ENCONTRO DE REFLEXÃO
Pais das crianças do 3º ano
(Festa da Eucaristia)
SETE PERGUNTAS
1. Que lembrança guarda do dia da sua
Primeira Comunhão?
2. Que responderia ao seu filho se este lhe
dissesse:
“Papá,
mamã:
A
minha
Catequista disse-me que Jesus está
presente na Eucaristia. Mas como? Não O
vejo”!
3. Que poderá uma criança dizer aos pais de
modo a fazê-los compreender que é
importante ir todos juntos à Missa, em cada
Domingo?
SETE PERGUNTAS
4. Para que serve, na prática da vida,
ir à Missa e receber a Comunhão?
5. O que nos quis dizer Jesus, quando disse:
“Eu sou o Pão da Vida!”?
6. Tenho de me confessar todas as vezes
que vou à Comunhão?
7. Já me dei conta de que são sempre os
mesmos pecados!
Vale então a pena confessar-me? Porquê?
ENCONTRO DE CATEQUESE
E ORAÇÃO DO PAPA BENTO XVI
COM CRIANÇAS DA PRIMEIRACOMUNHÃO
Praça de São Pedro
15 de Outubro de 2005
Que lembrança guardas do dia da tua Primeira
Comunhão?
• Jesus tinha entrado no
meu coração, tinha-me
visitado, precisamente a
mim.
• E, com Jesus, o próprio
Deus está comigo. E isso
é um dom de amor, que
vale realmente mais do
que tudo o que a vida nos
possa dar…
• O princípio de uma
amizade para toda a vida
Jesus está presente na Eucaristia.
Mas como? Não O vejo!
• Não vemos o próprio Senhor…
• Mas vemos os efeitos da sua
presença…
• É
assim
que
podemos
compreender que Jesus está
presente…
• As coisas invisíveis são
precisamente
as
mais
profundas,
as
mais
importantes…
Diz-nos como é importante ir juntos
à Missa, em cada Domingo?
“Querida mamã, querido papá,
era importante para todos nós, para ti também,
que encontrássemos Jesus”. Isso enriquece-nos!
Juntos, podemos conseguir um pouco de tempo
para encontrar uma possibilidade.
Talvez lá, onde mora a vossa avó,
se possa arranjar essa oportunidade”.
Para que serve ir à Missa e receber a
Comunhão, para a vida de todos os dias?
Isso serve para encontrar o centro da vida.
É certo que, quando vamos comungar,
não vemos logo o efeito de estar com Jesus;
só com o tempo é que nos apercebemos.
Que quer dizer Jesus, quando disse:
“Eu sou o Pão da Vida!”?
Jesus é esse alimento da nossa alma,
o alimento do homem interior,
do qual nós precisamos, porque a alma também
precisa de se alimentar.
Tenho de me confessar todas as vezes que vou à
Comunhão?
Tu não te deves
confessar sempre,
antes da Comunhão,
se não fizeres
pecados graves,
ao ponto
de precisares
de os confessar!
São sempre os mesmos pecados!
Vale então a pena confessar-me?
Nós também limpamos
bem as nossas casas, os nossos quartos,
pelo menos uma vez por semana,
mesmo que a sujidade
seja sempre a mesma.
Assim,
para vivermos com limpeza,
recomeçamos;
de outro modo,
embora talvez
a sujidade não se veja,
acumula-se.
Um processo semelhante
é também verdadeiro para mim.
ALGUMAS INDICAÇÕES
FUNDAMENTAIS
1. A “Primeira Comunhão”
não é a “última”
Pelo contrário: a 1ª Comunhão é o
“princípio de uma amizade para toda a vida”:
•
Amizade com Jesus
(“recebo Jesus e Jesus recebe-me a mim”);
«fica comigo» e «eu fico com ele»;
•
Familiaridade com a «comunidade de Jesus»:
a Igreja reúne-se cada domingo para se encontrar com
Jesus, à volta da Eucaristia; a Eucaristia é um
compromisso “irrenunciável” para uma vida cristã
coerente e consciente; a Eucaristia é o coração do
domingo.
2. A Primeira comunhão pressupõe…
- o desejo de comungar Cristo e o seu Corpo
(ora, “o Corpo de Cristo” é a Igreja);
- a intenção de “permanecer” nessa amizade
com Jesus
- o compromisso de participação fiel da Missa
Dominical;
3. É uma Festa de todos
A Primeira Comunhão: não é um acto de
“piedade individual”;
A 1ª Comunhão não é importante só para a criança:
- é importante para a comunidade cristã
onde ela se integra;
- é importante para a família,
para os pais e irmãos, chamados a integrar-se com ela.
4. Uma festa do coração
A forma por excelência de comunhão
com os vossos filhos é “comungardes”
com eles no dia da comunhão e nos outros dias
(se não houver impedimento para isso:
os recasados, os casados civilmente,
os que estão em união de facto não podem
comungar); esta é uma “festa do coração”…
é preciso prepará-lo: reconciliação.
5. Não é ex-comunhão
A 1ª Comunhão
não pode ser um gesto de “ex-comunhão”.
Quem está à espera da “primeira comunhão”
para se “ver livre” da Igreja, não deve comungar.
Essa comunhão é verdadeiramente uma
“ex-comunhão”, uma ofensa grave contra Cristo
e o seu Corpo que é a Igreja!
É mesmo uma profanação
do carácter sagrado da Eucaristia;
6. Iniciar à celebração
da Eucaristia
É preciso “iniciar” a criança na Eucaristia,
também pelo «hábito» de estar e de nela participar.
Algumas das crianças denotam total “desentendimento”
da estrutura e do sentido da celebração,
precisamente pela falta de “prática”.
É preciso trazê-los, estar com eles,
explicar-lhes, tanto quanto se pode fazê-lo;
7. O acto de comungar
Nunca é de mais lembrar:
- a Hóstia é feita de pão de trigo sem fermento e água; não é
doce;
- a Hóstia comunga-se “comendo” e não “engolindo”;
- os meninos comungam da forma mais comum “pela boca”;
- a Hóstia não se destina a alimentar o “estômago”, mas é
alimento da “alma”, do “coração”, se quiserem;
- Na Hóstia consagrada na Missa, manifesta-se a presença real e
substancial de Jesus ressuscitado. É o modo por excelência da
presença de Jesus. Não se brinca com a Hóstia!
Pais divorciados
• 1. Lembre-se de que se trata da festa do seu filho. Nos assuntos
espinhosos procure olhar o problema com os olhos do seu filho. Pode
ser que, desse modo, se aproxime de uma solução.
• 2. Como o seu filho já é crescido, pode dar algumas ideias sobre como
entende o dia da sua festa. A ele cabe também exprimir a opinião
sobre quem deve ser convidado, por exemplo, os padrinhos, os avós,
parentes da família do pai ou da mãe separados. Será possível aceitar
os desejos do seu filho?
• 3. Pode ser generoso? Está preparado para aceitar e tolerar os
projectos, as ideias, os desejos do seu filho, bem como os da outra
parte? Está disposto a dominar-se, pondo de lado ressentimentos,
feridas e queixas, para não estragar a alegria do seu filho?
• 4. Está preparado para reconhecer o que há de positivo na outra parte
separada?
• 5. Que grau de convivência é possível, por causa do seu filho, sem que
se crie nenhum conflito?
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ENCONTRO DE REFLEXÃO - Paróquia Nossa Senhora da Hora