Movimentos Sociais: aportes teóricos Por: José Henrique Carvalho Organista, Carina da Cunha Santos e Carlos de Almeida Campos.1 Neste artigo abordaremos alguns aspectos teóricos que balizam as análises dos movimentos sociais. É, portanto, nossa pretensão apresentar, o que compreendemos serem, três correntes teóricas que são utilizadas para tentar dar conta dos denominados movimentos sociais. Essas correntes são: 1) marxista; 2) americana; 3) européia. A corrente marxista analisa os movimentos sociais a partir do paradigma da produção e reprodução das relações sociais. Nesse sentido, na América Latina, em especial durante os regimes autoritários, privilegiou-se a ideia de autonomia dos movimentos sociais e seu caráter anti-Estado. Esta leitura se desfez ou não se confirmou quando do processo de redemocratização. Em outras palavras, as relações entre as agências do Estado e os movimentos foram negligenciadas, bem como movimentos “interclassistas”, tais como: feministas, ecológicos foram subsumidos por movimentos considerados como “autênticas” representações das classes populares, como favelados, sem-teto, sem-terra. Fazendo a assimilação direta entre esses movimentos e classes dominadas, houve por conseqüência a manutenção enviesada da contradição capitaltrabalho, através da ampliação do sujeito histórico. Sob a perspectiva americana prevalece a noção de estratégia centrada no ator. Com lastro na escola da “escolha racional”, os movimentos sociais são analisados tendo em vista a noção de estratégia e da mobilização de recursos. Avançando sob a posição olsiana, Tarrow, por exemplo, entende que a questão não se resume em fazer as pessoas participarem, mas o de fazer com que pessoas já envolvidas dêem continuidade e sustentem suas participações visando um objetivo comum. Por último, a escola européia privilegia a noção de identidade, procurando evitar a dissociação entre estrutura e ação, realizada pela escola americana. Dito de outra maneira, a escola européia enfatiza que os movimentos sociais devem ser analisados a partir do contexto estrutural em que os atores estão envolvidos e da conformação de suas identidades coletivas. Essas três escolas tentam responder quem são os atores? Por que agem? Em que estruturas agem? Seu grau de autonomia e independência? Em nosso entendimento, a síntese destas duas últimas escolas, amparadas por uma leitura da realidade enquanto totalidade complexa é o melhor caminho para responder as questões acima. 1 Professor Adjunto de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense- UFF-PUCG. Pesquisador do NEPETS. Pesquisador Associado do PROEALC. Respectivamente, aluna do segundo período do curso de Ciências Sociais e Bolsista Voluntária, aluno do quarto período do curso de Ciências Sociais, bolsista PIBIC/CNPq. INTRODUÇÃO A despeito de bastante difundido seja na academia ou não, quando falamos em movimentos sociais a aparente simplicidade do termo se desfaz quando atentamos para os diversos significados que o mesmo possui nas diferente analises. Sendo movimentos sociais ao mesmo tempo objeto e conceito de analise talvez explique essa multiplicidade de interpretações que tornam o conceito uma pré-noção. Em outras palavras, o que desejamos salientar é que movimentos sociais tanto quanto objeto ou como conceito ainda carecem de maior rigor e precisão, pois ao falar sobre tudo, acabam por nada dizer. Do exposto segue uma questão: afinal, o que são os movimentos sociais? Iniciamos propositalmente com essa questão e esperamos, ao final deste artigo, termos como respondê-la. De acordo com Bobbio a expressão “movimento” tem sido utilizada para demonstrar a inserção parcial à vida política institucionalizada, bem como para distinguir dos partidos políticos. Assim, “a expressão "movimento" é usada, de modo particular, para tornar patente, ao mesmo tempo, a necessidade de ligames profundos com os grupos sociais e o enraizamento neles, bem como certo distanciamento das práticas políticas dos partidos. Contudo, as reivindicações, as exigências, as instâncias e a própria representação dos interesses dos grupos de referência por parte dos mais diversos movimentos se dão no âmbito político e, mais especificamente, dentro da esfera da atividade partidária” (Dicionário de Política: 796). Se a expressão é utilizada para caracterizar um processo de nula ou quase total inexistência de institucionalização e se as reivindicações e desejos de mudanças são eminentemente políticos e se dão na esfera partidária, podemos compreender que os movimentos sociais vivem numa contradição permanente entre autonomia e dependência. Esta, por sua vez, reflete na não rigidez da definição do movimento social, o que em última instância também é explicado pela expectativa do investigador quanto ao caráter autônomo atribuído a estes. Não é raro encontramos nas análises dos movimentos sociais, uma expectativa por parte dos pesquisadores, o caráter transformador e autônomo destes movimentos, o que, por vezes, obscurece ou pode obscurecer a dinâmica real em que se encontram os movimentos sociais. Em outras palavras, compreendemos que muitas vezes o agir dos movimentos sociais envolve tanto momentos de autonomia, quanto de dependência seja em relação aos partidos políticos, seja em relação a qualquer outra forma de associação. Desta forma, não há como, a priori, determinar ou afirmar a autonomia dos movimentos sociais nem sua dependência. O que desejamos desde já afirmar, é que existe uma dialética entre autonomia e dependência que somente pode ser explicitada através da análise do real. Essa incompreensão implica em extremos: 1) desvalorização dos movimentos sociais e suas potencialidades; 2) sobrevalorização dos movimentos sociais e da sociedade civil como instância separada da política institucionalizada, lugar privilegiado da autonomia e de virtudes dos agentes sociais. Em conformidade com Gohn (2008), “as transformações que aconteceram no mundo, nas últimas décadas, e que acabaram por influenciar as mudanças de focos nos movimentos sociais em geral, e na América Latina em particular, permitem-nos afirmar que os movimentos sociais não mais se limitam à política, à religião ou às demandas socioeconômicas e trabalhistas. Movimentos por reconhecimento, identitários e culturais, ganharam destaque ao lado de movimentos sociais globais”. (grifos nossos). Deste pequeno excerto, podemos ressaltar que a distinção efetuada pela autora, criando uma espécie de taxonomia dos movimentos sociais, acaba por separar movimentos identitários e culturais daqueles mais aparentemente ou especificamente políticos. Tal procedimento, embora de relevância analítica, faz perseverar a ideia da possibilidade de existirem movimentos sociais estanques, independentes sem compreender que, muitas vezes, movimentos identitários ou culturais são atravessados por questões de interesses políticos e econômicos, como por exemplo, os movimentos das comunidades remanescentes de quilombolas. Buscar uma identidade singular, específica, como no exemplo acima, significa, também, uma atitude política e econômica, haja vista que essa reivindicação identitária e cultural se choca ou pode se chocar com interesses de latifúndios. As análises dos movimentos sociais têm tentado compreender o objeto ora pelos atores, pelas estruturas, pela ideia de autonomia, pela sua dependência. Desta forma, procuram “enquadrar” o objeto a uma nova orientação teórica, posto compreenderem que as características dos “novos” movimentos sociais apontam para a necessidade de captarem a nova dinâmica destes movimentos e novos atores. O Modelo Americano: breves considerações. Esse se baseia na noção de estratégia dos atores sociais. Influenciado pelo paradigma da escolha racional, o modelo americano busca em suas análises compreender a participação ou não dos indivíduos nas ações coletivas a partir dos incentivos, ou seja, dos ganhos individuais para o engajamento. Assim, no modelo americano os organizadores dos movimentos possuem uma posição central, todavia as estruturas que são constituídas constituintes dos atores e, por conseguinte, seus conflitos não são levados em conta. Resumindo tudo a uma questão: quais incentivos para que os indivíduos entrem em ações coletivas? Esse tipo de abordagem não explica a emergência do ator e sua origem, mas contribui para a compreensão do movimento social e sua coordenação. Segundo Tarrow (1994 pp16-17) – numa clara tentativa de se distanciar do paradigma olsiano -, os atores (fundadores) dos movimentos sociais não podem se valer de sanções (punições e recompensas) para controlar os participantes, assim, faz-se necessário valer-se de outros meios para que os fundadores enfrentem a questão da coordenação. Esses outros meios são, conforme o autor, as redes de relações sociais e os marcos culturais. O Modelo Europeu: breves considerações. O modelo europeu se diferencia do americano por não centralizar suas análises nos atores, tampouco na díade sanção-recompensa. O paradigma europeu fundamenta sua estrutura analítica, especialmente, pela ideia de uma identidade coletiva. Aqui, também se distancia do modelo americano, posto que para o modelo europeu a identidade coletiva se forma dentro e a partir de uma estrutura de conflito. Em outras palavras, o modelo europeu não compreende os atores como “entidades” isoladas, ao contrário, os atores estão inseridos numa estrutura conflituosa de relações sociais, cuja identidade é definida e reconhecida por contraste. Há, portanto, uma associação entre estrutura e ação. (Touraine: 1977). A contribuição do paradigma europeu está em compreender que ação dos movimentos sociais surge a partir de experiências compartilhadas por um grupo de pessoas que aspiram no interior de uma determinada estrutura e em conflito com a mesma, mudanças ou a formação de uma nova ordem. Talvez o maior problema do modelo europeu esteja em depositar na sociedade civil todas as características de um lugar apartado e/ou diferenciado da política institucional. Assim, transformam a sociedade civil num lugar sagrado e da existência pura e autêntica dos movimentos sociais, enquanto satanizam o Estado e a esfera política institucional. Essa ambigüidade se deve a relação entre autonomia e dependência dos movimentos sociais, em especial pela sua forte carga na formação de identidade exclusiva e contrastante. Do exposto, entendemos que nem o paradigma americano, nem o europeu conseguem dar conta da complexidade em que se inserem os movimentos sociais. A primeira falha ao centrar sua análise no ator e na estratégia, enquanto o segundo não consegue dar conta, em virtude de sua forte ênfase na identidade, que os movimentos sociais orientados para mudanças estão submetidos a uma dialética entre cooptação e autonomia, posto que se se mantiverem defensivamente suas ações na sociedade civil para manterem intactas e inegociáveis suas identidades coletivas o alcance de suas ações serão autolimitados, por outro lado, compreendemos que os movimentos sociais atuam na e a partir da sociedade civil, não podendo se manter fora da esfera política institucional. Assim, compreendemos que, a despeito de todas as críticas, o paradigma marxiano nos oferece um cabedal teórico capaz de contemplar a dinâmica da sociedade e sua complexidade. Desde já, ressaltamos que não há uma preponderância da estrutura sobre a superestrutura, como nos faz crer algumas análises estruturalistas. Embora não possamos tratar nesse texto desta questão é bom destacar que estas não são categorias independentes. Longe disso. Estrutura e superestrutura são categorias intercambiáveis, dialógicas ou mais especificamente dialéticas. Assim, a seguir iremos explorar o “paradigma” marxiano. Classe e Movimento Social De acordo com alguns autores (Laclau:1991; Castells:2001,2008; Pakulski:1995;Offe:1998) a classe social perdeu seu poder explicativo e as ações coletivas agenciada pelos novos movimentos sociais veio preencher essa sucumbência. E o que levou a perda do poder explicativo da classe social? São múltiplas as respostas, mas há em comum em todas elas a ideia do fim da centralidade do trabalho como categoria explicativa e normativa das relações sociais. Em tese, com fim da centralidade do trabalho as classes sociais não dão conta da multiplicidade de atores, demandas e querelas que se encontram para além do paradigma da sociedade fabril. Por mais estranho que possa parecer, a despeito destas analises trazerem a luz movimentos antes subsumidos por um “privilegiamento” excessivo das lutas de classes, capital-trabalho, enfim, do paradigma da produção, a sustentação do fim da centralidade do trabalho deixa obscurecer que cada vez mais o capital assume sua forma mundial. Ou seja, ao falar de uma sociedade pós-moderna, pós-industrial, reflexiva abandona-se a lei do valor, justamente num momento em que o capitalismo dá um novo salto, amplia-se o sujeito social e acelera a compressão espaço-tempo. Desta forma, destaca François Houtart ( 2007 ) “Assistimos também a uma busca de novas fronteiras de acumulação, frente às crises tanto do capital produtivo como do capital financeiro: a agricultura camponesa que deve ser convertida em uma agricultura produtivista capitalista, os serviços públicos que devem passar ao setor privado e a biodiversidade, como base de novas fontes de energia e de matéria prima. O resultado é que agora todos os grupos humanos sem exceção estão submetidos à lei do valor, não somente a classe operária assalariada (subsunção real), mas também os povos nativos, as mulheres, os setores informais, os pequenos camponeses, sob outros mecanismos, financeiro –preço das matérias primas ou dos produtos agrícolas, serviço da dívida externa, paraísos fiscais, etc. – ou jurídicos –as normas do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial (BM) e da Organização Mundial de Comércio (OMC)–, tudo isso significando uma subsunção formal” ( grifos nossos). É verdade que a classe trabalhadora está mais complexa, heterogênea, fragmentada e, nesse momento, mais fragilizada em virtude das reorientações do capital, em especial pela aparência de que o lucro não vem mais a produção. Todavia, isso não muda, em hipótese alguma, que ao capital interessa produzir mais-valia. Assim, concordamos com Houtart que todos estamos submetidos à lei do valor. Desta forma, uma coisa é reconhecer as transformações da classe trabalhadora, outra bem diferente é decretar a sua morte e, por conseguinte do poder explicativo do conceito de classe, mesmo com a apresentação de “novos” problemas/demandas sociais e o “surgimento” de novos atores. A sociedade capitalista não pode prescindir da lei do valor sob pena de sucumbir. De acordo com Badaró ( 2008 ) “Fatores como a maior presença da força de trabalho empregada nos serviços, a participação paritária das mulheres no mercado de trabalho, o grande número de pessoas que vivem entre o emprego e o desemprego (e entre mercado formal e informal de trabalho, entre trabalho em tempo parcial e integral, etc.) podem ser melhor entendidos assim como elementos que, embora não possam nem devam ser desprezados, indicam, não o fim, mas uma mudança no perfil da classe, uma nova etapa da sua formação (ou uma reformação), como outras que ocorreram ao longo dos últimos dois séculos da história da classe trabalhadora e de suas lutas contra o capital” Não há, portanto, como vaticinam alguns autores como desprezar e descartar as categorias marxianas, em especial neste caso, da luta de classes porque a classe trabalhadora se modificou ou porque o trabalho fabril não é mais, numericamente, relevante. Em outras palavras, a divisão entre exploradores e explorados está longe de acabar. A nova configuração da classe trabalhadora, sua diversidade e precarização somente podem ser compreendidas a partir as estratégias do capital para elevar a superexploração e superar sua crise, enquanto mantém inalterada a desigualdade econômica e social. Por isso mesmo, ANTUNES ressalta que (2001, p. 216) a despeito da heterogeneização, complexização e fragmentação da classe trabalhadora As possibilidades de uma efetiva emancipação humana ainda podem encontrar concretude e viabilidade social a partir das revoltas e rebeliões que se originam centralmente no mundo do trabalho; um processo de emancipação simultaneamente do trabalho, no trabalho e pelo trabalho. Essa rebeldia e contestação não excluem nem suprime outras, igualmente importantes. Mas, vivendo numa sociedade que produz mercadorias, valores de troca, as revoltas do trabalho acabam tendo estatuto de centralidade. Todo o amplo leque de assalariados que compreendem o setor de serviços, mais os “trabalhadores terceirizados’, os trabalhadores do mercado informal, os “trabalhadores domésticos”, os desempregados, os sub-empregados etc., pode somar-se aos trabalhadores diretamente produtivos e por isso, atuando como classe, constituir no segmento social dotado de maior potencialidade anticapitalista. Do mesmo modo, a luta ecológica, o movimento feminista e tantos outros novos movimentos sociais têm maior vitalidade quando conseguem articular suas reivindicações singulares e autênticas com a denúncia à lógica destrutiva do capital (no caso do movimento ecologista) e ao caráter fetichizado, estranhado e des-realizador do gênero humano gerado pela lógica societal do capital (no caso do movimento feminista). (grifos nossos). Concordamos com Antunes que os “novos” movimentos sociais possuem maior vitalidade somente se articulado a denúncia a lógica destrutiva do capital. Se assim não for, os chamados “novos” movimentos sociais somente conseguirão manter-se nos aspectos fenomênicos dos problemas. O que, em última instância, implica que os processos por eles colocados em ação não serão capazes de se transformarem num lócus privilegiado da emancipação humana. Alguns podem objetar que essa é uma característica dos “novos” movimentos sociais e que, portanto, a emancipação humana não é a sua centralidade e sim temas universais como: liberdade, direitos do homem, justiça ou solidariedade. A estes respondemos que tal caracterização dos “novos” movimentos sociais e suas escolhas com temas tão vagos, por certo, pode caracterizar esses “novos” movimentos e até certo ponto tem sido essa a prática mais comum. Todavia, esses movimentos assim caracterizados não vão além de uma “rebeldia consentida” pelo capital. Explico melhor: se os movimentos pelos direitos do homem esticarem as suas reivindicações para o efetivo cumprimento dos mesmos, como por exemplo, moradia, acesso a terra, eles, como tem sido claramente demonstrado nas diversas mídias, não serão tratados como movimentos sociais, mas como criminosos. Esse é o caso do MST. O MST é um movimento social criminalizado. Por quê? Porque sua luta pela terra esbarra nos interesses do capital, em especial, dos grandes latifúndios e do agronegócio, colocando em xeque uma estrutura secular de desigualdade social e de concentração de terra. Seu modus operandis também é contestado, já que para muitos ele ultrapassa os limites da democracia burguesa. Ocupando terras para forçar a sua desapropriação o MST vai além de reivindicar os direitos do homem. Ele expõe as mazelas de uma sociedade cujo limite é determinado pelo capital, restabelecendo desta maneira à contradição capital-trabalho. Assim, não podemos compreender ou analisar os movimentos sociais, sejam “novos” ou sejam velhos” tão-somente pela prática dos seus atores ou, por outro lado, pela estrutura. Nesse sentido, o cabedal teórico do materialismo histórico dialético e suas categorias ainda são relevantes. Refiro-me, em especial, que não podemos negar que a busca de uma sociedade verdadeiramente autônoma e realizadora do gênero humano se dá ontologicamente pela contradição capital-trabalho. O que de maneira alguma implica em diminuir a importância dos “novos” movimentos sociais, mas de estimular a pensar estes movimentos a partir da centralidade do trabalho e da lei do valor. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ALBERONI, Francesco. (1984), Movement and Institution. Nova Iorque, Columbia University Press. ____. (1991), Gênese. Rio de Janeiro, Rocco. ANDERSON, Perry. O fim da história (De Hegel a Fukuyama). Trad. De Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992. ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho? 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