O NACIONALDESENVOLVIMENTISMO 1945-1967 Contexto internacional: Pós-Guerra: (1945) - Grande crescimento econômico sob a hegemonia dos EUA; - Expansão das multinacionais. - Investimentos norte-americanos para reconstrução da Europa e Japão, devastados pela guerra. No Brasil: Aliado dos EUA na guerra. Área de influência dos EUA; Projeto de desenvolvimento nacional; Fim do Estado Novo. No Brasil (contexto político) Redemocratização: participação do Exército e da Aeronáutica na guerra; Reivindicação por eleições (intelectuais). Vargas conduziu o processo de redemocratização; criou partidos (PTB, PSD); recolocou o PCB na legalidade. Apoio de Prestes e do PCB cria temor nas Forças Armadas -> derrubada de Vargas e seu impedimento de participar das eleições. Contexto político: Eleições em 1945 – candidatos: Eurico Gaspar Dutra (PSD-PTB); Brig. Eduardo Gomes (UDN – oposição) Yedo Fiúza (PCB). 1946 – Nova constituição Gov. Dutra = 1946-51. 2o. Governo de Vargas: 1951: Vargas é conduzido ao poder através de eleições. Debate no período: Liberalismo x | Abertura ao capital internacional; controle da inflação nacionalismo | desenvolv. capital nacional Projetos conflitantes: Qual é o caminho do desenvolvimento? Capital nacional com intervenção estatal Associação do capital nacional com o capital estrangeiro. Tese da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe – ONU): os investimentos são insuficientes para o desenvolvimento da América Latina; há necessidade de planejamento estatal. Projeto vitorioso: intervenção estatal e associação com o capital estrangeiro. 2o. Governo Vargas: O nacionalismo: Criação do BNDE – 1952 Criação da Petrobrás – 1953 Criação da Eletrobrás Queda dos preços do café. Fim do governo Vargas: Aumento de 100% no salário mínimo. João Goulart é Ministro do Trabalho. Oposição da UDN. Carlos Lacerda, líder oposicionista, é ferido em atentado; o acusado é chefe da guarda pessoal de GV. Agosto de 1954 – Suicídio de Vargas. Sucessão de Vargas: Vice – Café Filho assume (1954-55). Eleições. Candidatos: JK (PSD/PTB) Juarez Távora (UDN) Ademar de Barros (SP). JK vence as eleições. O Governo JK (1956-60) “50 anos em 5” “Energia e transporte”. Política de industrialização favorável ao capital privado. Privilégio do setor de bens de consumo duráveis. Urbanização; novos padrões de consumo; aumento da demanda por produtos industrializados. Atração de capitais estrangeiros. Recuperação da Europa; criação da Comunidade Econômica Européia (atual U.E.). Modelo de desenvolvimento – tripé: Capital privado | Bens de consumo não duráveis Capital estatal Capital estrang. | | Bens de produção Bens de consumo duráveis PLANEJAMENTO ESTATAL PLANO DE METAS: “Mais sólida decisão para a industrialização do país” 12.169 km. de rodovias construídas. 7.215 km. de rodovias pavimentadas. Rodovias federais passam de 22.250 km. para 35.419 km. Articulação dos sistemas rodoviários federal, estadual e municipal com eixo no Centro-Sul. PLANO DE METAS: Rodovias de penetração ligando o Norte e o Sul. Energia elétrica = capacidade de 3 milhões de KW (1955); 5 milhões de KW (1961). Aumento na produção de petróleo (2 milhões para 30 milhões de barris) Aumento na produção de aço. PLANO DE METAS Aumento de empresas estatais (30 para 45). A produção industrial ultrapassa a agricultura (p. 85). Crescimento econômico de 7% ao ano. Incentivo aos investimentos estrangeiros. Crescimento da ind. de bens de consumo duráveis. Recursos do Plano de Metas: Tesouro Nacional. Recursos externos. Capital produtivo – indústrias multinacionais. Consequências: Concentração de capital e firmas. Inflação. Dívida externa. Concentração de renda. Burocracia estatal. Crise econômica (1962). Contradições do modelo: Discurso nacionalista. Abertura econômica / associação com capital estrangeiro. Setor agrário tradicional x setor urbanoindustrial moderno. Engajamento da sociedade no processo do “capitalismo nacional” (e a abertura da economia?). Prioridade federal para a indústria com recursos provenientes da agricultura. O território: Instrumento e produto do “capitalismo nacional”; Urbanização como base da industrialização. Prioridade federal à infra-estrutura industrial. Concentração de investimentos governamentais no Sudeste. Localização das corporações estrangeiras na Grande São Paulo. Declínio da importância do Rio de Janeiro (concentração de empresas estatais). Início do planejamento regional (criação da SUDENE EM 1959). O território: Criação de Brasília (1960). Significados: Simbólico: Político: Econômico: Construção de um “novo Brasil” Isolamento do poder central das pressões sociais. Localização estratégica entre litoral e sertão, Áreas dinâmicas e despovoadas; convergência de rodovias de acesso. O território: Fim da estrutura de arquipélago para uma estrutura “centro-periferia”. Referências bibliográficas: BECKER e EGLER. Brasil- uma nova potência regional na Economia-Mundo. Rio de Janeiro: Bertrand-Brasil, 2003. COSTA, W.M. O Estado e as políticas territoriais no Brasil. São Paulo: Contexto, 2001. www.wikipedia.org/CEPAL