PROJOVEM URBANO
ESCOLA: MARIA DAS VITÓRIAS E CEAI
PROFESSORES: MARIA DO SOCORRO SILVA
RELATÓRIO DESCRITIVO: PERFIS DOS ALUNOS DOS PROFISSIONAIS DAS
ESCOLAS MUNICIPAIS: MARIA DAS VITÓRIAS PIRES UCHOA E ESCOLA DR.
JOÃO PEREIRA DE ASSIS (CEAI)
CAMPINA GRANDE-PB
AGOSTO, 2015
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1. INTRODUÇÃO
O presente relatório contém informação sobre o perfil dos alunos e profissionais do
Projovem Urbano na Escola Municipal Maria das Vitórias. As informações relatam a situação
escolar e social em que os aprendizes se encontram e como os profissionais da escola os
percebem. Visando melhorar a qualidade de ensino e o atendimento desses jovens foi
elaborado um questionário com as referências de cada um dos alunos nas quatro turmas da
referida escola. Sendo que cada turma tem um Professor Orientador (PO), responsável por
relatar o perfil desses egressos. Tendo como embasamento teórico o “Manual do Educador
Orientações Gerais”.
O referido relatório foi desenvolvido na turma dois na escola Maria das Vitórias,
situada no Bairro das Cidades, tendo como professora regente, Maria do Socorro Silva, que
realizou uma pesquisa no período de inicialização das aulas em agosto de 2015.
Em referência aos alunos participantes do programa Projovem Urbano, o motivo da
pesquisa em relação ao perfil dos alunos teve como principais objetivos:
(i)
a inovação e o desenvolvimento da aprendizagem de língua estrangeira e as
demais disciplina que compõe a grade curricular;
(ii)
a promoção da capacidade de observação e participação do aluno, fazendo-o
reconhecer a necessidade de aprender a ler e escrever;
(iii)
a elaboração de planos de orientação e incentivo a reintegração social e
autoestima dos alunos
Para alcançar esses objetivos foi feito um levantamento que identifica o perfil dos
alunos da turma dois com dados e informações relevantes que permitam ao professor O
planejamento de atividades e viabilizar o procedimento de atendimento dos mesmos com
relação à inserção no mercado de trabalho, no âmbito social e possibilitar que esses estudantes
desenvolvam suas capacidades de aprendizagem e autoestima.
DESCRIÇÃO DOS ALUNOS
Dentre os alunos das turmas formadas entre os dois núcleos tem-se uma diversidade
cultural e vários níveis de escolaridade. Estima-se que um 30% dos alunos terminaram 6ª
série, 69% pararam de estudar na 8ª série e 1% parrou no 3º ano do ensino fundamental um.
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Em Outras situações o público alvo predominante é feminino de cor parda ou negra, com
faixa etária entre dezoito a vinte e sete anos, várias delas tem um relacionamento estável com
filhos que variam em número de um a três, algumas das estudantes trabalham como
domestica, outras estão desempregadas e poucas têm um provedor. A turma divide-se em dois
grupos, o grupo um representado pela maioria demonstra interesse pelo estudo e desejo de
aprender, enquanto o grupo dois mostra desinteresse e apresenta um comportamento agressivo
e desafiador em sala de aula.
Com relação ao público masculino dentre a turma apenas seis ou sete por cento
correspondem à categoria, com idade entre dezenove e vinte a sete anos. Os homens são quase
todos solteiros e desempregados só um ou dois tem emprego fixo. Alguns deles possuem
perfil dominante e ameaçador, outros são mais submissos, porém, dentre eles há quem que se
destaca com relação ao conhecimento e experiência social apesar de não terem concluído o
ensino fundamental.
No geral os alunos mostram o desejo de concluir os estudos, conseguir entrar para o
mercado de trabalho e melhorar suas vidas como cidadãos, mostram-se pouco interessados no
que se refere ao lazer dentro da cidade, pois alegam que para eles não há locais interessantes
que lhes proporcionem entretenimento. Declaram que só o cinema ainda lhes chama atenção
para diversão.
Os dados aqui apresentados fornecem elementos necessários para que o professor
conheça o aluno e possa elaborar um plano de trabalho que auxilie no desenvolvimento de
atividades relevantes para eles. Tendo descriminado as características dos alunos da escola
acima citada, passa-se a análise dos profissionais da escola como um todo.
Ao longo da jornada de trabalho na escola, observou-se que os profissionais
capacitados do programa (Projovem Urbano), desempenham com autonomia seu trabalho
como professores e orientadores. Entretanto, outros profissionais do ensino regular, apesar de
aparentemente apoiar e receber os alunos do Projovem nota-se uma resistência em aceita-los
como alunos da escola.
Contudo, os alunos até o presente mostram-se dispostos a seguir com os estudos
mesmo com dificuldades. O programa tornou-se um diferencial na educação de jovens e
adultos, porém, o baixo nível de aceitação como parte integrante no âmbito escolar acaba por
dificultar a permanência de muitos alunos na escola e provavelmente sua efetivação em
alguns núcleos.
Vale salientar que nas escolas acima citadas os profissionais do ensino regular, como a
gestoras e alguns professores são profissionais que pouco colaboram com os membros do
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Projovem envolvidos no ambiente escolar. É notória a indiferença com que os alunos do
Projovem são tratados por parte desses profissionais como se eles não fizessem parte da
comunidade escolar como um todo. Sendo assim, são essas dificuldades encontradas na escola
que mostram relevância como também a falta de recursos didáticos e estruturais
disponibilizados aos alunos e professores. Vale salientar que a falta de profissionais de apoio
é fator relevante no controle comportamental dos alunos.
CONCLUSÃO
O Projovem Urbano é um programa de relevância considerável para inclusão social de
jovens em situação de risco e até mesmo aqueles que não estão em situação de risco, o
programa têm acolhido e tem feito à diferença na vida de muitos jovens. Este tem promovido
a muitos desses estudantes a oportunidade de melhorar sua condição social e econômica,
favorecendo uma boa convivência no meio em que estão inseridos. Porém, é necessário que
haja comprometimento e ética de todos os profissionais da educação com relação aos acordos
de cooperação estipulados entre os discentes e professores e demais profissionais envolvidos.
Além disso, é preciso que se tenha recursos para a execução dos trabalhos em sala de aula e
determinação dos profissionais em combater a formação de grupos de comportamento
duvidoso e agressivos. Sendo assim, a união dos professores com o mesmo propósito e
estratégia no combate a violência em sala de aula é relevante para o bom funcionamento da
escola.
REFERÊNCIA
Manual do Educador Orientações Gerais - SME. Disponível em:
<sme.pontagrossa.pr.gov.br/manual.pdf>. Acesso em 12/08/2015
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