Perfil do Treinador de Base
PÓLO AQUÁTICO
INTRODUÇÃO
 O Pólo Aquático é um meio educativo de grande valor para
as crianças, não só no ponto de vista técnico, mas também na
formação integral da pessoa.
DEVEMOS LEVAR ISSO MUITO A SÉRIO!!!
 A motivação para praticar Pólo Aquático aumenta à medida que
as crianças aprendem novos recursos e habilidades, que
permitem a elas melhorar o nível de jogo e aprender exercícios
mais complexos.
 O que foi dito anteriormente é verdadeiro, quando o processo
de ensinamento e aprendizagem é apoiado em argumentos
pedagógicos.
 Dentro desta perspectiva temos que tentar adaptar o esporte à
pessoa.
 Ensinar Pólo Aquático a crianças de baixa idade é uma tarefa
difícil, mas que dá uma enorme satisfação, quando
constatamos a melhora e o crescimento diário dos jogadores.
 A evolução dos atletas gratifica com sobra a expectativa do
mais exigente dos treinadores.
 O papel do treinador, durante o processo de iniciação no Pólo
Aquático, é muito mais importante do que a maioria dos
treinadores pensam, porque é deles que dependem todas as
atividades que as crianças farão, e a transmissão dos
conhecimentos que os mesmos receberão todo esse tempo.
O TREINADOR
 Se o profissional é sério, estudioso e disciplinado, será capaz de
qualquer coisa.
 A primeira coisa que um treinador tem que fazer é definir os
conteúdos do seu programa de Pólo Aquático e decidir se fará e
como
fará
para
fracioná-lo
e
transmiti-lo
metodologicamente.
 IMPORTANTE: Deve estudar como aprendem os jogadores,
para que possa adaptar o esporte à pessoa - cada criança
aprende diferente da outra.
É muito importante que o treinador as conheça.
Funções do Treinador de Base:
 Procurar que os jogadores se sintam bem e se divirtam com a
atividade.
O objetivo fundamental desse ensino, é que os exercícios de
aprendizagem tenham um leque amplo de opções, para que os
jogadores não fiquem estacionados naqueles que eles dominam
melhor.
Atender por igual a todos os jogadores da equipe.
Transmitir a aceitação dos erros, como um valor fundamental na
prática desportiva
Importantíssimo: reservar um tempo para reflexão sobre a
própria atuação durante o treinamento.
FILOSOFIA DO TREINAMIENTO
 Há que se ter princípios - e que eles estejam bem
claros. Nisso que o treinador vai se apoiar para tomar
decisões a respeito das equipes de base e integrantes.
 É evidente que nem todos os treinadores têm a
mesma filosofia, e que não existe uma única filosofia
para se obter bons resultados, mas podemos
encontrar alguns aspectos básicos sobre como
elaborar nossa própria filosofia de trabalho nas
equipes de base.
FALANDO DE TREINADOR PARA TREINADOR:
1. O interesse pelo jogador tem de estar
sempre em primeiro lugar.
 As decisões que tomamos NÃO devem ser pautadas
somente pelo interesse de vitória, mas pelo que é
melhor para os jogadores.
 A atividade escolar dos jogadores também é
importante. Temos que ajudá-los a conciliar estudos e
treinamento. Quando este problema acontece é,
basicamente, por falta de organização na utilização do
tempo.
2. O treinador ganha respeito dando exemplo.
 Se basearmos nossa autoridade no nosso status de
treinador, estaremos perdendo a credibilidade dos
jogadores.
 Temos que demonstrar na frente de todos que
somos os primeiros a servir a equipe. Dessa forma,
conseguiremos que os jogadores coloquem os
interesses da equipe à frente dos pessoais.
 Se
mostrarmos
autodisciplina
chegando
pontualmente aos treinamentos, preparados e
mostrando entusiasmo durante o trabalho,
podemos exigir o mesmo dos jogadores.
3. Manter sempre a motivação em alta.
 Transmitir os conhecimentos com muita vontade e
entusiasmo, procurando contagiar, com estímulo,
os jogadores, é imprescindível !
 Estarmos preparados para o que pode cair sobre
nós, também é muito importante; pois jamais
podemos afundar.
4. Vigiar a forma de nos relacionar com os
demais – verbalmente e nas atitudes.
 Ter cuidado com a forma de se expressar com os
jogadores, pais, árbitros,...
 Nunca humilhar os jogadores ou permitir que se
sintam mal dentro da sessão de treinamento.
 Nunca castigar um jogador quando ele está
aprendendo. Temos que reforçar o positivo,
transmitindo sentimentos de alta confiança. Se alguma
vez utilizarmos o castigo, que seja por ter quebrado
uma regra ou por algo que já havia sido ensinado
anteriormente.
 Os jogadores não aprendem só em função dos
exercícios que propomos, mas também em função do
entusiasmo que demonstramos.
 Os atletas reconhecem a importância e o significado
dos exercícios e se aplicam, com interesse especial, no
que são solicitados, para nos agradar.
 Geramos grande impacto sobre os jogadores. Eles
costumam aprender conosco antes mesmo de ter
opinião formada. Este é um dos principais motivos
pelo qual temos que vigiar todas as nossas ações e
palavras, já que somos fontes de informação para
eles.
 Assistir a partidas de categorias de base e de alto
nível, com a finalidade de compará-las e avaliar o que
pode ser feito para a melhoria do trabalho que
estamos desenvolvendo. Além disso, dessa forma,
podemos colaborar para a evolução do esporte
 A partir da observação de situações reais de jogo,
podemos elaborar novas tarefas a serem trabalhadas
com os jogadores.
5. Planificar
 Antes de começar a trabalhar, o treinador deve
ordenar todos os conteúdos de Pólo Aquático e
programar quais, quando e de que forma vai aplicar.
 Na pré-temporada tudo tem que estar preparado. É
importante elaborar um programa de treinamento e
introduzi-lo com coerência.
 A capacidade de dirigir uma equipe será determinada
pelo trabalho realizado previamente.
6. Definição dos objetivos.
 Os jogadores têm que saber o que estão fazendo e
porquê. É importante saber o motivo da realização
de determinadas tarefas em vez de, simplesmente,
obedecer e fazer.
 O objetivo tem prioridade sobre as ações, porque
um mesmo objetivo pode ser alcançado por mais de
uma ação.
 Dentro do programa, o treinador tem que se fixar
nos objetivos a serem alcançados.
7. Estar preparado para se anticipar aos
problemas.
 Auxiliar os jogadores na planificação do tempo de
estudo, de tal forma que não deixem de treinar na
época das avaliações escolares.
 Ser criativo, conhecer e aproveitar os recursos
disponíveis e se utilizar do que é possível em dias
de chuva, mal tempo, problemas de manutenção
de piscina, entre outros.
ATUAÇÃO DO TREINADOR DENTRO
DA SESSÃO DE TREINO
Toda a atuação deve ser guiada pela
preocupação com os jogadores
e com a equipe.
I. Antes de começar o treinamento
 Pensar no que vai ser trabalhado e qual situação será
reforçada naquele dia.
 Preparar os exercícios.
 Ter separado o material que vai necessitar.
II. Durante o treinamento teremos atenção com:
 Começar os exercícios e jogos de forma rápida, com
alguma demonstração, se necessário, passando logo
à execução por parte dos jogadores.
 Podemos nos envolver, intencionalmente, nas ações:
os jogadores são os protagonistas e são eles que
determinam o ritmo dos exercícios e encontram as
soluções. É evidente que se algo não der certo,
devemos intervir. No entanto, eles têm que aprender
a se virar sozinhos. É necessário que eles tenham
iniciativa e não demandem tanto da presença do
treinador durante a partida.
 Controlar o tempo de jogo e de participação
individual. Tanto nas partidas como nos exercícios
temos que procurar que todos os jogadores
participem, o máximo de tempo, por igual.
Especialmente nos exercícios, temos que calcular bem
a relação espaço, bolas e jogadores.
 Dar as explicações aos jogadores de forma clara e
objetiva - referir-se diretamente ao que vai ser feito
nos diferentes exercícios > atacante com bola,
atacante sem bola, defensor do jogador com bola,
defensor do jogador sem bola, goleiro.
 Na hora de dar um comando, orientar. Ao invés de:
“Venha para defesa!”, usar uma forma mais concreta:
“Fique entre a bola e o adversário”
 Valorizar a arbitragem como um ponto pedagógico.
 Não dar importância aos resultados. Felicitar os
vencedores e animar os perdedores agradecendo o
esforço realizado.
 Fomentar sempre a responsabilidade, a participação
em grupo, a criatividade, observação, auto-observação
e análises críticas.
III. Depois da sessão de treinamento:
 Analisar como aconteceu, comparando o se pretendia
com o que, de fato, foi realizado.
 Subtrair aquilo que não foi bom durante
treinamento e pensar no que fazer para melhorar.
o
 Fazer uma reflexão sobre nossas próprias reações
durante o treinamento. Corrigir aquelas que não são
próprias para um professor. Assim, é possível não
reagir de maneira autoritária, não fazer uso da
autoridade como único recurso, mas nos preparar
psicologicamente e de maneira variável para cada
ocasião.
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