Introdução a Física Médica Introd. Física Médica 2012 Aula 3 Produção de RX Introdução a Física Médica Produção de Raios X Os RX são produzidos quando elétrons são acelerados por DDP da ordem de 103 a 106 V e colidem com alvos metálicos (Fig. 4). • Bremsstrahlung : radiação de freamento. • Durante a desaceleração dos elétrons, a emissão de RX possui uma freqüência máxima ( ν max ) e um comprimento de onda mínimo ( ): λ min eVAC = hν max hc = λ min Introdução a Física Médica Bremsstrahlung a) ejeção de elétrons orbitais (b) RX característicos Espectro de RX RX característico Cada espectro de raios X é a superposição de um espectro contínuo e de uma série de linhas espectrais características do anodo Introdução a Física Médica Foto: Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923). Prêmio Nobel de Física em 1901, pela descoberta dos Raios X. CENTRO: 1ª radiografia humana. DIREITA: radiografia atual. Introdução a Física Médica • É fácil compreender, a partir das relações E = hν ν = hc/λ λ que o comprimento de onda (ou a freqüência) inferior (ou superior) deve diminuir (ou aumentar) com o potencial acelerador. Atividade: Mostre que o comprimento de onda mínimo é dado por λmin=1.24 x 104/V (Å) onde V é o potencial acelerador dos elétrons num tubo de RX. Introdução a Física Médica Propriedades dos RX Enegrecem filmes radiográficos. São radiações eletro magnéticas (EM) não sofrem efeitos de campos Elétrico ou magnético. Tornam-se mais penetrantes (“duros”) após passarem por materiais absorvedores. Produzem radiações secundarias. Quanto maior a tensão no tubo (kVp), mais penetrantes. Ao atingirem o alvo, os e- transferem sua energia para ele. Esta energia se transforma em energia térmica (~ 99%) e em RX (~ 1%). Causam fluorescência em certos sais metálicos (com tempo de emissão menor que 10-6 segundos). Não têm carga, são chamadas de radiação indiretamente ionizante São diferentes dos raios catódicos (que são produzidos quando elétrons passam através de um gás a baixa pressão). Propagam-se em linha reta e em todas as direções Produzem ionização (transformam gases em condutores elétricos) Atravessam um corpo tanto melhor quanto maior for a tensão do tubo (kV) No vácuo, propagam-se com a velocidade da luz. São polienergéticos Obedecem à lei do inverso do quadrado da distância (1/r2) Podem provocar mutações genéticas A produção de calor Introdução a Física Médica • • • • • Após varias interações (colisões e ionizações) com o alvo, os e- não conseguem mais ionizar, mas transferem sua energia aos elétrons do alvo, que ficam excitados. Ao retornarem ao estado fundamental, emitem radiação infravermelha (calor). A produção de calor aumenta com o aumento da corrente no tubo. A produção de RX não depende da corrente do tubo. Quanto maior o kVp, maior é a energia do fóton X gerado. Interação elétron - alvo •A eficiência de produção de RX depende do kVp: •Para 60 kVp ~0,5 % da energia cinética é convertida em RX •Para 2 MVp (MeV) ~ 70 % é transformada em RX Introdução a Física Médica Produção de raios X e calor num tubo convencional Aproximadamente 99% da energia dos elétrons incidentes no alvo é convertida em calor o qual precisa ser dissipado rapidamente para não causar derretimento do anodo. O alvo é a área do anodo onde ocorre o impacto direto dos elétrons. O material utilizado para o alvo é o tungstênio (W) devido às seguintes características: Alto número atômico, o que implica em grande eficiência de produção de raios X e maior energia. Condutividade térmica quase igual a do cobre, o que resulta em rápida dissipação do calor produzido. Alto ponto de fusão (3.370º C). Baixa taxa de evaporação (para evitar metalização do vidro da ampola). Alta resistência física quando aquecido. Existem também anodos fabricados de outros materiais tais como Molibdênio (Z= 42) e Ródio (Z= 44) que são usados em mamografia. O W tem ponto de fusão de 3380ºC enquanto que a temperatura dos elétrons ao atingir o alvo é de 2000ºC. Em radiodiagnóstico o diâmetro do anodo varia entre 5 e 12 cm com angulações de 70º a 120º . Em radioterapia a angulação oscila entre 26º e 35º . A maioria dos aparelhos modernos possui anodo rotatório cuja velocidade pode atingir até 10.000 r.p.m. Introdução a Física Médica Tubo de RX moderno. Degradação do anodo giratório. Produção de calor num tubo de RX. Introdução a Física Médica Raio X Modern rotating anode X-ray tube Simplified rotating anode tube schematic A: Anode C: cathode T: Anode target W: X-ray window Introdução a Física Médica Fatores que afetam o espectro de RX • Filtração • Voltagem no tubo (kVp) • Tipo de suprimento de alta voltagem A) Efeito da filtração total no espectro de RX (B) Variação do kVp no espectro de RX Introdução a Física Médica Formas de onda de entrada e variação da alta voltagem no tubo de RX. Introdução a Física Médica PRODUÇÃO DE RAIOS X EM AMPOLAS RADIOGRÁFICAS: ESTUDO DO TOMÓGRAFO COMPUTADORIZADO DO HOSPITAL ... www.pgfsc.ufsc.br/dissertacoes/PFSC0112.pdf Introdução a Física Médica Circuito Corretor de Rede instalado em um Gerador de Raios X, modelo Gigantos - Siemens Introdução a Física Médica An Inexpensive X-ray Machine http://www.noah.org/science/x-ray/stong/ Introdução a Física Médica Efeito Anódico (ou Heel) Descrição do Efeito Anódico Distribuição da radiação sobre a mesa devido ao E. Anódico. PRODUÇÃO DE RAIOS X EM AMPOLAS RADIOGRÁFICAS: ESTUDO DO TOMÓGRAFO COMPUTADORIZADO DO HOSPITAL ... www.pgfsc.ufsc.br/dissertacoes/PFSC0112.pdf Introdução a Física Médica Introdução a Física Médica PRODUÇÃO DE RAIOS X EM AMPOLAS RADIOGRÁFICAS: ESTUDO DO TOMÓGRAFO COMPUTADORIZADO DO HOSPITAL ... www.pgfsc.ufsc.br/dissertacoes/PFSC0112.pdf Introdução a Física Médica Introdução a Física Médica Raio X http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod 05/m_s01.html Joelho Dir Hand mit Ringen (Hand with Ring): print of Wilhelm Röntgen's first "medical" X-ray, of his wife's hand, taken on 22 December 1895 and presented to Professor Ludwig Zehnder of the Physik Institut, University of Freiburg, on 1 January 1896. The dark oval on the third finger is a shadow produced by her ring.[1][2] Image A: A normal chest X-ray. Image B: fever pneumonia. Introdução a Física Médica • Quais são as energias dos fótons correspondentes às radiações Kα e Kβ de um alvo de cobalto (Z=27) com λKα=1,79 Å e λKβ= 1,62 Å. • Resposta: EKa=6,93 keV e EKb=7,65 keV • http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod05/m_s01.html • http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod05/m_ex.html#top Introdução a Física Médica Bibliografia 1. Eisber&Resnick . Fisica Quantica Ed. Campus (20a tiragem, 1979) 2. J. Sorenson, M. E. Phelps. Physics in Nuclear Medicine (2nd Ed.). W.B. Saunders Co. 3. ATTIX, F.H. Introduction to radiological physics and radiation dosimetry. John Wiley & Sons, New York, 1986. 4. GANDHI, O.P. Biological effects and medical applications of eletromagnetic energy. Prentice Hall, New York, 1991. 5. JOHNS, H.N.; CUNNIGHAN, J.R. The physics of radiology. Charles C. Thomaz Pu-blisher, Illinois, USA, 1983. 6. EVANS, R. D. The atomic nucleus. Krieger, Malabar, FL, 1982.