8
1 INTRODUÇÃO
As Unimeds de todo o país passam por momentos difíceis nos
últimos anos. Vários custos foram incorporados com a regulamentação dos
planos de saúde imposta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
como a colocação de órteses e próteses, e a diminuição de carências entre
outros1. O limite de idade máximo imposto para apenas 59 anos ou mais,
acabou diminuindo o número de usuários de 60 a 70 anos, uma vez que tornou
muito caro o plano de saúde para esta faixa etária1. Usuários de planos não
regulamentados têm conseguido coberturas através de liminares as quais por
contrato não teriam direito2. Há também a diminuição do poder aquisitivo da
população3, dificultando sua entrada em planos de saúde (Quadro 1).
Estes números são ainda mais alarmantes quando levamos em
consideração a inflação do período em questão. O Índice Geral de Preços
Médios (IGPM) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que era de 148,291 em
dezembro do ano de mil novecentos e noventa e oito, passou para 335,921 em
abril do ano de 2006, portanto uma inflação de 126,5% (cento e vinte seis e
meio por cento) no período4. A situação se torna ainda pior quando
descobrimos que a classe média, que é a classe social com o maior potencial
para a venda de planos de saúde, foi a mais afetada de todas. Segundo estudo
de um economista da Universidade de Campinas-UNICAMP, nos últimos anos
a classe média brasileira teria perdido um terço de sua renda e, dois e meio
9
milhões de pessoas perderam a condição de classe média (renda mensal
superior a mil reais). Com isso, perderam também a possibilidade de enviar
seus filhos para escolas particulares, e deixaram de freqüentar cinemas,
teatros e clubes. Estima-se que nos últimos cinco anos, mais de quatro milhões
de pessoas tenham abandonado planos privados de saúde5. A Unimed
Pindamonhangaba, que já teve 38.856 usuários em março de 2003, tem agora
em agosto de 2006, 30.249 usuários12. Situação semelhante ocorre com a
maioria das Unimeds no país2.
Quadro 1 - Rendimento mensal médio dos ocupados, por sexo (em reais).
Região Metropolitana
Período
Total
Homem
Mulher
Belo Horizonte
1998
956
1140
722
Belo Horizonte
1999
902
1071
705
Belo Horizonte
2000
884
1052
690
Belo Horizonte
2001
886
1062
685
Belo Horizonte
2002
891
1048
711
Belo Horizonte
2003
812
978
627
Belo Horizonte
2004
802
970
625
Belo Horizonte
2005
792
948
622
Belo Horizonte
dez/05
822
968
663
Belo Horizonte
jan/06
854
1005
687
Belo Horizonte
fev/06
849
992
691
Belo Horizonte
mar/06
863
1016
689
Belo Horizonte
abr/06
850
996
686
Distrito Federal
1998
1601
1886
1282
Distrito Federal
1999
1629
1925
1305
10
Quadro 1 - Rendimento mensal médio dos ocupados, por sexo (em reais).
Distrito Federal
2000
1535
1819
1222
Distrito Federal
2001
1541
1814
1245
Distrito Federal
2003
1317
1557
1060
Distrito Federal
2004
1301
1515
1073
Distrito Federal
2005
1314
1519
1098
Distrito Federal
dez/05
1290
1498
1068
Distrito Federal
jan/06
1309
1534
1065
Distrito Federal
fev/06
1343
1578
1087
Distrito Federal
mar/06
1348
1587
1091
Distrito Federal
abr/06
1354
1617
1078
Porto Alegre
1998
1088
1243
871
Porto Alegre
1999
1052
1219
832
Porto Alegre
2000
1055
1226
837
Porto Alegre
2001
1020
1178
814
Porto Alegre
2002
1008
1153
826
Porto Alegre
2003
918
1044
754
Porto alegre
2004
915
1029
768
Porto Alegre
2005
927
1045
777
Porto Alegre
Dez/05
915
1040
762
Porto Alegre
jan/06
910
1031
759
Porto Alegre
fev/06
919
1037
770
Porto Alegre
mar/06
924
1043
772
Porto Alegre
abr/06
926
1056
767
Recife
1998
801
945
603
Recife
1999
758
891
580
Recife
2000
745
878
566
Recife
2001
735
861
567
11
Quadro 1 - Rendimento mensal médio dos ocupados, por sexo (em reais).
Recife
2002
713
827
566
Recife
2003
590
684
468
Recife
2004
568
665
445
Recife
2005
564
650
455
Recife
dez/05
567
650
462
Recife
jan/06
592
689
475
Recife
fev/06
601
696
486
Recife
mar/06
604
693
494
Recife
abr/06
590
661
500
Salvador
1998
884
1083
660
Salvador
1999
821
996
630
Salvador
2000
820
987
633
Salvador
2002
802
955
632
Salvador
2003
719
856
572
Salvador
2004
737
869
595
Salvador
2005
741
878
589
Salvador
dez/05
726
846
593
Salvador
jan/06
741
864
603
Salvador
fev/06
748
875
604
Salvador
mar/06
738
858
599
Salvador
abr/06
735
855
596
São Paulo
1998
1526
1811
1141
São Paulo
1999
1441
1704
1101
São Paulo
2000
1353
1621
1003
São Paulo
2001
1233
1469
941
São Paulo
2002
1131
1335
875
São Paulo
2003
1059
1255
818
12
Quadro 1 - Rendimento mensal médio dos ocupados, por sexo (em reais).
São Paulo
2004
1074
1269
839
São Paulo
2005
1070
1278
821
São Paulo
dez/05
1086
1307
835
São Paulo
jan/06
1088
1290
859
São Paulo
fev/06
1070
1267
845
São Paulo
mar/06
1047
1227
834
São Paulo
abr/06
1033
1205
830
Fonte: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE)3,
2006.
O desemprego no país permanece alto há vários anos3 (Quadro 2).
Enquanto
antes
o
desemprego
atingia,
sobretudo
as
categorias
de
trabalhadores menos qualificados, com escolaridade incompleta e ocupados
em tarefas manuais, hoje, o desemprego atinge cada vez mais as camadas
“qualificadas” de técnicos, professores, profissionais liberais, funcionários
públicos e parte do pequeno empresariado6.
13
Quadro 2 - Taxa de desemprego total, por sexo - (em %).
Região Metropolitana
Período
Total
Homem
Mulher
Belo Horizonte
1998
15,9
13,7
18,7
Belo Horizonte
1999
17,9
15,9
20,4
Belo Horizonte
2000
17,8
16,1
19,9
Belo Horizonte
2001
18,3
16,2
20,8
Belo Horizonte
2002
18,1
15,7
20,8
Belo Horizonte
2003
20
17,1
23,3
Belo Horizonte
2004
19,3
16,8
21,9
Belo Horizonte
2005
16,7
14
19,7
Belo Horizonte
jan/06
15,5
13
18,2
Belo Horizonte
fev/06
15,5
13,1
18,2
Belo Horizonte
mar/06
16,2
13,2
19,6
Belo Horizonte
abr/06
15,6
12,5
19,2
Belo Horizonte
mai/06
15,1
12,2
18,5
Distrito Federal
1998
19,7
17,4
22,1
Distrito Federal
1999
22,1
19,2
25,2
Distrito Federal
2000
20,2
17,7
22,9
Distrito Federal
2001
20,5
17,6
23,6
Distrito Federal
2002
20,7
18
23,6
Distrito Federal
2003
22,9
20,2
25,7
Distrito Federal
2004
20,9
17,8
24
Distrito Federal
2005
19
15,9
22,2
Distrito Federal
jan/06
18,6
15,2
22
Distrito Federal
fev/06
19,5
16,4
22,7
Distrito Federal
mar/06
20,6
17,5
23,9
Distrito Federal
abr/06
20,7
18
23,5
Distrito Federal
mai/06
19,5
17,1
22
14
Quadro 2 - Rendimento mensal médio dos ocupados, por sexo (em reais).
Região Metropolitana
Período
Total
Homem
Mulher
Porto Alegre
1998
15,9
13,7
18,6
Porto Alegre
1999
19
16,7
21,9
Porto Alegre
2000
16,6
14,23
19,6
Porto Alegre
2001
14,9
12,3
18,2
Porto Alegre
2002
15,3
13,1
17,9
Porto Alegre
2003
16,7
13,9
20,2
Porto Alegre
2004
15,9
13,1
19,1
Porto Alegre
2005
14,5
11,9
17,6
Porto Alegre
jan/06
13,2
11,5
15,3
Porto Alegre
fev/06
13,6
11,8
15,9
Porto Alegre
mar/06
14,9
12,6
17,6
Porto Alegre
abr/06
15,5
12,7
18,9
Porto Alegre
mai/06
15,4
13
18,2
Recife
1998
21,6
19
24,9
Recife
1999
22,1
19,6
25,2
Recife
2000
20,7
18,2
23,9
Recife
2001
21,2
17,8
25,3
Recife
2002
20,3
17,6
23,6
Recife
2003
23,2
20
27
Recife
2004
23,1
20,3
26,5
Recife
2005
22,3
19,2
26
Recife
jan/06
21,2
18
25,1
Recife
fev/06
20,8
18,2
24
Recife
mar/06
21,4
18,8
24,6
Recife
abr/06
21,9
19,1
25,4
Recife
mai/06
22,2
19,5
25,5
15
Quadro 2 - Rendimento mensal médio dos ocupados, por sexo (em reais).
Salvador
1998
24,9
22,9
27,1
Salvador
1999
27,7
25,8
29,9
Salvador
2000
26,6
24,1
29,3
Salvador
2001
27,5
25
30,2
Salvador
2002
27,3
24,9
29,9
Salvador
2003
28
26,1
30,1
Salvador
2004
25,5
23,2
28
Salvador
2005
24,4
21,3
27,8
Salvador
jan/06
23,7
20,5
27,2
Salvador
fev/06
23,8
19,8
28
Salvador
mar/06
24,7
20,5
29,1
Salvador
abr/06
24,4
19,7
29,4
Salvador
mai/06
24,4
20,3
28,8
São Paulo
1998
18,2
16,1
21,1
São Paulo
1999
19,3
17,3
21,7
São Paulo
2000
17,6
15
20,9
São Paulo
2001
17,6
14,9
20,8
São Paulo
2002
19
16,4
22,2
São Paulo
2003
19,9
17,2
23,1
São Paulo
2004
18,7
16,3
21,5
São Paulo
2005
16,9
14,4
19,7
São Paulo
jan/06
15,7
13,7
18
São Paulo
fev/06
16,3
14,1
18,7
São Paulo
mar/06
16,9
14,3
19,8
São Paulo
abr/06
16,9
14,5
19,6
São Paulo
mai/06
17
14,5
19,9
Fonte: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio - Econômicos (DIEESE),
20063.
16
As empresas que pagam planos de saúde para seus funcionários
relutam em conceder aumento para as operadoras, e além disto há um
processo de terceirização em muitas delas, retirando assim vários usuários dos
planos de saúde, pois geralmente as empresas terceirizadas não compram
este serviço7.
Os reajustes dos planos de saúde concedidos pela ANS tem sido
inferior ao da inflação nos últimos anos8 como pode ser observado no Quadro
3.
Além disto, a inflação no setor da saúde foi campeã de janeiro de
1997 até abril de 2004 pelos números do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Sócio - Econômicos (DIEESE): 154,28% contra 64,26%
dos outros setores3 (Quadro 4).
Quadro 3 - Índices de reajuste autorizados pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) por ano, em comparação com a elevação do
Índice Geral de Preços Médios (IGP-M) com base em maio, em
porcentagem.
Ano
Reajustes Autorizados (máximo)
IGP-M (base maio)
2000
5,42 %
13,87 %
2001
8,71 %
11,05 %
2002
7,69 %
8,88 %
2003
9,27 %
31,53 %
2004
11,75 %
5,38 %
2005
11,69 %
10,74 %
2006
8,89 %
-0,92 %
Acumulando
83,28%
109,39%
Defasagem em relação ao Índice Geral de Preços Médios (IGP-M): 14,24%.
Fonte: Associação Brasileira de Medicina de Grupo (ABRANGE), 2006.
17
Quadro 4 - Índice acumulado do custo de vida pelos grupos saúde, outros e
total, no período de janeiro de 1997 a abril de 2004 no Município de
São Paulo, em porcentagem.
Ano
Saúde
Outros
Total
1997
11,29%
5,58%
6,11%
1998
19,13%
5,35%
6,63%
1999
36,67%
14,81%
16,84%
2000
49,86%
22,74%
25,26%
2001
76,08%
33,06%
37,06%
2002
107,08%
49,41%
54,75%
2003
138,27%
62,48%
69,48%
2004
154,28%
64,26%
72,63%
Fonte: DIEESE 2006.
Sendo que a inflação no setor da saúde continuou superior à
inflação geral em 2005, e até julho de 20064, como observado nos Quadro 5, 6,
7 e 8.
18
Quadro 5 - Índice de Preços da Saúde e Cuidados Pessoais da Fundação
Getúlio Vargas (comumente mencionada como IGP - Saúde),
referente ao ano de 2005.
MÊS
Índice
% no mês
% no ano
%12 meses
JAN
267,799
0,45%
0,45%
5,40%
FEV
268,731
0,35%
0,80%
5,43%
MAR
269,378
0,24%
1,04%
5,20%
ABR
272,102
1,01%
2,06%
5,33%
MAI
274,967
1,05%
3,14%
5,37%
JUN
275,568
0,22%
3,36%
5,05%
JUL
276,822
0,46%
3,83%
5,19%
AGO
277,786
0,35%
4,19%
5,34%
SET
279,276
0,54%
4,75%
5,54%
OUT
280,335
0,38%
5,15%
5,59%
NOV
280,801
0,17%
5,32%
5,58%
DEZ
281,567
0,27%
5,61%
5,61%
Fonte: Fundação Getúlio Vargas 20064.
19
Quadro 6 - Índice Geral de Preços Médios (IGP-M) da Fundação Getúlio
Vargas, referente ao ano de 2005.
MÊS
Índice
% no mês
% no ano
%12 meses
JAN
332,298
0,39%
0,39%
11,87%
FEV
333,288
0,30%
0,69%
11,43%
MAR
336,123
0,85%
1,55%
11,12%
ABR
339,030
0,86%
2,42%
10,74%
MAI
338,299
-0,22%
2,20%
9,08%
JUN
336,801
-0,44%
1,75%
7,12%
JUL
335,663
-0,34%
1,41%
5,38%
AGO
333,474
-0,65%
0,75%
3,43%
SET
331,690
-0,53%
0,21%
2,17%
OUT
333,694
0,60%
0,81%
2,38%
NOV
335,033
0,40%
1,22%
1,96%
DEZ
335,006
-0,01%
1,21%
1,21%
Fonte: Fundação Getúlio Vargas 20064.
Quadro 7 - Índice de Preços da Saúde e Cuidados Pessoais da Fundação
Getúlio Vargas (comumente mencionada como IGP-Saúde),
referente ao período de janeiro a julho de 2006.
MÊS
Índice
% no mês
% no ano
%12 meses
JAN
283,121
0,55%
0,55%
5,72%
FEV
284,563
0,51%
1,06%
5,89%
MAR
286,271
0,60%
1,67%
6,27%
ABR
288,885
0,91%
2,60%
6,17%
MAI
290,636
0,61%
3,22%
5,70%
JUN
292,114
0,51%
3,75%
6,00%
Fonte: Fundação Getúlio Vargas, 2006.
20
Quadro 8- Índice Geral de Preços Médios (IGP-M) da Fundação Getúlio
Vargas, referente ao período de janeiro a julho de 2006.
MÊS
Índice
% no mês
% no ano
%12 meses
JAN
338,083
0,92%
0,92%
1,74%
FEV
338,128
0,01%
0,93%
1,45%
MAR
337,339
-0,23%
0,70%
0,36%
ABR
335,921
-0,42%
0,27%
-0,92%
MAI
337,185
0,38%
0,65%
-0,33%
JUN
339,712
0,75%
1,40%
0,86%
Fonte: Fundação Getúlio Vargas, 2006.
A taxa de juros no Brasil situa-se entre as maiores do mundo,
dificultando os investimentos por parte das empresas, e reduzindo o
crescimento econômico do país8.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil tem sido
sistematicamente menor em comparação com a maioria do chamados países
emergentes. Segundo dados divulgados recentemente pelo FMI (Fundo
Monetário Internacional), o país deve crescer 3,6 % no ano de dois mil e seis9,
tornando o pior crescimento entre todos os países da América Latina, assim
como o pior crescimento entre todos os países emergentes. Enquanto a
economia mundial cresce a 4,0% ao ano, e países emergentes como China e
Índia crescem mais de 9,0% em média, nos últimos dez a quinze anos, o Brasil,
no entanto, continua a padecer com taxas de crescimento de 2,5% anuais em
média6.
21
A carga fiscal brasileira, com 37,82% do Produto Interno Bruto (PIB),
é a segunda maior do mundo, perdendo apenas para a da Suécia, que é de
aproximadamente 51,00% do PIB segundo o IBPT10 (Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário), levando muitas cooperativas a trabalhar no vermelho
e algumas até ao fechamento.
Apesar do aumento de cerca de dez pontos percentuais da carga
tributária nos últimos anos, o investimento federal em infra-estrutura tem
diminuído de modo importante. O Governo central e as estatais investem,
juntos, apenas 2% do PIB, o que desestimula os investimentos das empresas
privadas no país11.
Temos então um problema difícil de ser solucionado, pois de um
lado temos nossos custos aumentando cada vez mais acima da inflação, e de
outro não há como aumentarmos nossas receitas. Portanto talvez a única
forma de resolver este problema é através da redução de despesas.
Um fato que chama a atenção dentro das Unimeds é o gasto com
quimioterapia
para
pacientes
oncológicos.
Somente
na
Unimed
Pindamonhangaba o gasto médio com oncologia é de aproximadamente
sessenta e quatro mil e quinhentos reais ao mês, levando–se em consideração
apenas os usuários em pré-pagamento12, conforme podemos observar no
quadro 9.
22
Quadro 9 - Gasto da Unimed Pindamonhangaba com quimioterapia no período
de abril de 2005 a março de 2006, em reais.
Instituto de
Período
Oncologia do Vale
Intercâmbio
Total
abr/05
41.149,83
75.487,75
116.637,58
mai/05
39.289,49
30.119,90
69.409,39
jun/05
22.202,20
5.502,58
27.704,78
jul/05
43.246,55
113.140,26
156.386,81
ago/05
31.965,07
49.363,42
81.328,49
set/05
22.965,40
13.178,15
36.143,55
out/05
31.861,93
15.240,67
47.102,60
nov/05
5.560,94
25.112,40
30.673,34
dez/05
16.574,71
27.818,78
44.393,49
jan/06
5.595,54
38.835,82
44.431,36
fev/06
8.113,08
38.548,27
46.661,35
mar/06
1.428,78
71.900,90
73.329,68
Total ===>
269.953,52
504.248,90
774.202,42
Média mensal
64.516,87
Fonte: Unimed Pindamonhangaba 2006.
Considerando o tamanho desta singular, podemos dizer que estes
valores são bastante elevados.
Normalmente
este
trabalho
é
feito
através
de
empresas
terceirizadas, que cobram posteriormente pelos serviços, assim como os
materiais
e
medicamentos
utilizados.
No
entanto
analisando
mais
profundamente o assunto, notamos que normalmente estas empresas utilizamse da tabela do Brasíndice consumidor final para fazerem suas cobranças.
Porém ao investigarmos um pouco mais, percebemos que os valores cobrados
23
pelos distribuidores de medicamentos são normalmente muito inferiores aos
que constam no Brasíndice13. Situação semelhante é encontrada com relação
aos materiais utilizados. Notamos também a cobrança de taxas discutíveis em
alguns serviços, como vinte e seis reais de taxa de aplicação de soro, além da
cobrança de taxa de quimioterapia sistêmica quando se utiliza apenas
medicamento hormonal ou adjuvante11. Todos estes fatores acabam por
aumentar bastante nossos custos com pacientes oncológicos.
1.1 Histórico
O governo unificou todos os institutos de previdência e assistência
social a partir da Revolução de Março de 1964, que também prestavam
assistência médica, fundando o então Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS), para se tornar uma instituição financeiramente forte, com o objetivo de
dar assistência médica à população previdenciária, e que mais tarde se
provaria de difícil controle administrativo. Havia nesta época, uma forte
recessão econômica, gerando problemas a uma grande parcela da população
que não podia pagar assistência médica de forma particular, bem como os
serviços médico-hospitalares de que necessitassem. A atuação do INPS não
foi satisfatória nas grandes capitais, estimulando então, o surgimento de
empresas mercantilistas prestadoras de serviços de saúde.
24
Assim, surgiu um novo tipo de assistência médica no Brasil, que era
do tipo mercantilista, cuja palavra-chave era o lucro, e este ia para um único
dono: o proprietário da empresa prestadora de assistência médica14.
Portanto, passamos a conviver com várias modalidades de
assistência médica: a particular, onde o cliente pagava os serviços; a indigente,
por conta da filantropia; a do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural
(FUNRURAL), por conta do governo; a do Instituto Nacional de Previdência
Social (INPS), em que os previdenciários pagavam a conta; e a mercantilista
(de cobertura pelos planos de saúde)14.
Fazia-se necessário oferecer à população, de particular modo à
população obreira, um sistema de assistência médica eficiente que fosse
economicamente viável, sem ser desprezível e que preservasse a dignidade do
médico e os postulados éticos da profissão15.
Ao ver crescer a assistência médica mercantilista, um grupo de
médicos de Santos, juntamente com os dirigentes da Associação e do
Sindicato dos Médicos, liderados pelo Doutor Edmundo Castilho e seu cunhado
(advogado), uniram-se em pensamentos e idealizaram um modelo de gestão
democrática e participativa, que se contrapunha à força mercantilista, onde a
ética seria a maior parceria, em que o direito à livre escolha estaria preservado
(o doente escolhe seu médico), posto que a assistência pudesse alcançar a
maior parcela possível da população e os resultados fossem divididos
proporcionalmente ao trabalho exercido por cada profissional14.
Encontraram no cooperativismo o ideário inspirador dos propósitos
almejados, passando da teoria à prática, onde cooperados (os donos), e
25
usuários (os clientes) teriam interesses recíprocos, para que a força de um
fizesse a existência do outro14, e assim no dia dezoito de dezembro de mil
novecentos e sessenta e sete, foi fundada a primeira cooperativa de trabalho
médico do país, no Município de Santos, Estado de São Paulo, com apenas
trinta médicos cooperados - a Unimed17.
A criação da Unimed de Santos foi uma resposta da classe médica à
exploração de saúde como fonte de lucros, patrocinada por empresas
mercantilistas16.
O Sistema Unimed traduz a rejeição e o combate à mercantilização
da Medicina. Por ser uma cooperativa, não há intermediários entre médicos e
pacientes e nem há objetivo de lucro.
Representa um modelo alternativo e democrático de organização,
que fortalece a ética médica e dignifica o paciente, oferecendo assistência
personalizada e de qualidade16.
Após 18 meses após a fundação da Unimed de Santos, 43
cooperativas médicas semelhantes já estavam instaladas em oito estados
brasileiros18. Para preservar o ideal comum e manter a identidade da
organização,
as cooperativas
definiram
uma
estrutura
organizada
de
representação18.
A consolidação do Sistema Unimed se dá com a formação de
Federações Estaduais e da Confederação Nacional18.
Aos poucos, o Sistema incorporou processos administrativos e
gerenciais para consolidar sua posição de mercado.
26
A conseqüência foi desenvolver uma estrutura empresarial capaz de
garantir agilidade e eficiência empresariais, sem colocar em risco sua natureza
cooperativista18.
Surge então um complexo de empresas para atuação em áreas
afins, destinadas a aumentar a autonomia do Sistema, e sob controle das
próprias cooperativas18.
Hoje, a Unimed é a maior experiência cooperativista na área da
saúde em todo o mundo e também a maior rede de assistência médica do
Brasil, presente em setenta e cinco por cento de todo o território nacional. O
sistema hoje
é composto por 378 cooperativas médicas, que prestam
assistência para mais de treze milhões e trezentos mil clientes, e setenta mil
empresas em todo o país, operando em 4.286 municípios no Brasil, e em três
países da América Latina19.
Clientes Unimed contam com mais de cento e um mil médicos, três
mil quinhentos e noventa e seis hospitais credenciados, além de prontoatendimentos, laboratórios, ambulâncias e hospitais próprios para garantir
qualidade na assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar
oferecidos19.
Além de deter trinta e três por cento do mercado nacional de planos
de saúde, a Unimed possui lembrança cativa na mente dos brasileiros. De
acordo com pesquisa nacional do Instituto Datafolha, a Unimed é pelo décimo
segundo ano consecutivo a marca Top of Mind quando o assunto é plano de
saúde. Outro destaque é o prêmio plano de saúde em que os brasileiros mais
27
confiam, recebido pela quarta vez consecutiva, na pesquisa Marcas de
Confiança19.
A Unimed Pindamonhangaba foi fundada por um grupo de médicos
do município em 14 de março do 1976, que encontraram no cooperativismo
uma alternativa para a medicina mercantilista, melhorando assim os serviços
médicos prestados à população20.
Crescendo junto com sua comunidade, a Unimed Pindamonhangaba
completa seus trinta anos com mais de cento e dez médicos cooperados,
cobrindo diversas especialidades e totalizando mais de trinta por cento de
clientes da população, na sua área de abrangência, que compreende três
municípios: Pindamonhangaba, Roseira e Lagoinha.
Atualmente, a Unimed Pindamonhangaba conta com uma equipe
qualificada de funcionários que prestam atendimento de alto padrão em suas
unidades: Sede Administrativa, Laboratório de Análises Clínicas, Posto
Avançado de Moreira César, Farmácia, e Hospital Unimed Doutor Caio Gomes
Figueiredo, com vinte leitos para internações, onde também se encontra o
Pronto Atendimento 24 horas20.
A Unimed Pindamonhangaba conta com diversos serviços com
tecnologia avançada, credenciados em diversas áreas, e o Serviço de Medicina
Preventiva que orienta toda a comunidade de Pindamonhangaba20.
O município também é sede da Unimed Vale do Paraíba Federação Intrafederativa das Cooperativas Médicas que foi fundada no dia 16
de agosto de 1996, com o nome de Federação das Unimeds do Vale do
Paraíba. Em 23 de novembro de 2005, passou a receber o nome atual21.
28
A Unimed Vale do Paraíba conta com oito singulares, atendendo a
região Vale Paraibana, Litoral Norte Paulista e Serra da Mantiqueira, contando
atualmente com a seguinte estrutura:
a) mais de mil e setecentos médicos cooperados.
b) recursos credenciados como: hospitais, laboratórios, farmácias,
clínicas e centros de diagnóstico.
c) cerca de trezentos e cinqüenta mil usuários atendidos na região.
De acordo com a legislação cooperativista, rege-se por estatuto e
pelas normas legais tendo:
a) Sede e administração em Pindamonhangaba – SP.
b) Foro jurídico na comarca de Pindamonhangaba – SP.
c) Área de ação para efeitos de admissão de associados circunscrita
aos seguintes municípios do Estado de São Paulo21:
•
São José dos Campos:
Área de ação: Caraguatatuba, Guararema, Ilhabela, Igaratá,
Jacareí, Monteiro Lobato, Paraíbuna, Salesópolis, Santa Branca, São
Sebastião, São José dos Campos e Ubatuba.
•
Cruzeiro:
Área de ação: Arapei, Areias, Bananal, Cachoeira Paulista,
Cruzeiro, Lavrinhas, Piquete, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras.
•
Guaratinguetá:
Área de ação: Aparecida, Cunha, Guaratinguetá e Potim.
•
Taubaté:
29
Área de ação: Natividade da Serra, Redenção da Serra, São
Luiz do Paraitinga, Taubaté e Tremembé.
•
Pindamonhangaba:
Área de ação: Lagoinha, Pindamonhangaba e Roseira.
•
Lorena:
Área de ação: Canas, Lorena e Piquete.
•
Caçapava:
Área de ação: Caçapava e Jambeiro.
•
Campos do Jordão:
Área de ação: Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e
São Bento do Sapucaí.
A Intrafederativa do Vale do Paraíba, com base na colaboração
recíproca a que se obrigam suas associadas, tem por objetivo:
a) a organização e orientação dos interesses econômicos,
tecnológicos e assistenciais de caráter interativo de suas
associadas, em função das peculiaridades da região onde
atuam.
b) a agilização, atualização constante, produtividade, e expansão
dos serviços de assistência médica prestados pelas suas
associadas.
O diretor administrativo atual é o Doutor Marcos Aurélio Villardi,
também vice-presidente da Unimed Pindamonhangaba21.
30
Com sua atualização constante e oferecendo inúmeros serviços aos
usuários, a Home Page da Intrafederativa do Vale do Paraíba vem
conquistando prêmios de grande importância21:
Unibest 2003 - 3º colocado.
Unibest 2004 - Top 5.
1.2 Objetivo da pesquisa
O objetivo deste trabalho é verificar a possibilidade da redução de
custo referente a tratamento oncológico, mantendo ou melhorando o padrão de
atendimento da Unimed Pindamonhangaba.
31
2. DESENVOLVIMENTO
Para a realização deste trabalho fizemos um modelo de serviço
próprio de quimioterapia da Unimed Pindamonhangaba, com cotação sobre o
custo da área física, equipamentos, e mobiliários respeitando-se todas as
normas legais impostas pelos órgãos competentes, tais como: consultório com
pelo menos 7,50 (sete e meio) metros quadrados, contendo torneira de água
fria; área destinada á paramentação provida de lavabo; posto de enfermagem
com no mínimo 6,00 (seis) metros quadrados; sala de preparação de
quimioterápicos com pelo menos 5,00 (cinco) metros quadrados; área de
armazenamento de medicamentos exclusiva com um mínimo de 3,00 (três)
metros quadrados; sala de aplicação de quimioterápicos com pelo menos 7,00
(sete) metros quadrados por leito e 5,00 (cinco) metros quadrados por poltrona;
além de gerador de chaveamento manual 24 (vinte e quatro) horas e cabine de
segurança biológica classe II B 2 (dois B dois), entre outros22,23,24,25.
Utilizamos o valor da cotação para fazermos quatro propostas de
crédito, com base no dia 17 de agosto de 2006, com carência de seis meses
para início do pagamento junto á Unicred Pindamonhangaba, que é uma
cooperativa de crédito formada pelos profissionais da saúde do Município de
Pindamonhangaba. Os empréstimos seriam feitos de três em três meses, para
a realização do empreendimento que deve ser concluído em um ano. Os dois
últimos empréstimos terão valor um pouco maior, para que se possam pagar as
32
primeiras parcelas dos dois primeiros, que se iniciarão seis meses depois, sem
que haja a necessidade de se retirar dinheiro do caixa da cooperativa.
Uma vez obtido o custo mensal com pagamento de empréstimo para
a montagem do empreendimento, adicionamos o restante dos custos, como
pagamento de médico oncologista que deverá prestar serviço duas vezes por
semana, médicos que farão a retaguarda nos outros dias, pagamento de um
enfermeiro com nível superior, um farmacêutico, e uma recepcionista, além de
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), água, luz, e telefone.
Fizemos
também
um
cálculo
do
gasto
com
materiais
e
medicamentos, para isto utilizamos uma amostragem de contas de serviços
oncológicos
enviadas
pelas
empresas
prestadoras
à
Unimed
Pindamonhangaba que foram realizados no período de 15 de março a 15 de
abril de 2006. Logo após, fizemos então uma comparação dos valores
presentes nestas contas, com os materiais e medicamentos por nós cotados.
Como sabemos o valor anual e o valor médio mensal que gastamos com as
empresas prestadoras de serviço em quimioterapia, pudemos fazer o cálculo
de quanto gastaríamos de materiais e medicamentos, e somamos com as
demais despesas acima mencionadas.
Com isto conseguimos de maneira bastante aproximada a
comparação do que gastamos atualmente o para quanto gastaríamos com
serviço próprio.
Para fazermos a cotação do estabelecimento, utilizamos o serviço
de um engenheiro civil que fez o projeto, e adicionamos os valores da cabine
de segurança biológica classe II B 2 (dois B dois), e do gerador de
33
chaveamento manual por nós cotado, mais os valores referentes a leitos,
poltronas para quimioterapia, ar condicionado, demais aparelhos, e mobiliários.
Calculamos o gasto com luz em torno de cinco kilowatts/hora, por
metro quadrado, por mês. Como em nosso projeto a área do edifício é de
aproximadamente
duzentos
aproximadamente
mil
metros
kilowatts/hora,
quadrados,
que
deveremos
geraria
um
consumir
custo
de
aproximadamente quatrocentos reais por mês.
O consumo de água foi calculado em torno de 0,25 metro cúbico por
metro quadrado por mês, portanto 50,00 metros cúbicos de água, gerando uma
despesa mensal em torno de cento e cinqüenta reais.
A conta de telefone foi calculada em torno de quinhentos reais por
mês, baseada em contas telefônicas de outros setores da Unimed
Pindamonhangaba, com características bastante semelhantes.
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) foi calculado tendo
como parâmetro o laboratório da Unimed Pindamonhangaba, gerando uma
despesa de aproximadamente cem reais por mês.
Para determinarmos os profissionais da saúde necessários, fizemos
um levantamento junto á Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
onde recebemos a informação de que há a necessidade de uma Equipe
Multiprofissional de Quimioterapia Antineoplásica (EMQA), grupo constituído de
profissional médico oncologista clínico com habilitação reconhecida pelo
Conselho Federal de Medicina (CFM), além de enfermeiro com formação
superior e farmacêutico habilitados22,23,24,25. A partir deste ponto iniciamos a
pesquisa dos custos destes profissionais, para isto utilizamos os valores já
34
pagos pela cooperativa para os profissionais que já possuímos, e adicionamos
117,51%, relativo a gastos com décimo terceiro salário, fundo de garantia, vale
transporte,
férias,
insalubridade,
refeição, participação nos resultados,
uniforme, plano de saúde, horas extras, e indenizações entre outros. Este
número é um valor já previamente calculado pela Unimed Pindamonhangaba,
através de levantamento realizado em seu quadro de funcionários.
Fizemos então uma pesquisa junto ao Departamento Pessoal da
Unimed Pindamonhangaba, para conseguir o valor que gastaríamos com vários
dos profissionais envolvidos.
A partir deste ponto fizemos então os seguintes cálculos:
• Enfermeiro com nível superior: O salário pago pela Unimed
Pindamonhangaba atualmente é de mil quinhentos e noventa e
nove reais, e treze centavos, por uma jornada de cento e oitenta
horas mensais12. Acreditamos que esta carga horária seja
suficiente para cobrir as necessidades do nosso serviço. Portanto
com a adição de 117,51% teremos então:
R$ 1.599,13 + R$ 1.879,14 = R$ 3.478,27 mensais.
• Farmacêutico: A Unimed Pindamonhangaba paga atualmente
para seu farmacêutico a importância de dois mil, setecentos e
sessenta e oito reais, e cinqüenta e cinco centavos por mês por
uma jornada de quarenta e oito horas semanais12. No entanto,
precisaremos de apenas metade desta carga horária para suprir
nossas necessidades. Respeitando o piso salarial da categoria
35
deveremos pagar mil e quatrocentos reais, em vez de apenas
cinqüenta por cento. Portanto com a adição de 117,51% temos:
R$ 1.400,00 + R$ 1.645,14 = R$ 3.045,14 mensais.
• Recepcionista: Apesar de não constar nas determinações da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, achamos necessária a
sua atuação no serviço. Recebe atualmente salário de quinhentos
e setenta e seis reais, e cinqüenta centavos pela Unimed
Pindamonhangaba12. Com a adição de 117,51% temos então:
R$ 576,50 + R$ 677,44 = R$ 1.253,94 reais mensais.
Para a cotação do médico oncologista, utilizamos o Banco e
Empregos Médicos (BEM), que é um site na Internet especializado em oferta e
procura de empregos médicos, vinculado ao Conselho Regional de Medicina
do Estado de São Paulo (Cremesp), e Catho Online (também na Internet), bem
como através de pesquisa direta com profissionais da área. Descobrimos que o
valor médio pago pelo mercado de trabalho varia em torno de quinhentos e
cinqüenta reais por dia em turno de oito horas em contrato através de pessoa
jurídica, portanto livre de encargos e obrigações trabalhistas. Como este
profissional deverá comparecer duas vezes por semana no serviço, teremos
aproximadamente oito dias trabalhados por mês, já descontados os feriados.
Portanto temos:
8 x R$ 550,00 = R$ 4.400,00 mensais.
Devemos ainda levar em conta a necessidade de uma equipe de
médicos que fará o apoio para o oncologista clínico. Esta equipe deverá atuar
36
nos dias úteis em que o oncologista não esteja presente no local. Podemos
calcular usando o mesmo valor usado para pagar o médico oncologista.
Descontando-se os feriados chegamos ao número de 12 dias trabalhados por
mês. Temos portanto:
12 x R$ 550,00 = R$ 6.600,00 por mês.
Obtivemos ainda o valor aproximado dos custos do serviço de
limpeza baseando-se nos custos da atual empresa prestadora para o hospital
da Unimed Pindamonhangaba, o Hospital Doutor Caio Gomes Figueiredo,
fazendo-se os ajustes necessários de acordo com a diferença de área entre os
dois estabelecimentos, e o período de funcionamento. Portanto este serviço
deve gerar um custo aproximado de seiscentos reais mensais.
O projeto do estabelecimento foi feito com o auxílio do Engenheiro
Flávio Augusto Cirne Pellegrino (CREA 5060197557), respeitando todas as
regulamentações necessárias para a sua aprovação junto às autoridades
competentes, bem como tornando o local funcional e adequado para a
finalidade proposta como se pode ver através da planta presente no Anexo A.
Terminado o projeto, o mesmo profissional elaborou um trabalho que
resultou em um laudo técnico sobre o custo do empreendimento conforme
podemos verificar adiante no Anexo B.
Adicionamos ao valor do imóvel, valores referentes à cabine de
segurança biológica classe II B 2 (também conhecida como capela de fluxo
laminar), marca Quimis, modelo Q216F22RB2, que atende as normalizações
contidas na Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT) de junho de
37
199626; gerador com chaveamento manual 24 horas, marca Toyama, modelo
KGE 3000TC – 110V , motor à gasolina, com potência máxima de 2,6 quilovolt-ampère (KVA)27; três poltronas de quimioterapia oncológica marca Fowler,
modelo Semi-Luxo28; uma cama para aplicação de quimioterapia oncológica
marca Flowler, modelo Standart28; dois aparelhos de ar condicionado, marca
LG, modelo Split Hi-Wall, eletrônico, com capacidade de refrigeração de nove
mil British Thermal Unit (BTU) por hora29; eletrocardiógrafo portátil com sete
derivações seqüenciais e impressora térmica de alta resolução marca Ecafix,
modelo ECG-630; carro de emergência marca Long Life, modelo L.102, com
estrutura em aço e bandeja superior com base giratória31; monitor cardíaco
marca Emai, modelo MX-10, com proteção contra descarga de desfibrilador,
rejeição de interferências e saída para sincronismo com desfibrilador32;
aspirador portátil, marca NS, modelo MA 520, com protetor térmico e bomba de
vácuo por diafragma33; desfibrilador cardíaco, marca Emai, modelo DX-10 Plus,
provido de sincronismo e três circuitos de proteção34; e ainda demais
mobiliários necessários para o correto funcionamento do empreendimento26,
respeitando também toda a regulamentação das autoridades sanitárias22,23,24,25.
Adicionamos também valor referente a despesas extras que sempre acabam
aparecendo no processo de montagem e funcionamento do serviço. Obtivemos
então os seguintes valores:
38
Quadro 10 - Itens necessários para a montagem e funcionamento do centro de
quimioterapia, com seus respectivos valores em reais
ITEM
VALOR
Capela de fluxo laminar:
35.208,00
Gerador com chaveamento manual:
2.590,00
Três poltronas para quimioterapia:
3 x 760,00 = 2.280,00
Um leito para quimioterapia:
899,00
Carro de emergência:
1.521,00
Desfibrilador:
5.580,00
Aspirador portátil:
270,75
Eletrocardiógrafo:
3.915,00
Dois aparelhos de ar condicionado:
2 x 1274,15 = 2.548,30
Monitor cardíaco:
2.592,00
Demais mobiliários:
22.350,00
Despesas extras:
20.000,00
Total:
99.754,05
Fonte: Departamento de Compras da Unimed Pindamonhangaba 2006, e sites especializados
em equipamentos médico-hospitalares na Internet27,28,29,30,31,32,33,34.
Fizemos então a aproximação do valor total de noventa e nove mil,
setecentos e cinqüenta e quatro reais, e cinco centavos, para cem mil reais,
divididos em quatro empréstimos, a fim de utilizarmos como valor base para o
pedido de crédito.
Para fazermos o cálculo com gastos relativos a materiais e
medicamentos,
observamos
cuidadosamente
todos
os
materiais
e
medicamentos presentes nas contas de nossa amostragem, e fizemos cotação
própria.
As cotações dos medicamentos foram feitas pelo farmacêutico da
Unimed Pindamonhangaba que tem larga experiência em cotações de
39
medicamentos. Neste item existe margem para uma grande economia, visto
que há uma diferença muito grande entre os valores encontrados em nossa
amostragem e os valores cotados por nós. Vejamos então alguns exemplos:
• Metotrexato 500 mg: encontrado em nossa amostra no valor de
duzentos e quarenta e cinco reais e noventa centavos, foi cotado
por trinta e seis reais e trinta centavos.
• Docetaxel 80 mg: encontrado por até dois mil setecentos e
dezesseis reais e noventa e cinco centavos, foi cotado a
novecentos e noventa reais.
• Granisetrona 1,0 mg: presente em nossa amostragem por oitenta
e seis reais e cinqüenta e seis centavos, encontrado pelo valor de
dezenove reais e dez centavos.
• Filgrastima 300 mcg (30 MU): encontrado por quatrocentos e vinte
e cinco reais e cinqüenta e quatro centavos, foi cotado por
quarenta e três reais.
• Ácido Zoledrônico 4 mg: presente na amostragem por mil
trezentos e noventa e dois reais e noventa e dois centavos,
cotado por oitocentos e setenta e três reais.
• Goserelina 3,6 mg: presente no valor de quinhentos e quarenta
reais e sessenta e quatro centavos, cotado por trezentos e
noventa e seis reais.
• Leuprolida 3,75 mg / ml: encontrada na amostragem no valor de
quinhentos e doze reais e sessenta e seis centavos, cotado por
nós em cento e sessenta reais.
40
• Paclitaxel 100 mg: presente no valor de dois mil cento e quarenta
e oito reais e noventa e dois centavos, cotado por noventa e nove
reais.
• Carboplatina 150 mg: encontrada na amostragem no valor de
seiscentos e trinta e um reais e sessenta e três centavos, foi
cotado por oitenta e nove reais e vinte centavos.
Como o custo com medicamentos representa uma parcela muito
grande do valor total das contas que nos são enviadas, estas diferenças
encontradas acabam por gerar uma grande redução de custos, como veremos
mais adiante.
Os materiais presentes em nossa amostragem, assim como grande
parte dos equipamentos necessários para o funcionamento do centro de
quimioterapia, foram cotados pelo Departamento de Compras da Unimed
Pindamonhangaba, que possui grande experiência no assunto, e também
através de sites especializados em venda de materiais médico-hospitalares na
Internet27,28,29,30,31,32,33,34.
Somamos então todas as contas da nossa amostragem, assim como
todos os materiais e medicamentos cotados. Temos então de um lado o custo
total da amostragem, e de outro, o custo total de todos os materiais e
medicamentos dentro desta mesma amostragem se fossem cotados por nós. A
partir disto, pudemos estabelecer uma proporcionalidade de custos entre as
contas que nos são enviadas, com os custos que teríamos com materiais e
medicamentos em um serviço próprio.
41
Através da soma de todas as contas da amostragem, chegamos ao
valor de vinte e seis mil, oitocentos e trinta e nove reais e doze centavos. A
soma de todos os materiais e medicamentos cotados por nós nesta mesma
amostragem é de oito mil quatrocentos e cinqüenta e cinco reais e noventa e
nove centavos.
Como
sabemos
que
o
custo
mensal
médio
da
Unimed
Pindamonhangaba com serviços de quimioterapia é de sessenta e quatro mil e
quinhentos reais, aproximadamente, podemos através de uma simples regra de
três, estabelecer facilmente um valor bastante aproximado do quanto
gastaríamos com materiais e medicamentos em média por mês.
Portanto podemos dizer que sessenta e quatro mil e quinhentos
reais estão para vinte seis mil, oitocentos e trinta e nove reais, e doze
centavos; assim como nossa média mensal de materiais e medicamentos (Y)
esta para oito mil, quatrocentos e cinqüenta e cinco reais e noventa e nove
centavos. Temos então:
R$ 64.500,00 x R$ 8.455,99 = Y x R$ 26.839,12
Passando R$ 26.839,12 para o outro lado da equação temos:
Y = R$ 64.500,00 x R$ 8.455,99
R$ 26.839,12
Y = R$ 545.411.355,00
R$ 26.839,12
Y = R$ 20.321,50
42
Portanto nosso custo com materiais e medicamentos deve estar em
torno de aproximadamente vinte mil, trezentos e vinte e um reais e cinqüenta
centavos em média, por mês.
Quanto ao pagamento mensal dos empréstimos chegamos aos
seguintes valores, baseados em simulação junto a Unicred Pindamonhangaba,
tendo cem mil reais como valor base: quatro pagamentos todos os meses,
sendo dois pagamentos de quatro mil oitocentos e dezoito reais e oitenta e
quatro centavos, referentes aos dois primeiros empréstimos; um pagamento de
cinco mil quinhentos e quinze reais e quarenta e oito centavos, referente ao
terceiro empréstimo; e mais um de seis mil duzentos e doze reais e onze
centavos, referente ao quarto e último empréstimo. Todos serão pagos em um
período de trinta e seis meses, com carência de seis meses para início do
pagamento. Somando-se todos os quatro pagamentos temos:
R$ 4.818,84 + R$ 4.818,84 + R$ 5.515,48 + R$ 6.212,11 = R$ 21.365,27
Portanto o valor mensal com pagamento de empréstimo será de
aproximadamente vinte e um mil, trezentos e sessenta e cinco reais, e vinte e
sete centavos.
A vantagem deste trabalho através de modelo comparativo é o de não
se precisar montar um serviço, com todo o seu trabalho, tempo e custo, para se
ter uma idéia aproximada sobre a viabilidade do projeto.
Adequações:
para
a
realização
deste
trabalho
foi
realizada
amostragem de contas das empresas prestadoras de serviço de quimioterapia
de apenas um mês, devido ao grande trabalho para seu levantamento e
43
comparação, sendo feita então a posterior extrapolação do valor gasto com
materiais e medicamentos, através da regra de três, baseados nos dados que
já possuímos referente aos nossos gastos.
Algumas despesas como água, luz, Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), e telefone foram obtidas através de cálculo do provável gasto.
Limitações: as comparações foram feitas baseadas em um modelo,
portanto, embora devam ser bastante semelhantes, podem não corresponder
exatamente aos valores encontrados.
Para a obtenção dos resultados, somamos então os seguintes
valores:
Pagamento de empréstimos: R$ 21.365,27
Materiais e medicamentos:
R$ 20.321,50
Equipe médica de apoio:
R$ 6.600,00
Oncologista clínico:
R$ 4.400,00
Enfermeiro:
R$ 3.478,27
Farmacêutico:
R$ 3.045,14
Recepcionista:
R$ 1.253,94
Serviço de limpeza:
R$
600,00
Telefone:
R$
500,00
Conta de luz:
R$
400,00
Conta de água:
R$
150,00
IPTU:
R$
100,00
Total:
R$ 62.214,12
44
Através deste resultado, verificamos que o custo com serviço próprio
de quimioterapia seria em torno de sessenta e dois mil, duzentos e quatorze
reais, e doze centavos mensais.
Ao subtrairmos nosso custo médio mensal com serviços de
quimioterapia pelo valor acima encontrado pelo temos:
Custo médio mensal atual:
R$ 64.516,87
Custo mensal do serviço próprio: - R$ 62.214,12
R$ 2.302,75
Portanto valor dois mil, trezentos e dois reais, e setenta e cinco
centavos menor que o nosso atual custo mensal, mesmo com a inclusão do
pagamento de empréstimo.
Após o período de 36 meses, teremos quitado todo o pagamento de
empréstimos; portanto vinte e um mil, trezentos e sessenta e cinco reais e vinte
e sete centavos a menos.
Economia nos primeiros 36 meses: R$ 2.302,75
Pagamento de empréstimo:
+
R$ 21.365,27
R$ 23.668,02
Teríamos então uma redução de gastos de vinte e três mil,
seiscentos e sessenta e oito reais, e dois centavos ao mês; após período de
trinta e seis meses. Calculando por período de doze meses temos:
45
Economia após 36 meses: R$ 23.668,02
x 12
Período de 12 meses:
R$ 284.016,24
Portanto teríamos uma economia de duzentos e oitenta e quatro mil,
dezesseis reais, e vinte e quatro centavos ao ano.
Através dos números acima colocados, podemos perceber de
maneira bastante clara que o modelo proposto de centro de quimioterapia
próprio da Unimed Pindamonhangaba é bastante viável, sobre o ponto de vista
econômico para a nossa cooperativa.
Devemos também destacar que neste estudo não foram colocados
os atendimentos relativos a usuários em contrato de custo operacional,
intercâmbio ou auto-gestão. Estes usuários certamente poderiam ser atendidos
por este serviço, diminuindo então de maneira importante nossa porcentagem
de custos fixos, que no modelo proposto representa cerca de 60% dos custos
durante os primeiros trinta e seis meses de funcionamento. Certamente todas
as fontes pagadoras destes usuários, pagam para as empresas prestadoras de
serviço oncológico, valores semelhantes aos que nós pagamos atualmente
para o atendimento de nossos usuários. Com a utilização deste serviço, os
referidos usuários poderão ser tratados com um custo significantemente menor
para as fontes pagadoras, e ainda assim gerando boa receita financeira para a
nossa cooperativa. Isto sem dúvida acaba gerando fidelização de nossos
46
clientes
em
custo
operacional,
além
de
melhorar
bastante
nosso
relacionamento com as outras singulares da Unimed e empresas de autogestão.
Outro fator importantíssimo a ser considerado é o de que o valor do
empreendimento seria pago em sua totalidade em um período de trinta e nove
meses após o início de funcionamento do serviço, portanto o custo do serviço
irá diminuir em vinte e um mil, trezentos e sessenta e cinco reais, e vinte e sete
centavos após este período, tornando o empreendimento ainda mais
interessante, pois teremos um prédio nosso e totalmente quitado. Importante
também salientar que é possível conseguir empréstimos com taxas muito
menores junta à programas de desenvolvimento econômico do governo. Estes
empréstimos mais favoráveis certamente diminuiriam de maneira importante as
parcelas do seu pagamento, tornando o negócio ainda mais atraente.
Devemos
ainda
comentar
o
fato
de
que
os
materiais
e
medicamentos foram cotados sem que houvesse negociação prévia, pelo
simples fato de que não iríamos comprar realmente os produtos naquele
momento, portanto certamente poderão receber um desconto ainda maior,
conseguido através de negociação com fornecedores.
Através da implantação deste centro de quimioterapia, deveremos
também melhorar as oportunidades de trabalho para nossos cooperados, pois
alguns deles poderão trabalhar no serviço, fazendo parte da equipe de apoio.
Teríamos então seis mil e seiscentos reais a mais de renda no bolso de nossos
cooperados.
47
Outro detalhe importante é que iríamos diminuir nosso gasto com
intercâmbio, pois a maioria das empresas prestadoras de serviço oncológico
atende em outros municípios.
Nossos usuários seriam atendidos na própria cidade, o que também
facilitaria de maneira importante o acesso destes pacientes ao tratamento, com
a conseqüente melhora do índice de satisfação do cliente, uma vez que as
doenças oncológicas são freqüentemente incapacitantes, dificultando bastante
a locomoção para outros municípios.
Devemos também considerar que a Unimed Pindamonhangaba deve
fazer uma ampliação em seu hospital ou construir um novo em breve, isto cria
condições muito mais favoráveis para a montagem de um centro de
quimioterapia próprio, uma vez que várias partes do empreendimento, tais
como: terreno, projeto, recepção, gerador, dispensário, guarda macas, copa,
sala de materiais de limpeza, consultório, sala de espera, sala de utilidades,
leito, banheiros, desfibrilador, monitor cardíaco, eletrocardiógrafo, carro de
emergência e até mesmo alguns funcionários podem e devem ser
compartilhados com outros setores, diminuindo de maneira importante os
investimentos necessários para a sua implantação. Existe inclusive a grande
possibilidade de que a Prefeitura de Pindamonhangaba faça uma doação da
área para a construção do hospital.
A implantação deste serviço deve atrair também usuários de outros
municípios, provenientes de algumas Unimeds da região que não possuem
serviço de quimioterapia, tais como: Campos do Jordão, Caçapava, Cruzeiro, e
48
Lorena e que devem encaminhar seus usuários para este serviço como forma
de diminuir custos.
Devemos admitir também que este centro de quimioterapia
funcionaria como um grande diferencial de mercado, uma vez que as empresas
concorrentes não possuem este tipo de serviço no município.
49
3 CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos neste trabalho, concluímos que o
modelo
proposto
de
centro
de
quimioterapia
próprio
da
Pindamonhangaba oferece bastante vantagem sobre o serviço atual.
Unimed
50
4 REFERÊNCIAS
1 http://www.ans.gov.br/portal/site/legislacao/legislacao.asp. 12/06/2006.
2 http://www.unimeds.com.br/ 20/06/2006.
3 http://www.dieese.org.br/esp/listpub_soceconomicos.xml 15/07/2006.
4 http://www.abramge.com.br/internas.asp?secaonome=indices2 12/07/2006.
5 Folha de São Paulo, 14/11./2004.
6 Revista Espaço Acadêmico, número 57, fevereiro de 2006.
7 http://www.unimed.com.br/pct/index.jsp?cd_canal=34393&cd_secao
= 34360, 18/07/2006.
8 Boletim Trevisan, 08 de março de 2006.
9 http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/index.htm 15/09/2006.
10 http://www2.uol.com.br/infopessoal/noticias/_IMPOSTOS_TOP_573852.
shtml 12/09/2006.
11 Folha de S._Paulo - Estado aumenta impostos e diminui investimento total –
03/09/2006.htm.
12 Unimed Pindamonhangaba 2006.
13 http://www.hgepa.eb.mil.br/clinicas_sv/clinicas_sv.htm 20/06/2006.
14 http://www.unimedsobral.com.br/historia.html 15/06/2006.
15 http://www.unimedsor.com.br/historia.php
20/06/2006.
16 http://www.unimed-santos.com.br/layouts/capa/index_1.asp?cod=8543
18/06/2006.
51
17 http://www.unimedbelem.com.br/historia.asp 22/06/2006.
18 http://www.unimedcataguases.com.br/a_unimed.htm 15/06/2006.
//www.unimed.com.br/pct/index.jsp?cd_canal=34393&cd_secao=34346.
25/08/2006.
19 http://www.unimedpinda.com.br/conheca_a_unimed.htm 23/08/2006.
20 http://www.federacaounimedsvale.srv.br/links/historico.htm 26/08/2006.
21 Resolução RDC/ANVISA nº 220, de 21 de setembro de 2004.
22 Resolução RDC/ANVISA nº 33, de 25 de fevereiro de 2003.
23 Resolução RDC/ANVISA nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.
24 Lei Federal 6.437, de 20 de agosto de 1977
25 Departamento de compras da Unimed Pindamonhangaba, 28 de julho de
2006.
26 http://www.comprafacil.com.br/product.asp?dept_id=34161&17/09/2006.
27 http://www.staluzia.com.br/linha/catalogo/sl-0180.html 17/09/2006.
28 http://www.poloar.com.br/ 17/09/2006.
29 http://www.rumo.com.br/sistema/ListaProdutos.asp? 17/09/2006.
30 http://www.rumo.com.br/sistema/ListaProdutos.asp?17/09/2006.
31 http://www.rumo.com.br/sistema/ListaProdutos.asp?17/09/2006.
32 http://www.compresaude.com.br/loja/detalhes.php?pCod_produto=117
17/09/2006.
33 http://www.rumo.com.br/sistema/ListaProdutos.asp?17/09/2006.
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