Departamento de Engenharia Química e Biológica Laboratórios Abertos Polímeros e Novos Materiais A Química do Supermercado Investigação criminal em câmara escura Química Sustentável Genes e Genomas Como se produzem as Proteínas Terapêuticas? Biotecnologia das Plantas na Protecção do Ambiente 5-16 de Fevereiro de 2007 - 10 h às 16 h Patrocínios: Instituto Superior Técnico - Av. Rovisco Pais - 1049-001 Lisboa Telefone 218419184 – Fax 218417426 – [email protected] – http://dequim.ist.utl.pt/visitantes Departamento de Engenharia Química e Biológica Laboratórios Abertos 2007 MÓDULO 1 ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Química do Supermercado Investigação Criminal na Câmara Escura Polímeros e Novos Materiais: Como se Fazem como se Transformam? Química Sustentável Experiências com Azoto Líquido (baixando a temperatura a -196°C) Laboratório Sensorial Laboratórios Abertos 2007 Departamento de Engenharia Química e Biológica A QUÍMICA DO SUPERMERCADO 1 – Análise Sensorial Os receptores sensoriais do paladar são as papilas gustativas, que se situam essencialmente na língua e detectam os 4 gostos básicos (doce, amargo, ácido e salgado) em zonas distintas. Os alunos vão testar a sua acuidade gustativa com 4 soluções não identificadas. 2 – Paleta de cores – a couve roxa Graças às propriedades das antocianinas, é possível utilizar um extracto alcoólico de couve roxa como indicador de pH de diversos produtos comercializados no supermercado (limão, vinagre, lixívia, água mineral, pasta de dentes, detergente e fermento). 3 – Presença de amido e açúcares redutores em alimentos Aplicação do teste de Benedict para identificação de açúcares redutores ou adição de tintura de iodo para verificar a presença de amido em diversos produtos alimentares (bolachas, massas, cereais, sumos). 4 – Reacção-relógio da vitamina C Os alunos vão estudar a cinética da reacção de um comprimido efervescente de vitamina C com tintura de iodo e água oxigenada na presença de Maizena (amido). 5 – Incompatibilidade das lixívias Os alunos vão entender porque não devem nunca misturar uma lixívia com a sua correspondente versão “Gentil”. Ao misturar as duas lixívias desencadeia-se uma reacção de oxidação-redução com libertação de gases, um deles tóxico (cloro). Laboratórios Abertos 2007 Departamento de Engenharia Química e Biológica CÂMARA ESCURA – Um pouco de investigação criminal... 1 – Triboluminescência Explicação do fenómeno de triboluminescência e exemplificação mediante a fricção de duas pedras entre si. Este fenómeno também é observado com alguns tipos de rebuçados. 2 – Fluorescência Explicação do fenómeno da fluorescência mediante a incidência de luz ultravioleta numa garrafa de água tónica ou num extracto de clorofila de espinafre. Em termos de investigação criminal, é analisada a aplicação deste fenómeno na verificação da validade de papel-moeda e de diversos documentos. 3 – Quimiluminescência Exemplificação de um fenómeno de quimiluminescência através da reacção de oxidação do luminol. Trata-se de uma reacção utilizada frequentemente em cenas de crime para detectar vestígios de sangue. Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica POLÍMEROS E NOVOS MATERIAIS: COMO SE FAZEM COMO SE TRANSFORMAM? Descrição das experiências laboratoriais 1. Preparação de polímeros: fio de nylon e poliuretanos. É feita a demonstração da preparação do fio de nylon e da espuma de poliuretano. 2. Corrosão de metais Os alunos realizarão várias pequenas experiências que permitem “visualizar” os processos envolvidos na corrosão de pregos de ferro e ainda como implementar métodos de protecção. 3. Formas de carbono “Visita” guiada às diferentes formas alotrópicas do carbono: grafite, diamante, fulerenos e nanotubos. Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica PROCESSOS QUÍMICOS SUSTENTÁVEIS Trabalhos expostos 1. 2. 3. 4. 5. Desenvolvimento de Catalisadores para Tratamento dos Gases de Combustão / Escape dos Automóveis Produção de Biodiesel a partir de Óleos de Fritura Usados. Processos com Membranas para Tratamento de Águas /Efluentes Aplicação de Polímeros Super-Absorventes para Tratamento de Efluentes Utilização de espumas de poliésteres de célula aberta com características hidrofóbicas capaz de conter e absorver derrames de petróleo no mar Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica EXPERIÊNCIAS COM AZOTO LíQUIDO (baixando a temperatura a - 196 ºC) Esta é a temperatura de ebulição normal do azoto, N2, elemento que no estado gasoso existe na composição do ar que respiramos. Como se obtém este gás liquefeito? O porquê da sua utilização? Qual o efeito de temperaturas tão baixas nas substâncias que nos rodeiam? Quais as precauções a tomar ao trabalhar em laboratório nestas condições? Responder a estas questões é um dos objectivos desta série de experiências tão populares, embora pouco acessíveis nas escolas. 1- O estado gasoso: a equação dos gases perfeitos Balões cheios de ar, mergulhados em N2 (l), contraem-se. Retiram-se do azoto, o ar expande-se e voltam ao seu volume original. A repetição destes ciclos origina o rebentamento do balão. 2- Congelação rápida (a) Mergulham-se em N2 (l), flores, folhas, frutos, pedaços de borracha, tornando-os rígidos e quebradiços. (b) Prega-se um prego numa tábua com uma banana congelada. (c) Observase a condensação de água nas paredes do recipiente que contém N2 (l) seguindo-se a formação de gelo. (d) Nuvens frias espalham-se no ar. 3- A chaleira ruidosa Ao passar ao estado gasoso dentro de uma chaleira, o azoto provoca o seu apito estridente. 4- Benfica, Porto e Sporting: Qual rebenta primeiro? O azoto líquido contido em Kitasatos ligados a balões coloridos passa ao estado gasoso, expande-se e rebenta os balões proporcionando uma brincadeira divertida. 5- Apoteose final Misturam-se N2 (l), água quente, um pouco de detergente e um corante. Formam-se bolhas e espumas libertando espessas nuvens brancas. Lança-se azoto líquido para o chão, provocando a formação de nuvens frias. Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica VIAGEM AO INTERIOR DA MATÉRIA Podemos continuar a apreciar a Natureza tal como ela se nos apresenta. Isso não custa muito a fazer, basta manter os olhos bem abertos. Porém, graças ao desenvolvimento científico e tecnológico, podemos fazer muito mais... Com uma lupa esteroscópica comum, a nossa visão dos objectos é ampliada até cem vezes o seu tamanho. Se usarmos um simples microscópio, chegamos facilmente a ampliações superiores a 400 vezes e assim, sucessivamente, à medida que o nosso método de observação se torna mais sofisticado. Se formos mais ambiciosos, a nossa curiosidade levar–nos-á muito mais longe! Podemos penetrar nos puzzles das redes cristalinas dos cristais, ampliando-as 108 vezes, passando do angström ao centímetro. Nesta exposição iremos observar amostras coloridas de cristais que facilmente poderás aprender a fazer no teu Laboratório de Química, usando rochas e conchas para estimular o seu crescimento. Mas poderás também observar os modelos rigorosos das suas redes cristalinas, construídas por cientistas a partir de estudos de cristalografia por difracção de raios X. Vem, junta-te a nós, para aprenderes a observar pelos olhos de um químico e descobrir segredos guardados nas estruturas dos complexos... Alguns cristais de compostos de coordenação e outros, que vais observar: Sufato de cobre penta-hidratado, acetato de cobre e cálcio hexa-hidratado, ferricianeto de potássio, alúmen de potássio (figura de cima, estrutura em baixo), sulfato duplo de cobre e potássio hexa-hidratado, tartarato de sódio e potássio tetra-hidratado, di-hidrogenofosfato de potássio (lupa), enxofre, glicina, etc. Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica CONSULTÓRIO DE QUÍMICA Pretende-se, com este consultório, fomentar a colaboração com os professores de Química do ensino básico ao secundário, com o objectivo de desenvolver parcerias para a realização de acções de formação, colaboração em projectos, organização de exposições, feiras, clubes de Ciência e outras actividades dirigidas para os novos conteúdos programáticos das cadeiras de Química. Este primeiro consutório será orientado para o ensino da Química Inorgânica, Analítica, Química dos Elementos, QuímicaFísica e Termodinâmica. Os utentes poderão consultar bibliografia e Bancos de Imagem relativos a experiências desenvolvidas no âmbito de projectos FOCO, Ciência Viva e outros que fazem parte do programa de laboratório de algumas disciplinas do DEQB. Listagem de algumas experiências Estado sólido: Crescimento de cristais sobre suportes rugosos (nucleação heterogénea) e outros métodos de crescimento de cristais envolvendo compostos de coordenação de metais, outros compostos e elementos. Estruturas de redes cristalinas de compostos de coordenação, metais, outros elementos e compostos Jardins de sílica Preparação de polímeros Estado líquido : Bolas de sabão gigantes, poliedros de sabão, reacções em solução aquosa: redox, aplicação de potenciais de redução, previsão da reactividade de pares redox, série electroquímica, pilhas galvânicas ácido –base, precipitação e complexação Estado gasoso: mudanças de estado, experiências com neve carbónica e azoto líquido sua interpretação termodinâmica, fogos químicos, etc. Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica Endereços de Química para consulta http://neon.chem.ox.ac.uk/vrchemistry/ http://neon.chem.ox.ac.uk/vrchemistry/complex/default.html http://www.chem.ox.ac.uk/vrchemistry/livechem/transitionmetals_content.html http://resources.schoolscience.co.uk/Exxonmobil/infobank/4/flash/distillation.html http://www.greener-industry.org/ http://www.chem.uiuc.edu/kelterdemos/demos.htm http://chemed.chem.purdue.edu/demos/#Ch5 http://www.chem.uiuc.edu/clcwebsite/demos.html http://www.ciec.org.uk/industry/index.htm Departamento de Engenharia Química e Biológica Laboratórios Abertos 2007 MÓDULO 2 ¾ Genes e Genomas ¾ Como se Produzem as Proteínas Terapêuticas? ¾ A Biotecnologia das Plantas na Protecção do Ambiente Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica A MICROBIOLOGIA E A SEQUENCIAÇÃO DE GENOMAS Descrição das experiências laboratoriais 1 - Coloração e observação microscópica de bactérias do iogurte Os alunos aplicarão a técnica de coloração de Gram a uma amostra de iogurte e farão a observação em microscópio óptico. 2 - Produção de um polissacárido extracelular de interesse industrial Os alunos tomarão contacto com culturas bacterianas em diferentes fases do crescimento e observarão a alteração da viscosidade do meio de cultura devido à produção de gelano, um polissacárido extracelular com várias aplicações na indústria alimentar e farmacêutica. Procederão ainda à extracção do polímero do meio de fermentação por precipitação com etanol. 3 – Extracção e visualização de moléculas de DNA em gel de agarose Será feita pelos alunos uma extracção rápida de DNA a partir de uma cultura de Escherichia coli. Será fornecida informação sobre a utilização de enzimas de restrição na análise de moléculas de DNA. Serão observadas moléculas de DNA, previamente separadas por electroforese em gel de agarose. 4 – A sequenciação de genomas e sua anotação Os alunos tomarão contacto, por recurso a bases de dados e programas computacionais disponíveis na web, à sequencia completa de genomas (material genético total de um organismo), composto por um alfabeto de 4 letras (A, T, G, C). Estas representam as 4 bases azotadas (adenina-A, timina-T, citosina-C e guanina-G) que integram os 4 nucleotídeos, que são as unidades constituintes de cada uma das duas cadeia polinucleotídicas da molécula de DNA (DeoxyriboNucleicAcid), a qual funciona como o repositório de toda informação necessária ao funcionamento do organismo. T A C G Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica PRODUÇÃO E PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS TERAPÊUTICAS Descrição das experiências laboratoriais A produção de grandes quantidades de proteínas com aplicações terapêuticas (p. ex. insulina, vacina da hepatite B, etc...) é uma realidade actual graças aos desenvolvimentos da Biotecnologia Moderna. Utilizando técnicas de recombinação de DNA, é possível modificar microrganismos (p. ex. bactérias, leveduras, etc...) de forma a “programá-los” para produzir uma proteína específica. No Sub-Módulo 2 da demonstração pretende-se ilustrar o processo de produção de uma proteína terapêutica. Como exemplo será mostrada a estrutura molecular da proteína INSULINA e o esquema de um PROCESSO completo para a sua produção. Seguidamente, será Ilustrado à escala laboratorial um processo de PRODUÇÃO de uma proteína terapêutica por cultivo celular de um microrganismo (levedura), a SEPARAÇÃO da proteína (extracelular) das células obtidas, por microfiltração, e a sua PURIFICAÇÃO e CONCENTRAÇÃO por precipitação. . INSULINA Laboratórios Abertos Departamento de Engenharia Química e Biológica A BIOTECNOLOGIA NA PROTECÇÃO DO AMBIENTE Descrição das experiências laboratoriais Operação de um modelo laboratorial de um biorreactor de despoluição de águas residuais 1 – O biorreactor no seu contexto de aplicação Uma ETAR e o lugar do biorreactor; o que são lamas activadas; a operação em contínuo e por ciclos; o consórcio microbiano activo - bactérias em flocos/filamentos e protozoários (apresentação com auxílio de diagramas, fotografias e animações – poster e computador). 2 – O modelo laboratorial de biorreactor Apresentação do modelo reduzido em operação na bancada; observação de pequenos filmes, em computador, com as várias fases do ciclo de operação; paragem da operação para sedimentação das lamas; observação, no computador, do decréscimo do valor de potencial de oxidação-redução, que indica a redução de disponibilidade de oxigénio no reactor. 3 – Observação das lamas – os microrganismos que despoluem Colheita de amostras de lamas e observação ao microscópio; identificação de flocos, filamentos e protozoários por comparação com desenhos e fotografias (poster/computador). 4 – Medida da concentração de açúcares no biorreactor – verificar a despoluição Colheita de amostras do líquido e aplicação de um teste químico para detecção de açúcares; explicação do teste e exibição dos resultados obtidos ao longo do ciclo do biorreactor; verificação do resultado da análise às amostras colhidas e identificação da fase do ciclo em que o biorreactor está.