, com o mínimo de 20% de resíduos de Classe A reciclados em 2020, e 30% em 2030. Meta 6: Publicação de Edital Induzido para pesquisa e desenvolvimento tecnológico voltados ao aperfeiçoamento das etapas de gerenciamento dos RCCV até 2017. Recomendação 1: Publicação de Edital Induzido para pesquisa acerca da viabilidade técnica e econômica da reutilização e reciclagem do gesso e dos sacos de cimentos gerados ou descartados pelo setor da construção civil e de infraestrutura. Recomendação 2: Criar grupo gestor para acompanhamento da execução do “Plano metropolitano de gestão integrada de resíduos de serviços de saúde (RSS) e resíduos da construção civil e volumosos (RCCV) da RMBH e Colar Metropolitano”. CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) Pag. 5 2 - RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) Diretrizes para RSS Estratégias para RSS Estratégia 1 Diretriz 1: Fortalecer a gestão dos resíduos de serviços de saúde Estratégia 2 Estratégia 3 Estratégia 4 Diretriz 2: Fortalecer o gerenciamento dos RSS Estratégia 1 Estratégia 2 Estratégia 3 Estratégia 4 Estratégia 5 Diretriz 3: Minimizar o uso do mercúrio nos serviços de saúde Estratégia 1 Fomentar ações e programas de apoio aos geradores para operacionalização dos PGRSS. Intensificar as ações de capacitação, priorizando a redução da geração e a segregação na origem. Intensificar as ações de fiscalização do gerenciamento e manejo dos resíduos de serviços de saúde, integradas com as ferramentas de monitoramento definidas pelos órgãos responsáveis. Promover adequação dos sistemas de tratamento térmico de resíduos de serviços de saúde. Apoiar a implementação da segregação dos resíduos na origem e no momento da geração, como princípio orientador na gestão dos resíduos. Apoiar a implantação de tratamento prévio intra estabelecimento para envio dos resíduos tratados para disposição final em aterro sanitário. Otimizar a rede de sistemas de tratamento e destinação extra estabelecimento dos RSS. Fomentar ações e programas para sensibilização do descarte correto dos RSS gerados em domicílios. Fortalecer as ações de organização das informações e manutenção do SINIR. Incentivar a adoção de procedimentos para banir o uso do mercúrio nos serviços de saúde e a aquisição de equipamentos isentos de mercúrio. Meta 1: Atualização do diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta, tratamento térmico, destinação e disposição final dos RSS, a cada quatro anos, a partir de 2018, em consonância com o Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS); Meta 2: Definir e apurar em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde, indicadores de gestão de RSS em nível estadual e regional, com foco na RMBH e Colar. Meta 3: Criação de ferramenta de sistema de informação on line, visando o monitoramento do gerenciamento do fluxo dos RSS no território da RMBH e Colar Metropolitano, bem como o monitoramento da operacionalização dos Planos de Gerenciamento de RSS de empreendimentos e atividades, além de estabelecer formas de se construir Inventário de RSS. Meta 4: Encaminhar para a reciclagem 50% dos materiais recicláveis do Grupo D até 2017 e 100% até 2020; CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) Pag. 6 Meta 5: Promover a segregação na origem dos RSS de acordo com os grupos estabelecidos nas Resoluções CONAMA 358/2005 e ANVISA 306/2004 e a destinação ambientalmente adequada nos percentuais de 50% até 2017 e 100% até 2020. Meta 6: Induzir a implementação de sistemas de tratamento via esterilização intra estabelecimentos de saúde para resíduos subgrupo A1, A2 e Grupo E contaminados, nos estabelecimentos de serviços de saúde sujeitos à elaboração de PGRSS pelo porte e riscos (estabelecimentos geradores de resíduos perigosos – Grupo A, Grupo B e Grupo E - que por sua constituição apresentam elevado risco de infecção e/ou à saúde pública ou ao meio ambiente) até 2019; Meta 7: Elaboração e atualização de Manual contendo orientações técnicas a serem seguidas pelos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, visando a adequação ambiental destes. Recomendação 1: Monitoramento do cumprimento do lançamento dos efluentes provenientes dos serviços de saúde em atendimento aos padrões estabelecidos nas resoluções CONAMA e ANVISA pertinentes, bem como às diretrizes dos prestadores de serviços municipais de esgoto: estabelecimentos de serviços de saúde sujeitos à elaboração de PGRSS pelo porte e riscos a partir de 2017, e todos os estabelecimentos de serviços de saúde de pequeno porte, que não geram resíduos perigosos e sujeitos à elaboração do PGRSS simplificado a partir de 2019. Recomendação 2: Criar grupo gestor para acompanhamento da execução do “Plano metropolitano de gestão integrada de resíduos de serviços de saúde (RSS) e resíduos da construção civil e volumosos (RCCV) da RMBH e Colar Metropolitano”. CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) Pag. 7