HUGO PONTES
A LOJA MAÇÔNICA "ESTRELA CALDENSE"
E
SUA
HISTÓRIA
1.895 a 1.995
Copyright (c) by Hugo Pontes
Coordenação Gráfica: Simone Macedo
Composição e impressão: Gráfica Universal
Revisão do autor
Fotos e documentos: Arquivo da Loja, particulares e Wilson Ribeiro
Poços de Caldas-MG-Brasil, novembro de l995
366.1
P814l
PONTES, Hugo
A loja maçônica "Estrela Caldense" e sua história 1895-1995.
Poços de Caldas, Gráfica Universal, 1995
nº de pág.
1. Maçonaria
Ilustr.
I. Pontes, Hugo.
II. Título
CDU 366.1
Catalogação: Maria José dos Santos CRB-SP 5128
APRESENTAÇÃO
A Loja Maçônica "Estrela Caldense" está intimamente
ligada à história da cidade de Poços de Caldas, município criado
em 6 de novembro de 1.872.
Antes de 1.895, homens valorosos e de bons costumes
já trabalhavam para o progresso e desenvolvimento da então Vila
de Poços de Caldas.
Quis o Grande Arquiteto do Universo que esses
homens, unidos no ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade,
erguessem, a 5 de dezembro de 1.895 as colunas de um Templo e,
irmanados, passassem a trabalhar, com muito sacrifício, por
aquilo no qual acreditavam.
Por isso é que, caro leitor, nas páginas seguintes
encontraremos nomes, muitos nomes de pessoas que ajudaram a
escrever a história da Maçonaria em Poços de Caldas. Esses
nomes, por certo, estarão grafados para sempre, a fim de que as
gerações futuras possam saber quem foram eles, o que
realizaram e a sua conduta ante a sociedade em que viveram e
ajudaram a construir.
A história desta Loja é a história dos homens. É o relato
das suas realizações, tendo o apoio das suas famílias, dos seus
amigos e da comunidade poços-caldense.
Homens de ontem, com seus defeitos e virtudes, fizeram
a história que hoje é contada para que os homens de hoje, com
suas qualidades e defeitos, possam saber que cem anos de luta
resultaram na construção de um mundo melhor de homens livres
para o hoje e para o amanhã.
ESCLARECIMENTO
Escrita sob a minha perspectiva e com a liberdade
que me foi proporcionada, os amigos leitores poderão encontrar,
ocasionalmente, alguma falha nesta obra.
Isso acontecendo, solicito a compreensão de
todos, uma vez que muitas foram as dificuldades encontradas
no desenvolvimento da pesquisa.
Deparei-me com a falta de documentação, tão
preciosa e necessária para o desenvolvimento do trabalho.
Para se ter uma idéia, em 1937, por ocasião em
que as Lojas Maçônicas foram fechadas por Getúlio Vargas, a
direção da EC queimou toda a documentação existente desde
1895. O movimento militar de 1964 ensejou que os Irmãos dessem
fim a documentos produzidos de 1937 até 1964.
A documentação fotográfica também é precária. O
acervo existente na Loja aos poucos foi desaparecendo por falta
de um arquivamento adequado e inúmeras eram as fotos de
propriedade particular de maçons e que não foram deixadas na
Instituição. Daí a nossa dificuldade.
Valeu-nos os cem anos de atividades registradas
em Atas que, ainda permanecem intactas; valeu-nos a boavontade de maçons e cidadãos poços-caldenses que se
dispuseram a nos dar depoimentos valiosos.
A todos, sem distinção de nomes, agradeço,
esperando que o trabalho satisfaça aos Irmãos e à sociedade que
ora recebem a história da "Estrela Caldense" e, por
conseqüência, mais um pedaço da história da cidade.
ÍNDICE
1 Fundação - 1.895
1.1 Fundadores
2
3
4
5
Os primeiros documentos - 1895
Episódios e fatos marcantes - 1896 a 1899
Os cem primeiros iniciados
Século XX - 1.900 A 1.995 cronologia de luta, cooperação e
desenvolvimento
6 A grande benemérita e a grande benfeitora
7 As Instituições mantidas pela Loja
7.1 O Instituto Educacional São João da Escócia
7.2 A Escola Sete de Setembro
7.3 O Lar de "Irmã Catarina"
7.4 O Hospital "Pedro Sanches"
8 A "Estrela Caldense" na política
8.1 Maçons em cargos eletivos ou de confiança
8.2 Os nomes e as ruas
9
10
11
12
13
14
15
A "Estrela Caldense" e o jogo de azar
A Construção do Templo
As grandes questões com os Grandes Orientes
A "Estrela Caldense" e os intelectuais em seu meio
A família dentro da família maçônica
Os Veneráveis de 1895 a 1995
O Quadro atual de obreiros
Anexo
Histórico e Memorial descritivo do Pavilhão da E.C.
Bibliografia
Índice Onomástico
Os três capítulos iniciais que compõem esta obra
são de autoria do Irmão e ex-Venerável ALBERTO MACEDO, já
falecido, que, na década de setenta, realizou investigações tendo
em vista contar a história da "Estrela Caldense".
Por uma deferência especial, sua esposa Maria
Braga Macedo e seu filho Alberto Macedo Júnior cederam-nos a
pesquisa, que compreende os anos de 1895 a 1899, ora inserida
neste livro.
CAPÍTULO I
FUNDAÇÃO - 1.895
A "Estrela Caldense" iniciou suas atividades a cinco de
dezembro de 1895. Vinte e seis foram os seus fundadores. Dezessete
residiam na vizinha cidade paulista de São João da Boa Vista; seis na
então Vila de Poços de Caldas e os três restantes, um em cada
cidade, respectivamente, Caconde - SP, Caxambu - MG e Cascavel SP, hoje Aguaí.
Ora, onde encontrar nesse mundo de Deus a fonte
informativa para nos relatar quais foram os homens livres e de bons
costumes que lançaram nestas plagas a semente da acácia, tão nossa
conhecida?
Analisando a atuação relevante de
Antônio Pereira
Guimarães, conhecido por Toneco, Silvério Duarte d'Oliveira, José
Caetano Horta, Nicolao Longo, Jacomo Joaquim e Joaquim José
Pereira - o mais idoso dos vinte e seis - seja ocupando cargos nas
quatro primeiras diretorias, seja freqüentando a Loja com relativa
assiduidade, chegou-se à conclusão
de que foram eles os
responsáveis pela idéia de se fundar uma Loja Maçônica na Vila de
Poços de Caldas.
O pesquisador já se achava seguro de que dezessete dos
fundadores eram domiciliados em São João da Boa Vista, dentre os
quais sete deles pertenciam à Loja "Deus e União", restando-lhe, pois,
acompanhar o raciocínio lógico e natural qual fosse o de descobrir o
destino de tão importante entidade, após tantos anos decorridos. Para
isso recorreu à memória prodigiosa de Ivo Sandry que informou ter a
"Deus e União", há anos, encerrado as suas atividades maçônicas,
mas que a co-irmã "Templários da Justiça", sua remanescente,
conservava os arquivos em bom estado.
A Loja Maçônica "Templários da Justiça", do Oriente de São
João da Boa Vista, abriga, desde a sua fundação, um valioso acervo
histórico que compreende documentos das extintas Lojas "Deus,
Pátria e Liberdade" (fundada em 1877) e "Deus e União" (fundada em
julho de 1895) de cujo quadro de obreiros surgiria a maior força para
se levantar as colunas da Loja que foi denominada "Estrela Caldense".
Dois documentos da maior importância não foram localizados
no arquivo da "Estrela Caldense": a ata que, forçosamente, deveria ter
sido lavrada no dia da fundação, e a de instalação ou de
regularização, quando se verificou o seu reconhecimento pela
Potência Maçônica a qual se filiou.
Esperava-se que tais documentos ou, pelo menos, o ato da
fundação constasse de balaústres (atas) lavrados na Loja "Deus e
União". Isso, entretanto, não aconteceu. Mas outras fontes levaram o
pesquisador a reunir dados que possibilitaram encontrar a origem da
"Estrela Caldense" e seus fundadores.
No dia seis de julho de 1895, em casa do maçom Bonifácio
Paulino de Carvalho Júnior, na cidade de São João da Boa Vista,
formou-se uma assembléia de maçons na qual compareceram, entre
outros: Guilherme Clímaco da Cruz Novais, gr.: 33, da Loja "Ordem e
Progresso"; Jeronymo Ribeiro, gr.: 30, da Loja "Sete de Setembro",
ambas da capital de São Paulo; Alfredo Cypriano Freire, gr.: 30, da
"Trabalho e Honra", de Casa Branca-SP; José Pinheiro de Ulhôa, gr.:
3, da "Independência" de Campinas e Manços de Andrade, Silviano
Barboza, Emigydio Antônio da Silva Melo, todos do grau 18 e
vinculados à "União e Caridade II", do Oriente de Casa Branca-SP,
com objetivo de fundar uma Loja.
A referência ao fato acima se enquadra no contexto histórico
uma vez que os maçons relacionados, em número de oito, são
também fundadores da "Estrela Caldense".
Idéia recebida com entusiasmo, a criação da Loja
denominada "Deus e União" se concretizou. Quatro meses após, em
dezesseis de novembro de 1895, em Sessão Magna, procedeu-se a
sua regularização, tendo comparecido todos os Irmãos já
mencionados e mais dois visitantes da maior importância para os
trabalhos em andamento: Antônio Pereira Guimarães e Silvério Duarte
d'Oliveira, da Vila de Poços de Caldas.
Na mesma ocasião, destacando a solenidade, reafirmam o
juramento prestado em Loja, em recente Sessão de Iniciação, os
aprendizes: Adolpho Acayaba, Jorge Augusto Novais, Carlo De Felice,
João Osório d'Andrade Oliveira, João Baptista de Figueiredo, João
Joaquim Braga e Leopoldo Maciel de Godoy. Igual compromisso de
fidelidade à Oficina, que os recebia como Filiandos Livres, foi prestado
por Luiz Gambetta Sarmento e Antônio José Salgado Júnior,
procedentes das Lojas "Independência" e "Triunfo e União",
respectivamente.
Ainda foram recebidos, por filiação, os dois visitantes
mencionados Antônio Pereira Guimarães e Silvério Duarte d'Oliveira,
residentes na Vila de Poços de Caldas onde, até novembro de 1895,
não existia atividade maçônica organizada.
As atas da fundação e da regularização da Loja "Deus e
União" vêm contribuir para afastar todas as suposições e dúvidas
sobre a ausência de dados no que se refere aos entendimentos
havidos no tempo anterior ao surgimento da Loja "Estrela Caldense".
Antônio Pereira Guimarães e Silvério Duarte d'Oliveira eram
maçons , registrados como possuidores do grau 3,
conforme
inscrição, porém ambos não figuram como fundadores da "Deus e
União, mas a ela se filiaram em 16 de novembro de 1895, prestando
compromisso na memorável Sessão Magna.
Partindo de gestos de tamanha significação em que as
relações maçônicas despontaram como as mais estreitas e fraternas,
aconteceu que, dezenove dias depois, os Irmãos, moradores na Vila
de Poços de Caldas, recebiam envaidecidos a visita honrosa de uma
caravana de maçons, sob a chefia do Mestre Guilherme Clímaco da
Cruz Novais, gr.: 33, cuja missão era a de erigir mais um "Templo à
Virtude" na promissora Vila de Poços de Caldas.
Os obreiros reunidos, portando ferramentas as mais variadas,
segundo suas aptidões, construíram em curto espaço de tempo uma
Oficina Simbólica a qual denominaram Loja Maçônica "Estrela
Caldense".
1.1 - OS FUNDADORES
ADOLPHO ACAYABA, Gr.: 3.:
Inscrição nº 42. Nasceu na cidade de São João da Boa VistaSP em 14 de janeiro de 1864. Foi iniciado na Loja "Deus e União" em
23 de julho de 1895. Era comerciante, solteiro e residia em CacondeSP.
Compareceu às duas primeiras sessões de fundação da EC,
depois a mais quatro e não houve, posteriormente, registro de seu
comparecimento.
ALFREDO CYPRIANO FREIRE, Gr.: 30.:
Inscrito sob nº 59. Nasceu em Alfenas-MG em 29 de maio de
1860. Era casado, comerciante e residia em São João da Boa Vista.
Iniciou suas atividades maçônicas em 5 de dezembro de 1890 pela
Loja "Trabalho e Honra" de Casa Branca-SP. Foi um dos fundadores
das seguintes Lojas: "Deus e União" e "São Paulo" em SJBV; "Aurora
Mineira", de Caldas-MG. Não consta no registro a sua presença na
EC.
ANTÔNIO JOSÉ SALGADO JÚNIOR, Gr.: 3.:
Nasceu em Santo Amaro-SP em 13 de fevereiro de 1865 e
foi iniciado na Loja "Triunfo e União" em 26 de setembro de 1895. Era
casado e exercia a profissão de farmacêutico. Filiou-se à "Deus e
União" em 16 de novembro de 1895 e participou da fundação da EC.
Foi também fundador da Loja "São Paulo". Residia em São João da
Boa Vista-SP.
Por ter sido aquele que lavrou o termo de abertura do
primeiro livro de registro de presença às sessões, na condição de
Secretário Interino, coube-lhe o privilégio de nos ter legado o único
documento conhecido que menciona o começo da EC.
ANTÔNIO PEREIRA GUIMARÃES, Gr.: 3.:
Registrado sob nº 39 no livro próprio, nascido em UberabaMG, em 6 de março de 1850. Iniciado na Loja "Cruzeiro do Sul",
possivelmente do mesmo Oriente, em 18 de abril de 1889. Residia na
Vila de Poços de Caldas.
Maçom graduado 3.: era, entre seus Irmãos que residiam na
Vila, líder por temperamento, constituindo-se no principal responsável
pela criação da "Estrela Caldense" da qual foi elemento de destaque,
senão a sua coluna mais vigorosa. Foi eleito Venerável da primeira
diretoria para os anos de 1896-1897.
Era comerciante. Solteiro, residia com uma irmã, D. Ritinha.
professora e proprietária de uma escola primária.
Desempenhou diversas e penosas incumbências na
presidência de comissões ou isoladamente. Pode-se citar a sua
missão de ir a Caldas, em 1896, sede da Comarca, para protestar
junto às autoridades da época e clamar por providências por causa do
incêndio proposital que pessoas irresponsáveis provocaram no prédio
da Loja Maçônica "Aurora Mineira".
Acometido de um mal incurável que lhe deformara a
fisionomia, faleceu na Santa Casa de Poços de Caldas, em 1925.
A cidade de Poços de Caldas, por seu povo, prestou
significativa homenagem a essa figura ímpar, dando-lhe o nome a uma
de suas ruas, localizada no bairro Vila Nova.
BONIFÁCIO PAULINO DE CARVALHO JÚNIOR, Gr.: 18.:
Inscrito sob nº 53. Nasceu em 3 de janeiro de 1871, em São
Bento do Sapucaí-SP. Iniciou suas atividades maçônicas em 2 de
julho de 1895 na Loja "União e Caridade II", de Casa Branca-SP. Era
casado e exercia a profissão de farmacêutico na cidade de São João
da Boa Vista. Era da Loja "Deus e União". Compareceu às duas
primeiras sessões de fundação da EC.
CARLO DE FELICE, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 55. Nasceu na Itália, na cidade de Botonto, no
dia 4 de março de 1867. Era casado, comerciante e procedia da Loja
"Deus e União" onde foi iniciado a 14 de setembro de 1895.
Compareceu às duas primeiras sessões de fundação da EC
e a mais seis subseqüentes.
No balaústre nº 47, de 18 de junho de 1898 consta que a Loja decidiu
conceder a ele, e a mais onze Irmãos, o título de remido, pois não
tinha condições de pagar as despesas e freqüentar os trabalhos da
Loja, uma vez que morava em São João da Boa Vista.
CONRADO MARCONDES DE ALBUQUERQUE, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 56. Nasceu em Castro - PR no dia 18 de
março de 1842. Era casado, comerciante e residia em São João da
Boa Vista. Foi iniciado em 15 de outubro de 1895 pela Loja "Deus e
União.
Não existe registro de sua presença na sessão de fundação
da EC.
EMIGYDIO ANTÔNIO DA SILVA MELLO, Gr.: 18.:
Inscrito sob nº 49. Nasceu em Campinas-SP em 4 de
setembro de 1862. Era casado, comerciante e residente em São João
da Boa Vista. Foi iniciado em 27 de março de 1895 na Loja "União e
Caridade II" de Casa Branca-SP. É um dos fundadores da "Deus e
União". Não há registro da sua presença na sessão de fundação da
EC.
GUILHERME CLÍMACO DA CRUZ NOVAIS, Gr.:33.:
Nasceu na cidade de Barra Mansa-RJ. no dia 10 de fevereiro
de 1847. Foi iniciado em 27 de fevereiro de 1877 através da Loja
"América" de Lorena-SP.
Era, entre os maçons fundadores da EC, o único portador do
grau 33, por isso mesmo aparece em todas as solenidades maçônicas
mais destacadas, porque sua experiência de dezoito anos de
maçonaria o indicava como orientador, conselheiro e mestre.
De Lorena transferiu-se para São João da Boa Vista. Com
vários Irmãos contribuiu para fundar e regularizar a Loja "Deus e
União", nas datas de 6 de julho e 16 de novembro de 1895. E a 5 de
dezembro do mesmo ano foi o Venerável da Sessão de fundação da
"Estrela Caldense" na qualidade de Irmão mais graduado.
Assinou, para efeito de visto, o Termo de Abertura do
primeiro livro de presença como "Constituidor de Loja". Esse Termo
tornou-se histórico por ser o único documento que confirma as
primeiras presenças no dia da fundação. Foi agraciado com o título de
Benemérito da Loja e Filiando Livre em 1896.
JACOMO JOAQUIM, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 67. Nasceu em Roma, Itália, no dia 4 de
janeiro de 1856. Foi iniciado em 5 de fevereiro de 1890, não
constando o nome da Loja. Era solteiro e exercia a profissão de
carpinteiro.
Fez parte do grupo de maçons residentes na Vila que idealizaram a
EC, participando de suas atividades com interesse e assiduidade.
Faleceu em 8 de outubro de 1898. A Loja angariou entre os
Irmãos a importância de Rs. 162$500 (Cento e sessenta e dois mil e
quinhentos réis) e enviou para a sua família na Itália.
JERONYMO RIBEIRO, Gr.: 30.:
Consta do registro nº 62 do livro próprio como tendo nascido
em Lamar, na data de 17 de março de 1856, casado, negociante,
iniciado na Loja "Sete de Setembro", de São Paulo, capital, no dia 8 de
junho de 1890.
Era fundador da Loja "Deus e União", de São João da Boa
Vista, exercendo a função de mestre de cerimônia, como instrutor que
era. Foi o primeiro Venerável da "Estrela Caldense", de 5 de dezembro
de 1895 a 8 de maio de 1896, quando foi eleita e empossada a
primeira diretoria.
Residia na cidade de São João da Boa Vista e já obtivera o
grau 30, fruto dos relevantes trabalhos realizados em favor da
Maçonaria. Basta dizer que trazia consigo a glória por ter contribuído,
em menos de um ano, para fundar e organizar três Lojas.
Maçom dos mais experientes, sempre disposto, aceitou a
incumbência de dirigir os destinos da EC no seu período preparatório,
como instrutor, sem qualquer ônus. A ata da sessão do dia 13 de
dezembro de 1895 revela a aprovação de proposta para cobrir as
despesas decorrentes das suas viagens de São João a Poços para
dirigir os trabalhos da Loja.
JOÃO BAPTISTA DE FIGUEIREDO, Gr.: 3.:
Nasceu a 9 de maio de 1841 na cidade de Boa EsperançaMG. Foi iniciado na Loja "Deus e União" em 14 de outubro de 1895.
Era casado, lavrador e residia em São João da Boa Vista-SP.
Esteve presente apenas na sessão de fundação da EC.
JOÃO JOAQUIM BRAGA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 60. Nasceu na cidade de Braga, Portugal, no
dia 30 de junho de 1851. Era casado e exercia a atividade de
comerciante na localidade de Cascavel - hoje Aguaí-SP. Foi iniciado a
14 de outubro de 1895 pela Loja "Deus e União".
Existe em Aguaí uma Loja denominada "Major Braga" da qual o Ir.: é o
patrono, certamente em reconhecimento ao seu trabalho meritório em
favor da Maçonaria.
JOÃO OSÓRIO d'ANDRADE OLIVEIRA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 52. Nasceu em 3 de março de 1860 em São
João da Boa Vista-SP. Era casado e exercia a profissão de lavrador.
Foi iniciado na Loja "Deus e União" em 28 de setembro de 1895. Não
há registro de sua presença em trabalhos da EC.
JOAQUIM JOSÉ PEREIRA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 61. Nasceu em 17 de março de 1837 em
Douradinho, distrito de Machado-MG. Foi iniciado na Loja "Amor e
Trabalho" a 25 de fevereiro de 1877. Joaquim era o maçom mais idoso
entre os fundadores, contando em 1899 sessenta e dois anos de
idade. Era casado e exercia a atividade de comerciante.
Não esteve presente às primeiras reuniões da Loja, porque
seu nome não consta dos registros de presença nos dias 5 e 6 de
dezembro de 1895.
Joaquim morava à Rua Assis Figueiredo, esquina com Rua
Ceará. Tinha esposa e um casal de filhos. João Tomas Pereira, seu
filho, foi iniciado na EC em 15 de abril de 1896.
JORGE AUGUSTO NOVAIS, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 47. Era o mais novo dos vinte e seis
fundadores. Nasceu em São Paulo-SP a 30 de setembro de 1876 e foi
iniciado, na "Deus e União", em 15 de outubro de 1895. Tinha como
atividade o comércio e residia em São João da Boa Vista. Era solteiro.
Esteve nas duas primeiras sessões, por ocasião da fundação e depois
compareceu a mais três.
JOSÉ CAETANO HORTA, Gr.: 3.:
Nascido na cidade mineira de Juiz de Fora aos 15 de maio de
1852. Iniciou-se na Loja "Fidelidade Mineira", no dia 5 de abril de
1887. Solteiro, residia na Vila de Poços de Caldas e era comerciante.
Quando da primeira eleição na EC, foi escolhido para 1º
Vigilante, na gestão 1896/1897, cujo mandato não chegou a concluir,
sendo substituído pelo Ir.: Constantino Muniz Barreto.
JOSÉ PINHEIRO DE ULHÔA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 46. Nasceu em Casa Branca-SP em 18 de
setembro de 1863. Iniciou-se na Maçonaria através da Loja
"Independência", de Campinas-SP em 26 de setembro de 1888. Era
solteiro, tabelião e residia em São João da Boa Vista onde ajudou na
fundação das Lojas "Deus e União" e "São Paulo". Uma única
presença marca a sua passagem pela EC.
LEOPOLDO MACIEL DE GODOY, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 48. Natural de São João da Boa Vista-SP,
tendo nascido em 6 de setembro de 1874. Era solteiro e negociante.
Sua iniciação verificou-se em 15 de outubro de 1895 na Loja "Deus e
União". Compareceu somente a quatro reuniões na EC .
LUIZ GAMBETTA SARMENTO, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 45. Nasceu em Moji-Mirim-SP no dia 19 de
janeiro de 1861, tendo sido iniciado pela Loja "Independência", de
Campinas, no dia 26 de agosto de 1895. Era casado e tinha a
atividade de agrimensor. Filiou-se à "Deus e União" na sessão de 16
de setembro de 1895. Foi fundador das Lojas "São Paulo", de S.João
da Boa Vista e "Aurora Mineira", de Caldas.
Esteve presente às duas primeiras sessões, não mais comparecendo,
até que requereu seu afastamento, conforme consta no bal.: nº 45 de
10 de agosto de 1896.
MANÇOS DE ANDRADE, Gr.: 18.:
Nasceu em Sant'Ana do Sapucaí-MG em 21 de maio de
1866. Casado e era advogado. Iniciou-se na Loja "União e Caridade
II", de Casa Branca-SP. Fundador da "Deus e União", foi o Orador da
sua primeira diretoria eleita em 6 de julho de 1895.
Se esteve presente às duas primeiras sessões, que deram
margem à fundação da "Estrela Caldense", o livro de presença da
época não registra.
MANOEL ALVES DA SILVA, Gr.: 3.:
Registrado sob nº 58. Nasceu na cidade de Barra de São
João - RJ, no dia 24 de dezembro de 1870, sendo iniciado pela Loja
"Antônio Carlos" em 27 de agosto de 1894. Era também comerciante.
Residia em São João da Boa Vista e mudou-se para a Vila de Poços
de Caldas. Na "Estrela Caldense" desempenhou o cargo de 2º
Vigilante na diretoria provisória e na primeira diretoria eleita para
1896/1897.
MANOEL JOSÉ d'OLIVEIRA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 57. Natural de Maricá-RJ onde nasceu em 20
de agosto de 1860. Foi iniciado em 13 de abril de 1895, na "Caridade
Mineira" de Caxambu-MG (Loja fundada em 27.3.1895 e que
trabalhava em Baependi, mais tarde foi assimilada pela
“Confraternidade Mineira”), cidade onde residia e exercia a atividade
como comerciante. Era casado. Esteve na EC apenas nas sessões de
fundação.
NICOLAO LONGO, Gr.: 3.:
Registrado no livro próprio sob nº 63. Nasceu em Pádua,
Itália, no dia 7 de setembro de 1850. Sua iniciação verificou-se em 14
de janeiro de 1893, na Loja "União e Caridade II", do Oriente de Casa
Branca-SP. Era casado e estabelecido como comerciante à Rua
Marechal Deodoro daquela cidade.
Quando se transferiu para a Vila de Poços de Caldas, aqui
instalou uma oficina de consertos de armas de fogo e outras
especialidades.
Assíduo aos trabalhos da Loja, Nicolao Longo ocupou o
cargo de Hospitaleiro no ano de 1898/1899. Faleceu a 13 de junho de
1908.
SILVÉRIO DUARTE d'OLIVEIRA, Gr.: 3.;
Registrado sob nº 40, em livro próprio, nasceu a 20 de junho
de 1853 na cidade de Saquarema-RJ. Iniciado pela Loja "Caridade
Mineira" de Caxambu-MG, mesmo tendo residência em Poços de
Caldas.
Era casado e dedicava-se ao comércio. Antes mesmo de ser
maçom, exerceu atividade com vereador da Vila de Poços de Caldas .
Foi Venerável, eleito para o biênio 1897/1898. Agia com
habilidade e ponderação, sem deixar de ser enérgico quando
necessário, avesso que era às atitudes menos polidas.
Comparecia com assiduidade aos trabalhos da Oficina,
desde a sua criação até meados de julho de 1898. Após findar seu
mandado, passou a dosar sua freqüência aos trabalhos da Loja.
SILVIANO BARBOZA, Gr.: 18.:
Nasceu em Cruzeiro-SP no dia 2 de outubro de 1861 e foi
iniciado na Loja "União e Caridade II" de Casa Branca-SP no dia 27 de
março de 1895. Fundou as Lojas "Deus e União" e "São Paulo",
ambas em São João da Boa Vista. Era casado e exercia a profissão
de jornalista. Participou pouco das atividades da EC. Esteve nas duas
primeiras sessões e depois fez mais duas visitas.
Todos os maçons que aqui vieram para fundar a "Estrela
Caldense" e continuaram a vir por determinado tempo o faziam
usando como meios de transporte cavalos e o Trem de Ferro da
Mojiana, nos quais se deslocavam desde Casa Branca, Aguaí e
São João da Boa Vista. Um dos fundadores, entretanto, fazia
questão de vir a cavalo: Jeronymo Ribeiro.
CAPÍTULO II
OS PRIMEIROS DOCUMENTOS - 1.895
No período compreendido entre cinco a trinta e um de
dezembro de 1895, tempo esse que se pode considerar de
organização e adaptação da Loja "Estrela Caldense", foram efetuadas
sete reuniões, sendo que somente a partir da terceira, realizada dia
nove, existem balaústres gravando os assuntos nelas tratados. A
primeira e a segunda reuniões, embora não se tenha descoberto as
suas respectivas atas, têm suas realizações comprovadas por meio de
três documentos de grande importância: o livro de registro de
freqüência, o termo de abertura nele lavrado na data e as assinaturas
dos maçons fundadores presentes nos dias 5 e 6 de dezembro.
Vejamos a transcrição desses documentos.
Doc. 1
"À Gl.: do Sup.: Arch.: do Univ.:
Livro de Presença
Servirá este livro para n'elle se assignarem, nas sessões
respectivas, todos os Obr.: presentes.
Dado e passado com a assignatura do Venerável, neste
Val.: de Poços de Caldas, aos cinco dias do mez de dezembro de
1.895 (E.:V.:). Eu Antônio José Salgado Junior, Gr.: 3.:, o escrevi,
como Secr.: Int.: O Constituidor da Aug.: Resp.: Loja "Estrela
Caldense". Guilherme Clímaco da Cruz Novaes, Gr.: 33.:"
Doc. 2
"À Gl.: do Sup.: Arch.: do Univ.:
Ata, digo, sessão dos presentes à instalação aos 5 de
dezembro de 1.895 (E.: V.:)."
Seguem vinte assinaturas:
Antônio José Salgado Junior, Secr.: Int.: Gr.: 3.:,
Jeronymo Ribeiro, 18.:, Luiz Gambetta Sarmento, 3.:, José
Pinheiro de Ulhôa, 3.:, Leopoldo Maciel de Godoy, 3.:, Jacomo
Joaquim, 3.:, Manoel José de Oliveira, 3.:, Jorge Augusto Novaes,
3.:, Bonifácio Paulino de Carvalho Júnior, 3.:, Antônio Pereira
Guimarães, 3.: Carlo De Felice, 3.: Manoel Alves da Silva, 3.: João
Baptista de Figueiredo, 3.: José Caetano Horta, 3.: Nicolao Longo,
3.: Adolpho Acayaba, 3.: João Joaquim Braga, 3.: Silvério Duarte
d'Oliveira, 3.: Guilherme Clímaco da Cruz Novaes, 33.: Silviano
Barboza, 18.:
Doc. 3
"À Gl.: do Sup.: Arch.: do Univer.:
Sessão aos seis dias do mez de Dezembro de mil
oitocentos e noventa e cinco (E.: V.:), ao Or.: de Poços de
Caldas".
Seguem doze assinaturas dos Irmãos.: presentes:
Silvério Duarte d'Oliveira, 3.: José Caetano Horta, 3.:
Carlo De Felice, 3.: Jacomo Joaquim, 3.: Manoel Alves da Silva,
3.: Jorge Augusto Novaes, 3.: Guilherme Clímaco da Cruz Novaes,
33.: ou Napoleão 1º, Nicolao Longo, 3.: Adolpho Acayaba, 3.:
Silviano Barboza, 18.: Luiz Gambetta Sarmento, 3.: Antônio José
Salgado Junior, 3.:"
Celebrado o momento da fundação, no mesmo dia foi
escolhida a diretoria provisória que passaria a gerir a entidade recémconstituída, até que ela contasse com um Quadro de Obreiros capaz
de - em qualidade e número - eleger as suas LLuz.: DDign.: e OOf.:,
pois a Constituição Maçônica estabelece que nenhuma Loj.: pode
funcionar com menos de sete membros, todos Mestres, conforme o
ritual.
A diretoria ficou assim formada:
Ven.:
Jeronymo Ribeiro, de São João da Boa Vista
1º Vig.: Antônio Pereira Guimarães,Vila de Poços de Caldas
2º Vig.: José Caetano Horta, da Vila de Poços de Caldas
Tesour.: Silvério Duarte d'Oliveira, Vila de Poços de Caldas
Secret.: Silviano Barboza, de São João da Boa Vista
Os cargos indispensáveis como os de Orador, Mestre-de Cerimônia, Chanceler e outros foram preenchidos, por nomeação,
pelo Venerável.
No tempo compreendido entre seis a trinta e um de
dezembro de 1895, a diretoria fez realizar seis sessões nos dias seis,
nove, treze, dezesseis, vinte e vinte e três, dando uma demonstração
objetiva de se querer efetivar a Loja como uma realidade na então
florescente Vila de Poços de Caldas, Município de Caldas.
Na sessão de seis de dezembro foram iniciados os primeiros
candidatos: Alfredo Pereira Borges, José Alves da Silva, João Teixeira
de Carvalho, Constantino Muniz Barreto e José Ferreira Polydoro.
Com apenas dezoito dias de atividades a Loja registrava, além dos
fundadores e dos iniciados nomeados acima,
três filiações: José
Joaquim Corrêa, José de Magalhães Mendonça e Antônio de Almeida
Souza; e ainda os aprendizes: Manoel Pio de Carvalho, Luiz Canuto
Guimarães, Antônio Machado de Moraes, Carlos Dariolli, Henrique
Goffi, Antônio Antunes Portugal e Antônio Pinto.
O edifício simbólico, da recém-criada Loja, entrou no ano de
1896 com a força necessária para a formação do seu alicerce: sete
mestres fundadores, três mestres filiados e doze aprendizes. Eram
vinte e dois Irmãos com residência na Vila e dispostos a levar avante o
objetivo traçado: elevar a "Estrela Caldense" e torná-la uma instituição
digna.
Em oito de abril de 1896 elegeu-se a primeira diretoria que
ficou assim constituída:
Venerável.:
1º Vigilante.:
2º Vigilante.:
Orador.:
Secretário.:
Tesoureiro.:
Chanceler.:
Hospitaleiro.:
Antônio Pereira Guimarães.:3
José Caetano Horta.:3
Manoel Alves da Silva.:3
Sebastião Fernandes Pereira.:3
Antônio Pinto.:3
Randolpho Mourão.:3
Adolpho Acayaba.:3
Nicolao Longo.:3
CAPÍTULO III
EPISÓDIOS E FATOS MARCANTES DE 1.896 a 1.899
Um dos princípios gerais da Maçonaria é que ela condena a
exploração do homem, bem como os privilégios e as regalias,
mas enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o
valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à
Humanidade
Em todas as Lojas Maçônicas encontram-se cidadãos das
mais variadas profissões, porque a Instituição reconhece o trabalho
como um dever social; julga-o dignificante e nobre sob quaisquer
de suas formas: manual, intelectual ou técnica.
A "Estrela Caldense" sempre cumpriu com dignidade os
princípios gerais da Ordem, dando guarida aos candidatos, dignos e
úteis dentro da comunidade, os quais, espontaneamente, bateram à
sua porta e foram recebidos, quer iniciados, filiandos ou visitantes.
Um retrospecto da época da fundação até o ano de 1899 nos
mostra o pedreiro, o carpinteiro, o serralheiro, o pintor, o artista, o
comerciante, os profissionais liberais, o agricultor, o industrial, o
funcionário público, o ferreiro , o político, o magistrado como iniciados
e freqüentes aos trabalhos da Oficina. Eram todos homens que
ocupavam, na comunidade, um papel de grande importância moral e
material no contexto de desenvolvimento da então Vila de Poços de
Caldas, tais como: Francisco Perfeito Pinheiro, funcionário municipal;
Pedro Sanches de Lemos, médico humanitário; Bento Dias Ferraz de
Arruda, rábula; Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, fazendeiro; Carlos
Alberto Maywald, construtor; José Ignácio de Barros Cobra, no cargo
de Agente Executivo da primeira Câmara de 1892 a 1900 e inúmeros
outros Irmãos que, a par das suas atividades profissionais,
trabalharam para o engrandecimento da "Estrela Caldense".
Antônio Pereira Guimarães, em 1896, tomou para si a
responsabilidade de chefiar uma missão que foi à cidade de Caldas
protestar contra o ato de selvageria praticado por elementos daquela
localidade que incediaram o prédio onde funcionava a Loja Maçônica
"Aurora Mineira".
Entenderam os Irmãos que uma das metas principais da Loja
deveria ser a Educação. E a 7 de setembro de 1896 era inaugurada
uma escola noturna, sem designação de nome, com um professor
contratado por Rs. 50$000 (cinqüenta mil réis).
Em certa ocasião um modesto circo, propriedade do Irmão
Hilário Maria de Almeida que, de quando em quando, permanecia na
Vila, foi depredado por populares. A Loja pediu providências ao então
delegado de polícia, Manoel Pio de Carvalho, que imediatamente
prendeu os culpados e instaurou o competente inquérito.
Desde o momento em que começou a funcionar pouco se
soube sobre os locais onde se realizavam as reuniões da EC, bem
como onde se instalara a Escola Noturna.
Dados colhidos com os Irmãos mais velhos são vagos e
imprecisos. Nenhum registro se fez de 5 de dezembro de 1895 até 31
de maio de 1898 sobre o local ocupado para o funcionamento das
atividades da Loja e da escola. Presume-se que a EC tenha sido
instalada na antiga Praça "Senador Godoy", atual "Pedro Sanches" ,
nº 223, em prédio de propriedade de Antônio Teixeira Diniz, o Barão
de Campo Místico, uma vez que a ele pagava-se aluguel.
Saindo do endereço mencionado, a Loja passou a manter
suas atividades em prédio do Ir.: Silvério Duarte d'Oliveira, situado na
antiga Rua dos Poços, nº 29, atual Rio de Janeiro. Ali hoje encontrase instalada a Tipografia Brasil.
Desse endereço a EC foi para o seu primeiro prédio,
construído em terreno doado pelo Ir.: Francisco Perfeito Pinheiro.
Uma comissão, composta por Antônio Machado de Moraes,
Francisco Perfeito Pinheiro, Pedro Sanches de Lemos, Caetano José
de Abreu e Carlos Alberto Maywald ,foi encarregada de apresentar
planta, orçamento e plano para a construção do edifício.
Em sessão do dia dezoito de junho de 1898 foram
apresentados o plano, a planta e o orçamento da obra. Nessa ocasião
todos fizeram suas ofertas, conforme veremos: Caetano José de
Abreu, 200$000 réis; Francisco Perfeito Pinheiro, o terreno para o
edifício; Fernando José Lopes, esquadrias e serviço de carpinteiro;
Affonso Masseotti, serviços de ferreiro; Benedito Rodrigues de
Camargo, serviço de pedreiro; Manoel Luiz Zuanella, construção do
frontispício; Benevenuto Patteroni, 100$000 réis e seis dias de serviço;
Severiano Cândido de Assis, duas dúzias de tábuas; João Teixeira de
Carvalho, 10$000
réis e serviço de carroça; Arthur Lopes de
Camargo, 100$000 réis; João Salvucci, 100$000 réis e serviços;
Jacomo Curia, 100$000 réis e serviço de ferreiro; Nicolao Amalfi,
20$000 réis e serviços; Presciliano Pereira de Jesus, 20$000 réis e
dois jogos de portais; José da Costa, 100$000 réis; Luiz Felício, 4.000
tijolos; José Joaquim Corrêa, 100$000 réis; Antônio Machado de
Moraes, a cal necessária para a obra; João Thomaz Pereira, Carlos
Alberto Maywald e Francisco Machado de Moraes, todo o serviço de
carpinteiro; Sebastião Fernandes Pereira, 28.750 tijolos; Adolfo
Neugbauer, 100$000 réis; Rodolpho Garcia Rosa, 100$000 réis;
Antônio Pessoa de Almeida, as pedras necessárias para a construção
e Eduardo Pio Westin e Maurílio Ramos de Figueiredo ficavam à
disposição para o que fosse preciso, dentro das possibilidades de
cada um.
O Venerável, Sebastião Fernandes Pereira, marcou para o
dia vinte e sete de junho, às 17:30 h, a cerimônia do lançamento da
pedra fundamental da obra a ser iniciada pela "Estrela Caldense" e fez
convite a todos para a importante solenidade.
Não sem muita dificuldade, o prédio foi sendo erguido e, a
cada encontro de trabalho, durante todo o tempo da construção, o
Venerável sempre conclamava a todos para se unirem em torno da
diretoria "para mais uma etapa difícil e exaustiva", qual fosse a de
proverem os meios necessários à satisfação dos compromissos
assumidos perante Irmãos e amigos que nela tanto confiaram.
A despeito de ainda não contar com o acabamento final, em
sete de janeiro de 1899 foi realizada a primeira sessão no prédio
recém-construído.
Por fim, no dia quatorze de março de 1899, em Sessão
Magna, o Templo foi sagrado e houve uma concorrida e primeira
cerimônia de Adoção de Lowtons, na qual foram apadrinhadas as
crianças Joaquim, Sebastião e Maria Pereira de Oliveira, filhos de
João Thomaz Pereira e Francisca de Paula Oliveira; Maria da
Conceição Pereira, filha de Sebastião Fernandes Pereira e Antônia
Margarida Ferreira.
Após as solenidades, o Templo foi aberto à visitação pública,
tendo comparecido inúmeras famílias de maçons e pessoas da
sociedade local e cidades vizinhas, interessadas em conhecer as
dependências do edifício.
CAPÍTULO IV
OS CEM PRIMEIROS INICIADOS - 1.895 a 1.910
Iniciação é uma palavra derivada do Latim "Initia" que tem por
significado adquirir os primeiros rudimentos de uma ciência. Em
relação à Maçonaria quer se referir aos primeiros passos ritualísticos
e aprendizado nos mistérios da Ordem.
Os cem primeiros iniciados na "Estrela Caldense" o foram a
partir de seis de dezembro de 1895 até cinco de junho de 1910.
José Alves da Silva, o primeiro iniciado era irmão carnal de
um fundador, Manoel Alves da Silva; o Ir.: mais novo entre os cem,
Ferruccio Incrocci, tinha 21 anos de idade; o último iniciado do século
XIX foi Francisco da Rocha Leite; e o primeiro do século XX José
Freire.
Nas pesquisas, colhendo depoimento dos parentes de
maçons antigos, percebemos que as famílias sempre pensaram que
um de seus membros tivesse sido um dos fundadores da Loja.
Entretanto isso não se comprova, através de documentos. O que se
verifica é que muitos foram iniciados em seguida à fundação e isso
trouxe a idéia de que tenham sido fundadores. Mas só poderiam ser
fundadores aqueles que já eram Mestres-Maçons.
Esta relação de cem nomes contém muito simbolismo. A
razão maior é a de que cada cidadão mencionado represente aqueles
que passaram, os que estão e os que ainda serão iniciados na Loja,
sempre caminhando para engrandecê-la com muito trabalho e
determinação.
NOME
INICIAÇÃO
001 - José Alves da Silva
06.12.1895
002 - José Ferreira Polydoro
06.12.1895
003 - Constantino Muniz Barreto
06.12.1895
004 - João Teixeira de Carvalho
06.12.1895
005 - Alfredo Pereira Borges
06.12.1895
006 - Manoel Pio de Carvalho
09.12.1895
007 - Luiz Canuto Guimarães
09.12.1895
008 - Antônio Machado de Moraes
09.12.1895
009 - Henrique Goffi
13.12.1895
010 - Carlos Dariolli
13.12.1895
011 - Antônio Antunes Portugal
16.12.1895
012 - Antônio Pinto
23.12.1895
013 - Sebastião Fernandes Pereira
08.01.1896
014 - Randolpho Mourão
08.01.1896
015 - Alfredo Tristão
08.01.1896
016 - Antônio Ferreira Coelho
17.01.1896
017 - Leandro Fernandes Almeida
21.01.1896
018 - Francisco Machado de Moraes
29.01.1896
019 - Antônio Magalhães
29.01.1896
020 - Bonifácio Fernandes Filho
12.02.1896
021 - Arthur Ferreira Brandão
18.03.1896
022 - Augusto José de Oliveira
18.03.1896
023 - Paulino Fellipe de Figueiredo
18.03.1896
024 - Arthur Affonso de Barros Cobra
18.03.1896
025 - João Thomaz Pereira
15.04.1896
026 - José Henrique dos Santos
15.04.1896
027 - Joaquim Cunha Diniz Junqueira
27.04.1896
028 - Rodolpho José de Barros Cobra 13.05.1896
029 - Francisco Perfeito Pinheiro
20.05.1896
030 - Pedro Sanches de Lemos
10.06.1896
031 - Bento Dias Ferraz de Arruda
10.06.1896
032 - Benedito Rodrigues de Camargo
15.06.1896
033 - Fernando José Lopes
15.06.1896
034 - Carlos Alberto Maywald
19.06.1896
035 - Adolpho Neugbauer
19.06.1896
036 - Reducino Pinto
16.07.1896
037 - Presciliano Pereira de Jesus
28.07.1896
038 - João Salvucci
06.09.1896
039 - Maximiano da Fonseca Reis
21.11.1896
040 - Rodolpho Garcia Rosa
16.01.1897
041 - Maurílio Ramos de Figueiredo
30.01.1897
042 - Lourenço Dias Ferreira
10.03.1897
043 - Antônio Pessoa de Almeida
05.04.1897
044 - João Nepomuceno Corrêa
08.04.1987
045 - Caetano José Pereira
28.05.1897
046 - Giuseppe Bernardo
04.06.1897
047 - Antônio Ramos
04.06.1897
048 - Jacomo Curia
11.06.1897
049 - Alípio da Cruz
21.06.1897
050 - Luiz Felício
28.06.1897
051 - Affonso Masseotti
23.07.1897
052 - Severiano Cândido de Assis
30.07.1897
053 - João Fernandes Alvarez
13.08.1897
054 - Affonso Pereira de Carvalho
20.08.1897
055 - José da Costa
30.08.1897
056 - Benevenuto Patteroni
30.08.1897
057 - José de Oliveira Macedo
05.02.1898
058 - Arthur Lopes de Camargo
26.03.1898
059 - Henrique Capps Júnior
14.05.1898
060 - Trajano Chrysóstomo Corrêa
28.05.1898
061 - Nicolao Amalfi
11.06.1898
062 - José Borges da Fonseca
22.07.1898
063 - Rozendo Carrera
17.09.1899
064 - Francisco Mencarini
04.02.1899
065 - Manoel Martins Alvarez
04.02.1899
066 - Antônio Pelicciari
22.02.1899
067 - Augusto Fernandes de Almeida
08.04.1899
068 - Carlos Duarte Cruz
20.05.1899
069 - Arthur Fernandes Sabroza
23.05.1899
070 - Manoel Gaspar Guerra
05.06.1899
071 - Pantaleão Stanziola
28.07.1899
072 - Patrício Marques dos Santos
04.08.1899
073 - Carlos Henrique
11.08.1899
074 - Firmino Machado de Moraes
01.09.1899
075 - João Ponteprimo
29.09.1899
076 - Archanjo Dal Poggetto
03.11.1899
077 - Francisco da Rocha Leite
09.02.1900
078 - José Freire
18.05.1901
079 - Luciano Bruno
18.05.1901
080 - Ferruccio Incrocci
08.02.1902
081 - Virgílio Wenceslau Messias
20.07.1903
082 - José Freire da Cruz
08.08.1903
083 - Venâncio Vivas
21.11.1903
084 - João Amaral
20.08.1904
085 - João Machado
05.09.1904
086 - João Pinto Bandeira Júnior
10.09.1904
087 - Antônio Mazzetto
26.11.1904
088 - Francisco Gesualdi
20.05.1905
089 - Antônio Luiz Pinto
02.07.1905
090 - José Moreira da Silva
091 - Manoel da Rocha Porto
092 - Salomão de Souza
093 - Angelo Martelli
094 - Rogério Moura Gambier
095 - Jovino Pereira da Fonseca
096 - Carlos Mellara
097 - Maximiano Barbosa da Silva
098 - Antônio Canhedo
099 - Ernesto da Silveira Mello
100 - Joaquim Ferreira da Silva
10.02.1906
31.03.1906
07.07.1906
25.08.1906
22.09.1906
08.06.1907
20.07.1907
20.07.1907
30.05.1908
05.06.1909
09.07.1910
CAPÍTULO V
SÉCULO XX - 1.900 a 1995:
CRONOLOGIA DE LUTA, COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
1900 - A "Estrela Caldense" reúne-se no dia vinte de janeiro , para
sua primeira Sessão Econômica do ano, na qual os IIr.: discutiram a
reformulação do Regulamento Interno da Loja e realizou-se um
Conselho de Família. Em vinte de abril constituiu-se a diretoria para o
biênio 1900-1901 e o Venerável eleito foi Antônio Machado de
Moraes.
1900 - Henrique Capps Júnior, iniciado em 14 de maio de 1898,
solicita da Loja uma carta de apresentação, pois estava de partida
para os Estados Unidos da América do Norte onde iria estudar. Como
possuía poucos recursos para se manter lá, a carta poderia abrir
portas junto aos IIr.: norte-americanos. Em nossas pesquisas não há
registro de nenhuma notícia desse Ir.: , depois da sua ida.
1901 - o fato significativo foi o convite para um Congresso Maçônico
na cidade de Pouso Alegre, com objetivo de discutir a chegada
crescente dos jesuítas ao Brasil, expulsos da Europa, e que eram
frontalmente contrários aos maçons.
1902 - Vários Irmãos fazem apelo em Loja para tornar a EC mais
dinâmica e objetiva no sentido de propiciar mais assistência às
pessoas necessitadas.
1905 - Proposta a restauração do Ensino Primário, implantado anos
antes pela Loja, sob o forte argumento de que a sua paralisação havia
acarretado incontáveis prejuízos à infância da cidade.
1906 - João Amaral propõe fundar um periódico para divulgar
assuntos de interesses maçônicos. Uma comissão foi nomeada para
estudar a proposta. Em 20 de outubro um jornal foi criado com o nome
de "Pelicano", para ser impresso nas oficinas da tipografia do jornal "A
Voz do Povo". Os IIr.: encarregados do jornal foram: Antônio Mazzetto,
Salomão de Souza e Manoel Luiz Zuanella. Por falta de recursos
financeiros o jornal não chegou a ser impresso.
1910 - Houve grande mobilização dos IIr.: para, junto à comunidade,
prestar toda a assistência necessária às vítimas da epidemia de
varíola que se abateu sobre Poços de Caldas. Para tanto a EC
colocou as dependência da Loja e o trabalho dos maçons à disposição
da Prefeitura Municipal.
1911 - Recebida em Sessão Magna a visita de uma Irmã, de
nacionalidade espanhola, Belem Sarraga de Ferro. A escritora e
propagandista do Livre Pensamento aqui esteve para fazer uma
conferência sobre Maçonaria e falar a respeito do ensino racionalista,
no Templo da "Estrela Caldense" e no Teatro Politeama.
1913 - O Ven.: Antônio Pessoa de Almeida, por sugestão de Joaquim
Bernardes de Freitas, nomeia uma comissão para tratar da fundação
de uma Escola Primária.
1914 - Correspondência vinda do Grande Oriente da França solicitava
auxílio pecuniário com objetivo de socorrer os infelizes, sem distinção
de nacionalidade, que sofriam com os horrores da guerra européia. Na
ocasião os Irmãos levantaram, entre si e na comunidade, a quantia de
duzentos e dezesseis mil réis, que foram enviadas àquele país.
1915 - Cria-se a Escola São João da Escócia, com objetivo de
aceitar matrículas somente de alunos carentes, tendo como
professor o maçom João José Pereira dos Santos.
1916 - Decreto do Grande Oriente do Brasil faz saber que "onde não
houver escola mantida pelo governo ou por associação leiga, as
Lojas e os maçons serão obrigados a suprir essa falta, dando a
essa missão preferência".
1916 - O Ir.: Affonso Junqueira faz, em Loja, uma proposta ousada
para a época: fundar-se uma Loja só de mulheres. A proposição foi
acolhida pelo Venerável Antônio Pessoa de Almeida que solicitou dos
Irmãos um estudo da Constituição Maçônica para que tal idéia fosse
viabilizada. Entretanto nada mais se mencionou sobre o assunto em
questão.
1917 - Um concurso, para a criação do estandarte da Escola São João
da Escócia, é realizado e tem por vencedor um dos alunos, cujo nome
não foi revelado em ata e não foi possível descobrir através das
pesquisas. O estandarte tinha por figura um pelicano, símbolo
maçônico, e o professor João dos Santos sugeriu que se
acrescentasse um globo terrestre e um livro. Tal sugestão não foi
aceita. Feito um orçamento na época, o estandarte não foi
confeccionado porque ficaria muito caro. Ao aluno foi dado, como
prêmio, uma caixa de lápis de cor.
1917 - A EC faz doação em dinheiro para os Aliados da Primeira
Grande Guerra.
1917 - Antônio Pessoa de Almeida propõe a criação da Associação
da Cruz Vermelha em Poços de Caldas. A proposta não evoluiu por
causa de conflitos de interesses entre membros da sociedade local.
1918 - Registrada as homenagens dos maçons aos médicos Francisco
de Faria Lobato e Antônio de Rezende Chagas, pelos serviços
relevantes prestados em favor da comunidade. Por ocasião da
chamada "Gripe Espanhola" esses médicos trabalharam com denodo
e afinco, salvando pessoas em Poços de Caldas e na região, sem
medo de se exporem à temida epidemia.
1919 - A ESJE encontra-se em dificuldade financeira e o professor
João dos Santos abre mão de quarenta por cento de seus
vencimentos. A proposta não foi aceita pelos Irmãos.
1920 - Por solicitação do Governo Federal, a EC colabora para fazer o
recenseamento da população poços-caldense.
1921 - Os Irmãos se unem para enviar donativo em dinheiro aos
flagelados russos, vítimas da fome. Chegava ao fim a "Revolução
Russa", guerra civil entre o Exército Vermelho e os Russos Brancos.
1922 - Irmãos registram os lamentáveis acontecimentos por que passa
o Brasil. Era o último ano do governo Epitácio Pessoa, aproximavamse as eleições para a Presidência da República e eclodia a Revolta
dos "18 do Forte" de Copacabana, movimento tenentista contra a
política do "café-com-leite", união entre políticos paulistas e mineiros.
1923 - Correspondência do prefeito Francisco Escobar à Loja, dá
ciência de sua escolha para o cargo de Senador Estadual.
1924 - Boatos corriam pela cidade dizendo que a Loja sofreria uma
atentado por razões de ordem política. O objetivo era dinamitar o
Templo da EC.
1925 - A viúva do Irmão Júlio Ribeiro, escritor brasileiro, autor de "A
Carne", envia vários exemplares do seu livro para que os Irmãos
adquiram e a renda reverta em benefício da mesma.
1925 - O Irmão Guido Rocchi, maestro, doa à Loja a confecção do
busto do ilustre maçom Pedro Sanches de Lemos.
1926 - A cunhada, Teresina Carini Rocchi, esposa de Guido Rocchi,
solicita da EC a interferência junto a ele, a fim de que seja cumprido o
compromisso de dar a ela uma pensão mensal de Rs.150$000 (Cento
e cinqüenta mil réis). Foi dado um prazo para regularizar tal situação.
1926 - Tendo falecido o maçom, doutor Vicente Neiva, o vigário da
paróquia proibiu a funerária local de prestar os serviços necessários,
além de se recusar a realizar missa de corpo presente.
1927 - Waldomiro Maurício lança protesto em Loja contra a execução,
na cadeira elétrica, nos EUA, de Sacco e Vanzetti.
1928 - Consignado em ata voto de protesto contra a pena de morte,
instituída pelo Primeiro Ministro da Itália, Benito Mussolini.
1929 - O Ir.: Rômulo Cardillo, faz um discurso veemente, em Loja,
contra a corrupção que tem flagelado a humanidade.
1929 - Visita a "Estrela Caldense" Nicolau Ancona Lopes, redator do
Jornal "O Estado de São Paulo", grande jornalista e figura de destaque
na Ordem Maçônica.
1931 - O governo fascista italiano persegue e mata inúmeros maçons,
não poupando nem suas esposas e filhos. A EC protesta não
aceitando convite da Sociedade de Socorro Mútuo "Stella d'Itália" para
recepcionar o Cônsul italiano em visita a Poços de Caldas.
1932 - Em razão dos inúmeros pedidos de matrícula para a ESJE,
perto de duzentos e cinqüenta, Palmiro D'Andrea sugere que se
diminua o recinto do Templo para dar lugar a mais salas de aula.
1932 - O Irmão João Moreira Salles prontifica-se em colaborar com a
quantia de cinco mil réis, mensais, para ajudar na manutenção e
custeio da Escola São João da Escócia.
1933 - Ivo Sandry relata em reunião a notícia de que Hitler está
perseguindo os maçons alemães, a fim de impor a sua onipotência e
despotismo. Pede, e é atendido pelos Irmãos, que seja enviado o
protesto da Loja à embaixada da Alemanha no Brasil.
1933 - O médico Arthur de Mendonça Chaves não pôde fornecer o
Atestato Sanitário, exigido pelo Governo do Estado, para que a Escola
São João da Escócia fosse oficialmente reconhecida porque os
sanitários da escola não estavam de acordo com as normas de
higiene exigidas. Na ocasião o médico orientou a direção da ESJE nas
reformas das instalações, assim como prestou relevantes serviços,
tendo, por isso, recebido o diploma de Benemérito da "Estrela
Caldense".
1934 - Realizada uma Sessão Magna para receber o ilustre Irmão
Gabriel Terra, presidente da República Oriental do Uruguai, em visita à
Poços de Caldas e à "Estrela Caldense".
1934 - É desenvolvida uma campanha entre os maçons e cidadãos
poços-caldenses para que todos façam o alistamento eleitoral,
conforme determinava a Constituição Federal.
1935 - Irmãos da "Estrela Caldense" medeiam conflito de ordem
política entre integralistas e extremistas, residentes na cidade, que se
dispunham a um enfrentamento corporal.
1936 - Uma palestra de grande proveito é feita, pelo prefeito Dr. Assis
Figueiredo, para os alunos da Escola São João da Escócia, cujo tema
era a proteção e o cuidado que se deve ter com as árvores.
1936 - O prefeito Francisco de Paula Assis Figueiredo recebe
congratulações da Loja por ter promovido
uma prova de
automobilismo na cidade.
1937 - Pedido vindo de Barcelona, Espanha, solicitava ajuda em
donativos ou mesmo que os Irmãos ou pessoas da cidade, adotassem
crianças órfãs, vítimas da Gerra Civil que por lá se desenvolvia. Os
registros posteriores e pesquisas realizadas na cidade, não revelaram
se houve alguém que tenha se interessado em adotar crianças
espanholas.
1937 - Decreto do governo de Getúlio Vargas obriga o fechamento de
todas as Lojas Maçônicas no País. Em Poços de Caldas tal ordem foi
cumprida pelo delegado de polícia, Moacyr Vieira Martins.
1938 - Seis meses depois do Decreto, Vargas determina que sejam
reabertas todas as Lojas, desde que estivessem cuidando ou
mantendo alguma instituição de utilidade pública.
1939 - A EC é chamada a se manifestar sobre a criação da
Siderúrgica Nacional. Os Irmãos acreditam ser impossível integralizar
o capital necessário apenas entre os membros da sociedade civil
brasileira.
1939 - O Venerável Pedro Henrique faz veemente protesto contra o
regime nazista que, passando sobre os Tratados de Paz, agride a
Polônia, trazendo o desassossego àquele país e ao mundo.
1941 - Uma Loja, considerada espúria, era fundada em Poços de
Caldas com o nome de "Fraternidade Poços-Caldense". Verificamos
que a mesma teve curta existência.
1942 - Waldemar Hait pede aos membros da EC que não proponham
para iniciação pessoas que sejam proprietárias ou trabalhem em
casas de jogos de azar.
1943 - Violento artigo contra a Maçonaria, no jornal " O Santuário", tem
pronta resposta da EC, através de boletins espalhados pela cidade.
1944 - Os Irmãos colocam-se a campo a fim de ajudar no problema da
falta de açúcar na cidade.
1945 - Enviado à embaixada da Espanha, no Rio de Janeiro, protesto
pelos atos do ditador Francisco Franco e pelas atrocidades cometidas
contra o povo espanhol.
1946 - A "Estrela Caldense" se dispõe a encabeçar movimento e lutar
contra a prática do câmbio negro de alimentos, pois havia escassez de
gêneros na cidade e comerciantes inescrupulosos aproveitavam-se da
situação para explorar, não poupando ninguém.
1947 - Realizada uma Sessão Magna para comemorar o centenário de
nascimento de Pedro Sanches de Lemos. Na ocasião foi inaugurado o
busto que hoje é visto na entrada saguão do prédio da EC.
Ressaltamos para registro que Pedro Sanches foi iniciado, assim
como o foi Bento Dias Ferraz de Arruda, em dez de junho de 1896,
particularmente em casa do Venerável Antônio Pereira Guimarães.
1947 - É manifestada a preocupação com a deficiência da polícia local
e a falta de segurança a que estavam expostos os habitantes de
Poços de Caldas. O Ir.: Deolindo de Toledo Júnior comunica em Loja
que foi criada uma Guarda Municipal noturna e que a mesma havia
iniciado suas atividades, tendo como diretores: Martinho Mourão,
Remo Cardillo e o próprio Deolindo Jr.
1948 - Relato de Remo Cardillo, em documento, registra que o maçom
Edgard de Almeida havia convidado o maçom Manoel Pereira
Sobrinho para ser padrinho de batismo de sua filha. Entretanto o padre
(não há menção do seu nome) da paróquia local recusou-se, alegando
ser o padrinho um maçom. Ante a recusa, dirigiram-se todos à
Paróquia de São Sebastião, na Vila Cruz, onde os padres oblatos
realizaram o ato religioso.
1948 - O Venerável Moacyr Vargas de Souza conclama os Irmãos
a se unirem em torno da Escola São João da Escócia, pois ele
antevê um "futuro brilhante para a instituição educacional
mantida pela Loja.
1948 - Pedro Linguanotto comunica a instalação, por proposta do Ir.:
José Batista Nogueira, do Serviço de Proteção aos Animais. Segundo
ficou acertado, a entidade seria dirigida pelas professoras do Grupo
Escolar "David Campista", tendo à frente Jaci Nogueira.
1948 - Uma conferência literária do advogado Edmundo Cardillo na
Sociedade de Cultura e Arte, presidida pelo doutor Sebastião Pinheiro
Chagas, trouxe muito aborrecimento a este último, pois o tema "Dante
Allighieri, A Divina Comédia e a Maçonaria" desagradou aos filiados da
entidade e muitos pediram demissão. Em tempo: Edmundo Cardillo
ainda não era maçom.
1949 - Moacyr Vargas de Souza fala
"Estrela Caldense" ter um jornal próprio.
sobre a necessidade de a
1950 - É mencionado em Loja o fato de a Santa Casa de Poços de
Caldas, por sua direção, monopolizar o atendimento, deixando de fora
médicos da cidade que ali desejavam trabalhar.
1951 - Ivo Sandry comunica à Loja sobre o estado precário no qual se
encontra a senhora Teresina Carini Rocchi, viúva de Guido Rocchi. O
Ir.: Rômulo Cardillo confirma as informações e pede aos Irmãos que
dêem a assistência necessária a essa cunhada.
1952 - Inaugurada a biblioteca "Capitão Affonso Junqueira", da EC,
com a presença da senhora Maria Ovídia Junqueira, viúva do
homenageado.
1953 - A "Estrela Caldense" é uma das fundadoras do "Grande
Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais", tendo seu registro
sob nº 3, no livro 1 daquela entidade.
1954 - Acontece a Sagração do novo Templo, com inúmeras
solenidades. Na ocasião foi colocado, no saguão da Loja, o busto de
Pedro Sanches de Lemos, grande maçom e grande médico
humanista. O Ir.: Guido Pelicciari, de São Paulo, filma todo o evento.
1954 - A Loja "Major Braga", de Aguaí, por indicação do Ir.: Jorge
Potgê, delibera, por votação de seus filiados, que a EC e todos os
seus membros sejam declarados sócios honorários e fundadores
daquela Oficina.
1954 - Edmundo Cardillo, Issa Sarraf, José Remígio Prezia e Arino
Ferreira Pinto tomam posse como vereadores à Câmara Municipal de
Poços de Caldas, por eleições livres. Vale lembrar que naquela época
vereador não recebia para exercer o mandato. Era escolhido por suas
virtudes e postura diante da sociedade.
1955 - A "Estrela Caldense" inicia movimento junto às autoridades do
Estado de São Paulo para o asfaltamento da estrada Cascata-MojiMirim.
1955 - Pedro Linguanotto, em brilhante oratória, discorreu, em Loja,
sobre o significado e importância das nossas flora e fauna e lamentava
a devastação da natureza que se processava em nosso país.
1956 - A EC realiza importante e histórico conclave maçônico, que
resultou em mudanças significativas para a Maçonaria de Minas
Gerais.
1957 - A EC recebe a visita do maçom e famoso cantor popular
Vicente Celestino. Na ocasião foi saudado pelo Ir.: Antônio Alberto
Fernandes que reverenciou o seu talento vocal.
1957 - A Loja solicita o apoio da Maçonaria brasileira ao povo de
Porto Rico, pelo direito de auto-determinação daquela ilha.
1958 - Intrigas contra o Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do
Brasil e o Grande Oriente Tiradentes de Minas Gerais envolvem a
"Estrela Caldense". Panfletos desfavoráveis ao GOB estavam sendo
distribuídos em papel timbrado da EC. Apurou-se, em seguida, que a
Loja não estava envolvida no caso.
1959 - É exibido em Loja a publicação "Jornalzinho", editada pela Pia
Editora de São Paulo. Trazia uma história em quadrinhos na qual
mascarados, denominados maçons, seqüestram e matam menores,
em cenário que mostrava um Templo maçônico. A EC envia protestos
às autoridades competentes e à Associação Brasileira de Imprensa.
1960 - Sob a coordenação de IIr.: das Lojas "Estrela Caldense" e "Luz
e União" foi realizada uma passeata de estudantes e de pessoas da
comunidade em protesto contra o jogo de azar e a paralisação
definitiva do mesmo em Poços de Caldas.
1961 - Debatida em Loja a situação da Usina Atômica de Poços de
Caldas. Todos são a favor de que seja enviada correspondência ao
governo federal solicitando o prosseguimento das obras, uma vez que
a não-conclusão da mesma só trará prejuízo ao país.
1962 - José Vargas de Souza comunica que comprou de Décio Alves
de Morais, o jornal "Gazeta do Sul de Minas", pela quantia de Cr$ 2,8
milhões de cruzeiros e que a "Estrela Caldense" e o Instituto
Educacional São João da Escócia ficariam com a maior parte das
cotas. Inúmeros Irmãos participaram desse esforço adquirindo ações.
1963 - A Loja realiza o feito de iniciar três irmãos carnais na mesma
data: Walker, Wanir e Wander Bressane Braga, filhos do Ir.: Júlio de
Melo Braga.
1964 - Estranhamente a "Estrela Caldense", sempre tão combativa,
não se manifestou sobre a situação político-institucional por que
passava o Brasil nesse ano.
1965 - A Loja presta significativa homenagem a Pedro Linguanotto por
seus cinqüenta anos como maçom exemplar.
1966 - O Venerável José Carlos de Paiva Cardillo anuncia, em Loja,
que a instalação da Faculdade de Direito, pretendida para Poços de
Caldas, com o esforço dos maçons e do IESJE, estava perto de se
concretizar.
O Ir.: Carlos Errico Neto nos informou que, por injunções políticas e
econômicas, essa Faculdade foi instalada em São João da Boa Vista.
1967 - A "Estrela Caldense" realiza protesto pela falta de liberdade de
imprensa no Brasil.
1967 - Maçons da "Estrela Caldense" e da "Luz e União" se unem para
organizar um time de futebol. Durante algum tempo a equipe brilhou
em campos mineiros, paulistas e fluminenses, realizando partidas de
cunho beneficente. Para se ter uma idéia, até mesmo os atletas
pagavam ingresso. Uma das memoráveis partidas da equipe "Estrela
Caldense”, contra a Loja de São José do Rio Pardo, teve proposta de
entrada em campo "na forma ritualística", para provar que o time era
composto só de maçons, conforme nos relatou o Irmão, hoje residente
em Itajubá, Durval Borges de Oliveira.
1968 - Fundada a "Fraternidade Feminina do Cruzeiro do Sul",
entidade que congregava as esposas dos maçons e tinha por objetivo
dar assistência a enfermos e necessitados, quer fossem maçons ou
não.
1969 - Colocada em Loja a candidatura, a Grão-Mestre do Grande
Oriente de Minas Gerais, de Athos Vieira de Andrade. Na ocasião o
Irmão falou sobre a sua prioridade de governo: "o amparo à infância.
1972 - O Ir.: Alberto Macedo fala sobre um possível entendimento
entre a EC e o "Lar de Irmã Catarina" a fim de que os maçons
assumissem a direção daquela entidade. Tal não aconteceu naquela
época porque algumas exigências feitas não davam para ser
cumpridas.
1972 - A "Estrela Caldense" apóia a candidatura de Athos Vieira de
Andrade para Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil.
1973 - Athos Vieira de Andrade vence as eleições para o GOB.
1974 - A EC apoia a reabertura da Loja Maçônica "Aurora
Cacondense", de Caconde - SP. enviando Orlandino Risola como seu
representante às solenidades.
1975 - O Ir.: Orlandino Risola comunica que a EC conseguiu a
instalação do primeiro Consistório interiorano. Caso inédito na
Maçonaria brasileira. A solenidade de instalação deu-se a 23 de
fevereiro de 1975.
1975 - A Loja encarrega Alberto Macedo de realizar uma pesquisa
sobre a história da "Estrela Caldense".
1975 - A EC se empenha junto ao Governador de Minas e ao
Secretário do Departamento Estadual de Rodagem, Vicente Pinheiro
Chagas, para a construção da "estrada do contorno".
1976 - Proposta da Comissão de Educação e Cultura da "Estrela
Caldense" sugere a criação de mais uma escola.
1978 - Preocupados com o crescimento do uso de drogas, pela
juventude, a EC empenha-se numa campanha efetiva de alerta contra
o perigo que ela representa para a sociedade.
1979 - Javier Torrico Morales sugere, em Loja, que 1980 fosse
proclamado o "Ano da Educação em Poços de Caldas" e que todos se
esforçassem para dotarmos a cidade de cursos superiores.
1980 - A Loja asssume a administração do "Lar de Irmã Catarina",
creche mantida por uma instituição espírita. O "Lar" recebeu o
nome de Irmã Catarina, porque esse nome é o de uma Luz, uma
Entidade, segundo alguns espíritas consultados.
1981 - Irmãos da "Estrela Caldense" recebem proposta para
adquirir e assumem a Escola "Sete de Setembro".
1983 - Relatado em Loja que a Sagrada Congregação para a Doutrina,
no Vaticano, reuniu-se e, em declaração assinada pelo Papa João
Paulo II, deixou-se de mencionar as instituições contrárias à doutrina
da fé católica, acabando, então, com a prática da excomunhão dos
seus membros. Com isso cessavam, temporariamente,
as
perseguições à Maçonaria.
1983 - Acertada uma palestra do monsenhor Trajano Barroco, pároco
local, nas dependências do Templo da "Estrela Caldense", para o dia
primeiro de dezembro. Nessa ocasião o padre reconciliou-se com os
maçons.
1984 - O Hospital "Pedro Sanches" passa a pertencer e a ser
administrado pela Loja.
1988 - A "Estrela Caldense" dirige-se ao governador do Estado,
Newton Cardoso, solicitando a criação da Universidade de Poços de
Caldas, uma vez que a Autarquia Municipal de Ensino não estava em
condições de continuar sendo mantida com o dinheiro dos cofres
públicos municipais.
1989 - A EC manifesta-se contrária ao transporte e armazenamento de
rejeitos radiativos que estão sendo trazidos de São Paulo para a
cidade de Caldas, por iniciativa da Empresas Nucleares Brasileira.
1990 - A Loja é informada de que o processo de criação da Faculdade
de Direito, a funcionar no IESJE, foi encaminhado para o Conselho
Estadual de Educação.
1992 - Na campanha eleitoral para a Prefeitura da cidade, a Loja abre
suas portas a fim de que os candidatos apresentem seus programas
de governo.
1992 - Prestada significativa homenagem e dado o título de
Benemérito a Alberto Rosi por seu longo tempo como maçom e sua
contribuição e trabalho em favor da "Estrela Caldense".
1993 - O Instituto Educacional
comunicado da Universidade de
para que seja firmado convênio
Direito e Engenharia Química a
Colégio.
São João da Escócia recebe
Alfenas e protocolo de intenções
instalando cursos superiores de
funcionar nas dependências do
1993 - A Loja coloca à disposição da UNIFENAS os prédios da rua
Ceará e o prédio em construção da rua Corumbá, em comodado, por
doze anos, para a instalação das faculdades.
1994 - Waldir Miguel fala sobre o processo da Faculdade de Direito
que foi encaminhado ao Ministério da Educação, em Brasília. E relata
o esforço que tem sido feito para que a UNIFENAS traga para cá
cursos superiores.
1994 - Proposta vinda de setores da comunidade mobiliza os IIr.:
contra uma tentativa de municipalização do Hospital "Pedro Sanches",
propriedade privada, cuja entidade mantenedora é a "Estrela
Caldense".
1994 - Constituída a Comissão encarregada dos preparativos dos
festejos do Centenário da "Estrela Caldense": Élio de Oliveira Macedo,
Antônio Carlos da Silva, Antônio José Iranço de Almeida, Antônio
Honório dos Santos, Cleiber Augusto Pomarico, Dumas Pestana Filho,
Hélio Antônio Scalvi, Fábio Capitanini, Lázaro Emanuel Franco Salles,
Richard Alves de Morais, Jair Antônio Vieira e Silva e Celso Renato
Cavini e Hugo Pontes.
1994 - A diretoria do Museu Filatélico, da Empresa Brasileira de
Correios, aprova a emissão de carimbo comemorativo dos cem anos
da "Estrela Caldense", a ser lançado em dezembro de 1995.
1994 - O Hospital "Pedro Sanches" inaugura moderna Unidade de
Tratamento Intensivo, para melhor atender à comunidade poçoscaldense, e recebe o nome de "Walter Miguel", maçom e um de seus
primeiros diretores.
1994 - Aprovada em Loja a Bandeira da "Estrela Caldense", idealizada
por Antônio Honório dos Santos com arte final do Irmão Richard Alves
de Morais.
1994 - A cinco de dezembro a Loja comemorou os seus noventa e
nove anos de existência com uma solenidade na qual foi oficialmente
apresentada a Bandeira aos membros do quadro. Na ocasião houve
homenagem aos maçons mais antigos e uma palestra realizada pelo
Ir.: Francisco de Assis Carvalho, diretor da Revista "A Trolha", de
Londrina-PR.
1995 - Através do empenho da "Estrela Caldense", a Universidade de
Alfenas instala a Faculdade de Direito na cidade. Para viabilizar o
funcionamento, é cedido o prédio recém-construído, localizado à Rua
Corumbá, para onde seria transferida a Escola Sete de Setembro.
Tal procedimento foi necessário até que a Unifenas instale seu
Campus, em terreno doado pelo povo de Poços de Caldas.
1995 - A Câmara Municipal aprova e o prefeito Luiz Antônio
Batista sanciona a Lei 5.875 de 05.05.1995, de autoria do vereador
Ronaldo Junqueira concedendo o "Diploma de Gratidão da
Cidade" à "Estrela Caldense", "pelos seus CEM ANOS de bons
serviços prestados à comunidade poços-caldense nos setores de
educação, assistência social e saúde". A honraria foi entregue,
em sessão solene da Câmara, no Pálace Cassino, no dia 30 de
junho.
CAPÍTULO VI
A GRANDE BENEMÉRITA E GRANDE BENFEITORA
Em 1896 a "Estrela Caldense" dá início a sua obra de
Benemérita e Benfeitora da Ordem, na então Vila de Poços de Caldas.
Daquela época em diante, não mais deixou de estar atenta
às necessidades quer do seu Quadro de Obreiros, quer em atender a
um pedido de ajuda do mais longínquo povoado brasileiro e até
mesmo do exterior.
Em 1897, pela primeira vez, a Loja se vê responsável pelas
despesas com o funeral de um de seus membros. Falece o Ir.: Antônio
Magalhães e os Irmãos acorrem para dar a devida assistência à
família enlutada.
É importante ressaltar que o atendimento dos pedidos era
feito por uma comissão encarregada pelo Venerável para avaliar a
oportunidade da solicitação. Assim, a primeira Comissão de
Beneficência a ser organizada em Loja, em maio de 1898, foi
composta pelos Irmãos Pedro Sanches de Lemos, Silvério Duarte
d'Oliveira e Caetano José de Abreu para "promoverem os meios
necessários a fim de enviar socorro a São Carlos do Pinhal face à
epidemia de "febre amarela" que atingiu, com gravidade, aquela
cidade paulista".
Em 1899, mês de novembro, a Vila de Poços de Caldas
estava diante da "peste bubônica", epidemia grave contra a qual os
IIr.: trabalham denodadamente.
E assim se alicerçou a "Estrela Caldense", com todos os IIr.:
imbuídos do mais alto espírito da filosofia maçônica: quanto mais as
carências da população exigiam, mais os Irmãos cobravam empenho
de si mesmos com o objetivo de resolver os problemas dos mais
necessitados.
Em outubro de 1914, o mundo assistia à Primeira Grande
Guerra, e os IIr.: levantavam a quantia de 216 mil réis, para atender a
um pedido, do Grande Oriente da França, com objetivo de socorrer os
infelizes que estavam sofrendo com os horrores da Guerra Européia.
No ano de 1915 cria-se a Escola São João da Escócia e, em
1916, recebe do Grande Oriente do Brasil o título de "Grande
Benfeitora da Ordem" pela fundação
e manutenção do
estabelecimento de ensino, além dos justos serviços prestados à
causa maçônica.
Em 1917 os IIr.: fazem mais uma doação em dinheiro para os
Aliados da Primeira Grande Guerra. Ao mesmo tempo Antônio Pessoa
de Almeida propunha que fosse fundada na cidade a Associação da
Cruz Vermelha. Tal proposta, por conflitos de interesse envolvendo
pessoas da sociedade local, não se concretizou.
Em 1921 o flagelo da fome atinge a Rússia e, ao receber
pedido de ajuda, a EC sai em socorro das vítimas enviando donativos
para amenizar o problema.
Março de 1924 a cidade de Campos-RJ sofre com uma
enchente de grandes proporções e a EC promove uma quermesse,
envolvendo toda a cidade de Poços de Caldas, com objetivo de
angariar recursos para ser enviado àquela cidade norte-fluminense.
As ações de benemerência ocorriam tanto para uma ajuda
externa, quanto para um atendimento na cidade. Antônio Luiz Pinto
lança em reunião e vê aprovada a proposta de se estipular uma
contribuição mensal, feita por todos os IIr.:, para socorrer as viúvas
necessitadas dos nossos IIr.: falecidos.
Em janeiro de 1926 os maçons promovem um verdadeiro
mutirão para angariar recursos em alimentos, dinheiro e material de
construção, a fim de socorrer os desabrigados da enchente ocorrida
na cidade de Poços de Caldas.
O Ir.: Palmiro D'Andrea, em novembro de 1929, sugere em
Loja que seja solicitado para a "Estrela Caldense" o título de "Grande
Benemérita da Ordem" junto ao GOB. Tal título é concedido.
Reafirmando sempre seu compromisso com a educação
gratuita, Haroldo Escobar lembra aos Irmãos que a Escola São João
da Escócia é uma instituição para alunos pobres.
A Guerra Civil Espanhola chega à "Estrela Caldense" através
de uma correspondência vinda da Loja "Minerva 25", de Barcinos,
Barcelona, Espanha, solicitando donativos e mesmo oferendo para
que os nossos Irmãos ou pessoas da cidade acolhessem, por adoção,
pequenos órfãos espanhóis, vítimas da luta entre homens da mesma
nacionalidade.
Um grande terremoto sacode e devasta o Chile, em 1939,
vitimando milhares de pessoas. A EC mobiliza-se enviando aos
desabrigados dinheiro para que sejam atendidas as pessoas nas suas
necessidades prementes.
Os maçons da "Estrela Caldense" sempre demonstraram
preocupação com a infância. Pedro Henrique e Moacyr Vargas de
Souza, trazem uma proposta em Loja para que seja fundada uma
creche para crianças carentes. Entretanto a proposta não evoluiu
porque havia uma grande tarefa sendo realizada: a construção do
Templo.
Em 1953, relato do Ir.: João Ribeiro dá-nos conta da
internação, de um rapaz pobre, havida na Santa Casa local e, depois,
recusada porque o mesmo não podia pagar. O rapaz foi encaminhado
à Casa de Saúde e Maternidade "Pedro Sanches" atendido e operado
pelo médico Walter Correa de Carvalho, que nada cobrou. Os IIr.: da
"Estrela Caldense" pagaram as despesas de internação.
Os relatos mostram um pouco do muito que a EC tem
realizado nos seus cem anos de existência.
Em Poços de Caldas a entidade sempre esteve junto à
população e, todos os Irmãos orgulharam-se e orgulham-se por
estarem mantendo escolas, creche e hospital.
Não raro maçons são convidados a assumir a direção de
entidades beneficentes. Infelizmente isso tem sido objeto de recusa,
uma vez que os Quadros da Loja não têm disponibilidade para
atender às solicitações.
CAPÍTULO VII
AS INSTITUIÇÕES MANTIDAS PELA LOJA
7.1 - O INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO JOÃO DA ESCÓCIA
Esta escola, por si só, tem uma longa história de prestação
de serviços à cidade. São oitenta anos de dedicação exclusiva à
educação dos jovens poços-caldenses.
Várias são as razões para que a "Estrela Caldense" tenha
fundado, em primeiro de julho de 1915, uma escola primária.
A vinte e um de agosto de 1896, em reunião, o Venerável
Antônio Pereira Guimarães fala aos IIr.: sobre uma Escola Noturna,
para crianças, a ser mantida pela Loja e que começaria a funcionar no
dia Sete de Setembro, data significativa para o País e para a
Maçonaria.
Os anos foram passando e essa escola noturna não mais
funcionou, trazendo incontáveis prejuízos à infância da Vila de Poços
de Caldas. Pensando nisso, o maçom Joaquim Bernardes de Freitas,
em outubro de 1913, propôs que fosse fundada outra. O então
Venerável, Antônio Pessoa de Almeida nomeou uma comissão para
estudar o assunto. Nada foi feito de concreto, pois o momento não
permitia.
Mas em cinco de junho de 1915 a proposta volta a ser
ventilada, quando o Ir.: João José Pereira dos Santos, vindo de São
João da Boa Vista, se dispõe a ser o professor da escola gratuita que
a Loja pretendia fundar. O Venerável Arthur Lopes de Camargo
nomeia uma comissão para viabilizar o projeto, contando com os
seguintes nomes: Pedro Linguanotto, João Pereira Godinho e Joaquim
Bernardes de Freitas, os quais, durante o mês, trabalham na
elaboração dos estatutos da escola. No dia 29 de junho é marcada
uma reunião para a aprovação dos estatutos e escolha da primeira
diretoria.
Os membros da comissão marcam o início das atividades
escolares para primeiro de julho de 1915 daquela que foi denominada
"Escola São João da Escócia" e em cujo estatuto rezava ser uma
escola exclusivamente para dar atendimento a alunos carentes,
tornando-se este o maior orgulho dos Irmãos que a idealizaram.
Já em sessão do dia dez o mesmo mês, João dos Santos
dizia aos Irmãos que havia dezenove alunos matriculados.
Entre esses dezenove alunos destacamos o nome de um
deles, Jurandir Ferreira, personalidade intelectual de importância
maior em Poços de Caldas, que iniciou seus estudos na "Escolinha da
Maçonaria" e ainda se encontra entre nós.
Vontade de trabalhar pela infância, esse foi o motivo que
impulsionou os seguintes Irmãos : Antônio Pessoa de Almeida, Manoel
Troyano, João Adalberto Piffer, Affonso Junqueira, Caetano Benedetti,
Paulo Custódio do Nascimento, Maximiano Ramos, Mário Mourão,
Cláudio Henrique, Ignácio de Moura Gavião, Pedro Henrique, Pedro
Linguanotto, Patrício Marques dos Santos, Chrispino Caponi, Ernesto
da Silva Mello, Ferrucio Incrocci, Virgílio Chaves, Nicolao Amalfi e
Joaquim Bernardes de Freitas.
Outros foram os nomes que participaram das reuniões,
dando apoio, com suas presenças, para a consolidação da idéia:
Antônio Canhedo, Joaquim José Pereira (um dos fundadores da EC),
João Thomaz Pereira, Ettore Manucci, Fortunato Vinci, Arthur Lopes
de Camargo, Orlando Manhães Barreto, Aurélio Borelli, Raphael Sarti,
Alípio da Cruz, João Pereira de Godinho, Antônio Chiado e Virgílio
Silva.
A primeira diretoria ficou assim constituída: presidente, Pedro
Linguanotto; secretário, Joaquim Bernardes de Freitas: tesoureiro,
Virgílio Chaves.
A explicação para que a escola tenha recebido o nome "São
João da Escócia" é dada por ser ele o Santo patrono da Maçonaria
simbólica e primitiva.
Ao longo dos anos, desde a sua fundação, a Escola São
João da Escócia sempre primou por dar assistência educacional e
moral à infância necessitada. Aceitavam-se matrículas de alunos que
podiam pagar, mas numa proporção de quatro por um, ou seja, para
cada quatro alunos carentes, um que tivesse condição de pagar era
aceito.
Em 19 de agosto de 1954 os Irmãos da "Estrela Caldense"
criam o Instituto Educacional São João da Escócia,"sociedade
civil de caráter beneficente e cultural e de assistência social, sem
finalidade lucrativa e que tem por fim ministrar o ensino em seus
vários graus e o amparo à infância e juventude, congregando
estabelecimentos mantidos por maçons de Poços de Caldas e de
outras cidades do Brasil".
O Instituto, que se tornou o mantenedor da escola primária,
teve como fundadores: José Vargas de Souza, Hélio Sandry, Pedro
Linguanotto, Bernardo Mejlachovicz, Júlio de Melo Braga, João
Franceschini, Benedito Norberto Filho, Turido Italo Bonazzi, Antônio
Monteiro, Alberto Rosi, Francisco Cagnani, Ivo Sandry, Olintho
Tavares Paes, Francisco Perez Mayo, Manoel de Freitas, Orcival
Pereira da Silva, Geraldo Ribeiro, Arino Ferreira Pinto e Deolindo de
Toledo Júnior.
Em agosto de 1955, Arino Ferreira Pinto, proprietário da
Escola Técnica de Comércio, propõe, em Loja, que o Instituto
Educacional São João da Escócia a encampe. A proposta foi
recebida com simpatia, pois na ocasião a diretoria procurava um local
mais amplo para instalar a Escola São João da Escócia.
Nomeou-se uma comissão para tratar do assunto e a 22 de
agosto de 1955, em Assembléia Geral Extraordinária, deliberou-se
incorporar a Escola Técnica de Comércio e seu patrimônio, conforme
negociação com seu proprietário, ao Instituto Educacional São João
da Escócia.
Participaram dessa histórica reunião oitenta e cinco Irmãos,
os quais se tornaram sócios do Instituto: Hélio Sandry, João Bonifácio,
Ivo Sandry Jr., Sebastião Pinto, José Maria Simões, Geraldo
Tambasco Glória, Júlio de Melo Braga, Carlos dos Santos, Antônio
Monteiro, Ademar Corrêa da Costa, Ivo Sandry, Florindo Alvarez
Barreiro, Alberto Rosi, Luiz de Souza Moreira, Avelino Esteves, Nelson
D'Angelo, Geraldo Ribeiro. José Gama do Valle, José Botelho Muniz
Neto, Luiz Augusto Dal Poggetto, Armando Franceschini, Orlandino
Risola, João Fortunato Ferreira, Jordão Frison, Francisco Gilberto
Blasi, Benedito Hércules Pavesi, Fausto Bernardo Maretti, Alan Kardec
Pinto, Turido Italo Bonazzi, João Alcântara, Willian Lage Poli, Pedro
Bonifácio, Antônio Avelino de Melo, Ronaldo Moretti, José Carlos de
Campos, Manoel dos Reis, Antônio Gentilini, General Zangiacomo,
César Frison, Abílio Bastos, Sebastião do Prado Luz, José Latrônico,
José Márcio Simões, Hércules Frison, Manoel Cândido Martins,
Waldemar Chirolli, Djalma de Souza Gonçalves, Alberto Cazzani,
Alfredo Lopes, José Dias dos Santos, Deolindo de Toledo Júnior,
Darcy Domenico, Irineu Guitarrari, Oswaldo Borsa, João Domingos
Salavolte, Manoel Batista Dias, Adib Karan, Olintho Tavares Paes,
Jurandir Loureiro, Arlindo Pereira, Pedro Linguanotto, Issa Sarraf,
Paulo Aquino, José Rabelo de Andrade, Paulo Lopes Ribeiro, Jovelino
Muniz, José Baptista, Antônio Bueno Brandão, Antônio Bernardes de
Araújo, Moacyr Vargas de Souza, Edmundo Gouveia Cardillo,
Benedicto Norberto Filho, José Lawis, Antônio Napole, Bernardo
Mejlachovicz, Júlio Camilo Pereira, Francisco Cagnani, João Pedro de
Alcântara, Manoel de Freitas, Miguel de Oliveira, Orcival Pereira da
Silva, João Francisco Miguel, Rutherford Leal e José Fonseca.
A primeira diretoria foi composta dos seguintes membros:
José Vargas de Souza, presidente; Hélio Sandry, vice;
Antônio Monteiro, primeiro secretário; Benedito Norberto Filho,
segundo secretário; Deolindo de Toledo Júnior, primeiro tesoureiro, e
Geraldo Ribeiro, segundo tesoureiro. A diretoria executiva e
pedagógica ficou a cargo de Arino Ferreira Pinto que a exerceu desde
a incorporação até o ano de 1987, proporcionando, com a sua visão
de educador e grande humanista, o "futuro brilhante para a
instituição" profetizado em 1948 por Moacyr Vargas de Souza.
Com o passar dos anos o Instituto Educacional São João da
Escócia aumentou o número de sócios, todos pertencentes à "Estrela
Caldense" e, com isso, teve uma diversidade de conselheiros e
diretorias de Conselhos os quais contribuíram para que a instituição
crescesse e se tornasse uma das grandes casas de ensino do Sul de
Minas Gerais. Participaram como presidentes do Instituto: José Vargas
de Souza - 1954 a 1960 e 1963 a 1977; Arino Ferreira Pinto 1960/1961; Avelino Esteves - 1961 a 1963 e 1977; Francisco Luz 1977 a 1982; Sebastião da Costa Abrantes - 1982 a 1987; Birajá
Silveira - 1987 a 1990; Waldir Miguel - 1990 a 1994.
O biênio 1995/1996 tem na diretoria os seguintes Irmãos:
Antônio Carlos da Silva ,presidente; Waldir Miguel, vice; David Martins
Pinheiro, tesoureiro; Valdemir Silva Sandy, 2º Tesoureiro; João Batista
Delgado, secretário e Luiz Gonzaga Carvalho Pomarico, 2º secretário.
O Conselho Deliberativo está composto dos seguintes
membros efetivos: Antônio José Iranço de Almeida, Antônio Carlos de
Andrade, Antônio Roberto Amo, Benedicto Rocha Valença, Cristiano
José Rehder, Euclides Paiva Mendes, José Martinho do Prado Luz,
José Antônio Mareca, Noboru Arashiro, Rubens Marcondes Sarti e
Sebastião Marques. Suplentes: Élio de Oliveira Macedo, Hélio Sandry
e Benedicto Cauby Ferreira e Silva. Conselho Fiscal: Dumas Pestana
Filho, Vítor Antônio Camilo e Gilson Loyola. Suplentes: Édio Basso e
Rovilson Ferreira dos Santos.
A direção executiva está sob a responsabilidade do Ir.: Celso
Renato Cavini; a direção pedagógica a cargo de Doracy Teixeira
Lemos; coordenação pedagógica sob a responsabilidade de Magda
Perez Pinto Garcia, Sônia Maria Saraiva Archanjo, Rosa Maria
Noronha Muniz, Tereza de Lourdes Arantes e Neuza Maria de
Figueiredo. Funcionárias como: Célia Márcia Carneiro de Bom, Maria
Tereza de Siqueira, Laércia Ramos Braga e Maria Aparecida Dias
Barbosa há mais de vinte anos cuidam do departamento de pessoal e
da escrituração escolar; Wander Bressane Braga atende à tesouraria.
O Instituto, ao longo dos anos, por sua diretoria executiva e
pedagógica, preocupou-se em ampliar as suas instalações, a fim de
oferecer mais vagas em suas salas e maior conforto aos que
procuravam a Instituição. Para tanto conta, hoje, com três prédios,
num total de cinqüenta salas de aulas e laboratórios, funcionando em
três turnos de atendimento que vão do Jardim de Infância ao segundo
grau, este com os cursos de Eletrônica, Química, Turismo, MicroInformática, Patologia, Colegial e preparatório para o vestibular em
convênio com o Sistema Anglo de Ensino, de São Paulo. Um amplo
ginásio coberto atende às necessidades das práticas esportivas e de
Educação Física.
7.2 - ESCOLA SETE DE SETEMBRO
Tem esse nome por ter sido fundada em 1922, ano do
centenário da Independência do Brasil, por iniciativa de dona Carolina
Bernardo que foi sua diretora até 1931. Mais duas educadoras
estiveram à frente da escola até 1967: as professoras Eugênia e
Nicolina Bernardo.
Em 1968 o estabelecimento foi adquirido por Ana Maria
Ramos Paiva - diretora no período inicial -, Sheila Cury Nogueira da
Silva, Célia Beatriz Marcassa e Maria Lúcia Pellachin ,diretora de 1970
até 1992 e sua última proprietária.
No ano de 1981 a "Estrela Caldense" adquiriu a escola e,
com a experiência dos Irmãos, conseguiu ampliar as matrículas,
instalando-se em prédio alugado, pertencente ao "Lar de Irmã
Catarina".
A primeira diretoria administrativa foi constituída em 1981 e
ficou assim composta: Antônio José Iranço de Almeida, presidente;
Birajá Silveira e João Carlos Terra de Podestá, tesoureiros e Fernando
Rocca Avila, secretário.
Nesses quatorze anos, outros Irmãos da EC revezaram-se
na administração direta e indireta da Escola Sete de Setembro, cada
qual contribuindo como sócios e com seu tempo e esforços
disponíveis para o crescimento da instituição: Alair Astolfo da Silva,
Alfrânio José Dias de Rezende, Antônio Carlos de Andrade, Antônio
Carlos da Silva, Antônio Honório dos Santos, Antônio Roberto Amo,
Antônio Siqueira Costa, Ariovaldo Euclides de Castro, Arnaldo Toledo
de Aguiar, Benedicto Rocha Valença, Celso Renato Cavini, Cristiano
José Rehder, Darcy Domenico,
David Ferreira, David Martins
Pinheiro, Édio Basso, Hélio Antônio Scalvi, Élio de Oliveira Macedo,
Euclides Paiva Mendes, Flávio Antônio Couto de Araújo Cançado,
Genésio Mendes da Silva, Gilson Loyola, Ivanil Cipriano, Jair
Junqueira, Jarbas Junqueira, João Batista Delgado, João Batista
Magalhães, João José Ferreira, José Antônio Mareca, José Benedito,
José Lauro Vieira, José Ludgero Neto, José Maria Pezzi, José
Maurício Coutinho, José Roberto Araújo, Laudo Ferreira de Camargo,
Lázaro Emanuel Franco Salles, Luiz Fernando Gimenes de Castro,
Luiz Gonzaga Guedes dos Santos, Luiz Gonzaga Carvalho Pomarico,
Luiz de Souza Moreira, Manoel Simões, Milton Cirilo de Oliveira,
Paulo de Tarso Clementoni da Costa, Rovilson Ferreira dos Santos,
Rubens Franceschini, Rubens Marcondes Sarti, Sebastião da Costa
Abrantes, Sebastião Marques, Sebastião Vieira Romão, Sílvio Carlos
Mendes, Vítor Antônio Camilo, Waldemar Miguel Júnior, Waldemar
Saraiva, Waldir Miguel, Waldo Miguel, Walter Mendes e Walter Miguel.
Na atualidade o diretor-administrativo é Cleiber Augusto
Pomarico; vice, Waldemar Miguel Júnior; secretário, Sebastião
Marques e tesoureiro, Fernando Rocca Avila. A direção pedagógica
está sob a responsabilidade a professora Maria Célia Spinelli de
Aguiar; a Supervisão tem à frente Cristina Alberti e a coordenação
geral é de Márcia Nastrini Delgado.
A Escola Sete de Setembro mantém atendimento a crianças
a partir de dois anos de idade até a oitava série do primeiro grau,
tendo matriculados perto de quinhentos alunos em dois turnos de
funcionamento: manhã e tarde.
7.3 - LAR DE IRMÃ CATARINA
Esta instituição foi fundada em 30 de outubro de 1951 pelo
senhor Luiz Ribas e senhora Jandira Gonçalves, ambos espíritas e
cidadãos preocupados com a infância de Poços de Caldas. Ao longo
dos anos a entidade foi administrada por voluntários que ocuparam,
até o ano de 1980, a sua diretoria.
Na história da "Estrela Caldense" há registro mostrando o
interesse de Irmãos em criar uma creche. Proposta nesse sentido foi
feita por Pedro Henrique e Moacyr Vargas de Souza no ano de 1948.
A primeira vez que a EC teve contato com o "Lar de Irmã
Catarina" foi em 1959 quando os fundadores da creche solicitaram
ajuda dos maçons na compra de um terreno para a instalação da
entidade.
Passaram-se os anos. Em 1980 o "Lar" se via em meio a
uma crise financeira. Devia muito ao comércio da cidade, que já se
recusava a fornecer material e gêneros necessários para o seu
funcionamento. A diretoria daquela época pretendia, por solução mais
viável, vender parte do terreno onde estava erigido o prédio da creche,
para saldar as dívidas. Entretanto, depois de vários contatos,
reuniões e entendimentos com os IIr.: a "Estrela Caldense" assumiu a
entidade.
Foi então eleita a sua primeira diretoria, para os anos de
1980 a 1982, composta dos seguintes maçons: Antônio José Iranço de
Almeida, presidente; Ângelo Marcos Geraldi, primeiro-secretário;
Birajá Silveira, segundo-secretário. Do Conselho Consultivo faziam
parte: Antônio Honório dos Santos, David Martins Pinheiro, Euclides
Paiva Mendes, João José Ferreira, Lázaro Emanuel Franco Salles,
Cristiano José Rehder, João Carlos Terra de Podestá, Antônio
Roberto Amo, Arnaldo Toledo de Aguiar e João Alberto Naldoni.
Todos os IIr.: e cunhadas empenharam-se para reerguer a
creche, fazendo campanhas junto à comunidade. Seis meses depois a
entidade estava saneada, graças ao dinamismo e força do Ir.: Antônio
José Iranço de Almeida e sua esposa, Maria Ester Françoso de
Almeida.
Em janeiro de 1982 assume a direção da creche "Lar de Irmã
Catarina" o maçom Antônio Carlos de Andrade que, com muita
dedicação, tem desenvolvido um trabalho elogiável frente à entidade,
contando com o apoio de todos os Irmãos para diversos tipos de
assistência direta e indireta.
Hoje o "Lar de Irmã Catarina" tem um prédio moderno,
construído com ajuda de toda a comunidade, inclusive com dinheiro
conseguido no programa "Cidade contra Cidade" da TVS, em 1984.
Naquela ocasião Poços de Caldas participou do espetáculo e para cá
foi destinada uma verba. Parte dela o então prefeito, Adnei Pereira de
Morais, destinou ao "Lar".
A capacidade instalada da creche é suficiente para dar
atendimento a cento e quarenta crianças diariamente.
Em 1995, preocupados com a não-continuidade dos estudos
das crianças mantidas pelo "Lar", Antônio Carlos de Andrade e Celso
Renato Cavini propuseram à Loja e tornou-se realidade a criação do
ensino fundamental. Com isso foi montado o processo de autorização
e hoje estão implantadas as quatro primeiras séries.
A atual diretoria tem como presidente Antônio Carlos de
Andrade; vice, João Carlos Terra de Podestá; secretário, Élio de
Oliveira Macedo e tesoureiro, Antônio Carlos da Silva.
7.4 - HOSPITAL "PEDRO SANCHES"
A data de 29 de fevereiro de 1984 revestiu-se de significativa
importância para a Loja Maçônica "Estrela Caldense", pois seus
membros foram convocados para uma reunião na Casa de Saúde e
Maternidade "Dr. Pedro Sanches", por intermédio do diretor-presidente
daquela entidade, doutor Antônio Megale.
Tal reunião tinha por objetivo propor a transformação da
Casa de Saúde "em uma sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja
administração deveria caber aos Mestres-Maçons ativos e regulares
que pertenciam ou viessem a pertencer aos quadros de obreiros da
Loja Maçônica "Estrela Caldense". É importante salientar que hospital
passava, na ocasião, por uma crise financeira sem precedentes e a
sua credibilidade estava seriamente comprometida, uma vez que não
atendia às necessidades da população e isso prejudicava a imagem
dos seus proprietários.
A então Casa de Saúde passou a denominar-se, por força
de novo estatuto, Hospital "Pedro Sanches".
Estiveram presentes a essa reunião decisiva os Irmãos:
Lázaro Emanuel Franco Salles, Cristiano José Rehder, Euclides Paiva
Mendes, João Batista Magalhães, Luiz Fernando Gimenes de Castro,
João Batista Delgado, José Lauro Vieira, David Martins Pinheiro,
Sebastião Marques, Darcy Domenico, Ariovaldo Euclides de Castro,
Antônio Carlos de Andrade, José Antônio Mareca, José Aparecido
Macedo, Ivo Sandry Júnior, Ângelo Marcos Geraldi, Élio de Oliveira
Macedo, Fausto Bernardo Maretti, Waldemar Saraiva, Manoel Simões,
João Carlos Terra de Podestá, Antônio Honório dos Santos, Rovilson
Ferreira dos Santos, José Benedito, Fernando Rocca Ávila, Luiz de
Souza Moreira, Jair Junqueira, José Maria Pezzi, Antônio Carlos de
Almeida, Paulo de Tarso Clementoni da Costa, Lenildo de Almeida
Thomaz, Benedito Rocha Valença, Sebastião da Costa Abrantes,
Antônio Roberto Amo, José Martinho do Prado Luz, Sílvio Carlos
Mendes, Waldir Miguel, Walter Miguel, José Mendes Vilella, Arnaldo
Toledo de Aguiar, Paulo José Ferreira, Oswaldo Sampaio, Celso
Renato Cavini, Adelmar de Oliveira, Antônio Carlos da Silva, Walter
Mendes, Alberto Rosi e Geraldo Tambasco Glória.
A primeira eleição realizada foi para compor o Conselheiro
Deliberativo, que ficou constituído dos seguintes maçons - Membros
Efetivos: Antônio Carlos da Silva, Antônio Roberto Amo, Ângelo
Marcos Geraldi, Fernando Rocca Avila, João Batista Magalhães, João
José Ferreira, José Benedito, Sebastião da Costa Abrantes, Waldir
Miguel e Walter Mendes, além dos médicos: Jorge Lauand Filho,
Gérsio Zingoni, Paulo Roberto Santos Corrêa e Luiz Fernando Zingoni.
Membros Suplentes, os Irmãos: José Antônio Mareca, Laudo Ferreira
de Camargo, José Lauro Vieira. E os médicos: Saulo Zenun e Roberto
Matta Machado. Conselho Fiscal: Birajá Silveira, Celso Renato Cavini.
E também o médico Vítor José Adissi.
Esse Conselho elegeu para o triênio 1984-1987 a diretoria
que iria presidir e dar rumos à nova entidade que estava surgindo sob
a orientação e responsabilidade administrativa da "Estrela Caldense.
Como Provedor, Euclides Paiva Mendes; vice-provedor, Walter
Miguel; diretor-financeiro, João Batista Delgado e diretor-secretário,
Élio de Oliveira Macedo.
Desde 1984, inúmeros Irmãos têm emprestado suas forças
para a administracão do Hospital "Pedro Sanches". Não tem sido fácil
tal empreitada face às dificuldades que se fazem sentir a cada dia,
pois o atendimento à saúde torna-se, por força da situação econômica
por que passa o Brasil, cada vez mais um atendimento à doença da
nossa população, notadamente aquela de menor poder aquisitivo.
A diretoria atual, neste ano do Centenário da "Estrela
Caldense", está constituída dos seguintes IIr.:: provedor, Luiz Gonzaga
Carvalho Pomarico; diretor-financeiro, Élio de Oliveira Macedo; diretorsecretário, Jorge Antônio Moreira Lopes.
CAPÍTULO VIII
A ESTRELA CALDENSE NA POLÍTICA
A participação da Loja na política partidária e na
administração da cidade ocorreu de maneira gradativa e natural, sem
que os IIr.: a tivessem como interesse principal. Mas como cidadãos
livres sentiram-se sempre no dever de estarem presentes a qualquer
chamamento. Aliás, não foi porque os cidadãos fossem maçons que
participaram da vida pública, mesmo antes de serem maçons muitos já
se ocupavam da administração da Vila de Poços de Caldas e a
"Estrela Caldense" ainda nem estava fundada. Ficaremos apenas num
exemplo: Pedro Sanches de Lemos, médico, em 1889 era presidente
da Junta Paroquial e ainda não era iniciado nos mistérios da
Maçonaria.
A partir da sua fundação, a EC sempre esteve ao lado das
autoridades constituídas do Município, do Estado e do País, desde
que as ações dessas autoridades não ferissem os princípios básicos
sobre os quais a Maçonaria Universal alicerçou-se: Liberdade,
Igualdade e Fraternidade.
A Loja engaja-se, no ano de 1896, numa campanha em favor
da República. Foi por ocasião em que se dissolveu o Partido
Republicano Federal - aglomerado composto do Partido Republicano
Paulista e dos Clubes Republicanos de outros Estados - fazendo com
que deixasse de existir qualquer partido de âmbito nacional . O
presidente da República era Prudente de Morais.
Em 1910 a Loja Capitular "Dois de Dezembro", do Rio de
Janeiro, envia correspondência à EC solicitando apoio para a
candidatura dos IIr.: Hermes da Fonseca e Venceslau Brás para
presidente e vice-presidente da República. A eleição seria realizada a
1º de março. Vencedores, tomam posse e governam até o fim do
mandato, 1914.
Outra manifestação ocorreu em março de 1917, ocasião em
que os jornais "A Lanterna" e "A Razão", ambos do Rio de Janeiro,
movem uma campanha acirrada contra o Irmão Delfim Moreira da
Costa Ribeiro, presidente do Estado de Minas Gerais. A Loja, de
imediato, hipotecou solidariedade a Delfim, enviando telegramas de
protestos aos jornais. A campanha aconteceu em virtude de interesses
políticos, tendo em vista a proximidade das eleições para a
presidência da República naquele ano, cujo candidato era o Ir.:
Venceslau Brás.
Em 1921, mês de julho, a Loja engaja-se na campanha do
Ir.: Nilo Coelho, candidato à Presidência da República, uma vez que o
outro candidato, Dr. Arthur Bernardes, representava um perigo
iminente para a Maçonaria brasileira. Mas foi Arthur Bernardes que se
elegeu.
Em nível municipal, no ano de 1922, a instituição pôde ver à
frente da Prefeitura Municipal, pela primeira vez, o Irmão João
Benedito de Araújo, nomeado pelo então presidente do Estado de
Minas Gerais, Ir.: Raul Soares, em substituição a Francisco Escobar,
escolhido para ser Senador estadual.
Em 1924 e depois em 1929 é nomeado prefeito da cidade o
Ir.: João Affonso Junqueira em substituição ao Ir.: Carlos Pinheiro
Chagas, que aqui foi prefeito de 1927 a 1929.
Preocupada com a liberdade de expressão, a Loja inicia, em
1924, uma campanha em Poços de Caldas para que o voto seja
secreto, a fim de que se acabe com a pressão eleitoral sobre a
população. Conclamava, também, os cidadãos para que se alistassem
eleitoralmente e obtivessem o título.
Atentos aos movimentos de ordem mundial os IIr.:, pela voz
de Caetano Benedetti, em maio de 1925, protestam contra a tirania
fascista que estava oprimindo a Maçonaria na Itália. Dois anos antes,
em 1923, o fascismo se tornara partido único naquele país, ocupando
dois terços das cadeiras na Câmara.
Alerta, a nossa instituição se fez presente na mobilização
geral por causa do Clero que desejava influenciar nos destinos da
Assembléia Nacional Constituinte de 1932, tentando modificar a
Constituição de 1891 que distinguia as ações da Igreja e do Estado.
O Ir.: Pedro Henrique, em 1932, alertava que o Fascio havia
fundado um núcleo de adeptos em Poços de Caldas. No ano seguinte
já havia preocupação de setores da sociedade com o fato de o
fascismo estar trazendo a desunião à colônia italiana radicada na
cidade.
Em 1934 o Decreto nº 1.120 do Grande Oriente do Brasil é
editado com objetivo de sugerir aos IIr.: somente filiarem-se a partidos
políticos cujas diretrizes estivessem de acordo com a filosofia
maçônica.
Em 1937 entra-se no Estado Novo. O presidente Getúlio
Vargas fecha o Congresso e o Senado. Outorga nova Constituição,
redigida um ano antes, por Francisco Campos, e determina o
fechamento de todas as Lojas Maçônicas do Brasil, proibindo,
inclusive, as manifestações de caráter político-partidário.
Passando por cima das questões de ordem política, a
"Estrela Caldense" envia correspondência a Getúlio Vargas
solidarizando-se com o presidente por ocasião de um atentado que o
mesmo sofrera no dia 11 de maio de 1938, na chamada Revolta
Integralista.
1953 marca a eleição do Ir.: Edmundo Gouveia Cardillo como
representante do povo na Câmara Municipal.
Em manifestação ímpar, o Venerável Deolindo de Toledo
Júnior, no ano de 1954, pede à Loja que se una em torno das
candidaturas de diversos Irmãos. O ano de 1955 inicia com os Irmãos
Arino Ferreira Pinto, Edmundo Cardillo, Issa Sarraf e José Remígio
Prezia tomando posse na Câmara Municipal, como vereadores da
cidade.
Agostinho Loyolla Junqueira e Resk Frayha representariam o
poder executivo naquela legislatura.
Em agosto de 1955 o Ir.: Arlindo Pereira apontava aos Irmãos
a situação lamentável e confusa em que se encontrava a política
partidária em nosso país e o descrédito por que passavam os
candidatos a cargos eletivos.
Através dos anos, a "Estrela Caldense", sob a orientação das
suas Luzes, esteve atuante na política local. A cronologia nos dá a
certeza disso.
No ano de 1962 o Ir.: José Vargas de Souza candidata-se a
prefeito da cidade. Nessa ocasião uma acirrada campanha da igreja
católica local impediu a vitória de Vargas. A perseguição histórica é
lembrada até hoje por todos aqueles que naquele tempo viveram e
dela tomaram conhecimento para transmitir às gerações.
Curiosamente o ano de 1964 não registra a participação ou a
manifestação da Loja em torno do movimento que trouxe a ditadura.
Somente em 1967 deparamo-nos com uma tímida manifestação de
alguns Irmãos, em Loja, lamentando o silêncio da Maçonaria brasileira
diante da ditadura e um protesto veemente contra a liberdade de
imprensa.
Mais recentemente, a partir da década de oitenta, vários
Irmãos têm participado da vida político-administrativa da cidade,
contribuindo, com seu trabalho, para a administração do município.
8.1 - MAÇONS EM CARGOS ELETIVOS E DE CONFIANÇA
Acácio Rocha de Oliveira
Adelmar de Oliveira
Antônio de Almeida Marques
Alfredo Tristão
Antônio Alberto Fernandes
Antônio Carlos da Silva
Antônio Machado de Moraes
Antônio de Matos Neto
Antônio Pinto
Arino Ferreira Pinto*
Benedicto Cauby Ferreira e Silva
Benedicto Norberto Filho
Benedito Rodrigues de Camargo
Caetano José de Abreu
Carlos Alberto Maywald
Carlos Errico Neto
1977-78
Carlos Pinheiro Chagas
David Paiva Côrtes
Edmundo Gouveia Cardillo*
Eduardo Pio Westin
Francisco Luz**
Francisco Mencarini
Francisco Perfeito Pinheiro
Francisco Gilberto Blasi
Gilberto de Matos**
Haroldo Escobar
Henrique Goffi
Horácio de Paiva
- Vereador - 1958 a 1982
- Vereador - 1970 a 1972
- Vereador A.da Prata-1952 - 1955
- Vereador - 1901
- Prefeito de Botelhos -1951- 55
- Secretário da Fazenda -1984-86
- Vereador - 1898 a 1900
- Secretário Serv.Urb.-1993-1995
- Vereador - 1895 a 1901
- Vereador - 1955 a 1963
- Vereador - 1967 a 1970
- Vereador - 1973 a 1976
Diretor DME -1964-67 / 1971
Diretor DMAE- 1975 a 1983
- Vereador - 1897
- Juiz de Paz - 1895 a 1897
- Vereador - 1898 a 1901
- Vereador - 1951 a 1954
Secretário Governo-1971-74
Secretário Governo-1979- 1983
Secretário Educação - Prefeito - 1927 a 1929
- Vereador - 1947 a 1950
- Vereador - 1951 a 1958
Vereador - 1963 a 1966
- Vereador - 1902 a 1904
Presidente Cons. Delib. 1907-8
- Vereador - 1971 a 1982
- Vereador - 1901 a 1903
- Intendente Municipal - 1892
- Vereador - 1955 a 1959
- Vereador - 1973 a 1980
- Vereador - 1936 a 1938
- Vereador - 1895 a 1897
- Vereador - 1951 a 1954
Irvânio Malaquias
Issa Sarraf
Ivo Sandry
Javier Torrico Morales
João Affonso Junqueira
João Batista Delgado
João Benedito de Araújo
João José Ferreira
João Moreira Salles
Joaquim Affonso Junqueira
Joaquim José Pereira
José Affonso de Barros Cobra
José Francisco Tepedino
José Ignácio de Barros Cobra
José Maurício Coutinho
José Nastrini
José Remígio Prezia
José Vargas de Souza
1977Laércio Pereira do Lago
Lázaro Emanuel Franco Salles
Luiz Canuto Guimarães
Luiz Perez Alvarez
Manoel Pereira Sobrinho
Moacyr Vargas de Souza
Nicodemus Braga da Costa
Oswaldo Stanziola
Pedro Linguanotto
Pedro Sanches de Lemos
Presciliano Pereira de Jesus
Reginaldo Alvisi
Rodolpho Garcia Rosa
Ronaldo Borghetti
Sebastião da Costa Abrantes
Sebastião Fernandes Pereira
Sebastião Vieira Romão* Sérgius Bertozzi
- Vereador - 1973 a 1982
- Vereador - 1955 a 1958
- Juiz de Paz - 1952
- Vereador - 1982 a 1992
- Prefeito - 1924 e 1929-30
- Secretário Adm. - 1984 a 1986
- Prefeito - 1922 a 1925
- Vereador - 1983 a 1988
- Conselheiro Deliberativo -1922
- Juiz de Paz - 1895 a 1897
- Vereador - 1892 a 1894
- Vereador - 1892 a 1900
Agente Executivo - 1901
- Vereador - 1951 a 1954
Agente Executivo -1892-1900
- Secr. Fazenda - 1983 a1986
Secr. Planejamento - 1986-88
Presidente da AME - 1986-88
- Vereador - 1963 a 1966
- Vereador - 1944 a 1962
- Vereador - 1959-62/1973-76
Secretário Turismo - 1959-1963
Secretário Educação-1976- Prefeito Sta. Rita Caldas-1962
- Secretário Admin. - 1989 a 1991
- Vereador - 1897
- Vereador - 1952 a 1955
- Secretário Obras - 1983 a 1988
- Vereador - 1963 a 1966
Diretor DMAE- 1965 a 1976
- Vereador - 1967 a 1970
- Dir. Águas Minerais-1984 a 1986
- Vereador - 1951 a 1954
- Presidente Junta Paroquial-1889
Juiz de Paz -1895 a 1900
- Vereador - 1894
- Vereador - 1970 a 1976
Secretário Fazenda -1974-75
Diretor Projeto Cura - 1979
- Vereador - 1895 a 1896
- Vereador - 1970 a 1972
- Vice-Prefeito - 1983 a 1986
- Vereador - 1892 a 1900
Juiz de Paz -1901 a 1903
Vereador - 1973 a 1982
Secretário de Esportes - 1973
- Secretário Administração -1994
Silvério Duarte d'Oliveira
Ubaldo Latronico
Virgílio Wenceslau Messias
Waldir Miguel
Walter Miguel
- Vereador - 1893 a 1894
- Vereador - 1960 a 1964
- Secretaria Municipal -1902
- Secretário Governo - 1993-94
Secretário Turismo - 1994
- Secretário Turismo - 1993
* Presidente da Câmara
**Presidente da Câmara e Prefeito
8.2 - OS NOMES E AS RUAS
Inúmeros foram os homens que tiveram a honra de ser
homenageados e emprestarem seus nomes, por vontade do povo de
Poços de Caldas, a logradouros, ruas e avenidas e escolas da cidade.
À "Estrela Caldense" cabe a satisfação de registrar, com orgulho, para
a sua história, que as personalidades abaixo mencionadas fizeram
parte de seu Quadro de Obreiros, contribuindo para o
engrandecimento da Instituição e do Município.
R. Alfredo Lopes
R. Antônio Luiz Pinto
R. Antônio de Mattos
R. Antônio Pereira Guimarães
R. Antônio Rubbo
R. Cap. Affonso Junqueira
R. Cap. Orlando Barreto
R. Cap. Paulino Cobra
R. Cap. Venâncio Vivas
R. Coronel Virgílio Silva
R. De Luizi
R. Doutor Antenor Damini
R. Doutor Mário Mourão
R. Dr. Moacyr Vargas de Souza
Pr.Doutor Pedro Sanches
R. Doutor Pedro Rehder
R. Doutor Rômulo Cardillo
R. Doutor Vicente Risola
- Jardim Centenário
- Bairro Santa Ângela
- Bairro Santana
- Bairro Vila Nova
- Jardim Santa Lúcia
- Centro-Vila Líder
- Vila Cruz
- Bairro Gama Cruz
- Bairro Cascatinha
- Vila Nova
- Bairro Santa Ângela
- Bairro Santa Rosália
- Bairro São Benedito-Centro
Balneário Termal
- Jardim Filipino
Estação Tratamento Água
- Centro
- Bairro Santa Ângela
- Bairro João Pinheiro
- Bairro São Benedito
R. Dr. Walter Correa de Carvalho
R. Doutor Wilson Danza
Pr.Euclides Mendes
R. Ézio Danza e Silva
Pr.Fausto Delgado
R. Francisco Cagnani
Av.Francisco Gesualdi
R. Geraldo Ribeiro
R. Hélio Dominghetti
R. Henrique Borghetti
R. Ivo Sandry
R. João de Almeida Prata
Pr.João Moreira Salles
Av.João Romeu Tramonte
R. Joaquim Pereira
Pr.José Affonso Junqueira
R. José Nastrini
R. Jose Piffer
Av.José Remígio Prezia
* José Vargas de Souza
R. Lourenço Dias Ferreira
R. Manoel Cândido Martins
R. Manoel Correa
R. Manoel Gomes Florindo
R. Manoel Luiz Alves
R. Manoel Luiz Zuanella
R. Manoel Reis
Trav. Maywald
R. Palmiro D'Andrea Tupy
R. Pedro Bertozzi
R. Pedro Linguanotto
* Prof. Arino Ferreira Pinto
* Prof. Arlindo Pereira
R. Rafael Sarti
R. Sebastião do Prado Luz
* Sebastião Vieira Romão
R. Ver. Acácio Rocha Oliveira
Av. Vereador Edmundo Cardillo
R. Vereador Francisco Luz
R. Vereador Horácio de Paiva
Pr.Vereador Issa Sarraf
R. Vereador Ubaldo Latronico
Av.Walter Danza
* Walter Miguel
- Bairro Centenário
- Bairro São Geraldo
- Parque Pinheiros
- Vila Togni
- Bairro São Geraldo
- Bairro Santa Rosália
- Jardim Novo Mundo
- Jd. Filipino-Vila Lider
- Vila Olímpica
- Parque Primavera
- Jd. Campo da Mojiana
- Jd. São Paulo-Sta. Rita
- Jardim dos Estados
- Chácara Poços de Caldas
- Bairro Santana-Jd.Estados
- Centro
- Bairro Santa Rosália
- Bairro Cascatinha
- Jardim dos Estados
- Colégio Municipal
- Bairro Santa Rosália
- Jardim Country Club
- Bairro Santa Rosália
- Bairro Santa Ângela
- Bairro Santa Helena
- Bairro Santa Ângela
- Bairro Santa Ângela
- Centro
- Bairro Bortolan
- Vila Togni
- Centro
- "CAIC" (Escola)
- Escola Estadual Polivalente
- Bairro Santa Rosália
- Estância Poços de Caldas
- Terminal Rodoviário
- Bairro Santa Lúcia
- Jardim Centenário
- Escola Estadual
- Jardim dos Estados/ B.Santana
- Bairro Santa Ângela
- Jardim Country Club
- Jardim Campos Elíseos
- Conjunto Habitacional
- Central de Linhas Urbanas
CAPÍTULO IX
A "ESTRELA CALDENSE" E O JOGO DE AZAR
É sabido, por todos quantos nesta terra de Poços de Caldas
vivem, que a prática do jogo de azar já ocorria em meados do século
XIX.
Desde a sua fundação, a "Estrela Caldense" sempre saiu a
campo, mesmo em prejuízo da Instituição e dos Irmãos, em particular,
para lutar contra o vício do jogo e sua estimulação, que sempre fez
infelicitar a maioria das famílias daqueles que, desafortunadamente,
tiveram e têm a compulsão para tão danosa prática.
Cronologicamente, acompanharemos a tentativa e o trabalho
dos Irmãos com o objetivo de estancar o mal.
Em 1899 Bento Ferraz dá o tom da posição da Loja quando
critica um artigo publicado no jornal "21 de Abril", do Rio de Janeiro, no
qual se faz a apologia do jogo de azar.
O Ir.: Alfredo Sá, vice-presidente do Estado de Minas Gerais,
no ano de 1926, solicita do delegado de polícia de Poços de Caldas
que proiba os jogos de azar na festa de São Benedito.
Na mesma ocasião
Palmiro D'Andrea solicita das
autoridades competentes - policial e administrativa - que os chalés de
jogos fossem fechados nos intervalos da "Estação de férias", uma vez
que os mesmos prejudicavam as pessoas pobres que ali acorriam
para tentar a sorte.
No mês de novembro de 1931 a EC envia representação
escrita ao prefeito Assis Figueiredo e ao Conselho Municipal
solicitando o fechamento das casas que exploram jogos proibidos
pelas leis do país.
O jornal "Correio da Manhã", do Rio de Janeiro, de 13 de
novembro de 1931 publica o protesto que a "Estrela Caldense" dirigiu
aos governos estadual e federal contra a deliberação do município de
Poços de Caldas em permitir a exploração dos jogos de azar nos
"dancings" e cabarés. Com isso inúmeras entidades civis brasileiras
manifestaram apoio à campanha, realizando um grande movimento
nacional contra a exploração do jogo na cidade.
Em fevereiro de 1932 Irmãos da EC saem em socorro à casa
comercial de Ivo Sandry, em sociedade com Palmiro D'Andrea,
ferrenho adversário do jogo, porque um grupo de pessoas, ligadas a
tal atividade, incentivadas pelo prefeito, pretendia atacar a referida
casa de comércio. Na ocasião os maçons Pedro Linguanotto, Deolindo
de Toledo Júnior e alguns amigos, considerados exímios caçadores,
protegeram por três dias a então denominada Casa Tupy.
Dada imensa publicidade ao fato, inúmeros telegramas de
todo o país foram enviados à EC, prestando solidariedade e
oferecendo ajuda; e ao presidente do Estado de Minas Gerais,
Olegário Maciel, solicitando providências contra os proprietários das
casas de jogos e contra os atos do prefeito.
Em maio de 1942 Waldemar Hait propõe aos maçons que
não indiquem nome de pessoas que trabalhem ou sejam proprietários
de casas de jogos proibidos por lei.
No mês de janeiro de 1944 o proprietário de cassino, Miguel
Kair, se dispõe realizar uma festa com renda para a Escola São João
da Escócia. A oferta é recusada pela direção da escola.
No mesmo ano, entrando no mês de agosto, a Loja
empreende vigorosa campanha contra os cassinos que propunham
admitir moças da comunidade local para neles trabalharem. O primeiro
estabelecimento a recuar nas suas pretensões foi o Cassino Líder.
O mês de abril de 1946 traz, através de lei, a determinação
do então presidente do Brasil, Eurico Gaspar Dutra, fechando todos os
cassinos e proibindo o jogo de azar em todo o território nacional.
Em 1947 a Loja reitera o seu propósito em não aceitar, nos
seus quadros, jogadores, trabalhadores e proprietários de casas de
jogos.
Chegamos ao ano de 1958 e os Irmãos recusam a indicação
de um elemento da sociedade local que, apesar de suas qualidades,
era proprietário de casa de jogos, mesmo sendo permitida por lei.
No ano de 1960, apesar da proibição dos jogos de azar, feita
pelo governo em 1946, a prática ainda persistia. Através do então
Venerável, Arino Ferreira Pinto, a Loja se manifesta. Na ocasião
pessoas ligadas ao jogo ameaçam os IIr.: , caso continuassem com a
campanha. Na oportunidade a "Estrela Caldense" contou com o apoio
da Loja Maçônica "Luz e União".
Sob a coordenação das duas Lojas foi realizada, em outubro
de 1960, uma passeata de cidadãos e estudantes conscientes, em
protesto contra o jogo e pelo fechamento das casas que exploravam
essa atividade, em cumprimento à Lei de 1946.
Desde sempre os Irmãos souberam que o vício do jogo trazia
e traz a miséria e a desarmonia no seio das famílias, daí a insistência
em combater tal prática, pois é sabido, contado pelos nossos cidadãos
mais velhos, que Poços de Caldas só prosperou quando ficou livre das
casas que exploravam os jogos de azar. Até então a cidade era uma
terra onde os ricos, claro, não arriscavam o seu patrimônio no "pano
verde", mas o remediados e pobres viviam no jogo ou do jogo. E na
cidade a moeda corrente eram as fichas
verdes ou amarelas ou
vermelhas manipuladas nas mesas e roletas dos cassinos.
Com o término do jogo, a cidade encontrou a sua verdadeira
vocação econômica e hoje ela tem vida própria, pois aqui se produz e
o trabalho é visto como um bem e direito do cidadão.
CAPÍTULO X
A CONSTRUÇÃO DA LOJA
No terceiro capítulo, foi mencionado que não se sabia ao
certo onde a Loja realizava seus trabalhos, mas sabia-se, por registros
em ata, que os Irmãos pagavam aluguel a Antônio Teixeira Diniz, o
Barão do Campo Místico. E, em outra ocasião, até meados de 1899,
ao Ir.: Silvério Duarte d'Oliveira.
Relatamos, também, o fato de a Loja ter iniciado a
construção do seu primeiro prédio no ano de 1898 e concluído em
1899 com a colaboração e o sacrifício pessoal de cada um dos
Irmãos.
Na época, com a concordância de todos, o então tesoureiro
da Loja, Caetano José de Abreu tomou por empréstimo dois mil contos
de réis, junto a diversos Irmãos, para fazer face às despesas que a
obra demandava.
Por razões desse empréstimo diversos Irmãos constituíram a
"Sociedade Anonyma Construtora", para fiscalizar e gerenciar a obra
erigida em terreno, doado pelo Ir.: Francisco Perfeito Pinheiro,
localizado na denominada Rua 7 de Março, hoje Rua Pernambuco.
Esse prédio foi construído de maneira a abrigar o Templo e
as salas de aula onde funcionava a Escola Noturna.
Durante muitos anos a EC pagou aluguel à "Sociedade
Anonyma Construtora".
Mas no ano de 1921, numa Sessão Especial, acertou-se que
a Loja pagaria toda a dívida com a Sociedade Anonyma. Esta não
receberia mais aluguel e os Irmãos do Quadro se encarregariam das
despesas de conservação do prédio.
Em 1941 o prédio passa por uma pequena reforma,
conforme se tem mencionado em registro de primeiro de dezembro
daquele ano.
No ano de 1943 uma comissão, composta por Joaquim
Pereira Filho, Júlio Camilo Pereira e Manoel Pereira Sobrinho, é
nomeada pelo Venerável Antônio Monteiro para fazer o projeto da
ampliação do prédio.
Nesse ínterim a "Estrela Caldense" requer das autoridades
judiciárias, através do Ir. Raul Ferreira, advogado, o direito de
usucapião do terreno doado em 1898 por Francisco Perfeito Pinheiro,
mas não regularizado na época, uma vez que naquele tempo não
existia a formalidade legal de escritura e registro de imóveis. Essa
exigência só passa a acontecer com a Lei 3.708, de 01.01.1916, em
vigor a partir de 01.01.1917.
Em 11 de julho de 1946 o prédio é demolido na parte onde se
localizava o Templo, preservando-se as salas de aula a fim de não
prejudicar o funcionamento da Escola São João da Escócia. As
reuniões da Loja passam a ser feitas em sala da Escola Técnica de
Comércio, cedida por Arino Ferreira Pinto.
Muitos foram os Irmãos, Lojas co-irmãs, pessoas da cidade e
de outras localidades que colaboram com a reforma do prédio,
enviando material, dinheiro ou comprando cautelas. A cada dia que
passava mais os maçons empenhavam seus esforços na construção
do imóvel.
Em outubro de 1946 o Ir.: Oscar Nassif apresentava, em Loja,
uma lista de contribuição espontânea de pessoas da cidade e Irmãos,
para a construção do Templo: Irmãos Antônio José Castilho
Chamorro, Cr$ 300,00; Luiz Rodrigues Maldonado, Cr$ 100,00;
Antônio de Almeida Marques, Cr$ 100,00; Frederico Lourenço, Cr$
20,00, Frederico Pregnolato, Cr$ 300,00; Antônio Ricardo Frison, Cr$
380,00 e 200 litros de gasolina; e os amigos Simon Rodrigues, Cr$
20,00; Antônio Manzano Filho, Cr$ 20,00; Adelino Laranjeira, Cr$
10,00, Marcos Silva, Cr$ 10,00 e Camerindo Togo Nogueira da Silva,
300 tijolos.
No mês de novembro de 1946, o Venerável Moacyr Vargas
de Souza conclamava os maçons para envidarem todos os esforços a
fim de que a obra não sofresse interrupções, caso contrário seria um
desprestígio para a Ordem Maçônica.
Em maio de 1947, mesmo sem estar concluído, os trabalho
voltam a acontecer no Templo. Na sessão do dia 21, Rômulo Cardillo
propõe um voto de louvor ao Venerável Moacyr Vargas de Souza, ao
Irmão, Ismael da Costa Pereira, engenheiro do DER que muito
trabalhou pela construção, e a todos os que se empenharam para que
o prédio estivesse no estágio de ser ocupado.
Mas a tarefa ainda não estava cumprida, faltando muito para
terminar. E os Irmãos atendiam a cada chamamento. Antônio Alberto
Fernandes, do Or.: de Botelhos, enviou grande quantidade de
madeira, enquanto Orlandino Risola e Eurípedes Carlos de Abreu
Filho ofereceram-se para fazer o transporte da mesma em caminhões
de suas propriedades. Do Ir.: Lucas Furchi veio a doação dos tacos
para o piso; de Amleto Belone, de Ribeirão Preto chegaram os globos;
os Sandry, Deolindo de Toledo Júnior e José Maria Simões ofertaram
os vitrôs necessários. Olintho Tavares Paes colocava à disposição
seus serviços de mão-de-obra no valor de trezentos cruzeiros.
Enquanto a obra prosseguia, o Ir.: Raul Ferreira dava ciência,
em março de 1947, que o Juiz de Direito, em Belo Horizonte, havia
concedido à "Estrela Caldense" a propriedade do terreno, por
usucapião.
Corria o ano de 1949 e o Templo ia sendo construído com
morosidade. Foi então que Pedro Linguanotto constituiu uma
comissão para agilizar o andamento da obra. Construção: Joaquim
Pereira, Joaquim Pereira Filho e João Fortunato Ferreira; Eletricidade:
João Batista Nogueira, Pio da Silva e Rubens Ramos; Ferragens:
Francisco Cagnani, João Baptista e José Baptista; tesoureiro:
Francisco Perez Mayo e como Fiscal de Obras: Ivo Sandry.
Em outubro de 1949, Ivo Sandry, estando em São Paulo,
entra em contato com o Ir.: Biscio Pisciotti, engenheiro construtor do
Templo do Grande Oriente de São Paulo, que se ofereceu para vir a
Poços de Caldas orientar a construção do edifício definitivo, onde se
abrigariam a "Estrela Caldense" e a "Escola São João da Escócia".
Enquanto a obra prosseguia, cada Irmão empenhava-se em
encomendar, ao Ir.: General Zangiacomo, as suas respectivas
cadeiras, a um custo Cr$ 420,00 e as doavam para a Loja. Vale
lembrar que os assentos, em couro, foram confeccionados em
Andradas pelo celeiro e artesão Benedito de Oliveira Reis.
Tanta era a vontade de ajudar que Waldemar Hait, iniciado
na "Estrela Caldense" e desde a década de 40 residente em Caracas,
na Venezuela, enviou o equivalente para pagar uma cadeira. Lino
Fazzi, que era da Loja Maçônica "Luz e União", doou uma cadeira.
O artista plástico Aldo Stoppa fez os desenhos dos símbolos
maçônicos que ainda hoje podem ser admirados na porta principal do
edifício; o Ir.: Severo Augusto Luizi realizou a pintura artística no teto
do Templo e o escultor, Ir.: João Garbim, de Ourinhos, fez todas as
esculturas que são vistas nas paredes frontais do prédio.
Por fim, a 16 de julho de 1954, foi inaugurado no novo
Templo com uma Sessão Branca, presidida pelo Venerável José
Vargas de Souza. Compareceram inúmeros convidados entre famílias
poços-caldenses e visitantes de outros Orientes.
A Sessão foi aberta pelo Ir.: Helvécio Monteiro de Barros,
Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas
Gerais. Arlindo Pereira encarregou-se de saudar os presentes.
Registraram-se as presenças do Grão-Mestre do Grande Oriente do
Paraná, Ir.: Normando Giusi e inúmeras outras
autoridades
maçônicas.
A Escola São João da Escócia esteve representada pelas
professoras Lourdes Sampaio, Cínthia Luizi, Francisca de Paiva,
Julieta Brigagão, Dalva Sarti e o Inspetor Escolar Ir.: Pedro Rehder.
Estiveram presentes o prefeito Municipal, Martinho de Freitas Mourão
e todos os vereadores, tendo à frente o presidente da Câmara, dr.
João Eugênio de Almeida.
CAPÍTULO XI
AS GRANDES QUESTÕES COM OS GRANDES ORIENTES
O relacionamento com os Grandes Orientes do Brasil e de
Minas Gerais - aos quais, respectivamente, a EC esteve e está
subordinada - sempre sofreram percalços em virtude da
independência por que sempre pautou a Instituição.
As dificuldades começam a aparecer no ano de 1917
quando, no mês de outubro, em virtude do descaso com que o Grande
Oriente do Brasil vinha tratando os assuntos referentes à "Estrela
Caldense", o Ir.: Alípio da Cruz propõe o rompimento com aquela
Potência. Tal proposta foi aprovada, apenas ficou estabelecido que se
enviasse comunicado ao Rio de Janeiro e que fossem aguardados oito
dias para a obtenção de um resposta. Não houve, depois, registro de
alguma resposta. E nem a Loja rompeu com o GOB.
Dezessete anos mais tarde, maio de 1934, chega um
manifesto das Lojas de Belo Horizonte solicitando apoio para a
realização de um Congresso Maçônico, somente entre as Lojas de
Minas Gerais, com o objetivo de se fundar um Grande Oriente
Estadual. Na ocasião o Venerável, Haroldo Escobar, externou sua
opinião lembrando que a "Estrela Caldense", anos atrás, já havia
proposto a criação do GOE-MG, mas que a idéia não fora avante.
Como se pode perceber, pela cronologia, os acontecimentos
evoluíam muito lentamente. Em maio de 1953 o Com.: Central do
Grande Oriente do Brasil manifesta-se, através de parecer enviado a
todas as Lojas, contrário à criação de um Grande Oriente Estadual.
Em obediência, a EC acompanha a orientação do GOB.
No entanto, na ocasião já estava em curso o processo e em
junho do mesmo ano proclamou-se, através do Ir.: Octávio Batista
Diniz, do Oriente de Belo Horizonte, fundado o Grande Oriente
Tiradentes de Minas Gerais ao qual a "Estrela Caldense" adere,
tornando-se fundadora do mesmo e indica o Ir.: Gonçalo Ribeiro
Gonçalves, residente de Belo Horizonte, como seu primeiro
representante junto à Potência recém-criada.
Em fevereiro de 1954 o Grande Oriente Estadual Tiradentes
de Minas Gerais comunica, em manifesto, que a Loja tem pleno gozo
de seus direitos maçônicos, achando-se inscrita sob número 3, no
Livro nº 1. O documento recebido vinha assinado por dezoito Lojas
subordinadas e pelo Conselho Estadual, respectivamente.
Na ocasião o Ir.: Octávio Batista Diniz vem a Poços de
Caldas pedir apoio para sua candidatura a Grão-Mestre estadual.
Em julho de l956 a "Estrela Caldense" organiza e sedia, em
Poços de Caldas, o Segundo Conclave Maçônico do Grande Oriente
Estadual Tiradentes, cujos resultados foram significativos e decisivos
para a Maçonaria em Minas Gerais.
Em dezembro, desse mesmo ano, Arino Ferreira Pinto,
Moacyr Vargas de Souza e Temistoclides Luiz Silva encontraram-se
com o Grão-Mestre Geral da Ordem, em São Paulo, para discutir e
tentar solucionar o impasse relativo à intervenção do Grande Oriente
do Brasil no Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais.
No episódio a "Estrela Caldense" teve participação decisiva,
não só tomando posição contra o GOB, como também influenciando e
orientando as decisões das Lojas da região sul-mineira.
1958 inicia com sérias decisões a serem tomadas. Sob
intervenção do GOB, o Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas
Gerais, tendo como presidente o Grão-Mestre Octávio Batista Diniz,
declara a sua independência, a fim de salvaguardar os direitos dos
maçons mineiros repelidos pelo Poder Central. Há de se ressaltar que
o início das mudanças teve origem em julho de 1956, por ocasião do
Conclave aqui realizado.
Em julho de 1962 o Ir.: Durval Borges de Oliveira, da EC, é
indicado para fazer parte do Conselho do Grande Oriente Tiradentes
de Minas Gerais.
Em março de 1969 a Loja apóia a candidatura de Athos
Vieira de Andrade para Grão-Mestre do agora denominado Grande
Oriente de Minas Gerais.
Em outubro de 1975 a "Estrela Caldense" passa por séria
crise em virtude das divergências existentes entre o GOMG e o GOB.
Uma ação movida contra a Loja, porque o Grande Oriente do Brasil
considerava ser de sua propriedade o prédio da EC, trouxe
inquietação aos IIr.:
Entretanto tudo foi solucionado com rapidez e presteza pelos
IIr.: João Bosco Simões, Venerável, e Luís Carlos Garcia Rosa que
providenciaram
o registro da EC como entidade jurídica
independente, junto aos órgãos competentes em Belo Horizonte.
Em dezembro de 1982 houve tímida manifestação de alguns
IIr.: sugerindo o desvinculamento em relação ao GOMG, em virtude de
conflitos de interesses internos, mas a proposta não foi levada
avante.
Na atualidade a "Estrela Caldense" continua subordinada ao Grande
Oriente de Minas Gerais, cujo Grão-Mestrado está instalado na cidade
de Belo Horizonte, sob a presidência do Grão-Mestre Helton Barroso
Drey.
CAPÍTULO XII
A "ESTRELA CALDENSE E OS INTELECTUAIS EM SEU MEIO
A Instituição, nesses cem anos de existência, contou com
inúmeros cidadãos considerados intelectuais em nossa sociedade
que, por verem na Maçonaria uma alternativa de expansão do seus
ideais de liberdade, nela se iniciaram para melhor aperfeiçoamento do
espírito. Para alguns desses intelectuais, ora nomeados abaixo, havia
e há uma comunhão entre o que eles pensavam e a filosofia
maçônica.
Na pesquisa tivemos a oportunidade de encontrar, exatos, 33
Irmãos voltados para as artes, em suas mais variadas manifestações.
1* ALBERTO MACEDO - Historiador e pesquisador.
Estudou e pesquisou inúmeros fatos relativos à Maçonaria. Devemos
a ele o trabalho inicial referente à história da fundação da "Estrela
Caldense" no período compreendido entre 1895 a 1899.
2* ARINO FERREIRA PINTO - Poeta , jornalista e professor
Deixou poemas e artigos escritos em jornais da cidade (Gazeta do Sul
de Minas) e da região.
3* ARLINDO PEREIRA - Poeta , romancista e professor
Obra:
Dicionário de Sinônimos Odontológicos, 1955
Estranha Aventura de Max Smith, novela de ficção, l957.
* Foi um dos fundadores da Faculdade Federal de Odontologia de
Alfenas.
4* BENEDICTO CAUBY FERREIRA E SILVA - Escritor
Colabora no "Jornal da Cidade" com artigos sobre assuntos variados.
5* BENEDICTO NORBERTO FILHO - Escritor e pesquisador.
Obra:
Poços de Caldas, seu Pioneirismo na Energia Elétrica Brasileira.
História da Água Potável em Poços de Caldas
A Água Mineral em Poços de Caldas - 1985
6* CARLOS ANGEL LOPES - Artista cênico
Atuava no Circo "Queirolos".
7* CARLOS ERRICO NETO - Jornalista, historiador e professor
Obra:
Fundação de Poços de Caldas - Origem Histórica - 1992
Diretor e fundador do jornal "O Eco", em 1941.
Colabora com artigos para o "Jornal da Cidade" e
Mantiqueira".
"Jornal da
8* EDMUNDO GOUVEIA CARDILLO - Escritor e jornalista.
Obra:
Aspectos Novos de Velhos Temas. Ed. Saraiva, SP, 1950
As Máscaras da Morte. Ed. Brasbiblos, SP, 1971
Vale-Flor, Ed. Brasbiblos,SP, 1972
Fantasmas do Ocultismo, Edibace, SP, 1973
O Livro que Mata a Morte (Tradução), Ed. Três, SP, 1973
O Bruxo Vermelho de Napoleão (Tradução). Ed. Mandala, SP, 1974
Dante - Seiscentos Anos de Dúvidas. Ed. Aquarius, SP 1976
Obs: Todas as obras do autor têm por tema o ocultismo.
9* EDUARDO ADAMI - Escritor
Obra:
Um Médico na Tempestade, romance. Ed. Saraiva, SP,1954:
A Dor Tem Sete Cores, contos. Ed. Saraiva, SP, 1957.
10* FÉLIX COTAET - Jornalista
Colaborou no "Jornal da Cidade", "Jornal da Mantiqueira", "Gazeta do
Sul de Minas", e jornais de diversas cidades paulistas.
11* FRANCISCO SERGI - Músico
Maestro de orquestra de navio para viagens internacionais.
12* GUIDO ROCCHI - Músico.
Maestro da orquestra do Teatro Politeama. Veio para Poços,
convidado pelo prefeito Francisco Escobar.
13* HAROLDO ESCOBAR - Jornalista.
Editor do jornal "Correio de Poços”, 1932
14* HILÁRIO MARIA DE ALMEIDA - Artista cênico
Atuava em espetáculos de Circo de sua propriedade.
15* HUGO PONTES - Poeta , jornalista e professor
Obra:
"A Simbologia da Iniciação Maçônica no conto "O Recado do Morro"
de Guimarães Rosa", ensaio. SLMG, Belo Horizonte, maio, 1987
Saciedade dos Poetas Vivos. poemas visuais, Ed. Blocos, Rio, 1993.
Participação em diversas antologias poéticas.
Colaborador em jornais locais: "Jornal da Mantiqueira", "Cidade Livre",
"Dois Pontos" e "Jornal da Cidade". Foi editor da "Gazeta do Sul de
Minas"
16* JOÃO BATISTA GARCIA - Jornalista
Colabora no "Jornal da Cidade" de Poços de Caldas e jornais de
cidades paulistas.
17* JOÃO TORRES - Poeta e jornalista
Colaborador em jornais como "O Santuário", "Jornal de Poços", "Diário
de Poços", "Gazeta do Sul de Minas" e Revista da AABB - Rio - RJ.
18* JORGE XIMENES - Artista Plástico
Dedicava-se às telas de pinturas a óleo.
19* JOSÉ BALDASSARI - Jornalista
Colaborador em jornais locais e da região.
20* JOSÉ BOTELHO MUNIZ NETO - Jornalista
Colaborador do "Jornal da Mantiqueira", "Gazeta do Sul de Minas".
21* JOSÉ CARLOS DE PAIVA CARDILLO - Jornalista e editor.
Foi redator da Gazeta do Sul de Minas e colabora com artigos para o
“Jornal da Cidade”.
22* JOSÉ PINTO DE AGUIAR - Músico e professor
Instalou-se na Vila em 1898. Compunha e dava aulas.
23* JOSÉ VARGAS DE SOUZA - Jornalista.
Diretor da "Gazeta do Sul de Minas"
24* LÁZARO EMANUEL FRANCO SALLES - Poeta e jornalista.
Obra
A Lira dos Quinze Anos. poemas, Ed. do autor, Poços, 1968
O Terceiro Estágio. poemas, Ed. do autor, Poços, 1987
Pedro Pedra Pedregulho. Ed. do autor, Poços, 1994
25* LINDOLFO LINO BELICO - Escritor e jornalista
Obra:
A Fuga Trouxe a Morte. 1944
Quebra-Coco (novela). Ed. Mantiqueira, BH, 1953
O Amanhã Cuidará de Si (romance). Ed. Saraiva, SP, 1967
Por Quem Chora o Amor (romance). Ed. Record, Rio,1972
Aquele Outono em Poços de Caldas (romance). Ed. autor,Poços,1974
Meu Nome É Quincas (romance). Ed. autor, Poços, 1995
26* LUIZ ROBERTO JUDICE - Poeta
Obra:
Flores Murchas. poemas, São Paulo, 1968
Lira de Quatro Cordas. trovas, Poços de Caldas, 1994
Pérolas de Fogo, sonetos, Poços de Caldas, 1995
27* MÁRIO MOURÃO - Historiador e pesquisador e jornalista
Obra:
Poços de Caldas - Síntese Histórico-Social. Saraiva, SP, 1951
O Livro dos Velhos. Civilização Brasileira, Rio, 1945
28* PALMIRO D'ANDREA TUPY - Jornalista
Editor de "A Folha", em 1928
29* PEDRO SANCHES DE LEMOS - Escritor e Pesquisador.
Obra:
As Águas Termais de Poços de Caldas. Imprensa Oficial-BHz, 1904
30* RAUL MASCARENHAS PEREIRA - Músico
Instrumentista, apresentava-se no Cassino da Urca.
31* RÔMULO CARDILLO - Escritor e pesquisador
Obra:
Uma Visita a Hot Springs (Subsídios para o Aperfeiçoamento dos
Serviços das Termas "Antônio Carlos"), 1952
32* SEVERO AUGUSTO LUIZI - Artista plástico.
É autor de um acervo de grande valor artístico que está hoje em
coleções particulares e salas de exposições pelo Brasil e exterior.
33* SILVIANO BARBOZA - Jornalista, 1895. Um dos fundadores da
EC.
CAPÍTULO XIII
A FAMÍLIA DENTRO DA FAMÍLIA MAÇÔNICA
Uma das teses entre os maçons, de modo geral, é que só
quem sabe compreender o que é Maçonaria é a sua própria família .
Ao longo dos séculos as perseguições religiosas e políticas;
as incompreensões da sociedade e o próprio desvirtuamento da
atividade maçônica geraram um sentimento de preocupação e de
defesa dos IIr.: que só encontrou reciprocidade no seio da família
daqueles que escolheram estar na Ordem para melhor trabalhar em
favor da humanidade.
Assim a entidade recebeu pais, filhos, avós, bisavós, netos,
bisnetos, sobrinhos, irmãos, primos, cunhados, genros, ou seja,
parentes sangüíneos e consangüíneos como se, imbuídos do mesmo
propósito, quisessem estar juntos para que a Instituição não
perecesse no tempo.
Abaixo relacionamos alguns nomes de famílias poçoscaldenses ou provenientes de outros Orientes que, por um século vêm
conduzindo os destinos da Loja Maçônica "Estrela Caldense".
Salientamos que nesta relação predominam nomes de origem italiana,
portuguesa e espanhola. No entanto, pelo levantamento realizado
encontramos também o libanês, alemão, inglês, polonês, argentino,
romeno, francês, grego e boliviano. Além disso, relacionam-se homens
das mais diversas profissões, como: pedreiros, marceneiros,
serralheiros, advogados, médicos, engenheiros, comerciantes,
comerciários, industriais, professores, dentistas, sapateiros, viajantes
comerciais, fazendeiros e funcionários públicos.
ALCÂNTARA
Nelson e Nelson Filho
ALENCASTRO
Leopoldo Hilário, Leopoldo Filho
ALMEIDA
Hilário Maria e Hilário Filho
ALVISI
Henrique e Reginaldo
ANDRADE
José Rabelo e Francisco Horácio
ANDRADE
Antônio Carlos, Darlan de; José Osvaldo Marcondes
BARBOSA
José e Benedito
BAPTISTA
João, Benedito e José
BENTO
João Ferreira e João Ferreira Júnior
BERTOZZI
Pedro, Ermindo, Marco Antônio, Luiz Filho e Sérgius
BLASI
Francisco Gilberto e Sérgio Ítalo
BONIFÁCIO
José, Pedro e João
BORGHETTI
Henrique, Ronaldo e Nello
BRAGA
Júlio de Melo, Walker, Wander e Wanir Bressane
BRANDÃO
Frederico, Benedito Sérgio, Francisco, Antônio Carlos
CAMPOS
João Ferreira e José Carlos de
CARNEIRO
Celso e Antônio
CARDILLO
João, Rômulo, Edmundo Gouveia, Remo e José Carlos de Paiva
CARVALHO
Walter Correa e Nicodemus Braga da Costa
CAVINI
Cezare e Celso; Acácio Rocha de Oliveira
COBRA
Rodolpho José, José Affonso, Paulino Affonso, José Ignácio e
Arthur Affonso de Barros
CORREA
Manoel, Ademar e Márcio Roberto Correa
CÔRTES
David, Francisco de Paiva e Gabriel Kerr Paiva
DAL POGGETTO
Archanjo e Luiz Augusto
DANZA
Celso, Wilson, Ottorino, Walter, Elpídio; Ézio Silva
DELGADO
Ari, Fausto e Ruy
DOMINGHETTI
Octávio e Hélio Geraldo
ERRICO
Carlos e Carlos Neto
FERREIRA
Lourenço Dias, Lourenço Júnior e Benedicto Cauby
FERREIRA
Arino Pinto, João Batista Monteiro e Hugo Pontes
FONSECA
José Borges da e Alfredo Pereira Borges
FRANCESCHINI
João, Rubens e Armando
FRAZÃO
Manoel Teixeira e Manoel Júnior
FRISON
César, Jordão, Hércules, Antônio Ricardo e José Luís
GERALDI
Geraldo, Paulo Raimundo e Ângelo
GLÓRIA
Sílvio, Geraldo e Antônio Tambasco
GRANERO
João, João Filho e Norivaldo
HENRIQUE
Carlos, Cláudio, Pedro, Francisco, Petrônio Romano e Luciano Romano
INCROCCI
Palmiro e Ferruccio
JUNQUEIRA
Joaquim da Cunha Diniz, Joaquim Affonso, José Affonso e Affonso
JUNQUEIRA
Jair e Jarbas
LATRONICO
Ubaldo, José e Edson
LUZ
Sebastião, José Martinho, Antônio, César do Prado; Francisco; Vicente Carlos do
Vale Morais
MACEDO
José Aparecido e Élio de Oliveira
MAGALHÃES
Francisco e Francisco Carneiro Filho
MAGALHÃES
José d'Oliveira, Mauro e José Carlos
MALDONADO
José e Luiz Rodrigues
MANZANO
João Antônio e José Antônio
MARCONDES
Pedro; Luiz Roberto Judice
MARECA
José Antônio; Luiz Torrezillhas Aranda
MARQUES
Antônio de Almeida e Antônio José Iranço de Almeida
MATTOS
Antônio, Gilberto e Antônio Neto
MAYO
Francisco Perez, Luiz Perez Alvarez e Francisco Perez Filho
MELO
Antônio, Joaquim, Joaquim Avelino Júnior e José Ghirlanda Netto
MENDES
Euclides, Euclides Paiva, Walter, Edmundo Ismael, Sílvio Carlos; José Maria
Pezzi; Euclídes Antônio Pezzi; Ismael Ribeiro da Silva
MIGUEL
Waldir, Walter, Waldo e Waldemar Filho
MODESTI
José Roberto, José Alberto Lodi, e José Carlos de Paiva Oliveira
MORAES
Antônio, Firmino e Francisco Machado de
MOREIRA
Luiz e Antônio de Souza
NASSIF
Oscar, Felipe e Issa Sarraf
NASTRINI
José, Ézio; João Batista Delgado
PAVESI
Benedito Hércules e Haroldo
PEREIRA
Joaquim, Joaquim Filho, Júlio Camilo e Manoel Sobrinho
PEREIRA
Arlindo, Milton e Walter
PEREIRA
Joaquim José, João Thomaz, Sebastião e Joaquim José Netto
PIFFER
João Adalberto, José e Gilberto Natal
PINTO
Sebastião e Alan Kardec
POMARICO
Cleiber Augusto, Luiz Gonzaga Carvalho e Luiz Augusto
POLI
Júlio, Willian Lage e Djalma Freire
PREGNOLATO
Frederico e Ferruccio
PREZIA
Luiz e José Remígio
RABELO
Élio, José Carlos e Sebastião Carlos
RAMOS
Maximiano e Antônio
REHDER
Pedro e Cristiano José
REIS
Jacques Augusto de Araújo, Dermeval e Durval Rocha
REIS
Manoel, Antônio Fernando e José Maria; Lindolfo Lino Belico
RIBEIRO
João Augusto e Geraldo
RISOLA
Vicente e Orlandino; Antônio Marcos Souza; Walter e Wilson Mancini
ROSA
Rodolpho Garcia e Luís Carlos Garcia
ROSI
Alberto, Vivaldi e João Carlos Terra de Podestá
RUBINHO
Luiz e Manoel Esteves
SALES
Benedito, Tabajara e Ubiratan Ferreira
SANDRY
Ivo, Oscar, Hélio, Ivo Júnior; Francisco Gesualdi :Fábio Capitanini
SANTOS
Antônio Honório, Antônio Sérvulo; José Alves de Souza
SARMENTO
Luiz Gambetta, Hugo, Alberto, Agnaldo e Cincinato Vasconcelos
SARTI
Raphael, Rodolfo, Rubens e Rogério
SCARPIM
Jeronymo e Gerolamo
SCASSIOTTI
João e Affonso
SILVA
Manoel e José Alves da
SIMÕES
José Maria, João Bosco e José Márcio
SOUZA
Moacyr e José Vargas, Affonso José de Souza, Luiz Carlos Mathes; Orlando
Panacci
SOUZA
Liberato e Liberato Maximiano Júnior
STANZIOLA
Pantaleão, Caetano e Oswaldo
TEPEDINO
Emílio, José Francisco e Benedito Ângelo
VIEIRA
Sebastião Romão, Walter José, Ari Sérgio e Walter Arruda
VIVAS
Venâncio, Constâncio e Petrônio
XAVIER
Alcino e Noel de Souza
WESTIN
Eduardo Pio, Gabriel Pio e Roque
ZANGIACOMO
General e Reginaldo Vítor
ZUANELLA
Manoel Luiz, Ernesto e Armindo
CAPÍTULO XIV
OS VENERÁVEIS DE 1.895 a 1.995
Eleito entre os Mestres, o Venerável é aquele maçom que irá,
por um período de dois anos, dirigir os trabalhos da Oficina. Todos
depositam nele a confiança necessária para que a Loja tenha êxito e
cresça através da sua sábia conduta e desempenho.
De 1895 a 1995 esses foram os Irmãos que até agora
conduziram, com acertos e erros, os destinos da centenária "Estrela
Caldense":
1895 a 1896 - Jeronymo Ribeiro
1896 a 1897 - Antônio Pereira Guimarães
1897 a 1898 - Silvério Duarte d’Oliveira
1898 a 1899 - Sebastião Fernandes Pereira
1899 a 1900 - Caetano José de Abreu
.1900 a 1901- Antônio Machado de Moraes
.1901 a 1903 - Caetano José de Abreu
.1903 a 1904 - Francisco Perfeito Pinheiro*
.1904 a 1905 - Sebastião Fernandes Pereira
.1905 a 1915 - Antônio Pessoa de Almeida **
.1915 a 1916 - Arthur Lopes de Camargo
.1916 a 1917 - Antônio Pessoa de Almeida
.1917 a 1918 - Affonso Junqueira
.1918 a 1919 - Antônio Pessoa de Almeida
.1919 a 1920 - Chrispino Caponi
.1920 a 1921 - Antônio Pessoa de Almeida
.1921 a 1922 - Paulo Custódio do Nascimento
.1922 a 1923 - Antônio Pessoa de Almeida
.1923 a 1924 - Antônio Luiz Pinto
.1924 a 1925 - Antônio Canhedo
Pedro Linguanotto ***
.1925 a 1926 - Palmiro D'Andrea
Waldomiro Maurício ***
Antônio Luiz Pinto ***
Pedro Linguanotto ***
Jacques Augusto de Araújo Reis ***
.1926 a 1927 - Pedro Linguanotto
.1927 a 1928 - Ivo Sandry
.1928 a 1929 - José Pedro de Oliveira
.1929 a 1930 - Palmiro D'Andrea
.1930 a 1931 - Rômulo Cardillo
.1931 a 1932 - Antônio Canhedo
.1932 a 1933 - João Mendonça de Amorim
.1933 a 1934 - Haroldo Escobar
.1934 a 1935 - Ivo Sandry
.1935 a 1936 - João Mendonça de Amorim
.1936 a 1937 - Antônio Luiz Pinto
.1937 a 1938 - José Maria Simões
.1938 a 1939 - João Mendonça de Amorim
.1939 a 1940 - Pedro Henrique
.1940 a 1943 - Antônio Luiz Pinto
.1943 a 1946 - Antônio Monteiro
.1946 a 1949 - Moacyr Vargas de Souza
.1949 a 1950 - Antônio Monteiro
.1950 a 1951 - Pedro Linguanotto
.1951 a 1954 - Ivo Sandry
.1954 a 1955 - Deolindo de Toledo Júnior
.1955 a 1960 - José Vargas de Souza
.1960 a 1962 - Arino Ferreira Pinto
.1962 a 1963 - Antônio Monteiro
.1963 a 1965 - Walter Correa de Carvalho
.1965 a 1967 - José Carlos de Paiva Cardillo
.1967 a 1969 - Geraldo Ribeiro
.1969 a 1971 - José Vargas de Souza
.1971 a 1973 - Alberto Macedo
.1973 a 1977 - João Bosco Simões
.1977 a 1979 - Cristiano José Rehder
.1979 a 1981 - Euclides Paiva Mendes
.1981 a 1983 - Antônio José Iranço de Almeida
.1983 a 1987 - Euclides Paiva Mendes
.1987 a 1989 - Waldir Miguel
.1989 a 1991 - Cristiano José Rehder
.1991 a 1993 - Antônio Carlos da Silva
.1993 a 1995 - Élio de Oliveira Macedo
.1995 a 1997 - Élio de Oliveira Macedo
* Faleceu no meio do mandato.
** Ocupou o veneralato durante quinze anos.
*** Ocuparam o veneralato interinamente.
CAPÍTULO XV
O QUADRO ATUAL
A Diretoria para o biênio 1995-1997, eleita em maio, está assim
constituída:
Venerável.:
1º Vigilante.:
2º Vigilante.:
Orador.:
Élio de Oliveira Macedo.:18
Rubens Marcondes Sarti.:22
Hélio Antônio Scalvi.:14
Benedicto Cauby Ferreira e Silva.:14
Secretário.:
Tesoureiro.:
Chanceler.:
Hospitaleiro.:
Luiz Roberto Judice.:15
Dumas Pestana Filho.:15
Valdemir Silva Sandy.:19
Antônio Honório dos Santos.:9
Neste ano do Centenário a Instituição conta, coincidentemente, com 100
Irmãos no Quadro. Em toda e qualquer circunstância, todos vêm
desempenhando suas funções maçônicas, quer atuando com seus cargos
em Loja, quer administrando as instituições mantidas pela "Estrela
Caldense.
Nome
Adelmar de Oliveira.:33
Adenir Inocêncio de Melo.:15
Alberto Rosi.:33
Amilton Majeau.:30
Ângelo Italo A.N. Araújo.:3
Ângelo Marcos Geraldi.:33
Antônio Carlos de Andrade.:18
Antônio Carlos da Silva.:22
Antônio Honório dos Santos.:9
Antônio José I. de Almeida.:33
Antônio de Matos Netto.:2
Antônio Roberto Amo.:31
Armando Bertoni.:3
Arnaldo Toledo de Aguiar.:18
Augusto Eduardo Corrêa.:1
Benedicto Cauby F. e Silva.:14
Benedicto Rocha Valença.:33
Carlos Roberto Reis Almeida.:9
Celso Renato Cavini.:18
César do Prado Luz.:3
Cleiber Augusto Pomarico.:19
Comerciante
Cristiano José Rehder.:33
Darlan de Andrade.:2
David Martins Pinheiro.:33
Dumas Pestana Filho.:15
Iniciação
Atividade
24.06.1966
31.10.1975
08.04.1933
26.10.1963
05.12.1985
14.07.1974
18.03.1972
13.04.1980
22.02.1975
05.l2.1968
14.03.1984
12.11.1972
27.02.1989
29.04.1972
14.03.1994
05.12.1985
24.06.1966
30.04.1983
11.11.1973
24.06.1960
21.05.1984
Professor
Func.Públ.
Aposentado
Aposentado
Func.Público
Comerciante
Industrial
Advogado
Func.Público
Corr.Imóveis
Comerciante
Comerciante
Comerciante
Comerciante
Comerciante
Médico
Economista
Adm.Empresa
Contador
Industrial
05.12.1975
14.06.1993
13.06.1968
04.05.1987
Médico
Industrial
Comerciante
Engenheiro
Édio Basso.:15
Edvaldo Allan R. Araújo.:3
Élio de Oliveira Macedo.:18
Élio Rabelo.:4
Euclides Paiva Mendes.:33
Eurípedes Carlos Abreu Fº.:33
Fábio Capitanini.:3
Fausto Bernado Maretti.:3
Fernando Rocca Avila.:30
Flávio A.C. Araújo Cançado.:14
Flávio Lúcio V. Figueiredo.:3
Genésio Mendes da Silva.:33
Geraldo Lopes Vieira.:9
Func.Público
Gilson Loyola.:3
Hélio Antônio Scalvi.:9
Hélio Sandry.:33
Ivanil Cipriano.:18
Jair Antônio Vieira e Silva.:4
Jair Junqueira.:18
Jarbas Junqueira.:9
João Batista Delgado.:18
João Carlos Terra Podestá.:18
João José Ferreira.:3
Jorge Antônio M. Lopes.:9
José Antônio Mareca.:18
José Aparecido Macedo.:33
José Carlos Rabelo.:1
José Ghirlanda Netto.:4
José Lauro Vieira.:3
José Ludgero Neto.:3
José Luís Frison.:1
José Maria Pezzi.:18
José Martinho Prado Luz.:19
José Maurício Coutinho.:18
José Mendes Vilella.:33
José Osvaldo Marcondes.:2
Laudo Ferreira de Camargo.:18
Lázaro E. Franco Salles.:33
Luís Antônio Gaiga.:2
10.11.1984
09.03.1992
14.07.1974
20.06.1988
11.11.1973
07.10.1944
19.05.1990
15.01.1955
27.12.1975
27.02.1989
14.09.1992
03.12.1983
30.06.1984
Advogado
Contador
Comerciante
Comerciante
Comerciante
Aposentado
Securitário
Enfermeiro
Comerciante
Comerciante
Dentista
Repr.Com.
06.10.1984
21.11.1988
05.08.1946
21.05.1984
21.10.1988
28.11.1983
23.11.1987
07.08.1982
14.11.1974
22.08.1976
17.12.1987
25.08.1980
29.09.1956
14.03.1994
22.10.1960
07.08.1982
10.12.1984
12.06.1995
03.12.1983
19.08.1950
01.10.1984
09.l2.1920
14.06.1993
07.08.1982
10.04.1976
25.07.1994
Comerciante
Func. Publico
Aposentado
Professor
Comerciante
Comerciante
Comerciante
Comerciante
Dentista
Repr.Com.
Médico
Comerciante
Comerciante
Economista
Contador
Engenheiro
Repr.Com.
Mecânico
Comerciante
Comerciante
Contador
Aposentado
Advogado
Industrial
Anl.Clínico
Securitário
Luiz Antônio Pomarico.:4
Luiz Carlos Mathes.:3
Luiz Gonzaga C. Pomarico.:15
Luiz Torrezilhas Aranda.:1
Luiz Roberto Franco.:1
Luiz Roberto Judice.:15
Func.Público
Luiz de Souza Moreira.:33
Manoel Simões.:31
Márcio Silva Cunha.:1
Marco Antônio de Melo.:3
Milton Cirilo de Oliveira.:3
Noboru Arashiro.:9
Oscar Sandry.:30
Osvaldo Sampaio.:19
Paulo César de Queiroga.:3
Richard Alves de Morais.:2
Rovilson Ferreira dos Santos.:18
Rubens Franceschini.:3
Rubens Marcondes Sarti.:22
Sebastião Carlos Rabelo.:1
Sebastião da Costa Abrantes.:19
Sebastião Marcelino Carvalho.:3
Sebastião Marques.:31
Sérgius Bertozzi.:3
Valdemir Silva Sandy.:18
Vítor Antônio Camilo.:22
Waldemar Miguel Júnior.:31
Waldemar Saraiva.:33
Waldir Miguel.:33
Waldo Miguel.:3
Walter Mendes.:18
04.05.1987
26.l0.1963
09.05.1987
27.09.1993
25.07.1994
08.05.1987
Comerciante
Func. Público
Comerciante
Engenheiro
Advogado
14.04.1944
11.09.1961
13.03.1995
19.05.1990
27.02.1989
09.05.1987
05.08.1946
02.03.1963
09.03.1992
27.09.1993
14.11.1978
22.08.1976
01.10.1984
12.06.1995
12.11.1972
20.06.1988
05.10.1980
19.05.1990
06.10.1984
21.05.1984
11.11.1973
11.03.1968
23.11.1964
01.10.1984
27.12.1975
Aposentado
Ferroviário
Func. Público
Func. Público
Farmacêutico
Médico
Industrial
Aposentado
T.Laticínios
Comerciante
Comerciante
Comerciante
Industrial
Contador
Comerciante
Bancário
Comerciante
Comerciante
Aposentado
Contador
Comerciante
Aposentado
Comerciante
Comerciante
Comerciante
ANEXO
Histórico e Memorial Descritivo do Pavilhão da "Estrela Caldense"
Desde a sua fundação, a Loja Maçônica "Estrela Caldense"
nunca possuiu um Pavilhão que a representasse.
Entretanto a comissão encarregada dos preparativos para a
comemoração do centenário - nomeada pelo Venerável Élio de Oliveira
Macedo - sob a presidência de Antônio Carlos da Silva, propôs em Loja
que os Irmãos emprestassem seus conhecimentos e sugerissem uma idéia
para a criação da nossa bandeira.
O Irmão Antônio Honório dos Santos apresentou as suas
sugestões que, depois de amplamente discutidas pela comissão, foram
aceitas.
Coube ao Ir.: Richard Alves de Morais realizar o trabalho de
arte final.
No dia onze de outubro de 1994 o projeto foi apresentado em
reunião e aprovado por todos os presentes: Élio de Oliveira Macedo,
Antônio Carlos da Silva, Dumas Pestana Filho, Richard Alves de Morais,
Hugo Pontes, Celso Renato Cavini, Lázaro Emanuel Franco Salles, Hélio
Antônio Scalvi e Antônio Honório dos Santos.
Para a confecção da bandeira, foi escolhida a MG Confecções", de propriedade de Maria Goreti Vilas Boas, da cidade de
Itajubá - Sul de Minas Gerais.
DESCRIÇÃO
A Bandeira, retangular, é na cor azul-celeste. Ao centro tem
uma estrela irradiante com cinco pontas; no meio da estrela vê-se um
delta, em cujo contorno está o nome da Loja; no interior do delta há um
círculo e, no meio deste, um pavimento de mosaico encimado pelos
esquadro e compasso entrelaçados.
O azul do retângulo representa a cor da Loja. A Estrela
irradiante quer significar o nome da instituição e os raios, a sua pujança e
brilho. O delta lembra o nosso Estado de Minas Gerais e a tríplice força
indivisível e divina: vontade, amor e inteligência cósmicos.
O círculo branco, no interior do delta, representa a criação e o
universo.
O pavimento de mosaico reflete a união de todos os maçons do
Globo, mesmo com suas diferenças de raça, meio e opinião.
O compasso é o emblema da medida e da justiça. Quer
simbolizar Deus. O esquadro é o símbolo da retidão e disciplina
maçônicas.
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, Waldemar de Almeida. História de Minas. Belo Horizonte, Comunicação, 1979.
BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. Trad. Frederico Ozanan Pessoa de Barros. São Paulo,
Pensamento, 1979.
FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930. Sâo Paulo, Brasiliense, 1970.
fONSECA, Luiz Gonzaga da. História de Oliveira. Belo Horizonte, Ed. Bernardo Álvares, 1961
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. Sâo Paulo,Pensamento,s.d..
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 20ª ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1985.
LEADBEATER, C.W. A Vida Oculta na Maçonaria. Trad. Joaquim Gervásio de Figueiredo. Sâo
Paulo, Pensamento, 1973.
MEGALE, Nilza Botelho. Memórias Históricas de Poços de Caldas. 1ª ed. Poços de Caldas,
Semec, 1990.
MOURÃO, Mário. Poços de Caldas - Síntese Histórico-Social. São Paulo, Ed. Saraiva, 1951.
NETO, Carlos Errico. Fundação de Poços de Caldas - Origem Histórica. Poços de Caldas, Gráfica
SulMinas, 1992
OTTONI, Homero Benedicto. "Poços de Caldas". São Paulo, Ed. Anhambi, 1960.
PEREIRA, Gaspar Eduardo. Poços de Caldas - Síntese da História Administrativa. 2ª Edição,
Gráfica SulMinas, Poços de Caldas, 1984.
SODRÉ, Nelson Werneck. Formação Histórica do Brasil. 2ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1963.
TEIXEIRA, Francisco M.P., e Dantas, José. História do Brasil - da Colônia à República-São Paulo,
Moderna, 1983.
TORRES, João Camilo de Oliveira. História de Minas Gerais. Belo Horizonte, Ed. Bernardo
Álvares, 1962
VIANNA, Hélio. História do Brasil. 6ª ed. São Paulo, Melhoramentos, 1967.
WIRTH, Oswald. O Ideal Iniciático. Trad. R. Montezuma, Rio de Janeiro, ed. do tradutor, 1932.
OUTRAS PUBLICAÇÕES CONSULTADAS
Guia da Cidade de Poços de Caldas - Departamento Municipal de Eletricidade. 1ª ed., 1991.
Jornais:
"Cidade de Poços"
"Vida Social"
"O Defensor"
"A Folha"
"Revista de Poços de Caldas"
"Correio de Poços"
"Gazeta do Sul de Minas"
"Diário de Poços de Caldas"
"Jornal da Mantiqueira"
"Jornal da Cidade"
OUTRAS FONTES DE CONSULTA
Leitura e análise dos Livros de Atas de reuniões da "Estrela Caldense ", de 1895 a 1995.
Entrevistas com maçons mais antigos;
Entrevista com cidadãos poços-caldenses;
Consulta a documentos, publicações,fotos do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas.
ÍNDICE ONOMÁSTICO
A
tipo 10
Abílio Bastos
Acácio Rocha de Oliveira
Adelino Laranjeira
Adelmar de Oliveira
Ademar Corrêa da Costa
Adenir Inocêncio de Melo
Adib Karan
Adnei Pereira de Morais
Adolfo Neugbauer
Adolpho Acayaba
Affonso José de Souza
Affonso Junqueira
Affonso Masseotti
Affonso Pereira de Carvalho
Affonso Scassiotti
Agnaldo Vasconcelos Sarmento
Agostinho Loyolla Junqueira
Alair Astolfo da Silva
Alan Kardec Pinto
Alberto Cazzani
Alberto Macedo
Alberto Rosi
Alberto Vasconcelos Sarmento
Alcino Xavier
Aldo Stoppa
Alfrânio José Dias de Rezende
Alfredo Cipriano Freire
Alfredo Lopes
Alfredo Pereira Borges
Alfredo Sá
Alfredo Tristão
Alípio da Cruz
Amleto Belone
Amilton Majeau
Ana Maria Ramos Paiva
Ângelo Italo Amaral Nogueira de Araújo
Ângelo Martelli
Ângelo Marcos Geraldi
Antenor Damini
Antônia Margarida Pereira
Antônio Alberto Fernandes
Antônio de Almeida Marques
Antônio de Almeida Souza
Antônio Antunes Portugal
Antônio Avelino de Melo
Antônio Bernardes de Araújo
Antônio Bueno Brandão
Antônio Canhedo
Antônio Carlos de Almeida
Antônio Carlos de Andrade
Antônio Carlos Brandão
Antônio Carlos da Silva
Antônio Carneiro
Antônio Chiado
Antônio Fernando dos Reis
Antônio Ferreira Coelho
Antônio Gentilini
Antônio Honório dos Santos
Antônio José Castilho Chamorro
Antônio José Iranço de Almeida
Antônio José Salgado Júnior
Antônio Luiz Pinto
Antônio Machado de Morais
Antônio Magalhães
Antônio Manzano Filho
Antônio Marcos de Souza
Antônio de Mattos
Antônio de Matos Neto
Antônio Mazzetto
Antônio Megale
Antônio Monteiro
Antônio Napole
Antônio Pereira Guimarães
Antônio Pelicciari
Antônio Pessoa de Almeida
Antônio Pinto
Antônio do Prado Luz
Antônio Ramos
Antônio Rezende Chagas
Antônio Ricardo Frison
Antônio Roberto Amo
Antônio Rubbo
Antônio Sérvulo dos Santos
Antônio Siqueira Costa
Antônio de Souza Moreira
Antônio Tambasco Glória
Antônio Teixeira Diniz
Archanjo Dal Poggetto
Ari Delgado
Ari Sérgio Vieira
Arino Ferreira Pinto
Ariovaldo Euclides de Castro
Arlindo Pereira
Armando Bertoni
Armando Franceschini
Armindo Zuanella
Arnaldo Toledo de Aguiar
Arthur Affonso de Barros Cobra
Arthur Bernardes
Arthur Fernandes Sabroza
Arthur Ferreira Brandão
Arthur Lopes de Camargo
Arthur de Mendonça Chaves
Athos Vieira de Andrade
Augusto Fernandes de Almeida
Augusto Eduardo Corrêa
Augusto José de Oliveira
Aurélio Borelli
Avelino Esteves
B
Belem Sarraga de Ferro
Benedicto Cauby Ferreira e Silva
Benedicto Norberto Filho
Benedito de Oliveira Reis
Benedicto Rocha Valença
Benedito Ângelo Tepedino
Benedito Barbosa
Benedito Baptista
Benedito Ferreira Sales
Benedito Hércules Pavesi
Benedito Rodrigues de Camargo
Benedito Sérgio Brandão
Benevenuto Patteroni
Benito Mussolini
Bento Dias Ferraz de Arruda
Bernardo Mejlachovicz
Birajá Silveira
Biscio Pisciotti
Bonifácio Fernandes Filho
Bonifácio Paulino de Carvalho Júnior
C
Caetano Benedetti
Caetano José de Abreu
Caetano José Pereira
Caetano Stanziola
Camerindo Togo Nogueira da Silva
Carlo De Felice
Carlos Alberto Maywald
Carlos Angel Lopes
Carlos Dariolli
Carlos Duarte Cruz
Carlos Errico
Carlos Errico Neto
Carlos Henrique
Carlos Mellara
Carlos Pinheiro Chagas
Carlos Roberto Reis Almeida
Carlos dos Santos
Carolina Bernardo
Célia Beatriz Marcassa
Célia Márcia Carneiro de Bom
Celso Carneiro
Celso Danza
Celso Renato Cavini
César Frison
César do Prado Luz
Cezare Cavini
Cláudio Henrique
Cleiber Augusto Pomarico
Cincinato Vasconcelos Sarmento
Cínthia Luizi
Conrado Marcondes de Albuquerque
Constâncio Vivas
Constantino Muniz Barreto
Chrispino Caponi
Cristiano José Rehder
Cristina Alberti
D
Dalva Sarti
Darcy Domenico
Darlan de Andrade
David Ferreira
David Martins Pinheiro
David Paiva Côrtes
Décio Alves de Morais
Delfim Moreira da Costa Ribeiro
Deolindo de Toledo Júnior
Dermeval Rocha Reis
Djalma Freire Poli
Djalma de Souza Gonçalves
Doraci Teixeira Lemos
Dumas Pestana Filho
Durval Borges de Oliveira
Durval Rocha Reis
E
Edgard de Almeida
Édio Basso
Edmundo Gouveia Cardillo
Edmundo Ismael Mendes
Edson Latronico
Eduardo Adami
Eduardo Pio Westin
Edvaldo Allan Resende de Araújo
Élio de Oliveira Macedo
Élio Rabelo
Elpídio Danza
Emigydio Antônio da Silva Mello
Emílio Tepedino
Epitácio Pessoa
Ermindo Bertozzi
Ernesto da Silva Mello
Ernesto Zuanella
Ettore Manucci
Euclides Antônio Pezzi
Euclides Mendes
Euclides Paiva Mendes
Eugênia Bernardo
Eurico Gaspar Dutra
Eurípedes Carlos de Abreu Filho
Ézio Danza e Silva
Ézio Nastrini
F
Fábio Capitanini
Fausto Bernardo Maretti
Fausto Delgado
Felipe Nassif
Félix Cotaet
Fernando José Lopes
Fernado Rocca Avila
Ferrucio Incrocci
Ferrucio Pregnolato
Firmino Machado de Moraes
Flávio Antônio Couto de Araújo Cançado
Flávio Lúcio Vilela Figueiredo
Florindo Alvarez Barreiro
Fortunato Vinci
Francisca de Paiva
Francisca de Paula Oliveira
Francisco de Assis Carvalho
Francisco Brandão
Francisco Cagnani
Francisco Campos
Francisco Carneiro Magalhães
Francisco Carneiro Magalhães Filho
Francisco Escobar
Francisco de Faria Lobato
Francisco Franco
Francisco Gesualdi
Francisco Gilberto Blasi
Francisco Henrique
Francisco Horácio Andrade
Francisco Luz
Francisco Machado de Moraes
Francisco Mencarini
Francisco de Paiva Côrtes
Francisco de Paula Assis Figueiredo
Francisco Perez Mayo
Francisco Perez Mayo Filho
Francisco Perfeito Pinheiro
Francisco da Rocha Leite
Francisco Sergi
Frederico Brandão
Frederico Lourenço
Frederico Pregnolato
G
Gabriel Kerr Paiva Côrtes
Gabriel Pio Westin
General Zangiacomo
Genésio Mendes de Almeida
Geraldo Lopes Vieira
Geraldo Geraldi
Geraldo Ribeiro
Geraldo Tambasco Glória
Gerolamo Scarpim
Gérsio Zingoni
Getúlio Dornelles Vargas
Gilberto Francisco Blasi
Gilberto de Mattos
Gilberto Natal Piffer
Gilson Loyola
Giuseppe Bernardo
Gonçalo Ribeiro Gonçalves
Guido Pelicciari
Guido Rocchi
Guilherme Clímaco da Cruz Novaes
H
Haroldo Escobar
Haroldo Pavesi
Hélio Antônio Scalvi
Hélio Geraldo Dominghetti
Hélio Sandry
Helton Barroso Drey
Helvécio Monteiro de Barros
Henrique Alvisi
Henrique Borghetti
Henrique Capps Júnior
Henrique Goffi
Hércules Frison
Hermes da Fonseca
Hilário Maria de Almeida
Hilário Maria de Almeida Júnior
Horácio de Paiva
Hugo Pontes
Hugo Vasconcelos Sarmento
I
Ignácio de Moura Gavião
Irineu Guitarrari
Irvânio Malaquias
Ismael da Costa Pereira
Ismael Ribeiro da Silva
Issa Sarraf
Ivanil Cipriano
Ivo Sandry
Ivo Sandry Júnior
J
Jaci Nogueira
Jacomo Curia
Jacomo Joaquim
Jacques Augusto de Araújo Reis
Jair Antônio Vieira e Silva
Jair Junqueira
Jandira Gonçalves
Jarbas Junqueira
Javier Torrico Morales
Jeronymo Ribeiro
Jerônimo Scarpim
João Adalberto Piffer
João Affonso Junqueira
João Alberto Naldoni
João Alcântara
João Amaral
João Antônio Manzano
João Augusto Ribeiro
João Baptista
João Baptista de Figueiredo
João Batista de Almeida Prata
João Batista Delgado
João Batista Ferreira Monteiro
João Batista Garcia
João Batista Magalhães
João Batista Nogueira
João Benedito de Araújo
João Bonifácio
João Bosco Simões
João Cardillo
João Carlos Terra de Podestá
João Domingos Salavolte
João Eugênio de Almeida
João Fernandes Alvarez
João Ferreira Campos
João Ferreira Bento
João Ferreira Bento Júnior
João Fortunato Ferreira
João Franceschini
João Francisco Miguel
João Garbim
João Granero
João Granero Filho
João Joaquim Braga
João José Ferreira
João José Pereira dos Santos
João Machado
João Mendonça de Amorim
João Moreira Salles
João Nepomuceno Corrêa
João Osório d'Andrade Oliveira
João Paulo 2º
João Pedro de Alcântara
João Pereira de Carvalho
João Pereira de Godinho
João Pinto Bandeira Júnior
João Ponteprimo
João Ribeiro
João Romeu Tramonte
João Salvucci
João Scassiotti
João Teixeira de Carvalho
João Thomaz Pereira
João Torres
Joaquim Affonso Junqueira
Joaquim Avelino de Melo
Joaquim Avelino de Melo Júnior
Joaquim Bernardes de Freitas
Joaquim da Cunha Diniz Junqueira
Joaquim José Correa
Joaquim José Pereira
Joaquim José Pereira Netto
Joaquim Pereira
Joaquim Pereira Filho
Joaquim Pereira de Oliveira
Jordão Frison
Jorge Antônio Moreira Lopes
Jorge Augusto Novaes
Jorge Lauand Filho
Jorge Potgê
Jorge Ximenes
José Alberto Lodi
José Affonso de Barros Cobra
José Affonso Junqueira
José Alves da Silva
José Alves de Souza
José Antônio Manzano
José Antônio Mareca
José Aparecido Macedo
José Baldassari
José Baptista
José Barbosa
José Batista Nogueira
José Benedito
José Bonifácio
José Borges da Fonseca
José Botelho Muniz Neto
José Caetano Horta
José Carlos de Campos
José Carlos Magalhães
José Carlos de Paiva Cardillo
José Carlos de Paiva Oliveira
José Carlos Rabelo
José da Costa
José Dias dos Santos
José d'Oliveira Magalhães
José Ferreira Polydoro
José Fonseca
José Francisco Tepedino
José Freire
José Freire da Cruz
José Gama do Valle
José Ghirlanda Netto
José Henrique dos Santos
José Ignácio de Barros Cobra
José Joaquim Corrêa
José Latronico
José Lauro Vieira
José Lawis
José Ludgero Neto
José Luís Frison
José de Magalhães Mendonça
José Márcio Simões
José Maria Pezzi
José Maria dos Reis
José Maria Simões
José Martinho do Prado Luz
José Maurício Coutinho
José Mendes Vilella
José Moreira da Silva
José Nastrini
José de Oliveira Macedo
José Osvaldo Marcondes
José Pedro de Oliveira
José Piffer
José Pinheiro de Ulhôa
José Pinto de Aguiar
José Rabelo de Andrade
José Remígio Prezia
José Roberto Araújo
José Roberto Modesti
José Rodrigues Maldonado
José Vargas de Souza
Jovelino Muniz
Jovino Pereira da Fonseca
Julieta Brigagão
Júlio Camilo Pereira
Júlio de Melo Braga
Júlio Poli
Júlio Ribeiro
Jurandir Ferreira
Jurandir Loureiro
L
Laércia Ramos Braga
Laércio Pereira do Lago
Laudo Ferreira de Camargo
Lázaro Emanuel Franco Salles
Leandro Fernandes de Almeida
Lenildo de Almeida Thomaz
Leopoldo Hilário de Alencastro
Leopoldo Hilário de Alencastro Filho
Leopoldo Maciel de Godoy
Liberato Maximiano de Souza
Liberato Maximiano de Souza Júnior
Lindolfo Lino Belico
Lino Fazzi
Lourdes Sampaio
Lourenço Dias Ferreira
Lourenço Ferreira Júnior
Lucas Furchi
Luciano Bruno
Luciano Romano Henrique
Luís Antônio Gaiga
Luiz Antônio Batista
Luiz Augusto Dal Poggetto
Luiz Augusto Pomarico
Luiz Bertozzi Filho
Luiz Canuto Guimarães
Luiz Carlos Garcia Rosa
Luiz Carlos Mathes
Luiz Esteves Rubinho
Luiz Felício
Luiz Fernando Gimenes de Castro
Luiz Fernando Zingoni
Luiz Gambetta Sarmento
Luiz Gonzaga Carvalho Pomarico
Luiz Gonzaga Guedes dos Santos
Luiz Perez Alvarez
Luiz Prezia
Luiz Ribas
Luiz Roberto Franco
Luiz Roberto Judice
Luiz Rodrigues Maldonado
Luiz de Souza Moreira
Luiz Torrezilhas Aranda
M
Magda Perez Pinto Garcia
Manços de Andrade
Manoel Alves da Silva
Manoel Alves da Silva
Manoel Batista Dias
Manoel Cândido Martins
Manoel Corrêa da Costa
Manoel Esteves Rubinho
Manoel de Freitas
Manoel Gaspar Guerra
Manoel Gomes Florindo
Manoel José d'Oliveira
Manoel Luiz Alves
Manoel Luiz Zuanella
Manoel Martins Alvarez
Manoel Pereira Sobrinho
Manoel Pio de Carvalho
Manoel dos Reis
Manoel da Rocha Porto
Manoel Simões
Manoel Teixeira Frazão
Manoel Teixeira Frazão Júnior
Manoel Troyano
Márcia Nastrini Delgado
Marco Antônio Bertozzi
Marco Antônio Melo
Márcio Roberto Correa
Márcio Silva Cunha
Marcos Silva
Maria Aparecida Dias Barbosa
Maria Célia Spinelli Aguiar
Maria da Conceição Pereira
Maria Ester Françoso de Almeida
Maria Goreti Vilas Boas
Maria Lúcia Pellachin
Maria Ovídia Junqueira
Maria Pereira de Oliveira
Maria Tereza de Siqueira
Mário Mourão
Martinho de Freitas Mourão
Maurílio Ramos de Figueiredo
Mauro Magalhães
Maximiano Barbosa da Silva
Maximiano da Fonseca Reis
Maximiano Ramos
Miguel Kair
Miguel de Oliveira
Milton Cirilo de Oliveira
Milton Pereira
Moacyr Vargas de Souza
Moacyr Vieira Martins
N
Nello Borghetti
Nelson Alcântara
Nelson Alcântara Filho
Nelson D'Angelo
Neuza Maria Figueiredo
Newton Cardoso
Nicodemus Braga da Costa
Nicolao Amalfi
Nicolao Longo
Nicolau Ancona Lopes
Nicolina Bernardo
Nilo Coelho
Noel de Souza Xavier
Noboru Arashiro
Norivaldo Granero
Normando Giusi
O
Octávio Batista Diniz
Octávio Dominghetti
Olegário Maciel
Olintho Tavares Paes
Orcival Pereira da Silva
Orlandino Risola
Orlando Manhães Barreto
Orlando Panacci
Oscar Nassif
Oscar Sandry
Oswaldo Borsa
Oswaldo Sampaio
Oswaldo Stanziola
Ottorino Danza
P
Palmiro D'Andrea Tupy
Palmiro Incrocci
Pantaleão Stanziola
Patrício Marques dos Santos
Paulino Affonso de Barros Cobra
Paulino Fellipe de Figueiredo
Paulo Aquino
Paulo César de Queiroga
Paulo Custódio do Nascimento
Paulo José Ferreira
Paulo Lopes Ribeiro
Paulo Raimundo Geraldi
Paulo Roberto Santos Corrêa
Paulo de Tarso Clementoni da Costa
Pedro Bertozzi
Pedro Bonifácio
Pedro Henrique
Pedro Linguanotto
Pedro Marcondes
Pedro Rehder
Pedro Sanches de Lemos
Presciliano Pereira de Jesus
Petrônio Romano Henrique
Petrônio Vivas
Pio da Silva
Prudente de Morais
R
Randolpho Mourão
Raphael Sarti
Raul Ferreira
Raul Mascarenhas Pereira
Raul Soares
Reducino Pinto
Reginaldo Alvisi
Reginaldo Vitor Zangiacomo
Remo Cardillo
Resk Frayha
Richard Alves de Morais
Roberto Matta Machado
Rodolfo Marcondes Sarti
Rodolpho Garcia Roza
Rodolpho José de Barros Cobra
Rogério Marcondes Sarti
Rogério Moura Gambier
Rômulo Cardillo
Ronaldo Borghetti
Ronaldo Junqueira
Ronaldo Moretti
Roque Westin
Rosa Maria Noronha Muniz
Rovilson Ferreira dos Santos
Rozendo Carrera
Rubens Franceschini
Rubens Marcondes Sarti
Rubens Ramos
Ruhterford Leal
Ruy Delgado
S
Salomão de Souza
Saulo Zenun
Sheila Cury Nogueira da Silva
Sebastião Carlos Rabelo
Sebastião da Costa Abrantes
Sebastião Fernandes Pereira
Sebastião Marcelino de Carvalho
Sebastião Marques
Sebastião Pereira
Sebastião Pereira de Oliveira
Sebastião Pinto
Sebastião Pinheiro Chagas
Sebastião do Prado Luz
Sebastião Vieira Romão
Sérgio Italo Blasi
Sérgius Bertozzi
Severiano Cândido de Assis
Severo Augusto Luizi
Silvério Duarte d'Oliveira
Silviano Barboza
Sílvio Carlos Mendes
Sílvio Tambasco Glória
Simon Rodrigues
Sônia Maria Saraiva Archanjo
T
Tabajara Ferreira Sales
Tereza de Lourdes Arantes
Trajano Barroco
Trajano Chrysóstomo Corrêa
Temistoclides Luiz Silva
Teresina Carini Rocchi
Turido Italo Bonazzi
U
Ubaldo Latrônico
Ubiratan Ferreira Sales
V
Valdemir Silva Sandy
Venceslau Brás
Venâncio Vivas
Vicente Neiva
Vicente Celestino
Vicente Pinheiro Chagas
Vicente Risola
Virgílio Chaves
Virgílio Silva
Virgílio Wenceslau Messias
Vítor Antônio Camilo
Vítor José Adissi
Vivaldi Rosi
W
Waldemar Chirolli
Waldemar Hait
Waldemar Miguel Júnior
Waldemar Saraiva
Waldir Miguel
Waldo Miguel
Waldomiro Maurício
Walker Bressane Braga
Wander Bressane Braga
Wanir Bressane Braga
Walter Arruda Vieira
Walter Correa de Carvalho
Walter Danza
Walter José Vieira
Walter Mancini
Walter Mendes
Walter Miguel
Walter Pereira
Willian Lage Poli
Wilson Danza
Wilson Mancini
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