Biografia de Cândido Portinari 1903 - Nasce em Brodósqui, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos. Cursa apenas o curso primário. 1914 - Aos onze anos, faz o retrato de Carlos Gomes. 1918 - Vai para o Rio e, na Escola Nacional de Belas-Artes, estuda pintura. Década de 20 - Enquanto estuda pintura, imensa produção de retratos. Produz “Baile na Roça”, 1ª obra de temática brasileira. 1928 - Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da Exposição Geral de Belas-Artes, com obra em estilo clássico. 1929-1931 - Temporada em Paris. 1931 - Volta renovado, com mudança na estética das obras, valorizando mais as cores e a idéia da obra. Retrata o povo brasileiro nas suas telas. 1935 - Menção Honrosa em exposição nos EUA, com a tela “Café”. Esquece o volume (Tridimensão) e aos poucos deixa telas pintadas a óleo e se dedica a murais e afrescos. 1936 - Painéis no Monumento Rodoviário, na Via Dutra; afrescos do MEC (Rio), temática social, que será o fio condutor de toda a sua obra a partir de então. 1939 - Executa três grandes painéis para o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York. O Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua tela “Morro”. 1940 - Participa de uma mostra de arte no Riverside Museum de NY e o diretor deste organiza mostra individual de Portinari no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de NY, sucesso de crítica, venda e público. 1941 - Executa quatro grandes murais na Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso, em Washington, com temas referentes à história latino-americana. 1943 - Executa oito painéis conhecidos como Série Bíblica, com influência picassiana de “Guernica” e sob o impacto da Segunda Guerra Mundial. 1944 - Inicia as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte (MG), com destaque para “São Francisco” e “Via Sacra”. O nazi-fascismo e os horrores da guerra reforçam o caráter social e trágico de sua obra. Produz séries : “Retirantes” (1944) e “Meninos de Brodósqui” (1946) e outras. 1946 - Volta a Paris para a primeira exposição na Europa. Recebe do governo francês a medalha Legião de Honra. 1947 - Expõe no Salão Peuser, de Buenos Aires e nos salões da Comissão Nacional de Belas Artes de Montevidéu. No final da década de quarenta deixa de lado a dramaticidade expressiva e a temática social e busca temas históricos através da afirmação do muralismo. 1948 - Portinari se auto-exila no Uruguai, por motivos políticos, onde pinta o painel “A Primeira Missa no Brasil”. Dá início à exploração dos temas históricos através da afirmação do muralismo. 1949 - Grande painel “Tiradentes”, episódios do julgamento e execução do herói brasileiro. Por este trabalho recebeu, em 1950, a Medalha de Ouro do júri do Prêmio Internacional da Paz (Varsóvia). 1952 - Painel com temática histórica:” A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia”, e esboços dos painéis “Guerra e Paz”, de 14m x 10m cada, doados pelo governo brasileiro à sede da ONU. 1954 - Realiza o painel “Descobrimento do Brasil”. Tem sintomas de intoxicação por tintas. 1955 - Medalha de Ouro do International Fine Arts Council de Nova York, como o melhor pintor do ano. 1956 - Desenhos da Série “D. Quixote”. Viaja para Israel, expondo em museus e faz desenhos inspirados no contato com o novo País. 1958 a 1961 - Expõe em vários museus internacionais. 1961 - O pintor tem diversas recaídas da doença que o atacara em 1954 - a intoxicação pelas tintas - entretanto, lança-se ao trabalho para preparar uma grande exposição, com cerca de 200 obras, a convite da Prefeitura de Milão. 1962 - Tendo produzido cerca de cinco mil obras, Cândido Portinari falece no dia 6 de fevereiro, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Estilo de Portinari Pintura Clássica Obra: Retrato de Olegário Mariano Estilo de Portinari Expressionismo: valorização das cores e da idéia das pinturas Obra: Retirantes Estilo de Portinari Valorização da cultura brasileira: tipos humanos Obra: Mestiço Estilo de Portinari Cubismo Obra: Painel 4 Estações Estilo de Portinari Temática social Obra: Retirantes Estilo de Portinari Temática histórica Obra: Primeira missa (Muralismo) “O pintor social acredita ser o arauto do povo, o mensageiro de seus sentimentos. É aquele que deseja a paz, a justiça e a liberdade . É aquele que acredita que os homens podem participar dos prazeres do Universo.” (Cândido Portinari)