Observação geral: o trabalho revela um apreciável esforço de pesquisa sobre o tema e, em especial, a tentativa de comentar/analisar por palavras próprias um aspecto concreto, formulado, alías, de forma clara; são também respeitados no essencial os requisitos formais do texto científico, ainda que com algumas deficiências (v. notas ao longo do texto) Porém: as observações críticas feitas pelo autor, embora suportadas com fontes credíveis (palavras do próprio Warhol), são demasiado Licenciatura em Design fragmentárias, não sendo formuladas ou aprofundadas o suficente para se perceber ou, então, provar a afirmação inicial. História da Arte e da Técnica Teria talvez sido preferível focalizar a atenção apenas num dado aspecto da dimensão gráfica da obra do autor estudado, como também, a outro nível, a fundamentação teórica poderia ser um pouco mais consistente, ou, pelo menos, explicitada; por fim a Conclusão deveria espelhar mais nitida e completamente o essencial do esforço de análise feito pelo autor no «miolo» do trabalho. Para estas e outras sugestões de melhoria, V. ainda outros comentários ao longo do texto. Tal como está: 14 valores. Andy Warhol ‘Latas de sopa Campbell: Crítica ou Nostalgia?’ Luís Miguel Amaro Gonçalves 20110224 B2 Design Lisboa - 10/05/2012 1 Índice Introdução………………………………………………………………………………..……………….………………3 Andy Warhol Desde a nascença às Latas de Sopa Campbell / Garrafas de Coca-Cola……………………….4 Psicologia de Warhol 1.Retrato psicológico…………………………………………………………………………………………..………5 2.Sentido de Estética……………………………………………………………………………….…….……………6 Latas de sopa Campbell 1.Contextualização……………………….……………………………………..………………………………………7 2.Resistência à melancolia……………………………………………….……………………………….…………8 3.Cultura Campbell……………………………………………………………………………………..……………8-9 4.Técnicamente perfeito ou Calculista?......................................................................9-10 5.Desconstrução……………………..………………………………………………………….……………..………10 6.Caso das garrafas de Coca-Cola…………………………………………………….………..…………10-11 Conclusão…………………………………………………………………………………………………………………12 Bibliografia………………………………………………………………………………………………….………13-14 2 Introdução Neste trabalho pretendem-se abranger questões pertinentes associadas à complexidade de uma das obras de Andy Warhol, em específico o caso das ‘Latas de Sopa Cambell’. Pretende-se aprofundar o desenvolvimento escrito e prático deste caso artístico em particular , baseado num modelo de pesquisa académica e de observações/interpretações próprias, relativas à infinidade de teorias aplicadas à significação de um dos maiores artistas da vanguarda da Pop Art. Com o objectivo de ser este trabalho ser conciso e estimular o interesse pelo esclarecimento de dúvidas associadas ao tema, surge então o único e puro objectivo de partir para a resolução do problema: ‘Será o caso das Latas de sopa Campbell apenas uma mera representação gráfica do psicológico de Andy Warhol ou uma obra de arte possível de se comparar a outras com conotação de crítica social?’ A formulação pelo auotr do trabalho vai no sentido adequado ao texto científico; porém, faltaria ainda referir nesta Introdução (posto que brevemente): 1) descritivo sintético das secções do trabalho e o que se trata nelas; 2) indicar ainda, brevemente, quais as principais obras de referência ou materiais que serviram de base ao trabalho...aliás, tal como está também indicado no site na secção da metodologia... 3 Andy Warhol Desde a nascença às Latas de Sopa Campbell / Garrafas de Coca-Cola Andy Warhol (Nascido a 6 de Agosto de 1928, faleceu a 22 de Fevereiro de 1987) foi a figura mais emblemática do movimento de artes visuais dos anos 60, denominado ‘Pop Art’. Warhol projectava, criava, inovava e reinventava, era artista e realizador, filho de pais checoslovacos. Independentemente de geralmente o seu processo de criar ter sido algo vago e descontextualizado, Fig. 1 'Andy Warhol' lutou pelo sucesso como empreendedor e mestre em “escalada social”. O seu percurso académico começou no Instituo de Tecnologia de Pittsburgh, onde se licenciou em Design Pictórico em 1949. Seguiu para Nova Iorque onde começou por trabalhar como Ilustrador Comercial, sendo bem-sucedido na década que se seguiu. Assumidamente homossexual, viveu sempre descomplexado e despreocupado com a sua vida pessoal e sentimental, ainda que o começo do movimento da Libertação Gay tenha sido tardio. O seu estúdio pessoal denominado ‘The Factory’ era frequentado por pessoas de vida tipicamente boémia, desde celebridades de Hollywood a pessoas de status social elevado, quer pelas posses monetárias quer pelo seu reconhecimento artístico. Algo de intriguista surge com o desenvolver das suas capacidades e técnicas pessoais de se manter no activo como Ilustrador e Artista, sendo o seu trabalho já notório em 1962, quando exibe as primeiras pinturas das Latas de sopa Campbell e das garrafas de Coca-Cola. Estas não foram obras comuns meramente baseadas na representação gráfica de objectos e outros bens materiais, como representam todos os artistas ‘Pop Art’, apenas o estudo da psicologia de trabalho e Warhol poderá explicar em que contextos surgiram estas ilustrações. “O que é espectacular sobre este país é que a América começou a tradição onde os consumidores ricos compram basicamente as mesmas coisas que os consumidores pobres. Podes estar a ver televisão e ver um anúncio da Coca-Cola, sabes de imediato que o Presidente dos Estados Unidos bebe Coca-Cola, assim como a Liz Taylor, ou qualquer outra celebridade, logo tu também podes.” – (Warhol,Andy, 1975) Aqui e em outros casos mais abaixo no trabalho, falta a indicação da página!.. Teria valido a pena explicar melhor esta afirmação, dando uma interpretação pessoal... 4 frase cujo sentido é pouco claro... explicar melhor... Psicologia de Warhol 1. Retrato psicológico O meio em torno de Andy Warhol era de insegurança, egoísmo, avareza e hipocrisia, típicos termos que descrevem o ambiente nas ruas sobrelotadas de Nova Iorque. Para um típico artista americano já lhe é familiar conviver com o puro interesse de criar arte ou simplesmente definições de estética. Warhol não faz nada para contrariar este facto, nem se preocupa sequer com tanto, no seu livro autobiográfico de 1975 ‘The Philosophy of Andy Warhol’ chega inclusive a incluir excertos de conversas um tanto patéticas e ridículas entre artistas da mesma classe. A sua opinião raramente é imparcial a factos e provas, Warhol era inseguro e afirmava ter o que considerava serem problemas psicológicos graves, derivados da sua obsessão com o seu próprio espaço e zona de conforto. “Em certo ponto da minha vida, passados os anos 50, comecei a sentir que estava a ficar obcecado com os problemas de pessoas que conhecia. Um amigo que estava envolvido com uma mulher casada acabara de me confessar que era homossexual. Uma mulher que eu adorava estava a manifestar problemas de esquizofrenia. Nunca senti que tinha problemas, porque nunca os pude definir, mas eles estavam lá e eu agora sinto que os problemas dos meus amigos se alastraram a mim como se fossem germes.” - (Warhol,Andy, The Philosophy of Andy Warhol, 1975, Capítulo 1 – Love (Puberty), pág 23) Contradições e mais contradições, Warhol confessa na sua autobiografia que não é capaz de estar sozinho e precisa de estar rodeado de amigos ou um grupo grande de conhecidos, mas a sua capacidade de argumentar é estranhamente superficial e cínica. “Eu tenho ataques de ciúmes constantemente… Eu devo ser a pessoa mais ciumenta do mundo… Basicamente eu fico doido quando não posso ter a primeira escolha de tudo… Eu estou sempre a tentar comprar coisas simplesmente porque sou obcecado pelo facto de outras pessoas as poderem comprar também…” - (Warhol,Andy,The Philosophy of Andy Warhol, 1975, Capítulo 3 – Love (Senility), págs 49-50) Narrados estes factos é de salientar que todos eles tiveram um peso nas criações artísticas de Warhol, por mais inconscientes que tenham sido as influências psicológicas, ou até mesmo casos isolados de situações abstractas. Ele no fundo sabia mas não se dava conta. Esta parte do trabalho, com a revelação do mundo espiritual (pelo menos parte) de Warhol segundo as próprias palavras, começa de forma interessante e cria expectativas no leitor... para acabar de forma súbita sem se perceber a ligação com o que segue... 5 2. Sentido de Estética Warhol acreditava na beleza vista apenas de um ângulo, mas assim que começou a ilustrar percebeu que tudo é belo, visto de ângulos diferentes. Começou a procurar definições para o que via e a registá-las, no entanto perdeu-se naquilo que é criar arte agradável ao olho humano e design nu e cru, comercial e de vanguarda. “Eu oiço-me sempre a mim próprio dizendo: “Ela é linda”, “Ele é a definição de beleza!” ou “Que lindo!”, mas nunca sei do que estou a falar. Eu honestamente não sei o que é beleza. Isso deixa-me numa posição estranha. Será que a beleza vende?” (Warhol, Andy, The Philosophy of Andy Warhol, 1975, Capítulo 4 – Beauty, pág 71) Design e estética complementam-se, sendo mais fácil para Andy Warhol identificar isso como um factor para alcançar o sucesso e reconhecimento artístico, tudo o que o impedisse de fazer tal proeza era algo que o estorvava, algo que tinha sido lançado para o meio do seu caminho, e a culpa de alguém seria. Tendo em mente que Warhol procura a perfeição, ainda que nenhum ser mortal a consiga atingir, é necessário reflectir: Que necessidade tem ele de seduzir os críticos e apreciadores de arte de forma a convencê-los que a sua arte transparece conceitos, e não apenas uma imagem que o seu cérebro criou? A teia de artistas que trabalham no mesmo ramo é estranhamente gigante, cabe-lhes a responsabilidade social de manter a Fig. 2 'Ilustração de Andy Warhol' coesão da ideologia Pop-Art. “Quem se deverá considerar responsável se um robô matar alguém? A pessoa que construiu o robô, a que fabricou a faca, ou a que instalou no robô o programa de funcionamento? Será possível atribuir a responsabilidade moral a um erro de construção, de programação ou de produção? (…) Ou talvez ao inteiro complexo industrial, em última análise, ao inteiro sistema a que este complexo pertence?” (Flusser, Vilém, Uma filosofia do design, 2010, pág 71, linhas 12-20) ´ idêntica observação que a que foi feita para a parte anterior do trabalho: o texto é demasiado breve e fragmentado para se perceber as afirmações iniciais; dificuldade em ligar as citações de Warhol com estas... Teria valido a pena o autor ter tentado aprofundar mais o que escreve, ou, pelo menos, fornecer mais detalhes... 6 Latas de sopa Campbell 1. Contextualização A obra consiste em 32 latas de sopa Campbell (cada uma medindo 51x41cm) pintadas em telas individuais, representando cada uma os 32 tipos de sopa enlatada Campbell que estavam disponíveis nas prateleiras de qualquer supermercado dos Estados Unidos. Andy Warhol transformou um item regular da vida de qualquer americano numa peça de arte de alto valor comercial. Permanece na dúvida se Warhol queria apenas declarar que este tipo de alimentos estava já embutido na cultura americana, se queria afirmar que o período de stress económico pós-guerra estava finalmente a ser ultrapassado (devido à alimentação enlatada) ou se simplesmente pretendia fazer uma representação gráfica como artista. Fig.3 'Latas de sopa Campbell' A figura da lata de sopa de tomate da Campbell era o tipo de figura ideal para Warhol começar a fazer estudos e levantamentos de ideias sobre o meio que o rodeava. Refira-se que nunca antes desta época nos Estados Unidos o consumo de bens alimentar e de vestuário tinha sido tão grande, os produtos mais típicos de se encontrarem em casas americanas eram os exemplos práticos de uma indústria de bens comerciais que estavam a ser produzidos em massa a uma escala astronómica. No caso particular das Latas de sopa: a margem de lucro que a Campbell alcançou chegou aos 9 dígitos. O design gráfico básico dos rótulos que as identificava tornou-se um marco das maiores cadeias de supermercados na América, a capacidade de passar um conceito com pouca informação tocou na sensibilidade especial de Andy Warhol à estética. Esta sensibilidade era quase uma capacidade extra-sensorial de encontrar exemplos de relação entre design, publicidade, embalamento e venda directa ao público. “Designing the label with the Sales ‘Punch’” included the Campbell’s can as an item with “sales force” and “excellent example” of coordination between advertising and packaging” (K. Varnadoe, High & Low: Modern Art and Popular Culture, 1993, pág. 345). 7 2. Resistência à melancolia Sempre expressionista e abstracto: Warhol usava e abusava do seu poder de crítica para expressar a sua visão do que seria o futuro da vida moderna, para poder prever o futuro é necessário avaliar o presente e ter em conta emoções e energia. A sua arte diferenciava-o de todos os outros artistas pela sua capacidade de manipular e reproduzir os aspectos mais banais da sociedade, e só assim depois criticá-los. Permanece a dúvida de considerar ou não o caso das Latas de sopa Campbell o melhor exemplo da aplicação de uma crítica construtiva subentendida relativa ao consumismo dos Estados Unidos. “A própria arte de Andy Warhol cria uma antítese, surge o termo “Suicídio Artístico”, a reinvenção para a mítica frase irónica entre artistas “Ai como a arte mata a cultura hoje em dia…”. Trata-se de um bloco condensado de obras de arte de que as telas das Latas de sopa Campbell pintadas fazem parte.” (Stockstad, Marilyn, Art History, 2004, Capítulo 29, O Avant-Garde Internacional desde 1945, Pág. 1087) “Pode olhar-se para as coisas, pelo menos, sob duas perspectivas: observando e lendo. Se observarmos as coisas, vemo-las como fenómenos. (…) Quem quiser fazer progressos já não viaja sobre rodas, mas com asa(…)” (Flusser, Vilém, Uma filosofia do design, 2010, págs 131-132 , linhas 11-32) 3.Cultura Campbell O homem tem o poder de escolher que produtos realmente o convencem a gastar as poupanças de uma vida, quer seja em bens fúteis ou básicos. Por consequência do “over-use” de Warhol as latas de sopa enlatadas não se podem enquadrar em nenhuma categoria, deixaram de ser produtos consumíveis e passaram a ser objectos de marketing duro. O medo racional de relativizar a qualidade, porém, ainda é bastante presente, contribuiu para o desenvolvimento de uma estética global que dominava agora o mercado Americano. “Andy Warhol contribuiu talvez metade da sua moralidade como artista para a cultura da estética consumista Americana. Trata-se de o tipo de cultura que queima os neurónios de qualquer ser humano que queira ter dinheiro e fama, diga-se de passagem.” (Georger Ritzer, Universidade de Maryland, 2010) ‘Qualidades tangíveis’ consideravam os artistas da vanguarda Pop-Art quando se decidiam aglomerar e criticar o mercado Americano… neste período de tempo (Final dos anos 60) surgiam os grupos independentes britânicos. Fazendo uma retrospectiva deparamo-nos com problemas que não podiam ser evitados, as questões de Warhol 8 quanto à mecânica da sua crítica – Algo completamente ridículo já que este sempre esteve decidido e vincou o seu trabalho no campo artístico. Tudo o que pareciam ser problemas não solucionáveis para Andy Warhol, era nada mais nada menos do que uma tentativa de fugir às circunstâncias de se ser aplaudido. Embora ele estivesse na Ribalta, as suas informações ideias e citações invadiram a América. 4. Técnicamente perfeito ou Calculista? Desde que os seres humanos são seres humanos que se relacionam com o meio-ambiente que os rodeia, modificando-o. É a mão com o polegar, em oposição aos outros dedos, que caracteriza a existência humana no mundo. Andy Warhol foi implacável no que toca a uso de técnicas de pintura indiscriminadamente “brutas”. A sua Pop-Art varia dentro de um espectro de artistas que existe entre Monet e Caravaggio. Quando Warhol fez a sua experimentação de cor numa tela depressa percebeu que existiria muita variação de cor entre reprodução de telas, o que poderia jogar a seu favor quando adoptou uma pseudo-obcessão pelo processo de estampagem de imagens coloridas em telas brancas, técnica que veio a repetir em futuras obras. Fig. 5 ‘Obras de: Caravaggio; Chardin; Cezzane’ As suas variações de cor foram-se transformando, Warhol deixou-se intuitivamente levar pelas mutações psicadélicas de formas e tons que acabara de criar 9 entre transições de telas. Contrastando com os consensuais cestos de fruta de Caravaggio, os sóbrios pêssegos de Chardin, ou os arranjos de cor vibrantes de Cezzane, dominou a luz com a precisão ocular que um felino não tem. Directa ou indirectamente, Warhol cria claramente uma nova forma de apreciar arte. Em vez de se avaliar o espaço a 3 dimensões, incluindo o espaço exterior à obra de arte, dá-se valor ao processo técnico e/ou mecânico que levou o artista ao resultado final. Mas esta pequena revolução na forma de se fazer avaliar arte teve um avanço tardio no mercado europeu, descontextualizando completamente o caso das Latas de sopa Campbell nesse ponto do mundo. uma vez mais: a tese proposta neste parágrafo (sublinhada por mim), aparentemente promissora enquanto perspectiva de análise, não é aqui 5. Desconstrução suficientemente explicada para fazer inteiramente sentido no quadro do texto O trabalho de concepção de Warhol das Latas de sopa que Campbell segue... distribui-se em três grandes fases. A primeira teve lugar em 1962, na qual ele criou imagens e estudos realistas a lápis. Em 1965 volta a abordar os estudos que fez e altera as cores originais (Vermelho e Branco) por outras, incluindo semelhantes mas com opacidades diferentes. Já passados os anos 60, utiliza os últimos trabalhos de cor para reinventar e inverter o grafismos das latas que já concebeu e publicou. As tão conhecidas Latas Campbell – Por Andy Warhol – são as mundialmente reconhecidas da 1ª fase de estudos. 6. Caso das garrafas de Coca-Cola É conhecida pelo público em geral a publicação de pelo menos uma dezena de versões diferentes de representações gráficas de garrafas de Coca-Cola em telas. Mais epifania brutal de Worhol ou um mero vómito de crítica ao consumismo? A temporalidade das pessoas fala por si. As ditas telas foram (re)construídas em 1962, arte com a pura finalidade de representar igualdade democrática mundial. Um mero caso paralelo ao caso das Latas Campbell, uma obra a ser apreciada mas nunca em pé de igualdade com as poderosas 32 telas de sopa enlatada. Fig. 6 'Coca-Cola 210 Garrafas, 1962' 10 “Do ponto de vista da motivação e experimentação, com as garrafas de Coca-Cola por Andy Warhol, aquele projecto foi um acidente de percurso e uma micro experiência, se os americanos dessem o valor a esses testes da forma que deram às aclamadas sopas enlatadas sobre a forma de pintura sobre tela, iamse criar danos irreversíveis no mercado da arte Vanguardista” (Lee Rosenbaum, http://www.artsjournal.com, 29 Março 2009) 11 Conclusão Em 1960 os supermercados Americanos encontravam-se lotados de produtos enlatados. Qualquer um deles podia ganhar significação comercial na vida contemporânea americana. Qualquer pessoa podia analisar o mercado americano e chegar à “fantástica” conclusão que a produção em massa estava já banalizada. Mas ninguém se lembrou de fazer tais referências, quanto mais no ramo artístico onde poucos não eram os cépticos perante a Arte Moderna. Porquê Warhol? Porquê Sopa? Porque sim. Porque lhe apeteceu. Porque sopa sabe bem. Porque ela estava sempre disposta nas prateleiras mais baixas dos supermercados, de forma a permitir as crianças de a alcançar e colocar nos carrinhos de compras metálicos guiados pelos pais irresponsáveis, donos do seu nariz. a questão formulada nestes termos é válida e interessante. Porém, a resposta (enquanto resultado principal da análise non trabalho), embora espirituosa (i.e., com graça) e aceitável, digamos, num ensaio literário, é, aqui, manifestamente insuficiente: não explica nada, não propõe solução interpretativa nenhuma, o que é o objectivo de qualquer trabalho científico! 12 Bibliografia Bib. incompleta: «cadê» as referências às fontes das imagens reproduzidas? Suporte Analógico: - Warhol,Andy, The Philosophy of Andy Warhol, 1975, Mariner Books, Estados Unidos Varnedoe, Kirk, High & Low: Modern Art and Popular Culture, 1990, Museum of Modern Art, Estados Unidos Flusser, Vilém, Uma filosofia do design, 2010, Relógio de Água, Portugal ArtsJournal Weekly Express ref. incompleta! Suporte Digital: - http://www.artsjournal.com/issues.shtml - Crítica Jornalística sobre artes e artistas vanguardistas. - http://www.warhol.org/collection/art/ - Museu reservado a peças de Andy Warhol. - http://www.artelino.com/articles/andy_warhol.asp - Excerto biográfico fidedigno de Andy Warhol. - http://www.youtube.com/watch?v=okdjbW590sE - Apresentação da exposição de Andy Warhol no ArtScience Museum. - http://www.youtube.com/watch?v=c7jLRlr11QU - Documentário biográfico sobre Andy Warhol, 1987 (Parte 1). - http://www.youtube.com/watch?v=aYZcnx6X7pM - Documentário biográfico sobre Andy Warhol, 1987 (Parte 2). - http://www.youtube.com/watch?v=2w8DSmnxvCw - Documentário biográfico sobre Andy Warhol, 1987 (Parte 3). - http://www.youtube.com/watch?v=hSjkmIfO3-g - Documentário biográfico sobre Andy Warhol, 1987 (Parte 4). - A parte 5 do documentário de 1987 sobre Andy Warhol foi apagada da plataforma ‘Youtube’ no período de pesquisa deste trabalho por violação de direitos de autor por parte do uploader. - http://www.youtube.com/watch?v=Ux_BOwPoUek - Documentário biográfico sobre Andy Warhol, 1987 (Parte 6). - http://www.youtube.com/watch?v=U48cPca-sXk - Documentário biográfico sobre Andy Warhol, 1987 (Parte 7). - http://www.youtube.com/watch?v=cYwFf-bKHX8 - Documentário biográfico sobre Andy Warhol, 1987 (Parte 8). - http://www.youtube.com/watch?v=Ejr9KBQzQPM – Vídeo de Andy Warhol , filmado pelo próprio, comendo um conhecido tipo de hambúrguer americano, o ‘Whopper’, marca registada da cadeia de restaurantes Fast-Food ‘Burguer King’, com ketchup Heinz. Crítica ao Híper consumismo americano (Whopper / Heinz Ketchup). 13