MIEEC 2014/2015 Serviços de Comunicações Trabalho Laboratorial 5 ASTERISK Luiz Fernando Vilela Cruz Miguel José Cavadas Santos Tiago Telmo Pinto de Oliveira SCOM – Asterisk Índice Introdução ................................................................................................ 2 Descrição da implementação ................................................................... 3 Conclusões .............................................................................................. 7 Referências.............................................................................................. 8 19/12/2014 1 SCOM – Asterisk Introdução Hoje em dia, cada vez mais empresas usam Asterisk na sua rede interna, uma solução gratuita para permitir o controlo total das chamadas e serviços telefónicos internos. O Asterisk, software open source, implementa um IP Private Branch Exchange através de código source ou distros disponíveis. Tem muitos usos e aplicações, desde efetuar uma Voip Gateway, implementar um call center e permitir a interligação com a rede PSTN tudo isto a partir de uma configuração por módulos, permitindo assim uma fácil configuração. Este trabalho teve como objetivo implementar uma solução Asterisk para, no mínimo, ser possível estabelecer uma chamada entre dois utilizadores, registados em PBX diferentes, com sucesso. Adicionalmente, explorou-se as várias funcionalidades que o Asterisk oferece, como o voicemail ou vídeo chamada, implementando-as nas máquinas virtuais, onde configuramos o Asterisk. Este trabalho teve a duração de três semanas e, após a sua apresentação e demonstração na aula, com este relatório é pretendido explicar de forma mais detalhada a configuração realizada. 19/12/2014 2 SCOM – Asterisk Descrição da implementação Foi escolhido usar uma distribuição do FreePBX para iniciar a implementação deste trabalho, por ser um serviço gratuito e de fácil configuração. É possível efetuar o download de uma distribuição do FreePBX que oferece vários serviços, incluindo o Asterisk, prontos a utilizar de uma maneira rápida e eficaz. Para tal, foram configuradas duas máquinas virtuais num mesmo computador, a partir da VirtualBox, tendo em atenção que foram alteradas as definições da rede para suportar bridge. De seguida foi simples iniciar as máquinas virtuais e instalar a partir da live image do FreePBX. Concluída a instalação de ambas as máquinas virtuais, foi necessário atribuir um endereço IP a cada uma delas. Esta atribuição foi feita por DHCP, tendo sendo atribuídos os endereços 192.168.109.214 e 192.168.109.225 (da rede do laboratório) ao PBX1 e PBX2 respetivamente. Acedendo ao website de cada FreePBX, através do respetivo endereço, foi possível realizar as necessárias configurações dos serviços do Asterisk. O primeiro passo nas configurações, consistiu na criação de várias extensões (utilizadores) em ambas as máquinas. Para o PBX1 configurou-se as extensões 92 e 95 correspondentes aos usernames “miguel” e “tiago”, e no PBX2 as extensões 93 e 94 correspondentes aos usernames “telmo” e “luiz”. A cada extensão foi também atribuída uma password, tendo ficado todas as restantes opções da extensão por default. A imagem seguinte mostra um exemplo da criação de uma extensão: Figura 1 - Exemplo de criação de uma extensão Criadas as extensões, já era possível efetuar chamadas entre dois users do mesmo PBX. O passo seguinte, foi a configuração de um trunk e de uma outbound route em cada máquina para que fosse possível efetuar comunicações entre users pertencentes a diferentes PBX, conforme demonstram as seguintes figuras: Figura 2 - Criação do trunk: especificação um nome para o trunk 19/12/2014 3 SCOM – Asterisk Em cada trunk, que permitiu estabelecer a ligação entre os 2 PBX, foi preciso especificar qual o endereço IP assim como o utilizador e código para estabelecer a ligação à outra máquina. Além disso em cada máquina foi necessário configurar um utilizador e código de acesso para estas ligações, de acordo com a figura seguinte: Figura 3 - Criação de um trunk: Especificação das definições de entrada e de saída (para o PBX1) Já a outbound route serviu para especificar que sempre que se marcava 214 antes de uma extensão, se pretendia ligar para a extensão correspondente ao PBX1. De modo semelhante, ao marcar 215 antes da extensão, pretendia-se ligar a uma extensão do PBX2. Além disso foi necessário especificar o trunk configurado anteriormente nesta rota., conforme demonstra a figura seguinte: Figura 4 - Criação de uma outbound route (no PBX1) Concluído este passo, começamos a explorar outras funcionalidades que o Asterisk fornece. Implementámos as funcionalidades de conferência, voicemail e videochamada, de modo igual ao exemplificado nas seguintes imagens: 19/12/2014 4 SCOM – Asterisk Figura 5 - Criação de uma extensão de conferência Figura 6 - Ativação do voicemail numa extensão Figura 7 – Ativação da videochamada num PBX No nosso caso, a funcionalidade de conferência foi implementada no PBX1, com a extensão 90, sendo que para o voicemail e a videochamada foi apenas necessário ativá-los, para todas as extensões e em ambos PBXs. De seguida passou-se aos testes das funcionalidades, utilizando vários telemóveis e computadores. Em cada aparelho foi necessário instalar um cliente sip, como o microsip ou o zoiper, e configurar uma extensão que criámos, especificando o endereço do PBX dessa extensão, o seu número e password. 19/12/2014 5 SCOM – Asterisk Uma vez que a demonstração do correto funcionamento já foi efetuada durante a apresentação deste trabalho na aula, apenas vamos apresentar os registos das chamadas efetuadas durante a apresentação, conforme podemos verificar nas imagens seguintes: Figura 8 - Registos de chamadas do PBX1 Figura 9 - Registos de chamadas do PBX1 19/12/2014 6 SCOM – Asterisk Conclusões Com a realização deste trabalho foi possível experimentar vários cenários reais para implementar uma solução de PBX. Foram implementados diversos serviços para além da simples chamada, como conferência, voicemail e vídeo chamada, e graças a isso foi interiorizado o modo de funcionamento e de configuração do Asterisk. O uso do Asterisk foi uma ótima conclusão desta Unidade Curricular, pois este software conta com uma grande importância no mundo dos Private Branch Exchange por conseguir fornecer imensas funcionalidades, que podem ser configuradas de uma maneira intuitiva e simples, e por existir uma enorme comunidade dedicada a manter o Asterisk e acrescentar módulos para ser possível a integração com novos protocolos. 19/12/2014 7 SCOM – Asterisk Referências De seguida encontra-se uma lista com alguns dos sites mais relevantes que foram consultados durante este trabalho: http://www.asterisk.org/get-started http://www.asterisk.org/get-started/applications http://www.asterisk.org/get-started/features http://asteriskdocs.org/en/3rd_Edition/asterisk-book-html/asteriskbook.html#asterisk-Arch http://www.aosabook.org/en/asterisk.html http://wiki.freepbx.org/ 19/12/2014 8