Educação na república brasileira Revolução de 1930 – O primeiro período de Vargas finalizando o ciclo de governo das oligarquias cafeeiras, Getúlio Vargas* chega ao poder à frente da Revolução de 30 * Estadista brasileiro, líder revolucionário, ditador, presidente da República. Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, permanecendo por quinze anos no poder. Seu governo se caracterizou pelo nacionalismo e populismo. Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história: "Deixo a vida para entrar na História" no campo educacional, a presença de reformadores da década anterior na administração do ensino viabiliza o surgimento de um sistema de ensino articulado sob a égide do governo federal é criado em 1930 o Ministério da Educação e Saúde, que tinha como um de seus objetivos tornar o Estado presente nos assuntos relacionados à educação popular, acabando com sua postura alheia aos problemas da educação de até então. Seguindo esta tendência, são realizadas as reformas do ensino universitário e secundário pelo Ministro da Educação Francisco Campos em 1934, a nova Constituição trouxe um capítulo que trata especificamente da educação. Definiu-se a educação enquanto direito de todos, a obrigatoriedade da escola primária, a gratuidade do ensino primário entre outras determinações documento relevante na tomada de consciência da defasagem em que se encontrava a educação brasileira frente às exigências do desenvolvimento foi o Manifesto dos Pioneiros assinado em 1932 e que defendia a educação como instrumento de reconstrução nacional, a educação pública obrigatória e laica, a educação adaptada às características regionais e aos interesses dos alunos, e também a formação universitária de todos os professores, mesmo os do ensino primário todavia, apesar dos avanços alcançados, algumas ressalvas devem ser feitas, principalmente quanto ao ensino fundamental que é relegado a um segundo plano e a formação dos professores que acaba por não se concretizar Estado Novo – 1937 a 1945 como reação a um suposto golpe comunista para assumir o controle do país, Getúlio Vargas em 1937, com o apoio das Forças Armadas cancela as eleições, fecha o Congresso e torna-se ditador centralizando todos os poderes é elaborada uma nova Constituição, de caráter autoritário que tornava o presidente a autoridade máxima do Estado com poderes para dissolver o Congresso, nomear interventores para os Estados e instituir a censura prévia nos meios de comunicação obedecendo a nova estrutura da sociedade, a educação passou por mudanças que refletiram o período ditatorial. O direito de todos à educação deixa de ser letra constitucional expressa, ou seja, o que na Constituição de 1934 era um dever do Estado, na Constituição de 1937 torna-se uma ação meramente supletiva a partir de 1942, o ministro da educação Gustavo Capanema dá início, de forma parcial, as reformas do ensino. Reformas estas que, condizentes com o clima de centralização política exacerbada apresentava normas rígidas, com currículos e programas impostos a todos os sistemas e estabelecimentos chama atenção a continuidade do sistema dual do ensino, em que os estudantes oriundos dos estratos médios e altos cursavam o ensino secundário que os conduziria à Universidade, enquanto as classes populares buscavam o ensino profissionalizante. Organizado desta forma o sistema educacional transforma-se em perpetuador da discriminação social