Departamento de Engenharia Civil Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros - Tábua Relatório de Estágio apresentado para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil – Especialização em Construção Urbana Autor Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira Orientador Prof. Doutor Joaquim José de Oliveira Sousa Instituto Superior de Engenharia de Coimbra Coimbra, Dezembro, 2012 Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS A realização deste Estágio foi favorecida pela ajuda de várias entidades e pessoas, às quais não poderia deixar de manifestar os meus agradecimentos. Ao Prof. Doutor Joaquim José de Oliveira Sousa, Professor do Departamento de Engenharia Civil (DEC) do Instituto Superior de Engenharia Civil de Coimbra (ISEC), pelo seu apoio, orientação científica, incentivo, dedicação, paciência, disponibilidade do tempo e de equipamento. Agradeço o apoio do meu marido que realizou todas tarefas e visitas que lhe solicitei, mesmo durante os períodos noturnos, com muitas visitas ao reservatório e a alguns pontos do sistema de abastecimento de água. Agradeço igualmente toda a disponibilidade da Junta de Freguesia de Meda de Mouros, na pessoa do seu Presidente o Sr. João Moura e restantes elementos. Aos meus colegas e amigos, pelos momentos de convívio que me proporcionaram. A todos o meu sincero obrigado. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira Coimbra, Dezembro de 2012 Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira i Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira AGRADECIMENTOS ii Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros RESUMO RESUMO As perdas de água constituem uma das principais fontes de ineficiência das entidades gestoras de abastecimento de água. Sendo a Junta de Freguesia de Meda de Mouros a entidade gestora de um sistema de abastecimento de água, muito pouco eficaz e eficiente, surgiu a necessidade de proceder à implementação de um conjunto de medidas no sentido de melhorar o desempenho do referido sistema. Foi assim que surgiu o interesse de realizar este estágio na Junta de Freguesia de Meda de Mouros, tendo envolvido uma fase de levantamento do cadastro do sistema inicialmente existente, a tomada de decisões sobre quais as medidas a implementar, a concretização dessas medidas e avaliação final do desempenho do sistema de abastecimento de água. Perante o exposto, este estágio teve como objetivo poder pôr em prática um controlo operacional que permitisse à entidade gestora do sistema de abastecimento de água a distribuição de água com a qualidade adequada ao consumo humano, minimizando os riscos para a saúde pública, cumprindo com o disposto na legislação em vigor aplicável, diminuindo os custos e melhorando a satisfação dos consumidores. Dada a atual situação económica, não foi possível à entidade gestora pôr em prática todas as medidas sugeridas. Assim, para além das medidas implementadas, foram propostas outras como medidas a implementar logo que haja disponibilidade dos recursos financeiros necessários, o que se espera vir a ocorrer num futuro próximo. PALAVRAS CHAVE: Controlo de perdas de água; Monitorização de caudais noturnos; Localização de fugas. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira i Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira RESUMO ii Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros ABSTRACT ABSTRACT Water loss is one of the main sources of inefficiency of water supply managing bodies. Being “Junta de Freguesia de Meda de Mouros” the managing body of a not very effective and efficient water supply system, the need to implement a set of measures in order to improve the performance of the mentioned system came out. This was the reason why the interest in holding this traineeship at the “Junta de Freguesia de Meda de Mouros” arose. It implied several stages - the survey of the registration of the initially existing system, the decision making on what measures to implement, the achievement of those measures and the final evaluation on the performance of the water supply system. In this context, this traineeship aimed at putting into practice an operational control which would allow the water supply system managing body to distribute the appropriate quantity of water to human consumption, reducing the risks to human health, complying with the legislation in force, reducing costs and improving the consumer’s satisfaction. Given the current financial situation, it was not possible to the managing body to put into practice all the suggested measures. Thus, in addition to the implemented measures, some others were suggested to implement as soon as the financial resources allow, which is hoped to happen in a near future. KEYWORDS: Water loss control; Night flow monitoring; Location of leaks. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira ii Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros ÍNDICE ÍNDICE AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................... I RESUMO ............................................................................................................................................................. I ABSTRACT .......................................................................................................................................................II ÍNDICE................................................................................................................................................................. I ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................................... IV ÍNDICE DE QUADROS .............................................................................................................................. V ACRÓNIMOS................................................................................................................................................ VII SIGLAS .......................................................................................................................................................... VIII CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 1.1. Motivação do Estágio ....................................................................................................................................... 1 1.2. Estrutura do Relatório....................................................................................................................................... 3 CAPÍTULO 2 - CARATERIZAÇÃO DO SISTEMA 2.1. Enquadramento Geográfico .............................................................................................................................. 5 2.2. Evolução Histórica ........................................................................................................................................... 7 2.3. Caraterização dos Consumos ............................................................................................................................ 8 2.4. Tarifário Praticado .......................................................................................................................................... 10 2.5. Controlo Operacional no Sistema Inicial ........................................................................................................ 10 2.6. Caraterização do Sistema Inicial .................................................................................................................... 11 2.6.1. Elementos do Sistema Inicial ........................................................................................................... 11 2.6.1.1. Captação ............................................................................................................................. 12 2.6.1.2. Adução/Distribuição .......................................................................................................... 13 2.6.1.3. Armazenamento ................................................................................................................. 14 2.6.1.4. Distribuição ........................................................................................................................ 15 CAPÍTULO 3 - PROPOSTAS DE MELHORIA NO SISTEMA 3.1. Propostas de Melhoria .................................................................................................................................... 19 3.1.1. Sistema de Adução/Distribuição ...................................................................................................... 19 3.1.2. Tubagem em Fibrocimento na Rede................................................................................................. 19 3.1.3. Fugas em Ramais ............................................................................................................................. 20 3.1.4. Antiguidade dos Contadores ............................................................................................................ 20 3.1.5. Dificuldade em Seccionar a Rede .................................................................................................... 20 3.1.6. Falta de Desinfeção da Água ............................................................................................................ 21 3.1.7. Falta de Correção do pH da Água .................................................................................................... 21 3.1.8. Falta de Monitorização de Caudais .................................................................................................. 21 CAPÍTULO 4 - MELHORIAS CONCRETIZADAS NO SISTEMA 4.1. Melhorias Concretizadas ................................................................................................................................ 23 4.1.1. Rede com Adução/Distribuição e Tubagem em Fibrocimento ......................................................... 23 4.1.2. Execução de Novos Ramais ............................................................................................................. 26 4.1.3. Substituição de Contadores .............................................................................................................. 27 4.1.4. Substituição de Caixas de Contador ................................................................................................. 28 Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira i Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros ÍNDICE 4.1.5. Aplicação de Órgãos de Manobra na Rede ....................................................................................... 28 4.1.6. Desinfeção e Correção do pH da Água ............................................................................................. 32 4.1.7. Controlo de Caudais na Rede ........................................................................................................... 34 4.1.8. Ensaios de Pressão na Rede .............................................................................................................. 34 4.1.9. Lavagem e Desinfeção das Condutas ............................................................................................... 35 4.1.10. Análises Realizadas à Água ............................................................................................................ 35 CAPÍTULO 5 - AVALIAÇÃO DA REDE APÓS AS MELHORIAS 5.1. Controlo Operacional no Sistema Final .......................................................................................................... 37 5.2. Controlo de Caudais ....................................................................................................................................... 37 5.3. Medição Zonada ............................................................................................................................................. 38 5.4. Medição de Caudais Noturnos ........................................................................................................................ 38 5.5. Medição Zonada e Medição de Caudais Noturnos ......................................................................................... 39 5.5.1. Definição de Zonas de Medição e Controlo ..................................................................................... 39 5.5.2. Registo de Caudais Noturnos ........................................................................................................... 40 5.6. Localização de Fugas ...................................................................................................................................... 42 5.6.1. Método da Sondagem Acústica ........................................................................................................ 42 5.6.2. Sondagem Acústica Realizada na Rede ............................................................................................ 42 5.6.3. Reparação de Roturas ....................................................................................................................... 45 CAPÍTULO 6 - SUGESTÕES DE MELHORIA FUTURA 6.1. Substituição e Aplicação de Contadores ......................................................................................................... 47 6.1.1. Substituição de Contadores .............................................................................................................. 47 6.1.2. Aplicação de Contadores .................................................................................................................. 47 6.2. Manutenção do Reservatório .......................................................................................................................... 48 6.3. Controlo de Pressões na Rede ......................................................................................................................... 48 6.4. Sistema de Telegestão ..................................................................................................................................... 48 CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES CAPÍTULO 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXO I - PEÇAS ESCRITAS ANEXO II - PEÇAS DESENHADAS ANEXO II.1 - PLANTA DO SISTEMA INICIAL ANEXO II.2 - 2.1 - PLANTA DA CONDUTA ADUTORA FINAL ANEXO II.2 - 2.2 - PLANTA DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO E SETORIZAÇÃO DA REDE: S1 E S2 Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira ii Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira ÍNDICE iii Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água ÍNDICE DE QUADROS ÍNDICE DE FIGURAS Figura 2.1: Freguesias do Concelho de Tábua ........................................................................................................ 5 Figura 2.2: Brasão da freguesia de Meda de Mouros ............................................................................................. 6 Figura 2.3: Primeiro reservatório de água de Meda de Mouros ............................................................................... 7 Figura 2.4: Edifício de apoio da captação .............................................................................................................. 12 Figura 2.5: Quadro elétrico de controlo da bomba ................................................................................................ 12 Figura 2.6: Reservatório elevado existente ............................................................................................................ 14 Figura 2.7: Contadores existentes .......................................................................................................................... 17 Figura 4.1: Tubagem existente em fibrocimento ................................................................................................... 25 Figura 4.2: Tubagem aplicada e união por eletrofussão ........................................................................................ 25 Figura 4.3: Braçadeira utilizada ............................................................................................................................. 26 Figura 4.4: Acessórios aplicados em latão ............................................................................................................. 26 Figura 4.5: Contador Aquadis Plus aplicado ......................................................................................................... 27 Figura 4.6: Tipo de tampas aplicadas .................................................................................................................... 28 Figura 4.7: Válvulas de cunha elástica aplicadas na rede ...................................................................................... 29 Figura 4.8: Válvulas de cunha aplicadas na câmara de manobras do reservatório ................................................ 29 Figura 4.9: Boca de incêndio aplicada em marco ................................................................................................. 30 Figura 4.10: Boca de incêndio aplicada em passeio ............................................................................................. 31 Figura 4.11: Ventosa aplicada na rede .................................................................................................................. 32 Figura 4.12: Sistema de tratamento instalado ....................................................................................................... 33 Figura 4.13: Caudalímetros instalados .................................................................................................................. 34 Figura 5.1: Caudalímetro da distribuição (S1) ...................................................................................................... 40 Figura 5.2: Caudalímetro da distribuição (S2) ...................................................................................................... 41 Figura 5.3: Equipamento Digital Primayer Mikron ............................................................................................... 43 Figura 5.4: Equipamento Digital Primayer Leak Sizer .......................................................................................... 44 Figura 5.5: Utilização da vareta de escuta em ramais ............................................................................................ 44 Figura 5.6: Utilização do equipamento de escuta na conduta ................................................................................ 44 Figura 5.7: Fuga localizada num ramal .................................................................................................................. 45 Figura 5.8: Fuga reparada ...................................................................................................................................... 45 Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira iv Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água ÍNDICE DE QUADROS ÍNDICE DE QUADROS Quadro 2.1: Resumo de consumos faturados ........................................................................................................ 10 Quadro 2.2: Resumo do tarifário ........................................................................................................................... 10 Quadro 2.3: Resumo dos troços, materiais e diâmetros da rede inicial ................................................................. 15 Quadro 4.1: Indicação de volumes da solução de hipoclorito de sódio ................................................................. 35 Quadro 5.1: Registo de leituras no caudalímetro instalado na adutora .................................................................. 37 Quadro 5.2: Registo de leituras no caudalímetro instalado na conduta de distribuição......................................... 37 Quadro 5.3: Registo de caudais noturnos (S1) ...................................................................................................... 40 Quadro 5.4: Registo de caudais noturnos (S2) ...................................................................................................... 41 Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira v Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira ÍNDICE DE QUADROS vi “Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água” Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira ACRÓNIMOS vi Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros SIMBOLOGIA SIMBOLOGIA PE – Polietileno PN – Pressão Nominal DN – Diâmetro Nominal PEAD – Polietileno de alta densidade PVC – Policloreto de vinilo FF – Ferro Fundido FFD – Ferro Fundido Dúctil Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira vii Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água a Meda de Mouros Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira SIMBOLOGIA viii Controlo de Perdas no Sistema de Abastecimento de Águas a Meda de Mouros ABREVIATURAS ABREVIATURAS ERSAR – Entidade Reguladora dos Sistemas de Águas e Resíduos ZMC – Zona de Medição e Controlo Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira viii CAPÍTULO I 1. INTRODUÇÃO 1.1. Motivação do Estágio No âmbito da frequência do Mestrado em Engenharia Civil, Especialização em Construção Urbana, uma das unidades curriculares do segundo semestre foi a de Hidráulica Urbana. Além de ser a área onde desenvolvo a minha atividade profissional é uma das áreas pela qual tenho mais interesse dentro do mundo da Engenharia Civil. Para além da minha atividade profissional sou também membro da Assembleia da Junta de Freguesia de Meda de Mouros. Assim dentro da área da minha preferência e interesse, aliando este fator à utilidade de poder aplicar num caso prático os ensinamentos que resultam da minha atividade profissional e dos conhecimentos adquiridos na unidade curricular mencionada decidi, depois de obter autorização para tal, desenvolver o meu estágio na Junta de Freguesia de Meda de Mouros, o trabalho desenvolvido está assim espelhado no relatório que agora apresento. Na minha escolha esteve também o interesse adquirido por uma nova área que foi desenvolvida na unidade curricular de Hidráulica Urbana, nomeadamente o Controlo de Perdas em Sistemas de Distribuição de Água. Para além de todos os argumentos apresentados, não posso deixar de referir o mais importante de todos que é o de pôr em prática todos os esforços para implementar medidas que têm como objetivo a poupança de um recurso tão essencial e escasso como a água. Sendo a água uma substância mineral que é essencial à vida de todos os seres humanos, e tendo em conta que a gestão da água nem sempre é a mais adequada, podem as entidades gestoras com a adoção de políticas de gestão erradas pôr em causa o futuro de um bem que é de todos. Assim, todos os esforços e investimentos neste sentido são também esforços e investimentos num futuro com acesso a água em quantidade e qualidade que se querem adequadas a cada tipo de consumo. Sendo a água um recurso natural a tendência é pensar que ela nunca se esgota, ideia de todo errada e que pode conduzir a condutas danosas, que põem em causa a futura disponibilidade deste recurso. É necessário sensibilizar os agentes que intervêm na exploração e manutenção dos sistemas para a urgente necessidade de eliminar as perdas melhorando os sistemas que se encontram degradados, aumentando também a qualidade do serviço prestado aos clientes. Para além da dimensão ambiental que as perdas implicam, no que se refere à entrada em vigor da Diretiva Quadro da Água, para além de outras obrigações a Diretiva impõe o princípio da recuperação total de custos dos serviços prestados, o que certamente se irá refletir no aumento dos tarifários da água de modo a cobrir as ineficiências dos sistemas. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 1 Introdução As perdas de água assumem também uma vertente de saúde pública. Cada vez que ocorre uma rotura o risco de contaminação da água está presente pelo facto de potenciar a entrada de substâncias estranhas para o interior das condutas. Estando perante um “sistema verticalizado”, ou seja não existe para o sistema em questão uma entidade gestora do serviço “em alta” e outra do serviço “em baixa”, a Junta de Freguesia é a entidade gestora de todo o Sistema de Abastecimento de Água, desde a captação até ao ramal dos clientes. Um fator que poderia ser uma vantagem, também se converte em desvantagem uma vez que a Junta de Freguesia tem de manter e explorar um sistema de forma autónoma com um número cada vez mais reduzido de consumidores e cujos consumos tendem a diminuir. Assim por tudo o que foi exposto, e nesta época de crise que o país atravessa, é cada vez mais necessário pensar na vertente económico-financeira das perdas, uma vez que a componente das perdas aparentes não gera faturação, mas implica à mesma custos, quanto melhor for o desempenho económico da entidade gestora, menores custos terá o sistema de suportar, o que permitirá a adoção de tarifários menos “penalizadores” para os seus clientes. A água é assim um fator essencial para o desenvolvimento sócio-económico, e, sendo um recurso estratégico e estruturante, há necessidade de garantir uma elevada eficiência no seu uso, contribuindo para a sustentabilidade dos recursos naturais. Para além da questão quantitativa está também a questão qualitativa, é necessário assegurar o fornecimento de água com a qualidade para que esta possa ser destinada ao consumo humano, perder água tratada é não só desperdiçar recursos naturais mas também económicos. O objetivo é poder assim contribuir para servir de forma regular e contínua, a população residente, com um elevado nível de serviço, a um preço socialmente aceitável e justo, e dentro de um perspetiva ambientalmente sustentável e de salvaguarda da saúde pública. Este trabalho foi desenvolvido tendo em conta as orientações e indicações da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e também de alguns dos seus técnicos que se deslocaram à Freguesia de Meda de Mouros com vista a colaborar na definição de propostas de melhoria no abastecimento de água. O principal objetivo deste estágio é, de forma resumida, elaborar e pôr em prática um controlo operacional que permita cumprir tudo o que já foi atrás exposto, sem nunca esquecer o disposto na legislação aplicável e em vigor. 2 CAPÍTULO I 1.2. Estrutura do Relatório O relatório de estágio é constituído por sete capítulos, cuja estrutura e conteúdos se descrevem de seguida. No capítulo 1, denominado de introdução, faz-se um enquadramento relativamente ao tema abordado no estágio, apresentam-se quais os objetivos a atingir e desenvolve-se um resumo da organização do presente relatório de estágio. No capítulo 2, denominado de caraterização do sistema, faz-se um enquadramento geográfico da Freguesia de Meda de Mouros, faz-se um resumo da evolução histórica que o sistema de abastecimento de água sofreu ao longo dos anos, faz-se uma caraterização dos consumos, apresenta-se um resumo do tarifário praticado, bem como do controlo operacional existente no sistema inicial. Neste capítulo carateriza-se cada um dos elementos do sistema inicial: captação, adução/distribuição, armazenamento e distribuição. No capítulo 3, denominado de propostas de melhoria no sistema, faz-se a apresentação de uma proposta de melhoria para cada uma dos problemas identificados, e tratados, no sistema de abastecimento de água. No capítulo 4, denominado de melhorias concretizadas no sistema, faz-se a apresentação das melhorias concretizadas, ou executadas no terreno, para cada um dos problemas identificados, e tratados, no sistema de abastecimento de água. No capítulo 5, denominado de avaliação da rede após as melhorias, faz-se a apresentação do tipo de controlo operacional que foi realizado no terreno depois de concretizadas as melhorias. Apresenta-se o controlo realizado aos caudais, medição zonada e medição de caudais noturnos, apresenta-se o método de sondagem acústica utilizado para a localização de fugas na rede. Por fim faz-se a caraterização das fugas detetadas e o seu tratamento. No capítulo 6, denominado de sugestões de melhoria futura, faz-se a sugestão de um conjunto de medidas que deverão ser implementadas num futuro próximo e que apenas não foram implementadas, nesta fase de concretização de melhorias, por questões financeiras. No capítulo 7, denominado de conclusões, faz-se uma síntese do estágio decorrido na Junta de Freguesia de Meda de Mouros, bem como das conclusões e ensinamentos adquiridos com o referido estágio, vantagens para a entidade e gestora e para mim durante a frequência do mesmo. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 3 Introdução 4 CAPÍTULO II 2. CARATERIZAÇÃO DO SISTEMA 2.1. Enquadramento Geográfico A Freguesia de Meda de Mouros, pertence ao Concelho de Tábua e ao Distrito de Coimbra. O Concelho de Tábua é composto atualmente por quinze freguesias (Figura 2.1), sendo a Freguesia de Meda de Mouros uma delas, que, apesar de ser uma das mais pequenas em área é uma das pioneiras na edificação de património construído e infraestruturas, sendo que uma das infraestruturas em que a Freguesia foi pioneira foi precisamente o Sistema de Abastecimento Público de Água. Figura 2.1: Freguesias do Concelho de Tábua Meda de Mouros tem uma área de 7.77 quilómetros quadrados, e assenta num planalto situado à direita do rio Alva que delimita os Municípios de Tábua e de Arganil. Meda de Mouros é ladeada pelas serras da Lousã, da Estrela e do Caramulo, e localiza-se a onze quilómetros de Tábua, sede do Município, e a cerca de sessenta quilómetros de Coimbra, sede do respetivo Distrito. Possuía no ano de dois mil e um uma população residente de duzentos e vinte e dois habitantes, tendo reduzido para duzentos e treze em dois mil e onze. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 5 Introdução Pertenceu ao senhorio dos Bispos de Coimbra, tendo sido desmembrada de Coja pelo fim do século XVI. No século XIX mudou duas vezes de concelho, de Coja até 1853, e de Arganil, em seguida, e em 1855 passou definitivamente para o de Tábua. Carateriza-se por ser uma Freguesia rural, onde existe alguma agricultura de subsistência, conhecida por ser uma Freguesia de padeiros e pasteleiros, onde existiu e ainda existe uma padaria e pastelaria que formou muitos outros padeiros e pasteleiros. Também se conhece a tradição da cultura do linho e sua confeção, existindo um Museu Etnográfico, onde foi colocado um dos últimos teares existentes. A ordenação heráldica do brasão (Figura 2.2), da bandeira e do selo da freguesia foi publicada em folha oficial, mais concretamente no Diário da República, III série, nº 106, de 1 de Junho de 2006. Figura 2.2: Brasão da freguesia de Meda de Mouros 6 CAPÍTULO II 2.2. Evolução Histórica A Freguesia de Meda de Mouros foi pioneira em várias áreas e na realização de várias obras, como já aqui foi referido, sendo uma delas o sistema de abastecimento de água. Segundo dados históricos, foram realizadas na aldeia várias fontes e poços públicos em pontos do terreno onde detetaram a existência de nascentes naturais. Em mil novecentos e treze, ano de intensa seca, começou a água a escassear, e a Junta da Paróquia proibiu os proprietários dos poços privados, junto das fontes públicas, de regarem com a água deles as suas culturas. Em mil novecentos e vinte e seis foi constituída uma Comissão, que mais tarde com a ajuda de uma subscrição pública e da Câmara Municipal de Tábua iniciou a obra do sistema de abastecimento público de água, arrojada para a época, facilitada pela virtude de a aldeia já dispor de rede pública de eletricidade. A obra implicou a captação de água num poço situado a uma cota de setenta metros abaixo do ponto mais alto da localidade e a mais de um quilómetro de distância do local do reservatório. Na mesma obra foi construído um reservatório no centro da povoação que recebia a água e de onde se iniciava a distribuição por vários chafarizes implantados por toda a aldeia, que dispunham de torneiras. O primeiro reservatório apoiado a ser construído data de 7/5/1939 (Figura 2.3), tal como consta da placa fixada no próprio. Figura 2.3: Primeiro reservatório de água de Meda de Mouros Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 7 Caraterização do Sistema Mais tarde, e aproveitando a reconstrução das calçadas com cubos de granito, foi instalada nova tubagem na rede de abastecimento de água, foi construído um novo reservatório, desta vez elevado, e junto ao poço foi aberto um furo para reforçar o caudal, onde foi instalada uma bomba submersível. A rede de abastecimento público de água começou assim a funcionar, a Junta de Freguesia instalou contadores nas casas e a maioria dos chafarizes foi progressivamente sendo posta fora de funcionamento. Mais recentemente o Município de Tábua celebrou um contrato de concessão com a empresa Águas do Planalto, ficando apenas fora da zona de concessão as freguesia de Meda de Mouros e de Carapinha. Nestas freguesias continuam as respetivas Juntas de Freguesia a manter a explorar os sistemas de abastecimento de água. No que se refere à Junta de Freguesia de Meda de Mouros, a população sente que o sistema de abastecimento de água é uma infraestrutura que é propriedade da freguesia, constituindo a exploração deste sistema uma receita fundamental para promover a sua manutenção e beneficiação, bem como a realização de outras obras na Freguesia. 2.3. Caraterização dos Consumos Uma vez que se trata de uma aldeia a grande maioria dos consumos refere-se a consumos domésticos. Para além dos consumos domésticos, existem na aldeia alguns consumos industriais e comerciais, que se resumem: Uma carpintaria Uma oficina de bate-chapas Um café e minimercado Uma pastelaria Duas empresas de construção civil Uma oficina de mecânica Uma cooperativa de olivicultores - Lagar Segundo o software de faturação de água que a Junta de Freguesia dispõe, existem atualmente ativos cento e cinquenta e um contadores, ou seja consumidores de água. 8 CAPÍTULO II Pelo exposto, podemos resumir os consumidores, da seguinte forma: Total de Consumidores: 151 o Consumidores domésticos: 143 o Consumidores industriais e comerciais: 8 Os consumidores indicados correspondem aos clientes, ou seja, cujo fornecimento de água é pago. No entanto, existem consumidores de água, dotados de contador, cujo fornecimento de água não é pago. Assim, os consumidores que não geram receita, mas que possuem contador, são os seguintes: Museu etnográfico Para além dos consumidores indicados, existem ainda os que não geram receita e que não possuem contador, que são os seguintes: Casa do povo, centro de dia e jardim de infância Edifício sede da Junta de Freguesia Edifício de apoio ao campo de futebol Cinco fontanários Duas capelas Igreja Torneira de manutenção do reservatório Cemitério Os consumos indicados como água não faturada e não medida, são aceites como consumos em entidades públicas. A grande maioria destes consumos são ocasionais ou sazonais e representam pequenos volumes, a exceção da listagem é a casa do povo, o centro de dia e o jardim de infância, cujos serviços são prestados num único edifício que consome um volume de água considerável. Porém, por questões económicas e para garantir a viabilidade da prestação dos serviços que ali decorrem a Junta de Freguesia presta como que um apoio com o fornecimento de água sem custos para a entidade. Para além de todos os consumos já indicados, existe ainda um conjunto de bocas de incêndio instaladas ao longo da rede, pelo que poderá ocorrer consumo para combate a incêndios. Também existe uma parcela de fugas e perdas na rede, segundo estimativa apontada pelo Presidente da Junta de Freguesia, parcela esta que não é controlada nem monitorizada por qualquer equipamento de medição. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 9 Caraterização do Sistema Para caraterizar os consumos praticados, apenas os que geram faturação, apresenta-se de seguida um quadro resumo (Quadro 2.1), cujos dados foram obtidos pelos resumos totais de água faturada mensalmente pela Junta de Freguesia nos anos de dois mil e onze e dois mil e doze. Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Consumo Médio Mensal Consumo em 2011 ( Consumo em 2012 ( 729,00 565,00 522,00 593,00 551,00 576,00 721,00 687,00 624,00 511,00 841,00 778,00 877,00 808,00 1.093,00 1.026,00 878,00 930,00 720,00 946,00 1.083,00 ______ 532,00 ______ 9.171,00 764,25 Quadro 2.1: Resumo de consumos faturados Neste quadro destacam-se os consumos anormalmente elevados nos meses de Agosto e também de Novembro, situações que se passam a explicar, em Agosto com a vinda à aldeia de emigrantes e familiares que estando em período de férias visitam os seus familiares e amigos e em Novembro devido ao funcionamento da Cooperativa de olivicultores – Lagar com a produção de aguardente e azeite. 2.4. Tarifário Praticado Conforme já aqui foi referido, uma vez que se trata de uma aldeia a grande maioria dos consumos são domésticos. O tarifário aplicado apenas contempla uma classe de consumo – os consumos domésticos (Quadro 2.2), subsistindo apenas uma situação de exceção à qual é aplicada uma tarifa mais baixa. Trata-se da Cooperativa de olivicultores – Lagar, cuja tarifa é fixa de 0,65 € por cada , sendo que este cliente apenas realiza consumo de água nos meses de funcionamento, ou seja em parte do mês de Outubro e no mês de Novembro. 1º Escalão 1a5 0,75 € 2º Escalão 6 a 10 0,90 € 3º Escalão 4º Escalão 11 a 20 1,30 € 21 a 30 2,00 € Quadro 2.2: Resumo do tarifário 10 5º Escalão Mais de 31 3,50 € CAPÍTULO II 2.5. Controlo Operacional no Sistema Inicial Ao iniciar estágio na Junta de Freguesia de Meda de Mouros, deparou-se com o facto de que, à semelhança de algumas redes existentes no nosso Pais, não existia qualquer cadastro do sistema existente, bem como dos elementos constituintes do mesmo. De modo a que o presente estágio possa também servir como um primeiro controlo operacional do sistema, foi necessário iniciar o trabalho pelo levantamento do sistema existente e dos elementos do mesmo, com a construção de um cadastro com a caraterização dos elementos que constituem o sistema. Também a coincidir com o iniciar do estágio surgiu um conjunto de imposições e exigências feitas à Junta de Freguesia enquanto entidade gestora do sistema de abastecimento de água, por parte da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) que passavam por um conjunto de melhorias no sistema existente. No que se refere ao sistema inicial, foram criadas plantas com a identificação e localização de todos os componentes do sistema de abastecimento e foi feita de seguida uma caraterização do sistema tal como ele se encontrava no início do estágio. 2.6. Caraterização do Sistema Inicial O sistema inicial, tal como está caraterizado na Planta do Sistema Inicial (Anexo II.1) era um sistema pouco eficaz e que resultava em inúmeras queixas e reclamações por parte dos consumidores, não só por questões ligadas à falta de pressão na rede, como também por questões ligadas à qualidade da água distribuída. Foi fácil de entender, após realizar a caraterização do sistema, que motivos não faltavam para que este sistema fosse tão pouco funcional. 2.6.1. Elementos do Sistema Inicial A rede de distribuição de água existente em toda a Freguesia é uma rede do tipo ramificada. Os dados de seguida indicados referem-se ao sistema inicial que se encontrava em serviço na Freguesia, antes de qualquer obra de melhoria realizada. O sistema inicial era composto pelos elementos: Captação Adução/distribuição Armazenamento Distribuição Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 11 Caraterização do Sistema De seguida faz-se uma caraterização de cada um dos elementos do sistema tal como estes se encontravam no início do estágio. 2.6.1.1. Captação A água consumida na rede era, e continua a ser, de origem subterrânea. A água era captada, e continua a ser, num furo perfurado existente no ponto mais afastado da rede, com cerca de cinquenta metros de profundidade, onde está instalada uma eletrobomba submersível. Na proximidade do furo existe um edifício de apoio (Figura 2.4), dentro do qual está instalado o quadro elétrico da eletrobomba (Figura 2.5), bem como um relógio temporizador que controla o horário de funcionamento da eletrobomba. Dentro desta edificação existe uma válvula de retenção, cujo objetivo era impedir que a água retornasse à captação quando a eletrobomba está desligada, pela forma de funcionamento da rede, tal como está descrito de seguida. Figura 2.4: Edifício de apoio da captação Figura 2.5: Quadro elétrico de controlo da bomba 12 CAPÍTULO II 2.6.1.2. Adução/Distribuição A adução estava ligada diretamente à rede de distribuição, tal como indicado na Planta do Sistema Inicial (Anexo II.1). Quando a bomba se encontrava em funcionamento poderiam ocorrer duas situações: Consumos elevados na rede: nesta situação a satisfação dos consumos de água era conseguida, simultaneamente, através da água bombeada e da água armazenada no reservatório; Consumos reduzidos na rede: nesta situação a água bombeada servia para satisfazer os consumos e, a quantidade excedente, alimentar o reservatório; Para além desta forma de funcionamento da rede, em que a adução estava diretamente ligada à distribuição, sendo desta forma impossível evitar variações de pressão significativas na rede de distribuição, estava também a questão dos materiais presentes na rede. Na rede existiam ainda troços originais, de tubagem em fibrocimento, e outros troços mais recentes (alguns troços já se encontravam executados em tubagem de polietileno de alta densidade – PEAD), que foram sendo progressivamente substituídos, devido ao elevado número de roturas que iam sucedendo. Assim a rede tal com estava a funcionar pode ser resumida, em termos de materiais, da seguinte forma: No troço desde a captação até à capela (ponto onde a adução ligava à distribuição) a conduta elevatória é mais recente do que as primeiras condutas da rede, esta encontrava-se já executada em (PEAD), no diâmetro de sessenta e três milímetros, Ø 63mm; No troço desde a capela até ao reservatório (adutora/distribuidora), a conduta encontrava-se ainda executada em tubagem de fibrocimento, no diâmetro de oitenta milímetros, Ø 80mm. Os dois troços eram unidos por um cone de redução e também de transição de materiais; O troço existente entre o reservatório elevado e o reservatório apoiado também estava executado em tubagem de fibrocimento; Para além destes troços, todos os outros troços da rede se encontravam já executados em PEAD. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 13 Caraterização do Sistema 2.6.1.3. Armazenamento O armazenamento é feito no reservatório elevado existente na zona central da aldeia. Este reservatório tem quinze metros de altura e uma capacidade de armazenamento de cinquenta metros cúbicos (Figura 2.6). O reservatório possui uma zona de câmara de manobras onde se localizavam um conjunto de válvulas instaladas para permitir o seu fecho, mas pela sua antiguidade dificilmente conseguiam ser manobradas. Figura 2.6: Reservatório elevado existente 14 CAPÍTULO II 2.6.1.4. Distribuição A forma como a rede estava em funcionamento não me permitia distinguir o que era adução do que era distribuição, uma vez que estava tudo a funcionar em conjunto. Na distribuição vai-se caraterizar a rede, para além dos materiais da tubagem, em comprimentos de cada um dos troços e para cada um dos materiais. Troços, materiais, diâmetros e comprimentos Uma vez que a Planta do Sistema Inicial (Anexo II.1).está devidamente dividida em Troços, fez-se uma tabela onde se resumem os materiais, os diâmetros e também os comprimentos de cada um dos troços, podendo assim facilmente apurar-se os totais por material e por diâmetro (Quadro 2.3). Troço Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) 1 63 603.80 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 63 63 32 63 75 63 75 32 75 63 75 63 50 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 32 63 63 32 32 31 172.40 72.97 162.47 58.55 111.24 201.48 158.28 134.70 22.96 117.21 44.98 149.49 90.98 105.40 30.92 20.73 14.70 48.19 343.37 170.88 126.00 260.65 231.69 7.89 91.51 182.32 269.79 174.76 14.50 24.82 PEAD Fibrocimento PEAD Fibrocimento PEAD Fibrocimento PEAD Fibrocimento PEAD Comprimento Total 4.219,63 Quadro 2.3: Resumo dos troços, materiais e diâmetros da rede inicial Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 15 Caraterização do Sistema Em resumo Existiam ainda vários troços cujo material das condutas era o fibrocimento, no total existiam ainda: o Comprimento da tubagem em fibrocimento: 602.88 m Para além das condutas em fibrocimento, existiam ainda na restante rede tubagens em PEAD, que também não serão de iguais tipos de polipropileno, uma vez que foram aplicadas por fases ao longo de vários anos, assim: o Comprimento da tubagem em PEAD: 3 616.75 m Assim a rede inicialmente existente possuía no seu total, na soma de todos os comprimentos: o Comprimento das tubagens da Rede: 4 219.63 m Elementos da rede de distribuição A rede inicialmente existente era constituída por: Condutas Válvulas de seccionamento Descargas de fundo Bocas de incêndio de parede Contadores Cada um dos consumidores possuía, e possui, no exterior, ou no limite da propriedade privada, confinante com a via pública, uma caixa onde se encontra alojado o contador e uma válvula de segurança. Alguns dos contadores existentes eram ainda os primeiros aplicados na rede, sendo que alguns deles sofreram uma “reparação” mais recente. A antiguidade dos contadores existentes aliada a uma intervenção realizada por técnicos pouco qualificados, resultava na pouca eficácia na medição dos consumos. Para além da antiguidade também o diâmetro da maioria dos contadores existentes era desajustado para os caudais medidos. A grande maioria dos contadores eram de 25mm, o que para medir pequenos caudais domésticos é desajustado e se torna ineficaz. 16 CAPÍTULO II As fotografias que se mostram de seguida revelam quer a antiguidade dos contadores existentes na rede, quer o mau estado de conservação e violação do selo do contador (Figura 2.7). Para além da questão dos próprios contadores, está também quer o mau estado das caixas e tampas de contador, quer o mau estado das válvulas de segurança existentes em alguns contadores. Figura 2.7: Contadores existentes Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 17 Caraterização do Sistema 18 CAPÍTULO III 3. PROPOSTAS DE MELHORIA NO SISTEMA 3.1. Propostas de Melhoria O sistema existente e em funcionamento, tal como foi anteriormente descrito, apresenta alguns problemas com necessidade urgente de resolução. De seguida vão enunciar-se os principais problemas, bem como a proposta de melhoria para cada um dos problemas do sistema enunciados e em estudo no presente estágio. Todas as propostas apresentadas de seguida, têm por objetivo conseguir implementar um controlo operacional eficiente do sistema, com o menor investimento possível, uma vez que todas as ações serão suportadas pela entidade gestora – Junta de Freguesia de Meda de Mouros, cujos recursos económicos são escassos. 3.1.1. Sistema de Adução/Distribuição Um dos principais problemas que o sistema inicial apresentava prendia-se com o facto de não ser possível separar a adução da distribuição, facto este que levanta alguns problemas em termos de manutenção de pressões estáveis na rede (nos períodos em que a adução funcionava as pressões na rede eram significativamente superiores às dos períodos em que a rede funcionava por gravidade a partir do reservatório). Para além de complicar a eventual monitorização dos caudais bombeados e distribuídos na rede. Proposta de melhoria Como melhoria foi proposta a separação entre adução e distribuição, no troço situado entre a capela e o reservatório elevado. Para tal, há necessidade de proceder à duplicação da conduta nesse troço, uma conduta que servirá apenas como conduta adutora e uma outra fará apenas a distribuição desde o reservatório até aos consumidores. Ou seja a proposta visa a existência de duas condutas distintas, uma conduta com função apenas de adução por bombeamento e uma outra conduta que serve de distribuição desde o reservatório elevado até aos consumidores, fazendo-se ao mesmo tempo a substituição integral das condutas. 3.1.2. Tubagem em Fibrocimento na Rede Outro dos problemas da rede de distribuição é o facto de existirem ainda troços cujo material da tubagem é o fibrocimento. Uma vez que a tubagem de fibrocimento contém fibras de amianto, cuja utilização já não é aceitável, todos estes troços deverão ser rapidamente substituídos. Esta foi, também uma das orientações recebidas por parte dos técnicos da (ERSAR) que se deslocaram à Freguesia para propor um conjunto de obras de melhoria no sistema inicialmente existente. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 19 Propostas de Melhoria Proposta de melhoria Como proposta de melhoria foi proposto para os referidos troços a substituição integral das tubagens existentes e a aplicação de tubagem em (PEAD) com juntas e acessórios do mesmo material ligados por eletrofusão. 3.1.3. Fugas em Ramais Um dos locais na rede onde foram detetadas fugas com mais frequênca foram os troços de ramais domiciliários, resultantes de um conjunto de anomalias, resultantes de algumas intervenções mal executadas em “reparações”, quer devidas à fraca qualidade dos materiais aplicados, quer à fraca qualificação da mão-de-obra que executou tais trabalhos, quer pela forma como foi executada a própria derivação da conduta em fibrocimento, para o ramal. Proposta de melhoria Como melhoria foi proposto que, paralelamente à execução dos troços com tubagem nova, se deveria aproveitar para também executar novos ramais com substituição integral da tubagem e acessórios até ao contador. E, uma vez que algumas caixas de contadores também se encontravam bastante degradadas, também propôs a sua substituição por aplicação de aros e tampas novas. 3.1.4. Antiguidade dos Contadores Outro dos problemas associado aos ramais domiciliários diz respeito aos contadores aplicados, sendo que alguns são os mesmos desde o início do funcionamento da rede, e o diâmetro está desajustado aos caudais dos consumos a medir. Muito embora alguns dos contadores tenham sido alguns deles foram “reparados” e aplicados novamente, como não foram aferidos após a reparação, a sua eficácia na contagem pode estar seriamente comprometida. Proposta de melhoria Foi proposta a substituição dos contadores existentes por novos contadores que permitam uma maior eficácia na medição dos caudais dos consumos efetuados, aumentando o desempenho económico da rede, ou seja, utilizando contadores modernos e com diâmetros ajustados aos caudais a medir. 3.1.5. Dificuldade em Seccionar a Rede Sempre que existe a deteção de uma fuga a falta de órgãos de manobra e segurança, ou o seu não funcionamento, torna-se uma dificuldade para proceder à intervenção. O que acontece por vezes é o fecho da distribuição na câmara de manobras do próprio reservatório o que leva a que todos os consumidores da rede sejam impedidos do consumo de água. 20 CAPÍTULO III Proposta de melhoria Foi assim proposta a instalação de mais órgãos de manobra e segurança nos troços a executar com nova tubagem. Aplicação de mais válvulas de seccionamento, que permitam dividir a rede em zonas, aplicação de novas bocas de incêndio em marco, e aplicação de uma ventosa no ponto mais alto da rede. Esta proposta visa o controlo e estudo futuro da rede, e permite fazer a setorização da rede dividindo-a em dois setores perfeitamente identificados. 3.1.6. Falta de Desinfeção da Água A qualidade da água era controlada através de análises efetuadas a amostras colhidas periodicamente pelo Centro de Saúde de Tábua. No entanto, a Junta de Freguesia de Meda de Mouros não procedia à desinfeção da água que distribuía na rede para todos os consumidores da aldeia. Proposta de melhoria A proposta de melhoria deveria passar pela contratação de uma empresa especializada neste tipo de fornecimento de serviços e produtos, de modo a assegurar a qualidade dos dados recolhidos e dos produtos, com a necessária prestação de serviços de manutenção periódica. Assim para assegurar o fornecimento e a manutenção de equipamentos de dosagem e mistura de hipoclorito de sódio, como agente desinfetante, foi proposto celebrar um contrato com uma empresa especializada, de modo a assegurar um fornecimento contínuo e a prestação de apoio ao equipamento a ser fornecido e aplicado. 3.1.7. Falta de Correção do pH da Água A Junta de Freguesia de Meda de Mouros não procedia a qualquer tratamento da água que distribuía na rede para todos os consumidores da aldeia. Nas amostras colhidas periodicamente pelo Centro de Saúde de Tábua, foi detetado um pH inferior ao valor recomendado pela Legislação em vigor. Proposta de melhoria A melhoria deveria passar pela contratação de uma empresa especializada neste tipo de fornecimento de serviços e produtos, de modo a assegurar a qualidade dos dados recolhidos e dos produtos, com a necessária prestação de serviços de manutenção periódica. Também no se refere à recolha e análises realizadas à água, foi proposta a realização de um contrato com um empresa especializada para assegurar este tipo de serviço periódico. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 21 Propostas de Melhoria Para assegurar o fornecimento e a manutenção de equipamentos de dosagem e mistura de de carbonato de sódio, para correção do pH, da água. Também foi proposto celebrar um contrato com uma empresa especializada, de modo a assegurar um fornecimento contínuo e prestação de apoio ao equipamento a ser fornecido e aplicado. 3.1.8. Falta de Monitorização de Caudais Uma vez que não existe qualquer órgão de monitorização e medição instalado no sistema, ou seja não existia um único caudalímetro em todo o sistema, não era assim possível fazer um controlo operacional em termos de caudais captados ou, distribuídos, condição esta que inviabiliza qualquer tentativa de construção do balanço hídrico do sistema. Proposta de melhoria Para permitir a contabilização de caudais foi proposta a instalação de dois caudalímetros: um instalado na nova conduta elevatória, que contabiliza o caudal que entra no reservatório, e um outro instalado à saída do reservatório, ou seja, que controla o caudal que sai para a rede de distribuição. O caudalímetro proposto para a adução, que acabou por fazer parte da proposta de tratamento da água, possui um contador de impulsos que regulará a injeção de hipoclorito de sódio e de carbonato de sódio, na água que será armazenada no reservatório. Com a aplicação destes equipamentos será fácil fazer um controlo de caudais, permitindo também o controlo de volumes de água bombeada e distribuída. 22 CAPÍTULO IV 4. MELHORIAS CONCRETIZADAS NO SISTEMA A realização deste estágio na Junta de Freguesia de Meda de Mouros coincidiu com algumas exigências impostas pela (ERSAR) à Junta de Freguesia como entidade gestora do sistema de abastecimento de água, e estas exigências passavam pela realização urgente de obras de melhoramento na rede e também pela instalação de equipamentos que permitissem a desinfeção e correção do pH da água, distribuída aos consumidores. Assim foi dado um prazo à Junta de Freguesia para a realização de obras com vista ao melhoramento dos parâmetros já indicados. De seguida caraterizam-se com maior rigor e pormenor as ações efetivamente implementadas no sistema, devidamente acompanhadas desde o seu início até à sua conclusão, comparando os problemas inicialmente identificados, com as propostas de melhoria apresentadas e com as obras realmente executadas no terreno com o objetivo de solucionar esses problemas. 4.1. Melhorias Concretizadas As obras de melhoria realizadas e o equipamento fornecido e aplicado no sistema têm como objetivo o cumprimento de legislação em vigor, das orientações provenientes da ERSAR e também a implementação de um controlo operacional do sistema de modo a ser possível a rápida deteção de incumprimentos e implementação das medidas necessárias à correção dos mesmos. 4.1.1. Rede com Adução/Distribuição e Tubagem em Fibrocimento Separação da conduta de adução das condutas de distribuição Como melhoria foi proposto, separar através de duas condutas distintas, a conduta adutora das condutas de distribuição, designadas de seguida por Novo Troço - Adutora e Novo Troço – Distribuição. Novo Troço - Adutora Uma vez que a conduta elevatória já existente, desde a captação até ao primeiro consumidor (capela), encontrava-se já executada em PEAD Ø 63mm, o novo troço executado, no prolongamento do já existente, foi também executado em PEAD Ø 63mm, PE100, classe 1.0 MPa. Quanto ao sistema de união da tubagem, foi adotado o sistema de eletrofusão com a utilização de uniões de eletrosoldáveis de polietileno. A nova conduta adutora está representada na Planta do Sistema Final - Planta da Conduta Adutora Final (Anexo II.2-2.1). Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 23 Melhorias Concretizadas Novo Troço - Distribuição A parte da conduta elevatória que também servia de distribuição, com início na capela e a terminar no reservatório elevado, encontrava-se executada em fibrocimento de diâmetro Ø 80mm. A nova conduta de distribuição foi executada em PEAD Ø 75mm, PE100, classe 1,0 MPa. Quanto ao sistema de união da tubagem, foi adotado o sistema de eletrofusão com a utilização de acessórios de polietileno, ferro fundido dúctil (FFD) e latão. Uma vez que o tipo de tubagem e acessórios foi o mesmo adotado em todos os troços agora executados/substituídos, nos tópicos seguintes apenas se caraterizam com mais rigor e pormenor os acessórios e processos construtivos utilizados nos trabalhos de melhoria na rede. Substituição da Tubagem em Fibrocimento Toda a tubagem aplicada, quer em substituição da existente, quer na execução da nova conduta, foi em (PEAD) classe 1,0 MPa, com juntas e acessórios em PEAD com sistema de ligação por eletrofusão. Quanto ao tipo de resina foi escolhida a PE100. Para além dos acessórios em PEAD, foram também utilizados acessórios em FFD e latão. Tubagem aplicada Os tubos aplicados são da marca Fersil, em resina PE 100, para abastecimento de água para consumo humano, na classe 1,0 MPa e foram fabricados de acordo com a norma Europeia – Tubos de Lista Azul: EN12201. Esta tubagem possui o Certificado AENOR de Produto Nº001/005375. Acessórios aplicados Acessórios em polietileno para eletrofusão o Foram aplicadas uniões de polietileno para eletrofusão, da marca Fusion, aplicadas pelo equipamento de eletrofusão também da Fusion. Acessórios em (FFD) o Foram aplicadas válvulas de seccionamento, com corpo em FFD e bocas para ligação ao polietileno o Tomadas em carga com saída roscada Acessórios em latão o Foram aplicados acessórios em latão no que se refere à ligação dos ramais à conduta e nos troços de ramal, na sua ligação aos contadores. 24 CAPÍTULO IV Nas figuras 4.1 e 4.2 pode ver-se a alteração concretizada na rede, no que diz respeito aos troços que ainda se encontravam executados em tubagem de fibrocimento, bem como a sua ligação aos ramais e a sua alteração/substituição para tubagem de PEAD. Figura 4.1: Tubagem existente em fibrocimento Figura 4.2: Tubagem aplicada e união por eletrofussão Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 25 Melhorias Concretizadas 4.1.2. Execução de Novos Ramais Em todo o traçado em que foi aplicada nova tubagem, foram integralmente substituídos os ramais existentes, com a sua execução desde a tomada em carga na conduta até aos contadores existentes. Execução de ramais domiciliários de água Tubagem aplicada: o A tubagem aplicada foi da marca Fersil, em resina PE 100, para abastecimento de água para consumo humano, na classe 1,0 MPa; o Quanto aos diâmetros foram executados a maioria dos ramais domiciliários em: Ø ¾” Ø 1” Acessórios aplicados: o A derivação ou tomada em carga na conduta foi realizada com braçadeiras de FFD para PEAD, da marca Fucoli-Somepal (Figura 4.3), com saída roscada para o diâmetro do ramal a ligar: DN 75 com saída a ¾” DN 75 com saída a 1” Figura 4.3. Braçadeira utilizada o As braçadeiras em ferro Fundido Dúctil foram instaladas com a saída na vertical (Figura 4.3.); o Por ligação roscada foi aplicado na braçadeira um joelho em latão (Figura 4.4); o O joelho fez a ligação à tubagem em PEAD (Figura 4.4); o Na proximidade do contador, a tubagem de PEAD foi ligada a por um “racord” de rosca macho em latão (Figura 4.4); Figura 4.4. Acessórios aplicados em latão 26 CAPÍTULO IV o Foi aplicada em cada ramal uma válvula de esfera de selar, imediatamente antes do contador, nas caixas já existentes cuja ligação até ao contador foi toda substituída; o Dado o estado de degradação da maioria das caixas de contador, foram estas substituídas por novos aros e tampas; o Os escassos recursos financeiros, não permitiram a execução da solução ideal, que seria a integral substituição dos contadores existentes, assim foram substituídos aqueles que se encontravam em pior estado de conservação e funcionamento. 4.1.3. Substituição de Contadores Como já foi referido atrás, os contadores existentes deveriam ser todos substituídos. No entanto, nesta fase, e por questões financeiras, foram apenas substituídos alguns dos contadores, ficando a proposta a aguardar recursos financeiros para poder concretizar esta melhoria. Substituição de contadores Os contadores em pior estado de conservação e funcionamento foram substituídos por contadores novos; Foram aplicados contadores na rede, do tipo e marca: o Aquadis Plus da Itron (Figura 4.5), consta das Peças Escritas (Anexo I), a documentação técnica destes contadores. Figura 4.5: Contador Aquadis Plus Aplicado Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 27 Melhorias Concretizadas 4.1.4. Substituição de Caixas de Contador Ao contrário dos contadores, em que apenas foram substituídos alguns deles, no caso das caixas e tampas de contador elas foram quase integralmente substituídas (Figura 4.6), por novos aros e tampa, de modo a dar um melhor aspeto a este troço da rede executado, permitir uma maior proteção dos contadores e facilitar a leitura. Figura 4.6: Tipo de tampas aplicadas 4.1.5. Aplicação de Órgãos de Manobra na Rede Tendo sido decidido aplicar mais órgãos que permitam seccionar a rede, as válvulas de seccionamento existentes foram integralmente substituídas e foram aplicadas mais válvulas para permitir setorizar a rede. Foram igualmente aplicadas novas bocas de incêndio em marco, e uma boca de incêndio de passeio, e foi também aplicada uma ventosa no ponto mais alto da rede. Também o interior da câmara de manobras do reservatório foi totalmente remodelado, no que se refere às válvulas existentes. Válvulas de seccionamento na rede As válvulas de seccionamento aplicadas na rede foram válvulas de cunha elástica em FFD com extremidades de tubo em PEAD da marca Fucoli-Somepal (Figura 4.7), (Na Planta do Sistema Final – Planta de Rede de Distribuição e Setorização da Rede:S1 e S2 - Anexo II.2 – 2.2), apresenta-se a localização das válvulas; A manobra das válvulas é feita através de haste e acesso por campânula, que ficou aplicada na via pública. 28 CAPÍTULO IV Figura 4.7: Válvulas de cunha elástica aplicadas na rede Câmara de manobras do reservatório As válvulas de seccionamento aplicadas na câmara de manobras do reservatório foram válvulas de cunha elástica em FFD com extremidades flangeadas, que foram ligadas através de Tês em FFD e flanges de adaptação para tubo de PVC, tudo ligado através de parafusos, com aplicação de volantes que permitem a sua manobra, tudo da marca Fucoli-Somepal; Foi feita a ligação à tubagem de PVC já existente, tal como consta da figura 4.8. Figura 4.8: Válvulas de cunha elástica aplicadas na câmara de manobras do reservatório Ramais de bocas de incêndio Bocas de incêndio em marco o As bocas de incêndio aplicadas na rede foram instaladas em caixas elevadas de betão pré-fabricado (Figura 4.9); o Foram aplicadas bocas de incêndio para parede, da marca Fucoli-Somepal; o A derivação da conduta foi realizada por braçadeira em FFD com saída roscada de 11/2”, sendo utilizada tubagem em PEAD, classe 1,0 MPa; o Após a braçadeira foi aplicado um joelho em latão roscado M/F; Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 29 Melhorias Concretizadas o As ligações entre as tubagens de PEAD e os acessórios são por “racord” de rosca macho em latão; o Foi instalada na prumada uma válvula de seccionamento de esfera que permite a substituição da boca de incêndio sem a interrupção do abastecimento de água; o O troço vertical do ramal entre a válvula de esfera e a boca de incêndio é em PVC roscado; o O troço vertical do ramal, no interior do marco foi parcialmente preenchido com pó de pedra; o O marco foi pintado na cor branca e as portinholas, uma oval para acesso à boca de incêndio e uma redonda para acesso à válvula, em FF, têm a inscrição “INCÊNDIOS” e foram pintadas a vermelho. Figura 4.9: Boca de incêndio aplicada em marco Boca de incêndio em passeio o Foi aplicada um boca de incêndio em passeio (Figura 4.10); o Foi aplicada uma boca de rega para passeio modelo Europa, da marca FucoliSomepal; o A derivação da conduta foi realizada por braçadeira em FFD com saída roscada de 11/2”, sendo utilizada tubagem em PEAD, classe 1,0 MPa; o Após a braçadeira foi aplicado um joelho em latão roscado M/F; o As ligações entre as tubagens de PEAD e os acessórios são por “racord” de rosca macho em latão; o A boca possui já incluída uma válvula de seccionamento de esfera que permite a substituição da boca de incêndio sem a interrupção do abastecimento de água. 30 CAPÍTULO IV Figura 4.10: Boca de incêndio aplicada em passeio Ramal de ventosa Ventosa de efeito simples em marco – esta ventosa tem como única função a saída de ar da conduta o A ventosa de efeito simples foi instalada em caixa elevada de betão préfabricado (Figura 4.11); o A ventosa aplicada trata-se de uma ventosa automática de simples efeito “WIND” da marca Fucoli-Somepal, em DN40mm, pressão nominal PN10, corpo em FFD, cor azul escura, roscada, possui incorporada uma válvula esférica de seccionamento que permite efetuar operações de manutenção sem necessidade de interromper o fornecimento de água, e possui chaminé de evacuação em latão; o A derivação da conduta foi realizada por braçadeira em FFD com saída roscada de 1”, sendo utilizada tubagem em PEAD, classe 1,0 MPa, para a aplicação de uma ventosa de DN 40mm; o Após a braçadeira foi aplicado um joelho em latão roscado M/F; o O troço vertical do ramal, no interior do marco foi parcialmente preenchido com pó de pedra; o O marco foi pintado na cor branca e a portinhola em FF tem a inscrição “ÁGUAS” e foi pintada a azul. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 31 Melhorias Concretizadas Figura 4.11: Ventosa aplicada na rede 4.1.6. Desinfeção e Correção do pH da Água Com o objetivo de proceder à desinfeção e correção do pH da água foi contratada uma empresa especializada na instalação, manutenção e fornecimento de equipamentos e sistemas de tratamento de águas, trata-se da empresa: Enkrott Centro – Gestão e tratamento de águas, Lda. A solução proposta pelos técnicos da empresa que se deslocaram a Meda de Mouros, aceite pela entidade gestora e instalada na rede, foi a que se passa a descrever: Solução instalada Nas Peças Escritas (Anexo I) apresenta-se toda a documentação escrita sobre os equipamentos fornecidos e aplicados; O Sistema de tratamento de água inclui a adição de hipoclorito de sódio (agente desinfetante) e de carbonato de sódio (correção do pH), tendo sido instalados os seguintes equipamentos (Figura 4.12): o Contador volumétrico, caudal nominal de 15 /h, com ligação flangeada DN50mm, com saída de comando externo; o Bomba doseadora, caudal máximo de 3,9 l/h, pressão máxima de 7,5 bar, com cabeça de dosificação, incluindo sistema de purga e acessórios de sucção e injeção de PVDF, 220 VAC, 50 Hz; o Sonda de nível mínimo para ligação direta à bomba doseadora e o seu encravamento em caso de falta de produto químico no depósito doseador; o Bomba doseadora, caudal máximo de 7,1 l/h, pressão máxima de 7,0 bar, com cabeça de dosificação, incluindo sistema de purga e acessórios de sucção e injeção de PVDF, 220 VAC, 50 Hz, com acumulação de impulsos; o Sonda de nível mínimo, de dois sinais para ligação direta à bomba doseadora e o seu encravamento em caso de falta de produto químico no depósito doseador; 32 CAPÍTULO IV o Suporte mural para bomba doseadora, construído em PEAD; o Dois depósitos em polietileno de alta densidade, de 100 l de capacidade, graduados, com tampa roscada, tratados contra a luz ultravioleta, para diluição e/ou armazenamento dos produtos químicos; o Quadro elétrico de proteção e comando do equipamento descrito; o Hipoclorito de sódio, 13% de cloro ativo; o Carbonato de sódio, solução a 10%. Para além do fornecimento e aplicação do equipamento indicado, foi também celebrado com a mesma empresa um contrato de fornecimento dos produtos químicos necessários, de modo a salvaguardar o contínuo fornecimento desses produtos. Figura 4.12: Sistema de tratamento instalado Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 33 Melhorias Concretizadas 4.1.7. Controlo de Caudais na Rede Uma vez que se pretendia realizar a monitorização da rede, foi necessário proceder à instalação de um caudalímetros (contador de velocidade) na câmara de manobras do reservatório, mas este instalado na saída para a rede de distribuição, de modo a permitir o controlo de caudais na rede, de modo a possibilitar a deteção e a facilitar a localização de possíveis fugas ou perdas na rede. Assim, para além do caudalímetro instalado na conduta adutora, foi igualmente instalado um outro caudalímetro na conduta de distribuição (Figura 4.13). Figura 4.13: Caudalímetros instalados 4.1.8. Ensaios de Pressão na Rede Depois de executados os novos troços da conduta adutora e da rede de distribuição, foram realizados ensaios de pressão. Os ensaios foram executados depois de concluída a aplicação de todos os acessórios e ramais. Foi realizado um ensaio na conduta adutora e um outro nas condutas de distribuição. Os troços ensaiados foram cheios de água, de modo a expulsar o ar das condutas. Durante o enchimento foi verificada a saída de ar pela ventosa e pelas bocas de incêndio aplicadas nos troços. Foi colocada pressão hidráulica por uma bomba manual, munida de manómetro, sendo aplicada uma pressão de ensaio de 1,0 MPa no ponto mais baixo da rede. A pressão foi verificada durante um período de 30 minutos, durante o qual não baixou mais de 0.01 MPa. No final dos ensaios foi retirada a pressão da rede através de alguns ramais próximos dos pontos mais baixos. 34 CAPÍTULO IV 4.1.9. Lavagem e Desinfeção das Condutas Todas as novas condutas aplicadas, foram devidamente lavadas e desinfetadas antes da sua colocação em serviço. O procedimento aplicado, e que resume de seguida, teve como base a Especificação Técnica de Trabalho (ESPTRA015-03) da empresa Águas de Coimbra. Procedimento de lavagem e desinfeção Foi realizada uma lavagem prévia das condutas, tendo sido observada a água à saída das condutas na sua extremidade. Uma vez que esta operação foi realizada depois dos ensaios de pressão, verificou-se que as condutas estavam já previamente lavadas; Aplicação da solução desinfetante o Foi aplicada uma solução de hipoclorito de sódio comercial (14% m/v), tendo em conta os volumes mínimos recomendados para desinfetar um troço de conduta de 100 metros durante 24 horas; Diâmetros das condutas (mm) 63 75 Volume de solução de hipoclorito de sódio (litros) 0,10 0,15 Quadro 4.1: Indicação de volumes da solução de hipoclorito de sódio o Foram cheias as condutas, por troços, com a solução desinfetante, de modo a garantir a sua homogeneidade e permitir o seu contato com toda a superfície interna da conduta a desinfetar; o Foi deixada a atuar por um período de 24 horas; o Foi descarregada a solução das condutas; o Foi feita a lavagem final com água destinada ao consumo humano. 4.1.10. Análises Realizadas à Água Durante algum tempo era, como já foi enunciado, o laboratório do Centro de Saúde de Tábua, ARS Centro, que assegurava a realização das análises à água. Depois de realizadas as obras de melhoria, e por uma questão de assegurar uma recolha de amostras periódica e a consulta de dados on-line e via internet, a entidade gestora – Junta de Freguesia de Meda de Mouros - celebrou um contrato com o laboratório: Cesab – Centro de Serviço do Ambiente. Sendo um laboratório considerado pela ERSAR como apto para o controlo da qualidade da água para consumo humano, este contrato realizado é uma mais valia para a garantia de controlo da qualidade dos ensaios dos parâmetros a avaliar nas amostras periodicamente colhidas. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 35 Melhorias Concretizadas 36 CAPÍTULO V 5. AVALIAÇÃO DA REDE APÓS AS MELHORIAS 5.1. Controlo Operacional no Sistema Final O sistema final, obtido no final das melhorias realizadas e já descritas, permite realizar um controlo de caudais, quer na adução, quer na distribuição. Permite também para além das quantidades de água bombada e distribuída controlar a sua qualidade, quer pela recolha periódica de amostras, o seu tratamento em laboratório reconhecido pela ERSAR, e a adição de tratamento químico para desinfeção e correção do pH da água distribuída. Foi feito o controlo de caudais e também o controlo de fugas e perdas na rede. 5.2. Controlo de Caudais Depois de instalados os dois caudalímetros (atente-se que o caudalímetro da conduta de distribuição só foi aplicado muito posteriormente ao da conduta adutora), fez-se o registo dos caudais bombeados e dos caudais distribuídos durante sete dias consecutivos, do que resultaram os valores apresentados nos quadros 5.1 e 5.2. Data Hora Leitura 05/11/2012 06/11/2012 07/11/2012 08/11/2012 09/11/2012 10/11/2012 11/11/2012 13h 00m 10h 00m 17h 30m 17h 00m 18h 00m 18h 00m 00h 00m 10431 10466 10513 10534 10559 10577 10595 Quadro 5.1: Registo de leituras no caudalímetro instalado na adutora Data Hora Leitura 05/11/2012 06/11/2012 07/11/2012 08/11/2012 09/11/2012 10/11/2012 11/11/2012 13h 00m 10h 00m 17h 30m 17h 00m 18h 00m 18h 00m 00h 00m 00039 00055 00089 00106 00128 00153 00182 Quadro 5.2: Registo de leituras no caudalímetro instalado na conduta de distribuição Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 37 Avaliação da Rede Depois de contabilizados os caudais bombeados e distribuídos, concluiu-se que: o Volume bombeado: 164,00 o Volume distribuído: 143,00 A diferença de volumes resulta em 21,00 , o que numa primeira análise, confrontando esta diferença com o volume de água que se encontrava dentro do reservatório, resulta que a diferença, se existir, é reduzida, pelo que se pode constatar que não devem ter ocorrido extravasamentos do reservatório. 5.3. Medição Zonada A realização das obras de melhoria permite, agora, separar ou setorizar o sistema, ou seja, foi possível agora: Separar a componente de adução da componente de distribuição; Setorizar a rede em zonas de reduzida dimensão de modo a facilmente detetar e localizar fugas de água em cada uma; Nesta primeira abordagem não foi considerada a hipótese de gestão de pressões na rede, uma vez que existiam outras soluções prioritárias. A medição zonada é assim uma técnica de controlo de caudais, servindo de apoio ao controlo de perdas. O sistema em estudo foi dividido em duas zonas de medição e controlo, ou abreviadamente ZMC’s, sendo que uma é constituída pela parte do sistema “em alta” e a outra pela parte do sistema “em baixa”. Por sua vez, a ZMC correspondente à parte do sistema em baixa foi subdividida em dois setores. 5.4. Medição de Caudais Noturnos Foi realizada a medição dos caudais noturnos, também designado por método dos caudais noturnos. Este método baseia-se na observação do comportamento do caudal durante as horas de menor consumo, horas estas que ocorrem habitualmente à noite. Durante este período é de supor que a quase totalidade do caudal escoado se deve a perdas reais que ocorrem na rede. Este procedimento de medição foi realizado na rede de distribuição, tendo sido registadas em várias horas durante o período da noite as leituras do caudalímetro ai instalado. Este procedimento foi repetido em vários dias e foram registados os valores observados, tal com se descreve de seguida. 38 CAPÍTULO V 5.5. Medição Zonada e Medição de Caudais Noturnos Os procedimentos apresentados, também designados de métodos, são úteis e complementares. No presente trabalho, numa primeira fase procedeu-se à definição das ZMC’s e numa segunda fase realizou-se a medição e registo de caudais noturnos. 5.5.1. Definição de Zonas de Medição e Controlo Atendendo ao tamanho da rede e aos trabalhos de melhoria realizados, foram definidas duas ZMC’s, uma ZMC do sistema “em alta” e uma ZMC do sistema “em baixa”, dentro desta última ZMC, que é constituída pela rede de distribuição, foram definidos dois setores, conforme está definido na Planta do Sistema Final – Planta da Rede de Distribuição Final e Setorização da Rede: S1 e S2 (Anexo II.2 - 2.2.). De seguida apresenta-se a caraterização de cada um dos setores da ZMC do sistema “em baixa”, setorização da rede de distribuição. Assim considerou-se dois setores: Setor 1 (S1) o O setor S1 foi definido desde o reservatório até ao ramal que abastece o Cemitério (ponto mais afastado deste setor da rede); o Este primeiro setor carateriza-se pela substituição quase integral das condutas e ramais domiciliários de água; Setor 2 (S2) o O setor S2 foi definido desde o reservatório até ao Lagar (ponto mais afastado deste setor no sentido oposto ao do S1); o Este segundo setor carateriza-se por uma pequena percentagem de condutas e ramais substituídos. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 39 Avaliação da Rede 5.5.2. Registo de Caudais Noturnos Depois de definidos os dois setores (S1 e S2) da ZMC, tal com já foi descrito, foi feito o registo dos caudais noturnos em cada um deles: Registo de caudais noturnos no setor 1 (S1) Figura 5.1: Caudalímetro da distribuição (S1) o No início da contagem, às 00h 00 min, verificou-se que o caudalímetro estava nos 00159 e 300 litros (Figura 5.1), e durante o controlo de caudais noturnos apresentou uma variação de 100 litros em duas horas. No período seguinte das 02h 00min às 03h 00min, “parou”, pelo que se pode concluir que deve ter ocorrido uma saída de 50 litros por hora nas duas primeiras horas observadas, o que neste período pode representar algumas descargas de autoclismos. Hora 00h 00m 01h 00m 02h 00m 03h 00m Caudal Observado 00159 00159 00159 00159 – 300 l – 350 l – 400 l – 400 l Quadro 5.3: Registo de caudais noturnos (S1) 40 CAPÍTULO V Registo de caudais noturnos no setor 2 (S2) Figura 5.2: Caudalímetro da distribuição (S2) o No início da contagem, às 03h 00min, verificou-se que o caudalímetro estava nos 00159 e 400 litros, e durante o controlo de caudais noturnos apresentou uma variação de 100 litros por hora, tendo terminado às 06h 00min nos 00159 e 700 litros (Figura 5.2). Atendendo a que no período compreendido entre as 03h 00min e as 05h 00min não é provável a ocorrência de consumos, pode concluir-se que neste setor existe a possibilidade de ocorrência de fugas na rede. Hora 03h 00m 04h 00m 05h 00m 06h 00m Caudal Observado 00159 00159 00159 00159 – 400 l – 500 l – 600 l – 700 l Figura 5.4: Registo de caudais noturnos (S2) Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 41 Avaliação da Rede 5.6. Localização de Fugas Depois de definidos os dois setores S1 e S2, dentro da ZMC, e realizado o controlo e registo de caudais noturnos, chegou-se à conclusão de que as perdas detetadas na rede se referem ao setor S2. Para tentar localizar eventuais fugas de água na parte da rede referente ao setor S2, foi utilizado equipamento de sondagem acústica. 5.6.1. Método da Sondagem Acústica Este é o método utilizado para a identificação da localização de uma fuga através de uma sondagem acústica. O método consistem em escutar, utilizando aparelhos de escuta, alguns dos pontos de mais fácil acesso e os pontos que se caraterizam pela ocorrência de um maior número de fugas. Pode ser realizada uma sondagem direta a alguns pontos da própria rede, tais como válvulas, torneiras, marcos de incêndio e ramais domiciliários. Outra forma de sondar a rede é por sondagem indireta ou de superfície, neste caso são escutados pontos da superfície diretamente acima da tubagem. Para proceder a esta sondagem é necessário que o operador do equipamento detenha bastante experiência em identificar os ruídos produzidos por fugas, conseguindo procurar as maiores intensidades. Este é o método mais utilizado, que apresenta como vantagens o custo pouco elevado do equipamento, a possibilidade de verificar vários pontos rapidamente. Como desvantagens apresenta a dificuldade em distinguir o ponto de maior intensidade acústica e a impossibilidade de utilização em zonas de maior ruído de fundo, especialmente alguns ruídos que se prolongam mesmo durante a noite. 5.6.2. Sondagem Acústica Realizada na Rede Este método foi aplicado no setor S2 da rede de distribuição, tendo-se focado a sondagem nas zonas onde não foram realizadas quaisquer obras de melhoria, logo zonas com probabilidade mais elevada de presença de fugas. Equipamento utilizado para localização de fugas A sondagem contou com a colaboração do Orientador deste Estágio, o Professor Joaquim José de Oliveira Sousa, que se deslocou à Freguesia de Meda de Mouros e cedeu o equipamento necessário à realização dos trabalhos, partilhando da sua experiência na utilização e sensibilidade para escutar e detetar a presença e localização de fugas. Foi realizado o varrimento do setor S2 com os dois equipamentos de localização de fugas apresentados de seguida. 42 CAPÍTULO V Equipamento para localização de fugas - Digital Primayer Mikron Um dos equipamentos utilizado foi o sistema de localização de fugas Digital Primayer Mikron (Figura 5.3), que possui as seguintes características: o Sistema digital avançado para localização de fugas com autonomia para 35 horas; o Alta sensibilidade com filtros avançados variáveis de 30 Hz a 4000 Hz; o Medição de nível mínimo constante de ruido e nível variável de ruido com transientes; o Sistema composto por: sensor de solo avançado com supressão de ruído do vento; o Cabos de ligação e suporte, auscultadores de elevada performance, mala de transporte e carregador de bateria. Figura 5.3: Equipamento Digital Primayer Mikron Equipamento para localização de fugas - Digital Primayer Leak Sizer O outro equipamento utilizado para a deteção de fugas foi o Leak Sizer (Figura 5.4), que possui as seguintes características: o Sistema digital avançado para localização de fugas com autonomia para 40 horas; o A grande vantagem deste equipamento é o facto de não possuir fios, este equipamento faz a transmissão de dados por Bluetooth para um PDA; o Este equipamento possui um avançado sensor de piso com comunicação por Bluetooh; o A comunicação é feita para um PDA com o software Leak Sizer; o Possui auscultadores de elevada performance, mala de transporte e carregador de bateria. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 43 Avaliação da Rede Figura 5.4: Equipamento Digital Primayer Leak Sizer Utilização dos equipamentos de localização de fugas Digital Primayer Mikron e Leak Sizer na inspeção de ramais e condutas da rede no setor S2 (Figura 5.5) F Figura 5.5: Utilização da vareta de escuta em ramais Figura 5.6: Utilização do equipamento na conduta 44 CAPÍTULO V Depois de percorrida a extensão de condutas e todos os ramais domiciliários de água, do setor S2, foram encontradas duas roturas em ramais, uma delas no interior de uma propriedade privada, ou seja, a jusante do contador, e uma outra no troço de tubagem imediatamente antes do contador (Figura 5.7). Figura 5.7: Fuga localizada num ramal 5.6.3. Reparação de Roturas Depois de localizadas as roturas, o consumidor cuja rotura foi detetada no seu ramal, a jusante do contador, foi avisado da situação identificada. A outra rotura foi devidamente tratada, tendo sido substituída a tubagem e acessórios do ramal domiciliário (Figura 5.8). Figura 5.8: Fuga reparada Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 45 Avaliação da Rede 46 CAPÍTULO VI 6. SUGESTÕES DE MELHORIA FUTURA 6.1. Substituição e Aplicação de Contadores Relativamente aos contadores, um dos fatores que ainda impossibilita a construção do balanço hídrico do sistema é a falta de contadores em alguns locais de consumo. Apesar de não pagarem o serviço de fornecimento de água, o facto de não existirem contadores aplicados impossibilita a contabilização desses consumos, dificultando a tarefa de controlo de perdas de água no sistema. Em relação aos contadores existentes e em funcionamento, para além dos que foram substituídos, falta ainda a substituição da grande maioria dos contadores existentes que apresentam idade avançada e diâmetro acima do necessário. A concretização destas duas medidas iria permitir otimizar a exploração da rede e efetuar um controlo operacional mais eficaz e rigoroso. 6.1.1. Substituição de Contadores A legislação em vigor aponta para a substituição dos contadores domésticos de pqueno diâmetro decorridos doze anos do início do seu funcionamento e alguns estudos realizados no âmbito do controlo das perdas aparentes apontam para a necessidade de substituir estes contadores ainda com maior frequência. Tendo em conta que a maioria dos contadores está em funcionamento desde o início da exploração da rede, o que deve significar na grande maioria dos contadores sessenta anos de funcionamento, logo se conclui a necessidade da sua substituição o quanto antes. Tendo em conta a gama de caudais associada aos consumos domésticos, de um modos geral reduzidos, a rede poderá ser muito mais rentabilizada se todos os contadores forem, o mais rapidamente possível, substituídos por outros de diâmetro mais adequado ás necessidades. 6.1.2. Aplicação de Contadores A aplicação de contadores em todos os locais onde existe consumo de água, mesmo que esta não seja faturada, é da maior importância, visto permitir proceder à quantificação e controlo desses consumos. Assim, tal como já foi indicado no início deste trabalho, para além dos consumidores cujos consumos são medidos e faturados, existe ainda um conjunto de entidades cujos consumos não são pagos mas que também não são contabilizados. A proposta é de que, assim que seja possível, do ponto de vista financeiro, se proceda com a maior urgência possível à aplicação de contadores nos seguintes locais/entidades: Casa do povo, centro de dia e jardim de infância Edifício sede da Junta de Freguesia Edifício de apoio ao campo de futebol Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 47 Sugestões de Melhoria Futura Cinco fontanários Duas capelas Igreja Torneira de manutenção do reservatório Cemitério 6.2. Manutenção do Reservatório Relativamente ao reservatório existente, para além de trabalhos de impermeabilização são visíveis do exterior algumas pequenas fissuras nas paredes, são também necessários na mesma fase de obra trabalhos de pintura interior e exterior de todo o reservatório. Depois de devidamente impermeabilizado e pintado deverá ser feita a lavagem e desinfeção do reservatório Para proceder aos trabalhos de lavagem e desinfeção propõe-se a adoção da Especificação Técnica de Trabalhos (ESPTRA016-04) da empresa Águas de Coimbra, disponibilizada na sua página na Internet. 6.3. Controlo de Pressões na Rede No que se refere às pressões na rede, estas assumem em geral valores baixos, pelo que no futuro terá de ser feita uma medição de pressões na rede nos pontos mais desfavoráveis e, provavelmente, terá de se implementar uma solução que deverá passar pela instalação no reservatório de um sistema de pressurização, de modo a aumentar as pressões na rede ao ponto de, garantir a pressão mínima nos pontos mais desfavoráveis. Para o presente estudo, refira-se que as pressões baixas na rede são favoráveis a uma menor ocorrência de fugas e roturas na rede e a menores caudais de água perdida através das mesmas. 6.4. Sistema de Telegestão A última proposta é a de, num futuro próximo, a entidade gestora – Junta de Freguesia de Meda de Mouros – implementar um sistema de controlo à distância através da utilização da plataforma da empresa ISA- Intelligent Sensing Anywhere, ou seja, a instalação de datalogger’s e sondas de nível que possam controlar a bombagem a partir dos níveis no reservatório. Para além desta função, esta plataforma da ISA tem a vantagem de também permitir a monitorização à distância dos caudais introduzidos na rede, conseguindo-se assim uma rápida deteção de fugas e perdas e um controlo mais eficaz e eficiente do sistema. Todo este sistema pode ainda funcionar por SMAlert, ou seja por um sistema de gestão de alarmes que pode ser operado remotamente por mensagens escritas (SMS) para os telemóveis dos responsáveis pela exploração e manutenção do sistema de abastecimento de água. 48 CAPÍTULO VII 7. CONCLUSÕES Em síntese, em Portugal as perdas de água constituem uma das principais fontes de ineficiência das entidades gestoras de abastecimento de água. Para além da valia ambiental, social e de saúde pública, o controlo das perdas permite ganhos económicos, o que deve ser cada vez mais nos dias de hoje um incentivo para a atuação das entidades gestoras. Pôr em prática um controlo operacional que permitisse à entidade gestora do sistema de abastecimento de água a distribuição de água com a qualidade adequada ao consumo humano, minimizando os riscos para a saúde pública, cumprindo com o disposto na legislação em vigor aplicável, diminuindo os custos suportados pela entidade na exploração e manutenção do sistema, permitindo diminuir as reclamações dos consumidores foi o objetivo inicial deste trabalho desenvolvido na Junta de Freguesia de Meda de Mouros. Do resultado deste estágio realizado na Junta de Freguesia de Meda de Mouros ficou a experiência de poder intervir num sistema existente com muitas anomalias que o tornavam pouco eficaz do ponto de vista do seu controlo operacional e poder ver realizadas obras de melhoria que permitiram tornar o sistema mais eficaz e sem fugas ou perdas significativas. Poder finalizar o estágio com a implementação de um conjunto de avaliações e ações que contribuíram para a obtenção de uma água de melhor qualidade, dotar o sistema de equipamentos que permitem a monitorização de caudais com vista a detetar e corrigir em tempo útil as alterações que eventualmente ocorram na qualidade da água ou com futuras perdas é poder dizer que o objetivo inicial foi atingido na sua quase totalidade. Melhor do que aprender novos conceitos, temas, ou ter contacto com novos equipamentos é poder ver concretizado e materializado o objetivo proposto no início da realização deste estágio, conforme se pretendeu traduzir no presente trabalho que se encara como um resumo do que existia antes e passou a existir depois das intervenções no sistema. Para além das melhorias implementadas, outras ficam como sugestão para o futuro, que se espera ser próximo, uma vez que por questões financeiras a falta de meios não permite a sua aquisição e instalação neste momento. Para que o objetivo inicial seja completamente concretizado é ainda necessário proceder à aquisição de um conjunto de equipamentos e implementação de algumas medidas, mas para tal são necessários meios financeiros que permitam tornar o sistema ainda mais eficaz e sustentável. Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 49 Conclusões 50 CAPÍTULO VIII 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sá Marques, J. A. A. S. e Sousa, J. J. O - Hidráulica Urbana – Sistemas de Abastecimento de Água e de Drenagem de Águas Residuais, 3ª Edição, Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra 2011. Alegra, H e Coelho, S.T. e Almeida, M.C e Vieira, P – Controlo de Perdas de Água em Sistemas Públicos de Adução e Distribuição, LNEC-Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Instituo da Água, Instituto Regulador de Águas e Resíduos. Henriques, J.D. e Palma J. C. P. e Ribeiro, A.S. – Medição de Caudal em Sistemas de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais Urbanas, Série Guias Técnicos Nº9, LNEC-Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Instituto Regulador de Águas e Resíduos. Rodrigo, C e Lopes, J.L. e Saúde, M e Mendes, R e Casimiro, R – Controlo Operacional em Sistemas Públicos de Abastecimento de Água, Série Guias Técnicos Nº10, Instituto Regulador de Águas e Resíduos. Alegre, H e Covas, D – Gestão patrimonial de infra-estruturas de abastecimento de água, Uma abordagem centrada na reabilitação, Série Guias Técnicos Nº16, Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. RGSPPDADAR (1995). Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais. Decreto regulamentar nº 23/95, DR nº 194/95, de 23 de Agosto, I Série.Lisboa. Especificações Técnicas, Águas de Coimbra – www.aguasdecoimbra.pt Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 51 ANEXO I PEÇAS ESCRITAS 52 Aquadis+ A New Standard for Volumetric Water Meters Aquadis+ is a world-class piston type volumetric water meter, designed for the best metering and billing in residential applications. FEATURES AND BENEFITS The Technology » Long-term performance The working principle of Aquadis+ is based on the combination of an extra dry register (no gears in the water), associated with a hermetical measuring element, using the concept of magnetic transmission. • Long-lasting high accuracy • High Efficiency • Any installation position • Permanent Readability » New Design Features • Enhanced Robustness • Pre-equipped for Communication Communication Device Pre-equipped for future communication through Cyble. • Compact • Easy Handling Efficiency Focusing on reliable and longterm performance, Aquadis+ offers maximised revenue collection provided by an innovative design to maintain high efficiency over time. Aquadis+ is also approved class C and D from Qn 0.75 to 1.5 according with: » European Directive EEC 75/33 for cold potable water meters » British Standard BS 5728 Aquadis+ is compliant with regulations for products to use in contact with water intended for human consumption. Aquadis+ has approvals granted by the following laboratories: » ACS (France) Approvals and Standards » Belgaqua (Belgium) Aquadis+ is approved at Q3 1,6, 2,5 and 4m3/h from Ratio 50 to 400 according with: » Kiwa (Netherlands) » WRAS (United Kingdom) » MID, Directive 2004/22/EC of the European Parliament » European Standard EN14154 - 2005 International Standard ISO 4064 » Recommendations OIML R49 WATER knowledge to shape your future Hermetically Sealed Register* (Counter) Glass lens and copper can register, condensation and water proof (IP 68), allows permanent readability * option for plastic case, for specific applications Communication Pre-equipped with the proven Cyble target allowing the meter’s integration into remote reading systems by adding the relevant module Robust Case (available also in thermoplastic material) High resistance to pressure Effective and Easy Maintenance Filter Prepared to contain major particles, easy to clean Compact and Easy Handling Aquadis+ DN15 Outstanding Accuracy and Long Term Performance Hydro-dynamically balanced piston obtained by an innovative design of measuring elements enables not only detection and account of extremely low flows (typically, < 1L/h) in wide range of flow rates, but also long-lasting and stable accuracy. OPTION Aquadis+ meters may be fitted with: » Cyble modules from the factory (please refer to specific leaflet), » Non return-valve for outlet pipe, » Removable cap. Aquadis+ Register COMMUNICATION Aquadis+ is always pre-equipped with the proven Cyble technology, making it possible to mount plug-and-play Cyble modules at any time. This opens up to a large range of advanced and reliable AMR systems: » Radio walk-by systems » Radio fixed data collection systems » M-Bus wired systems (walk-by or fixed network) » or any other system based on universal pulse outputs Key Advantages of Cyble Technology » Itron standard meter interface » No need of additional investments on the water meter » Electronic detection principle (no wear or bounce) » Leak detection » Reverse flow detection » Fraud detection » Not sensitive to magnetic fields Cyble RF fitted on Aquadis+ DN15 meter » Perfect index correlation For further info, refer to the specific leaflet. HEAD LOSS 1,0 Head loss (bar) 0,8 DN 20 DN1 5 0,9 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 Aquadis+ DN20 0,0 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 Flow Rate (l/h) TYPICAL ACCURACY CURVE ACCORDING WITH R160 MID CHANNEL Q3 Q4 Q1 Q2 +6 Aquadis+ DN15 Aquadis+ DN20 +4 +2 0 -2 Aquadis+ Manifold version -4 -6 1 10 100 Q1 Q2 1000 10000 Q3 Q4 The dynamic range is defined as the Ratio (R) between the Nominal and the minimum flowrates. The MID approval proves the Aquadis+ real capacity to withstands to higher nominal flows (Q3 > Qn). Aquadis+ DN15 composite version: - robust - lighter and ergonomic - resistant to dezincification Technical Specifications Meter Capacity D mm inches 15 ½” 20 ¾” ¾” In compliance with MID MID Accuracy Ratio (Q3/Q1) - all positions MID Type Approval Number Nominal Flow Rate (Q3) m3/h Standard Ratio (*) (Q3/Q1) Minimum Flow Rate (Q1) l/h Transitional Flow Rate (Q2) l/h Overload Flow Rate (Q4) m3/h Pressure Loss Class at Q3 bar Maximum Admissible Pressure (MAP) bar Operating Temperature (T) °C Climatic Environment °C 50 / 400 LNE 13636 1.6 2.5 100 160 16 15.6 25.6 25 2 3.125 0.25 0.63 16 0.1 / 30 5 / 55 63 / 400 LNE 16467 2.5 4.0 100 160 25 25 40 40 3.1 5 0.25 0.63 16 0.1 / 50 70 / -10 99999,999 0.02 1 3 5 25 50 (<1h/day) 99999,999 0.02 2 5 8 25 60 (<1h/day) B C A F (*) Other Ratios available under specific request Other Characteristics Indication Range Minimum Scale Interval Typical Starting Flow Rate Accuracy +/- 5% Accuracy +/- 2% Testing Pressure Maximum Accidental Water Temperature m3 l l/h l/h l/h bar °C E In line version In compliance with EEC 75/33 148+2 0 1900+2 - +2 0 m3/h m3/h l/h l/h bar bar °C Class C all position F-04-G-297 0.75 1 1.5 0.75/1,5* 1.5 2 3 3 7.5 10 15 7.5 11.25 15 22.5 11.25 16 1 30 150 EEC Metrology Class EEC approval number Nominal Flow Rate (Qn) Maximum Flow Rate (Qmax) Minimum Flow Rate (Qmin) Transitional Flow Rate (Qt) Maximum Admissible Pressure (PN) Pressure Loss (Head Loss Group) Maximum Operating Temperature (T) 47+10 In compliance with British Standard 5728 BS Metrology Class Nominal Flow Rate Maximum Flow Rate Minimum Flow Rate Transitional Flow Rate m3/h m3/h l/h l/h Class D all position 1 1.5 2 3 7.5 11.5 - Dimensions 91+10 88+10 Manifold version Weight Nominal Diameter Meter Thread mm 15 inches G ¾” G 1” mm 20 x 27 26 x 34 mm 105/110/115* 130/165/190 mm 115 mm 22 mm 85 mm 68 mm 158 A B C D E F 20 G 1” 26 x 34 190 143 20 88 70 186 Dimension mm 15 Weight in line Kg 0.75/0.95 Weight coaxial Kg 1.12 20 1.5 - (*) Other available lenghts: 134, 165, 170 Our company is the world’s leading provider of smart metering, data collection and utility software systems, with over 8,000 utilities worldwide relying on our technology to optimize the delivery and use of energy and water. To realize your smarter energy and water future, start here: www.itron.com For more information, contact your local sales representative or agency: ITRON WATER METERING 9, rue Ampère 71031 Mâcon cedex France Phone: +33 3 85 29 39 00 Fax: +33 3 85 29 38 58 While Itron strives to make the content of its marketing materials as timely and accurate as possible, Itron makes no claims, promises, or guarantees about the accuracy, completeness, or adequacy of, and expressly disclaims liability for errors and omissions in, such materials. No warranty of any kind, implied, expressed, or statutory, including but not limited to the warranties of non-infringement of third party rights, title, merchantability, and fitness for a particular purpose, is given with respect to the content of these marketing materials. © Copyright 2011, Itron. All rights reserved. WA-0002.2-EN-09.11 FICHA TÉCNICA CARBONATO DE SÓDIO 10% CARBONATO DE SÓDIO 10% A CAMPO DE APLICAÇÃO E DOSAGEM - O Carbonato de Sódio é um agente inorgânico para aumentar o pH e a alcalinidade da água, apto para utilização em águas de consumo humano ou animal. - O Carbonato de Sódio pode ser doseado na concentração em que é fornecido ou em solução diluída. - O uso de uma bomba doseadora e contador ou controlador de pH é a melhor forma de garantir a proporcionalidade desejada. - Os técnicos da Enkrott Centro, Lda apoiarão na definição da dosagem correcta. B PROPRIEDADES Aspecto: Odor: Densidade: Solubilidade: Composto Activo: Concentração: pH: C Produto líquido incolor Inodoro 2,5 Solúvel (na água), pouco solúvel (álcool puro) Carbonato de Sódio 10% 11,2 @ 20ºC MANUSEAMEN USEAMENT MAN USEAMEN TO E ARMAZENAGEM Manuseamento - Cumprir as boas práticas de higiene laboral. - Não comer, beber ou fumar enquanto manipula o produto. - Utilizar o equipamento de protecção individual adequado. Armazenagem - Conservar as embalagens bem fechadas, em local seco, ventilado e à temperatura ambiente. - Armazenar ao abrigo da luz solar directa, em local com pavimento incombustível. - Nas áreas de armazenamento, evitar a formação de cargas electrostáticas. - Assegurar a ligação à terra de todo o equipamento utilizado na zona de armazenagem. Utilizações específicas: - O produto foi elaborado para a utilização mencionada na rubrica “A”, pelo que não se recomenda a aplicação com qualquer outra finalidade. D APRESENTAÇÃO - Preparação líquida comercializada em quantidades de 25Kg. - Produto fornecido em tambor de polietileno de alta densidade, sendo esta tara retornável. E OUTRAS INFORMAÇÕES - O utilizador deve sempre e previamente à utilização de qualquer produto químico, ler atentamente o rótulo da embalagem. - O utilizador deverá ter formação de manuseamento de químicos e deve estar consciente dos riscos e reacções do produto. - O utilizador de fazer uso do equipamento de protecção individual necessário para a utilização do produto. - Outras informações de segurança podem ser encontradas na ficha de dados de segurança. - A ficha de dados de segurança será disponibilizada aos utilizadores profissionais do produto, quando solicitada. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FT - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 1 de 1 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% 1 SUBSTÂNCIA/PREPARAÇÃO SOCIEDADE/EMPRESA IDENTIFICAÇÃO DA SUBSTÂNCIA/ PREPARAÇÃO E DA SOCIEDADE/ EMPRESA 1.1. Identificação da substância ou preparação: preparação: Carbonato de Sódio (Solução a 10%) 1.2. Utilização da substância ou preparação: preparação: Agente alcalinizante para o tratamento de água 1.3. Identificação Identificação da sociedade/empresa: sociedade/empresa: Enkrott Centro – Gestão e Tratamento de Águas, Lda Moinho do Vento, Lote 2 – Antanhol 3041-901 COIMBRA Telef.: +351 239 802 920 Fax: +351 239 802 929 E-mail: [email protected] 1.4. Número de telefone telefone de emergência: emergência: Número Nacional de Emergência Médica (24/24Hr): CIAV - Centro de Informação Anti Venenos: 2 112 +351 808 250 143 IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS Classificação da substância ou preparação: Xi – Irritante Perigos da substância substância ou preparação para as pessoas: Irritante - Substância ou preparação não corrosiva que, em contacto directo, prolongado ou repetido com a pele ou as mucosas, pode provocar uma reacção inflamatória. Perigos da substância ou preparação para o ambiente: ambiente: Ver rubrica 12 3 COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES Designação Concentração 3.1. Identificação formal da substância ou preparação: Carbonato de Sódio 10% 3.2. Substâncias relevantes (preparações classificadas como perigosas em conformidade conformidade com a directiva 1999/45/CE): N/A N/A 3.3. Substâncias relevantes (preparações classificadas como não perigosas em conformidade com a directiva 1999/45/CE): 1999/45/CE): Carbonato de Sódio 10% 3.4. Classificação das substâncias referidas: N.º CE: Símbolo: Frases de Risco: 207-838-8 Xi R 36 Ver secção 16 3.5. Caracterização das substâncias referidas: Nome: N.º EINECS: N.º ELINCS: N.º CAS: Designação IUPAC : Carbonato de sódio Ver N.º CE Ver N.º CE 497-19-8 N/D 3.6. Identificação dos principais grupos químicos químicos funcionais ou designação alternativa: N/A Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 1 de 8 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% 4 PRIMEIROS SOCORROS Em caso de inalação: - Afastar a vítima do ambiente contaminado, respirar ar fresco e limpo; - Assoar a vítima; - Em caso de hemorragia nasal, consultar um médico. Em caso de contacto com a pele: - Remover o vestuário contaminado; - Lavar abundantemente a pele com água corrente; - Em caso de irritação ou dor persistente, consultar um médico. Em caso de contacto com os olhos: - Lavar imediata e abundantemente os olhos com água corrente, durante cerca de 15 minutos, levantando bem as pálpebras para total remoção do produto; - Consultar um oftalmologista. Em caso de ingestão: - Se a vítima estiver consciente, sem demora, lavar a boca com água e posteriormente dar água a beber em abundância. Não provocar o vómito. Recorrer a serviços médicos. - Se a vítima ficar inconsciente, deita-la de lado, verificar a respiração e os batimentos cardíacos. Chamar imediatamente um médico. Indicações para o médico: - Tratamento sintomático (efectuar descontaminação e verificar funções vitais) Necessidade da existência, nos locais de trabalho, de meios especiais para um tratamento específico imediato: - N/A 5 MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS Meios adequados de extinção: - O produto por si só não é inflamável. Seleccionar métodos adequados de extinção para outros materiais envolvidos e/ou circunstâncias do incêndio. Meios impróprios de extinção: - Nenhum. Perigos específicos da exposição aos produtos/gases produzidos: produzidos: - Produto incombustível. Equipamento de protecção: - A presença do produto não requer equipamento especial de protecção. Os intervenientes no combate a um incêndio devem utilizar equipamento de protecção em função dos outros produtos em combustão e das condições de incêndio. Outras informações: - O pessoal de combate a um incêndio deve manter-se sempre com o vento pelas costas e afastado de zonas baixas e reservatórios. - Manter todas as pessoas não necessárias afastadas do local. 6 FUGASS ACIDEN ACIDENTA TAIS MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGA TA IS Precauções individuais: - Evitar o contacto com a pele e com os olhos, utilizando luvas e outro equipamento protector com resistência química, preferencialmente em neopreno ou borracha. Precauções ambientais: - Represar o líquido de forma a evitar a contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas e a penetração e drenos, esgotos e valas ou rios, utilizando areia, terra ou outro material absorvente apropriado, para posterior eliminação segura. - No caso de derrame na via pública, sinalizar o local e participar às autoridades competentes. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 2 de 8 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% Métodos de limpeza: - No caso de pequenos derrames, derrames absorver ou reter o liquido com areia, terra ou outro material de absorção e controlo de derrames. Recolher com uma pá para recipientes devidamente etiquetado e selado para posterior eliminação segura. Colocar os recipientes a verter num tambor etiquetado ou transferir para outro tambor. Lavar a zona contaminada com água em abundância. - No caso de grandes derrames, derrames represar devidamente o produto e remove-lo por bombagem, para recipientes adequados e estanques, devidamente selados e etiquetados, para posterior recuperação ou eliminação do produto. Outras informações: - Ver outras medidas de protecção individual na rubrica 8. - Tratar os resíduos resultantes das fugas acidentais em conformidade com a rubrica 13. 7 MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM 7.1. Manuseamento - Cumprir as boas práticas de higiene laboral – Não fumar. - Utilizar o equipamento de protecção individual adequado (ver rubrica 8). 7.2. Armazenagem - Conservar as embalagens bem fechadas, em local seco, ventilado e à temperatura ambiente. - Armazenar ao abrigo da luz solar directa, em local com pavimento incombustível. - Nas áreas de armazenamento, evitar a formação de cargas electrostáticas. - Assegurar a ligação à terra de todo o equipamento utilizado na zona de armazenagem. 7.3. Utilizações específicas - O produto foi elaborado para a utilização prevista na rubrica 1.2, pelo que não se recomenda a aplicação com qualquer outra finalidade. - A aplicação do produto deve ser efectuada através de bomba doseadora. 8 DA CONTROLO D A EXPOSIÇÃO/PROTECÇÃO INDIVIDUAL 8.1. ValoresValores-limite de exposição: Limite: N/A Valor: N/A Unidade: N/A Obs.: N/A 8.2. Controlo da exposição 8.2.1. Controlo Controlo da exposição profissional: a) Protecção respiratória - O produto não liberta gases, vapores ou poeiras perigosas, pelo que, utilizado em condições normais, não é necessário qualquer equipamento de protecção respiratória específico. b) Protecção das mãos mãos - Utilizar luvas de protecção com resistência química, fabricadas em neopreno ou borracha. - A duração de utilização das referidas luvas será condicionada pela impermeabilidade das mesmas, devendo ser substituídas quando apresentarem danos comprometedores da eficácia da sua utilização. c) Protecção dos olhos - Utilizar óculos ou viseira de segurança com resistência contra salpicos de produtos químicos. d) Protecção da pele - Utilizar vestuário de trabalho adequado à actividade e sapatos ou botas de segurança resistentes a produtos químicos e preferencialmente anti-estáticas. - Não comer, beber ou fumar durante a utilização do produto. 8.2.2. Controlo da exposição ambiental: - Evitar a entrada do produto nos ecossistemas. - Respeitar as regulamentações locais e nacionais sobre os efluentes aquosos. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 3 de 8 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% 9 PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS 9.1. Informações gerais Aspecto: Odor: - Produto líquido, incolor. - Produto inodoro. 9.2. Dados importantes para a saúde, a segurança e o ambiente: ambiente: pH Ponto de ebulição/intervalo de ebulição: Ponto de inflamação: Inflamabilidade (sólido, gás): Propriedades explosivas: Propriedades oxidantes: Pressão de vapor: Densidade relativa: Solubilidade: Hidrossolubilidade: Coeficiente de partição n-octanol/água: Viscosidade: Densidade do vapor: Taxa de evaporação: 11 a 20ºC em solução aquosa a 0,4% N/D N/A N/A N/A N/D N/D 2,5 N/A 210g/l a 20ºC N/A N/D N/D N/D 9.3. Outras informações: Miscibilidade: Lipossolubilidade: Condutividade: Ponto/intervalo de fusão: Grupo de gases: Temperatura de auto-ignição: Temperatura de decomposição: Densidade aparente: 10 N/D N/D N/D 851ºC N/A N/A > 400ºC N/D ESTABILIDADE E REACTIVIDADE Características gerais: - Produto estável quando utilizado em condições normais de pressão e temperatura, pelo que não carece da adição de qualquer estabilizante adicional. - Não é previsível qualquer alteração do aspecto físico, pelo que, previamente à utilização do produto alterado, recomenda-se a comunicação da ocorrência ao fornecedor, para despistagem de qualquer risco de segurança. 10.1. Condições a evitar: - Nenhuma. - Não existe o risco de reacção exotérmica perigosa. 10.2. Matérias a evitar: - Nenhuma. - Em contacto com a água, não forma qualquer produto perigoso. 10.3. Produtos de decomposição perigosos: - Nenhum. - A degradação do produto não resulta em produtos instáveis. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 4 de 8 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% 11 INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA Efeitos toxicológicos por exposição: Inalação: LC50, 2h, 2,3mg/l (rato) Toxicidade Crónica: Pulmões 0,07mg/l (rato) Ingestão: TDL - LD50, >2000 mg/kg (rato) Contacto com a pele: Não irritante (coelho) Contacto com os olhos: Irritante (coelho) Outras informações: Nenhum efeito sobre a reprodução. Os valores apresentados referem-se ao produto no estado puro, antes da sua diluição. 12 INFORMAÇÃO ECOLÓGICA 12.1. Ecotoxicidade Ensaio: nsaio: Peixes Crustáceos Algas e outras plantas aquáticas Microrganismos do solo Macrorganismos do solo Outros organismos relevantes (aves, abelhas plantas) Impacto em estação de tratamento água residual Espécie: spécie: Lepomis macrochirus Daphnia magna Nitscheria linearis Fitoplancton N/D N/D N/D N/D Resultado: LC50, 96h, 300mg/l EC50, 48h, 265mg/l EC50, 5 dias, 242mg/l EC, biomassa, 7 dias, 14mg/l N/D N/D N/D N/D 12.2. Mobilidade Distribuição Ar: Água: Solo: Tensão superficial: Absorção/dessorção: - N/A - Solubilidade e mobilidade importantes. - Absorção não significativa. - N/D - Absorção não significativa. 12.3. Persistência e degradabilidade degradabilidade Degradação em meio ambiental: Período de semi-degradação: Degradação em estação de tratamento de águas residuais: - Não aplicável, produto inorgânico. - N/D - Água – Hidrólise, produtos de degradação: carbonato (pH>10), bicarbonato (pH6-10), Ácido Carbónico/CO2 (pH<6). 12.4. Potencial de bioacumulação - N/A (produto inorgânico ionizável). 12.5. Resultados da avaliação PBT - N/A 12.6 Outros efeitos adversos - Os efeitos observados resultam das propriedades alcalinas do produto. - O produto não apresenta perigo significativo para o ambiente. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 5 de 8 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% 13 RELATIVASS À ELIMINAÇÃO CONSIDERAÇÕES RELATIVA Precauções: - Os excedentes ou resíduos resultantes das utilizações previsíveis do produto, devem ser recolhidos em recipientes próprios. Eliminação do produto: - Diluir os excedentes ou resíduos do produto em água e de seguida neutralizar com ácido inorgânico de baixa concentração. - Utilizar, dentro do possível, embalagens reutilizáveis reservadas para este produto de modo a minimizar o processamento de resíduos. - As embalagens depois de vazias e submetidas a lavagem com água em abundância, podem ser reutilizadas. - Os efluentes resultantes destas operações devem ser tratados como resíduo. Eliminação de embalagens: - Caso não seja possível a sua reutilização, as embalagens usadas devem ser tratadas em conformidade com as disposições comunitárias pertinentes, ou na ausência destas, em conformidade com a legislação nacional ou regional. 14 INFORMAÇÕES RELATIVASS AO TRANSPORTE INFORMAÇ ÕES RELATIVA Modalidade de transporte/Regulament transporte/Regulamentação: te/Regulamentação: Marítimo: IMDG – International Maritime Dangerous Goods IMO – International Maritime Organization N.º ONU: Classe: Denominação de expedição: Grupo de embalagem: Poluente marinho: Outras informações aplicáveis: N/A Rodoviário: RPE – Regulamento Nacional Transporte Mercadorias por Estrada ADR – Transporte Internacional Mercadorias Perigosas por Estrada (Directiva 94/55/CE do Conselho, de 21 de Novembro de 1994, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes ao transporte rodoviário de mercadorias perigosas) N.º ONU: Classe: Denominação de expedição: Grupo de embalagem: Poluente marinho: Outras informações aplicáveis: N/A Ferroviário: RPF – Transporte Mercadorias Perigosas por Caminho-de-ferro RID – Transporte Ferroviário Internacional Mercadorias Perigosas (Directiva 96/49/CE do Conselho, de 23 de Julho de 1996, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes ao transporte ferroviário de mercadorias perigosas) N.º ONU: Classe: Denominação de expedição: Grupo de embalagem: Poluente marinho: Outras informações aplicáveis: N/A Aéreo: ICAO – International Civil Aviation Organization IATA – International Air Transport Association N.º ONU: Classe: Denominação de expedição: Grupo de embalagem: Poluente marinho: Outras informações aplicáveis: N/A 15 INFORMAÇÃO SOBRE REGULAMENTAÇÃO Avaliação da segurança química: química: Rotulagem: - N/D - Em conformidade com as Directivas 67/548/CEE e 1999/45/CE e - Legislação nacional através da Portaria n.º 732-A/96 e DL 82/2003. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 6 de 8 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% CARBONATO DE SÓ SÓDIO 10% CARBONATO DE SÓ SÓDIO EM SOLUÇ SOLUÇÃO A 10% Agente alcalinizante para o tratamento de água NATUREZA DOS RISCOS R 36 - Irritante para os olhos. CONSELHOS DE PRUDÊNCIA S2 - Manter fora do alcance das crianças. S 25 - Evitar o contacto com os olhos. S 26 - Em caso de contacto com os olhos, lavar imediata e abundantemente com água e consultar um especialista. Xi - Irritante (Considerado não perigoso, de acordo com os regulamentos de transporte) Lote: Lote: Ver etiqueta própria N.º N.º CE: N.ºº CAS: N. N.º N.º Índice: ndice: 16 207-838-8 N.ºº Perigo: N. Perigo: 497-19-8 N.º N.º ONU: 011-005-00-2 Classe: Classe: Rotulagem CE Peso Líquido: quido: 25,0 Kg N/A Peso Bruto Bruto:: 26,2 Kg Validade: N/A - Não Aplicável Validade: N/A Retornável – A devolver em boas condiç condições N/A - Gr. Emb.: Emb.: N/A Tara Retorná OUTRAS INFORMAÇÕES Lista das frases R relevantes: R36 - Irritante para os olhos Recomendações de formação profissional: - O utilizador deverá ter formação de manuseamento de químicos e deve estar consciente dos riscos e reacções do produto; - Os dados proporcionados não representam garantia das propriedades do produto; - O adequado manuseio e manipulação do produto é da única responsabilidade do utilizador; Utilização prevista: - Agente alcalinizante utilizado no tratamento de águas. Restrições de utilização recomendadas: - Todas as utilizações não mencionadas acima. Outras informações: - Ficha de dados de segurança elaborada com base no regulamento CE N.º 1907/200 de 18 de Dezembro e legislação nacional através do DL N.º 63/2008 de 02 de Abril. Fontes dos dados utilizados na elaboração - A informação apresentada, elaborada a partir dos dados facultados por fontes da ficha: fidedignas e alguns ensaios próprios, é a melhor disponível no nosso conhecimento, dizendo apenas respeito ao produto e podendo não ser válida em composições ou formulações com outros produtos, Alterações: - N/A Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 7 de 8 FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA CARBONATO DE SÓDIO 10% Notas Finais: - Toda a informação fornecida é considerada correcta de acordo com os dados disponíveis aquando da sua compilação. - A informação contida neste documento é importante para a garantia da segurança na armazenagem, manuseamento e utilização do produto em causa, pelo que deve ser dado conhecimento do seu conteúdo a todos os trabalhadores envolvidos e aos responsáveis pela segurança. - É da responsabilidade do utilizador o cumprimento de todas as disposições legais que possam ser aplicáveis a este tipo de produtos. Glossário: N/A – Não Aplicável N/D – Não Disponível Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Carbonato de Sódio - FS - V.20091104 Data: 04-11-2009 Pág. 8 de 8 Depósitos para reagentes DP Depósito reagentes Resistência química Suporta agitadores Volumes até 1200 L Graduação embutida Colberge DP Tampa roscada Os depósitos da série DP, construídos por rotomoldagem em polietileno de alta densidade, foram concebidos para responder a todos os requesitos inerentes á preparação, armazenamento e dosagem de reagentes para tratamento de águas. Está disponível uma gama, que contempla desde pequenas unidades para aplicação em piscinas privadas e tratamentos químicos, até volumes que respondem às necessidades de ETAs e ETARs públicas e industriais. Características técnicas - Resistência química e mecânica; - Graduação embutida; - Translúcidos, para leitura fácil do nível (Opção: opacos, cor azul ou preto); - Defletores laterais; - Ombros transversais reforçados, concebidos para montagem de bombas doseadoras; - Flange para montagem de agitador; - Boca instalada em face inclinada; - Tampa roscada para total vedação; - Saída roscada para válvula de descarga. Vistas / Dimensões ØD Ht ØF Série DP Modelo Volume Altura Diâmetro ØF ØB Peso litros (Ht) mm (Ø D) mm mm mm kg 6 DP100 100 680 490 140 130 DP200 200 980 550 160 130 9 DP500 500 1280 740 220 220 18 DP1200 1200 1500 1060 220 220 35 www.colberge.com DP-PT DC280109 ØB Contadores de água com emissor de impulsos MFX-K Turbina multi-jet Estrutura em ferro fundido Emissor de impulsos Até 30ºC Bom desempenho Boa resistência Contadores de água fria - Série MFX-K O modelo MFX-K de contador de água é preferencialmente utilizado para o controle proporcional de bombas doseadoras por reed switch. A sua estrutura construída em ferro fundido revestida a tinta epóxi, totalmente selada, confere-lhe uma boa resistência ao desgaste e á corrosão. Características - Turbina multi-jet, com acoplamento magnético; - Contador de água fria até 30ºC, câmara seca; - Instalação horizontal; - Desempenhos hidráulicos de acordo com os requisitos da classe B da directiva CEE no.75/33 e ISO 4064/1; - Todos os modelos estão disponíveis e selados com a marca oficial da CEE; - Todos os modelos com saída de impulso do dispositivo estão disponíveis mediante pedido; - Carga de contacto máxima de 24V (protecção de baixa tensão), 0,2A; Modelo de câmara seca para água fria até 30°C: MFX-K – 20 mm. – 3/4” MFX-K – 25 mm. – 1” MFX-K – 40 mm. – 1.1/2” MFX-K – DN50 (c/ flange) Performances Hidráulicas e dimensões gerais mm-polegadas 20-3/4 25-1 40-1.1/2 DN50 Qmax: máximo caudal para período curto (m³/h) 5 7 20 30 Qn: caudal nominal (m³/h) 2,5 3,5 10 15 Qt: caudal de transição c/ erro de ±2% na classe B (l/h) 200 280 800 3000 Qmin: caudal minímo c/ erro de ±2% na classe B (l/h) 50 70 200 450 Débito de arranque (l/hr) 12 22 22 50 Taxas de impulsos disponíveis Pressão máxima de funcionamento (bar) 16 16 16 16 0,25 - 0,5 - 1 - 2 - 2,5 - 3 - 4 - 5 - 10 - 20 - 25 - 30 - 40 - 50 - 100 - 200 250 - 300 - 400 - 500 - 1000 litros/impulso. Registo de contacto de/para (m³) 0,0001 100.000 0,0001 100.000 0,0001 100.000 0,0001 100.000 1) Comprimento s/ acoplamentos (mm) 160-170 190 220 260 300 300 Comprimento c/ acoplamentos (mm) 260-270 290 320 360 440 --- 2) Altura c/tampa aberta (mm) 185 200 210 --- 3) Altura c/tampa fechada (mm) 105 120 130 190 4) Diâmetro máximo (mm) 96 100 136 170 5) Altura do tubo (mm) 35 40 60 70 Peso com acoplamentos (kg) 1,800 3,200 6,100 --- Peso sem acoplamentos (kg) 1,550 2,750 5,100 7,400 www.colberge.com Contadores de água com emissor de impulsos MFX-K Todos os contadores são produzidos com materiais de qualidade, assegurando uma resistência máxima ao desgaste e á corrusão. Curva de perda de carga Dn - mm 20 25 5 7 40 50 20 30 1 PERDA DE CARGA - bar 0,7 0,5 0,4 0,25 0,2 0,15 0,1 0,07 0,05 Reed switch imbutido com cabo de 2 metros 0,7 1 2 3 10 Caudal - m³/h erro em % Curva típica de precisão +5% +2% 0 -2% Qmin Qmax Qt Dts MFX-K Pt DC13012011 -5% Qn www.colberge.com Bombas Doseadoras Electromagnéticas MP Regulação de volume Regulação de frequência Reagentes corrosivos Caudal até 15 l/h Colberge MP Comando externo opcional Pressão até 16 bar As bombas doseadoras da série MP6, são electromagnéticas de diafragma, de construção versátil e compacta, ideais para a maior parte das aplicações de tratamento de águas. O Led frontal bicolor indica o funcionamento normal ou falha de nível. A gama inclui 5 modelos, com caudais até 15 l/h e pressões até 16 Bar. A regulação contínua do diafragma associada à regulação “step by step” da frequência de impulsos permitem o ajuste do caudal em qualquer situação. O potenciómetro de frequência permite ainda seleccionar o modo de comando externo, por contacto seco do tipo reed relay ou stop. Sonda de nível e cabo de comando externo plug and play nos modelos MP6x3 As cabeças em PVDF, com válvula de purga incorporada, válvulas de dupla esfera cerâmica, vedantes em FPMB e os diafragmas standard em PTFE fazem da série MP a solução ideal para toda a variedade de reagentes químicos. Características da versão standard - Alimentação eléctrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .220 VAC - Potência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11W - Consumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,12 A - Amp. máxima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 A - Fusível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,16 A - Protecção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IP65 - Nível sonoro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . <70db a 1 m - Temperatura máx. dosagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35ºC - Temperatura máx. ambiente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45ºC - Dimensões da embalagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25x33x10cm - Peso embalado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2kg 158,7 85 84,7 132,5 Opções à versão standard 80 6 92,5 Série MP6 Caudal a Pmax F.máx. Ø ext/int P.max sucção Cabeça bar l/h ml/imp bar l/h ml/imp imp/min mm bar PVDF* MP60 16 1,1 0,10 8 1,4 0,13 180 6x4 8 402 MP61 10 2,1 0,19 5 2,6 0,24 180 6x4 5 412 MP65 7 3,9 0,36 3,5 4,5 0,42 180 6x4 3 422 MP66 3 MP64 1,5 Modelo Caudal a Pmed 8,5 0,79 1,5 10,8 1,00 180 8x5 1 542 14,9 1,38 1,0 15,5 1,4 180 8x5 0,5 552 * Para estas versões estão incluídos os seguintes acessórios: chupador, injector e 6 metros de tubo. www.colberge.com MP-PT DC280109 18,3 - Comando externo por impulsos - Sonda de nível - Válvulas multifunções - Suporte para montagem em parede Sonda de nível para bombas doseadoras MP Teoria de Funcionamento A sonda de nível para bombas doseadoras MP permite verificar o nível de líquido no tanque de armazenamento. Com um único estado que poderá parar a bomba doseadora quando tal se justifique. Ficha redonda de 2 pins para ligação directa á bomba MP. Cabo de 2 metros. Peso cerâmico para colocação da sonda na vertical. Dados técnicos Corrente máxima de contacto...................................................................100V Amperagem de contacto..............................................................................0.5A Potencia de contacto..............................................................................5W/5 VA Gama de temperatura....................................................................-10ºC a 65ºC Protecção............................................................................................................IP67 Modo de contacto.........................1 (Normalmente Aberto / N. Fechado) Materiais....................Corpo PVDF, bóia em PE expandido e cabo em PE Legenda Dts Sonda nível MP PtDC30092010 1 - Connector de dois pinos 2 - Peso cerâmico www.colberge.com FICHA DE SEGURANÇA HIPOCLORITO DE SÓDIO 1 – IDENTIFICAÇÃO DA SUBSTÂNCIA/PREPARAÇÃO E DA EMPRESA Nome Comercial do Produto: HIPOCLORITO DE SÓDIO Aplicação Comum: Agente oxidante e desinfectante Fornecedor: ENKROTT CENTRO – Gestão e Tratamento de Águas, Lda Moinho do Vento, Lote 2 – Murteira Antanhol 3041-901 COIMBRA Telef.: +351 239 802 920 Fax: +351 239 438 902 E-mail: [email protected] Contactos de Emergência (Telef.): Centro de Informações Anti-venenos: Número Nacional de Emergência Médica: INEM Instituto Nacional de Emergência Médica: Enkrott Centro, Lda: +351 217 950 143 112 +351 217 954 774 +351 239 802 920 2 – COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES Identificação da substância/informação: Hipoclorito de Sódio (Solução aquosa – 13% cloro activo) NaCLO 2.1 – Componentes Relevantes: Hipoclorito Sódico 2.2 – Caracterização dos Componentes Listados em 2.1 N.º CAS: N.º ELINCS/EINECS: N.º CE: AVISOS: FRASES R: 7681-52-9 231-668-3 C R31/34 2.3 – Categorização dos Componentes Listados em 2.1 CATEGORIA CE: CARC: MUTA: RF: RE: GUIA CE: – – – – – – 3 – IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS Designação de Risco: C – Corrosivo Principais Perigos: O produto pode provocar queimaduras na pele e mucosas; Risco de libertação de cloro por reacção acidental com um ácido; Risco de rebentamento do recipiente em caso de aquecimento. Sistema de Classificação: De acordo com as directivas definidas pela EU e legislação nacional aplicável. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Hipoclorito de Sódio - FS - V.20070830 Data: 30/08/2007 Pág. 1 de 6 FICHA DE SEGURANÇA HIPOCLORITO DE SÓDIO 4 – PRIMEIROS SOCORROS Recomendações Genéricas: Não são necessárias instruções genéricas. Contacto com os Olhos: Lavar os olhos com água corrente (mínimo 15 minutos) levantado as pálpebras; Contactar um médico oftalmologista para tratamento adicional. Contacto com a Pele: Remover as roupas contaminadas debaixo de um chuveiro de emergência; Lavar abundantemente a pele com água corrente durante 30 minutos e secar com toalha, sem esfregar; Contactar um médico se persistir alguma afecção da pele; Não utilizar neutralizantes nem medicamentos sem orientação médica. Ingestão: Se o sinistrado estiver totalmente consciente, deverá lavar imediata e abundantemente a boca com água e ingerir grandes quantidades de água e leite; Não alimentar nada pela boca ao sinistrado caso se encontre inconsciente ou convulsivo; Não induzir o vómito do sinistrado; Manter o paciente deitado e coberto; Contactar um médico informando-o do produto ingerido e estado do sinistrado. Inalação: Remover o sinistrado da área contaminada, colocar num local bem ventilado; Aplicar respiração artificial em caso de insuficiência respiratória; Contactar um médico informando-o do produto inalado e estado do sinistrado. 5 – MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS Meios Recomendados de Extinção: Arrefecer as paredes do recipiente com recurso a água pulverizada; Utilizar qualquer tipo de extintor. Equipamento Especial de Protecção: O pessoal de combate ao incêndio deve utilizar equipamento de protecção respiratória, roupa, luvas e botas resistentes a produtos químicos. Outras Informações: Existe o perigo de rebentamento de recipientes em caso de incêndio; Manter as pessoas estranhas afastadas do local; O pessoal de intervenção deve manter-se sempre com vento pelas costas e afastado das zonas baixas; Caso seja possível, remover os recipientes da área do incêndio. 6 – MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGA OU DERRAME ACIDENTAL Precauções Individuais: Respeitar as medidas de protecção indicadas no ponto 8. Precauções Ambientais: Evitar a contaminação de cursos de águas. Métodos de Limpeza: Lavar a zona com água abundante, uma vez que em concentrações reduzidas o produto deixa de apresentar riscos; Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Hipoclorito de Sódio - FS - V.20070830 Data: 30/08/2007 Pág. 2 de 6 FICHA DE SEGURANÇA HIPOCLORITO DE SÓDIO Se a quantidade derramada for elevada e em local fechado, deverá o mesmo ser prontamente arejado de modo a evitar a concentração de cloro gasoso no local; Impedir o escoamento do produto para esgotos, cursos de água e terrenos permeáveis ou de cultura, com terra ou areia e recolher os resíduos em contentores; Se o derrame ocorrer na via pública, sinalizar o local e participar às autoridades competentes e Bombeiros. 7 – MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM Manuseamento: O pessoal deve estar convenientemente instruído sobre os riscos do produto, utilização do equipamento de protecção individual e das medidas a tomar em caso de emergência; Lavar bem as mãos após o manuseamento; Evitar o contacto com a pele e olhos. Armazenagem: Armazenar em local amplo, fresco e seco, ao abrigo da incidência directa da luz solar e com ventilação natural; Armazenar afastado de fontes susceptíveis de provocar calor, materiais combustíveis, inflamáveis, comburentes ou explosivos e ainda ácidos, substâncias oxidantes e redutoras; Quando armazenado em embalagens de grande capacidade, a zona envolvente deve dispor de bacia de retenção; Manter os recipientes bem fechados, evitando o uso de recipientes transparentes ou translúcidos; Os locais de descarga, armazenagem ou utilização devem estar equipados com chuveiro e lava-olhos de emergência, sinalização de segurança e meios de extinção de incêndios. Materiais Recomendados: PVC, Polipropileno, PTFE, Poliéster, Aço Ebonitado, Vidro, Grês ou Titânio. Materiais Não Recomendados: Cobalto, Níquel, Cádmio, Ferro, Cobre, Bronze e respectivas ligas. 8 – CONTROLO DA EXPOSIÇÃO/PROTECÇÃO INDIVIDUAL Limite de Exposição: NAC – 1ppm de cloro NP 1796 (1988) Medidas Gerais de Protecção e Higiene: Guardar longe de géneros alimentícios, bebida e comida; Não comer, beber ou fumar durante a utilização do produto; Remover de imediato qualquer vestuário impregnado; Lavar as mãos nos intervalos e no final do trabalho. Equipamento de Protecção Individual Mãos: Luvas de PVC ou borracha impermeável. Corpo: Avental/fato e Botas de PVC. Olhos: Óculos de segurança, com protecção lateral; Não utilizar lentes de contacto. Respiração: Usar máscara de protecção com filtro adequado (em caso de libertação de cloro). Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Hipoclorito de Sódio - FS - V.20070830 Data: 30/08/2007 Pág. 3 de 6 FICHA DE SEGURANÇA HIPOCLORITO DE SÓDIO 9 – PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS Estado Físico a 20º C: Cor: Cheiro: pH (1%) Densidade Relativa: Solubilidade em Água: Líquido (em solução) Amarelo claro Acre 11 (20º C) 1,20 g/m3 (20º C) Completa (20º C) Outros relevantes Perigo de explosão: Alcalinidade Livre: Concentração de Cloro Activo: Solubilidade: Quando sujeito a elevadas temperaturas, existe o risco de explosão dos recipientes em que se encontra armazenado o produto. 8 g/L de NaOH 13.0% Solúvel também em Etanol ou Acetona 10 – ESTABILIDADE E REACTIVIDADE Estabilidade: Estável se utilizado conforme as especificações e sobre condições de pressão e temperatura normais. Condições a Evitar: Calor, fontes de calor ou luz solar directa de modo a evitar a libertação de Cloro. Produtos a Evitar: Evitar o contacto com ácidos, alguns metais como o cobre, níquel, cobalto e ferro, materiais orgânicos, aminas, metanol e sais de amónio. Produtos de Decomposição Perigosos: Cloro. 11 – INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS Efeitos Patológicos: O contacto com os olhos pode provocar edema ocular; O contacto prolongado com a pele provoca prurido e queimaduras; Em caso de ingestão provoca queimaduras das vias digestivas e o desprendimento do cloro no estômago; A inalação de cloro desprendido pela reacção acidental com um ácido ou por influência de altas temperaturas, provoca irritação nos olhos e vias respiratórias. Efeitos Toxicológicos: LD50 oral (rato) = 5.800 mg/kg 12 – INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS Impacte Ambiental: Os riscos para o ambiente são decorrentes da sua acção corrosiva quando em concentrações elevadas. Eco Toxicidade: -- Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Hipoclorito de Sódio - FS - V.20070830 Data: 30/08/2007 Pág. 4 de 6 FICHA DE SEGURANÇA HIPOCLORITO DE SÓDIO Mobilidade: -- Persistência e Degradabilidade: -- Potência de Bio Cumulação: -- Outros Efeitos Adversos: -- 13 – CONSIDERAÇÕES SOBRE RESÍDUOS A destruição do produto ou dos seus resíduos deve ser efectuada de acordo com a legislação local. Deve-se drenar por completo as embalagens vazias e proceder à sua lavagem. A água contaminada deve ser tratada antes de ser vertida para esgoto. Deve-se promover a reciclagem das embalagens usadas através de operador autorizado. Código CE do Resíduo: -- Processo de Eliminação: O produto deve ser diluído em água abundante antes de ser vertido para qualquer colector; A destruição das embalagens será de acordo com os Regulamentos Especiais de Resíduos. 14 – INFORMAÇÕES PARA O TRANSPORTE Este produto é abrangido pelos regulamentos aplicáveis ao transporte de mercadorias perigosas. 14.1 – Regulamento de Transporte Terrestre (RPE) 14.2 – Regulamento de Transporte Marítimos (IMDG) 14.3 – Regulamento de Transporte Aéreo (ICAO/IATA) N.º UN: Código de Perigo: Nome de Expedição: Perigo Causado Por: Classe RID/ADR: Rótulo: GGVS/GGVE: Grupo de embalagem: 1791 80 Hipoclorito de Sódio Corrosão 8 – N.º 61º b 8 - Corrosivo N.º UN: N.º EMS: Grupo de embalagem: Nome de Expedição: Perigo Causado Por: Classe IMO/IMDG: N.º MFAG: Rótulo: MarPol: ADNR: 1791 III III Hipoclorito de Sódio Corrosão 8 8 - Corrosivo N.º UN: 1791 Rótulo: 8 - Corrosivo Quantidade/Passageiro: Quantidade/Aeronave: Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Hipoclorito de Sódio - FS - V.20070830 Data: 30/08/2007 Pág. 5 de 6 FICHA DE SEGURANÇA HIPOCLORITO DE SÓDIO Nome de Expedição: Hipoclorito de Sódio Perigo Causado Por: Corrosão Classe ICAO/IATA: Grupo de embalagem: III Pág. IATA: 14.4 – Regulamento de Transporte Ferroviário (RPF) N.º UN: 1791 15 – INFORMAÇÕES SOBRE REGULAMENTAÇÃO Legislação Aplicável: Rotulagem - Decreto-lei n.º 82/2003 de 23 de Abril e portaria n.º 732-A/96. Rotulagem: C – Corrosivo Frases R: R31 R34 Em contacto com ácidos liberta gases tóxicos. Provoca queimaduras. Frases S: S1/2 S28 Guardar fechado à chave e fora do alcance das crianças. Em caso de contacto com os olhos, lavar imediatamente e abundantemente com água e consultar um especialista. Em caso de acidente ou indisposição, consultar imediatamente o médico (se possível mostrar o rótulo). Não misturar com ácidos. S45 S50 16 – OUTRAS INFORMAÇÕES Formação Recomendada: O utilizador deverá ser formado no manuseamento de químicos e deve estar consciente dos riscos e reacções do produto; Ler o rótulo antes de abrir a embalagem. A informação apresentada, elaborada a partir dos dados dos nossos fornecedores e de alguns ensaios próprios, é a melhor disponível no nosso conhecimento e é somente referente ao produto com o intuito de informar sobre os aspectos de segurança. Os dados proporcionados não representam garantia das propriedades do produto. O adequado manuseio e manipulação do produto é da única responsabilidade do usuário. Elaboração: (PC) Aprovação: (JM) Doc.: Hipoclorito de Sódio - FS - V.20070830 Data: 30/08/2007 Pág. 6 de 6 ANEXO II PEÇAS DESENHADAS Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 53 ANEXO II.1 PLANTA DO SISTEMA INICIAL 54 ANEXO II.2 2.1. - PLANTA DA CONDUTA ADUTORA FINAL Marta Sofia Abreu Martins de Oliveira 55 ANEXO II.2 2.2. - PLANTA DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO E SETORIZAÇÃO DA REDE: S1 E S2 56