Escola Bíblica
O
mestre
e
o
Discipulo
LC 16 Fevereiro 4, 2012
Ministrante: Pr. Valdison B. Neves – Typist: Alice Manzini
Conteúdo
Base Bíblica: João 21.1.24
I.
Discipular é ensinar a obedecer
II.
Discipular é estar preente
III.
Discipular é crer
IV.
Discipular é falar a verdade em amor
V.
Discipular é lançar alguém para o futuro
Introdução
Ao encerrarmos esta série de lições sobre o discipulado
cristão, relembramos o tão conhecido encontro entre Jesus e
Pedro. Na verdade, trata-se de um reencontro entre o Mestre
e o discípulo. Os detalhes do diálogo servem de princípios
para a prática do discipulado.
I. Discipular é ensinar a obedecer
Pedro precisava aprender a obedecer. Ele falava em obedecer (Mt 26.33-35), mas
ainda tinha muito que aprender (Mt 26.69-75). Discipular é mais que ensinar.
Poderíamos dizer que discipular é ``ensinar a guardar´´(Mt 28.18-20). Em que
sentido ``ensinar a guardar´´ é mais do que ``ensinar´´? ``Ensinar a guardar´´ é o
mesmo que ``ensinar a obedecer´´. Ensinar a obediência. Em 2Timóteo 3.16 lemos
que a Escritura é útil para:
1. Ensinar – transmitir conhecimento – por exemplo: ``Fale a verdade´´;
2. Repreender – denunciar o desvio: ``Atenção você está mentindo agora!´´;
3. Corrigir – promover a restauração: ``Agora você precisa arrepender-se diante
de Deus, confessar seu pecado a Ele e restaurar a verdade com seu próximo´´;
4. Instruir na Justiça – formar novo valor de caráter na área – se todo esse
processo (ensino, repreensão e correção bíblicas) resultar em novo padrão de
caráter, novo estilo de vida, novo compromisso com a verdade, podemos dizer
que o “aluno de Bíblia” é um “discípulo de Cristo”. Assim, estaremos “fazendo
discípulos”, mais do que ensinando a Bíblia. Estaremos “ensinando a
obedecer”, mais do que transmitindo conhecimento teológico.
A Escritura é poderosa e eficaz para nos ensinar a obedecer a Deus. Pedro
aprendeu que precisava guardar as palavras de seu Mestre, que são as mesmas
que temos no Novo Testamento.
3. Discipulado é o processo de educar
Eduacar é mais que trasmitir conhecimento; é ensinar os outros como
aprender. Interessante notar que o verbo “educar” tem sua raiz no latim
educare: “criar, amamentar”. Mas também significa “levar para fora”, no
sentido de “conduzir de um estado a outro, modificar”.
Diz-se que só educação acontece ondeconsegue influenciar o curso da
existência de alguém, onde se modela ou se molda a história de uma
pessoa. “Educação é o processo de desenvolvimento integral do homem.
Educar é preparar para a vida”(Maria Lucia de ArrudaAranha, Filosofia da
Educação, São Paulo: Moderna, p.51). Pergunte a si mesmo se o seu
discipulado está fazendo isto, porque em 2Timóteo 3.16 o apóstolo
afirmou que toda Escritura é útil para a educação na justiça.
II. Discipular é estar presente - (Jo 21.1-5)
Jesus ``tornou a manifestar-se´´, se faz presente num momento informal e
significativo ao ofício do discípulo (``ao clarear da madrugada´´ -v.4); dentro
do contexto profissional em questão – a praia.
Assim é o discipulado. Aquele que é mais experiente na fé tem de estar
disposto a acompanhar alguém menos experiente (1Co 4.16; 11.1; Ef 5.1; Fp
3.17; 1Ts 1.6; 2.14; Hb 6.12), a fim de servir de ``molde´´ para um ``novo
caráter´´.
Pedro estava identificando um caráter comprometido: estava pensando em
``olhar par trás´´ (v.3 - ``vou pescar´´). Estava avaliando a possibilidade de
voltar ás redes que havia abandonado para tornar-se um ``pescador de
homens´´. Aí é que um ex-carpinteiro aparece para influenciar um expescador a desistir da ideia do antigo ofício para abraçar de vez o ministério
do discipulado.
Pessoas com faróis virados para trás são doentes. Para trás, apenas
retrovisores são suficientes. Pessoas ``presas ao passado´´ - crentes e não
crentes – precisam de discipuladores que se façam presentes e os
orientem, a fim de fazê-los olhar para frente (Fp 3.12-14).
Se você não tem tempo para aparecer (``frequentar a praia´´) e se
aproximar dos seus discípulos, é melhor repensar seu próprio discipulado.
Note a insistência com que este discipulador-mestre aparece (v.14).
III.Discipular é crer - (Jo 21.6-14)
Toda vez que um bom discipulador se dedica a um discípulo, os céus se alinham á
terra e as coisas hão de acontecer (Mt 16.19).
Quem é discípilo de Jesus sempre tem algo a oferecer em termos de ensino. Quem,
de fato, anda com Cristo tem conteúdo. O discípulador anda com o Mestre dos
mestres. Tem algo a dizer, tem testemunho a dar, não dele mesmo, mas daquele
que o magnetizou com Seu poder.
Paremos um instante e lejamos João 4.39. Por que os samaritanos creram?
Poderíamos dizer: porque constataram sinias e perceberam o poder de Jesus,
através da mulher com quem Ele conversou. Ela era a testemunha viva, através de
seu depoimento do poder do Senhor. Ele (Jesus) e ela (a mulher) foram um espelho
do poder de Deus. Isso é discipulado, e para discipular é preciso ``experimentar e
crer´´ no poder que Jesus tem de mudar as pessoas.
Se você não acredita que alguém pode ser uma pessoa como João
Babtista, José do Egito, Daniel, Ester ou Rute, então não vá discipular. Se
você exprime sinais do caráter de Cristo, vá e discipule alguém, em nome
de Jesus. Se não há sinais do caráter de Cristo em seu caráter, não tente
exercer este papel. Questione, primeiro, sua relação com o Senhor e veja se
não é você a pessoa que está precisando ser discipulada!
IV. Discipular é falar a verdade em amor (Jo 21.15-17)
Este diálogo entre Jesus e Pedro é bastante conhecido, por isso podemos ir
direto ao assunto. Jesus estava fazendo com que o ``amor´´, o elo fundamental
entre um discípulo e seu Mestre, entrasse em ação novamente.É difícil imaginar
que Pedro fosse fingido o suficiente para continar agindo como o falastrão de
sempre. Ele havia negado a Jesus recentemente, depois de ter sido claramente
advertido. Do rescaldo dessa conversa terrível entre um discipulador sábio,
amoroso, porém honesto e verdadeiro, surgiu um discípulo humilde e verdadeiro,
surgiu um discípulo: da aplicação bem temperada da verdade e do amor (Pv
16.6).
O discipulador precisa ter autoridade para tocar na ferida. Veja os
seguintes exemplos e observe que Jesus tratou sobre o último assunto
que cada um dos seus interlocutores queria conversas.
Com Nicodemos Jesus tratou sobre o conteúdo, não a forma da
salvação (Jo 3.3-5);
Com a mulher samaritana o Mestre abordou a sua vida conjugal (jo
4.16);
Com o repaz Jesus antingiu seu ponto Fraco: dinheiro (Mt 19.21-22).
Só Deus sabe tocar na ferida com amor; só Ele é capaz de distinguir
entre o ser humano e seus atos: odiar o pecado e amar o pecador. O
discípulo de Jesus pode, pelo menos, tentar imitá-Lo.
V. Discipular é lançar alguém para o futuro (Jo 21.18-24)
O discipulador (modelado em Jesus) lança o discípulo ao futuro com
honestidade em relação ao custo do discipulado e com fé. O discípilo em
quesrão – Pedro – haveria de ``glorificar´´ a Deus (v. 19).
Sabemos quem é Billy Graham, mas quem o lançou ao ministério?
Sabemos quem foi Spurgoen, mas quem o discipulo? Sabemos que são
os ícones do evangelho genuine hoje, mas quem cuidou deles quando
estavam prestes a ``olhar pra trás´´? Quem apareceu na hora do perigo?
Quem creu? Quem falou a verdade em amor e quem os lançou impondo
sobre eles as mãos? Estes, normalmente, a gente não conhece, mas
Jesus conhexe e não deixará sem galardão.
Envolvimento pessoal é uma chave precoisa no processo de fazer
discípulos. Percebemos neste reencontro de Jesus com Pedro que o
verdadeiro discipulado não nos permite ficar apenas na superfície. Por isso
é que muitos evitam o discipulado, porque envolve custo, gasto. Todavia,
os resultados são compensadores. Quem foi Pedro? Alguém que recebeu
de Jesus as chaves do reino dos céus (Mt 16.18-19). E você ainda acha
isso pouco?
Conclusão
Comparando João 21.25 com Atos 1.1 concluímos que os discípulos
cumpriram a profecia de Jesus em João 14.12 – o discípulo, em certo
sentido, faz obras maiores do que o discipulador. Há mais conversões
registradas em Atos do que em João. Os discípulos, bem instruídos
ultrapassan seus mestres.
D e u s
a b e n ç õ e
v o c ê s !
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Escola Bíblica Discípulo, Um Discipulador