MANUAL DO PACIENTE
2005
Aos Pais
Esperamos que este manual possa esclarecer algumas
dúvidas sobre o câncer infantil, assim como fornecer orientações
básicas sobre os cuidados que vocês devem ter com seu filho
durante o tratamento químio e/ou radioterápico.
Não deixe de conversar com o médico oncologista sobre
suas dúvidas e receios. É importante que vocês estejam o mais
informado possível sobre a doença, o tratamento e seus efeitos
colaterais, para melhor cuidar do seu filho.
Equipe de Oncologia Pediátrica
Equipe Multidisciplinar
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Índice
Página
1. Informações gerais sobre o câncer pediátrico e seu tratamento ...........
O que é o câncer? .........................................................................................
Como o câncer ocorre? .................................................................................
Qual a causa do câncer? ...............................................................................
Como o câncer se espalha? ..........................................................................
Existe algum sinal característico de câncer na criança? ...............................
Existe alguma maneira de prevenir o câncer infantil? ...................................
O câncer na criança tem tratamento? ...........................................................
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2. Orientações gerais.......................................................................................
Queda do cabelo ...........................................................................................
Feridas na boca .............................................................................................
Fraqueza ........................................................................................................
Febre .............................................................................................................
Sangramento .................................................................................................
Náuseas e Vômitos ........................................................................................
Boca seca ......................................................................................................
Alteração do paladar .....................................................................................
Dor ................................................................................................................
Diarréia ..........................................................................................................
Constipação ...................................................................................................
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3. Cuidados com a alimentação .....................................................................
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4. Cuidados com os remédios ........................................................................
Cuidados com o uso e administração dos remédios .....................................
Durante a consulta médica ............................................................................
Orientações quanto à guarda e utilização dos remédios em casa ................
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5. Cuidados com a higiene .............................................................................
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6. Cuidados com a boca ..................................................................................
Escovação .....................................................................................................
Fio dental .......................................................................................................
Flúor . .............................................................................................................
Aftas ...............................................................................................................
Candidíase oral (monilíase ou sapinho) ........................................................
Diminuição da saliva (xerostomia) .................................................................
Cáries ............................................................................................................
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INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CÂNCER PEDIÁTRICO E
SEU TRATAMENTO
• O que é o câncer?
É o crescimento rápido e descontrolado de um grupo de células que
forma o nosso corpo.
• Como o câncer ocorre?
O nosso corpo é formado por diversos tipos de células, que agrupadas
formam os órgãos, tais como fígado, pulmões, coração, cérebro, intestino,
sangue, etc. Constantemente estamos formando células novas para repor as
velhas e/ou as danificadas. Nas crianças, a formação de células novas ocorre,
não só com esta finalidade, como também para completar o seu crescimento e
desenvolvimento.
Quando uma destas células sofre uma transformação no seu “centro de
controle” – o DNA – ela começa a se multiplicar sem necessidade e/ou sem
controle, levando ao seu acúmulo. A este acúmulo chamamos de neoplasia ou
tumor. De acordo com suas características, os tumores podem ser
classificados como benignos ou malignos. Este último também é chamado de
câncer.
• Qual a causa do câncer?
Até o momento, a causa para os vários tipos de câncer infantil é
desconhecida, entretanto sabe-se que não é um único fator que determina o
seu surgimento, mas uma combinação destes. Dentre os principais fatores
envolvidos no aparecimento do câncer infantil, a predisposição genética parece
ter uma grande importância.
• Como o câncer se espalha?
As células cancerosas apresentam-se com um crescimento rápido,
desordenado, sendo capazes de invadir as estruturas próximas e chegar às
veias e artérias. Através destas, as células cancerígenas são capazes de
chegar e crescer em outras regiões do corpo, distantes do local inicial da
doença, constituindo as chamadas metástases.
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O câncer não é contagioso
• Existe algum sinal característico de câncer na criança?
Não. Na infância o diagnóstico de câncer, nos estágios iniciais, é difícil
pois seus sinais e sintomas não são característicos e podem simular uma
grande variedade de doenças comuns da infância.
• Existe alguma maneira de prevenir o câncer infantil?
Diferentemente do adulto, principalmente devido ao tipo de câncer e sua
localização, não há exames preventivos disponíveis atualmente. Contudo, a
consulta regular com o pediatra pode ser uma maneira de identificar o mais
precocemente possível a doença.
• O câncer na criança tem tratamento?
Sim. A maioria dos cânceres na criança são tratáveis e passíveis de
cura. O sucesso do tratamento está relacionado com o tipo de doença, a
quantidade de locais do corpo comprometidos, efetividade das medicações
utilizadas e o seguimento das orientações médicas.
Existem três formas básicas de tratamento que podem ser empregadas
isoladamente ou em combinação: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Cirurgia: Dependendo do tipo e da localização da neoplasia este
procedimento pode ter não só uma função diagnóstica, mas também de
tratamento. A cirurgia visa aos seguintes objetivos:
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a) remover a maior quantidade de tumor possível, com a finalidade de
tratar e/ou facilitar o tratamento com a quimioterapia e/ou a radioterapia
e alívio dos sintomas;
b) estabelecer o diagnóstico, pois com a retirada de um pedaço do tumor
(biópsia) este é encaminhado ao laboratório para identificação da
doença.
Radioterapia (RDT): nesta modalidade de tratamento, utiliza-se um tipo de
Raio-X, mais forte que os utilizados para fazer radiografias, em doses diárias
durante semanas, que prejudica o funcionamento das células do câncer,
causando a morte daquelas que estão na área de irradiação. Este tratamento
não causa dor.
A parte do corpo que receberá a RDT será marcada com tinta vermelha
e alguns cuidados deverão ser tomados durante o tratamento:
a) o local marcado não deve ser esfregado durante o banho;
b) o local marcado deve ser enxugado de maneira delicada;
c) não aplicar perfume, loções e cosméticos nesta região;
d) manter a região seca e protegida do sol.
Efeitos colaterais mais freqüentes da radioterapia:
a) diminuição do apetite;
b) náuseas e vômitos;
c) saliva espessa, boca seca;
d) cárie de irradiação;
e) queda de cabelo e dor no local irradiado;
f) queimadura e descamação da pele;
g) dor de cabeça e sonolência;
h) irritação, fraqueza e fadiga;
i) diarréia.
Quimioterapia: é o tratamento onde utilizamos medicamentos que atuam
nas células do câncer. Ela pode ser administrada pela boca, na veia, por
injeção no músculo ou em baixo da pele e no líquor (espinha). Dependendo do
remédio, este pode ser de cor variada: vermelho, amarelo, incolor ou mesmo
azul e pode estar coberto com um plástico para proteção contra a luz ou não. A
duração da quimioterapia e como ela será administrada, varia de acordo com a
doença e o tratamento proposto.
É importante que você tire todas as suas dúvidas sobre o uso da
quimioterapia, com o oncologista do seu filho e/ou enfermeiro do ambulatório
de quimioterapia.
Não falte às consultas agendadas. Caso não possa
comparecer por qualquer motivo, avise!
Normalmente a aplicação da quimioterapia na veia não causa dor. Se
isto ocorrer, avise imediatamente o enfermeiro.
Efeitos colaterais mais freqüentes da quimioterapia:
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a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)
náuseas e vômitos;
diminuição ou aumento do apetite;
diarréia ou constipação;
feridas na boca (mucosite);
queda dos cabelos;
escurecimento e/ou ressecamento da pele;
fraqueza;
febre e infecção;
anemia;
sangramentos;
problemas de fertilidade;
desenvolvimento de outras neoplasias.
ORIENTAÇÕES GERAIS
• Queda do cabelo
Em geral é temporária. O crescimento do
cabelo novo inicialmente pode ser diferente na
cor e textura do cabelo original, mas ele
habitualmente retorna ao normal quando o
tratamento termina.
Orientações:
a) corte o cabelo mais curto que o habitual
quando começarem a cair;
b) use shampoo neutro para lavar a cabeça;
c) deixe o couro cabeludo o maior tempo
possível ao ar livre.
d) Não tome sol no couro-cabeludo. Use protetor solar fator 30
• Feridas na boca (mucosite)
Com a ocorrência da mucosite, a criança
passa a recusar a alimentação habitual e dá
preferência a líquidos, devido à dor que sente no
local das feridas. Nos casos mais graves pode
ocorrer a recusa total de alimentos.
Orientações:
a) evite alimentos ácidos, frutas cítricas, crus
e grãos;
b) ofereça alimentos pastosos e/ou líquidos
(a depender da dificuldade para engolir),
não muito temperados e de preferência à
temperatura ambiente ou gelados;
c) realize a higiene dos dentes com cuidado;
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d) realize bochechos com soluções anti-sépticas que não contenham
álcool, de acordo com orientação médica;
e) aplique soluções anestésicas 15 minutos antes das refeições, caso a dor
esteja dificultando a alimentação;
f) avise o oncologista e/ou o enfermeiro do
serviço onde seu filho é tratado.
• Fraqueza
Pode ser causada pelos próprios agentes quimioterápicos, e/ou por piora da
anemia (diminuição dos glóbulos vermelhos que transportam oxigênio para
todos os orgãos do nosso corpo), resultando em cansaço e fraqueza, às vezes
necessitando de transfusão sangüínea.
Orientações:
a) evite atividades que exijam esforço físico;
b) avise o médico e/ou o enfermeiro do serviço onde seu filho é tratado;
• Febre
Definida como uma temperatura maior ou igual a 37,5 oC por 3 medidas, ou
temperatura maior ou igual a 37,8oC em uma medida, pode ser ocasionada
pela medicação, porém na grande maioria dos casos deve-se a uma infecção.
Orientações:
a) utilize medicações contra a febre (dipirona – Novalgina®, Magnopyrol®
ou paracetamol – Tylenol®,). Não use qualquer medicamento que
contenha ácido acetil salicílico (AAS®, Melhoral®, etc.) ou diclofenaco
(Cataflan®, Biofenac®, etc.);
b) ofereça líquidos para manter a criança hidratada;
c) avise imediatamente o médico e/ou a enfermeira do serviço onde seu
filho é tratado;
d) na impossibilidade de contactar com o médico e/ou o enfermeiro do
serviço onde seu filho é tratado, leve-o imediatamente ao prontosocorro de sua cidade, para atendimento, e tente novo contato.
A febre é um sinal de alerta, avise o médico imediatamente
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• Sangramento
Ocorre devido à diminuição das plaquetas,
que são responsáveis por impedir os
sangramentos. Com isto, a criança pode
apresentar no corpo pontos vermelhos
(petéquias), manchas roxas (equimoses), fezes
negras, urina avermelhada, sangramento no
nariz (epistaxe) e na gengiva.
Orientações
a) avise imediatamente o médico e/ou o
enfermeiro do serviço onde seu filho é
tratado.
• Náuseas e Vômitos
Os vômitos secundários ao tratamento podem surgir durante, logo em
seguida ou depois de algumas horas do término da quimioterapia e/ou
radioterapia.
Orientações
a) não comer por 1 a 2 horas antes do tratamento se a náusea costuma
ocorrer durante ou dentro de poucas horas após a radioterapia ou
quimioterapia;
b) aumentar a ingestão de líquidos durante o dia, evitando o horário das
refeições, a menos que o médico diga para não fazer isto. Água com
gás, refrigerantes, lascas de gelo, lascas de suco congelado, tendem a
ser mais bem tolerados;
c) fracionar a dieta (comer mais vezes em menor quantidade);
d) após as refeições evitar deitar-se nas duas horas seguintes;
e) após controlado os episódios de vômitos, tente beber pequenas
quantidades de líquidos e quando o estômago estiver conseguindo
segurar este líquidos, faça uma dieta leve;
f) utilizar medicação contra o vômito, de acordo com a orientação médica;
g) não forçar a criança a se alimentar com comidas preferidas se estiver
nauseado. Isto pode causar uma rejeição permanente a este alimento;
h) comer alimentos à temperatura ambiente para diminuir o aroma, que
geralmente contribui para a náusea e o vômito;
i) comer devagar e mastigar bem os alimentos;
j) evitar oferecer alimentos que sejam gordurosos, doces, salgados, muito
temperados ou com odores fortes, pois estes podem provocar náuseas e
vômitos. Experimente utilizar torradas, biscoitos, rosquinhas secas,
mingau de aveia, frutas e vegetais macios, raspadinha de gelo e
alimentos secos;
k) evitar fazer as refeições em locais quentes e abafados;
l) sempre que possível mantenha a criança num ambiente tranqüilo e
sossegado evitando a expor a estimulação ou excitação desnecessária;
m) no caso de não haver melhora com a medicação, avise o(a) oncologista
e/ou o enfermeiro do serviço onde seu filho é tratado.
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Não force alimentos ou líquidos se a criança estiver
vomitando, e se ela estiver de cama, não a deixe deitada de
barriga para cima
• Boca seca (Xerostomia)
Orientações:
a) ingerir alimentos líquidos ou pastosos;
b) usar molhos e caldos nas preparações dos pratos;
c) usar constantemente saliva artificial;
d) ingerir líquidos durante as refeições;
e) chupar balas e gomas pois estes aumentam a produção de saliva;
f) fazer suco de frutas não ácidos e coloque em forminhas de gelo.
Sempre que quiser chupe as pedrinhas de gelo.
• Alteração do paladar
Orientações:
a) Não force a criança a se alimentar;
b) Evite alimentos que não são de preferência de seu filho;
c) Escolha alimentos aromatizantes e tente colorir bem o cardápio;
d) Faça uma assepsia bucal antes das refeições.
• Dor
Orientações:
a) Promova um ambiente confortável para a criança;
b) Distraia a criança com atividades que prendam a atenção como jogos,
brincadeiras, história e músicas;
c) Ajude a criança a imaginar situações onde ela possa experimentar
experiências positivas;
d) Oriente a criança a realizar respiração profunda durante os episódios de
dor. Isto reduz a tensão, relaxa e oxigena o corpo;
e) Toque a criança, ou seja, faça massagens nas mãos, pés, barriga e
cabeça. O toque deve ser apropriado às necessidades da criança;
f) Utilize as medicações para dor orientadas pelo médico. Se não houver
melhora, avise o(a) médico(a) e/ou a(o) enfermeira(o) do serviço onde
seu filho(a) é tratado(a).
• Diarréia
Pode ocorrer como conseqüência da ação da quimioterapia ou devido a
uma infecção.
Orientações:
a) ofereça soro de hidratação oral, de forma fracionada, após cada
episódio de diarréia. Para crianças menores de 1 ano, 50 a 100 ml e
para crianças maiores de 1 ano, 100 a 200 ml;
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b) ofereça alimentos que ajudem a prender o intestino (constipantes),
evitando os alimentos ácidos, gordurosos e muito temperados.
Experimente oferecer, arroz, macarrão (sem extrato de tomate), miojo,
suco de uva, bananas e pão branco (não oferecer pão integral), purê de
batata, batata cozida, mingau de amido de milho, farinha láctea, bolo
simples, etc;
c) diminua a ingestão de leite e derivados, chocolates, frituras café, chá
preto e refrigerante por até 5 dias após a resolução da diarréia;
d) diminua a ingestão de frutas e legumes, mesmo que cozidos, pois esses
possuem fibras;
e) evite alimentos com alta concentração de açúcar;
f) beba líquidos à temperatura ambiente e evite líquidos muito frios ou
pratos quentes;
g) observe sinais de desidratação (boca seca, pouca urina, muita sede);
h) avise o oncologista e/ou o enfermeiro do serviço onde seu filho é
tratado.
• Constipação
Pode ocorrer como conseqüência da ação da quimioterapia
a) ofereça bastante líquido, principalmente suco de ameixa cozida, banana
nanica ou da prata, maracujá, melão, laranja ou melancia;
b) ofereça alimentos ricos em fibras como farelo de trigo, germe de trigo,
milho, lentilha, aveia, pão integral, feijão, grão de bico, cereais e
macarrão;
c) evite alimentos que formem gases, como repolho e couve-flor;
d) beba líquidos 30 minutos antes da hora costumeira de ir ao banheiro.
e) quando possível, realize exercícios físicos.
CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO
1. lave todos os alimentos com sabão e enxagüe abundantemente;
2. TODOS os alimentos devem ser cozidos e/ou fervidos antes de serem
oferecidos à criança;
3. as refeições NÃO devem conter alimentos crus, inclusive verduras e
legumes. Esta deve ser de alimentos cozidos e/ou fervidos;
4. deixe as frutas e verduras por 30 minutos numa solução com um litro de
água e uma colher de hipoclorito (água sanitária);
5. antes de oferecer as frutas retire a casca de todas elas;
6. ofereça frutas com casca grossa, de preferência não muito maduras, para a
criança ingerir;
7. evite oferecer frutas amassadas e rachadas;
8. NÃO ofereça fruta com casca fina tipo uva, cajú, morango, goiaba, ameixa,
jabuticaba, a menos que cozidas;
9. NÃO utilize ovos crus nas preparações dos alimentos, pois estes podem
estar contaminados;
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10. NÃO obrigue a criança a se alimentar quando não estiver bem, converse
com seu filho sobre a importância de se manter bem nutrido
11. lave as suas mãos e as da criança antes das refeições;
12. NÃO deixe a criança comer alimentos preparados na rua por ambulantes
e/ou em lanchonetes;
13. quando estiver em uso de Decadron® ou Meticorten® retire o sal da dieta e
evite o excesso de líquidos e alimentos tais como: salsichas, sardinhas,
azeitonas, todos os alimentos enlatados, tempero shoyo, ajinomoto,
tempero do miojo, hambúrguer, nugget’s, salgadinhos de pacote, amendoim
salgado, gatorede. Prepare os alimentos sem sal e acrescente um sachê de
1g de sal para toda a refeição;
No caso de dúvida sobre algum alimento, não o ofereça a seu
filho sem consultar a nutricionista
CUIDADOS COM OS REMÉDIOS
• Cuidados com o uso e a administração dos remédios
As regras que daremos a seguir constituem um guia para orientá-los sobre
o que dizer e como fazer quando for necessário administrar remédios para
seus filhos.
1. Não administre qualquer medicamento aos filhos sem motivos sérios ou
sem orientação médica.
2. Em casa, todos os remédios devem ser controlados pelos pais. Não
estimule seu filho à automedicação e conserve todos os remédios fora do
alcance da criança.
3. Dê você mesmo a medicação a seu filho, de modo que ele a tome em sua
presença. Nunca deixe frascos de remédios no quarto da criança e
permaneça sempre dentro da dosagem (quantidade) recomendada. Em
caso de dúvida, verifique com o médico.
4. Não dê muita ênfase no gosto agradável de certos remédios. Ensine a
criança desde cedo a compreender que o remédio é necessário para aliviar
um mal-estar, a dor ou curar certas doenças, e não uma experiência
gostosa como comer uma barra de chocolate ou tomar um refrigerante.
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• Durante a consulta médica:
Informe ao médico
•
•
•
Todos os remédios que a criança está usando e qual a dose
Sobre qualquer problema que já tenha tido com remédios
Sobre alergias
Pergunte ao médico
• Como vai usar o remédio prescrito e por quanto tempo
• Se deve evitar algum tipo de comida, bebida, outros remédios, alguma
atividade e exercícios físicos enquanto estiver usando o remédio.
• O que fazer se esquecer de tomar alguma dose
• Quais são os efeitos-colaterais que podem ocorrer, e o que fazer nessa
situação.
• Orientações quanto à guarda e utilização dos remédios em
casa
1. Os remédios devem ser guardados em local seco, ventilado e protegido do
sol. Evite guardá-los no banheiro, que é um local, muitas vezes, abafado e
úmido; em cima da geladeira, pois, esta recebe o calor do motor e nem na
janela da cozinha. Alguns remédios devem ser guardados dentro da
geladeira. Utilize as prateleiras superiores (não os guarde na porta, nem no
congelador).
2. No caso de remédios líquidos, tomar cuidado para que a boca do frasco não
fique suja. No caso de pomadas e cremes, deve-se limpar o bico da
bisnaga, antes de fechá-lo.
3. Conferir sempre o prazo de validade do remédio. Nunca tomar remédio
vencido, mesmo que tenha vencido há pouco tempo. Esse pode não ter a
ação desejada e se já estiver alterado poderá fazer mal à saúde.
4. Não misturar remédios, por exemplo, dois xaropes no mesmo recipiente ou
colher.
5. Respeitar o horário de administração do remédio. Se for para ser dado de
6/6 horas, não se deve pular o horário da noite ou readaptá-lo à
conveniência do paciente. Essa atitude atrapalha o tratamento. Se o
medicamento é para ser dado após as refeições, não tomá-lo em jejum.
6. Se perceber alguma alteração de cor, sabor ou precipitação no remédio,
procure orientação e não o administre.
7. Se o medicamento for uma suspensão, agitar durante, pelo menos, um
minuto e administrar ao paciente em seguida.
8. O remédio que sobrar na colher ou copinho não deve ser recolocado no
frasco.
9. Usar preferencialmente medidas-padrão, ou seja, as colheres e coposmedida que acompanham os frascos dos remédios. Se não for possível,
use medidas caseiras:
• 1 colher de chá = 5 ml
• 1 colher de sopa = 15 ml
• 1 xícara de café = 50 ml
• 1 xícara de chá = 240 ml
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10. Não quebre drágeas nem abra as cápsulas.
11. Não encoste o frasco de colírio nem a bisnaga de pomada oftálmica no
olho. Contamina o medicamento.
12. Não encoste a bisnaga de pomada ou creme nas lesões. Retire parte do
medicamento e, então, aplicar no local indicado.
13. Nunca altere a dose prescrita
Em caso de dúvida, não administre o medicamento. Procure o
farmacêutico ou médico do Hospital
CUIDADOS COM A HIGIENE
1.
2.
3.
4.
5.
Dê banho em seu filho pelo menos uma vez ao dia
Mantenha seu filho usando roupas limpas
Não deixe seu filho andar descalço
Oriente seu filho lavar as mãos antes das refeições
Siga as orientações sobre os cuidados com a boca
CUIDADOS COM A BOCA
O tratamento quimioterápico e radioterápico podem produzir algumas
alterações na cavidade bucal como aftas, redução da saliva, candidíase
(monilíase ou sapinho), etc. Por isso, é muito importante que você mantenha a
boca de seu filho sempre limpa e a leve freqüentemente ao dentista. O
intervalo máximo entre as consultas deve ser de 6 meses.Nessa consulta, o
dentista realizará o tratamento do dentes que não estejam saudáveis assim
como realizará medidas preventivas nos que estão saudáveis.
As orientações abaixo ajudarão você a desempenhar com sucesso os
cuidados bucais:
• Escovação
Para começar, escolha uma escova dental macia e pasta com flúor. Escove
os dentes no mínimo 03 vezes por dia.
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• Fio dental
Ensine e oriente seu filho a usar o fio dental diariamente, pois é ele que
retira os resíduos de comida que estão entre os dentes.
• Flúor
O flúor deixa os dentes mais resistentes contra a cárie. Podemos obtê-lo de
várias maneiras, por exemplo, através da água que bebemos, da pasta de
dente, em enxaguantes bucais, etc. Contudo, o dentista poderá recomendar
bochechos diários ou semanais com uma solução de flúor, para que seu filho
fique livre das cáries durante o tratamento químio e/ou radioterápico.
O tratamento do câncer pode trazer algumas alterações bucais que
devem ser tratadas de maneira específica:
• Aftas
São feridas dolorosas que dificultam a
alimentação. Podem aparecer por toda a
boca, na língua e também na garganta.
Orientação:
1. para aliviar a dor durante a alimentação,
aplique soluções anestésicas em spray
(Xilocaína®, Cepacaína®) sobre as
feridas, 15 minutos antes de se alimentar.
• Candidíase (monilíase ou sapinho)
São placas brancas (semelhantes a nata
de leite) que aparecem dentro da boca.
Orientação:
1. Com uma gaze, enrolada nos dedos,
faça a limpeza de toda a boca com
solução bicarbonatada (01 copo de
água + 01 colher de chá de bicarbonato
de sódio) 04 (quatro) vezes ao dia;
2. Caso não haja melhora, é importante
que você avise o(a) seu médico(a).
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• Diminuição da saliva (xerostomia)
Corresponde à falta de saliva na boca. Isto, além de desconfortante, deixa a
boca sem defesa contra as bactérias que causam a cárie.
Orientação:
1. É importante que você avise o seu médico e/ou dentista para que ele
prescreva uma saliva artificial que deverá ser utilizada conforme a
orientação.
• Cáries
É muito comum aparecer cáries severas
durante o tratamento do câncer porque a boca
está com a saliva diminuída. Para evitar que isto
ocorra é preciso que você esteja atento aos
cuidados com a limpeza dos dentes além de
usar corretamente o flúor.
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