Faculdade de Medicina da USP se posiciona contra Mais Médicos
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A diretoria da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)
pediu, em posicionamento aprovado nesta sexta (18), que a Medida Provisória
(MP) 621 que cria o Programa Mais Médicos seja retirada da pauta do
Congresso Nacional. O comunicado pede ainda a manutenção do Revalida
(Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos) como única maneira
de admissão de médicos estrangeiros.
ENTENDA A PROPOSTA
Governo quer atrair médicos para as periferias e interior do país e adiciona dois anos aos cursos de
medicina
Entre as medidas previstas no Programa Mais Médicos está a criação do
segundo ciclo do curso de medicina. Os alunos que entrarem no curso a partir
de 2015 terão que atuar por dois anos no SUS (Sistema Único de Saúde) para
receber o diploma. Outra ação prevista é a contratação de profissionais
estrangeiros para trabalhar na rede pública nas periferias das cidades e no
interior do país.
Para os diretores da faculdade, as medidas apresentadas pelo governo federal
não ajudam a solucionar os problemas da saúde pública "Se a questão é a falta
de médicos, o adiamento de sua formação irá piorar o quadro atual. Se a
questão é distribuição dos médicos por todas as regiões do Brasil, a MP não
oferece respostas para a migração desses estudantes com a necessária
supervisão desses alunos", destaca a nota da faculdade.
O diretor em exercício da FMUSP, José Otávio Costa, apresentou como
solução alternativa para a carência de médicos em algumas regiões do país
uma parceria do Ministério da Saúde com as instituições de ensino. "Se o
ministério se dispuser a fazer convênio, as faculdades de medicina mais
estruturadas poderiam tomar conta de algumas regiões do país ou do seu
estado. Mas tem que haver um financiamento", ressaltou.
Outro ponto que ajudaria a levar os profissionais às áreas mais carentes,
segundo Costa, é a criação de um plano de carreira para os médicos que
atendem no SUS. "Acelerar no Congresso Nacional a questão da carreira do
médico. Uma carreira em que o profissional que vai atender na atenção
primária ou medicina da família tenha uma segurança quando realizar um
concurso público, de um posto de trabalho de um maneira digna, com um
salário adequado", pontuou.
No último dia 12, a Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo) anunciou que não vai aderir ao Mais Médicos
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