SOLUÇÕES
BR
Nº 25 Ano 5 Julho/Agosto 2006
MERCADO CONSUMIDOR
A química perfeita do
mercado de parafinas
P A L A
V R A
B
R
BR: UM CASE DE SUCESSO
A Petrobras Distribuidora está mais uma vez contribuindo para o aumento da
oferta de energia elétrica na Região Norte do país, ao investir em instalações de
armazenagem de combustíveis para cinco novas termelétricas na cidade de Manaus. Uma delas é a Usina Termelétrica Ponta Negra, movida a óleo combustível e
com capacidade para atender a uma cidade de 200 mil habitantes, que irá fornecer
60 MW de energia para a Região Metropolitana de Manaus. Com esta operação, a
Gerência de Grandes Consumidores confirma o comprometimento da Companhia
com o fomento do desenvolvimento econômico e social no Norte do Brasil.
Mas, como somos uma empresa com atuação nacional, não podemos nos
esquecer de outros mercados igualmente promissores. No Espírito Santo, onde a
BR detém a concessão de gás canalizado desde 1993, a Petrobras vai concluir até
dezembro deste ano as obras do gasoduto Cacimbas-Vitória. Com 130 quilômetros de expansão, o pipeline permitirá um aumento de três milhões de metros
cúbicos por dia no fornecimento do combustível na Região Metropolitana de Vitória. Não poderíamos deixar de apoiar o desenvolvimento do estado que abriga a
sétima economia do país, incluindo o maior complexo de pelotização de minério
de ferro do mundo e a maior produção nacional de placas de aço, e é o principal
exportador de mármore e granito da América Latina.
É preciso destacar ainda que graças à BR a distribuição e a comercialização do
biodiesel, adicionado na proporção de 2% ao diesel de origem fóssil, já são feitas
em rigorosamente todo o território nacional. Diariamente, cerca de 30 novos clientes
procuram a Petrobras Distribuidora interessados em iniciar a compra do produto.
Até dezembro deste ano estaremos vendendo biodiesel a três mil clientes grandes
consumidores, entre transportadoras, TRRs, indústrias, termelétricas e até ferrovias. Um verdadeiro tour de force da Companhia, que deverá fechar o ano com um
volume comercializado de cerca de um bilhão de litros/mês.
De fato, a BR é o habitat natural da eficiência. É o que comprova a 17ª avaliação do Sistema de Garantia de Qualidade do querosene de aviação (SGQ).
Realizada anualmente, a auditoria consiste na análise do produto desde o refino
até a chegada ao cliente. De acordo com o resultado, as unidades da BR Aviation
atingiram plenamente o índice de conformidade exigido. Isso se traduz em um
produto de qualidade, eficiente e seguro, tanto para nossos clientes como para os
revendedores.
E, finalmente, mais uma vez demonstramos toda nossa capacidade de superar
desafios e nos impormos à concorrência: em menos de um ano nossa participação
no mercado de parafinas saltou de 9% para 20%. Até o fim de 2006 deveremos
alcançar 30% de market share no setor, um volume equivalente a 35 mil toneladas.
Mas estes números expressivos não caíram do céu. Trata-se do resultado de
mudanças na estratégia comercial da Gerência de Produtos Químicos, que passou
a utilizar uma rede de revendedores sem deixar de lado as negociações diretas
com algumas indústrias, reduzindo estoques e alcançando índice zero de inadimplência do negócio parafinas. Um autêntico case de sucesso.
MARCO ANTONIO VAZ CAPUTE
DIRETOR DE MERCADO CONSUMIDOR
SOLUÇÕES
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Entrevista
Antonio Rubens Silva Silvino –
Presidente da Liquigás
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Asfalto
Água – Uma inesgotável fonte de energia
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PUBLICAÇÃO DA PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A.
PRESIDENTE
BR em Boa Cia.
Pablo Garcia, presidente da Conseil
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Maria das Graças Foster
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DIRETOR FINANCEIRO E DE SERVIÇOS
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DIRETOR DE OPERAÇÕES E LOGÍSTICA
Aviação
Edimilson Antonio Dato Sant’Anna
BR Aviation celebra o brasileiro
que fez o homem voar
16 Qualidade nas alturas
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DIRETOR DE MERCADO CONSUMIDOR
Marco Antonio Vaz Capute
DIRETOR DA REDE DE POSTOS DE SERVIÇO
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Grandes Consumidores
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CONSELHO EDITORIAL
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Gerente de Comunicação
Sérgio Bandeira de Mello
Produtos Químicos
LINHA EVOLUA – SEU CARRO MERECE
O MELHOR TRATAMENTO
GERENTE DE IMPRENSA
Carmen Navas
Sumário
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EDITOR
Claudio Fernandez
PRODUTORA GERAL
Eliana Rodrigues
REPÓRTER
Max Marques
REVISÃO
Rubens Sylvio Costa
PROJETO GRÁFICO
Marcelo Pires Santana / Paula Barrenne de Artagão
DIAGRAMAÇÃO
Modal Informática
Parafina é o mais novo blockbuster da BR
30
Reinaldo José Belotti Vargas
Andurte de Barros Duarte Filho,
Alexandre Penna Rodrigues, Érica Saião Caputo,
Ismael Nogueira da Gama Orenstein
e Hévila Aparecida Arbex
Biodiesel move o Brasil
Ponta Negra leva mais energia para a Região Norte
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Nelson José Guitti Guimarães
PRODUÇÃO GRÁFICA
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Rede de Postos
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FOTOS
Adriana Lorete / Marcelo Carnaval
Eficiência é o combustível dos postos BR
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Soluções Energéticas
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10 mil exemplares
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Esporte Motor
Petrobras impulsiona a dupla Williams e Toyota
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Opinião
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Rogelio Golfarb – Presidente da Anfavea
SOLUÇÕES
Rua Barão do Flamengo, 22 / 601, Flamengo
CEP 22220-080, Rio de Janeiro, RJ
INSIGHT ENGENHARIA DE
COMUNICAÇÃO & MARKETING
Os voluntários da pátria
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P RODUZIDA POR M ARGEM E DITORA E
I NSIGHT E NGENHARIA DE C OMUNICAÇÃO
MARGEM EDITORA
Responsabilidade Social
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FOTO DE CAPA
Rogério Reis / Banco de Imagens Petrobras
TIRAGEM
Espírito Santo cresce na cadência do gás
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Ruy Saraiva
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Rua Sete de Setembro, 71/14o andar, Centro
CEP 20050-005, Rio de Janeiro, RJ
e-mail: [email protected]
SAC: 0800 789001
ENTREVISTA
LIQUIGÁS
MIRA O TOPO DO
MERCADO DE GLP
ANTONIO RUBENS SILVA SILVINO
PRESIDENTE DA LIQUIGÁS
Adquirida pela Petrobras Distribuidora
há dois anos, a Liquigás é uma das
maiores distribuidoras de GLP do Brasil,
com expressiva participação no
mercado nacional. Uma vez
consolidada esta incorporação, a
empresa lançou um plano de negócios
com o objetivo de alcançar a liderança
do setor. Nesta entrevista, o presidente
da Liquigás, Antonio Rubens Silva
Silvino, enumera os principais projetos
para a companhia, tanto no segmento
de envasados quanto de granel. Fala
também do combate à revenda
clandestina de GLP. Apresenta ainda as
ações implantadas pela empresa para
valorizar a sua força de trabalho.
SOLUÇÕES
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ENTREVISTA
Soluções BR – Após dois anos da
incorporação pela Petrobras Distribuidora, qual é a posição da Liquigás
no mercado brasileiro e quais são os
objetivos para o futuro?
Rubens Silvino – A Liquigás é a terceira maior distribuidora de GLP do
Brasil, com um market share de
21,7%, índice muito próximo ao dos
dois primeiros colocados do setor.
Nosso planejamento estratégico prevê a chegada à liderança do mercado no período de 2011 a 2015, isso,
considerando o crescimento orgânico. É importante enfatizar que a Liquigás já é líder no segmento de botijões de 13kg (P13), que representa 80% do mercado total de GLP, com
23% de market share. Um dos nossos objetivos é aumentar esta liderança e dar mais ênfase no mercado de vendas a granel, oferecendo
soluções em GLP para nossos clientes e para o mercado.
Soluções BR – A Liquigás adotou
uma série de medidas para reduzir
seus custos operacionais. Qual o impacto destas ações?
Rubens Silvino – Temos feito um
esforço em nome da racionalização
das despesas e para a melhoria de
margens. Isso tem levado a empresa a um bom resultado econômico e
este desempenho tem permitido à
companhia reunir um caixa fundamental para execução do plano de
investimentos. Uma das principais
medidas adotadas pela Liquigás foi
a redução da sua cadeia comercial,
com suspensão das vendas a qualquer
revendedor identificado como clandestino e desestimulando também que
nosso revendedor autorizado o faça.
Soluções BR – Como é possível
combater o mercado clandestino?
Rubens Silvino – O mercado clandestino inflige uma concorrência des-
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SOLUÇÕES
“UMA DAS PRINCIPAIS
MEDIDAS ADOTADAS
PELA LIQUIGÁS FOI A
SUSPENSÃO DAS VENDAS
A REVENDEDORES
CLANDESTINOS”
leal com as distribuidoras e revendedores sérios e que cumprem suas
obrigações tributárias e trabalhistas.
Este é um problema grave também
em termos de produtividade, comercialização e segurança. Com uma
cadeia comercial mais longa, o botijão demora a retornar e o objetivo
de qualquer distribuidora de GLP é
reduzir o giro do vasilhame, seu
grande ativo. Todo botijão traz em
alto-relevo a marca da distribuidora
e as grandes empresas do setor, que
respeitam as regras de ética concorrencial, segregam os botijões de outras marcas que são recolhidos no
momento da venda ao consumidor,
para a posterior troca com a empresa cuja marca é estampada no botijão. Estas companhias, entre as quais
está a Liquigás, criaram centros de
destroca, uma pessoa jurídica independente que organiza a devolução
dos botijões à sua companhia de origem. O problema é que algumas
concorrentes estão distantes deste
padrão e usam os botijões de todas
as companhias indiscriminadamente. Algumas destas distribuidoras obtiveram até sentença judicial para
envasar os botijões de outras distribuidoras. Isso explica os preços
abaixo da média praticados por alguns distribuidores. Estas empresas
não imobilizam recursos na compra
de botijões, nem têm compromisso
com a segurança do consumidor.
Para defender seus direitos, a Liquigás entrou com uma ação na Justiça paulista, com base em uma lei
do estado que proíbe as empresas
do setor de encher o botijão de outras marcas.
Soluções BR – Qual o risco que o
mercado clandestino oferece para o
consumidor final?
Rubens Silvino – É muito alto e
engloba vários aspectos. Primeiro
porque uma marca representa todo
um conceito e um padrão de qualidade de uma empresa. O botijão
pode sofrer deterioração em razão
da manipulação, das condições de
armazenamento e de transporte ou
até do clima a que é exposto. Uma
norma da ANP obriga as distribuidoras a proceder uma requalificação
periódica dos botijões. Quando não
é aprovado, o recipiente é inutilizado e segue para sucateamento, sendo destinado à indústria siderúrgica.
As distribuidoras que enchem botijões de outras marcas nunca vão
gastar com a manutenção e a requalificação do botijão com a marca de
outra companhia e assim estes botijões voltam ao mercado (aos nossos
lares) sem a devida garantia de segurança. Outro ponto são as reven-
ENTREVISTA
“PARA DEFENDER SEUS DIREITOS, A LIQUIGÁS
ENTROU COM UMA AÇÃO NA JUSTIÇA
PAULISTA, COM BASE EM UMA LEI DO
ESTADO QUE PROÍBE AS EMPRESAS DO SETOR
DE ENCHER O BOTIJÃO DE OUTRAS MARCAS”
SOLUÇÕES
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ENTREVISTA
das clandestinas, que não são registradas e não seguem os padrões técnicos e de segurança exigidos na
comercialização do GLP. Podemos
observar botijões sendo vendidos em
botecos, padarias e até amarrados
em postes. Além disso, estes “clandestinos” eventualmente manipulam
o produto adulterando o peso líquido do botijão e estão levando às residências um produto de qualidade
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SOLUÇÕES
duvidosa. A Liquigás tem feito um
enorme esforço em prol da regularização do mercado e da segurança
dos consumidores, em especial atenção às donas de casa.
Soluções BR – Quais são os focos
de crescimento da Liquigás?
Rubens Silvino – Uma das principais metas é aumentar a participação no segmento de granel, no
qual temos 18% de market share.
Para isso, estamos intensificando um
trabalho comercial focado nos clientes deste segmento, tais como
indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, de cerâmica, cozinhas industriais, hotéis, restaurantes, fábricas
de papel, condomínios e em outros
nichos como na avicultura ou ainda na secagem de grãos. Para estes clientes a Liquigás se encarre-
ENTREVISTA
ga do projeto, da instalação e das
manutenções preventivas e corretivas, com assistência técnica 24
horas. Todas as nossas instalações
são feitas de acordo com as normas da ABNT e do Corpo de Bombeiros. Com estas ações, temos
procurado agregar ainda mais valor ao cliente, inclusive com orientações sobre o uso racional do GLP,
entre outras medidas.
Soluções BR – O segmento de envasado está saturado?
Rubens Silvino – Não. O mercado de envasado, assim como todo o
mercado de consumo brasileiro, só
tende a crescer com o avanço da
economia e o aumento do poder
aquisitivo dos consumidores. Além
disso, existe uma pressão ambiental
para a redução do uso da lenha, o
que, certamente, é um fator de aumento da demanda por GLP. Mesmo diante destas boas perspectivas,
as distribuidoras de GLP precisam
se preparar, pois o mercado está
cada vez mais competitivo. E não me
refiro apenas à concorrência entre
as empresas. O microondas, por
exemplo, cada vez mais comum nos
lares brasileiros, reduz o consumo
de GLP.
Soluções BR – Com relação à ocupação territorial do mercado brasileiro, em que áreas a Liquigás pretende concentrar esforços para ampliar
sua participação de mercado?
Rubens Silvino – A Liquigás é muito forte no Rio Grande do Sul, em
algumas partes do Nordeste e nas
capitais de São Paulo e de Minas Gerais. Mas tem um enorme potencial
de crescimento no Rio de Janeiro, no
interior de São Paulo, na Bahia, Minas Gerais e no Espírito Santo, o que
será fundamental para a empresa
buscar a liderança do mercado.
Queremos nos expandir em novas
regiões do país, tanto no envasado
quanto no granel. Para isso, vamos
ampliar nossa rede de revendedores. Hoje, contamos com três mil e
quinhentos revendedores e vamos
aumentar este número de maneira
seletiva, buscando parceiros que se
encaixem no padrão de qualidade da
Liquigás e que atuem na venda direta ao consumidor final. Estamos também trabalhando para conhecer
melhor quem são os nossos clientes,
suas necessidades, o que agrega
valor para eles e como avaliam nossas concorrentes. Também preocupados com o melhor atendimento e
a conquista de novos clientes, fizemos, no início do ano, uma racionalização da estrutura de logística, mas
certamente vamos analisar qualquer
tipo de ajuste no sistema de distribuição que nos permita ampliar a
participação, incluindo a instalação
de novas unidades de armazenagem. Temos também projetos de
ampliação da produção e, eventualmente, estamos abertos à formação de pools ou parcerias com outras empresas do setor.
Soluções BR – Os recentes episódios envolvendo a Bolívia e o Brasil
tiveram algum impacto sobre o mercado de GLP?
Rubens Silvino – Não observamos,
até o momento, qualquer efeito mais
profundo. É verdade que a renegociação dos contratos de compra do
gás boliviano tem gerado uma certa
expectativa e, há alguns meses, alimentou o temor de problemas de
abastecimento no país. Verificamos
até um aumento residual das vendas
de GLP, uma vez que muitas donasde-casa, confundindo os dois produtos, passaram a estocar botijões, temerosas de que faltasse gás natural.
Mas o setor já voltou à normalidade.
O que há, sim, é um cuidado maior
por parte das empresas, cada vez
mais preocupadas em fazer hedge
na compra de gás, para não depender apenas de uma fonte de fornecimento.
Soluções BR – Com relação a este
hedge, algumas empresas têm adotado o Flex Gás, desenvolvido pela
Liquigás. Quais os grandes benefícios
deste serviço?
SOLUÇÕES
7
ENTREVISTA
Rubens Silvino – O FlexGás é um
combustível alternativo ao Gás Natural, formado por uma mistura de
GLP com ar e garante uma intercambiabilidade instantânea entre os dois
combustíveis, de forma que o cliente
pode utilizá-lo simultaneamente com
o Gás Natural ou isoladamente,
como FlexGás puro. Além disso,
substitui com vantagens (principalmente ambientais) o óleo diesel e o
óleo combustível. Muitas indústrias
têm adotado o sistema, formado por
um conjunto de recebimento e estocagem de GLP, uma unidade de geração e uma unidade de água quente para vaporização do gás. Em um
primeiro momento, pretendemos
usá-lo como back up, um seguro
contra uma possível falta virtual do
gás natural para indústrias em geral. Este mecanismo tem sido muito
bem aceito por empresas de diversos setores.
Soluções BR – Quais são as medidas adotadas pela Liquigás nas áreas de SMS?
Rubens Silvino – O GLP não é corrosivo, tóxico ou poluente. Ainda assim, a Liquigás se submete a padrões
rígidos de conservação ambiental,
como os adotados pelas grandes distribuidoras de GLP. Os principais cuidados são tomados no despejo de
efluentes, como o derivado da lavagem dos botijões, da lubrificação das
correntes, da cortina de pintura e
com o descarte de resíduos, como
os restos de tinta e papelão. Estes
produtos são acondicionados em
tambores e enviados para a destinação final em cimenteiras. Temos também uma grande preocupação com
relação à segurança, tanto de nossos funcionários, quanto dos nossos
clientes. Temos muito cuidado para
que todos os nossos profissionais adotem os procedimentos mais corretos,
8
SOLUÇÕES
o que se tem refletido nos ótimos indicadores de segurança da empresa. Até abril deste ano, a Taxa de
Freqüência de Acidentados com Afastamento (TFCA) da Liquigás estava
em torno de 11. Esse índice é definido como o número de acidentados
com afastamento por milhão de homens-hora de exposição ao risco. O
índice médio da indústria mundial de
GLP é 4. No acumulado do ano, a
TFCA registrada pela Liquigás foi de
7. Não estamos medindo esforços
para que este número caia até os
padrões aceitáveis. Em julho, por
exemplo, o índice foi de 0,96. Estamos focando na melhoria dos processos, na comunicação intensa até
a ponta da linha e trabalhando com
as lideranças dos centros operativos,
onde os botijões são envasados e os
caminhões, carregados, seja de botijões ou de granel. Os acidentes mais
comuns na indústria de GLP se referem a problemas na carga e descarga de botijões, tais como lesões
na coluna ou a impacto do botijão
sobre partes do corpo do trabalhador. O botijão vazio pesa em torno
de 15 quilos. Orientamos os ajudantes de carga e descarga, os motoristas e outros trabalhadores envolvidos,
todos os dias pela manhã, aumentando a comunicação entre as diversas áreas da empresa. Para dar suporte a esta atividade mantemos um
comitê de SMS (Segurança, Meio
Ambiente e Saúde), do qual participam toda a diretoria e as unidades
da Liquigás, que têm a missão de,
entre outras, disseminar na companhia medidas para evitar acidentes.
Soluções BR – Do ponto de vista
administrativo, quais foram as principais mudanças implantadas pela atual
gestão?
Rubens Silvino – Quando comprou os ativos da Agip em GLP, a
Petrobras Distribuidora vislumbrou a
oportunidade de ter uma participação expressiva neste mercado a
partir da aquisição de uma empresa com tradição no setor. E o nosso
principal desafio foi implantar uma
gestão que garantisse os padrões
que nós desejávamos. Um dos pontos principais foi a elaboração do
nosso Plano Estratégico, com horizonte até 2015 e no qual, dentre
outros direcionadores estratégicos,
destaco a visão estabelecida para a
Liquigás: ser a líder de mercado, a
mais rentável e a referência para o
setor. O trabalho tem sido intenso.
ENTREVISTA
Elaboramos um Plano de Negócios,
onde estão definidas as metas até
2011, implantamos o SAP-R3 como
software de gestão empresarial, estamos propondo uma política de
marketing mais agressiva e criamos
um comitê de gestão, focado na consolidação de um processo de governança corporativa. Implantamos também um comitê de avaliação de desempenho, que analisa todos os negócios e os resultados da empresa e
um comitê de crédito, que resultou
na redução dos índices de inadimplência. Todas estas ações mostram
ao mercado e a nossos stakeholders
que a Liquigás tem uma proposta firme para se tornar a maior distribuidora de GLP do Brasil.
Soluções BR – Com relação à força de trabalho, quais as ações desenvolvidas pela empresa?
Rubens Silvino – Estamos procurando valorizar ao máximo nossa
equipe. Implantamos um plano de
cargos e salários, com uma reformulação da estrutura da companhia.
Havia 424 cargos, número que foi
reduzido para 33. É muito difícil
mensurar mérito e valorizar o trabalho do profissional com tantos car-
gos. Estamos implantando o GDP,
uma ferramenta para a gestão de
desempenho pessoal, já utilizada
pelas empresas do Sistema Petrobras
e que permitirá a avaliação do desempenho de cada trabalhador a
partir do atingimento de objetivos
previamente definidos com o trabalhador. Vamos mostrar a todos os nossos empregados que esta administração valoriza o mérito profissional
e buscar com isso elevar a motivação e comprometimento de todos
para cumprir as metas desafiadoras
de crescimento e rentabilidade estabelecidas para a companhia.
SOLUÇÕES
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ASFALTO
ÁGUA
UMA INESGOTÁVEL
FONTE DE ENERGIA
A Petrobras Distribuidora está suando a camisa para preservar um dos bens escassos mais
valiosos do Planeta: a água. Uma iniciativa de grande importância já adotada na Fábrica de
Emulsão Asfáltica de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, será estendida para as
unidades de Diadema e São José dos Campos, em São Paulo, e Ponta Grossa, no Paraná.
Trata-se de um sistema de aproveitamento de águas pluviais no processo produtivo de asfaltos,
pavimentos e outros produtos especiais.
Canaletas e tanque para a armazenagem de águas pluviais instalados na fábrica de asfalto de Duque de Caxias
10 SOLUÇÕES
ASFALTO
A
água é uma das principais matérias-primas para
a fabricação de emulsões asfálticas. Em cada 25
toneladas de emulsão, dez toneladas são de
água. O sistema instalado na unidade de Duque de Caxias consiste no uso de canaletas e calhas para a captação da água das chuvas, posteriormente depositada em
um tanque e um poço. “Os recursos hídricos são tão finitos quanto o petróleo. Precisamos usá-los de maneira responsável e sustentável. Em caso de chuva forte, conseguimos encher os reservatórios com 30 mil litros de água,
volume suficiente para garantir metade da produção diária da fábrica, que é de 150 toneladas”, afirma o engenheiro Guilherme Edel, da Gerência de Comercialização
de Asfaltos (GCA), um dos idealizadores do sistema.
As obras de instalação do processo na fábrica de
emulsões da BR em Diadema estão praticamente concluídas. Até outubro, o sistema entrará em funcionamento. O engenheiro lembra que a Baixada Fluminense, a região do ABCD paulista e Ponta Grossa costumam ser castigadas por temporais, principalmente no
verão. “Com uma hora de chuva forte já e possível
encher os reservatórios.”
Guilherme Edel, da Gerência de Comercialização de Asfaltos
ENERGIA
Outra importante ação desenvolvida pela BR é o programa de reaproveitamento do vapor gerado na fabricação de emulsão com vistas à produção de energia.
Esta prática é adotada em São José dos Campos. A eletricidade serve para iluminar as instalações da fábrica à
noite. Pelo sistema, o vapor que seria naturalmente liberado na atmosfera é canalizado para as turbinas da unidade, que geram 15kva de energia. “A eletricidade gerada neste método não é suficiente para movimentar
máquinas, mas tem grande valia na iluminação de ambientes”, afirma Edel.
Todas as futuras construções nas fábricas da GCA
contemplarão a instalação destes sistemas contra o desperdício de água e energia. Um exemplo é o novo edifício que será erguido na unidade de emulsões de São
José dos Campos (SP). O prédio terá uma clarabóia
que permitirá o uso de iluminação natural. Um sistema
de ventilação inteligente produzirá correntes de ar.
Apenas o auditório e a sala da administração precisarão de ar-condicionado.
O desperdício de água é uma das maiores preocupações de ecologistas e ONGs. Cerca de um bilhão de
pessoas no mundo carecem de acesso à água potável;
mais de dois bilhões não contam com serviços higiênicos
adequados. O grande desafio da Humanidade no futuro
será conseguir água potável. O Ministério do Meio Ambiente apresentou o Plano de Águas do Brasil. Preparado ao longo dos últimos três anos, o programa traçou
metas para o destino dos recursos hídricos do país até
2020, além de apontar a necessidade do uso sustentável em diversos setores como indústria, agricultura e saneamento e definir investimentos em educação ambiental. O Brasil detém 12% das reservas de água potável do
mundo, mas exibe contrastes: algumas regiões enfrentam a escassez do insumo, como o semi-árido; outras
têm água em excesso, caso da Amazônia.
CONTATOS BR
Guilherme Edel
[email protected] – (21) 3876-4256
THOMAZ LUCCHINI é o titular da Gerência de Comercialização de Asfaltos, cuja missão é administrar a venda de asfaltos
e emulsões, agregando serviços aos produtos, de forma competitiva e rentável. A unidade procura se entrosar com as demais
áreas para o sucesso do negócio, orientada pelo mercado e com foco no cliente. ([email protected])
SOLUÇÕES
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BR EM BOA CIA.
PARCEIROS
DE SOL A SOL
Todos os dias, a partir das 4h30min, uma nova história começa a ser escrita
na Conseil. Um a um, os mais de 370 motoristas que atendem ao Pólo
Petroquímico de Camaçari vão chegando à empresa. Meia hora depois, os
ônibus começam a sair para atender ao transporte dos funcionários de
algumas das mais importantes empresas da Bahia. São seguidos dos
motoristas e auxiliares que trabalham nos serviços de frete. Nesta jornada
diária, a Conseil leva a seu lado uma grande companhia: a BR.
A
BR fornece à Conseil óleo
diesel, lubrificantes e, mais
recentemente, biodiesel. A
qualidade dos produtos se repete nos
serviços prestados pela companhia.
Somos clientes de duas das mais importantes iniciativas desenvolvidas
pela BR para o setor de transporte
rodoviário: a Central Avançada de
Inspeção e Serviço (CAIS) e do Controle Total de Frotas (CTF-BR). A Conseil é cliente da CAIS de Camaçari,
uma mão na roda para nossos veículos e nossos profissionais, que têm
acesso a um local absolutamente seguro e com uma série de serviços.
O CTF-BR, por sua vez, tem permitido à nossa empresa manter um
rigoroso acompanhamento do processo de abastecimento, proporcionando uma racionalização do uso de
combustíveis e uma redução dos custos operacionais. A garantia de entrega do produto com qualidade certificada e no prazo correto é extremamente importante para uma transportadora como a Conseil, que tem
o compromisso de atender a clientes
com alto grau de exigência, seja no
segmento de transporte pessoal, seja
no fretamento de carga.
12 SOLUÇÕES
A parceria entre a Conseil e a
Petrobras Distribuidora teve, neste
ano, mais um momento de grande
importância. Passamos a utilizar em
nossos veículos biodiesel comprado
à BR. Esta decisão só reforça o comprometimento da Conseil com a qualidade de vida das gerações atuais e
futuras. De acordo com o conceito
de responsabilidade social, a empresa está atenta tanto para os benefícios socioambientais quanto econômicos. A responsabilidade ambiental foi
o grande motivador para a Conseil
passar a abastecer sua frota com biodiesel. As empresas de transporte
que aderiram ao novo combustível –
número cada vez maior – estão prestando uma grande lição de cidadania, ajudando a gerar benefícios
ambientais e econômicos para o país.
O uso do biodiesel aumenta a vida
útil do motor, uma vez que este tipo
de combustível é também um ótimo
lubrificante. O biodiesel tem ainda
outras vantagens, como o baixo risco de explosão, facilidades de transporte e armazenamento. Além disso, não há necessidade de que os
motores sejam adaptados para receber o novo combustível.
Pablo Garcia, presidente da Conseil
Um relacionamento tão fértil
como este entre a Conseil e a Petrobras Distribuidora merece ser sempre ampliado. Hoje, a BR atende
nossa frota nos estados da Bahia,
Pernambuco e Alagoas. Em breve,
este parceria deverá chegar ao Rio
de Janeiro e a São Paulo.
Ter ao lado um parceiro comprometido com o desenvolvimento de
soluções, como a BR, certamente
muito tem contribuído para a história da Conseil. A frota da companhia
é composta por 600 veículos. São
mais de dois mil empregados. No
transporte pessoal, a empresa atende a mais de 70% dos funcionários
das indústrias instaladas no Pólo Petroquímico de Camaçari. Oferece
ainda serviços de logística e distribuição, armazenagem, consultoria,
representação comercial, além de
atuar no ramo turístico. A Conseil
promove constantes treinamentos de
seus funcionários. Investe ainda R$ 10
milhões por ano em tecnologia e
modernização da frota. A companhia
só chegou a este ponto graças ao
esforço integrado de todos os seus
empregados e do incessante trabalho de parceiros do porte da BR.
AVIAÇÃO
BR AVIATION
CELEBRA O BRASILEIRO
QUE FEZ O HOMEM VOAR
“As coisas são mais belas quando vistas de cima”. Santos Dumont traduziu nesta frase uma das
principais motivações que o levaram a mudar a História. Há exatos 100 anos, este brasileiro deu
o passo que tanto ajudou o homem a enxergar a beleza da vida de novos ângulos. É tempo de
celebração. Às vésperas do centenário do primeiro vôo do 14 Bis, data completada em outubro, a
BR Aviation está realizando uma série de eventos para homenagear Santos Dumont.
SOLUÇÕES
13
AVIAÇÃO
A
celebração pela data começou no ano passado.
A inesquecível navegação pelos céus de Paris,
expressão cunhada pelo próprio Santos Dumont,
foi o tema da quinta edição do Rota Premiada, programa de fidelidade da BR Aviation. A companhia fez uma
festa temática, inspirada em Paris, no ano de 1906, quando Santos Dumont fez o vôo do 14 Bis, e incluiu em sua
linha de prêmios maquetes em miniatura dos principais
projetos do aviador – Dirigível 16, Demoiselle e 14 Bis.
Patrocinou também a edição de um livro comemorativo
com a biografia do inventor, distribuída no fim de 2005
a toda a sua comunidade corporativa. Em parceria com
a revista Asas, a BR patrocinou um concurso artístico. Por
meio de poesias, desenhos, fotografias e textos, os estudantes puderam expressar a trajetória de Santos Dumont.
Os melhores trabalhos foram premiados em cerimônia
no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo - PAMA.
As feiras de aviação na qual a BR Aviation está presente, tais como a sexta edição do Broa Fly-in, evento
da aviação civil realizado em Itirapira (SP) no mês de
maio, também estão homenageando o pai da aviação.
As celebrações seguiram com a Expo Aero Brasil 2006,
realizada entre os dias 5 e 8 de outubro no Aeroporto
de Araras (SP), simultaneamente à 10ª Feira Internacional da Aviação Civil. O período do evento foi definido pelos organizadores justamente para coincidir com
as comemorações do centenário do 14 Bis, tema da
feira este ano.
“A feira atrai um público diversificado, com a presença de muitos jovens e crianças. Trata-se de uma excelente oportunidade para mostrar às novas gerações a
importância que a obstinação e a genialidade de Santos
Dumont tiveram para a construção da história da aviação”, diz Erica Saião, gerente de Planejamento e Suporte a Gestão de Aviação.
Até outubro, a BR deverá participar ainda de outros
eventos alusivos à data – a companhia tem apoiado as
iniciativas da comissão interministerial criada pelo governo Federal para promover a comemoração do centenário do primeiro vôo do 14 Bis.
Uma das principais homenagens feitas pela BR foi a
construção de uma réplica do 14 Bis. O trabalho já foi
exposto em São Paulo e em Brasília, onde foi visto, entre
outros, pelo presidente francês, Jacques Chirac.
HISTÓRIA
Erica Saião, gerente de Planejamento e Suporte a Gestão de Aviação
14 SOLUÇÕES
Alberto Santos Dumont nasceu no dia 20 de julho de
1873, no Sitio Cabangu, em Palmira, Minas Gerais. Estudou em Campinas, São Paulo e Outro Preto (MG) até
se formar no Rio de Janeiro. Com a morte do pai, em
1891, foi para Paris para estudar física, mecânica, química e eletricidade. Empenhou-se em conhecer os avanços da indústria. Inicialmente, interessou-se por automóveis. Sempre na vanguarda, foi o responsável por trazer
o primeiro veículo motor a rodar em terras brasileiras:
um Peugeot.
Em 1897, Santos Dumont despertou para a aviação.
Projetou seu primeiro balão, o Brasil (ou Santos Dumont
1 – SD1) – a montagem ficou a cargo do engenheiro
francês Lachambre. Com 14 quilos, era o menor balão
construído até então em todo o mundo. Com o tempo,
desenhou uma série de dirigíveis, com motores a gasolina e leme. Em setembro de 1898, a primeira tentativa
de voar no SD-1, equipado com um motor, acabou na
colisão com uma árvore. Muitos esmoreceriam, mas não
Santos Dumont. Depois de vários protótipos, chegou ao
SD-2, em forma de charuto e movido a hidrogênio, e o
SD-3, em forma cilíndrica e com gás de iluminação.
Sucederam-se o SD-4, o SD-5 e o SD-6, modelo que
AVIAÇÃO
A aeronave 14 Bis sendo transportada para o seu vôo inaugural
rendeu a Santos Dumont o prêmio
Deustch Dela Meurther pela realização do que, até aquele momento, era
uma das grandes façanhas aéreas da
Humanidade. A bordo do SD-6, Santos Dumont saiu do chão e fez o percurso de Saint-Cloud, onde tinha seu
hangar, à Torre Eiffel, contornandoa e voltando ao ponto de origem em
menos de 30 minutos. Com o mesmo aparelho, ele sofreria outro acidente, em 1902.
Vários modelos se seguiram até
que Santos Dumont chegou ao SD14, quando, então, fez a experiência de amarrar à aeronave um aeroplano com asas, sem balão e equipado com o motor a gasolina. Nascia o 14 Bis. O conjunto, no entanto,
não levantou vôo. Ele tentou até usar
um burro como força de tração para
quebrar a inércia, mas não teve sucesso. Em setembro de 1906, procedeu algumas modificações no aparelho, que já tinha, então, 10 metros de comprimento e era dotado
de um motor Antoinette a gasolina,
de 16 cilindros e 24 cv de potência.
O 14 Bis voou 60 metros a uma altura de dois a três metros. A vibração francesa foi tanta que se esqueceram de cronometrar o vôo.
Cerca de um mês depois, em 23
de outubro, com outras modificações
– a aeronave passou a ser dotada
agora com um motor de 50 cv e estrutura de 220kg – o grande momento. Após deslizar sob pneus de
bicicleta por cerca de 200 metros na
pista do campo de Bagatelle, Santos
Dumont acionou uma hélice atrás da
sua cadeira de piloto e se elevou do
solo para entrar na História. Foi um
vôo baixo visto por diversos curiosos
entre os quais integrantes da comissão do aeroclube da França, que registrou o evento e deu o prêmio
“Taça Archdeacon”, além de construir em sua sede um monumento em
homenagem a este pequeno grande
brasileiro.
Depois do sucesso deste vôo, ele
construiu o SD-15 e em seguida o
Demoiselle ou Libelluce, feito de bam-
bu e seda, pensando 100kg, com
motor de 30HP e que atingiu a velocidade de 96km/h. Este foi seu último aeroplano. Em 1910, ele parou
de voar.
Além do avião, o genial Santos
Dumont criou o relógio de pulso, a
regulagem de temperatura em chuveiros, o uso de rodas nas portas, o
ultraleve, o hangar e o aeromodelismo, entre outros.
Durante anos, Santos Dumont lutou para que seu maior invento não
fosse utilizado com fins bélicos. Em
1926, enviou uma carta ao embaixador do Brasil na Sociedade das
Nações (entidade precursora da
ONU) solicitando que os aviões não
fossem mais usados em bombardeios. Santos Dumont suicidou-se no
dia 23 de julho. Deixou para a Humanidade a possibilidade de se ver
as coisas belas da vida lá do alto.
CONTATOS BR
Erica Saião
[email protected] – (21) 3876-4149
SOLUÇÕES
15
AVIAÇÃO
QUALIDADE
NAS ALTURAS
A Petrobras Distribuidora é o habitat natural da eficiência. É o que comprova a 17ª avaliação
do Sistema de Garantia de Qualidade do querosene de aviação (SGQ). Realizada anualmente,
a auditoria consiste na análise do produto desde o refino até a chegada ao cliente. De acordo
com a auditoria, as unidades da Petrobras Distribuidora atingiram plenamente o índice de
conformidade exigido.
16 SOLUÇÕES
AVIAÇÃO
O
SGQ é realizado desde
1987 em todas as refinarias, bases e aeroportos
em que a BR Aviation está presente.
Em parceria com o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), na Ilha
do Fundão (RJ), técnicos independentes monitoram tanques de armazenagens, filtros, querodutos, caminhões-tanques, procedimentos operacionais e análises de qualidade em
amostras coletadas nos depósitos dos
aeroportos. O objetivo é garantir que
o combustível entregue aos clientes
esteja dentro dos padrões BR e das
normas internacionais.
“O aprimoramento dos padrões
e dos procedimentos é uma obsessão da BR, sempre em busca da qualidade e da eficiência”, afirma Pedro Caldas, gerente de Produtos de
Aviação (GPA).
A preocupação da GPA se estende também aos clientes e a todos os
revendedores. Técnicos da BR realizam visitas periódicas às instalações
em aeroportos para analisar as condições de armazenamento e manuseio do querosene. Outro item verificado é a qualificação de pessoal.
“Temos a preocupação de orientar e
capacitar regularmente os operadores dos equipamentos em aeroportos. Além da qualidade do atendimento, estamos falando também de
segurança”, diz o gerente de Operações e Padrões de Aviação (Gopa),
Walter Cavalcanti Neves.
O treinamento adequado dos funcionários evita desperdícios e acidentes. “Nossos profissionais estão aptos
a monitorar todo o funcionamento dos
equipamentos, de forma a impedir a
ocorrência de vazamentos de com-
Walter Cavalcanti Neves, gerente de Operações e Padrões de Aviação (Gopa)
bustível. Este cuidado é primordial para
a preservação do meio ambiente. Além
disso, acidentes representam custos”,
afirma o gerente de Saúde, Meio
Ambiente e Segurança (SMS), Luiz
Henrique Perez de Almeida.
ANÚNCIO
A GPA está realizando uma campanha de divulgação do SGQ.
Anúncios nas principais revistas especializadas, banners nos aeroportos, bonés e bottons para os operadores, dentre outras ações, englobam essa campanha. “Nossos clientes já estão habituados ao padrão
de qualidade da BR. O que pretendemos com a campanha é conferir
transparência de todo o processo
que a companhia realiza para garantir esse padrão de qualidade com
eficiência e segurança”, explica Erica Saião, gerente de Planejamento
e Suporte a Gestão de Aviação.
Até o fim do ano, as instalações
da BR Aviation em aeroportos paraguaios e uruguaios também passarão pela mesma avaliação. No Uruguai, a companhia está presente no
Aeroporto de Montevidéu; no Paraguai, atua em Assunção, Ciudad del
Eeste e Mariscal Stygaribia.
A BR soma 55% de market share
do querosene de avião no Brasil, o
equivalente a 192 milhões de litros
vendidos mensalmente. No Uruguai
e Paraguai, detém, respectivamente, 40% e 90% das vendas.
CONTATOS BR
Pedro Caldas
[email protected] – (21) 3876-4149
Erica Saião
[email protected] – (21) 3876-4149
Walter Neves
[email protected] – (21) 3876-4492
Luiz Henrique
[email protected] – (21) 3876-4497
PEDRO CALDAS PEREIRA é o titular da Gerência de Produtos de Aviação, cuja missão é distribuir produtos de
aviação Petrobras, atuando nos serviços de abastecimento de aeronaves e atividades correlatas. A unidade tem como
objetivo garantir a satisfação dos consumidores, com competitividade, rentabilidade e responsabilidade social.
([email protected])
SOLUÇÕES
17
GRANDES CONSUMIDORES
Ônibus da Viação Salineiras
é abastecido com biodiesel
18 SOLUÇÕES
GRANDES CONSUMIDORES
BIODIESEL
MOVE O BRASIL
O biodiesel é uma realidade no Brasil e um compromisso da Petrobras Distribuidora com seus
clientes. Graças a um enorme tour de force, envolvendo diversas gerências, a BR vem
ampliando em larga escala as vendas do B2 – mistura de 2% de biodiesel ao óleo diesel. Até o
fim do ano, o volume comercializado deverá chegar a cerca de um bilhão de litros/mês.
SOLUÇÕES
19
GRANDES CONSUMIDORES
D
iariamente, cerca de 30
novos clientes procuram a
BR interessados em iniciar
a compra do biodiesel. A explosão
de demanda tem causado uma mobilização dentro da companhia. “Estamos adequando nossa estrutura logística para o fornecimento do biodiesel a nossos clientes espalhados
em todo o país”, afirma Andurte de
Barros Duarte Filho, gerente executivo de Grandes Consumidores.
Até o fim do ano, 50 das 60 bases da empresa em todo o Brasil es-
biodiesel. A entidade garante que a
adição de 2% do produto ao óleo diesel, o B2, como é conhecido, não
oferece qualquer problema aos veículos nem interfere nas garantias
dadas originalmente pelas montadoras. Espera-se para os próximos
meses uma demanda ainda maior.
REGIÃO SUDESTE
Na Região Sudeste, a Braspress
é uma das mais novas compradoras do biodiesel. A tradicional companhia de encomendas urgentes do
MAIS DE 1,5 MIL CLIENTES DA ÁREA DE TRANSPORTES
COMPRAM BIODIESEL DA PETROBRAS DISTRIBUIDORA
tarão adaptadas para distribuir o biodiesel a Grandes Consumidores e aos
postos da Rede BR. “A BR tem se
empenhado no atendimento a essa
nova realidade de mercado”, diz
Andurte.
“O biodiesel está se transformando em uma febre. Atualmente, distribuímos o produto a mais de 1.500
clientes através de nossa força de
vendas, que está preparada para fornecer todas as informações necessárias sobre o produto”, explica o gerente de Marketing de Transportes,
Gustavo Timbó. A maior parte da demanda vem de transportadoras de
cargas e de passageiros.
O monitoramento da qualidade
do biodiesel tem sido realizado através do Programa de Olho no Combustível, garantindo o atendimento às
especificações do produto definidas
pela ANP e a mesma qualidade dos
demais produtos comercializados
pela Petrobras Distribuidora. A Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea) também tem manifestado seu apoio ao
20 SOLUÇÕES
Estado de São Paulo passou a utilizar o produto em toda a sua frota
de 782 caminhões. No dia do
abastecimento inaugural, 17 de julho, foi realizada uma cerimônia
com a presença do gerente regional da BR em São Paulo, Roberto
Jorge Rodrigues, e os gerentes
Claudionor Norberto de Oliveira e
Vagner Contensini.
O diretor-presidente da Braspress, Urubatan Helou, ressalta a
preocupação da empresa com a preservação ambiental. “O novo combustível é produzido com óleos vegetais extraídos da soja, palma e
mamona entre outros. Seu uso vai
reduzir a emissão de gases que contribuem para o aquecimento global
e o efeito estufa”, afirma Helou. A
empresa fixou em seus caminhões
adesivos alusivos à campanha para
o uso do biodiesel. A Braspress vai
consumir cerca de 500 mil litros de
biodiesel ao mês.
Já a Ouro Verde, uma das maiores empresas de transportes da região de Campinas, iniciou os testes
com o biodiesel em abril passado e
decidiu abastecer seus 600 ônibus
com o novo combustível. Segundo o
gerente de transportes da empresa,
Marcos Pablos, a decisão de adotar
o produto está diretamente ligada à
menor emissão de poluentes. “Nos-
Roberto Jorge Robrigues, gerente regional da BR em São Paulo, e Urubatan Helou,
diretor-presidente da Braspress, na cerimônia inaugural de abastecimento de biodiesel
GRANDES CONSUMIDORES
Palestra em Goiânia reuniu diversos empresários do setor de transportes, interessados em obter mais informações sobre o biodiesel
sos clientes também têm uma grande preocupação com o meio ambiente, o que estimulou a opção pelo
biodiesel.” Criada há 55 anos, a
Ouro Verde atua no transporte de
passageiros e de carga. Opera também nos segmentos de frete e turismo. Já encomendou à BR 1,5 milhão de litros de biodiesel.
Ainda na Região Sudeste, outra
empresa que aderiu ao novo combustível foi a Viação Teresópolis, sediada no Rio. O produto já está sendo usado em toda a frota – composta por 84 ônibus –, que atende ao
transporte de passageiros em linhas
intermunicipais e interestaduais. “Estamos usando o biodiesel há pouco
tempo, mas já foi possível perceber
seus efeitos positivos no que diz respeito à emissão de gases poluentes”,
afirma Marco Antônio Freitas, um
dos proprietários da companhia.
Em outro front, a BR abastecerá
com biodiesel 100% da frota das
empresas de transporte coletivo Salineira, Montes Brancos e São Pedro, que atendem a Região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro.
No total, são 177 ônibus, que receberão cerca de 500 metros cúbicos
do produto por mês.
“A Petrobras Distribuidora tem
certeza de que, juntamente com seus
parceiros, está no rumo certo ao investir em fontes renováveis de energia, que geram benefícios tecnológicos, sociais e ambientais para o
país”, afirma Alcides Martins, gerente-executivo de Biocombustíveis e
Novos Negócios.
REGIÃO CENTRO-OESTE
O aumento da demanda pelo
produto tem sido acompanhado de
uma crescente procura por informações relativas ao biodiesel. Em julho, a BR promoveu palestra em
Goiânia, com a presença de diversos convidados, entre empresários
dos segmentos industrial, de usinas
de álcool e transportes de carga e
de passageiros de Goiás, Tocantins
e do Distrito Federal. Os principais
temas foram a dinâmica da produção, a comercialização e as utilizações do produto. O interesse por informações entre os empresários da
região é proporcional ao desempenho comercial da BR.
“Não poderíamos ficar fora de
um programa capaz de reduzir a
poluição do ar, gerar empregos e
consolidar o Brasil como o grande
centro mundial produtor de energia
renovável”, afirma o diretor da Real
Expresso, Antônio Marcos Del Isola.
A companhia, sediada em Brasília,
tem 300 ônibus, todos abastecidos
com o combustível.
Outra empresa da região que
consome biodiesel é a Metrobus
Transporte Coletivo, de Goiânia.
Seus 115 ônibus já circulam pelo
Eixo Anhangüera com o novo pro-
SOLUÇÕES
21
GRANDES CONSUMIDORES
duto, consumindo cerca de 350 mil
litros de combustível por mês. O diretor administrativo da companhia,
Manoel Naves de Oliveira, ressalta
que o programa de energia renovável só tem a gerar benefícios ao
país. “O país não pode deixar de
aproveitar seu enorme potencial
agrícola e tecnológico para produzir biodiesel. O mundo todo clama
pela ampliação das fontes sustentáveis de geração de energia.”
REGIÃO SUL
O biodiesel já faz parte do setor
de transportes em todos os cantos do
Brasil. Na Região Sul, um dos principais compradores é o Grupo Unesul.
Um dos maiores clientes da Petrobras
Distribuidora entre as transportadoras
gaúchas, a empresa foi pioneira na
adesão ao programa de biodiesel no
estado. Parceira do Sistema Petrobras
desde 1971, antes mesmo da criação da BR, a Unesul fez seu primeiro abastecimento com o novo combustível em julho. Foi atendida pelo
terminal da BR em Canoas. Todos os
seus 522 ônibus serão abastecidos
com o combustível renovável. Em
média, a companhia roda 140 mil
quilômetros por dia, transportando
cerca de 30 mil passageiros.
O diretor-presidente do Grupo
Unesul, Belmiro Zaffari, fez questão
de acompanhar o primeiro abastecimento com biodiesel, na sede da
empresa, em Porto Alegre. “A opção
por biodiesel demonstra aos nossos
clientes e à população em geral a
preocupação da companhia com o
meio ambiente. Temos de cuidar do
planeta para as gerações futuras”,
afirma Zaffari. O empresário dirige
uma companhia criada em 1964,
com mais de 1.800 funcionários. A
Primeiro abastecimento de biodiesel em um ônibus da Ouro Verde
22 SOLUÇÕES
Unesul atua no transporte intermunicipal e interestadual de passageiros nos três estados da Região Sul,
além de Mato Grosso do Sul. Está
presente também no Uruguai. Consome cerca de 1,2 milhão de litros
de combustível por mês.
Além da preocupação com o
meio ambiente, Zaffari espera um
melhor desempenho das peças do
motor de seus veículos. “O biodiesel não contém enxofre. A gente percebe a diferença a olho nu. A fumaça eliminada pelos veículos é
muito mais clara.”
Zaffari revela que diversos outros empresários do ramo de transportes têm demonstrado muita
curiosidade acerca do uso do biodiesel. “Muitos colegas vêm me pedindo informações. Chegamos até
a confeccionar um encarte explicando os motivos que nos levaram a
GRANDES CONSUMIDORES
O MUNDO INVESTE NO BIODIESEL BRASILEIRO
O biodiesel está transformando
o Brasil. É crescente o número de
projetos no setor. Dados da Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos (Abimaq)
indicam que nos próximos três anos
serão movimentados mais de R$ 4
bilhões na compra de máquinas e
equipamentos para a instalação de
usinas. Com base nos empreendimentos em estudos, o Brasil deverá chegar a 2009 com uma produção em torno de 2,4 bilhões de
litros de biodiesel por ano.
Os investimentos vêm de todos
os lados e de todas as nacionalidades. A norte-americana ADM está
montando uma usina de biodiesel
em Rondonópolis (MT), um investimento em torno de US$ 35 milhões. A usina terá capacidade para
produzir 180 milhões de litros por
ano. A francesa Dagris planeja
construir uma planta de processamento de caroço de algodão na
Bahia, ao custo de 30 milhões de
utilizar o combustível renovável. Este
material foi entregue a todos os nossos motoristas.”
Na Região Sul, o biodiesel tem
sido constantemente divulgado em
feiras e exposições, como a 8ª Transpo-Sul, realizada nos dias 6, 7 e 8
de julho em Bento Gonçalves (RS).
Na ocasião, 15 mil pessoas, entre
elas o governador Germano Rigotto, puderam conferir as novidades dos
60 expositores (fabricantes de caminhões, pneus, implementos rodoviários, encarroçadores de ônibus, distribuidores de combustíveis), e as
mais modernas tecnologias de comunicação veicular, monitoramento de
euros. O grupo planeja ainda instalar outra unidade, esta na Região
Metropolitana de Salvador. No total, a meta dos franceses é atingir
uma produção anual de 250 milhões de litros do combustível. A
também francesa Louis Dreyfus
também já divulgou o interesse em
investir na produção de biodiesel
no Brasil. Grupos da Espanha, Portugal, Itália e Estados Unidos também estão analisando a possibilidade de abrir usinas de biodiesel
no Brasil.
O frigorífico brasileiro Bertin,
por sua vez, anunciou o desembolso de R$ 40 milhões para a montagem de uma unidade de biodiesel na cidade de Lins (SP).
Os investimentos deverão crescer graças ao apoio dos bancos
federais. O BNDES já aprovou o
financiamento para a construção de
três usinas de biodiesel e analisa
pedidos para outras linhas de crédito. O Banco do Brasil avalia 18
caminhões por satélite, entre outros.
O evento foi organizado pelo Sindicato das Empresas Transportadoras
de Carga do Rio Grande do Sul (SETCERGS) e é o maior do setor no
Sul do país.
REGIÃO NORDESTE
As transportadoras nordestinas
têm seguido também essa nova tendência de mercado. A cada dia, novas empresas passam a abastecer
sua frota com o sumo da terra. Uma
das mais recentes é a Rafer Transportes, de Salvador, que atua nos
segmentos de transporte de resíduos, cargas e mudanças. “Estamos
solicitações de financiamento para
a implantação de unidades de biodiesel, em um valor total em torno
dos R$ 117 milhões.
O boom do mercado de biodiesel tem não apenas gerado um
novo tipo de energia para o Brasil,
mas também impulsionado os negócios das empresas envolvidas no
setor. A Brasil Ecodiesel deverá ser
a primeira produtora do combustível a lançar ações em Bolsa. No
fim de agosto, a companhia deu
entrada com o pedido de registro
inicial na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). Estão em análise duas ofertas – uma para emissão primária e outra secundária,
com a venda de participação dos
atuais acionistas. Constituída em
2003, por conta do Programa Nacional de Biodiesel lançado pelo
governo Federal, a empresa produz por dia cerca de 90 mil litros
de biodiesel a partir do processamento de mamona.
nos adaptando bem ao novo produto. Esperamos estender a adoção do combustível a todos os nossos veículos”, declara Antônio Adelmar Almeida de Freitas, um dos
sócios da Rafer. O biodiesel já faz
parte da realidade de diversas empresas da região, principalmente no
Ceará, Bahia e Pernambuco onde
foram disponibilizadas as primeiras
bases da BR com biodiesel na Região Nordeste.
CONTATOS BR
Andurte de Barros
[email protected] – (21) 3876-4083
Gustavo Timbó
[email protected] – (21) 3876-1190
SOLUÇÕES
23
GRANDES CONSUMIDORES
PONTA NEGRA
LEVA MAIS ENERGIA
PARA A REGIÃO NORTE
A Petrobras Distribuidora deu mais uma valiosa contribuição para o aumento da oferta
de energia elétrica na Região Norte através do investimento em instalações de armazenagem
de combustíveis para cinco novas termelétricas na cidade de Manaus. Uma delas é a Usina
Termelétrica Ponta Negra, construída pelo consórcio Gera, e localizada às margens do Rio
Negro. A geradora vai fornecer 60MW de energia para a Região Metropolitana de Manaus. A
UTE Ponta Negra é movida a óleo combustível e tem capacidade para atender a uma cidade
com cerca de 200 mil habitantes.
A BR instalou os três tanques de combustíveis na UTE Ponta Negra
24 SOLUÇÕES
C
om mais esta operação,
coordenada pela Gerência
de Grandes Consumidores
(GGC), a BR confirma o esforço integrado de todas as suas gerências para
fomentar o desenvolvimento econômico e social do Norte do país, por
meio da maior produção de energia, uma notória carência daquela
região. “A companhia tem negociado com as empresas vencedoras dos
leilões de energia contratos para fornecimento de combustíveis, que incluem a construção de instalações
para armazenagem e suprimento de
combustíveis e lubrificantes ”, diz Jorge Celestino, gerente de Marketing
de Indústrias e Térmicas.
Por intermédio de sua coligada
Breitener, a BR tem duas usinas termelétricas em Manaus: UTE Tambaqui e UTE Jaraqui. Ambas são
movidas a óleo combustível e geram 60MW a cada uma. A companhia também está associada à UTE
Manauara, que entrou em operação em setembro. Todas elas passarão a usar gás natural quando o gasoduto de Urucu estiver pronto, em
2008. O pipeline transportará 10
milhões de metros cúbicos de gás
por 650 quilômetros até Manaus,
beneficiando o pólo industrial local,
que representa 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas.
“A BR está investindo cerca de
R$ 70 milhões em melhorias na infra-estrutura logística para fornecimento de combustíveis na região. Os
recursos serão destinados para a modernização dos píeres da Manaus
Energia (Mauazinho e Aparecida),
além da tancagem das cinco novas
térmicas. A empresa também será
responsável pelo fornecimento de
combustível e pelas instalações de
tancagem da UTE Cristiano da Rocha, do consórcio Rio Amazonas
Energia”, afirma Jorge Celestino.
Regina Ozorio, gerente de Engenharia da BR
Na UTE Ponta Negra, a BR instalou três tanques para óleo combustível, cada um com capacidade de
900 metros cúbicos, dois para óleo
diesel, cada um com 300 metros
cúbicos, e um de água. Além disso,
construiu o prédio da administração
e os sistemas de iluminação e de
com a da termelétrica. Graças ao
esforço de todos os envolvidos no
projeto, o cronograma foi rigorosamente cumprido”, explica Regina
Ozorio, gerente de Engenharia da BR.
Os 200 operários que trabalharam na usina de Ponta Negra tiveram de enfrentar chuvas recorren-
A BR INVESTIRÁ R$ 70 MILHÕES NA DISTRIBUIÇÃO
DE COMBUSTÍVEIS ÀS TÉRMICAS DA REGIÃO NORTE
combate a incêndio. Tudo em um
prazo de 120 dias.
“A GGC negociou todos os contratos. Nossa área ficou responsável
pela elaboração do projeto, realização das licitações, construção dos
prédios e instalação dos equipamentos. Nossa maior preocupação foi
executar todo os serviços no prazo
estimado. Afinal, a entrada em funcionamento da usina dependia das
obras de infra-estrutura. Nosso cronograma esteve sempre interligado
tes, que formavam lamaçais nas vias
de acesso. “Esta é a característica
climática da Amazônia. Ou temos
muita chuva ou um clima seco demais, que, por vezes, reduz o nível
de água nos rios e impede a navegação fluvial”, diz Regina.
DEMANDA
O aumento da demanda por
energia na Região Norte é crescente, resultado do desenvolvimento econômico e do aumento demográfico.
SOLUÇÕES
25
GRANDES CONSUMIDORES
Com uma população estimada em
1,6 milhão de habitantes, Manaus
teve, nos últimos anos, um crescimento demográfico médio acima dos 2%
– a média nacional está em torno de
1,3%. A cidade vem recebendo novos investimentos tanto no setor produtivo quanto na área social, com forte
impacto nos principais indicadores de
desenvolvimento humano. Segundo
dados da prefeitura, a taxa de mortalidade infantil caiu para 22,7 mortes em cada mil crianças nascidas
vivas, abaixo do índice considerado
aceitável pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) – 32 mortes por
mil nascimentos. A média nacional,
por exemplo, é de 29,2 óbitos/mil.
Na área econômica, os principais
investimentos vêm das empresas de
tecnologia. No momento, a região
disputa com Rio de Janeiro e Minas
Gerais a instalação de uma fábrica
para conversores de TV digital, um
mercado estimado em quase R$ 10
bilhões nos próximos anos.
A Petrobras Distribuidora já havia identificado a Região Norte como
um novo filão para investimentos
atuando em conjunto com diversas
empresas. Afinal, as previsões de
crescimento são de 10% na demanda de energia, onde a dependência
de térmicas que não estão interligadas é grande. Mais de 80% da
eletricidade consumida são gerados
por essas usinas.
CONTATOS BR
Jorge Celestino
[email protected] – (21) 3876-2084
Regina Ozório
[email protected] – (21) 3876-4077
EM GOTAS
A BR foi homenageada em duas categorias do prêmio “Preferência do Transporte-2006”, organizado pelo Sindicato
das Empresas de Transporte de Carga no
Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs),
no dia 24 de agosto, em Porto Alegre:
Melhor Óleo Lubrificante e, pela primeira vez, Melhor Distribuidor de Petróleo.
O evento, promovido desde 1994, marcou
as comemorações pelos 47 anos do
Setcergs. A BR, representada pela
GRCSUL, foi apontada como “um dos fornecedores que trabalham em busca da
qualidade e do crescimento do Transporte
Rodoviário de Carga e Logística do Estado do Rio Grande do Sul”.
A GRCSUL, aliás, tem outro bom motivo para comemorar: em julho, a BR retomou a liderança geral no mercado consumidor nos três estados da Região Sul,
segundo dados do Sindicom.
ANDURTE DE BARROS DUARTE FILHO é o titular da Gerência de Grandes Consumidores, que tem como objetivo ser líder
na comercialização de combustíveis e lubrificantes no mercado. A unidade destaca-se pela excelência na qualidade de
produtos e serviços a clientes. A gerência tem como compromisso se antecipar às mudanças no perfil energético brasileiro
e assegurar, de forma sustentável, um retorno adequado aos investimentos. ([email protected])
26 SOLUÇÕES
PRODUTOS QUÍMICOS
LINHA EVOLUA
SEU CARRO MERECE O
MELHOR TRATAMENTO
A família de produtos da BR ficou ainda maior. A Petrobras Distribuidora lançou a Linha Evolua,
de limpeza e conservação de veículos. São seis produtos: cera pastosa e cremosa, limpa-painel,
silicone para pneus, limpa-vidros e lava-carros.
“
E
m um projeto que mobilizou
duas diretorias comerciais –
Rede de Postos de Serviço
(DRPS) e Mercado Consumidor
(DMCO) – a BR fez o lançamento
de sua campanha de endomarketing em julho, com a finalidade de
apresentar os produtos da nova linha ao público interno do Sistema
Petrobras. A distribuição nos postos
de serviço foi iniciada em agosto.
Na primeira fase do projeto, serão focalizadas as vendas nos postos de serviço. Em uma segunda etapa, será a vez de outros canais de
revenda, como supermercados, lojas de autopeças e centros automotivos”, explica o coordenador de Lu-
brificantes da Gerência de Marketing de Produtos da área automotiva, Marcelo Roma.
A Linha Evolua é resultado de
uma parceria entre a BR e a multinacional Dow Corning, líder mundial em insumos químicos à base
de silicone, componente fundamental na formulação dos novos pro-
SOLUÇÕES
27
PRODUTOS QUÍMICOS
dutos. “Três pontos foram decisivos
para o lançamento da Linha Evolua. O primeiro deles foi a complementaridade ao portfólio de produtos da BR. Além disso, pudemos
aproveitar o canal de distribuição
e a logística já existentes, formados pelos postos de serviço, além
da possibilidade de entrega compartilhada com os produtos lubrifi-
Os produtos da Linha Evolua são
classificados como premium, já que
a matéria-prima utilizada é de alta
qualidade, possibilitando ótimo desempenho. “Para oferecer aos consumidores uma nova proposta de
valor, a Petrobras Distribuidora desenvolveu uma linha de produtos com
formulação diferenciada, utilizando
solventes ecológicos, de fácil aplica-
OS PRODUTOS DA LINHA EVOLUA SÃO CLASSIFICADOS
COMO PREMIUM, DEVIDO AO SEU ALTO DESEMPENHO
cantes, realizada pela GEI. Por fim,
outro motivo importante para o desenvolvimento da linha foi o fortalecimento da nossa parceria com a
Dow Corning”, afirma o gerente de
Marketing de Produtos Químicos,
Luiz Claudio Mandarino.
Luiz Claudio Mandarino e Marcelo Roma
28 SOLUÇÕES
ção e aroma agradável, bem como
alto rendimento, diz Luiz Claudio.
O nome Evolua foi escolhido a
partir de uma pesquisa de opinião
coordenada pela Gerência de Comunicação (GCO). Foram ouvidos
grupos de consumidores de produ-
tos de limpeza e conservação de veículos, que ajudaram a companhia
não apenas a batizar a nova linha
como a definir especificações do produto e a campanha de lançamento.
O público-alvo dos novos produtos é constituído por automobilistas do
sexo masculino, preocupados com a
limpeza e a manutenção dos seus
veículos. Para desenvolver a marca
Evolua, a Petrobras contratou um
escritório especializado em branding,
que avaliou diversas possibilidades de
identidade visual até chegar ao conceito final.
“O objetivo principal do lançamento é substituir os produtos concorrentes, comercializados em nossos postos, oferecendo opções de
produtos com a marca Petrobras para
manutenção e conservação de veículos. Nossa marca é o principal diferencial.”, diz Marcelo Roma.
Importante parceira da BR, nota-
PRODUTOS QUÍMICOS
damente na área química, a Dow
Corning aposta na rápida consolidação da Linha Evolua como uma das
mais comercializadas linhas de conservantes automotivos do mercado
brasileiro. “Estamos oferecendo ao
consumidor produtos de grande
qualidade e desenvolvidos dentro
das mais inovadoras especificidades.
Certamente, será mais um capítulo
de sucesso da parceria entre a Dow
e a BR. Ambas têm em comum o
fato de serem provedoras de soluções para seus clientes”, diz Henrique Cazaroto, da Dow, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da
Linha Evolua.
A Dow tem uma fábrica em São
Paulo, que atende a diversas regiões
do Brasil e também a outros países
da América do Sul. Seu Laboratório
de Aplicações, localizado em Hortolândia (SP), oferece assessoria técnica aos clientes nas áreas de alimentos, têxtil, papel e celulose, antiespumantes, aditivos, cosméticos,
óleo e gás, construção, lubrificantes,
além de treinamento especializado.
“A Dow Corning tem um histórico
exemplar no Brasil, tanto na inovação tecnológica quanto na atenção
com as normas de saúde, segurança e respeito ao meio ambiente, fundamental na indústria química. A
Dow foi recentemente incluída na lista das cem melhores empresas para
se trabalhar no Brasil, formulada pela
revista Época, um motivo de muito
orgulho para todos na corporação”,
declara Henrique.
PROMOÇÃO
Uma promoção na intranet marcou o lançamento da Linha Evolua.
A BR sorteou 200 kits entre os 15
mil funcionários do Sistema Petrobras
que se inscreveram no concurso.
“Não poderíamos oferecer os produtos para o mercado sem que nos-
LINHA EVOLUA
CERA PASTOSA
Acondicionada em caixas de 24 unidades de 200g em latas metálicas,
contém solvente ecológico e sem odor, característica que torna o produto menos tóxico e com aroma agradável. Facilita a remoção de
sujeiras e gorduras, protegendo a pintura do veículo de forma eficiente.
Não é necessário esperar a cera secar.
CERA CREMOSA
Comercializada em caixas com 12 unidades de 250ml em frascos
plásticos. Formulada e balanceada com fluidos de silicone e carnaúba, com odor cítrico, proporciona excelente brilho com prolongada
duração.
LIMPA-PAINEL
Distribuído em caixas de 12 unidades de 250ml em frascos plásticos.
Produto à base de silicone, usado especificamente para proteger as
partes internas do carro, bem como pneus e borrachões. Não deixa as
partes plásticas ressecadas ou manchadas, não engordurando a superfície, possuindo fragrância exclusiva.
LIMPA-VIDROS
Oferecido em caixas com 24 unidades de 100ml em frascos plásticos.
A eficácia da limpeza é garantida pela concentração de detergente. É
usado no reservatório do limpador do pára-brisa. Por ser um produto
one-way, garante praticidade, evitando armazenamento inadequado e
vazamentos.
LAVA-CARRO
Comercializado em caixas de 12 unidades de 250ml, em frascos
plásticos. É um shampoo neutro, de alta performance. Apresenta um teor de ativos elevado, oferecendo uma alta capacidade de
limpeza, podendo ser aplicado em qualquer tipo de pintura automotiva.
SILICONE PARA PNEUS
As caixas contêm 24 unidades de 100ml em frascos plásticos. Rejuvenesce, dá brilho e protege as partes emborrachadas. Permite a
limpeza dos pneus, garantindo impermeabilização e conservação.
sos funcionários tivessem conhecimento da Linha Evolua. Por isso, revolvemos fazer a promoção. Distribuímos também kits para os 257 assessores comerciais da rede de postos Petrobras. Além disso, a divulgação de anúncios em revistas especializadas e a participação em even-
tos ligados ao setor automotivo fazem
parte da estratégia de divulgação da
nova linha”, explica Luiz Claudio.
CONTATOS BR
Luiz Claudio Mandarino
[email protected] – (21) 3876-2320
Marcelo Roma
[email protected] – (21) 3876-4292
SOLUÇÕES
29
PRODUTOS QUÍMICOS
30 SOLUÇÕES
PRODUTOS QUÍMICOS
PARAFINA
É O MAIS NOVO
BLOCKBUSTER DA BR
SOLUÇÕES
31
PRODUTOS QUÍMICOS
A
Petrobras Distribuidora assina mais um case na distribuição de derivados de petróleo. Sua participação no mercado
de parafinas saltou de 9%, em
2005, para 20%, em julho 2006. A
expectativa é de que, até o fim do
ano, a empresa alcance 30% de
market share, movimentando um
volume equivalente a 35 mil toneladas. Estes números expressivos não
-Ainda assim, mantivemos as negociações diretas com algumas indústrias. Desta forma, conseguimos uma
amplitude comercial bem maior.
Além disso, reduzimos consideravelmente nossos estoques e zeramos a
inadimplência do negócio parafinas”,
explica a gerente de Produtos para
Química Fina, Viviane Salathé.
Outro fator fundamental foi a
maior integração das estruturas do
EM POUCO MAIS DE UM ANO, O MARKET SHARE DA BR
NO MERCADO DE PARAFINAS PASSOU DE 9% PARA 20%
caíram do céu. São resultado das
mudanças na estratégia comercial,
adotadas pela Gerência de Produtos
Químicos (GPQ) em 2004.
Há cerca dois anos, a BR vinha
perdendo espaço para a concorrência no mercado de parafinas. Então,
decidiu reestruturar sua forma de
atuação no setor. “Passamos a utilizar uma rede de revendedores para
comercializar nossos produtos, o que
deu maior capilaridade ao negócio.
Sistema Petrobras, que permitiu o
aperfeiçoamento do sistema de logística e, consequentemente, do
atendimento ao cliente. O Sistema
passou a ter uma estratégia comercial e de marketing unificada. “Hoje,
nossas diretrizes comerciais são definidas apenas depois do pleno conhecimento de todos os profissionais
das empresas da Petrobras envolvidos na operação. A padronização dos
processos é uma tendência inexorá-
vel no Grupo Petrobras, o que tem
gerado enormes benefícios para todas as subsidiárias e seus respectivos clientes”, diz Viviane.
A parafina fabricada pela Petrobras sai de duas refinarias: a Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, responsável por 70% da produção, e a
Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). O insumo é usado nas indústrias alimentícia e de papel, serve
para fabricação de moldes dentários
e aglomerados e, sobretudo, para a
fabricação de velas.
A Petrobras fornece o produto na
modalidade líquida e em tabletes
para diversas distribuidoras, a principal delas é a própria BR. Os preços e a qualidade dos produtos são
idênticos para todas. “Nosso diferencial é a integração tecnológica com
a Petrobras. Com a ajuda dos técnicos do Cenpes, e também dos parceiros tecnológicos, trabalhamos conjuntamente para o desenvolvimento
de parafinas com maior valor agregado (emulsões, blends etc.), de forma a diversificar nossos nichos de
atuação”, explica o gerente de Marketing de Produtos Químicos, Luiz
Claudio Mandarino Freire.
A UM PASSO DO CLIENTE
Viviane Salathé, gerente de Produtos para Química Fina
32 SOLUÇÕES
Ao reestruturar a área comercial
para a venda de parafinas, a GPQ
se aproximou ainda mais de seus
clientes. Passou também a participar
dos principais eventos deste mercado. Neste ano, os profissionais da
empresa estiveram presentes ao
Waop, em Angra dos Reis, que reuniu a área de operações e logística
das refinarias. Outro importante
evento foi o Seminário de Parafinas,
em Rio das Ostras, onde foram discutidas estratégias comerciais e de
desenvolvimento tecnológico para o
setor. A GPQ, através de seus revendedores, marcou presença ain-
PRODUTOS QUÍMICOS
Da esquerda para a direita: José Antônio de Almeida Rocha, Apoio Comercial e Logístico da Gerência de Produtos para Química Fina; Márcio Gheventer,
coordenador de Desenvolvimento de Especialidades Químicas; Melissa Peron de Sá Carneiro, da Gerência de Marketing de Produtos Químicos;
Álvaro Pereira Tavares, coordenador de Desenvolvimento de Processos Químicos; Elaine Valentim da Rocha, da Gerência de Marketing e Comercialização
de Especiais da Petrobras; Viviane Salathé, gerente de Produtos para Química Fina; Nelson de Queiroz Paim Filho, gerente de Comércio de Produtos Especiais
da Petrobras; e Luiz Claudio Mandarino Freire, gerente de Marketing de Produtos Químicos
da no Alafave, encontro internacional realizado na Venezuela. Em novembro, participará de evento de
âmbito nacional em João Pessoa.
“Desta forma, conseguimos mostrar nossos produtos e nos aproximar
dos clientes. Desde então, temos
mantido um contato constante com
consumidores e entidades representativas de diversos setores industriais,
como, por exemplo, a Associação
Brasileira dos Fabricantes de Velas
(Abrafave)”, afirma Viviane.
O gerente de Comércio Interno
de Lubrificantes e Parafinas, Nelson
Paim, ressalta que o relacionamento
entre a Petrobras e a BR evoluiu
muito especialmente no entendimento de que os objetivos estratégicos
das duas empresas devem ser alinhados. “Conseguimos estabelecer
uma relação com alto nível de confiança, fundamental para o cumprimento das nossas metas e para o entendimento das necessidades do
mercado.”
Neste trabalho, a integração com
a Petrobras foi fundamental, revela
a assistente técnica de suprimento da
Gerência de Planejamento de Marketing e Comercialização de Especiais das Petrobras, Eliane Valentim.
Ela conta que a empresa ajudou muito
a BR a entender melhor o setor.
“Nossa aliança é sinônimo de desenvolvimento técnico, redução de custos e adição de valor aos produtos.”
Juntas, Petrobras, BR e parceiros
tecnológicos desenvolveram o Parabrax Ozone 32, uma mistura de hidrocarbonetos saturados, que atua
como antiozonante em pneus e artefatos de borracha, protegendo-os
contra os efeitos oxidantes dos raios
solares e do ozônio. O produto já foi
aprovado pela Pirelli.
CONTATOS BR
Viviane Salathé
[email protected] – (21) 3876-4650
Luiz Claudio
[email protected] – (21) 3876-2320
ANTONIO CARLOS ALVES CALDEIRA é o titular da Gerência de Produtos Químicos, cujo objetivo é distribuir e
comercializar produtos químicos, insumos e serviços para a indústria química, petroquímica e de petróleo. A gerência
está apta a desenvolver, fabricar ou buscar fontes alternativas de suprimento, quando isto se mostrar necessário. A GPQ
tem como compromisso observar os melhores prazos de atendimento e especificações para os clientes, com níveis
adequados de rentabilidade. ([email protected])
SOLUÇÕES
33
REDE DE POSTOS
34 SOLUÇÕES
REDE DE POSTOS
EFICIÊNCIA É O
COMBUSTÍVEL DOS
POSTOS BR
A BR deu a largada no maior programa de qualificação profissional da revenda já realizado
por uma distribuidora de derivados de petróleo no país. O Programa Capacidade Máxima,
uma parceria da BR com a Universidade Petrobras, tem por objetivo aprimorar a gestão e
melhorar o atendimento nos postos de serviço Petrobras e lojas de conveniência BR Mania.
O
programa foi lançado neste ano nas praças do Rio
de Janeiro, São Paulo,
Porto Alegre e Recife. A expectativa
é que, a partir de 2007, seja estendido a todos os mais de 4,5 mil postos Petrobras certificados pelo programa de qualidade De Olho no
Combustível, capacitando cerca de
80 mil profissionais.
Em uma primeira etapa, estão
sendo capacitados os revendedores
(donos de postos), gerentes e franqueados (responsáveis pelas lojas de
conveniência BR Mania). Eles estão
sendo orientados, por exemplo, sobre como elaborar seu próprio plano de negócios ou como promover
o recrutamento e seleção de pessoal, dentre outras áreas de gestão.
Depois será a vez dos frentistas, dos
técnicos de lubrificação e dos promotores de loja.
“Jamais foi feito algo desta proporção no setor. Esta iniciativa certa-
Palestra de Carlos Vieira no lançamento do programa Capacidade Máxima em Recife
SOLUÇÕES
35
REDE DE POSTOS
mente vai mexer com todo o mercado, forçando um aumento sistêmico
da qualidade. A capacitação abrangerá uma série de serviços”, afirma
o gerente de Marketing de Rede de
Postos (GMARK), Carlos Vieira.
Inicialmente, a BR promoveu seminários de lançamento do programa, durante os quais foram apresentados aos revendedores e franqueados os cursos que já estão dis-
poníveis. “A prioridade na escolha
dos perfis para o início dos cursos
recaiu sobre os revendedores e
franqueados porque são eles os responsáveis diretos pelo gerenciamento dos negócios nos postos de
serviço. Sem o envolvimento direto
deste público, não há como promover a melhoria nos serviços prestados pelos postos”, explica Ana Paula Fernandes, gerente de Qualida-
ATÉ 2007, O PROGRAMA DEVERÁ CAPACITAR
80 MIL PROFISSIONAIS DA REDE DE POSTOS BR
Frentistas, supervisores e funcionários da BR Mania serão beneficiados pelo Capacidade Máxima
36 SOLUÇÕES
de de Atendimento Automotivo
(GQAUTO).
A elaboração de todo o projeto
durou cerca de dois anos e envolveu diversas áreas do Sistema Petrobras, além dos próprios revendedores, franqueados, equipes de
postos e consumidores. “Contratamos institutos de pesquisa para realizar um levantamento das opiniões
dos consumidores sobre o atendimento prestado nos postos e nas lojas de conveniência”, esclarece Ana
Paula. De posse dos dados das pesquisas e de diversos workshops, todas as informações foram reunidas
para subsidiar o mapeamento de
competências de cada função dentro de um posto de serviço e para a
definição do planejamento pedagógico do programa. “Os cursos são
voltados para as necessidades específicas do negócio e do mercado.
Não há nada parecido no Brasil
atualmente. O aluno sai totalmente
apto a desempenhar bem sua função dentro dos padrões de qualidade exigidos pela companhia e pelo
consumidor automobilista. No caso
dos revendedores, fornecemos ferramentas de gestão que os ajudarão a alcançar melhores resultados”,
afirma Grace Melo, da GQAUTO e
gestora do programa na BR.
O evento de lançamento do programa em São Paulo contou com
cerca de 80 pessoas. Um dos participantes foi o revendedor Antônio
Carlos da Silva. “A partir do programa, toda a minha equipe, composta por 30 funcionários, prestará um
serviço ainda mais eficiente para os
consumidores. O curso será mais um
diferencial da BR em relação à concorrência”, diz Antônio Carlos.
No Rio, o revendedor Márcio
Saldanha também faz planos a partir do programa de capacitação. “Faremos reuniões com todos os funcio-
REDE DE POSTOS
Maria Alice Paes, coordenadora didática da Universidade Petrobras, Ana Paula Vieira Fernandes, gerente
de Qualidade de Atendimento Automotivo, e Grace Melo, gestora do programa Capacidade Máxima
nários para discutir a qualidade do
serviço e estreitar o relacionamento
com os nossos clientes.”
A coordenadora didática da Universidade Petrobras, Maria Alice
Paes, destaca a preocupação com a
alta rotatividade dos funcionários dos
postos de serviço. “As trocas constantes são causadas, muitas vezes, pelo
mau recrutamento. No curso Gestão de Pessoas, um dos primeiros
módulos oferecidos para o nível gerencial, orientamos sobre como recrutar e selecionar pessoal, inclusive
com a descrição do perfil desejado
para cada função.”
Outra preocupação da coordenação do programa é com a conti-
nuidade na aplicação dos conhecimentos adquiridos nos cursos. “Por
causa desse problema, identificamos a necessidade de capacitar um
outro perfil: o do multiplicador. Esse
profissional deve ter facilidade
para se comunicar e habilidade
para repassar os conteúdos dos
cursos aos seus colegas. Estamos
desenvolvendo um conjunto de materiais didáticos com todas as informações necessárias para que ele
consiga orientar toda a equipe”,
explica Maria Alice.
Representante da Universidade
Petrobras no programa, Maria Alice comenta que a empresa sempre
esteve preocupada com a formação
e o treinamento de seus funcionários. “A Petrobras trabalha com alta
tecnologia. É reconhecida internacionalmente por sua capacidade de
explorar petróleo em águas profundas e ultraprofundas. Por isso, está
habituada a selecionar profissionais
altamente qualificados, uma cultura
que se disseminou entre todas as
empresas do Sistema Petrobras. E,
assim como investe na formação de
seus funcionários, a Petrobras também contribui para a capacitação de
seus parceiros e fornecedores. A Petrobras é uma das empresas que
mais investem em capacitação no
mundo. Uma pesquisa realizada
anualmente pelas consultorias Cia.
de Talentos e LabSSJ, revelou, pelo
segundo ano consecutivo, que trabalhar na Petrobras é o sonho da
maioria dos universitários”, afirma
Maria Alice.
CONTATOS BR
Carlos Vieira
[email protected] – (21) 3876-4022
Ana Paula Fernandes
[email protected] – (21) 3876-2680
Grace Melo
[email protected] – (21) 3876-0977
Maria Alice
[email protected] – (21) 3876-5444
SOLUÇÕES
37
SOLUÇÕES ENERGÉTICAS
38 SOLUÇÕES
SOLUÇÕES ENERGÉTICAS
ESPÍRITO SANTO
CRESCE NA CADÊNCIA DO GÁS
O Espírito Santo vai ter mais gás. Até dezembro, a Petrobras
vai concluir as obras do gasoduto Cacimba-Vitória. Com 130
quilômetros de expansão, o pipeline permitirá um aumento de
três milhões de metros cúbicos por dia no fornecimento do
combustível na Região Metropolitana de Vitória.
SOLUÇÕES
39
SOLUÇÕES ENERGÉTICAS
O
Cacimba-Vitória faz parte do complexo da Gasene, que compreende
mais dois gasodutos – o Cabiúna-Vitória e o Cacimba-Catu. Quando os
três empreendimentos estiverem em
operação, a rede transportará cerca
de 20 milhões de metros cúbicos de
gás por dia, ligando o Sudeste ao
Nordeste.
“Enfrentamos diversos contratempos, como o atraso na obra do
gasoduto Cacimbas-Vitória e o congelamento e defasagem de 30% nas
tarifas de venda do combustível”,
explica Frederico Bichara Henriques,
gerente de Comercialização de Gás
Canalizado, unidade ligada à Gerência de Soluções Energéticas (GSE) da
Petrobras Distribuidora.
O problema com a tarifa do gás
começou em setembro do ano passado, quando a Petrobras reajustou o
preço do combustível em 11,8%. A
agência reguladora dos serviços públicos de energia do estado do Espírito Santo (ASPE) impediu que se repassasse aos consumidores o aumento
40 SOLUÇÕES
do custo. “Naquela época, a nossa
margem que já estava sem reajuste
desde 2003 praticamente zerou. Essa
situação inviabiliza a ampliação do uso
gás natural que será produzido no
Estado”, diz Frederico Bichara.
Para o superintendente da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip), José Brito de Oliveira,
o gás natural é fundamental para o
Espírito Santo, pois se constitui em um
fator de atração de empresas e investimentos. Coordenador de Petróleo do Espírito Santo em Ação, organismo não-governamental que reúne os empresários capixabas, Brito
revela que há estudos para a instalação de indústrias de fertilizantes nitrogenados, além da montagem de
uma indústria para o aproveitamento da sal-gema, que seria implantada no norte capixaba. O gás é ainda
vital para o setor siderúrgico, uma
das mais tradicionais atividades econômicas do Espírito Santo.
“Já formamos um grupo de trabalho com a própria Petrobras para
estudar a viabilidade dos projetos ci-
tados, bem como a possibilidade da
instalação de uma termelétrica no
Norte do Estado, que seria movida a
gás. O Espírito Santo é carente de
energia, produzindo apenas 20% da
eletricidade que consome, e esta usina melhoraria nossa situação neste
sentido. Queremos que parte do gás
extraído no Espírito Santo seja consumida localmente, gerando riquezas para o estado. Este é o objetivo
almejado e perseguido por todos que
atuam na atividade de petróleo e gás
no Espírito Santo”, diz Brito.
ECONOMIA
A economia do Espírito Santo é
a sétima do país e está em pleno
desenvolvimento. O estado tem o
maior complexo de pelotização de
minério de ferro do mundo. É o
maior produtor nacional de placas
de aço e de chocolate, além de ser
o principal exportador de mármore
e granito da América Latina. Na
agricultura, é o segundo na produção de mamão e café.
O coordenador da Comissão de
Energia da Federação das Indústrias
do Espírito Santo (Findes), Urbano
dos Santos, considera o gás natural
estratégico para o desenvolvimento
do estado. Segundo ele, o combustível pode fazer a economia capixaba
ser mais competitiva. “Precisamos do
gás natural o mais rapidamente possível. O combustível é mais barato
do que os outros, o que reduzirá o
custo de produção de nossas indústrias. Além disso, é um produto limpo, o que traz vantagens para o meio
ambiente.”
A direção da Vale do Rio Doce,
uma das maiores clientes da BR, também ressalta os ganhos ambientais
provenientes do uso do gás natural.
A companhia tem sete usinas de pelotização na região, que, juntas, produzem cerca de 26 milhões de to-
SOLUÇÕES ENERGÉTICAS
As obras de construção do gasoduto no trecho entre Cacimba e Vitória deverão ser concluídas em dezembro
neladas de pelotas de minério de
ferro por ano. Quatro delas funcionam tanto com gás quanto com óleo
combustível – admitem até mesmo o
uso simultâneo dos dois insumos.
Quando o fornecimento é suficiente, essas unidades operam 100% à
base de gás. As outras três, cujo sistema de gás foi instalado recentemente, usam apenas óleo, ainda por
falta de oferta do outro combustível.
A CVRD está construindo mais
uma unidade de pelotização, que
usará apenas o gás como combustível. O gás será considerado de prioridade um de utilização. Isto signifi-
ca que, sem o combustível, a produção será interrompida. Com a nova
usina e a modernização das outras
unidades, a Vale passará a produzir
36,2 milhões de toneladas de pelotas por ano.
“Esperamos resolver a questão da
defasagem das tarifas com a maior
urgência, pois o importante para o
mercado de gás natural se desenvolver é que haja um ambiente de
estabilidade regulatória, garantia de
suprimento e manutenção da competitividade do produto em cada segmento de mercado”, explica Frederico Bichara.
HISTÓRICO
A BR recebeu a concessão para a
distribuição de gás natural no estado
em dezembro de 1993. Desde então, vem trabalhando para a expansão do mercado. No período, a demanda por gás saltou de 400 mil
metros cúbicos por dia para 1,3 milhão de metros cúbicos. A BR atende
a 4.100 domicílios, 62 estabelecimentos comerciais, 27 indústrias, 23 postos de serviço e 29 mil veículos.
CONTATOS BR
Frederico Bichara Henriques
[email protected] – (27) 3325-0755
ALEXANDRE PENNA RODRIGUES é o titular da Gerência de Soluções Energéticas, cujo objetivo é desenvolver a melhor
resposta para a necessidade de energia de cada cliente. A unidade oferece produtos e serviços com alto grau de
competitividade, qualidade e confiabilidade, dentro dos padrões adequados de rentabilidade. ([email protected])
SOLUÇÕES
41
ESPORTE MOTOR
PETROBRAS
IMPULSIONA A DUPLA
WILLIAMS E TOYOTA
A Petrobras está acelerando a 300 quilômetros por hora rumo a um novo desafio. A partir de 2007,
a WilliamsF1 será equipada com motores da Toyota Motorsport, em substituição aos Cosworth
usados na atual temporada. O contrato terá duração de três anos. Caberá à Petrobras, parceira
da equipe inglesa, fornecer e desenvolver o combustível que alimentará os novos propulsores.
42 SOLUÇÕES
ESPORTE MOTOR
“
P
ara a Petrobras, é um grande
desafio e uma satisfação poder trabalhar com um parceiro com as dimensões da Toyota. Precisaremos reiniciar todos os desenvolvimentos até conhecer exatamente
o ‘apetite’ do motor Toyota. A nova
parceria também vai gerar novas
opções de pesquisas e testes”, afirma o engenheiro Rogério Gonçalves, técnico-responsável pelo combustível fornecido à WilliamsF1.
A parceria da WilliamsF1 com a
Toyota tem um encontro marcado
com a inovação. A Petrobras iniciará as pesquisas para a utilização de
biocombustíveis na Fórmula 1. A
equipe técnica da Petrobras já está
fazendo os primeiros contatos com
a Toyota para começar o planejamento de testes e fornecimento de
gasolina. “A partir de 2008, as equipes serão obrigadas a adicionar em
seus combustíveis 5,75% de matérias-primas de origem renovável e
os testes serão iniciados imediatamente para podermos ter o melhor
produto possível já no primeiro
Grande Prêmio da temporada
2007”, explica Gonçalves.
O diretor da WilliamsF1, Frank
Williams, comentou que “este contrato é a pedra fundamental do desafio da Williams de alcançar o título
do Campeonato Mundial”. “A Toyota
é um gigante industrial impressionante e marcante que tem uma reputação fenomenal de alcançar as metas que estabelece. Temos orgulho de
contar com o suporte da companhia
japonesa, que muito contribuirá para
nossos esforços de voltarmos à melhor forma competitiva”.
EM GOTAS
A carreta da Petrobras Distribuidora, que
costuma acompanhar as provas da Fórmula
Truck, marcou presença pela segunda vez na
largada do Rally Internacional dos Sertões.
Instalada em Goiânia, local da largada da
prova, serviu de espaço para marketing de
relacionamento entre os pilotos da equipe Petrobras/Lubrax e clientes das áreas de Grandes Consumidores e de Automotivos da BR.
No fim do rally, realizado entre 27 de julho
e 4 de agosto, o piloto Jean Azevedo foi o
brasileiro mais bem colocado na categoria
motos. Ficou na terceira posição. A prova foi
vencida pelo francês Cyril Despres, seguido
do compatriota David Castou.
Na categoria caminhões, a equipe Petrobras
Lubrax, formada por André Azevedo, Maykel
Bicampeão em 1997 e 1998 e com dez
participações na prova, Klever Kolberg terminou em 22º lugar na categoria carros,
tendo como co-piloto Eduardo Bampi. Os
campeões foram João Antônio Franciosi e
Rafael Capoani.
Jean Azevedo
André Azevedo, Maykel Justo e Ronaldo Pinto
Klever Kolberg e Eduardo Bampi
Justo e Ronaldo Pinto, terminou em quinto
lugar. O trio venceu três etapas da prova.
SOLUÇÕES
43
RESPONSABILIDADE SOCIAL
OS VOLUNTÁRIOS
DA PÁTRIA
44 SOLUÇÕES
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Lançado em 2003, o programa de Voluntariado Petrobras Fome Zero
se consolidou como uma das mais bem-sucedidas iniciativas da
Petrobras. Mais de 2,3 mil funcionários da empresa de 19 unidades
do Sistema Petrobras se engajaram em mais de 40 projetos.
SOLUÇÕES
45
RESPONSABILIDADE SOCIAL
O
Voluntariado Petrobras
Fome Zero tem por objetivo promover ações
com foco nas seguintes áreas: educação, segurança alimentar, inclusão
digital, resgate da cidadania, geração de renda e qualificação profissional. Os voluntários são incentivados a
criar novos projetos e formar parcerias também com os diversos setores
da sociedade, para que, no futuro, as
iniciativas possam se auto-sustentar.
“As empresas do Sistema Petrobras são historicamente reconhecidas pelo seu comprometimento com
a responsabilidade social e o desen-
46 SOLUÇÕES
volvimento sustentável. Este espírito
é comungado por todos os empregados. Existe uma tendência crescente de as empresas formarem parcerias com outros setores da sociedade e incentivarem o engajamento de
seus colaboradores. A idéia é que a
Petrobras e suas subsidiárias venham
a se unir para colocar sua tecnologia e seus funcionários à disposição
do bem-estar da população”, afirma
Milena Lobato, coordenadora de
Responsabilidade Social da BR.
Coordenado pela Ouvidoria Geral, o Voluntariado Petrobras Fome
Zero apóia ações, seguindo a políti-
ca de responsabilidade social da
companhia. Está integrado ao Programa Petrobras Fome Zero, que até
agora investiu mais de R$ 200 milhões em 147 projetos em todos os
estados do país.
Um dos projetos do Voluntariado
é o “Eu que fiz”, que consiste na realização de feiras para a venda de trabalhos artesanais, com arrecadação
de donativos para entidades filantrópicas do Rio. Outra iniciativa de grande apelo é o Comitê de Amor à Vida,
que desenvolve ações em prol de
hospitais e creches, com a distribuição de alimentos e roupas.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Maracanã, no Rio. Entre os hospitais beneficiados pelo projeto estão
o da Posse, de Nova Iguaçu, Antônio Pedro, de Niterói, e Gaffrée e
Guinle e Pedro Ernesto, localizados,
respectivamente, nos bairros cariocas da Tijuca e de Vila Isabel. O
Comitê também apóia a Associação
dos Hemofílicos e a creche Casa de
Abrigo Cantinho dos Anjos (Niterói).
“Entre outras atividades, recolhemos
cartuchos de impressão usados para
a revenda. O dinheiro arrecadado
foi destinado à compra de leite em
pó. Também reciclamos o lixo do edifício-sede e adquirimos cestas básicas para o pessoal da limpeza”, diz
Marcílio.
REQUISITOS
Trabalhos artesanais feitos por integrantes do projeto “Eu que Fiz”
O Comitê foi criado em 1999 –
existe como pessoa jurídica desde
2001. É formado por 17 pessoas,
que estão encarregadas de arrecadar leite em pó, brinquedos e roupas para hospitais, creches e orfanatos do Estado do Rio. “Tudo começou quando uma funcionária
com um parente portador do vírus
da Aids quis encontrar uma forma
de agradecer ao atendimento dado
pelo Hospital do Fundão. Um médico sugeriu a doação de latas de leite em pó, já que as mães de recém-nascidos com HIV não podem
amamentar seus filhos sob o risco
de transmitir o vírus”, explica Marcílio Mesquita Alves, vice-presidente do Comitê.
Desde então, a instituição recebe doações mensais e participa de
eventos no edifício-sede da BR, no
Qualquer funcionário da BR pode
participar do programa de voluntariado corporativo, por meio do site
http://voluntariado.petrobras.com.br.
O participante deverá seguir sete passos para a implantação de um novo
projeto. São eles: prospecção do projeto, definição do desafio, interação
com a comunidade, plano de ação,
análise a alinhamento com o Programa Petrobras Fome Zero, implantação do plano de ação, avaliação e
monitoramento. O apoio ao projeto
não implica a liberação para atividade voluntária durante o horário de
trabalho.
A BR iniciará um amplo mapeamento de ações sociais voluntárias no
âmbito interno com o objetivo de fortalecê-las, estimulando adesões. A
companhia vai distribuir aos funcionários um questionário e, a partir das
respostas, elaborar um banco de
dados aberto à consulta.
CONTATOS BR
Milena Lobato
[email protected] – (21) 3876-0735
Marcílio Mesquita Alves
[email protected] – (21) 3876-4360
SOLUÇÕES
47
OPINIÃO
DO ÁLCOOL AO
FLEX FUEL
O Flex Fuel já é uma realidade no Brasil. Nos últimos três anos,
a indústria automobilística vendeu cerca de dois milhões de
veículos bicombustível. Este número foi equivalente a quase 8%
do total de automóveis comercializados no período.
N
os anos de 1970 e 1980,
a indústria automobilística
brasileira desenvolveu os
motores de veículos leves para rodar com mistura gasolina-álcool, o
que proporcionaram positivos efeitos econômicos, sociais e ambientais. Na mesma época, lançou no
mercado veículos que podiam rodar exclusivamente a álcool. Nada
menos que cinco milhões de unidades de veículos a álcool foram
produzidas e comercializadas ao
longo desse período até hoje no
Brasil. Este é outro programa de
largo alcance econômico, social e
ambiental.
Em 2003, a indústria automobilística brasileira passou a oferecer
ao mercado veículos leves flex fuel,
ou seja, que podem rodar, com
qualquer mistura de álcool e gasolina. Este é outro feito formidável, e
foi bastante oportuno para recuperar o consumo de etanol, com os
desejáveis efeitos econômicos, sociais e ambientais. O produto caiu
nas graças do consumidor por permitir a ele que, a cada abastecimento, escolha o combustível que pretende utilizar, gasolina ou álcool, ou
48 SOLUÇÕES
qualquer mistura de gasolina e álcool. O consumidor pode economizar, ao comparar o preço na bomba de cada combustível, como ainda ter um “seguro” diante de uma
eventual escassez ou falta de outro
combustível. Tal veículo supera a
alternativa carro a gasolina versus
carro a álcool. Esse conforto, certamente, está na raiz do sucesso do
produto, conquistado em apenas três
anos.
Basta dizer que de março de
2003 a agosto de 2006 foram comercializados dois milhões de unidades flex fuel, que já respondem
por 76% das vendas totais de veículos leves (automóveis e comerciais leves). Há ainda empresas que
oferecem ou irão oferecer o produto para três combustíveis, a saber, gasolina sem mistura (para o
Mercosul, por exemplo), gasolinaálcool e álcool. Além disso, um outro combustível pode ser utilizado
ainda por tais veículos, com a instalação de outro tanque, e esse combustível é o Gás Natural Veicular
(GNV). Ou seja, o consumidor brasileiro está bem servido de combustíveis veiculares.
Rogelio Golfarb, presidente da Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
Esse é um esforço que envolve
não só a indústria automobilística brasileira, mas também o parque de
autopeças, os fabricantes e distribuidores de combustíveis e a pesquisa
tecnológica. É um conjunto que demonstra a força do parque de veículos e de combustíveis do Brasil que,
reitere-se, distribui riquezas sociais
e ambientais.
Agora, indústria automotiva, pesquisadores, fabricantes e distribuidores de combustíveis, estão empenhados em concretizar novo programa
de combustíveis, que vem a ser o
biodiesel, processo industrial que
permite misturar óleo vegetal ao diesel fóssil. Pode-se dizer que é um
novo Pró Álcool, do século XXI. Com
esse combustível, estamos abrindo
novas fronteiras em termos energéticos e, o que também é muito relevante, ampliando a gama de benefícios econômicos, sociais e ambientais.
São essas iniciativas e pioneirismos do Brasil que permitiram ao
país ter diversidade de combustíveis
veiculares, diversidade essa que
chama a atenção de todo mundo,
dos países emergentes aos países
desenvolvidos.
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nº25 - jul/ago - Petrobras Distribuidora