UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE
FACULDADE DE CAMPINA GRANDE-FAC-CG
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ALUNO(A):
DATA:___/___/____
TURMA:
Estudo de caso: Sem água, inovação ganha espaço dentro de lava-rápido.
Alternativas ao processo de lavagem, antes tidas como excêntricas, hoje chamam a
atenção diante da crise hídrica de SP
O medo de encontrar a torneira seca dentro de casa, resultado direto da pior estiagem de
São Paulo em 29 anos, tem sido fatal para o fluxo de caixa dos lava-rápidos da cidade.
Houve queda no movimento ou porque a clientela não sabe se o serviço está
funcionando normalmente ou porque resolveu adiar a limpeza do carro enquanto a crise
hídrica
perdurar.
Mas há quem esteja fazendo do limão a sua limonada. São lavadores que apostaram há
algum tempo em alternativas ao processo tradicional, hoje dependente do xampu e de
muita água, e que de detentores de soluções ‘excêntricas’ e ‘careiras’, passaram a ser
observados pela freguesia com mais atenção.
O paulista Moisés Ribeiro, por exemplo, tem sonhado alto com as perspectivas de seu
lava-rápido, há sete anos em operação em Mogi da Cruzes (SP). O negócio é modesto: o
terreno de 900 m² está em um ponto de baixa circulação e lava, diariamente, de 25 a 30
automóveis (aos finais de semana a procura chega a 50 lavagens). Mesmo assim, a
iniciativa é altamente lucrativa, colocando no bolso do dono, mensalmente, por volta de
R$ 20 mil. O segredo: a tecnologia que ele desenvolveu de lavagem com vapor.
Moisés Ribeiro, que parou de estudar no ensino médio, desenvolveu uma máquina
dotada por um fogareiro à gás e um motor de 1/2 hp. O conjunto aquece a água até o
ponto de ebulição, chegando a 170 graus centígrados. O vapor é contido em um tanque
para 216 quilos e sai de maneira pressurizada, o que, segundo empresário, propicia uma
lavagem de um carro médio com 5 litros de água – na forma convencional, são
necessários 50 litros. O sistema dispensa o uso de xampu ou demais produtos químicos
e cada carro demanda 1 metro cúbico de gás. Assim, contando a mão de obra, ele diz
reter uma margem de lucro líquida de 70%. “Se eu estivesse em um ponto melhor,
estaria ganhando muito dinheiro”, confessa Ribeiro, que já pensa em crescer por
franquia.
Nas até que a expansão venha, Ribeiro sente que precisa ajustar alguns pontos. Uma de
suas dúvidas diz respeito à patente da máquina, que ele ainda não tem, mas que na
opinião do professor de empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa, deveria
providenciar o quanto antes. “Se ele não conseguir patentear a máquina por algum
motivo, existem outras formas de se precaver. O trade dress é uma espécie de patente do
serviço, um expediente empregado pela rede Spoleto, e que existem escritórios de
direito capacitados aqui no Brasil”, diz.
Outro ponto que na opinião de Nakagawa merece atenção do empresário é quanto a
definição de processos, a forma pela qual o Ecovip Vapor, a empresa de Moisés
Ribeiro, ‘venderá o peixe’ da inovação. Ele cita o caso da Drywash, marca de lavagem à
seco fundada por Lito Rodriguez, como exemplo de sucesso. “A Drywash entrega um
produto que é igual às outras, até mais barateiras: o carro limpo”, conta o professor.
Para ele, o que Lito Rodriguez fez foi definir uma série de processos que mostram para
o cliente que o serviço seco é diferente.
“Acho que nosso cliente já nos conhece. A gente vem batendo nessa tecla da
sustentabilidade nos últimos anos, mas agora, com essa falta de água, as pessoas
parecem que estão mais inclinadas a usar o modelo”, conta Lito Rodriguez, que
confessa um aumento de 500% na procura de empreendedores por franquias. “Adiantei
um investimento de R$ 2 milhões que estava previsto para o final de 2015 e vamos
aproveitar o aumento da procura. Nossa preocupação é garantir um crescimento
saudável. Sempre pensamos em médio e longo prazos.”
Fonte:http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,sem-agua--inovacao-ganha-espacodentro-de-lava-rapido,5048,0.htm
Análise
De acordo com o texto, qual a importância da aplicação de medidas inovadoras para as
empresas e seus impactos na sociedade?
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Sem água, inovação ganha espaço dentro de lava