UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE É POSSÍVEL OBTER LUCRATIVIDADE COM O USO DO MARKETING PROMOCIONAL DENTRO DE UMA EMPRESA? Por: Ingrid Costa de Lima Orientador(a) Prof. Adélia Araújo Rio de Janeiro 2007 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE É POSSÍVEL OBTER LUCRATIVIDADE COM O USO DO MARKETING PROMOCIONAL DENTRO DE UMA EMPRESA? Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Marketing Por: Ingrid Costa de Lima AGRADECIMENTOS A todos os professores, do Instituto “A Vez do Mestre”, à professora Adélia Araújo pela revisão dos textos. A meus pais por me terem dado oportunidade de construir minha trajetória. A meu noivo, que me auxiliou durante meu trabalho. DEDICATÓRIA A meu noivo, Alexandre Silva, e a meus pais, pela eterna compreensão em deixar-me dedicar a este trabalho em detrimento de atenção a eles. RESUMO O uso do Marketing Promocional é considerado por muitas empresas ema ação pelo qual menos traz resultados, porém, a promoção é um elemento que ocasiona estímulos capazes de fomentar a demanda de um dado produto, a curto prazo no sentido de construir a oferta e explorar a fidelidade à marca e cujos resultados são sentidos de imediato. Entretanto, esse não é o maior dos problemas. Foi observado que, a grande preocupação é em obter lucratividade. É através da implementação de medidas de Marketing Promocional, que ocorre uma melhor visualização de produtos/serviços em promoções, o que facilita o despertar nos clientes maior interesse pelas compras, satisfazendo assim suas necessidades e desejos. Com isso, o Marketing Promocional tornou-se mais uma opção com a qual as empresas passaram a contar para resolver seus problemas visando à redução de custos, aumento da lucratividade e permanência no mercado frente à concorrência. METODOLOGIA A metodologia utilizada foi à verificação do conceito de Marketing Promocional, através de abordagens que se fizeram presentes como texto introdutório desta monografia, onde se pode colher informações importantes para a redação final, indispensável para a avaliação. Esta avaliação foi explicitada por intermédio de transcrição de textos. Os principais conceitos para a abordagem do tema foram retirados de textos contidos em livros de diversos autores ligados ao Marketing. A proposta final do trabalho é a de que o leitor consiga construir a idéia de quanto o Marketing Promocional é capaz de despertar nos clientes um maior interesse pelas compras, satisfazendo assim suas necessidades e desejos. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I MARKETING: CONCEITOS E ABORDAGENS 10 CAPÍTULO II ESTRATÉGIA DE VENDAS: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL 18 CAPÍTULO III PROMOÇÃO DE VENDAS: CONCEITUAÇÃO E PLANEJAMENTO 21 CAPÍTULO IV O MARKETING NA PRÁTICA: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE VENDAS 35 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 40 ÍNDICE 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO 44 INTRODUÇÃO A indução ao consumidor pelo consumo do produto, deve-se ao benefício da valorização do Marketing Promocional. A promoção tem por objetivo estimular experiências com os produtos vigentes, ampliar a demanda dos consumidores e aperfeiçoar a disponibilidade de seus produtos. A promoção de vendas vem sendo adotada em diversos setores, principalmente nos de produção e varejo, pois visa aumentar o número de vendas, associar grande importância à imagem do produto e tornar mais íntimo o relacionamento com o público. Neste estudo será abordada de forma abrangente, apontando os objetivos da promoção de vendas, bem como suas principais características. É válido lembrar os pontos mais importantes do que foi apresentado, além de uma análise para que a promoção de vendas não se dirija à um caminho de insatisfação e aborrecimento do consumidor. É possível obter lucratividade com o uso do marketing promocional dentro de uma empresa? A metodologia utilizada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica. No primeiro capítulo, apresenta a conceituação de marketing, sua evolução e princípios. No capítulo dois apresenta as estratégias de vendas de uma forma conceitual. Nos capítulos três e quatro apresenta a definição, objetivo, vantagens e desvantagens, planejamento, evolução e a prática da promoção. O estudo será conduzido através de pesquisas exploratórias, pois segundo GIL (1996, p.45 -62): “Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”. Em um breve resumo do estudo, destaca-se a importância do Marketing Promocional, a maneira pela qual a promoção atinge a concorrência, a valorização da promoção e como alcançar um diferencial competitivo. Assim, podemos dizer que esta pesquisa tem por objetivo, demonstrar que a adoção do Marketing Promocional, possibilita propiciar estímulos adicionais capazes de incrementar a demanda e consequentemente, contribuir para o sucesso da empresa. Será discutido o marketing e a promoção de vendas na atualidade. CAPÍTULO I MARKETING: CONCEITOS E ABORDAGENS O Marketing atual exige muito mais do que desenvolver um bom produto, tornar este de fácil acesso ao consumidor e estabelecer corretamente seu preço. O emprego do marketing exige que haja um mercado competitivo para explicar o investimento. Esta não é a realidade no Brasil, onde reina a falta de competitividade. É tentador o uso das ferramentas de marketing, principalmente as ligadas à área de comunicação e promoção, unicamente como forma de aumentar as vendas, sem empregar o conceito completo de marketing. Porém, usar todo o processo, comprometeria o direcionamento da empresa para a satisfação das necessidades e desejos dos clientes, Além de investimentos, estas mudanças representariam uma alteração na forma de administrar os negócios, podendo significar um grande sacrifício. Conforme Kotler (1999): Marketing é a arte de descobrir oportunidades, desenvolvê-las e lucrar com elas. Pode-se dizer que o marketing de hoje em dia, após passar por mudanças, não deve ser definido como o ato de vender e comunicar. Segundo a AMA1 a definição de marketing seria: “Marketing consiste na execução de 1 AMA- American Marketing Association atividades que conduzem o fluxo de mercadorias e serviços do produtor aos consumidores finais, industriais e comerciais. (RABAÇA-BARBOSA, 1987).” Essas atividades que são responsáveis por conduzir o luxo de mercadorias e serviços para os consumidores, sejam eles, industriais ou comerciais, envolvem diversas ações que devem ser desenvolvidas desde a pesquisa de mercado, até a tentativa de atender os clientes mesmo após a realização da venda. As atividades de marketing que são realizadas geram satisfação, tanto para os consumidores como para a empresa. E justamente o que traz o conceito de marketing uma visão moderna é o elemento satisfação, porque não parece razoável que algo seja produzido e para isso acontecer, várias etapas são percorridas. O processo de troca só existe porque sempre tem alguém querendo comprar o que os outros produziram, atendendo assim à necessidade de ambos. “Marketing é o processo de planejamento e execução do conceito, preço, comunicação e distribuição de idéias, bens e serviços, de modo a criar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais.” (SEMENIK-BAMOSSY, 1995, p.6). Em resumo, podemos concluir que o marketing significa administrar mercados para chegar às trocas, com o propósito de satisfazer as necessidades e desejos do homem. 1.1 – Conceitos ligados ao Marketing Segundo Kotler e Armstrong (1999) “O marketing é um processo social e gerencial pelo qual os indivíduos e grupos obtém aquilo o que desejam e necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros.” Subjacente ao marketing está o conceito fundamental de necessidade do homem, que é um estado de carência percebida. Para Kotler e Armstrong (1999), o homem tem necessidades complexas, básicas físicas de alimentação, calor e segurança; sociais de fazer parte de um grupo e ser querido; e necessidades individuais de conhecimento e auto- realização. Essas não são necessidades criadas, mas são uma parte básica do homem. A necessidade básica é transformada pela cultura e personalidade em um desejo do homem. Conforme Kotler e Armstrong (1999, p.3) “Desejos são necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais.” São objetos que satisfazem as necessidades. À medida que a sociedade evolui, os desejos aumentam, e as empresas tentam fornecer produtos e serviços que satisfaçam esses desejos. Estes desejos, quando ligados ao poder aquisitivo, se tornam demanda. Os profissionais de marketing dirigem estas demandas criando produtos e serviços apropriados. Esses produtos satisfazem as necessidades e desejos e oferecem valor, a percepção do cliente da diferença entre a vantagem de possuir e usar o produto e o custo para adquiri-lo. Se o produto oferecer um bom valor, irá criar satisfação no cliente. Os clientes em geral não julgam os valores e os custos do produto com exatidão e objetividade. Eles agem sobre o valor percebido. A idéia complexa de qualidade é intimamente ligada à satisfação. Qualidade significa não só ausência de defeitos, mas também que o produto oferece a satisfação que o cliente busca. A satisfação do cliente depende do desempenho do produto percebido com relação ao valor relativo às expectativas. Clientes satisfeitos repetem suas compras e falam aos outros sobre suas experiências com o produto. A troca é considerada como o processo de compra e venda de um produto e/ou serviço, tendo a oferta do produtor/distribuidor e a procura por parte do público que esteja interessado. Para que haja uma troca, várias condições devem ser satisfeitas. Duas partes devem participar, e cada uma delas deve ter algo de valor para negociar com a outra, que pode querer negociar ou não. Mas para que ela ocorra, as partes devem fazer um acordo. Se concordarem, ambas ganharão com isso e a troca irá gerar valor. Para Kotler e Armstrong (1999, p.6): “ O mercado é o grupo de compradores reais e potenciais de um produto.” Esses compradores tem uma necessidades de desejo específico, que pode ser satisfeito através da troca. Costa (1996, p.21) diz sobre Marketing: “é o local onde se concentram públicos detentores de necessidades e desejos, poder de compra e disposição para comprar; que oferece condições para a atuação de uma empresa, portanto atraente, e que se torna área de interesse para a oferta de produtos e serviços, conseqüentemente, onde podem ser efetivas trocas”. Por fim, a demanda que nada mais é que o elemento de referência para que se avalie quantitativamente um mercado quando este se apresenta atraente para um produto/serviço, e assim verifica-se seu tamanho e potencial. Para Costa (1996) “ é o volume de determinado produto que é, ou será, adquirido por um grupo definido de público, em uma área geográfica delimitada, em certo período de tempo, sob o efeito de determinado esforço de marketing”. 1.2 – Mix de Marketing O mix de marketing pode ser definido como o grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo. As várias possibilidades podem ser reunidas em quatro grupos variáveis, conhecidos como os “quatro P´s”: produto, preço, praça e promoção. O mix de marketing nada mais é que o conjunto de táticas da empresa para criar um forte posicionamento nos mercado-alvo. •Produto – “Todo bem que poder ser ofertado a um, ou vários mercados, visando à satisfação e/ou desejo, para que seja adquirido, utilizado e consumido.” (COSTA-TALARICO, 1996, p.24). Refere-se à variedade do produto, qualidade, características, nome da marca, design, embalagem, tamanhos, serviços, garantias, devoluções e etc. •Preço – É composto pelo preço básico, descontos, prazos de pagamento, condições de crédito etc. Segundo Costa (1996, p.32) “Preço é o valor que o produto tem ou apresenta em um determinado mercado, representado por uma quantidade de moeda”. • Praça – “Conjunto de atividades estratégicas e de planejamento desenvolvido pela empresa para tornar um produto disponível à aquisição, uso e consumo dos diversos públicos”. (COSTA-TALARICO, 1996, p.38). Diz respeito aos canais de distribuição (localizações), distribuição física (estoque), transporte, armazenagem etc. •Promoção – “Podemos definir a promoção de vendas como um conjunto de atividades que tem por objetivo criar condições para o aumento das vendas, motivando o consumidor e criando facilidades para que ele compre o produto”. (SOUZA, 1995, p.91). Em resumo, promoção significa as atividades que comunicam os atributos do produto e persuadem os consumidores - alvo a adquiri-lo. 1.3 – Mais P’s ? Para Pancrazio (2000), os P´s já não são somente quatro. Isso porque, segundo ele, depois de quarenta anos essa regra pode já não estar mais atendendo às transformações do mercado. Alguns componentes foram sendo introduzidos no composto de marketing e outros modificados. Para o produto, o novo conceito mostra que a marca não serve mais apenas para identificar o produto, e sim para representar um diferencial sob o aspecto mercadológico. Enfatiza o valor que a marca transfere ao produto. O preço nessa visão ampliada, não se refere somente à quantidade de dinheiro a ser gasta, mas ao valor que as empresas estão se preocupando em cada vez mais agregar ao produto. Um exemplo seria o apoio a projetos culturais, educacionais, esportivos, etc.; ou vantagens que vão além dos benefícios que são do próprio produto, como clube de vantagens e serviço de atendimento. O conceito de distribuição que utiliza o ponto-de-venda tradicional, físico, como local principal da realização de troca, está dando lugar a novos sistemas de comercialização. Como as vendas diretas, que não passam pelo ponto-de-venda, estão sendo realizadas pelo telefone, mala direta e principalmente pela Internet. E até mesmo os pontos-de-venda tradicionais procuram novas formas de chamar a atenção a atrair o público. Na comunicação, como ocorreu anos atrás com a propaganda que cedeu lugar a estratégias de valorização do consumidor, passou-se a utilizar ferramentas que são dirigidas a públicos específicos, segmentados, ao invés da comunicação de massa. Os elementos introduzidos foram pesquisa, que apareceu para fornecer uma certa segurança, aumentado assim as possibilidades de sucesso. A maioria dos produtos não são lançados antes de se realizarem pesquisas e análises. O público-alvo antigamente era praticamente definido pelo produto que eram fabricados para determinadas elites sociais e econômicas que podiam comprá-los. Atualmente com as novas tecnologias e o aumento da produtividade, proporcionam a redução dos preços e deram maior acesso ao mercado. E o chamado pós-venda, que são os serviços prestados aos clientes depois da realização da compra. Esses serviços buscam segurança e confiança a seus clientes. Alguns desses serviços são: assistência técnica, atendimento ao consumidor e orientação de uso do produto. (PANCRAZIO, 2000). 1.4 – Princípios básicos de Marketing Segundo Hooley (2001) alguns conceitos de marketing, servem tanto para conduzir o conceito como a ação do marketing. O primeiro principio do marketing diz Hooley (2001) é o próprio conceito de marketing em si. Ele reconhece que os objetivos de longo prazo da organização, sejam eles financeiros ou sociais, poderão ser mais facilmente obtidos se o cliente estiver bem satisfeito. O segundo principio fundamental estabelece que os clientes não compram produtos, eles compram o que o produto faz para eles. Em outras palavras, os clientes estão menos interessados nas características técnicas do produto ou serviço do que nos benefícios que eles obtém por meio da compra, uso ou consumo do produto ou serviço. O terceiro principio consiste em dizer que o marketing é uma coisa importante demais para ser deixado a cargo apenas do departamento de marketing (mesmo se ainda houver um). O marketing é uma tarefa de todos na organização. As ações de todos podem ter um impacto sobre os clientes finais e sobre sua satisfação. Já no quarto principio, Hooley (2001) diz que os mercados são heterogêneos. Torna-se mais evidente a cada dia que a maioria dos mercados não é a homogênea, e sim constituída de clientes individuais diferentes, submercados ou segmentos. Enquanto alguns clientes compram um carro para se locomoverem a baixo custo de A para B, outros o farão porque desejam viajar de forma aconchegada ou segura, ao passo que outros, ainda, o fazem por motivos de status ou para satisfazer e projetar sua auto-imagem. Os produtos e serviços que tentam satisfazer um mercado segmentado por meio de um produto padronizado geralmente fracassam ao tentar satisfazer diferentes tipos de clientes a um só tempo e se tornam vulneráveis a concorrentes, dispondo de metas mais objetivas. O quinto princípio relata que os mercados e clientes mudam constantemente. Os mercados são dinâmicos e praticamente todos os produtos têm uma vida limitada até ser descoberta uma nova maneira de satisfazer o desejo ou a necessidade que os geraram, em outras palavras, até que apareça uma outra solução ou fornecedor do beneficio. CAPÍTULO II ESTRATÉGIA DE VENDAS: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL Com as várias transformações que impactam as organizações, a Administração de Vendas assume a sua importância cada vez maior. Para garantir um mercado cada vez mais abrangente para seus produtos, as empresas devem organizar as forças de vendas e definir seus objetivos. Para Melozi (2004) “Os objetivos da força de vendas devem ser moderados dentro da realidade e características dos mercados-alvo em que atuam e na posição desejada dentro dos mesmos.” A visão tradicional que norteia ainda as forças de vendas de grande parte das organizações, é da preocupação com o volume de vendas causado, incumbindo ao departamento de marketing o trabalho de melhorar a estratégia e rentabilidade. Entretanto, uma visão mais atual que vem conquistando espaço dentro de um mercado cada vez mais globalizado e competitivo. Para garantir um mercado cada vez maior para seus produtos, as empresas devem organizar as forças de vendas e definir seus objetivos. Os objetivos da força de venda devem ser pautados dentro da realidade e características dos mercados-alvos em que atuam e na posição almejada dentro dos mesmos. A visão tradicional que norteia ainda as forças de vendas de grande parte das organizações é a da preocupação com o volume de vendas gerado, cabendo ao departamento de marketing a tarefa de apurar a estratégia e rentabilidade. Entretanto, uma outra visão mais atual vem ganhando espaço dentro de um mercado cada vez mais globalizado e competitivo. É a visão focada na satisfação do cliente e no lucro da empresa. Hoje os fornecedores de bens e serviços estão vendo o conteúdo informativo de suas ofertas como maior fonte de valor agregado e fator determinante de margens de lucro mais elevadas. O marketing integrado a administração de vendas tem como objetivo provocar no consumidor a propensão ao consumo avaliando as ameaças e oportunidades do macro-ambiente e tem sua concretização efetivada através das atividades de venda que irão operacionalizar suas decisões e dar retorno conseguindo informações do mercado. É através do plano de vendas que planejamos, direcionamos e controlamos as atividades de vendas de uma organização, para organizar de forma pró-ativa seus esforços de venda a atingir suas metas sugeridas. Assim os gerentes de marketing e vendas devem ter noção das sugestões que o mercado exige sendo as mais importantes: identificar as incertezas (econômicas, sociais, demográficas e políticas), determinar os fatores que podem ocorrer para mudar a demanda do setor, trabalhar sempre com pressuposições (pessimista / realista / otimista), analisar como a estrutura da empresa será impactada por cada pressuposição, preveja os resultados de cada ambiente, os representantes e vendedores devem estudar os clientes para conhecer melhor suas necessidades. Sendo assim a primeira preocupação que devemos ter em relação a um produto é a necessidade dos clientes, a segunda é superar as perspectivas dos clientes, por fim, é de se destacar que as empresas estabelecem diferentes objetivos de venda, algumas dedicando maior tempo à base de seus antigos produtos, e outras para novos produtos. Os consumidores geralmente, demonstram resistência em relação à compra e devem ser satisfeitos a comprar. Também pressupõe que a empresa possui um ritmo essencial de ferramentas de vendas e promoção para estimular mais compras. Normalmente é praticado mais agressivamente com relação a produtos que não são procurados, que os clientes não pensam em comprar, demonstrando assim os benefícios que seus produtos oferecem. Além disso, pratica-se a orientação de vendas em organizações sem fins lucrativos para captar recursos. A venda decorre de uma iniciativa do consumidor. Entretanto, a venda também decorre de um esforço pessoal do vendedor, satisfazendo as necessidades de um outro indivíduo. Sobre o vendedor recai a responsabilidade pelo sucesso de todo o esforço de propaganda e promoção de vendas. Enquanto as vendas preocupam-se com as necessidades que o vendedor tem de transformar o seu produto em dinheiro, o marketing preocupa-se em satisfazer as necessidades do cliente através do produto oferecido e também a todas as coisas relacionadas com a criação, a distribuição e o consumo final, tornando a venda supérflua fazendo assim que o produto ou serviço se venda por si próprio. CAPÍTULO III PROMOÇÃO DE VENDAS: CONCEITUAÇÃO E PLANEJAMENTO A sutileza dessa técnica consiste em levar o consumidor a solicitar, no ato da compra, a marca anunciada. No varejo, pela própria natureza do negócio, tudo é promoção de vendas, desde que haja orientação adequada para atingir o fim desejado: Vender mais e melhor. Para tanto, é importante não deixar a propaganda morrer no ponto de venda. Não é bastante anunciar ou promover campanhas publicitárias, se isso não estiver apoiado num trabalho paralelo de promoção de vendas. Assim, podemos dizer que a promoção de vendas é um acontecimento em torno do produto ou no local da venda. A publicidade e a propaganda também ajudam a promover as vendas, e sob esse aspecto faz parte dos esforços de promoção. O de promoção de vendas, propriamente dito, ajudará os produtos a encontrar melhor os seus compradores. Os de publicidade atuarão sobre os possíveis compradores, dirigindo-os para os produtos. Na opinião de Costa - Talarico (1996), a promoção de vendas caracterizase por ações de estímulo à compra; utiliza a promessa e a oferta de benefícios adicionais, que representam uma vantagem para o público visado. É uma estratégia de efeito rápido que deve ter curta ou média duração, podendo ser utilizadas para alcançar efeitos de médio prazo, para fortalecer a imagem do produto. Enquanto a propaganda oferece um motivo para que se efetue a compra, a promoção de vendas dá incentivo para a compra. Dentre todos os instrumentos de comunicação é a propaganda que a promoção de vendas mais utiliza no processo de incentivo e motivação de venda de um produto. (COSTA – TALARICO, 1996). Segundo Pancrazio (2000) “O objetivo é levar o produto em direção ao público, criando um contato íntimo entre produto e prováveis consumidores”. “Promoção é a maneira mais inteligente de vender mais, de girar rapidamente seus estoques, de atrair mais clientes, de conquistar a simpatia do consumidor, da comunidade e de aumentar o fluxo de pessoas no seu ponto de venda. É a melhor forma de se diferenciar dos concorrentes, sem entrar naquela guerra de preços que não ajuda seu negócio a progredir e, o que é pior, o consumidor já não valoriza.” (BRÓLIO, 1992, p.15). As características básicas das ferramentas da promoção de vendas são: Comunicação - atrai a atenção dos consumidores fornecem informações que fazem com que ele chegue ao produto. Incentivo – incorpora algum tipo de estímulo ou contribuição entendido como valor ou benefício adicional pelo consumidor. Convite – “convida” para que seja realizada uma transação imediata no ponto de venda. 3.1- Características A característica principal da Promoção de Vendas é sua curta duração, principalmente as ações que são desenvolvidas aos produtos de consumo. Tem um curto prazo de duração, variando de três a seis meses, dependendo do público que está dirigido, devido à perda de interesse por parte do público quando esse prazo se estende muito. (KOTLER, 1998). Quando as atividades são apontadas para o consumidor, no primeiro mês de promoção ocorre a atenção, a compreensão e início da participação, no segundo mês um maior índice de participação e no terceiro começa o desinteresse e conseqüentemente a queda das vendas. Nas atividades direcionadas ao distribuidor e à força de vendas da empresa, o período pode ser maior, mas não é aconselhável ultrapassar seis meses. 3.2- Tipos de Promoção de Vendas A promoção de vendas normalmente é associada com produtos e/ou serviços. Isto porque o próprio conceito mercadológico da promoção está diretamente ligado a essa idéia. A promoção de vendas não acaba nos produtos de uma empresa, vai muito além, com promoções dirigidas às marcas e até mesmo a instituições que não se preocupam em vender produtos. Existem três tipos de promoções quando levamos em consideração “o que” ela vai promover. - Promoção de produtos e serviços São as ações promocionais onde o ponto central é o produto ou serviço de alguma marca e o objetivo final desta promoção é a venda. Os exemplos deste tipo de promoção são os descontos, amostras, sorteios, concursos, etc. - Promoção de marca É o tipo de promoção que tem como objetivo evidenciar a marca dos produtos e a preocupação direta de vender. Dentro deste tipo de promoção estão os eventos onde o patrocínio tem relação direta com produtos/serviços da empresa, participações ou simples presenças em torneios, campeonatos, eventos, etc. - Promoção institucional São as promoções que tem por objetivo valorizar a imagem da empresa sem provocar uma relação direta com o produto. São acontecimentos culturais como peças teatrais, exposições de arte, espetáculos, etc. Enquanto nas promoções de produtos e serviços fica clara a intenção de uma atividade comercial, este tipo de promoção e as relacionadas às marcas podem deixar certas dúvidas. Isso porque, às vezes, o produto tem o mesmo nome da empresa. A promoção para as instituições tem mais a ver com relações públicas, porém só o fato de mencionar o nome da marca pode aumentar o seu prestígio junto aos vários públicos. 3.3- Ferramentas de promoção de vendas São inúmeros os tipos de ferramentas de promoções de vendas citados por Churchill e Peters (2000), que podem ser utilizadas para influenciar o comportamento do consumidor. Distribuição de amostras – Faz o público provar o produto ou serviço antes de comprá-lo. Normalmente é utilizada para produtos e serviços em lançamento, modificação ou relançamento. Sorteio – Seu atrativo é a emoção do jogo, pois além de tornar a compra mais excitante, faz com que o consumidor acompanhe ou aguarde os resultados. Concursos – Geram envolvimento do público além de oferecer ao patrocinador a oportunidade de divulgar melhor a marca e características de seus produtos. Cuponagem – Certificados que garantem aos compradores um desconto na compra de produtos especificados. Podem estimular a compra de marcas já maduras e promover a primeira compra de novas marcas. Brindes – Artigos úteis, com o nome do anunciante impresso dados como presente ao consumidor. Seu atrativo é manter a marca presente junto ao seu portador, através de uma forma simpática e útil. Leve 3 e pague 2 – Embalagem com três unidades do mesmo produto e venda pelo preço de duas, se o seu problema for desovar estoque. Descontos – Consistem em redução de preços. Podem ser apresentados na forma de saldos, queimas, liquidações, artigos do dia, da semana, ofertas relâmpagos, etc. Os descontos têm se demonstrados muito eficientes como promoção de vendas, mas é preciso que se tome cuidado. A promoção de descontos nunca deve ser muito extensa ou freqüente para que não venha a cair em descrédito. 3.4 – Objetivos promocionais A promoção de vendas é uma ferramenta de marketing combinada com recursos de comunicação e, normalmente, deve atender a objetivos de curto prazo. Segundo Sant’anna (1996) a promoção de vendas atua para: • Acelerar e gerar as vendas; • Bloquear a penetração da concorrência; • Acrescentar novas razões de consumo; • Aumentar a eficiência e a eficácia da força de vendas; • Injetar estímulos na rede de intermediários; • Reativar um produto cujas vendas tenham entrado em declínio; • Divulgar um novo produto. O objetivo geral e comum a todas as promoções é o crescimento de forma sistemática e ordenada dos serviços ou produtos oferecidos pela entidade vendedora através da obtenção de uma atitude favorável dos consumidores e persuadindo-os a consumi-los. 3.5 – Públicos É importante ressaltar que essas ações promocionais não são dirigidas somente para os consumidores finais ou público comprador, mas estão direcionadas também para os que vendem os produtos, como revendedores, balconistas e a própria força de venda da empresa (PANCRAZIO, 2000). “A promoção de vendas consiste de conjunto diversificado de ferramentas de incentivo, em sua maioria a curto prazo, que visa estimular a compra mais rápida e/ou um maior volume de produtos/serviços específicos por consumidores ou comerciantes”. (KOTLER, 1998, p.577). As ferramentas da promoção de vendas não são usadas apenas pela maioria das organizações que tem como objetivo o lucro, mas também por organizações que não tem o lucro como objetivo como é o caso das igrejas que estão sempre promovendo bingos, festas, rifas, etc. “Promoção de vendas são todas as atividades, além da propaganda, publicidade e venda pessoal, que motivam e encorajam o consumidor a comprar utilizando recursos como brindes, amostras, descontos, concursos, sorteios, propaganda cooperativa, feiras e exposições para motivar atacadistas, varejistas e a força de venda da empresa”. (RABAÇA - BARBOSA, 1987). É importante destacar que a promoção de vendas não desenvolve ações dirigidas apenas ao consumidor como é o caso do merchandising. Pelo contrário, incentiva à compra do produto de diversas formas, desde seu fabricante passando pelo intermediário e chegando ao consumidor final. Essa diversidade de público alvo, característica da promoção de vendas, também é um importante diferencial em relação à propaganda. Enquanto a promoção de vendas atinge o público de forma vertical, a propaganda atinge de forma horizontal. (PANCRAZIO – 2000). 3.6 – Porque usar a promoção de vendas A grande virtude das ações promocionais é exatamente poder medir os resultados em curto prazo. Mas nem todas as técnicas se podem medir em curto prazo. Quase todas as ações promocionais oferecem a mensuração imediata de resultados: vendas. Há também as ações cujo objetivo não é vender, mas construir uma identidade de marca. Mas, ainda assim, se podem medir seus resultados. Porém, hoje, os clientes estão muito mais preocupados com ações de vendas em curto prazo e por isso tem-sede introduzir ações em que os resultados apareçam na hora. A função da promoção de vendas é estratégica e deve sempre agregar valor à marca. Para Sant’Anna (1996) a promoção de vendas deve proporcionar ao consumidor um benefício concreto, sensibilizando-o naquele momento. Traz muitos benefícios em sua utilização, tais como: aumento nas vendas e na participação de mercado, melhora da imagem da marca, aumento do conhecimento do seu negócio, identificação de vantagens competitivas, preparação do terreno para vendas futuras. Além disso, a promoção de vendas gera experimentação do produto; apressa a decisão de compra; estimula os canais de distribuição e gera tráfego no ponto de venda. A promoção de vendas deve agir de modo que facilite o escoamento do produto em todas as etapas da distribuição, chegando a atingir o consumidor final e sem entrar em conflito com a propaganda, pelo contrário, porque ela deve ajudar na rápida difusão da mensagem acabando com qualquer resquício de resistência e por fim instigar o desejo de compra. Portanto a promoção de vendas atua na indução de: acelerar as vendas, tentar impedir a penetração da concorrência, revitalizar um produto que esteja com as vendas baixas, aumentar a eficácia da força de vendas de uma empresa, estipular os intermediários, criar novas razões de consumo e divulgar novos produtos. (SANT’ANNA, 1996). “O objetivo geral e comum a todas as promoções é a ampliação de forma temática e ordenada dos serviços ou produtos oferecidos pela entidade vendedora através da obtenção de uma atitude favorável dos consumidores e persuadindo-os a consumi-los”. (SANT’ANNA, 1996, P.26). Em um breve resumo, (SANT’ANNA, 1996) diz que: “A função da promoção de vendas é ocasionar estímulos capazes de fomentar a demanda de um dado produto, agindo em curto prazo no sentido de construir a oferta e de explorar a fidelidade à marca e cujos resultados são sentidos de imediato”. Além disso, facilita o trânsito do produto nas várias etapas da distribuição. 3.7 – Desenvolvendo o programa de promoção de vendas Os profissionais de Marketing têm de tomar várias decisões para definirem o programa de promoção de vendas. A duração da promoção é importante, pois se o período for curto demais, muitos clientes em potencial irão perdê-la. Os profissionais de Marketing devem determinar o orçamento da promoção em vendas, a melhor forma é o método de objetivo e tarefa. - Pré-Teste do Programa de Promoção de Vendas Os pré-testes devem ser conduzidos para determinar se as ferramentas são apropriadas, o tamanho do incentivo é ótimo e o método de apresentação é eficiente. - Implementação e Controle do Programa de Promoção de Vendas O planejamento da implementação deve cobrir desde o período de preparação do programa até o período de vendas. - Avaliação dos Resultados da Promoção de Vendas Os fabricantes podem usar três métodos para analisar sua eficácia: análise dos dados de vendas, pesquisa junto aos consumidores e condução de experimentos. As empresas podem analisar os tipos de pessoas que levaram vantagem da promoção e como aqueles que compraram a marca promovida comportaramse em relação à marca ou a outras marcas. A promoção de vendas pode também ser avaliada através de experimentos, que consideram atributos como valor, duração e média de distribuição do incentivo. 3.8 –Vantagens, desvantagens e riscos da Promoção de Vendas A propaganda não deve ser a única arma utilizada para estimular o consumo, porque seu caráter muito genérico passa para o público uma mensagem do produto como um todo, enquanto em algumas formas de promoção são colocadas pessoas nos pontos de venda para explicar ao consumidor as características, diretamente. As promoções também são vantajosas para as empresas porque permite a formação do banco de dados de marketing, com informações detalhadas sobre o seu target. (DE SIMONI – 1997). O esforço para fazer os produtos girarem mais rapidamente nos pontos de venda se dá nas mais diversas formas. Uma das mais comuns é a demonstração, pela qual é feita uma apresentação técnica sobre o produto e a melhor maneira de usá-lo, geralmente implementada durante lançamentos. No mesmo tipo de ocasião também é empregada à tática de experimentação, com o objetivo de despertar a curiosidade, freqüentemente usada para artigos alimentícios. Outro recurso aplicado é o p do sampling, através do qual são distribuídas amostras grátis dos produtos, nos pontos de venda ou em locais multiplicadores, como salões de beleza para promover xampus. Estas três modalidades de promoção são bastante eficazes porque, estabelecem contato corpo a corpo com o consumidor. Sem dúvida, a promoção mais familiar ao grande público é a cuponagem, pois agrega benefícios ao comprador como descontos, distribuição de brindes (através da coleção de três ou mais cupons) ou vale-prêmios. Muitas empresas também lançam mão dos concursos, por serem uma garantia de retorno de investimento, pois exige que o participante envie correspondência com a embalagem para sorteio, ou ainda que possua a numeração contida no rótulo para os concursos pela Loteria Federal. Há formas diferenciadas de promoção, contudo a modalidade de promoção mais eficaz para o público é a de adiar o pagamento em parcelas de três vezes sem juros ou com desembolso de um mês após a compra. A preferência do consumidor também está nas promoções de desconto, seja em percentual sobre o preço final ou do tipo levar três e pagar dois, porque o apelo que mais sensibilizar é o de gastar menos dinheiro. Para De Simoni (1997), as promoções de vendas possuem algumas desvantagens, como por exemplo: possuem vida curta (e geralmente são mais eficazes para gerar vendas imediatas entre os clientes já leais do que para captar clientes novos). Além disso, uma vez que muitas promoções envolvem reduções de curto prazo nos preços, elas podem prejudicar o fator fidelidade e o valor da marca, pois influencia os clientes a fazerem opções baseadas em preço, prejudicando conseqüentemente a imagem da marca. Para a promoção de vendas dar certo tem que haver um acompanhamento constante no ponto de venda para verificar se não faltando material promocional, se está sendo bom distribuído, se as embalagens não foram violadas, além de ser criativas e agressivas. A promoção de vendas é deslumbrante quando bem realizada, fazendo com que as vendas aconteçam com bastante rapidez. Ela é basicamente uma ação construída à base de idéias, uma ação criativa. Um bom alicerce de marketing tem que estar por trás destas idéias. Mesmo assim, a promoção de vendas não é um bom caminho para atuar solitariamente na construção de imagem de marca e conseqüente participação de mercado. (PENTEADO FILHO, 1999). Se a promoção de vendas não for bem elaborada ela correrá vários riscos. Caso ela se volte somente para o preço ou a oferta gratuita ela fará com que a marca seja vista como orientada para o preço sem ter um valor percebido por seu consumidor. Se a promoção for em torno de baixa de estoques, aumento de fluxo de caixa, etc., o risco é de estar pegando empréstimo de vendas futuras. Finalmente, se ela é uma ação de curto prazo e custa dinheiro ela estará tirando verba de ações de comunicação de longo prazo, no caso a propaganda. Os perigos não estão na promoção, mas no uso da ferramenta. Não se pode abusar de cupons, descontos, publicidade enfatizando o menor preço, ou brindes distribuídos com o produto. O risco de repetir essas atividades é desgastar a marca, fazendo-a associar-se a algo que apenas se vende se algo a mais é oferecido em troca ao consumidor. O uso excessivo da promoção de vendas em detrimento da propaganda pode não somente causar danos a uma determinada marca como também para a categoria como um todo. 3.9. Planejamento Promocional - Plano de Marketing Os planos de marketing dependem basicamente dos objetivos que tenham sido estabelecidos para a empresa. Para estabelecer estes objetivos, é necessária uma coleta de informações dentro e fora da empresa, conhecendo-se perfeitamente as condições da empresa, tanto técnicas como financeiras; as condições do produto, as condições do mercado, as necessidades dos consumidores. A determinação destes objetivos dependerá também de informações sobre potencialidade de mercados, canais de distribuição, previsão de vendas, previsão de produção, disponibilidade financeiras. Segundo Costa – Talarico (1996) o planejamento poderá ser preparado em função das informações colhidas e dos objetivos determinados, estabelecendo-se toda a programação da empresa, determinando datas e valores dos objetivos a serem alcançados. O plano deve estabelecer metas ou objetivos, produto por produto, podendo haver prazos diferentes para se alcançar suas metas. Os planos em curto prazo servem de apoio ao desenvolvimento global da empresa a médio e longo prazo fortalecendo-a em diversos setores diferentes ao mesmo tempo. O planejamento é uma das principais funções da administração de marketing e o sucesso ou fracasso da empresa depende deste planejamento e dos profissionais que o executam. Todos os recursos da empresa são dirigidos e concentrados para a execução destes planos, visando atingir os objetivos determinados para cada setor, alcançando assim a finalidade maior da empresa que é o lucro. Um planejamento mal elaborado poderá resultar em prejuízos incalculáveis para a empresa, comprometendo sua imagem, seus produtos e sua participação no mercado. Erros de planejamento no lançamento de um produto podem prejudicar a comercialização deste produto por muitos anos, retardando sua entrada com sucesso no mercado e pode até mesmo queimar o produto, deixando-o sem condição de permanecer no mercado. - Plano de Promoção Uma vez determinadas quais estratégias de comunicação serão utilizadas para o atingimento dos objetivos de mercado e de comunicação, serão desenvolvidos os respectivos planos, seja de propaganda, publicidade, promoção ou de merchandising, planos complementares ou vários deles. “Merchandising é o planejamento e a operacionalização das atividades que se realizam em estabelecimentos comerciais, principalmente em lojas de varejo e de auto-serviço, como parte de complexo mercadológico de bens de consumo, tendo como objetivo expô-los ou apresentá-los de maneira adequada a criar impulsos de compra na mente de consumidores, ou usuários, tornando mais rentáveis todas as operações nos canais de marketing”. (SILVA, Joaquim. 1995 P.17). Quando o plano de promoção e merchandising fizer parte do planejamento anual e for complementar ao plano de marketing/comunicação, a análise da situação, o diagnóstico e os objetivos terão sido definidos, podendo-se partir para a montagem; se as ações a serem planejadas decorrerem de uma situação de emergência, no entanto, esses três itens devem ser previstos, analisados e trabalhados de maneira específica, pois irá se tratar de adoção de uma estratégia isolada que apesar de surgir como variante do planejamento anual para corrigir distorções ou mudar um quadro surgido no cenário mercadológico, no entanto, deverá obedecer aos princípios e á lógica adotados no planejamento de marketing e de comunicação. Para Costa – Talarico (1996) o plano de promoção e merchandising deve, ser claro, lógico, objetivo e conter os elementos necessários ao entendimento do processo e á viabilização de sua implementação. CAPÍTULO IV O MARKETING NA PRÁTICA: UMA ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE VENDAS A empresa JFM 102-A Armazém e Mercearia LTDA, localizada na Rua Paranapiacaba nº 102 Lj A– Piedade – RJ, está há 10 anos no mercado varejista, e tem como clientela a população que reside no bairro de Piedade e localidades próximas. Vem desenvolvendo um trabalho sério, objetivando continuar no mercado, pois este ramo de comércio é muito concorrido. Ela trabalha com produtos variados em armarinho, mercearia, papelaria e acessórios em geral. Desta forma, buscou desenvolver ações com a finalidade de obter a fatia do mercado correspondente ao público consumidor, que utiliza estes produtos freqüentemente. Por ser armazém um ramo de grande concorrência na região, a empresa tem apurado um declínio nas vendas devido à ausência de promoções, produtos de outras marcas, escassez na intensidade de propaganda, fornecimento de novos produtos e menores preços. Perante isso, foi elaborado um projeto que teve como objetivo equacionar os problemas, melhorando as vendas da empresa, através de criação de banco de dados de clientes; levantamento de todos os produtos, inclusive os em promoção; identificação de preços promocionais; distribuição de cupons entre os clientes ativos; promoção de divulgação dos produtos e identificação dos clientes que estão afastados da loja. Como todo comércio, a empresa vem encontrando dificuldades para se manter no mercado, principalmente em função de uma administração não condizente com a realidade atual. Pois a direção da empresa não tem buscado além de representantes novidades para suprir as necessidades e desejos dos clientes. Embora no quadro funcionários tenham bastante experiência no setor, não tem contribuído muito para o crescimento das vendas. Uma empresa para ser bem sucedida precisa ser administrada com foco no cliente. A promoção de vendas oferece um incentivo à compra. Esta inclui ferramentas para promoção ao consumidor (cupons, descontos, prêmios, brindes, etc) ; promoção aos intermediários (descontos, condições especiais de compra, concursos e mercadorias gratuitas); e promoções para a força de vendas (convicções de vendas, concursos e propaganda especializada). (KOTLER, 1998, p.577). Através de conversa informal feita com a clientela desta empresa, os mesmos apontaram descontentamento por não serem atendidos em algumas de suas necessidades e desejos, tais como: falta de produtos recém-lançados no mercado, produtos de outras marcas, promoções e divulgações em mídia dos produtos e da empresa. Foi desenvolvido um projeto no período de março a julho de 2007, visando melhorar os principais problemas da empresa, como: declínio nas vendas devido à ausência de promoções; falta de produtos de outras marcas, ausência de intensidade de propaganda e não fornecimento de novos produtos com menores preços. Considerando a natureza do negócio realizado pela JFM 102-A, que apresenta uma quantidade elevada de produtos, em torno de 300 itens, existe um fluxo muito grande de pessoas fazendo compras, o que exige por parte da empresa, um esforço maior no sentido de torná-la mais competitiva no mercado principalmente através da redução dos custos e aumento da lucratividade. De acordo com o que foi visto acima, a empresa compreendeu a necessidade de colocar em prática a realização de promoção de vendas bem como brindes oferecidos aos clientes, com o objetivo de maximizar os lucros, através da implementação de medidas voltadas para despertar na clientela o interesse por determinados produtos e oferecê-los com preços mais baixos que os concorrentes. Após a prática destas medidas, pôde ser observado como resultado na JFM 102-A, uma melhor visualização dos produtos em promoções, o que facilitou despertar nos clientes um maior interesse pelas compras. Através de ofertas de novos produtos, produtos de marcas diferentes, realizações como descontos, ofertas de brindes e outros, e ainda divulgação em canais de comunicação, foi possível satisfazer as necessidades e desejos dos clientes. Com isso, a empresa tornou-se competitiva no mercado, promovendo e despertando reações nos concorrentes. Diante destes resultados, a empresa almeja estar sempre em busca de novas alternativas para possuir um atendimento diferenciado e melhores produtos aos clientes, com menores preços e qualidade. Assim, ao adquirir os produtos, o cliente terá as suas necessidades, desejos e satisfações realizados. Assim, a empresa reduzirá os custos, aumentará sua lucratividade e permanecerá com sucesso no mercado atingindo os objetivos organizacionais. CONCLUSÃO Não existe hoje em dia um anunciante sequer que não esteja preocupado em utilizar ferramentas de promoção como um diferencial competitivo. Muitas empresas acreditam que a adoção desta, deva ser a solução para os períodos de crise, já outras preferem não fazer o seu uso, devido os altos custos. Com a utilização do Marketing Promocional, através de ofertas de novos produtos, produtos de marcas diferentes, descontos, ofertas de brindes, divulgação em canais de comunicação e etc, é possível satisfazer as necessidades e desejos dos clientes, fazendo assim com que a empresa se torne competitiva no mercado, promovendo e despertando reações na concorrência. É uma verdadeira febre de patrocínios, gincanas, ofertas, prêmios, concursos e sorteios. Muitos núcleos, departamentos e empresas de promoção estão surgindo da noite para o dia e as grandes agências de propaganda estão, em sua grande maioria, ampliando ou investindo cada vez mais nos seus departamentos de promoções. Isso não acontece somente porque elas querem ampliar os seus domínios, mas também porque estão sofrendo pressão dos clientes que exigem cada vez mais das agências. Dentro de uma visão a curto prazo, a promoção de vendas imediatamente assumiu uma posição de destaque no mix de comunicação. Ela é fácil de implementar, de resposta imediata, principalmente junto ao canal de revenda e muito mais visível e mensurável quando comparada à publicidade. Tanto a propaganda como a promoção são, indiscutivelmente, ferramentas fundamentais no processo de comunicação de qualquer empresa, produto ou serviço que deseja ter uma posição de destaque no mercado. A propaganda é fundamental para dar credibilidade a uma ação promocional. Cada ferramenta tem as suas funções distintas para serem usadas de maneira também distinta. Porém nenhuma delas deve ser encarada isoladamente, pois é exatamente da sinergia gerada da utilização integrada de ambas que se pode colher os melhores resultados. É válido lembrar que o Marketing Promocional é uma parte do marketing, senso assim fundamental que as outras estratégias sejam utilizadas em conjunto. É através disso que ocorre o aceleramento e desenvolvimento das vendas, de um produto, levando-o até o público, contribuindo assim, para o sucesso da empresa. BIBLIOGRAFIA BROLIO, Jorge Luiz. Guia da promoção. 2 ed. São Paulo: Yucas, 1992. 100 p. CHURCHILL, Jr. Gilbert; PETER, J. Paul. Comunicação Integrada de Marketing. Rio de Janeiro: Saraiva, 2000. 397 p. COBRA, Marcos. Marketing Básico: Uma perspectiva brasileira. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1987. 382 p. COSTA, Antônio Roque; TALARICO, E. de Gomes. Marketing Promocional: Descobrindo os segredos do mercado. São Paulo: Atlas, 1996. 270 p. DE SIMONI, João F. Soderini. Promoção de Vendas: 40 anos de teoria e prática. São Paulo: Makron Books, 1997. HOOLEY, Graham J. et alli. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. São Paulo: Prentice-Hall, 2001. KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 527 p. MELOZI, Aline Fernanda, administradores.com.br, São Paulo. 2004. PANCRAZIO, P. S. Promoção de vendas. São Paulo: Futura, 2000. PENTEADO, José Roberto Whitaker. Marketing Best. São Paulo: Makron Books, 1999. RABAÇA, C.A.; BARBOSA, G. Dicionário de comunicação. São Paulo: Ática, 1987. ROCHA, Ângela da. Marketing: Teoria e prática no Brasil. São Paulo: Atlas, 1999. SANT’ANNA, Armando. Propaganda: Teoria e Prática. São Paulo: Pioneira, 1996. SEMENIK, R. J.; BAMOSSY, G.J. Princípios de marketing:Uma perspectiva global. São Paulo: Makron Books, 1995. SILVA, Joaquim Caldeira da. Merchandising no varejo de bens de consumo. São Paulo: Atlas, 1995. 170 p. SOUZA, Reinaldo Heitor. Vender é preciso: Modernas técnicas de venda. Petrópolis: Vozes, 1995. ÍNDICE INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I Marketing: Conceitos e Abordagens 10 1.1 – Conceitos ligados ao Marketing 11 1.2 – Mix de Marketing 13 1.3 – Mais P’s? 14 1.4 – Princípios básicos de Marketing 16 CAPÍTULO II Estratégia de Vendas: Uma Abordagem Conceitual 18 CAPÍTULO III Promoção de Vendas: Conceituação e Planejamento 21 3.1 – Características 22 3.2 – Tipos de Promoção de Vendas 23 3.3 – Ferramentas de Promoção de Vendas 24 3.4 – Objetivos Promocionais 25 3.5 – Público s 26 3.6 –Porque usar a Promoção de Vendas 27 3.7 – Desenvolvendo o Programa de Promoção de Vendas 28 3.8 – Vantagens, desvantagens e riscos da Promoção de Vendas 29 3.9 – Planejamento Promocional 32 CAPÍTULO IV O Marketing na prática: Uma estratégia de Promoção de Vendas 35 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 40 ÍNDICE 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: