ANO VII
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NÚMERO 113
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31DE OUTUBRO DE 2012
Hocus-pocus: “Porque este é o meu corpo”
Vindas das charnecas de ventos ruidosos, tra-
que a compromete em
relações com
o tempo muito mais importantes do
que a simples
descoberta de
certos acontecimentos
vindouros.”
zendo seus caldeirões com olhos de sapos e pernas
de aranhas, as bruxas estão no topo do imaginário mágico. Elas podem ser boas ou más e podem
também ser eles: bruxa, mago, feiticeira, mágico.
Por William Shakespeare elas foram imortalizadas ao revelar a Macbeth as três profecias daquilo
que ainda estava por vir. Três vezes três e elas são
três, revelam três profecias e proferem três vezes:
mais dores para a barrela, mais fogo para a panela.
Sempre que aparecem, imprimem um sentimento
Menos próximas do terror e da
de destino, prevendo o futuro,
maldade, as bruxas e os bruxos,
criando a tentação e, por que
não, influenciando as narrativas Double, double toil and trouble; hoje, ocupam local privilegiado
com as suas palavras proféticas. Fire burn, and caldron bubble. na construção do imaginário
infantil e também adulto, vide a
Elas e eles povoam há séculos a
Macbeth, Shakespeare
saga de Harry Potter, com tipos
imaginação mundo afora. Muibastante heterogêneos, revelantas vezes sozinhas: a madrasta
da Branca de Neve, a Cuca do Sítio do Picapau do uma forma de considerar a diversidade, tão imAmarelo. Outras, em pares: Merlin e Morgana, portante na contemporaneidade.
Lembrando a história: no chamado período BurMedéia e Circe, Dumbledore e Voldemort, Gandalf e Saru- ning times mulheres foram queimadas sob acusaman.
E ções de bruxaria e heresia. Uma figura bastante nocomo se tória morta nessa “caça às bruxas” foi Joana D’Arc.
Não obstante, o Halloween, ou o Dia das Bruxas,
não
nos
b a s t a s s e , ou, ainda, a Noite de Todos os Santos, é o momento
em
tría- em que essas figuras e representações ganham corde: Glinda po nas fantasias de milhares de pessoas pelo mundo
(Bruxa Boa afora e não só nas celebrações, mas também como
do Norte), crenças em enN e s s a r o - tidades antigas,
à
se (Bruxa anteriores
Malvada do Leste) e Elphaba (Bruxa Malvada do cristianização
dos rituais paOeste).
Das páginas dos livros, ou de qualquer outro gãos.
Na noite de
suporte, as bruxas se tornaram figuras perigosas.
Halloween,
Não tanto pelas suas
figuras, que nem No mundo, a linguagem não se esqueça: “A wizard is
sempre assustam, é poder por excelência.
Maurice Blanchot
never late, nor
mas pelo poder de
is he early. He arrives precisely when he means to.”
suas palavras, como
bem afirmou Maurice Blanchot: “A profecia não é (Gandalf, The Fellowship of the Ring)
apenas uma fala futura. É uma dimensão de fala
FALE em notícias
PET-Letras no Projeto Promobio
Todos os grupos PET (Programa de Educação
Tutorial) da PUCRS estão envolvidos na maratona
cultural elaborada pelo projeto Promobio. O PET-Letras ficou responsável pela organização do concurso de redação, que será realizado no dia 1º de
dezembro no Museu de Ciências e Tecnologias da
Universidade. Uma oficina de redação esclareceu os
critérios de correção da prova, ministrada no dia 10
de outubro pelos bolsistas Rafael Padilha Ferreira,
Jéssica Barbosa e Rosa Regina de Souza, juntamente
com a professora Silvana Silveira, coordenadora do
PET-Letras.
O Promobio é um projeto científico-tecnológico
proposto pela PUCRS e mantido pelos órgãos federais FINEP e CNPQ. Visa proporcionar a integração
entre escolas, universidades e empresas. Atuando de
forma multidisciplinar, as ações de ensino e extensão têm como referencial a educação ambiental.
O Concurso de redação tem como objetivo selecionar e premiar redações de alunos de escolas
técnicas, públicas e privadas participantes. Será
considerado o tema, os critérios e as categorias estabelecidas no Edital. A iniciativa é uma forma de
fomentar a pesquisa, a criatividade, a originalidade
e o raciocínio, além de valorizar a produção de texto
reflexivo sobre o tema “sustentabilidade”.
Conecte-se!
www.promobio.com.br
Da esquerda para a direita: Rosa Regina, Jéssica, Rafael e Silvana
A escrita criativa: pensar e escrever literatura
Foi lançada, durante o XXVIII Seminário Brasileiro de Crítica Literária, XXVII Seminário de Crítica do Rio Grande do Sul e I Encontro Nacional de
Escrita Criativa, a obra “A Escrita Criativa: pensar
e escrever literatura”. A realização da coletânea de
ensaios, artigos e textos ficcionais escritos por professores e estudantes da área, além de escritores reconhecidos, foi coordenada pelo professor Luiz Antonio de Assis Brasil e organizada pelas doutorandas
Camila Doval, Camila Gonzatto e Gabriela Silva. A
obra é fruto da experiência deles como professor e
alunas na pós-graduação em Escrita Criativa e na
Oficina de Criação Literária, ambas oferecidas pela
PUCRS.
Encontre!
À venda no site da EDIPUCRS:
http://livrariaedipucrs.pucrs.br/
2 | Notícias FALE nº 113 | 31 de outubro de 2012
O livro foi lançado durante o I Encontro Nacional de Escrita Criativa
Professor Biagio D’Angelo recebe Prêmio Jabuti
Com muita honra, o NF noticia “Benjamin — poema com desenhos e músicas”, do professor Biagio
D’Angelo, como vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Livro Infantil. Biagio nasceu na Sicília e trabalhou
em diversos lugares do mundo, Moscou, Bruxelas, Lima, São Paulo, Budapeste, sempre dando aulas de Literatura Comparada, Teoria Literária. Hoje, ele é professor na FALE.
Notícias FALE - Há quanto tempo escreves ficção?
portuguesa.
Biagio D’Angelo - Escrevo há muito tempo, desde NF - O que significa para o professor de literatura,
que tinha dezoito anos. Eu tinha uma
para o escritor e para o Biagio receber o
agenda cor de ocre em que escrevia poJabuti?
esias, mas por medo que alguém as lesse,
BD -A verdade é que a ficha ainda não
queimei todas.
caiu. Não me dou conta de que ganhei o
NF - Tens outros livros?
Jabuti. Me dá muita felicidade ver os coleBD - Tenho dois livros de poesias, não
gas e os amigos felizes porque ganhei, mas
infantis. Publiquei no Peru; com um denão me dou conta.
les, Milonga e outros ritmos, venci um
NF - O que motivou a tua vinda para Porconcurso na PUC-Lima, e o outro, Humto Alegre?
boldt, publiquei numa coletânea de novos
BD -Eu estava na Hungria, mas queria
autores. Ainda, sairá por estes dias na Itámuito voltar ao Brasil. Um dia uma amiga
lia outro livro de poesias chamado A/R.
daqui me ligou e me falou do concurso na
NF - Benjamin foi escrito há pouco temárea de Teoria da Literatura, na PUCRS,
po? Qual foi a tua inspiração?
que era a minha cara e tinha um grupo
BD - Escrevi Benjamin em São Paulo, em
muito bom.Eu tinha uma ideia de que era
2010, num período difícil pra mim, basuma cidade fechada, provinciana. Mas,
tante “escuro”. A minha inspiração pescomo na Hungria não estava funcionansoal foi a minha infância; são várias ima- Ilustração de Benjamin do, devido à crise, à situação econômica,
gens dela que eu gostaria de atualizar. Demorei para decidi vir. Agora me sinto muito bem aqui. Porto
escrever, foi um momento muito bonito. Eu o escre- Alegre não é como São Paulo, aquela confusão toda,
vi em português e amei fazê-lo assim. É uma língua mas não acho mais que seja provinciana. Ela é cultudo afeto, da memória; eu não poderia tê-lo escrito ralmente efervescente, os jovens são muito bacanas.
em italiano, pois não é a língua atrelada à memória Os jovens aqui da PUCRS são cheios de entusiasmo
do momento que ele retrata. Eu devo muito à língua e de ideias. Estou gostando muito.
FALE em eventos
Jornada de estudos sobre os Romances Gráficos
Entre os dias 25 e 28 de outubro, aconteceu a Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba, a Gibicon nº 1. Durante o encontro, muitos artistas — quadrinistas e roteiristas — e pesquisadores ministraram
palestras e oficinas e participaram de mesas de discussão — foram mais de 80 convidados!
O clima do evento é de celebração dos quadrinhos, a chamada arte gráfica ou arte sequencial. A programação da Gibicon contemplou, entre outras atividades, exposições, homenagens aos 30 anos da Gibiteca
de Curitiba — o que indica a tradição da cidade — e ao artista Sérgio
Bonelli. Ao longo desses quatro dias, Inscreva-se como ouvinte nas palestras e oficinas, ocorreram
através do email
reflexões sobre desenho, roteiro, cor,
editoração e sobre questões teóricas
inerentes à linguagem dos quadri- [email protected] nhos.
Por todo o Brasil, muitos eventos
têm apresentado como mote os quadrinhos, como a Gibicon e o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Em âmbito acadêmico, nos deparamos com a mesma tendência, evidenciada com a III Jornada de Estudos sobre Romances
Gráficos, organizada pela UnB em setembro deste ano, e a I Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos
– Edição Porto Alegre, organizada pela PUCRS e pela UFRGS, com o apoio da UnB, que acontecerá nos
próximos dias 19 e 20 de novembro, na Faculdade de Letras da PUCRS. (Colaboração: Caroline Becker,
mestranda e membro da comissão organizadora)
Notícias FALE nº 113| 31 de outubro de 2012 | 3
FALE em revista
XXVIII Seminário Brasileiro de Crítica Literária
XXVII Seminário de Crítica do Rio Grande do Sul
I Encontro Nacional de Escrita Criativa
O tradicional Seminário Brasileiro de Crítica Literária da PUCRS, que agrega o não menos importante Seminário de Crítica do Rio
Grande do Sul e, a partir deste ano, o Encontro
Nacional de Escrita Criativa, teve sua 28ª edição realizada entre os dias 23 e 25 de outubro.
A intensa programação de palestras, mesas-redondas e comunicações agradou ao público participante, que pôde contar ainda com o oferecimento
de dois cursos paralelos ao evento e o lançamento
de três obras: Literatura brasileira contemporânea:
um território contestado, da professora convidada
do Seminário Regina Dalcastagnè; A Escrita Criativa: pensar e escrever literatura, coordenado pelo
professor da FALE Luiz Antonio de Assis Brasil; e
a coleção de caixas comemorativas ao centenário
dos Contos Gauchescos, de Simões Lopes Neto, que
contém os livros Os contos e lendas, Vocabulário e
Lembranças de João Simões Lopes Neto do escritor
Aldyr Schlee, palestrante que encerrou o encontro.
Nesta edição, o Seminário contou com a organização geral dos professores Regina Kohlrausch, Maria Eunice Moreira, Sissa Jacoby e Charles Kiefer.
Programem-se, pois daqui a dois anos tem mais!
Abertura com Maria Eunice Moreira, Regina Kohlrausch e
Dileta Martins
Responder pela coordenação geral XXVIII Seminário Brasileiro de Crítica Literária, XXVII Seminário
de Crítica do Rio Grande do Sul e I Encontro Nacional de Escrita Criativa foi mais uma experiência positiva (já coordenei o XXV/2007 e o XXVI/2008) pela
oportunidade, principalmente, da convivência com
colegas pesquisadores (palestrantes e comunicadores)
e da troca de informações acerca das atividades diárias da vida acadêmica. Este ano, com o acréscimo de
mais uma evento, I ENEC, foi um pouco mais desafiadora, mas extremamente positiva porque tivemos a
possibilidade de ouvir e dialogar também com escritores; ouvimos, no mesmo evento, os estudiosos e os
produtores de literatura. Destaca-se, ainda, o sucesso
dos lançamentos dos três livros, um em cada dia, que
oportunizou, além do autógrafo, a conversa animada
e descontraída entre o público dos
Seminários e autores das obras.
— Regina Kohlrausch,
coordenadora do evento
Aldyr G. Schlee
Deonísio da Silva, Charles Kiefer
e Elvira Vigna
Regina Dalcastagnè
4| Notícias FALE nº 113 | 31 de outubro de 2012
Charles Kiefer, Sérgio Amaral e Assis Brasil
Alfabetização em foco na FALE
O dia 18 de outubro foi marcado por um grande encontro de profissionais na arena do CELIN (FALE), dispostos a refletir sobre alfabetização. Pela manhã, a professora Leonor Scliar-Cabral (UFSC) ministrou, para professores de ensino fundamental, anos iniciais, o curso "Tudo pela inclusão: alfabetizar com novos conhecimentos".
À tarde, foi realizado o “Ciclo de Discussões Linguísticas e Pedagógicas: Alfabetização”, com a participação
dos professores palestrantes Leonor Scliar-Cabral (UFSC), Márcio França (UFRGS), Lilian Scherer (PUCRS)
e Augusto Buchweitz (PUCRS). Eles falaram, no auditório Ir. Elvo Clemente, prédio da FALE, para professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Letras, Educação e Fonoaudiologia.
O evento, com organização do CELIN-FALE e do ALETRA-RS (Grupo de Estudos em Alfabetização), foi
um sucesso de público.
Agradecemos muito o apoio da FALE, em especial da
professora Maria Eunice Moreira e sua equipe de secretaria; e do CELIN, através da professora Vera W. Pereira. Também agradecemos a participação incansável da
equipe organizadora do evento, que se empenhou para
que o mesmo tivesse tão boa repercussão junto aos públicos, os quais, cada um a seu modo, buscavam respostas às indagações tão atuais com respeito ao processo de
aprender a ler.
— Marilia M. Lopes, doutoranda em Linguística e uma das organizadoras do evento
Cafezinho literário com Emilio Jeckel
por Luara Pinto Minuzzi, mestranda
Os encontros do Cafezinho Literário são, para mim, como uma brisa de ar fresco. Não me entendam
mal, sou mestranda em Teoria da Literatura, amo e sou extremamente consciente da importância do que
faço — sempre que analiso uma obra literária e penso sobre ela a partir de uma determinada perspectiva
teórica, descubro novas matizes no texto, que haviam passado despercebidos. Porém, ouvir alguém cuja
área de estudo não é a minha
falar justamente sobre literatura
é uma forma de arejamento,
Daisuke não conseguia se lembrar de se lembrar que as obras nunca
podem ser transformadas em
simples objetos de trabalho; pois
de quando foi que ele e Michiyo
literatura, antes de mais nada,
é arte, é paixão, fruição. Na última
começaram a conversar. De tão
quinta-feira, dia 25, quando casual, sua memória nem se deu ao o professor Emílio Jeckel Neto,
diretor do Museu de Ciências trabalho de registrar este encontro e, e Tecnologia, contou como o seu
pai parou a leitura em voz alta para quem, como Daisuke, andava de As reinações de Narizinho, de
Monteiro Lobato, a fim de que entediado de poesia e romance, esse o filho terminasse-a sozinho e por
sua própria vontade (e como esquecimento tornava o fato ainda ele, a partir desse momento, apaixonou-se pelos livros), lembrou-nos do poder da literatura
mais interessante.
E depois, de Natsume Soseki
de maravilhar. Também saí da
palestra com uma grande vontade
de ler o romance E depois, do
escritor japonês Natsume Soseki,
e mergulhar nessa cultura diferente para entender a simplicidade que a caracteriza, sobre a qual falou
o palestrante. Este é o ponto que eu gostaria de frisar: nós, como pesquisadores da literatura, devemos
estudá-la com seriedade, mas sem esquecer o prazer que a leitura proporciona — esquecimento que pode
levá-la à esterilidade.
Notícias FALE nº 113 | 31 de outubro de 2012 | 5
João Gilberto Noll na FALE
A turma de Literatura e Cinema com Noll e Hohlfeldt
O Seminário de Literatura e Cinema, ministrado
pelo professor Antonio Hohlfeldt, teve uma participação muito especial em um de seus encontros.
O escritor João Gilberto Noll foi convidado para
debater com a turma a transposição cinematográfica do seu livro Hotel Atlântico, dirigida por Susana
Amaral.
Noll assistiu ao filme ao lado dos alunos e após
a sessão respondeu questões sobre o seu processo
criativo e a sua visão a respeito das adaptações de
obras literárias para outros suportes.
FALE no mundo
Professor Biagio em eventos na Itália
O professor Biagio D’Angelo esteve visitando a
Itália, no mês de outubro, para marcar presença
em dois importantes eventos. Em Udine, com uma
palestra intitulada L’ossessione autobiografica. Zelia
Gattai e la scrittura della migrazione, o professor
Biagio participou do Congresso Internacional Donne al caleidoscopi, que teve como tema “Riscrittura
dell’identità delle donne nei testi dell’emigrazione
tra l’Italia, le Americhe e l’Australia”. Já em Veneza, Biagio falou sobre Mitocrítica da literatura de
viagem na contemporaneidade aos participantes do
Scritture plurali e viaggi temporali, o Seminario Interuniversitario realizado pela parceria Ca’ Foscari
Venezia — Paris Sorbonne.
FALE por aí
Professores da FALE no Colóquio de Literatura Comparada
Como nos mais diversos eventos na área de humanidades, o V Colóquio Sul de Literatura Comparada evidenciou a crescente aproximação entre
áreas diversas do universo acadêmico. Hoje já não
se concebe o aprofundamento qualitativo de um
tema sem a ampliação do escopo reflexivo que permite a compreensão desse tema em termos de seu
enraizamento histórico e cultural geral, e a postura
de intelectuais que levam a sério essa necessidade
requalifica temáticas clássicas através de incidências de outras formas de pensar a realidade — no
caso — literária.
— Ricardo Timm de Souza,
professor da FALE
6 | Notícias FALE nº 113 | 31 de outubro de 2012
Entre os dias 8 e 10 de outubro os professores da
FALE Biagio D’Angelo, Ricardo de Araújo Barberena e Ricardo Timm de Souza, participaram do V
Colóquio Internacional Sul de Literatura Comparada, promovido pela UFRGS, sob o tema “Fazeres
indisciplinados”.
O professor Biagio proferiu a palestra Vira e
mexe, comparatismo. Do romance total ao comparatismo planetário; o professor Timm participou da
mesa-redonda “Ficções de alteridades” com a fala
intitulada Ficção e realidade da alteridade: Levinas
e a linguagem; e o professor Barberena ministrou o
curso Limiarologia.
A FALE no X Celsul
Durante os dias 24, 25 e 26 de outubro foi realizado o X encontro do Círculo de Estudos Linguísticos
do Sul em Cascavel (PR). O evento, que ocorre a cada dois anos, desde 1965, em um rodízio entre os três
estados do Sul, tem como objetivo a troca de experiência e a exposição das pesquisas linguísticas feitas do
Brasil. Como não poderia ser diferente, a FALE marcou presença. Os professores Jorge Campos da Costa
e Telisa Furnaleto Graeff integraram o comitê científico e a professora Leci Borges Barbisan fez parte da
mesa-redonda sobre Análise linguística, na qual ela problematizou a semântica dos tempos verbais. Além
disso, foram coordenadores de Grupos de Trabalho (GT) os professores Jorge Campos da Costa e Aline
Vanin (que defendeu sua tese no início desse ano).
Professores na mesa-redonda sobre Análise linguística
Papo Inquieto
Mas não apenas os professores da FALE estiveram
presentes, também nossos alunos participaram.
Emiliana Raymundo apresentou pôster Diferenças
descritivas do movimento-wh no programa gerativo; fizeram parte de GTs Aline Vargas (Cyberpragmatics: a pragmática na comunicação virtual), Nanashara Behle (O teatro do absurdo à luz da teoria
da relevância), Rita Angélica de Oliveira Luz (Fundamentos da pragmática na competência de leitura e
compreensão de textos em inglês instrumental frente
às interfaces e inferências da linguística), Daisy Pail
(Palavrões e relevância: a expressividade dos tabus
linguísticos), Fernanda Fritsch (Complementação
verbal em língua inglesa: uma questão semântica),
Lívia Endres (Efeitos semânticos da adição de partículas aspectuais a verbos em língua inglesa), Thais
dos Santos (Prática linguística: uma perspectiva de
interfaces entre psicolinguística e estudos do texto),
Ana Paula Alencastro (O apagamento de vogais em
fronteiras de vocábulos no PE) e Veridiana Caetano
(Compreensão de leitura a luz do teste cloze no ensino médio).
O Papo Inquieto é uma iniciativa da FALE e
da FACE Núcleo Empreendor. O objetivo do
projeto é mostrar que podemos empreender em
diferentes setores na área de Letras.
Para o público e para os professores e alunos
da PUCRS, especialmente da FALE, a entrada
é franca.
Dia 5 de novembro, às 18h30, na sala 305 da
FALE. A atividade vale como hora complementar. Confirme sua presença até o dia 4 pelo email
[email protected]
Agite o papo com as suas perguntas!
Notícias FALE nº 113 | 31 de outubro de 2012| 7
Dica NF
A FALE na Feira
Desde 1955, a Feira do Livro é um dos eventos mais esperados na programação de Porto Alegre. Assim como a chuva, que nunca falha em pegar os
leitores desprevenidos, a FALE é presença garantida nessa grande festa do livro, através de seus professores
e alunos. A cada ano, a Feira toma mais espaço em nossa cidade e em nossas vidas. A cada edição, o espaço
da FALE na Feira é maior. A cada Feira, nos apaixonamos ainda mais pela leitura.
Próximas atrações
L
Feira do
ivro em
1955
Feira do Livro atualmente
Primeiras atrações
No dia 27 de outubro, a professora Regina Kohlrausch mediou um bate-papo entre o escritor J.J. Benitez
e o público sobre sua vida e obra. No mesmo dia, os
professores Luiz Antonio de Assis Brasil e Ana Maria Lisboa de Mello participaram de uma homenagem ao escritor Moacyr Scliar. No dia 29, a professora Maria Eunice Moreira integrou a mesa-redonda
sobre Literatura, comunicação e psicanálise: a importância de levar o debate acadêmico para o público.
Comunique!
Se você participou de algum evento na 58ª Feira do
Livro ou conhece algum colega que tenha participado, comunique ao NF!
Contato NF
Comunique, divulgue, participe:
[email protected]
Coordenação:
Sissa Jacoby
Edição:
Camila Doval
Redação:
Aline Job, Camila Doval, Carolina Lewis,
Daisy Pail, Jonas Saraiva
Diagramação:
Aline Job e Camila Doval
8 | Notícias FALE nº 113 | 31 de outubro de 2012
31 de outubro
Um homem no pampa
Debate com a presença de Assis Brasil
Sala dos Jacarandás - Memorial do RS,17h30
31 de outubro e 1 de novembro
Oficina: introdução ao roteiro cinematográfico, com a doutoranda Camila Gonzatto
Sala A2B2 - Casa de Cultura Mario Quintana,
16h
2 e 9 de novembro
Oficina: encontros sobre o conto, com Charles Kiefer
Sala de Literatura - Casa de Cultura Mario Quintana, 17h30
3 de novembro
O mestrando Augusto Paim participa de debate sobre os novos quadrinhos alemães
Sala dos Jacarandás - Memorial do RS, 19h
Augusto estará, no mesmo dia, participando do lançamento de Baby’s in Black, o quinto Beatle: A história de Astrid Kirchherr e Stuart Sutcliffe, de Arne
Bellstorff
Tenda de Pasárgada,20h
4 de novembro
Oficina de haikai, com a doutoranda Gabriela Silva
Sala A2B2 - Casa de Cultura Mario Quintana, 16h
5 de novembro
Charles kiefer autografa Caminhando na chuva
Praça de Autógrafos, 19h
10 de novembro
Lançamento de Figura na sombra, de Assis Brasil
Praça de Autógrafos, 19h
Debate sobre Aimé Bonpland: uma figura na sombra, com a presença de Assis Brasil
Sala Oeste - Santander Cultural, 18h
Sábados e domingos
Charles Kiefer recebe novos autores para conversa
Banca da Caixa Econômica Federal, 19h
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Hocus-pocus: “Porque este é o meu corpo”