A Certificação ISO 22000
“A Certificação da
Segurança Alimentar no
Sector dos Lacticínios –
INSULAC”
Apresentado por: José Rodrigues
Eng º Máquinas
Eng.
Director Industrial - INSULAC
A Certificação ISO 22000
1- BREVE CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR
Quota leiteira – (Campanha 2008/ 2009 – 1 Abril 2008 a 31 Março 2009)
Volume de Facturação de 2008 (Valores aproximados – ANIL):
A
Açores:
≈ 400.000.000
400 000 000 €
(Facturação
(F
t
ã LLacticínios
ti í i A
Açores)) / (PIB Açores)
A
)=
(400.000x103) / (3.203.000 x 103)
PIB Açores (2006): ≈ 3.203.000.000 €
x 100 =
12,4%
Total de empregados em 2008 (Valores aproximados – ANIL):
Açores: 1500
Total População activa dos Açores: 119.786
(Empregados Ind. Lacticínios) / (Pop.
activa Açores) =
(1500) / (119.786) x 100 =
1,3%
A Certificação ISO 22000
1
1.1
1.11- Quadro de Entrega de Leite em Fábricas – AÇORES
De salientar que as Ilhas de São Miguel e Terceira juntas
totalizam cerca de 89% do total de Leite entregue nas
Fábricas dos Açores.
A Certificação ISO 22000
1
1.2
1.22- Quadro de Principais Produtos Lácteos Produzidos nos Açores – 2008
De salientar que o queijo representa o nosso principal e
maior p
produto lácteo transformado ao nível do leite
produzido nos Açores:
291.060.000 L / 556.100.000 L x 100 = 52,3%
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2- APRESENTAÇÃO DA INSULAC
INSULAC – Produtos Lácteos Açoreanos, S.A.;
Regime Jurídico: Sociedade Anónima de Capitais Privados;
Arranque em 1995, possuindo um Entreposto em Camarate;
Inauguração da Torre de Secagem no ano 2000;
Principais produtos: - Queijos Bola e Barra do tipo Flamengo;
- Queijo Prato do tipo Pasta Mole;
- Queijo Prato Meio gordo;
- Queijo
j Ilha;
- Queijo Mozzarella;
- Manteiga;
- Leite em Pó;
- Soro em Pó.
Distribuição para todo o Território Nacional e Exportação para os Estados
Unidos da América, Canadá, Angola, Grécia e Holanda.
A Certificação ISO 22000
2
2.1
2.11- Gráfico de Evolução da Recolha de Leite (1995 – 2008)
A Certificação ISO 22000
2.2
2
2.22- Gráfico de Evolução da Produção de Produtos Lácteos (2000 –
2008)
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2
2.3
2.33- Gráfico de Evolução do Volume de Negócios (2000 – 2008)
A Certificação ISO 22000
2
2.4
2.44- Palmarés da INSULAC em 2007 – 2008:
22º Lugar no ranking das 100 maiores empresas dos
Açores, em 2007;
9º Lugar nas 10 melhores empresas dos Açores no
ranking das 100 maiores empresas, em 2007;
5º Lugar
g no Sector “Agricultura
g
e Agro-indústria”
g
das
1000 melhores PME de Portugal, em 2007;
4 Lugar no Sector “Agricultura
4º
Agricultura e Agro
Agro-indústria”
indústria das
1000 melhores PME de Portugal, em 2008.
A Certificação ISO 22000
3- DESAFIO DA CERTIFICAÇÃO
Sendo a INSULAC uma empresa do ramo alimentar, desde sempre teve
preocupações na produção de produtos seguros:
Controlo da Matéria-prima à recepção;
Controlo dos processos produtivos;
C t l d
Controlo
do produto
d t final.
fi l
Com a exigência do HACCP nas indústrias alimentares os controlos, quer ao
nível de análises laboratoriais,, bem como o controlo de Pré-requisitos,
q
, foram
intensificados e documentados:
Procedimentos (Resposta à Emergência, Planeamento e Realização de
Produto Seguro,
Seguro Correcções,
Correcções Gestão de Documentos e Registos,
Registos Auditorias,
Auditorias
Acções de Melhoria, Notificação e Recolha, Gestão da Formação,
Tratamento de Reclamações, Identificação e Rastreabilidade, etc.)
Instruções de Trabalho e Planos (Higienização e outros Pré-Requisitos)
Pré Requisitos)
Check-Lists de verificação (Boas Práticas, Pragas, Higienização, etc.);
Fichas técnicas de produtos (Queijo Flamengo Bola, Queijo Prato, etc.);
Fluxogramas e respectivas descrições (Recepção e Tratamento de Leite,
Fabrico de Queijo, etc.).
A Certificação ISO 22000
O Sistema de Segurança Alimentar estava, até aqui, implementado
de acordo com o Codex Alimentarius (Organização Internacional que
tem como objectivo
bj
i proteger a saúde
úd dos
d consumidores
id
e assegurar a
aplicação de práticas equitativas no comércio de alimentos);
Em Abril de 2008 surgiu uma proposta de um cliente no sentido de
sermos certificados na NP EN ISO 22000:2005.
Devido à sua elevada expressão no nosso volume de vendas,
encarámos esta proposta como um desafio e um objectivo a atingir até
ao 1º trimestre de 2009:
(1º Imposição por parte do nosso maior cliente)
(2º Desafio para a empresa e os seus quadros)
(3º Estímulo/ satisfação para a Equipa de Segurança
Ali
Alimentar).
t )
A Certificação ISO 22000
4- DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS
Para o desenvolvimento dos trabalhos a executar reformulou-se a
Equipa da Qualidade já existente, de 4 elementos, de modo a se
adaptar às novas tarefas inerentes da norma em questão.
Todos os elementos foram formalmente nomeados quanto à
s a ffunção,
sua
nção sendo um
m deles o Responsável,
Responsá el da act
actualmente
almente
chamada Equipa de Segurança Alimentar;
Requereu-se
q
o apoio
p
de uma empresa
p
externa de consultoria,,
bem como um elemento do Programa Estagiar;
Dois elementos da Equipa tiveram formação específica na NP
EN ISO 22000:2005.
22000:2005
Após estudo dos vários requisitos da norma:
Adaptou-se
Ad
t
a documentação,
d
t ã já existente,
i t t de
d acordo
d com o
novo referencial;
Foi
o dada Formação
o ação e
em sa
sala
a e no
o local
oca de trabalho,
aba o,
implementando-se assim, o Sistema de Gestão de Segurança
Alimentar.
A Certificação ISO 22000
5- SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR DA INSULAC
5.1-- Política da INSULAC de acordo com a Norma NP EN ISO 22000
5.1
A Insulac – Produtos Lácteos Açoreanos S.A., fabricante de uma vasta gama de produtos
lácteos tais como q
queijos
j do tipo
p flamengo,
g ,p
pasta mole,, meio g
gordo,, mozzarella,, fresco para
p
barrar, manteiga, soro e leite em pó, considera que a qualidade e segurança dos seus produtos
associada à eficácia dos seus serviços, resultante de processos adequados e de uma gestão
equilibrada do negócio, são essenciais para assegurar uma política de segurança alimentar
eficaz e um retorno adequado aos seus accionistas
eficaz,
accionistas.
Para atingir esta mesma política que assenta no binómio qualidade e segurança, é necessário
que a Insulac assegure:
• O fornecimento de produtos com qualidade e segurança alimentares;
• A gestão de processos e procedimentos caracteri
caracterizada
ada pela e
excelência
celência operacional
operacional,
focalizada no princípio da melhoria contínua;
• O cumprimento de toda a legislação, normas, requisitos e disposições legais;
• A execução das regras impostas pelo Sistema de Gestão de Segurança Alimentar;
• O relacionamento correcto entre os seus colaboradores, e planos de comunicação quer
internos e externos transparentes e eficazes;
• A implementação e promoção da melhoria das condições de trabalho de todos os seus
trabalhadores,, de modo a contribuir para
p
um ambiente de trabalho seguro
g
e agradável;
g
;
• A promoção da prosperidade e bem-estar de todos os trabalhadores, fomentando o seu
envolvimento na planificação e nas tarefas específicas que cada um desempenha;
• A quantificação dos objectivos delineados pela administração;
• A condução da revisão anual do plano de objectivos do Sistema de Gestão de
Segurança Alimentar, de modo a garantir a sua actualidade e eficácia.
A administração conta com a colaboração, dedicação e empenho de todos os trabalhadores,
no cumprimento da nossa política de segurança alimentar.
A Certificação ISO 22000
5
5.2
5.22- Âmbito do Sistema
O âmbito
â bi da
d Certificação
C ifi
ã do
d Sistema
Si
implementado
i
l
d compreende
d
todas as actividades desde a Recepção de Leite nos Postos de
Recolha, Transformação na Fábrica e Expedição do Produto para o
Cliente final.
O SSistema está dividido p
por p
processos:
• Recolha de Leite nos Postos;
• Recepção e Tratamento de Leite na Fábrica;
• Fabrico de Queijos Curados;
• Cura e Tratamento de Queijo;
• Fabrico de Queijo Fresco para barrar;
• Fabrico de Manteiga;
• Secagem;
• Entreposto
E t
t de
d Camarate.
C
t
Continuação
A Certificação ISO 22000
Para cada processo procedeu-se à identificação de
todas as etapas
p elaborando-se os respectivos
p
Fluxogramas e Descrições pormenorizadas;
Realizou-se uma análise
á
de perigos de cada etapa/
matérias-primas, resultando daí novos pontos de controlo
(PPRO – Pré-requisitos
Pré requisitos Operacionais e PCC – Pontos de
Controlo Críticos);
Após a definição destes pontos de controlo foram
elaborados planos de actuação em caso de desvio;
Estes Planos foram implementados em todas as
secções precedidos de uma formação a todos os
secções,
colaboradores envolvidos nestes controlos.
A Certificação ISO 22000
6- DIFICULDADES/ VANTAGENS
6.1-- Dificuldades de Interpretação da Norma
6.1
O que é que se pretendia
di com cada
d Requisito?;
ii ?
Como aplicar os novos conceitos (PPRO; Acção correctiva/
Correcção etc.);
Correcção,
etc );
6
6.2
6.22- Outras
O t
Dificuldades
Difi ld d
Elevado número de especificidade de processos deram
origem a muita documentação;
Dificuldade na Implementação (preenchimento de registos,
cumprimento
p
de determinadas instruções,
ç
p
procedimentos e
boas práticas em geral);
Resistência à mudança/ aplicação de novas regras por parte
d alguns
de
l
colaboradores.
l b
d
A Certificação ISO 22000
6
6.3
6.33- Vantagens
Todos os processos encontram-se pormenorizadamente
documentados e organizados (Fichas técnicas de produtos;
confirmação de tempos e temperaturas, etc.);
Obrigatoriedade de registar todas as operações inerentes ao
controlo dos processos;
Envolvimento de todos os colaboradores;
Melhoria dos Sistemas de Controlo;
Vantagem em ganhar novos clientes face a concorrentes não
certificados;
M i confiança
Maior
fi
e fidelização
fid li
ã de
d clientes
li t e consumidores;
id
Avaliação mais frequente e sistemática de todo o sistema;
Realização de auditorias e inspecções mais frequentes;
Maior celeridade na resolução de Não-Conformidades/
Reclamações;
Melhoria da capacidade de Rastreabilidade dos nossos
produtos.
A Certificação ISO 22000
Aposta na melhoria contínua. Aumento da
capacidade para cumprir requisitos.
Não somos uma Empresa perfeita, mas temos
uma vontade genuína de melhorar, quer os nossos
processos, quer toda a nossa actividade em geral.
… não fosse o gasto excessivo de papel e
tinteiros, a Certificação só teria
vantagens!!!!
t
!!!! ☺
Obrigado
Elaborado por | José Rodrigues
Insulac, Produtos Lácteos Açoreanos S. A.
Junho 2009
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