Você SERVIDOR Publicação conjunta das Secretarias da Administração (SAEB) e de Comunicação (SECOM) no 08 ano 3 setembro 2011 Os ecotimes entram em campo Equipes formadas por servidores partem para o ataque ao desperdício de água e energia. Saiba como participar. Uma seleção contra o desperdício você servidor 2 Um time vencedor está em campo no serviço público estadual. Formada por servidores de várias secretarias, a equipe dos ecotimes está em sintonia com a questão ambiental, cada vez mais urgente em todo o planeta, e também contribui para qualificar os gastos do Estado com água e energia. Esta edição, que marca a retomada do jornal Você Servidor, destaca esse grande trabalho coordenado que já tem resultados palpáveis e demonstra claramente o quanto é possível fazer quando as pessoas se juntam em prol do objetivo comum. E aproveitamos para fazer um convite: você, que é servidor público estadual, pode aderir na hora que quiser. Entrar para um ecotime é uma possibilidade, mas é possível contribuir também se ficar de olho no desperdício, apoiando este esforço pela preservação dos recursos naturais. Deste ponto de vista, aliás, não será exagero afirmarmos que todo o funcionalismo estadual pode atuar como um grande e afinado ecotime. E então, que tal dar uma lida nas histórias interessantes que contamos a seguir? * Prêmios para o servidor têm 246 inscritos de todas as regiões R ecorde no Prêmio Boas Práticas, com 136 casos. Maior número de participantes no Prêmio Servidor Cidadão dos últimos sete anos, com 110 iniciativas inscritas. Ao todo, são 246 inscrições registradas este ano para concorrer aos prêmios criados para estimular práticas de inovação e de voluntariado entre os servidores públicos estaduais. Mais que os números, vale ressaltar a diversidade no perfil dos concorrentes, que atuam em dezenas de municípios de todas as regiões da Bahia e representam quase todas as secretarias do Poder Executivo, além dos poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública. No Prêmio Boas Práticas, o número de inscritos em 2011 é quase quatro vezes maior que o da primeira edição em 2009, quando foram registrados 36 concorrentes. Em relação a 2010 houve um crescimento de 23%. No que diz respeito à diversificação, um dado curioso: são do interior do Estado 68 experiências inscritas, que equivalem a rigorosamente metade dos concorrentes. A comissão julgadora do Boas Práticas deverá, assim, avaliar relatos de inovação nas práticas de trabalho desenvolvidos por servidores públicos de cidades como Casa Nova (Norte), Barreiras (Oeste), Brumado (Sudoeste), Porto Seguro (Extremo Sul), Lençóis (Chapada Diamantina), Entre Rios (Litoral Norte), Lauro de Freitas (Região Metropolitana de Salvador). Itabuna, no Sul do Estado, reúne o maior número de concorrentes do interior, com dez trabalhos inscritos. Somando-se Feira de Santana e Salvador, são ao todo 27 municípios representados. Já no Prêmio Servidor Cidadão, que reúne experiências de voluntariado, os 110 inscritos em 2011 equivalem a um acréscimo de 58% com relação aos 69 do ano passado. A capital leva ligeira vantagem, com 58 experiências inscritas. Em compensação, o número de participantes do interior ficou ainda mais pulverizado e ampliará o trabalho dos jurados: servidores de 37 municípios estão na disputa, de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul, a Paulo Afonso, no Norte; de Feira de Santana a Barreiras, passando por Palmeiras (Chapada), Jequié (Sudoeste), Cachoeira (Recôncavo), Camaçari (RMS) e Ilhéus (Sul). No caso do Servidor Cidadão, destaque ainda para o grande volume de relatos provenientes de algumas secretarias. Por concentrarem o maior número de servidores em seus quadros, Segurança Pública, com 32 trabalhos inscritos, Educação, com 28, e Saúde, com nove, respondem por mais da metade dos concorrentes ao prêmio este ano. O secretário da Administração, Manoel Vitório, ressalta que o grande número de participantes é um indicador da relevância dos prêmios. “Esses números em todo o Estado representam a consolidação dos prêmios, que foram criados para estimular a iniciativa dos servidores, tanto no sentido de melhorar o desempenho no ambiente de trabalho, quanto no de exercer a cidadania e a solidariedade”, afirma. Vencedores de 2010 O policial militar Clóvis Souza, com o trabalho desenvolvido à frente da Filarmônica de Saubara, foi o grande vencedor em 2010 do Prêmio Servidor Cidadão, fazendo jus ao primeiro lugar. Outro destaque foi Maria Elisa Alves, também da Secretaria de Segurança Pública, que ficou em quarto lugar mas acabou conquistando também o prêmio especial: a Creche Escola Comunitária Nossa Senhora da Conceição, no Bairro da Paz, recebeu assim o prêmio destinado pelo Servidor Cidadão à instituição de maior relevância entre os vencedores. Os outros vencedores foram Delma Britto (SEC/Barreiras), que ficou segundo lugar; Suzana Aboim (Setre/Morro do Chapéu), que ficou em terceiro; e Cláudio Roberto Nascimento (SSP/Jequié), quinto lugar. As menções honrosas foram para Marcelo Silva Santana (SSP/PM), Edenilda Magalhães Rodrigues (SEC), Maria do Planto Santos (SEC), Rosania Maria Sacramento de Amorim (SEC) e Ana Paula Mota do Nascimento (Setre). Os prêmios em dinheiro distribuídos pelo Servidor Cidadão variam entre R$ 10 mil, para o primeiro lugar e a premiação especial, e R$ 1 mil, para cada menção honrosa. O Prêmio Boas Práticas, por sua vez, destacou dez experiências exitosas de inovação no ambiente de trabalho. Essas experiências foram representadas pelos servidores Hérmeson Elói (SEC/Santa Inês), Rosilene Correia (SSP/ Vitória da Conquista), Hildiberto Oliveira (SSP/Medeiros Neto), Celidalva Souza Reis (SEC/Conceição do Almeida), e, de Salvador, Maria do Rosário Passos (Tribunal de Justiça), Bento Ribeiro Filho (Sema), Jorge Guena (Assembleia Legislativa), Josemar Silva da Cruz (SSP), José Roberval de Oliveira (Sesab) e Maria Regina dos Anjos (SEC). Até o ano passado, o Boas Práticas não era concedido em dinheiro, mas na forma de atividade de capacitação, e por isso não estabelecia vencedores entre os dez finalistas. A partir deste ano, com alteração no regulamento, o Boas Práticas também será pago em dinheiro: R$ 10 mil para o primeiro colocado, R$ 7 mil para o segundo, R$ 5 mil para o terceiro, R$ 3 mil para o quarto e R$ 2 mil para o quinto, e ainda R$ 1 mil para cada uma das experiências a serem contempladas com menção honrosa. 3 você servidor editorial P você servidor 4 iscinas ornamentais esvaziadas, lavagens de carro proibidas, manutenção rigorosa de sistemas hidráulicos, captação de chuva, observação sistemática e diária do consumo e, o mais importante, a busca da conscientização sobre o uso racional da água, recurso que a cada dia fica mais escasso no planeta. Os prédios do Centro Administrativo da Bahia são alvos desta blitz ecológica desde 2008, quando a Secretaria da Administração do Estado (Saeb), em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), lançou o Programa de Racionalização do Consumo de Água e Energia, mobilizando servidores públicos para o monitoramento das contas de consumo. De lá para cá, o Estado economizou R$ 766 mil e deixou de gastar 48 mil metros cúbicos de água, o que equivale a 19 piscinas olímpicas. As finanças públicas agradecem e, sobretudo, a natureza. Por Antenor: o primeiro passo do Derba foi corrigir os vazamentos detrás de tão expressivos resultados estão servidores obstinados e comprometidos com esta causa cidadã, integrando unidades de ação que passaram a ser chamadas de Ecotimes. Na prática, um grande ecotime formado hoje por 85 homens e mulheres de diversas pastas e atribuições que, juntos, buscam não apenas qualificar os gastos do Governo da Bahia, mas também contribuir para o equilíbrio ecológico. Eles perseguem o cumprimento das metas de economia no consumo de água e energia mediante a verificação dos hábitos de utilização e também conscientizando o corpo funcional. Uma das primeiras medidas foi esvaziar as duas piscinas ornamentais que ficam em frente da Secretaria da Fazenda. Jéferson Batista Pires, Coordenador de Serviços Gerais da Sefaz Neste caso, cortar na própria carne não dói. “Uma das primeiras medidas foi esvaziar as duas piscinas ornamentais que ficam em frente ao prédio da Secretaria da Fazenda”, conta Jéferson Batista Pires, da Coordenação de Serviços Gerais do órgão, que há dois anos integra o programa, junto com mais 10 pessoas da Sefaz. As piscinas geravam um custo de R$ 10 mil por mês, pois havia peixes e a água tinha que ser renovada periodicamente. Neste período, o Ecotime da Fazenda empreendeu profunda intervenção na infraestrutura hidráulica do prédio. “Substituímos as torneiras rotatórias pelas de pressão e verificamos todas as descargas e os possíveis vazamentos”, lembra Pires. O resultado foi a redução do consumo de 8,2 mil litros de água registrado no primeiro semestre de 2008 para 2,8 mil litros no mesmo período deste ano, um decréscimo de 66%. Do ponto de vista financeiro, comparando-se os mesmos períodos, a despesa caiu de R$ 129 mil para cerca de R$ 51 mil. “Foi uma intervenção dura, pois até as torneiras dos jardins foram retiradas. Acabamos com as lavagens de carros aqui”, afirma. A atuação do Ecotime no Departamento de Infra-Estrutura de Transportes da Bahia (Derba) não foi diferente. No final do primeiro semestre de 2008, o prédio do órgão registrava o consumo de 8,4 mil litros de água. No mesmo período deste ano os registros apontaram 2,1 mil litros. “O primeiro passo foi localizar e corrigir os vazamentos. Depois verificamos as pias, vasos e lavatórios para certificar do funcionamento adequado desses equipamentos”, explica o técnico administrativo Antenor Dantas de Andrade, que junto com seu colega Robson Walsh Bastos, coordenador de Serviços Gerais, entende que o “O lha ali, está sangrando por conta da chuva, são mil litros de água nesse tanque para utilizar aqui no prédio”, dispara Godofredo Bandeira antes mesmo de cumprimentar o repórter. Coordenador de Serviços Gerais da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Bandeira mostrava, com orgulho, o tanque instalado na área lateral do prédio da SSP para captação de água pluvial destinada a ações como lavagem de veículos públicos. “Entrei de corpo e alma nesse trabalho”, fala com entusiasmo o servidor, que se apresenta como um soldado na cruzada contra o desperdício de água. Na SSP, Bandeira e os colegas Ivisson Viana, Maria Teresa Néri e Edvaldo Amaral formam a linha de frente do Ecotime do órgão. São os responsáveis pela redução de 58% no consumo de água do prédio na comparação entre o acumulado do primeiro semestre de 2008 e o mesmo período deste ano, o que significou uma redução de despesas para o Estado, neste mesmo intervalo, de R$ 52 mil para R$ 12 mil. “Não fizemos nenhuma obra de engenharia, apenas trocas de torneiras e redutores de vazão, além do trabalho de conscientização”, afirma o servidor. Mas não foi uma tarefa fácil. Godofredo Bandeira recorda de boicotes e retaliações por parte de colegas. “Deixavam as torneiras abertas propositadamente”, lembra. Uma atitude que, para ele, só o estimulou a abraçar com mais ênfase o trabalho, “principalmente depois da palestra do professor Asher, da UFBA, que nos despertou para a importância do consumo racional da água”. Bandeira refere-se a Asher Kiperstok, coordenador da Rede de Tecnologias continua na página 6 O Estado R$ 766 m economizou il gastar 48 e deixou de m cúbicos d il metros e água Antenor Peixoto Godofredo: experiência levada para casa Limpas e Minimização de Resíduos, projeto sediado no Departamento de Engenharia Ambiental da UFBA, responsável pelo monitoramento dos Ecotimes. Leia entrevista na página 7. Para Godofredo Bandeira, atuar no Ecotime é labuta diária, de domingo a domingo. “Não há um dia em que não seja feita medição”, garante. E como casa de ferreiro não pode ter espeto de pau, ele diz que passou a reproduzir a mesma atuação em sua residência, com o consumo de água e luz. “Já cheguei a pagar R$ 500 de energia e baixei para R$ 280”, afirma, confirmando com a conta da concessionária à mão. 5 você servidor Blitz ecológica nos prédios do CAB Água da chuva economiza recursos naturais e financeiros Entrevista: Asher Kiperstok Por uma cultura da sustentabilidade gente não usa a tecnologia com todo o seu potencial, se a gente não deseja, não sabe por que tem que ser usada. Professor Francisco Lessa, ao centro, com integrantes da Teclim você servidor 6 Projeto une pesquisadores da UFBa e servidores públicos A Mobilização é determinante. Robson Walsh Bastos, Coordenador de Serviços Gerais da Derba sala é ampla, não há luzes nem aparelhos de arcondicionado ligados, a ventilação é pra lá de agradável e a iluminação natural domina o ambiente, onde quase não se encontra papéis. É assim o quartel general do Teclim – Redes de Tecnologias Limpas, núcleo de trabalho ligado ao Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da UFBa e responsável pelo monitoramento dos Ecotimes no Governo do Estado, que atua há quase 11 anos na construção do desenvolvimento sustentável e ecologicamente correto. No projeto, 119 pessoas, entre professores, pesquisadores e bolsistas de graduação e pós-graduação atuam no monitoramento de diversos clientes. São hospitais públicos, residências particulares, o aeroporto de Salvador, hotéis, o governo da Bahia e empresas do porte da Petrobrás, além da própria UFBa, entre outros, que têm seus consumos de água monitorados diariamente pelo Teclim por intermédio do Programa Água Pura. Através do sistema Vianet, desenvolvido pelo núcleo, é possível detectar os perfis de consumo diário de cada cliente, identificando as alterações e desvios e possibilitando intervenção rápida, em 24 horas, para sanar vazamentos e situações que reflitam desperdício ou perda de água. Neste caso, é preciso diferenciar as duas situações: “As perdas independem do comportamento do usuário, são problemas decorrentes dos sistemas hidráulicos, já o desperdício é o uso predatório e irresponsável da água”, explica Francisco Lessa, coordenadorexecutivo do programa de parceria com a Saeb. E, para exemplificar o quanto a conjunção entre sistemas ineficientes e mau uso podem ter alto impacto no consumo geral, faz um alerta preocupante: “Cerca de 50% da água da Adutora de Pedra do Cavalo que abastece Salvador é perdida e desperdiçada”, alerta. O professor entende que o Ecotime ideal é aquele que não só monitora, “mas também conscientiza”. Neste sentido, ele faz uma observação em relação aos prédios do Centro Administrativo, não quanto ao consumo de água, mas ao de energia. “São espaços que, se fossem abertos internamente, com divisórias baixas, teriam muito mais iluminação e ventilação naturais, não demandando tanto consumo de energia”, sugere Lessa, que deposita na atitude das pessoas a única e mais importante alternativa de se buscar a sustentabilidade o planeta, “pois é fato concreto que os recursos naturais e energéticos um dia se esgotarão”, vaticina. Você Servidor – Por que cada vez mais se torna imperioso economizar água? Asher Kiperstok - Economizar é respeitar o planeta. Pode não ser imperioso com relação à crise no momento, mas se a gente considera que o desafio é extramente radical, me parece de muito bom senso começar a dar os passos no sentido de responder este desafio desde já. Quando mais a gente adiar as mudanças necessárias para atender a este desafio, mais penosa vai ser a resposta. Nós encaramos uma crise ambiental sem precedentes na nossa história, não só associada ao nível de degradação dos recursos, mas principalmente às perspectivas da irreversibilidade do fenômeno da mudança climática. No caso especifico da Bahia, esse fenômeno da mudança climática aponta para um prolongamento do período de secas, uma maior incidência das secas, o que no sul do país é diferente porque lá, provavelmente, haverá eventos extremos de chuvas intensas. Essa projeção das secas se expandindo cada vez mais no Nordeste em termos de tempo e abrangência das suas aéreas coloca especificamente aqui em nosso estado desafios que ainda em termos de sociedade, em termos de governo, a gente ainda não incorporou. Estou falando dos trabalhos mais recentes de (Clemente) Tanajura e (Fernando) Genz, que apontam para o horizonte de 2070 com reduções da disponibilidade de recursos hídricos na Região Metropolitana, por exemplo, de mais de 90%. Esse quadro aponta para dois caminhos. Evidentemente que a sociedade vai encontrar as formas de atender a essa redução da oferta de água de várias maneiras. Uma das ma- VS - O governo tem desenvolvido, criado programas para combater o desperdício? AK - Sim. E é um passo muito importante. Para que esse discurso seja levado à pratica, é a partir do exemplo. Acho que é um discurso que tem que ser fortemente incorporado pelo setor de recursos hídricos, das empresas de saneamento urbano e rural. Essa percepção estamos tendo com a perspectiva de ampliação do nosso programa no Estado (veja matéria nesta edição) com a participação Secretaria da Educação, levando as ações para as escolas públicas. Cada administrador público, cada escola e cada membro da comunidade de cada escola deve perceber como é que se consome a água e como se desperdiça água. Não há caminho à frente para o uso racional sem uma atitude de consumo racional. Então esse é um primeiro passo, a percepção do consumo e um controle desse consumo. É um primeiro passo que traz resultados muito grandes. VS – Como convencer as pessoas da necessidade de economizar se elas não se sensibilizam com os riscos futuros do uso irracional dos recursos? AK - As crises ambientais em geral demoram de serem equacionadas pela dificuldade que a sociedade tem de trazer para valores presentes os custos futuros. O que a gente chama de internalização do custo futuro. Alguns economistas, mesmo concordando que essa é uma das formas da sociedade ir se adequando a questões futuras, acham que é muito difícil operacionalizar esta cobrança, até porque politicamente é difícil dizer para alguém trazer do futuro para pagar hoje quando eles nem sequer fazem isso na sua vida particular, na sua vida cotidiana. Para o gestor público criar uma forma de penalizar o presente em cima de questões futuras, por mais certeza que se tenha em relação a este futuro, é difícil porque as pessoas não praticam isso, inclusive na sua vida particular. VS – A medida da vida da gente é uma existência. Seria papel da educação tornar isto possível? AK - É também papel da Educação. É papel de todas as forças da sociedade. Uma das grandes formas de distrair e tirar a atenção da população é recorrer a essas repetições do tipo: tem grandes fatores, educação, educação, educação. Isso aí envolve inclusive os educadores dizendo à população para tomar atitude que eles não praticam. Acho que as instituições de ensino, as escolas e as universidades têm que praticar o uso racional dos recursos. Primeiro, porque é um recurso natural, e segundo porque implica em recursos financeiros, que são recursos públicos. VS – Como as pessoas interessadas podem começar a economizar água? AK - Primeira informação fundamental: acompanhe o seu consumo. Tenha conhecimento de quanto você consome e compare com outras pessoas. VS - Como isso pode ser feito? A gente faz em prédios públicos acompanhando o consumo diário daquele prédio. Uma família se quiser fazer isso pode usar o nosso sistema. É só pedir uma senha no site do Água Pura, que vai permitir que ele tenha um histograma, uma representação gráfica de como varia o seu consumo no dia-a-dia. Com isso ele pode perceber o que um hábito diferencia- do provoca em termos de maior ou menor consumo. Essa percepção que é fundamental. O segundo passo é essa pessoa se comparar com outros usuários. Se eu gasto o dobro de água do meu vizinho, por que isso? Pode ser que haja um vazamento e aí ninguém está se beneficiando com isso. Pode ser que seja porque eu tenho hábitos que me levam a um maior consumo de água. Aí a pergunta seria: eu preciso disso ou é falta de cuidado? Estas são as grandes linhas. VS - Que hábitos cotidianos contribuem com o excesso de consumo? AK - Demora no banho, forma de lavar roupa, forma de se lavar a própria residência. Em geral, o grosso do consumo da água de uma residência está situado no chuveiro e na bacia sanitária. A forma como se usa a bacia sanitária, quer dizer, se você tem condições de urinar e deixar para dar descarga depois de defecar você economiza uma quantidade muito grande de água. Esta sugestão foi feita, por exemplo, pelo prefeito de Londres para os cidadãos da cidade. E numa cidade de um padrão de renda alta, considerada uma referência cultural, que seguramente tem melhores hábitos de higiene – se a gente medir em termos da incidência de doenças evitadas por saneamento do que a nossa sociedade. As pessoas tendem a dizer que francês é sujo, europeu é sujo, mas no fundo, são preconceitos que não se materializam nos indicadores de saúde. 7 você servidor neiras e até a mais econômica e mais da O professor e pesquisadorBahia racional é fazendo o uso mais adequado da Universidade Federal da água. Hoje se perde muita água nos de ente Asher Kiperstok está à frres no sistemas públicos, se perde muita água um grupo de pesquisadoologias dentro das instalações, sejam prediais, Teclim , ou Rede de Tecn da Ufba sejam industriais ou na agricultura irriLimpas, órgão transversal s de gada. Há um espaço enorme para a redução disso, um caminho em que você formado por pesquisadoretem se im cl Te O s. ea ár s ganha de ambos os lados. diversa orientar empenhado na tarefa decidadãos VS - A tecnologia ajuda? órgãos governamentais e ssar a pa e de itu AK - O primeiro passo é o uso racional at a mudar de no ua ág dos recursos e a atitude de querer ter monitorar o uso da cê Vo ao sta um uso mais racional para evitar a deevi tr en cotidiano. Em a ic pl ex gradação que leva à insustentabilidar he Servidor, o professor As de. É desenvolver uma atitude de busa por que é preciso começar car o uso mais racional. A tecnologia economizar desde agora. vem complementar isso, até porque a fator mobilização é determinante. “De início, tivemos resistências de servidores e o programa não teve adesão imediata, daí começamos a passar de sala em sala e para explicar a ação pusemos adesivos em vários locais”, lembra Bastos. O resultado, até o momento, é positivo, com significativa economia de recursos. O Derba chegou a desembolsar cerca de R$ 131 mil para pagar água no primeiro semestre de 2008. Este ano o valor foi reduzido para R$ 39 mil no acumulado do mesmo período. Mas o Ecotime do Derba quer mais. “Já estamos fazendo um estudo para captação de água de chuva, temos que aproveitar este potencial”, sugere Bastos. www.portaldoservidor.ba.gov.br N otícias, serviço e informação para o servidor estão disponíveis no endereço www. portaldoservidor. ba.gov.br. Com um conteúdo focado em assuntos do interesse dos 174 mil servidores ativos, 76 mil inativos e 19 mil pensionistas, o portal registra média mensal de 1, 3 milhão de páginas visitadas em 619 mil acessos, com média de 2,4 páginas vistas por visitante. você servidor 8 Notícias e informações sobre diferentes assuntos de interesse do servidor, como contracheque, seleção pública, capacitação profissional, previdência estadual, legislação trabalhista, programas, ouvidoria e serviços diversos são atualizadas diariamente. Por meio do portal, o servidor pode buscar também orientação a respeito dos seus direitos e deveres, como solicitar benefícios, licenças por assiduidade, paternidade, para tratamento de saúde ou para tratar de assuntos particulares, além de notícias diversas. Você servidor VOCÊ SERVIDOR é produzido pelo Núcleo de Comunicação com o Servidor, da Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb), em parceria com a Secretaria de Comunicação Social do Governo da Bahia (Secom) | Planejamento Gráfico:Yoemi e Ko Artes Visuais | Edição: Nilson Galvão | Textos: José Carlos Peixoto e Marcus Gusmão | Fotos: Núcleo de Comunicação com o Servidor | Contato: [email protected] | Tel.: (71) 3115-3270