Orientações para a realização das Conferências Municipais de Assistência Social, de acordo com o CNAS TEMA – “Participação e Controle Social no SUAS” Período de realização: • âmbito municipal: de 01 de maio a 09 de agosto • âmbito estadual: 22 e 23 de setembro • âmbito nacional: 30 de novembro a 03 de dezembro Proposta para as Conferências Municipais Nas Conferências a serem programadas, considerar a necessidade de um salto qualitativo, com participação dos atores da política, incluindo os usuários do Sistema e a criação de espaços de análise, debates e encaminhamento de propostas e deliberações concretas e exeqüíveis. Subtemas 1. Processos históricos de participação popular no país: nossa cidade e territórios em movimento. 2. Trajetória e significado do controle social na Política de Assistência Social: a diretriz constitucional em debate. 3. Protagonismo do usuário e o seu lugar político no SUAS: uma construção inadiável. 4. Os Conselhos de Assistência Social e o SUAS: composição, dinâmica, caráter de representação e processo de escolha. Subtemas 5. Base para garantia do financiamento da Assistência Social: a Justiça Tributária que queremos. 6. A democratização da gestão do SUAS: Participação e articulação intergovernamental. 7. Entidades de Assistência Social e o vínculo SUAS: controle social, participação popular e gestão interna. 8. O trabalhador do SUAS e o protagonismo dos usuários: bases para uma atuação democrática e participativa. Orientações Gerais • O tema deve ser tratado e examinado numa dimensão política, técnica e ética do processo. • Cada município organizará as Conferências conforme suas características, mobilizando todos os segmentos representados na Conferência (usuários, trabalhadores do setor, prestadores de serviços socioassistenciais e representantes governamentais) em torno da temática, da participação e controle social. • A abordagem da temática propiciará uma reflexão acerca do funcionamento dos Conselhos, o significado do controle social, a avaliação da participação, tanto da sociedade civil, especificamente dos usuários, bem como do poder público. Orientações Gerais • Considera-se como representante dos usuários no Conselho, pessoas vinculadas aos programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais, organizados sob a forma de associações, movimentos sociais, fóruns ou outros grupos organizados sob diferentes formas de constituição jurídica ou social de âmbito municipal. • Cada município deverá utilizar uma metodologia criada e escolhida pelo próprio, com o objetivo de avaliar e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do SUAS, na perspectiva da participação e do controle social. Estas Conferências poderão ser precedidas de eventos preparatórios com mobilização dos atores da área. Orientações Gerais • A reflexão sobre a participação popular e o controle social em relação ao orçamento e ao cofinanciamento deverá ter por base os 10 direitos socioassistenciais definindo o fortalecimento da participação popular e a avaliação das metas do Plano Decenal quanto ao acesso às seguranças e direitos socioassistenciais. • Discutir e avaliar a representatividade, composição, dinâmica e o processo de escolha dos membros dos Conselhos, avaliando a Lei de Criação e propondo reformulação. Orientações Gerais • Discutir a atuação das Entidades e organizações na co-responsabilidade no âmbito do SUAS, na execução da política de assistência social e na perspectiva do fortalecimento do controle social, em todos os níveis, da participação popular e na democratização de sua gestão interna. • Discutir o processo de trabalho, do trabalhador da assistência social. • Discutir o modelo de funcionamento, a efetivação das secretarias executivas, o grau de autonomia dos Conselhos na representação, formulação e fiscalização da Política de Assistência Social, na perspectiva do SUAS. Orientações Gerais • Discutir sobre o modelo, a forma de eleição e representação em vigor nos Conselhos. • Discutir a fragmentação das políticas públicas e a dificuldade do controle social frente a lógica da setorialização, na formulação de análise de propostas de intervenção. Os Conselhos se voltam assim para as ações específicas do seu campo de intervenção. • Discutir os Conselhos como espaços públicos democráticos e a ampliação de sua visibilidade pública. Conteúdos propostos O CNAS apresenta 08 subtemas para que nas Conferências Municipais sejam criados espaços para debates e encaminhamento de propostas e deliberações relativas a eles. A metodologia escolhida e criada pelo município ensejará a priorização de no mínimo 02 destes temas, sendo que a escolha deve recair sobre aquele que apresentou mais avanços desde a implantação do SUAS e outro que se apresenta como deficitário, isto é, que apresenta mais dificuldade para implementação. Observações A sistematização e o registro sintético deverão constar em instrumental próprio, contudo, a maneira como os 02 subtemas priorizados serão registrados não poderá prescindir das seguintes informações: a) justificativa da escolha; b) conteúdo da discussão; c)pontos que apresentam dificuldades (deficitários ou fracos); d) propostas de superação;