A DEFESA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA É A DEFESA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS CIDADÃOS No dia 8 de Novembro os trabalhadores da Administração Pública farão uma Greve Nacional em defesa dos seus direitos, dos seus postos de trabalho e em defesa das funções sociais do Estado como imperativos para o desenvolvimento e progressos sociais. A luta dos trabalhadores da AP é também uma luta em defesa do acesso de todos aos serviços públicos, é também uma luta em defesa do exercício de direitos fundamentais. O encerramento de escolas, serviços de finanças, tribunais, hospitais, juntas de freguesia entre tantos outros põem em causa o acesso e exercício dos direitos fundamentais à saúde, segurança social, justiça, educação, cultura, poder local democrático. É a negação da própria democracia. E o Governo PSD/CDS-PP não pretende parar o desamantelamento dos serviços públicos até à sua completa destruição e de negar o direito a ter direitos. Na proposta do Orçamento do Estado para 2014 o Governo propõe ainda mais cortes: na Educação um corte 467 milhões de euros; na Saúde um corte de 271 milhões de euros; na Segurança Social um corte de 235 milhões de euros; Num total de 973 milhões de euros de cortes nestes serviços. Também o chamado «Guião para a Reforma do Estado» prevê privatização das escolas, dos serviços de saúde e da segurança social e o total desmantelamento do Estado. Defender as funções sociais do Estado é imperativo! Para garantir uma Administração Pública, de qualidade e ao serviço dos cidadãos é necessário que os seus trabalhadores tenham vínculos estáveis e sejam garantidos os seus direitos. A 8 de Novembro, os trabalhadores da AP, que tanto têm sido prejudicados, continuarão a lutar: Contra mais cortes salariais, que, de acordo com a proposta do OE vão atingir todos os trabalhadores com salários superiores a 600€; Contra a chamada “requalificação” cujo objetivo é apenas a redução salarial e remeter os trabalhadores para um beco cuja única saída é a demissão ou “rescisão”; Contra os despedimentos e a precariedade na Ap; Contra os programas de “rescisões por mútuo acordo” que são autênticos despedimentos coletivos, sem direito a subsídio de desemprego; – contra a utilização de vínculos ilegais na AP como os Contratos Emprego-Inserção, contratos a termo ou recibos verdes (que no 1º semestre aumentaram 60% na administração central) para desempenho de funções permanentes; Contra o aumento do horário de trabalho para as 40 horas – mais 5 horas semanais sem qualquer retribuição; Contra os cortes nas pensões de aposentação dos atuais (-10%) e futuros aposentados (-11%); Contra os cortes nas pensões de sobrevivência que podem mesmo atingir pensões de 100€. Assim, em defesa da dignidade dos trabalhadores da AP, dos seus salários, dos seus direitos, dos seus postos de trabalho, em defesa das funções sociais do Estado e da Constituição, no dia 8 fazemos Greve Nacional. Paramos, para o país avançar!