PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
MONITORAMENTO ATMOSFÉRICO
8° SEMESTRE
QUALIDADE DO AR
Quando se determina a concentração de um
poluente na atmosfera, mede-se o grau de
exposição do receptores como resultado final
do processo de lançamento desse poluente na
atmosfera por suas fontes de emissão e suas
interações na atmosfera, do ponto de vista
físico (diluição) e químico (reações químicas).
QUALIDADE DO AR
A interação entre as fontes de poluição e a
atmosfera vai definir o nível de qualidade do
ar, que determina por sua vez o surgimento de
efeitos adversos da poluição do ar sobre os
receptores.
QUALIDADE DO AR
Principais objetivos do monitoramento da
qualidade do ar são:
• Fornecer dados para ativar ações de
emergência durante períodos de estagnação
atmosférica quando os níveis de poluentes
possam representar risco à saúde pública;
QUALIDADE DO AR
• Avaliar a qualidade do ar à luz de limites
estabelecidos para proteger a saúde e o bem
estar das pessoas;
• Acompanhar as tendências e mudanças na
qualidade do ar devidas a alterações nas
emissões dos poluentes.
O monitoramento da poluição do ar envolve sua
medição nas escalas de tempo e espaço.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
Padrões de qualidade do ar:
Define legalmente um limite máximo para a
concentração de um componente atmosférico
que garanta a proteção da saúde e do bem
estar das pessoas.
• Baseados em estudos científicos dos efeitos
produzidos;
• Fixados níveis que propiciem uma margem de
segurança adequada.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
Considera-se poluente qualquer substância
presente no ar que, pela sua concentração,
possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à
saúde, causando inconveniente ao bem-estar
público, danos aos materiais, à fauna e à flora,
ou seja prejudicial à segurança, ao uso e gozo
da propriedade e às atividades normais da
comunidade (Conselho Nacional do Meio
Ambiente, Resolução n° 03/90).
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
A determinação sistemática da qualidade do ar
deve ser, por problemas de ordem prática,
limitada a um restrito número de poluentes,
definidos em função de sua importância e dos
recursos materiais e humanos disponíveis.
INDICADORES DE QUALIDADE DO AR
SO2, CO, O3, NO2 e POEIRAS EM SUSPENSÃO
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
• SO2: Queima de carvão e combustíveis fósseis,
refino de petróleo, mudanças no uso da terra;
• CO: queima de combustíveis fósseis, fundição de
minérios não ferrosos, produção de ácido
sulfúrico e de papel, erupções vulcânicas e
oxidação de gases de enxofre produzidos por
decomposição de plantas;
• O3: série complexa de reações envolvendo COV’s
e óxidos de nitrogênio, em presença de luz solar;
• NO2: escapamentos de veículos, plantas
geradoras de energia térmica, indústrias de
fertilizantes, agricultura, oxidação do óxido nítrico
(NO), relâmpagos.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
POLUENTES PADRÕES:
São os que ocorrem com grande frequência,
danosos à saúde e ao bem estar geral da
população, além de comumente causarem
danos a outros receptores. Controlados por
meio de padrões de qualidade do ar.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
• Portaria Normativa n° 348 de 14/03/90;
• Resolução CONAMA n° 003 de 28/06/90;
IBAMA estabelece os padrões nacionais de
qualidade do ar.
No Brasil, são estabelecidos dois tipos de
padrões de qualidade do ar:
• Primários,
• Secundários.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
• PADRÕES PRIMÁRIOS DE QUALIDADE DO AR:
são concentrações de poluentes que,
ultrapassadas, poderão afetar a saúde da
população. Níveis máximos toleráveis de
concentração de poluentes atmosféricos,
constituindo-se em meta de curto e médio
prazo.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
• PADRÕES SECUNDÁRIOS DE QUALIDADE DO
AR: são concentrações de poluentes
atmosféricos abaixo das quais se prevê a
mínimo efeito adverso sobre o bem estar da
população, assim como o mínimo dano à
fauna, à flora, aos materiais e ao meio
ambiente em geral. Podem se entendidos
como níveis desejados de concentração de
poluentes, constituindo-se em meta de longo
prazo.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
• Objetivo: criar base para política de
preservação da degradação da qualidade do
ar. Deve ser aplicado em área de preservação
(parques
nacionais,
APP’s,
estâncias
turísticas).
• dividir o território nacional em três classes (I,
II, III), conforme o uso pretendido.
Enquanto não for estabelecida a classificação, usa-se
padrão primário.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
Poluentes padronizados no Brasil:
• Partículas totais em suspensão;
• Fumaça;
• Dióxido de enxofre (SO2);
• Partículas inaláveis;
• Monóxido de carbono (CO);
• Ozônio (O3);
• Dióxido de nitrogênio.
Classe I: Áreas de preservação,
lazer e turismo, tais como Parques
Nacionais e Estaduais, Reservas e
Estações Ecológicas, Estâncias
Hidrominerais e Hidrotermais.
Nestas áreas deverá ser mantida a
qualidade do ar em nível o mais
próximo possível do verificado
sem a intervenção antropogênica.
Enquadramento das áreas do
território nacional de acordo com Classe II : Áreas onde o nível de
os usos pretendidos:
deterioração da qualidade do ar
seja
limitado
pelo
padrão
secundário de qualidade.
Classe
III
:
Áreas
de
desenvolvimento onde o nível de
deterioração da qualidade do ar
seja limitado pelo padrão primário
de qualidade.
Figura 1: classificação das áreas do território nacional pelo CONAMA 005/1989.
POLUENTE
TEMPO DE
AMOSTRAGEM
PADRÃO
PRIMÁRIO (4)
PADRÃO
SECUNDÁRIO (4)
MÉTODO DE
MEDIÇÃO
Partículas totais
em suspensão
24 horas (1)
MGA (2)
240
80
150
60
Amostrador de
grandes
volumes
Dióxido de
enxofre
24 horas (1)
MAA (3)
365
80
100
40
Pararosanilina
Monóxido de
carbono
1 hora (1)
8 horas (1)
Ozônio
1 horas (1)
160
160
Quimi
luminescência
Fumaça
24 horas (1)
MAA (3)
150
60
100
40
Refletância
Partículas
inaláveis
24 horas (1)
MAA (3)
150
50
150
50
Separação
inercial/filtração
Dióxido de
nitrogênio
1 hora (1)
MAA (3)
320
100
190
100
Quimi
luminescência
40.000 (35 ppm) 40.000 (35 ppm)
10.000 (9 ppm) 10.000 (9 ppm)
Infravermelho
não dispersivo
Tabela 1: padrões nacionais de qualidade do ar (Resolução CONAMA 003/90).
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano.
Média geométrica anual (MGA)
Média aritmética anual (MAA)
A condição de referência para as concentrações é de 25°C e de pressão de 760 mmHg (1.013,2 milibares).
Padrão primário e secundário: µg/m3
Amostrador de grandes volumes - Echo
HiVol
Este equipamento é um amostrador de
grandes
volumes
automático
para
monitoramento de micropoluentes presentes
no ar ambiente. Atende integralmente a
normas europeias (ISO18884 e ISO16362) e
americanas (USEPATO9 e USEPATO13)
para amostragem de particulado e gás. É um
equipamento leve, robusto, ideal para ser
instalado em todos os tipos de locais e
condições. Possui interface RS232, controle
eletrônico de vazão, programação com
relógio permanente, tempo de amostragem
ajustável em até 168 horas, capacidade de
armazenamento de até 60 relatórios, sendo
armazenados os parâmetros: vazão, volume
amostrado, pressão atmosférica, temperatura
ambiente e carga do filtro .
• Pararosanilina, Magenta 0, Vermelho básico 9, ou C.I. 42500
é um corante vermelho tendo fórmula química C19H18N3Cl. É
intimamente relacionado à fucsina básica, nova fucsina e
fucsina ácida, sendo também um corante triarilmetano.
Resulta quando na formulação do reagente de Schiff.
• É utilizado para análise colorimétrica de dióxido de enxofre no
ar.
• É utilizada na reação com ácido periódico em eletroforese
para a análise de polissacarídeos não substituídos,
mucopolissacarídeos
neutros,
mucoproteínas
e
glicoproteínas, glicolipídios e fosfolipídios, na chamada
coloração PAS (ácido periódico de Schiff) pelas reações com
aldeídos, originários de glicóis 1,2, similarmente ao
mecanismo do reagente de Schiff.
MÉTODO DE MEDIÇÃO
MÉTODO DE MEDIÇÃO
• Quimiluminescência: produção de luz durante
uma reação química. Quimiluminescência é
produzida quando uma reação produz uma
molécula eletronicamente excitada, a qual
emite luz para retornar ao seu estado
fundamental. Pode ser usado o LUMINOL.
MÉTODO DE MEDIÇÃO
• O método de determinação da fumaça é
baseado na medida de refletância da luz que
incide na poeira (coletada em um filtro), o que
confere a este parâmetro a característica de
estar diretamente relacionado ao teor de
fuligem na atmosfera.
MÉTODO DE MEDIÇÃO
• Separação Inercial: é a separação de uma
partícula de um fluxo fluído devido a seu peso
e impulso. Aplicável às partículas com uma
densidade significativamente maior do que o
líquido que as carrega. Aplicável à maioria dos
casos industriais nos quais as partículas tem o
tamanho médio (µm1-25).
NÍVEIS
Parâmetros
ATENÇÃO
ALERTA
EMERGÊNCIA
Dióxido de enxofre (µg/m3) – 24 h
≥ 800
≥ 1.600
≥ 2.100
Partículas totais em suspensão
(PTS) (µg/m3) 24 h
≥ 375
≥ 625
≥ 875
SO2 x PTS (µg/m3) (µg/m3) – 24 h
≥ 65.000
≥ 261.000
≥ 393.000
Monóxido de carbono (ppm) – 8 h
≥ 15
≥ 30
≥ 40
Ozônio (µg/m3) – 1 h
≥ 400
≥ 800
≥ 1.000
Partículas inaláveis (µg/m3) – 24 h
≥ 250
≥ 420
≥ 500
Fumaça (µg/m3) – 24 h
≥ 250
≥ 420
≥ 500
Dióxido de nitrogênio (µg/m3) – 1
h
≥ 1.130
≥ 2.260
≥ 3.000
Tabela 2: critérios para episódios agudos de poluição do ar (Resolução CONAMA 003/90).
Resolução CONAMA 003/90
De acordo com a Resolução do CONAMA 003/90:
• O monitoramento da qualidade do ar é atribuição
dos Estados;
• Constitui-se o Método de Referência os métodos
aprovados pelo INMETRO e na ausência deles os
recomendados pelo IBAMA como os mais
adequados e que deva ser utilizado
preferencialmente. Poderão ser adotados
métodos equivalentes aos métodos de referência,
desde que aprovados pelo IBAMA.
Resolução CONAMA 003/90
• Considera-se Episódio Crítico de Poluição do
Ar a presença de altas concentrações de
poluentes na atmosfera em curto período de
tempo, resultante da ocorrência de condições
meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos
mesmos.
• São estabelecidos os Níveis de Atenção, Alerta
e Emergência para a execução do Plano de
Emergência.
Resolução CONAMA 003/90
• Na definição de qualquer dos níveis
enumerados poderão ser considerados
concentrações dos poluentes relacionados na
Tabela 2 bem como a previsão meteorológica
e os fatos e fatores intervenientes previstos e
esperados.
• As providências a serem tomadas a partir da
ocorrência dos Níveis de Atenção e de Alerta
tem por objetivo evitar que se atinja o Nível
de Emergência.
Resolução CONAMA 003/90
• Os Níveis de Atenção, Alerta e Emergência
são declarados quando, prevendo-se a
manutenção das emissões, bem como
condições meteorológicas desfavoráveis à
dispersão dos poluentes nas 24 (vinte e
quatro) horas subsequentes, for atingida uma
ou mais das condições relacionadas na Tabela
2.
Resolução CONAMA 003/90
• Cabe aos Estados a competência para indicar
as autoridades responsáveis pela declaração
dos diversos níveis, devendo as declarações
efetuarem-se por qualquer dos meios usuais
de comunicação em massa.
• Durante a permanência dos níveis (Atenção,
Alerta ou Emergência) as fontes de poluição
do ar ficam, na área atingida, sujeitas às
restrições previamente estabelecidas pelo
órgão de controle ambiental.
POLUENTES
TEMPO DE AMOSTRAGENS
MÉDIA
ARITMÉTICA
ANUAL
1h
24 h
Fumaça
---
100 – 150
40 – 60
Partículas totais
em suspensão
---
150 – 230
60 – 90
Dióxido de
enxofre
---
100 – 150
40 - 60
Ozônio
100 – 200
---
---
Dióxido de
nitrogênio
190 – 320
---
---
Tabela 3: níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde para os principais
poluentes.
Unidade: µg/m3
ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR
• O ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR vem sendo
usado pela CETESB desde 1981. este índice foi
concebido com base no “PSI – Pollutant
Standarts Index”, cujo desenvolvimento se
baseou numa experiência acumulada de
vários anos nos EUA e no Canadá. Este índice
foi desenvolvido pelo EPA (Agência de
Proteção Ambiental - EUA) a fim de padronizar
a divulgação da qualidade do ar pelos meios
de comunicação.
ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR
A estrutura do índice de qualidade do ar
contempla, conforme Resolução CONAMA
003/90, os seguintes parâmetros:
 Dióxido de enxofre;
 Partículas totais em suspensão;
 Partículas inaláveis;
 Fumaça;
 Monóxido de carbono;
 Ozônio;
 Dióxido de nitrogênio.
ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR
• Para cada poluente medido é calculado um
valor índice e correlacionado com a qualidade
do ar. Para efeito de divulgação, é utilizado o
índice mais elevado de uma estação, isto é, a
qualidade do ar de uma estação é
determinada pelo pior caso.
ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR
Monitora
mento do
poluente
Relação
com
padrões
Qar
Cálculo do
Índice Qar
(ex.
CONAMA)
Figura: Obtenção da índice de qualidade do ar.
Definição
da
qualidade
do ar
Comunica
ção da
qualidade
do ar
ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR
Onde:
Índice – índice do ar desejado;
Conc.medida – concentração medida;
Conc.inicial – concentração inicial da faixa onde encontra-se a
concentração medida;
Conc.final – concentração final da faixa onde encontra-se a
concentração medida;
Índice inicial – valor do índice correspondente à Conc.inicial ;
Índice final - valor do índice correspondente à Conc.final ;
ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR
Depois de calculado o valor do índice, o ar
recebe uma qualificação, feita conforme a
Tabela 4.
ÍNDICE
0 - 50
51 – 100
101 – 199
200 – 299
300 – 399
> 400
Tabela 4: índice de qualidade ar.
QUALIDADE DO AR
BOA
REGULAR
INADEQUADA
MÁ
PÉSSIMA
CRÍTICA
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índice qualidade do ar