SOLUÇÕES BR Nº 25 Ano 5 Julho/Agosto 2006 MERCADO CONSUMIDOR A química perfeita do mercado de parafinas P A L A V R A B R BR: UM CASE DE SUCESSO A Petrobras Distribuidora está mais uma vez contribuindo para o aumento da oferta de energia elétrica na Região Norte do país, ao investir em instalações de armazenagem de combustíveis para cinco novas termelétricas na cidade de Manaus. Uma delas é a Usina Termelétrica Ponta Negra, movida a óleo combustível e com capacidade para atender a uma cidade de 200 mil habitantes, que irá fornecer 60 MW de energia para a Região Metropolitana de Manaus. Com esta operação, a Gerência de Grandes Consumidores confirma o comprometimento da Companhia com o fomento do desenvolvimento econômico e social no Norte do Brasil. Mas, como somos uma empresa com atuação nacional, não podemos nos esquecer de outros mercados igualmente promissores. No Espírito Santo, onde a BR detém a concessão de gás canalizado desde 1993, a Petrobras vai concluir até dezembro deste ano as obras do gasoduto Cacimbas-Vitória. Com 130 quilômetros de expansão, o pipeline permitirá um aumento de três milhões de metros cúbicos por dia no fornecimento do combustível na Região Metropolitana de Vitória. Não poderíamos deixar de apoiar o desenvolvimento do estado que abriga a sétima economia do país, incluindo o maior complexo de pelotização de minério de ferro do mundo e a maior produção nacional de placas de aço, e é o principal exportador de mármore e granito da América Latina. É preciso destacar ainda que graças à BR a distribuição e a comercialização do biodiesel, adicionado na proporção de 2% ao diesel de origem fóssil, já são feitas em rigorosamente todo o território nacional. Diariamente, cerca de 30 novos clientes procuram a Petrobras Distribuidora interessados em iniciar a compra do produto. Até dezembro deste ano estaremos vendendo biodiesel a três mil clientes grandes consumidores, entre transportadoras, TRRs, indústrias, termelétricas e até ferrovias. Um verdadeiro tour de force da Companhia, que deverá fechar o ano com um volume comercializado de cerca de um bilhão de litros/mês. De fato, a BR é o habitat natural da eficiência. É o que comprova a 17ª avaliação do Sistema de Garantia de Qualidade do querosene de aviação (SGQ). Realizada anualmente, a auditoria consiste na análise do produto desde o refino até a chegada ao cliente. De acordo com o resultado, as unidades da BR Aviation atingiram plenamente o índice de conformidade exigido. Isso se traduz em um produto de qualidade, eficiente e seguro, tanto para nossos clientes como para os revendedores. E, finalmente, mais uma vez demonstramos toda nossa capacidade de superar desafios e nos impormos à concorrência: em menos de um ano nossa participação no mercado de parafinas saltou de 9% para 20%. Até o fim de 2006 deveremos alcançar 30% de market share no setor, um volume equivalente a 35 mil toneladas. Mas estes números expressivos não caíram do céu. Trata-se do resultado de mudanças na estratégia comercial da Gerência de Produtos Químicos, que passou a utilizar uma rede de revendedores sem deixar de lado as negociações diretas com algumas indústrias, reduzindo estoques e alcançando índice zero de inadimplência do negócio parafinas. Um autêntico case de sucesso. MARCO ANTONIO VAZ CAPUTE DIRETOR DE MERCADO CONSUMIDOR SOLUÇÕES 1 Entrevista Antonio Rubens Silva Silvino – Presidente da Liquigás 3 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Asfalto Água – Uma inesgotável fonte de energia 10 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ PUBLICAÇÃO DA PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A. PRESIDENTE BR em Boa Cia. Pablo Garcia, presidente da Conseil 12 ○ ○ ○ ○ Maria das Graças Foster ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ DIRETOR FINANCEIRO E DE SERVIÇOS ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ DIRETOR DE OPERAÇÕES E LOGÍSTICA Aviação Edimilson Antonio Dato Sant’Anna BR Aviation celebra o brasileiro que fez o homem voar 16 Qualidade nas alturas 13 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ DIRETOR DE MERCADO CONSUMIDOR Marco Antonio Vaz Capute DIRETOR DA REDE DE POSTOS DE SERVIÇO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Grandes Consumidores ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ CONSELHO EDITORIAL ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Gerente de Comunicação Sérgio Bandeira de Mello Produtos Químicos LINHA EVOLUA – SEU CARRO MERECE O MELHOR TRATAMENTO GERENTE DE IMPRENSA Carmen Navas Sumário 27 EDITOR Claudio Fernandez PRODUTORA GERAL Eliana Rodrigues REPÓRTER Max Marques REVISÃO Rubens Sylvio Costa PROJETO GRÁFICO Marcelo Pires Santana / Paula Barrenne de Artagão DIAGRAMAÇÃO Modal Informática Parafina é o mais novo blockbuster da BR 30 Reinaldo José Belotti Vargas Andurte de Barros Duarte Filho, Alexandre Penna Rodrigues, Érica Saião Caputo, Ismael Nogueira da Gama Orenstein e Hévila Aparecida Arbex Biodiesel move o Brasil Ponta Negra leva mais energia para a Região Norte 18 24 Nelson José Guitti Guimarães PRODUÇÃO GRÁFICA ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Rede de Postos ○ ○ ○ ○ FOTOS Adriana Lorete / Marcelo Carnaval Eficiência é o combustível dos postos BR 34 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Soluções Energéticas ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 10 mil exemplares ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Esporte Motor Petrobras impulsiona a dupla Williams e Toyota 42 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Opinião 48 2 Rogelio Golfarb – Presidente da Anfavea SOLUÇÕES Rua Barão do Flamengo, 22 / 601, Flamengo CEP 22220-080, Rio de Janeiro, RJ INSIGHT ENGENHARIA DE COMUNICAÇÃO & MARKETING Os voluntários da pátria ○ P RODUZIDA POR M ARGEM E DITORA E I NSIGHT E NGENHARIA DE C OMUNICAÇÃO MARGEM EDITORA Responsabilidade Social 44 FOTO DE CAPA Rogério Reis / Banco de Imagens Petrobras TIRAGEM Espírito Santo cresce na cadência do gás 38 Ruy Saraiva ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Rua Sete de Setembro, 71/14o andar, Centro CEP 20050-005, Rio de Janeiro, RJ e-mail: [email protected] SAC: 0800 789001 ENTREVISTA LIQUIGÁS MIRA O TOPO DO MERCADO DE GLP ANTONIO RUBENS SILVA SILVINO PRESIDENTE DA LIQUIGÁS Adquirida pela Petrobras Distribuidora há dois anos, a Liquigás é uma das maiores distribuidoras de GLP do Brasil, com expressiva participação no mercado nacional. Uma vez consolidada esta incorporação, a empresa lançou um plano de negócios com o objetivo de alcançar a liderança do setor. Nesta entrevista, o presidente da Liquigás, Antonio Rubens Silva Silvino, enumera os principais projetos para a companhia, tanto no segmento de envasados quanto de granel. Fala também do combate à revenda clandestina de GLP. Apresenta ainda as ações implantadas pela empresa para valorizar a sua força de trabalho. SOLUÇÕES 3 ENTREVISTA Soluções BR – Após dois anos da incorporação pela Petrobras Distribuidora, qual é a posição da Liquigás no mercado brasileiro e quais são os objetivos para o futuro? Rubens Silvino – A Liquigás é a terceira maior distribuidora de GLP do Brasil, com um market share de 21,7%, índice muito próximo ao dos dois primeiros colocados do setor. Nosso planejamento estratégico prevê a chegada à liderança do mercado no período de 2011 a 2015, isso, considerando o crescimento orgânico. É importante enfatizar que a Liquigás já é líder no segmento de botijões de 13kg (P13), que representa 80% do mercado total de GLP, com 23% de market share. Um dos nossos objetivos é aumentar esta liderança e dar mais ênfase no mercado de vendas a granel, oferecendo soluções em GLP para nossos clientes e para o mercado. Soluções BR – A Liquigás adotou uma série de medidas para reduzir seus custos operacionais. Qual o impacto destas ações? Rubens Silvino – Temos feito um esforço em nome da racionalização das despesas e para a melhoria de margens. Isso tem levado a empresa a um bom resultado econômico e este desempenho tem permitido à companhia reunir um caixa fundamental para execução do plano de investimentos. Uma das principais medidas adotadas pela Liquigás foi a redução da sua cadeia comercial, com suspensão das vendas a qualquer revendedor identificado como clandestino e desestimulando também que nosso revendedor autorizado o faça. Soluções BR – Como é possível combater o mercado clandestino? Rubens Silvino – O mercado clandestino inflige uma concorrência des- 4 SOLUÇÕES “UMA DAS PRINCIPAIS MEDIDAS ADOTADAS PELA LIQUIGÁS FOI A SUSPENSÃO DAS VENDAS A REVENDEDORES CLANDESTINOS” leal com as distribuidoras e revendedores sérios e que cumprem suas obrigações tributárias e trabalhistas. Este é um problema grave também em termos de produtividade, comercialização e segurança. Com uma cadeia comercial mais longa, o botijão demora a retornar e o objetivo de qualquer distribuidora de GLP é reduzir o giro do vasilhame, seu grande ativo. Todo botijão traz em alto-relevo a marca da distribuidora e as grandes empresas do setor, que respeitam as regras de ética concorrencial, segregam os botijões de outras marcas que são recolhidos no momento da venda ao consumidor, para a posterior troca com a empresa cuja marca é estampada no botijão. Estas companhias, entre as quais está a Liquigás, criaram centros de destroca, uma pessoa jurídica independente que organiza a devolução dos botijões à sua companhia de origem. O problema é que algumas concorrentes estão distantes deste padrão e usam os botijões de todas as companhias indiscriminadamente. Algumas destas distribuidoras obtiveram até sentença judicial para envasar os botijões de outras distribuidoras. Isso explica os preços abaixo da média praticados por alguns distribuidores. Estas empresas não imobilizam recursos na compra de botijões, nem têm compromisso com a segurança do consumidor. Para defender seus direitos, a Liquigás entrou com uma ação na Justiça paulista, com base em uma lei do estado que proíbe as empresas do setor de encher o botijão de outras marcas. Soluções BR – Qual o risco que o mercado clandestino oferece para o consumidor final? Rubens Silvino – É muito alto e engloba vários aspectos. Primeiro porque uma marca representa todo um conceito e um padrão de qualidade de uma empresa. O botijão pode sofrer deterioração em razão da manipulação, das condições de armazenamento e de transporte ou até do clima a que é exposto. Uma norma da ANP obriga as distribuidoras a proceder uma requalificação periódica dos botijões. Quando não é aprovado, o recipiente é inutilizado e segue para sucateamento, sendo destinado à indústria siderúrgica. As distribuidoras que enchem botijões de outras marcas nunca vão gastar com a manutenção e a requalificação do botijão com a marca de outra companhia e assim estes botijões voltam ao mercado (aos nossos lares) sem a devida garantia de segurança. Outro ponto são as reven- ENTREVISTA “PARA DEFENDER SEUS DIREITOS, A LIQUIGÁS ENTROU COM UMA AÇÃO NA JUSTIÇA PAULISTA, COM BASE EM UMA LEI DO ESTADO QUE PROÍBE AS EMPRESAS DO SETOR DE ENCHER O BOTIJÃO DE OUTRAS MARCAS” SOLUÇÕES 5 ENTREVISTA das clandestinas, que não são registradas e não seguem os padrões técnicos e de segurança exigidos na comercialização do GLP. Podemos observar botijões sendo vendidos em botecos, padarias e até amarrados em postes. Além disso, estes “clandestinos” eventualmente manipulam o produto adulterando o peso líquido do botijão e estão levando às residências um produto de qualidade 6 SOLUÇÕES duvidosa. A Liquigás tem feito um enorme esforço em prol da regularização do mercado e da segurança dos consumidores, em especial atenção às donas de casa. Soluções BR – Quais são os focos de crescimento da Liquigás? Rubens Silvino – Uma das principais metas é aumentar a participação no segmento de granel, no qual temos 18% de market share. Para isso, estamos intensificando um trabalho comercial focado nos clientes deste segmento, tais como indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, de cerâmica, cozinhas industriais, hotéis, restaurantes, fábricas de papel, condomínios e em outros nichos como na avicultura ou ainda na secagem de grãos. Para estes clientes a Liquigás se encarre- ENTREVISTA ga do projeto, da instalação e das manutenções preventivas e corretivas, com assistência técnica 24 horas. Todas as nossas instalações são feitas de acordo com as normas da ABNT e do Corpo de Bombeiros. Com estas ações, temos procurado agregar ainda mais valor ao cliente, inclusive com orientações sobre o uso racional do GLP, entre outras medidas. Soluções BR – O segmento de envasado está saturado? Rubens Silvino – Não. O mercado de envasado, assim como todo o mercado de consumo brasileiro, só tende a crescer com o avanço da economia e o aumento do poder aquisitivo dos consumidores. Além disso, existe uma pressão ambiental para a redução do uso da lenha, o que, certamente, é um fator de aumento da demanda por GLP. Mesmo diante destas boas perspectivas, as distribuidoras de GLP precisam se preparar, pois o mercado está cada vez mais competitivo. E não me refiro apenas à concorrência entre as empresas. O microondas, por exemplo, cada vez mais comum nos lares brasileiros, reduz o consumo de GLP. Soluções BR – Com relação à ocupação territorial do mercado brasileiro, em que áreas a Liquigás pretende concentrar esforços para ampliar sua participação de mercado? Rubens Silvino – A Liquigás é muito forte no Rio Grande do Sul, em algumas partes do Nordeste e nas capitais de São Paulo e de Minas Gerais. Mas tem um enorme potencial de crescimento no Rio de Janeiro, no interior de São Paulo, na Bahia, Minas Gerais e no Espírito Santo, o que será fundamental para a empresa buscar a liderança do mercado. Queremos nos expandir em novas regiões do país, tanto no envasado quanto no granel. Para isso, vamos ampliar nossa rede de revendedores. Hoje, contamos com três mil e quinhentos revendedores e vamos aumentar este número de maneira seletiva, buscando parceiros que se encaixem no padrão de qualidade da Liquigás e que atuem na venda direta ao consumidor final. Estamos também trabalhando para conhecer melhor quem são os nossos clientes, suas necessidades, o que agrega valor para eles e como avaliam nossas concorrentes. Também preocupados com o melhor atendimento e a conquista de novos clientes, fizemos, no início do ano, uma racionalização da estrutura de logística, mas certamente vamos analisar qualquer tipo de ajuste no sistema de distribuição que nos permita ampliar a participação, incluindo a instalação de novas unidades de armazenagem. Temos também projetos de ampliação da produção e, eventualmente, estamos abertos à formação de pools ou parcerias com outras empresas do setor. Soluções BR – Os recentes episódios envolvendo a Bolívia e o Brasil tiveram algum impacto sobre o mercado de GLP? Rubens Silvino – Não observamos, até o momento, qualquer efeito mais profundo. É verdade que a renegociação dos contratos de compra do gás boliviano tem gerado uma certa expectativa e, há alguns meses, alimentou o temor de problemas de abastecimento no país. Verificamos até um aumento residual das vendas de GLP, uma vez que muitas donasde-casa, confundindo os dois produtos, passaram a estocar botijões, temerosas de que faltasse gás natural. Mas o setor já voltou à normalidade. O que há, sim, é um cuidado maior por parte das empresas, cada vez mais preocupadas em fazer hedge na compra de gás, para não depender apenas de uma fonte de fornecimento. Soluções BR – Com relação a este hedge, algumas empresas têm adotado o Flex Gás, desenvolvido pela Liquigás. Quais os grandes benefícios deste serviço? SOLUÇÕES 7 ENTREVISTA Rubens Silvino – O FlexGás é um combustível alternativo ao Gás Natural, formado por uma mistura de GLP com ar e garante uma intercambiabilidade instantânea entre os dois combustíveis, de forma que o cliente pode utilizá-lo simultaneamente com o Gás Natural ou isoladamente, como FlexGás puro. Além disso, substitui com vantagens (principalmente ambientais) o óleo diesel e o óleo combustível. Muitas indústrias têm adotado o sistema, formado por um conjunto de recebimento e estocagem de GLP, uma unidade de geração e uma unidade de água quente para vaporização do gás. Em um primeiro momento, pretendemos usá-lo como back up, um seguro contra uma possível falta virtual do gás natural para indústrias em geral. Este mecanismo tem sido muito bem aceito por empresas de diversos setores. Soluções BR – Quais são as medidas adotadas pela Liquigás nas áreas de SMS? Rubens Silvino – O GLP não é corrosivo, tóxico ou poluente. Ainda assim, a Liquigás se submete a padrões rígidos de conservação ambiental, como os adotados pelas grandes distribuidoras de GLP. Os principais cuidados são tomados no despejo de efluentes, como o derivado da lavagem dos botijões, da lubrificação das correntes, da cortina de pintura e com o descarte de resíduos, como os restos de tinta e papelão. Estes produtos são acondicionados em tambores e enviados para a destinação final em cimenteiras. Temos também uma grande preocupação com relação à segurança, tanto de nossos funcionários, quanto dos nossos clientes. Temos muito cuidado para que todos os nossos profissionais adotem os procedimentos mais corretos, 8 SOLUÇÕES o que se tem refletido nos ótimos indicadores de segurança da empresa. Até abril deste ano, a Taxa de Freqüência de Acidentados com Afastamento (TFCA) da Liquigás estava em torno de 11. Esse índice é definido como o número de acidentados com afastamento por milhão de homens-hora de exposição ao risco. O índice médio da indústria mundial de GLP é 4. No acumulado do ano, a TFCA registrada pela Liquigás foi de 7. Não estamos medindo esforços para que este número caia até os padrões aceitáveis. Em julho, por exemplo, o índice foi de 0,96. Estamos focando na melhoria dos processos, na comunicação intensa até a ponta da linha e trabalhando com as lideranças dos centros operativos, onde os botijões são envasados e os caminhões, carregados, seja de botijões ou de granel. Os acidentes mais comuns na indústria de GLP se referem a problemas na carga e descarga de botijões, tais como lesões na coluna ou a impacto do botijão sobre partes do corpo do trabalhador. O botijão vazio pesa em torno de 15 quilos. Orientamos os ajudantes de carga e descarga, os motoristas e outros trabalhadores envolvidos, todos os dias pela manhã, aumentando a comunicação entre as diversas áreas da empresa. Para dar suporte a esta atividade mantemos um comitê de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), do qual participam toda a diretoria e as unidades da Liquigás, que têm a missão de, entre outras, disseminar na companhia medidas para evitar acidentes. Soluções BR – Do ponto de vista administrativo, quais foram as principais mudanças implantadas pela atual gestão? Rubens Silvino – Quando comprou os ativos da Agip em GLP, a Petrobras Distribuidora vislumbrou a oportunidade de ter uma participação expressiva neste mercado a partir da aquisição de uma empresa com tradição no setor. E o nosso principal desafio foi implantar uma gestão que garantisse os padrões que nós desejávamos. Um dos pontos principais foi a elaboração do nosso Plano Estratégico, com horizonte até 2015 e no qual, dentre outros direcionadores estratégicos, destaco a visão estabelecida para a Liquigás: ser a líder de mercado, a mais rentável e a referência para o setor. O trabalho tem sido intenso. ENTREVISTA Elaboramos um Plano de Negócios, onde estão definidas as metas até 2011, implantamos o SAP-R3 como software de gestão empresarial, estamos propondo uma política de marketing mais agressiva e criamos um comitê de gestão, focado na consolidação de um processo de governança corporativa. Implantamos também um comitê de avaliação de desempenho, que analisa todos os negócios e os resultados da empresa e um comitê de crédito, que resultou na redução dos índices de inadimplência. Todas estas ações mostram ao mercado e a nossos stakeholders que a Liquigás tem uma proposta firme para se tornar a maior distribuidora de GLP do Brasil. Soluções BR – Com relação à força de trabalho, quais as ações desenvolvidas pela empresa? Rubens Silvino – Estamos procurando valorizar ao máximo nossa equipe. Implantamos um plano de cargos e salários, com uma reformulação da estrutura da companhia. Havia 424 cargos, número que foi reduzido para 33. É muito difícil mensurar mérito e valorizar o trabalho do profissional com tantos car- gos. Estamos implantando o GDP, uma ferramenta para a gestão de desempenho pessoal, já utilizada pelas empresas do Sistema Petrobras e que permitirá a avaliação do desempenho de cada trabalhador a partir do atingimento de objetivos previamente definidos com o trabalhador. Vamos mostrar a todos os nossos empregados que esta administração valoriza o mérito profissional e buscar com isso elevar a motivação e comprometimento de todos para cumprir as metas desafiadoras de crescimento e rentabilidade estabelecidas para a companhia. SOLUÇÕES 9 ASFALTO ÁGUA UMA INESGOTÁVEL FONTE DE ENERGIA A Petrobras Distribuidora está suando a camisa para preservar um dos bens escassos mais valiosos do Planeta: a água. Uma iniciativa de grande importância já adotada na Fábrica de Emulsão Asfáltica de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, será estendida para as unidades de Diadema e São José dos Campos, em São Paulo, e Ponta Grossa, no Paraná. Trata-se de um sistema de aproveitamento de águas pluviais no processo produtivo de asfaltos, pavimentos e outros produtos especiais. Canaletas e tanque para a armazenagem de águas pluviais instalados na fábrica de asfalto de Duque de Caxias 10 SOLUÇÕES ASFALTO A água é uma das principais matérias-primas para a fabricação de emulsões asfálticas. Em cada 25 toneladas de emulsão, dez toneladas são de água. O sistema instalado na unidade de Duque de Caxias consiste no uso de canaletas e calhas para a captação da água das chuvas, posteriormente depositada em um tanque e um poço. “Os recursos hídricos são tão finitos quanto o petróleo. Precisamos usá-los de maneira responsável e sustentável. Em caso de chuva forte, conseguimos encher os reservatórios com 30 mil litros de água, volume suficiente para garantir metade da produção diária da fábrica, que é de 150 toneladas”, afirma o engenheiro Guilherme Edel, da Gerência de Comercialização de Asfaltos (GCA), um dos idealizadores do sistema. As obras de instalação do processo na fábrica de emulsões da BR em Diadema estão praticamente concluídas. Até outubro, o sistema entrará em funcionamento. O engenheiro lembra que a Baixada Fluminense, a região do ABCD paulista e Ponta Grossa costumam ser castigadas por temporais, principalmente no verão. “Com uma hora de chuva forte já e possível encher os reservatórios.” Guilherme Edel, da Gerência de Comercialização de Asfaltos ENERGIA Outra importante ação desenvolvida pela BR é o programa de reaproveitamento do vapor gerado na fabricação de emulsão com vistas à produção de energia. Esta prática é adotada em São José dos Campos. A eletricidade serve para iluminar as instalações da fábrica à noite. Pelo sistema, o vapor que seria naturalmente liberado na atmosfera é canalizado para as turbinas da unidade, que geram 15kva de energia. “A eletricidade gerada neste método não é suficiente para movimentar máquinas, mas tem grande valia na iluminação de ambientes”, afirma Edel. Todas as futuras construções nas fábricas da GCA contemplarão a instalação destes sistemas contra o desperdício de água e energia. Um exemplo é o novo edifício que será erguido na unidade de emulsões de São José dos Campos (SP). O prédio terá uma clarabóia que permitirá o uso de iluminação natural. Um sistema de ventilação inteligente produzirá correntes de ar. Apenas o auditório e a sala da administração precisarão de ar-condicionado. O desperdício de água é uma das maiores preocupações de ecologistas e ONGs. Cerca de um bilhão de pessoas no mundo carecem de acesso à água potável; mais de dois bilhões não contam com serviços higiênicos adequados. O grande desafio da Humanidade no futuro será conseguir água potável. O Ministério do Meio Ambiente apresentou o Plano de Águas do Brasil. Preparado ao longo dos últimos três anos, o programa traçou metas para o destino dos recursos hídricos do país até 2020, além de apontar a necessidade do uso sustentável em diversos setores como indústria, agricultura e saneamento e definir investimentos em educação ambiental. O Brasil detém 12% das reservas de água potável do mundo, mas exibe contrastes: algumas regiões enfrentam a escassez do insumo, como o semi-árido; outras têm água em excesso, caso da Amazônia. CONTATOS BR Guilherme Edel [email protected] – (21) 3876-4256 THOMAZ LUCCHINI é o titular da Gerência de Comercialização de Asfaltos, cuja missão é administrar a venda de asfaltos e emulsões, agregando serviços aos produtos, de forma competitiva e rentável. A unidade procura se entrosar com as demais áreas para o sucesso do negócio, orientada pelo mercado e com foco no cliente. ([email protected]) SOLUÇÕES 11 BR EM BOA CIA. PARCEIROS DE SOL A SOL Todos os dias, a partir das 4h30min, uma nova história começa a ser escrita na Conseil. Um a um, os mais de 370 motoristas que atendem ao Pólo Petroquímico de Camaçari vão chegando à empresa. Meia hora depois, os ônibus começam a sair para atender ao transporte dos funcionários de algumas das mais importantes empresas da Bahia. São seguidos dos motoristas e auxiliares que trabalham nos serviços de frete. Nesta jornada diária, a Conseil leva a seu lado uma grande companhia: a BR. A BR fornece à Conseil óleo diesel, lubrificantes e, mais recentemente, biodiesel. A qualidade dos produtos se repete nos serviços prestados pela companhia. Somos clientes de duas das mais importantes iniciativas desenvolvidas pela BR para o setor de transporte rodoviário: a Central Avançada de Inspeção e Serviço (CAIS) e do Controle Total de Frotas (CTF-BR). A Conseil é cliente da CAIS de Camaçari, uma mão na roda para nossos veículos e nossos profissionais, que têm acesso a um local absolutamente seguro e com uma série de serviços. O CTF-BR, por sua vez, tem permitido à nossa empresa manter um rigoroso acompanhamento do processo de abastecimento, proporcionando uma racionalização do uso de combustíveis e uma redução dos custos operacionais. A garantia de entrega do produto com qualidade certificada e no prazo correto é extremamente importante para uma transportadora como a Conseil, que tem o compromisso de atender a clientes com alto grau de exigência, seja no segmento de transporte pessoal, seja no fretamento de carga. 12 SOLUÇÕES A parceria entre a Conseil e a Petrobras Distribuidora teve, neste ano, mais um momento de grande importância. Passamos a utilizar em nossos veículos biodiesel comprado à BR. Esta decisão só reforça o comprometimento da Conseil com a qualidade de vida das gerações atuais e futuras. De acordo com o conceito de responsabilidade social, a empresa está atenta tanto para os benefícios socioambientais quanto econômicos. A responsabilidade ambiental foi o grande motivador para a Conseil passar a abastecer sua frota com biodiesel. As empresas de transporte que aderiram ao novo combustível – número cada vez maior – estão prestando uma grande lição de cidadania, ajudando a gerar benefícios ambientais e econômicos para o país. O uso do biodiesel aumenta a vida útil do motor, uma vez que este tipo de combustível é também um ótimo lubrificante. O biodiesel tem ainda outras vantagens, como o baixo risco de explosão, facilidades de transporte e armazenamento. Além disso, não há necessidade de que os motores sejam adaptados para receber o novo combustível. Pablo Garcia, presidente da Conseil Um relacionamento tão fértil como este entre a Conseil e a Petrobras Distribuidora merece ser sempre ampliado. Hoje, a BR atende nossa frota nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Em breve, este parceria deverá chegar ao Rio de Janeiro e a São Paulo. Ter ao lado um parceiro comprometido com o desenvolvimento de soluções, como a BR, certamente muito tem contribuído para a história da Conseil. A frota da companhia é composta por 600 veículos. São mais de dois mil empregados. No transporte pessoal, a empresa atende a mais de 70% dos funcionários das indústrias instaladas no Pólo Petroquímico de Camaçari. Oferece ainda serviços de logística e distribuição, armazenagem, consultoria, representação comercial, além de atuar no ramo turístico. A Conseil promove constantes treinamentos de seus funcionários. Investe ainda R$ 10 milhões por ano em tecnologia e modernização da frota. A companhia só chegou a este ponto graças ao esforço integrado de todos os seus empregados e do incessante trabalho de parceiros do porte da BR. AVIAÇÃO BR AVIATION CELEBRA O BRASILEIRO QUE FEZ O HOMEM VOAR “As coisas são mais belas quando vistas de cima”. Santos Dumont traduziu nesta frase uma das principais motivações que o levaram a mudar a História. Há exatos 100 anos, este brasileiro deu o passo que tanto ajudou o homem a enxergar a beleza da vida de novos ângulos. É tempo de celebração. Às vésperas do centenário do primeiro vôo do 14 Bis, data completada em outubro, a BR Aviation está realizando uma série de eventos para homenagear Santos Dumont. SOLUÇÕES 13 AVIAÇÃO A celebração pela data começou no ano passado. A inesquecível navegação pelos céus de Paris, expressão cunhada pelo próprio Santos Dumont, foi o tema da quinta edição do Rota Premiada, programa de fidelidade da BR Aviation. A companhia fez uma festa temática, inspirada em Paris, no ano de 1906, quando Santos Dumont fez o vôo do 14 Bis, e incluiu em sua linha de prêmios maquetes em miniatura dos principais projetos do aviador – Dirigível 16, Demoiselle e 14 Bis. Patrocinou também a edição de um livro comemorativo com a biografia do inventor, distribuída no fim de 2005 a toda a sua comunidade corporativa. Em parceria com a revista Asas, a BR patrocinou um concurso artístico. Por meio de poesias, desenhos, fotografias e textos, os estudantes puderam expressar a trajetória de Santos Dumont. Os melhores trabalhos foram premiados em cerimônia no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo - PAMA. As feiras de aviação na qual a BR Aviation está presente, tais como a sexta edição do Broa Fly-in, evento da aviação civil realizado em Itirapira (SP) no mês de maio, também estão homenageando o pai da aviação. As celebrações seguiram com a Expo Aero Brasil 2006, realizada entre os dias 5 e 8 de outubro no Aeroporto de Araras (SP), simultaneamente à 10ª Feira Internacional da Aviação Civil. O período do evento foi definido pelos organizadores justamente para coincidir com as comemorações do centenário do 14 Bis, tema da feira este ano. “A feira atrai um público diversificado, com a presença de muitos jovens e crianças. Trata-se de uma excelente oportunidade para mostrar às novas gerações a importância que a obstinação e a genialidade de Santos Dumont tiveram para a construção da história da aviação”, diz Erica Saião, gerente de Planejamento e Suporte a Gestão de Aviação. Até outubro, a BR deverá participar ainda de outros eventos alusivos à data – a companhia tem apoiado as iniciativas da comissão interministerial criada pelo governo Federal para promover a comemoração do centenário do primeiro vôo do 14 Bis. Uma das principais homenagens feitas pela BR foi a construção de uma réplica do 14 Bis. O trabalho já foi exposto em São Paulo e em Brasília, onde foi visto, entre outros, pelo presidente francês, Jacques Chirac. HISTÓRIA Erica Saião, gerente de Planejamento e Suporte a Gestão de Aviação 14 SOLUÇÕES Alberto Santos Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873, no Sitio Cabangu, em Palmira, Minas Gerais. Estudou em Campinas, São Paulo e Outro Preto (MG) até se formar no Rio de Janeiro. Com a morte do pai, em 1891, foi para Paris para estudar física, mecânica, química e eletricidade. Empenhou-se em conhecer os avanços da indústria. Inicialmente, interessou-se por automóveis. Sempre na vanguarda, foi o responsável por trazer o primeiro veículo motor a rodar em terras brasileiras: um Peugeot. Em 1897, Santos Dumont despertou para a aviação. Projetou seu primeiro balão, o Brasil (ou Santos Dumont 1 – SD1) – a montagem ficou a cargo do engenheiro francês Lachambre. Com 14 quilos, era o menor balão construído até então em todo o mundo. Com o tempo, desenhou uma série de dirigíveis, com motores a gasolina e leme. Em setembro de 1898, a primeira tentativa de voar no SD-1, equipado com um motor, acabou na colisão com uma árvore. Muitos esmoreceriam, mas não Santos Dumont. Depois de vários protótipos, chegou ao SD-2, em forma de charuto e movido a hidrogênio, e o SD-3, em forma cilíndrica e com gás de iluminação. Sucederam-se o SD-4, o SD-5 e o SD-6, modelo que AVIAÇÃO A aeronave 14 Bis sendo transportada para o seu vôo inaugural rendeu a Santos Dumont o prêmio Deustch Dela Meurther pela realização do que, até aquele momento, era uma das grandes façanhas aéreas da Humanidade. A bordo do SD-6, Santos Dumont saiu do chão e fez o percurso de Saint-Cloud, onde tinha seu hangar, à Torre Eiffel, contornandoa e voltando ao ponto de origem em menos de 30 minutos. Com o mesmo aparelho, ele sofreria outro acidente, em 1902. Vários modelos se seguiram até que Santos Dumont chegou ao SD14, quando, então, fez a experiência de amarrar à aeronave um aeroplano com asas, sem balão e equipado com o motor a gasolina. Nascia o 14 Bis. O conjunto, no entanto, não levantou vôo. Ele tentou até usar um burro como força de tração para quebrar a inércia, mas não teve sucesso. Em setembro de 1906, procedeu algumas modificações no aparelho, que já tinha, então, 10 metros de comprimento e era dotado de um motor Antoinette a gasolina, de 16 cilindros e 24 cv de potência. O 14 Bis voou 60 metros a uma altura de dois a três metros. A vibração francesa foi tanta que se esqueceram de cronometrar o vôo. Cerca de um mês depois, em 23 de outubro, com outras modificações – a aeronave passou a ser dotada agora com um motor de 50 cv e estrutura de 220kg – o grande momento. Após deslizar sob pneus de bicicleta por cerca de 200 metros na pista do campo de Bagatelle, Santos Dumont acionou uma hélice atrás da sua cadeira de piloto e se elevou do solo para entrar na História. Foi um vôo baixo visto por diversos curiosos entre os quais integrantes da comissão do aeroclube da França, que registrou o evento e deu o prêmio “Taça Archdeacon”, além de construir em sua sede um monumento em homenagem a este pequeno grande brasileiro. Depois do sucesso deste vôo, ele construiu o SD-15 e em seguida o Demoiselle ou Libelluce, feito de bam- bu e seda, pensando 100kg, com motor de 30HP e que atingiu a velocidade de 96km/h. Este foi seu último aeroplano. Em 1910, ele parou de voar. Além do avião, o genial Santos Dumont criou o relógio de pulso, a regulagem de temperatura em chuveiros, o uso de rodas nas portas, o ultraleve, o hangar e o aeromodelismo, entre outros. Durante anos, Santos Dumont lutou para que seu maior invento não fosse utilizado com fins bélicos. Em 1926, enviou uma carta ao embaixador do Brasil na Sociedade das Nações (entidade precursora da ONU) solicitando que os aviões não fossem mais usados em bombardeios. Santos Dumont suicidou-se no dia 23 de julho. Deixou para a Humanidade a possibilidade de se ver as coisas belas da vida lá do alto. CONTATOS BR Erica Saião [email protected] – (21) 3876-4149 SOLUÇÕES 15 AVIAÇÃO QUALIDADE NAS ALTURAS A Petrobras Distribuidora é o habitat natural da eficiência. É o que comprova a 17ª avaliação do Sistema de Garantia de Qualidade do querosene de aviação (SGQ). Realizada anualmente, a auditoria consiste na análise do produto desde o refino até a chegada ao cliente. De acordo com a auditoria, as unidades da Petrobras Distribuidora atingiram plenamente o índice de conformidade exigido. 16 SOLUÇÕES AVIAÇÃO O SGQ é realizado desde 1987 em todas as refinarias, bases e aeroportos em que a BR Aviation está presente. Em parceria com o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), na Ilha do Fundão (RJ), técnicos independentes monitoram tanques de armazenagens, filtros, querodutos, caminhões-tanques, procedimentos operacionais e análises de qualidade em amostras coletadas nos depósitos dos aeroportos. O objetivo é garantir que o combustível entregue aos clientes esteja dentro dos padrões BR e das normas internacionais. “O aprimoramento dos padrões e dos procedimentos é uma obsessão da BR, sempre em busca da qualidade e da eficiência”, afirma Pedro Caldas, gerente de Produtos de Aviação (GPA). A preocupação da GPA se estende também aos clientes e a todos os revendedores. Técnicos da BR realizam visitas periódicas às instalações em aeroportos para analisar as condições de armazenamento e manuseio do querosene. Outro item verificado é a qualificação de pessoal. “Temos a preocupação de orientar e capacitar regularmente os operadores dos equipamentos em aeroportos. Além da qualidade do atendimento, estamos falando também de segurança”, diz o gerente de Operações e Padrões de Aviação (Gopa), Walter Cavalcanti Neves. O treinamento adequado dos funcionários evita desperdícios e acidentes. “Nossos profissionais estão aptos a monitorar todo o funcionamento dos equipamentos, de forma a impedir a ocorrência de vazamentos de com- Walter Cavalcanti Neves, gerente de Operações e Padrões de Aviação (Gopa) bustível. Este cuidado é primordial para a preservação do meio ambiente. Além disso, acidentes representam custos”, afirma o gerente de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS), Luiz Henrique Perez de Almeida. ANÚNCIO A GPA está realizando uma campanha de divulgação do SGQ. Anúncios nas principais revistas especializadas, banners nos aeroportos, bonés e bottons para os operadores, dentre outras ações, englobam essa campanha. “Nossos clientes já estão habituados ao padrão de qualidade da BR. O que pretendemos com a campanha é conferir transparência de todo o processo que a companhia realiza para garantir esse padrão de qualidade com eficiência e segurança”, explica Erica Saião, gerente de Planejamento e Suporte a Gestão de Aviação. Até o fim do ano, as instalações da BR Aviation em aeroportos paraguaios e uruguaios também passarão pela mesma avaliação. No Uruguai, a companhia está presente no Aeroporto de Montevidéu; no Paraguai, atua em Assunção, Ciudad del Eeste e Mariscal Stygaribia. A BR soma 55% de market share do querosene de avião no Brasil, o equivalente a 192 milhões de litros vendidos mensalmente. No Uruguai e Paraguai, detém, respectivamente, 40% e 90% das vendas. CONTATOS BR Pedro Caldas [email protected] – (21) 3876-4149 Erica Saião [email protected] – (21) 3876-4149 Walter Neves [email protected] – (21) 3876-4492 Luiz Henrique [email protected] – (21) 3876-4497 PEDRO CALDAS PEREIRA é o titular da Gerência de Produtos de Aviação, cuja missão é distribuir produtos de aviação Petrobras, atuando nos serviços de abastecimento de aeronaves e atividades correlatas. A unidade tem como objetivo garantir a satisfação dos consumidores, com competitividade, rentabilidade e responsabilidade social. ([email protected]) SOLUÇÕES 17 GRANDES CONSUMIDORES Ônibus da Viação Salineiras é abastecido com biodiesel 18 SOLUÇÕES GRANDES CONSUMIDORES BIODIESEL MOVE O BRASIL O biodiesel é uma realidade no Brasil e um compromisso da Petrobras Distribuidora com seus clientes. Graças a um enorme tour de force, envolvendo diversas gerências, a BR vem ampliando em larga escala as vendas do B2 – mistura de 2% de biodiesel ao óleo diesel. Até o fim do ano, o volume comercializado deverá chegar a cerca de um bilhão de litros/mês. SOLUÇÕES 19 GRANDES CONSUMIDORES D iariamente, cerca de 30 novos clientes procuram a BR interessados em iniciar a compra do biodiesel. A explosão de demanda tem causado uma mobilização dentro da companhia. “Estamos adequando nossa estrutura logística para o fornecimento do biodiesel a nossos clientes espalhados em todo o país”, afirma Andurte de Barros Duarte Filho, gerente executivo de Grandes Consumidores. Até o fim do ano, 50 das 60 bases da empresa em todo o Brasil es- biodiesel. A entidade garante que a adição de 2% do produto ao óleo diesel, o B2, como é conhecido, não oferece qualquer problema aos veículos nem interfere nas garantias dadas originalmente pelas montadoras. Espera-se para os próximos meses uma demanda ainda maior. REGIÃO SUDESTE Na Região Sudeste, a Braspress é uma das mais novas compradoras do biodiesel. A tradicional companhia de encomendas urgentes do MAIS DE 1,5 MIL CLIENTES DA ÁREA DE TRANSPORTES COMPRAM BIODIESEL DA PETROBRAS DISTRIBUIDORA tarão adaptadas para distribuir o biodiesel a Grandes Consumidores e aos postos da Rede BR. “A BR tem se empenhado no atendimento a essa nova realidade de mercado”, diz Andurte. “O biodiesel está se transformando em uma febre. Atualmente, distribuímos o produto a mais de 1.500 clientes através de nossa força de vendas, que está preparada para fornecer todas as informações necessárias sobre o produto”, explica o gerente de Marketing de Transportes, Gustavo Timbó. A maior parte da demanda vem de transportadoras de cargas e de passageiros. O monitoramento da qualidade do biodiesel tem sido realizado através do Programa de Olho no Combustível, garantindo o atendimento às especificações do produto definidas pela ANP e a mesma qualidade dos demais produtos comercializados pela Petrobras Distribuidora. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também tem manifestado seu apoio ao 20 SOLUÇÕES Estado de São Paulo passou a utilizar o produto em toda a sua frota de 782 caminhões. No dia do abastecimento inaugural, 17 de julho, foi realizada uma cerimônia com a presença do gerente regional da BR em São Paulo, Roberto Jorge Rodrigues, e os gerentes Claudionor Norberto de Oliveira e Vagner Contensini. O diretor-presidente da Braspress, Urubatan Helou, ressalta a preocupação da empresa com a preservação ambiental. “O novo combustível é produzido com óleos vegetais extraídos da soja, palma e mamona entre outros. Seu uso vai reduzir a emissão de gases que contribuem para o aquecimento global e o efeito estufa”, afirma Helou. A empresa fixou em seus caminhões adesivos alusivos à campanha para o uso do biodiesel. A Braspress vai consumir cerca de 500 mil litros de biodiesel ao mês. Já a Ouro Verde, uma das maiores empresas de transportes da região de Campinas, iniciou os testes com o biodiesel em abril passado e decidiu abastecer seus 600 ônibus com o novo combustível. Segundo o gerente de transportes da empresa, Marcos Pablos, a decisão de adotar o produto está diretamente ligada à menor emissão de poluentes. “Nos- Roberto Jorge Robrigues, gerente regional da BR em São Paulo, e Urubatan Helou, diretor-presidente da Braspress, na cerimônia inaugural de abastecimento de biodiesel GRANDES CONSUMIDORES Palestra em Goiânia reuniu diversos empresários do setor de transportes, interessados em obter mais informações sobre o biodiesel sos clientes também têm uma grande preocupação com o meio ambiente, o que estimulou a opção pelo biodiesel.” Criada há 55 anos, a Ouro Verde atua no transporte de passageiros e de carga. Opera também nos segmentos de frete e turismo. Já encomendou à BR 1,5 milhão de litros de biodiesel. Ainda na Região Sudeste, outra empresa que aderiu ao novo combustível foi a Viação Teresópolis, sediada no Rio. O produto já está sendo usado em toda a frota – composta por 84 ônibus –, que atende ao transporte de passageiros em linhas intermunicipais e interestaduais. “Estamos usando o biodiesel há pouco tempo, mas já foi possível perceber seus efeitos positivos no que diz respeito à emissão de gases poluentes”, afirma Marco Antônio Freitas, um dos proprietários da companhia. Em outro front, a BR abastecerá com biodiesel 100% da frota das empresas de transporte coletivo Salineira, Montes Brancos e São Pedro, que atendem a Região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro. No total, são 177 ônibus, que receberão cerca de 500 metros cúbicos do produto por mês. “A Petrobras Distribuidora tem certeza de que, juntamente com seus parceiros, está no rumo certo ao investir em fontes renováveis de energia, que geram benefícios tecnológicos, sociais e ambientais para o país”, afirma Alcides Martins, gerente-executivo de Biocombustíveis e Novos Negócios. REGIÃO CENTRO-OESTE O aumento da demanda pelo produto tem sido acompanhado de uma crescente procura por informações relativas ao biodiesel. Em julho, a BR promoveu palestra em Goiânia, com a presença de diversos convidados, entre empresários dos segmentos industrial, de usinas de álcool e transportes de carga e de passageiros de Goiás, Tocantins e do Distrito Federal. Os principais temas foram a dinâmica da produção, a comercialização e as utilizações do produto. O interesse por informações entre os empresários da região é proporcional ao desempenho comercial da BR. “Não poderíamos ficar fora de um programa capaz de reduzir a poluição do ar, gerar empregos e consolidar o Brasil como o grande centro mundial produtor de energia renovável”, afirma o diretor da Real Expresso, Antônio Marcos Del Isola. A companhia, sediada em Brasília, tem 300 ônibus, todos abastecidos com o combustível. Outra empresa da região que consome biodiesel é a Metrobus Transporte Coletivo, de Goiânia. Seus 115 ônibus já circulam pelo Eixo Anhangüera com o novo pro- SOLUÇÕES 21 GRANDES CONSUMIDORES duto, consumindo cerca de 350 mil litros de combustível por mês. O diretor administrativo da companhia, Manoel Naves de Oliveira, ressalta que o programa de energia renovável só tem a gerar benefícios ao país. “O país não pode deixar de aproveitar seu enorme potencial agrícola e tecnológico para produzir biodiesel. O mundo todo clama pela ampliação das fontes sustentáveis de geração de energia.” REGIÃO SUL O biodiesel já faz parte do setor de transportes em todos os cantos do Brasil. Na Região Sul, um dos principais compradores é o Grupo Unesul. Um dos maiores clientes da Petrobras Distribuidora entre as transportadoras gaúchas, a empresa foi pioneira na adesão ao programa de biodiesel no estado. Parceira do Sistema Petrobras desde 1971, antes mesmo da criação da BR, a Unesul fez seu primeiro abastecimento com o novo combustível em julho. Foi atendida pelo terminal da BR em Canoas. Todos os seus 522 ônibus serão abastecidos com o combustível renovável. Em média, a companhia roda 140 mil quilômetros por dia, transportando cerca de 30 mil passageiros. O diretor-presidente do Grupo Unesul, Belmiro Zaffari, fez questão de acompanhar o primeiro abastecimento com biodiesel, na sede da empresa, em Porto Alegre. “A opção por biodiesel demonstra aos nossos clientes e à população em geral a preocupação da companhia com o meio ambiente. Temos de cuidar do planeta para as gerações futuras”, afirma Zaffari. O empresário dirige uma companhia criada em 1964, com mais de 1.800 funcionários. A Primeiro abastecimento de biodiesel em um ônibus da Ouro Verde 22 SOLUÇÕES Unesul atua no transporte intermunicipal e interestadual de passageiros nos três estados da Região Sul, além de Mato Grosso do Sul. Está presente também no Uruguai. Consome cerca de 1,2 milhão de litros de combustível por mês. Além da preocupação com o meio ambiente, Zaffari espera um melhor desempenho das peças do motor de seus veículos. “O biodiesel não contém enxofre. A gente percebe a diferença a olho nu. A fumaça eliminada pelos veículos é muito mais clara.” Zaffari revela que diversos outros empresários do ramo de transportes têm demonstrado muita curiosidade acerca do uso do biodiesel. “Muitos colegas vêm me pedindo informações. Chegamos até a confeccionar um encarte explicando os motivos que nos levaram a GRANDES CONSUMIDORES O MUNDO INVESTE NO BIODIESEL BRASILEIRO O biodiesel está transformando o Brasil. É crescente o número de projetos no setor. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) indicam que nos próximos três anos serão movimentados mais de R$ 4 bilhões na compra de máquinas e equipamentos para a instalação de usinas. Com base nos empreendimentos em estudos, o Brasil deverá chegar a 2009 com uma produção em torno de 2,4 bilhões de litros de biodiesel por ano. Os investimentos vêm de todos os lados e de todas as nacionalidades. A norte-americana ADM está montando uma usina de biodiesel em Rondonópolis (MT), um investimento em torno de US$ 35 milhões. A usina terá capacidade para produzir 180 milhões de litros por ano. A francesa Dagris planeja construir uma planta de processamento de caroço de algodão na Bahia, ao custo de 30 milhões de utilizar o combustível renovável. Este material foi entregue a todos os nossos motoristas.” Na Região Sul, o biodiesel tem sido constantemente divulgado em feiras e exposições, como a 8ª Transpo-Sul, realizada nos dias 6, 7 e 8 de julho em Bento Gonçalves (RS). Na ocasião, 15 mil pessoas, entre elas o governador Germano Rigotto, puderam conferir as novidades dos 60 expositores (fabricantes de caminhões, pneus, implementos rodoviários, encarroçadores de ônibus, distribuidores de combustíveis), e as mais modernas tecnologias de comunicação veicular, monitoramento de euros. O grupo planeja ainda instalar outra unidade, esta na Região Metropolitana de Salvador. No total, a meta dos franceses é atingir uma produção anual de 250 milhões de litros do combustível. A também francesa Louis Dreyfus também já divulgou o interesse em investir na produção de biodiesel no Brasil. Grupos da Espanha, Portugal, Itália e Estados Unidos também estão analisando a possibilidade de abrir usinas de biodiesel no Brasil. O frigorífico brasileiro Bertin, por sua vez, anunciou o desembolso de R$ 40 milhões para a montagem de uma unidade de biodiesel na cidade de Lins (SP). Os investimentos deverão crescer graças ao apoio dos bancos federais. O BNDES já aprovou o financiamento para a construção de três usinas de biodiesel e analisa pedidos para outras linhas de crédito. O Banco do Brasil avalia 18 caminhões por satélite, entre outros. O evento foi organizado pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Carga do Rio Grande do Sul (SETCERGS) e é o maior do setor no Sul do país. REGIÃO NORDESTE As transportadoras nordestinas têm seguido também essa nova tendência de mercado. A cada dia, novas empresas passam a abastecer sua frota com o sumo da terra. Uma das mais recentes é a Rafer Transportes, de Salvador, que atua nos segmentos de transporte de resíduos, cargas e mudanças. “Estamos solicitações de financiamento para a implantação de unidades de biodiesel, em um valor total em torno dos R$ 117 milhões. O boom do mercado de biodiesel tem não apenas gerado um novo tipo de energia para o Brasil, mas também impulsionado os negócios das empresas envolvidas no setor. A Brasil Ecodiesel deverá ser a primeira produtora do combustível a lançar ações em Bolsa. No fim de agosto, a companhia deu entrada com o pedido de registro inicial na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Estão em análise duas ofertas – uma para emissão primária e outra secundária, com a venda de participação dos atuais acionistas. Constituída em 2003, por conta do Programa Nacional de Biodiesel lançado pelo governo Federal, a empresa produz por dia cerca de 90 mil litros de biodiesel a partir do processamento de mamona. nos adaptando bem ao novo produto. Esperamos estender a adoção do combustível a todos os nossos veículos”, declara Antônio Adelmar Almeida de Freitas, um dos sócios da Rafer. O biodiesel já faz parte da realidade de diversas empresas da região, principalmente no Ceará, Bahia e Pernambuco onde foram disponibilizadas as primeiras bases da BR com biodiesel na Região Nordeste. CONTATOS BR Andurte de Barros [email protected] – (21) 3876-4083 Gustavo Timbó [email protected] – (21) 3876-1190 SOLUÇÕES 23 GRANDES CONSUMIDORES PONTA NEGRA LEVA MAIS ENERGIA PARA A REGIÃO NORTE A Petrobras Distribuidora deu mais uma valiosa contribuição para o aumento da oferta de energia elétrica na Região Norte através do investimento em instalações de armazenagem de combustíveis para cinco novas termelétricas na cidade de Manaus. Uma delas é a Usina Termelétrica Ponta Negra, construída pelo consórcio Gera, e localizada às margens do Rio Negro. A geradora vai fornecer 60MW de energia para a Região Metropolitana de Manaus. A UTE Ponta Negra é movida a óleo combustível e tem capacidade para atender a uma cidade com cerca de 200 mil habitantes. A BR instalou os três tanques de combustíveis na UTE Ponta Negra 24 SOLUÇÕES C om mais esta operação, coordenada pela Gerência de Grandes Consumidores (GGC), a BR confirma o esforço integrado de todas as suas gerências para fomentar o desenvolvimento econômico e social do Norte do país, por meio da maior produção de energia, uma notória carência daquela região. “A companhia tem negociado com as empresas vencedoras dos leilões de energia contratos para fornecimento de combustíveis, que incluem a construção de instalações para armazenagem e suprimento de combustíveis e lubrificantes ”, diz Jorge Celestino, gerente de Marketing de Indústrias e Térmicas. Por intermédio de sua coligada Breitener, a BR tem duas usinas termelétricas em Manaus: UTE Tambaqui e UTE Jaraqui. Ambas são movidas a óleo combustível e geram 60MW a cada uma. A companhia também está associada à UTE Manauara, que entrou em operação em setembro. Todas elas passarão a usar gás natural quando o gasoduto de Urucu estiver pronto, em 2008. O pipeline transportará 10 milhões de metros cúbicos de gás por 650 quilômetros até Manaus, beneficiando o pólo industrial local, que representa 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas. “A BR está investindo cerca de R$ 70 milhões em melhorias na infra-estrutura logística para fornecimento de combustíveis na região. Os recursos serão destinados para a modernização dos píeres da Manaus Energia (Mauazinho e Aparecida), além da tancagem das cinco novas térmicas. A empresa também será responsável pelo fornecimento de combustível e pelas instalações de tancagem da UTE Cristiano da Rocha, do consórcio Rio Amazonas Energia”, afirma Jorge Celestino. Regina Ozorio, gerente de Engenharia da BR Na UTE Ponta Negra, a BR instalou três tanques para óleo combustível, cada um com capacidade de 900 metros cúbicos, dois para óleo diesel, cada um com 300 metros cúbicos, e um de água. Além disso, construiu o prédio da administração e os sistemas de iluminação e de com a da termelétrica. Graças ao esforço de todos os envolvidos no projeto, o cronograma foi rigorosamente cumprido”, explica Regina Ozorio, gerente de Engenharia da BR. Os 200 operários que trabalharam na usina de Ponta Negra tiveram de enfrentar chuvas recorren- A BR INVESTIRÁ R$ 70 MILHÕES NA DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS ÀS TÉRMICAS DA REGIÃO NORTE combate a incêndio. Tudo em um prazo de 120 dias. “A GGC negociou todos os contratos. Nossa área ficou responsável pela elaboração do projeto, realização das licitações, construção dos prédios e instalação dos equipamentos. Nossa maior preocupação foi executar todo os serviços no prazo estimado. Afinal, a entrada em funcionamento da usina dependia das obras de infra-estrutura. Nosso cronograma esteve sempre interligado tes, que formavam lamaçais nas vias de acesso. “Esta é a característica climática da Amazônia. Ou temos muita chuva ou um clima seco demais, que, por vezes, reduz o nível de água nos rios e impede a navegação fluvial”, diz Regina. DEMANDA O aumento da demanda por energia na Região Norte é crescente, resultado do desenvolvimento econômico e do aumento demográfico. SOLUÇÕES 25 GRANDES CONSUMIDORES Com uma população estimada em 1,6 milhão de habitantes, Manaus teve, nos últimos anos, um crescimento demográfico médio acima dos 2% – a média nacional está em torno de 1,3%. A cidade vem recebendo novos investimentos tanto no setor produtivo quanto na área social, com forte impacto nos principais indicadores de desenvolvimento humano. Segundo dados da prefeitura, a taxa de mortalidade infantil caiu para 22,7 mortes em cada mil crianças nascidas vivas, abaixo do índice considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – 32 mortes por mil nascimentos. A média nacional, por exemplo, é de 29,2 óbitos/mil. Na área econômica, os principais investimentos vêm das empresas de tecnologia. No momento, a região disputa com Rio de Janeiro e Minas Gerais a instalação de uma fábrica para conversores de TV digital, um mercado estimado em quase R$ 10 bilhões nos próximos anos. A Petrobras Distribuidora já havia identificado a Região Norte como um novo filão para investimentos atuando em conjunto com diversas empresas. Afinal, as previsões de crescimento são de 10% na demanda de energia, onde a dependência de térmicas que não estão interligadas é grande. Mais de 80% da eletricidade consumida são gerados por essas usinas. CONTATOS BR Jorge Celestino [email protected] – (21) 3876-2084 Regina Ozório [email protected] – (21) 3876-4077 EM GOTAS A BR foi homenageada em duas categorias do prêmio “Preferência do Transporte-2006”, organizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), no dia 24 de agosto, em Porto Alegre: Melhor Óleo Lubrificante e, pela primeira vez, Melhor Distribuidor de Petróleo. O evento, promovido desde 1994, marcou as comemorações pelos 47 anos do Setcergs. A BR, representada pela GRCSUL, foi apontada como “um dos fornecedores que trabalham em busca da qualidade e do crescimento do Transporte Rodoviário de Carga e Logística do Estado do Rio Grande do Sul”. A GRCSUL, aliás, tem outro bom motivo para comemorar: em julho, a BR retomou a liderança geral no mercado consumidor nos três estados da Região Sul, segundo dados do Sindicom. ANDURTE DE BARROS DUARTE FILHO é o titular da Gerência de Grandes Consumidores, que tem como objetivo ser líder na comercialização de combustíveis e lubrificantes no mercado. A unidade destaca-se pela excelência na qualidade de produtos e serviços a clientes. A gerência tem como compromisso se antecipar às mudanças no perfil energético brasileiro e assegurar, de forma sustentável, um retorno adequado aos investimentos. ([email protected]) 26 SOLUÇÕES PRODUTOS QUÍMICOS LINHA EVOLUA SEU CARRO MERECE O MELHOR TRATAMENTO A família de produtos da BR ficou ainda maior. A Petrobras Distribuidora lançou a Linha Evolua, de limpeza e conservação de veículos. São seis produtos: cera pastosa e cremosa, limpa-painel, silicone para pneus, limpa-vidros e lava-carros. “ E m um projeto que mobilizou duas diretorias comerciais – Rede de Postos de Serviço (DRPS) e Mercado Consumidor (DMCO) – a BR fez o lançamento de sua campanha de endomarketing em julho, com a finalidade de apresentar os produtos da nova linha ao público interno do Sistema Petrobras. A distribuição nos postos de serviço foi iniciada em agosto. Na primeira fase do projeto, serão focalizadas as vendas nos postos de serviço. Em uma segunda etapa, será a vez de outros canais de revenda, como supermercados, lojas de autopeças e centros automotivos”, explica o coordenador de Lu- brificantes da Gerência de Marketing de Produtos da área automotiva, Marcelo Roma. A Linha Evolua é resultado de uma parceria entre a BR e a multinacional Dow Corning, líder mundial em insumos químicos à base de silicone, componente fundamental na formulação dos novos pro- SOLUÇÕES 27 PRODUTOS QUÍMICOS dutos. “Três pontos foram decisivos para o lançamento da Linha Evolua. O primeiro deles foi a complementaridade ao portfólio de produtos da BR. Além disso, pudemos aproveitar o canal de distribuição e a logística já existentes, formados pelos postos de serviço, além da possibilidade de entrega compartilhada com os produtos lubrifi- Os produtos da Linha Evolua são classificados como premium, já que a matéria-prima utilizada é de alta qualidade, possibilitando ótimo desempenho. “Para oferecer aos consumidores uma nova proposta de valor, a Petrobras Distribuidora desenvolveu uma linha de produtos com formulação diferenciada, utilizando solventes ecológicos, de fácil aplica- OS PRODUTOS DA LINHA EVOLUA SÃO CLASSIFICADOS COMO PREMIUM, DEVIDO AO SEU ALTO DESEMPENHO cantes, realizada pela GEI. Por fim, outro motivo importante para o desenvolvimento da linha foi o fortalecimento da nossa parceria com a Dow Corning”, afirma o gerente de Marketing de Produtos Químicos, Luiz Claudio Mandarino. Luiz Claudio Mandarino e Marcelo Roma 28 SOLUÇÕES ção e aroma agradável, bem como alto rendimento, diz Luiz Claudio. O nome Evolua foi escolhido a partir de uma pesquisa de opinião coordenada pela Gerência de Comunicação (GCO). Foram ouvidos grupos de consumidores de produ- tos de limpeza e conservação de veículos, que ajudaram a companhia não apenas a batizar a nova linha como a definir especificações do produto e a campanha de lançamento. O público-alvo dos novos produtos é constituído por automobilistas do sexo masculino, preocupados com a limpeza e a manutenção dos seus veículos. Para desenvolver a marca Evolua, a Petrobras contratou um escritório especializado em branding, que avaliou diversas possibilidades de identidade visual até chegar ao conceito final. “O objetivo principal do lançamento é substituir os produtos concorrentes, comercializados em nossos postos, oferecendo opções de produtos com a marca Petrobras para manutenção e conservação de veículos. Nossa marca é o principal diferencial.”, diz Marcelo Roma. Importante parceira da BR, nota- PRODUTOS QUÍMICOS damente na área química, a Dow Corning aposta na rápida consolidação da Linha Evolua como uma das mais comercializadas linhas de conservantes automotivos do mercado brasileiro. “Estamos oferecendo ao consumidor produtos de grande qualidade e desenvolvidos dentro das mais inovadoras especificidades. Certamente, será mais um capítulo de sucesso da parceria entre a Dow e a BR. Ambas têm em comum o fato de serem provedoras de soluções para seus clientes”, diz Henrique Cazaroto, da Dow, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da Linha Evolua. A Dow tem uma fábrica em São Paulo, que atende a diversas regiões do Brasil e também a outros países da América do Sul. Seu Laboratório de Aplicações, localizado em Hortolândia (SP), oferece assessoria técnica aos clientes nas áreas de alimentos, têxtil, papel e celulose, antiespumantes, aditivos, cosméticos, óleo e gás, construção, lubrificantes, além de treinamento especializado. “A Dow Corning tem um histórico exemplar no Brasil, tanto na inovação tecnológica quanto na atenção com as normas de saúde, segurança e respeito ao meio ambiente, fundamental na indústria química. A Dow foi recentemente incluída na lista das cem melhores empresas para se trabalhar no Brasil, formulada pela revista Época, um motivo de muito orgulho para todos na corporação”, declara Henrique. PROMOÇÃO Uma promoção na intranet marcou o lançamento da Linha Evolua. A BR sorteou 200 kits entre os 15 mil funcionários do Sistema Petrobras que se inscreveram no concurso. “Não poderíamos oferecer os produtos para o mercado sem que nos- LINHA EVOLUA CERA PASTOSA Acondicionada em caixas de 24 unidades de 200g em latas metálicas, contém solvente ecológico e sem odor, característica que torna o produto menos tóxico e com aroma agradável. Facilita a remoção de sujeiras e gorduras, protegendo a pintura do veículo de forma eficiente. Não é necessário esperar a cera secar. CERA CREMOSA Comercializada em caixas com 12 unidades de 250ml em frascos plásticos. Formulada e balanceada com fluidos de silicone e carnaúba, com odor cítrico, proporciona excelente brilho com prolongada duração. LIMPA-PAINEL Distribuído em caixas de 12 unidades de 250ml em frascos plásticos. Produto à base de silicone, usado especificamente para proteger as partes internas do carro, bem como pneus e borrachões. Não deixa as partes plásticas ressecadas ou manchadas, não engordurando a superfície, possuindo fragrância exclusiva. LIMPA-VIDROS Oferecido em caixas com 24 unidades de 100ml em frascos plásticos. A eficácia da limpeza é garantida pela concentração de detergente. É usado no reservatório do limpador do pára-brisa. Por ser um produto one-way, garante praticidade, evitando armazenamento inadequado e vazamentos. LAVA-CARRO Comercializado em caixas de 12 unidades de 250ml, em frascos plásticos. É um shampoo neutro, de alta performance. Apresenta um teor de ativos elevado, oferecendo uma alta capacidade de limpeza, podendo ser aplicado em qualquer tipo de pintura automotiva. SILICONE PARA PNEUS As caixas contêm 24 unidades de 100ml em frascos plásticos. Rejuvenesce, dá brilho e protege as partes emborrachadas. Permite a limpeza dos pneus, garantindo impermeabilização e conservação. sos funcionários tivessem conhecimento da Linha Evolua. Por isso, revolvemos fazer a promoção. Distribuímos também kits para os 257 assessores comerciais da rede de postos Petrobras. Além disso, a divulgação de anúncios em revistas especializadas e a participação em even- tos ligados ao setor automotivo fazem parte da estratégia de divulgação da nova linha”, explica Luiz Claudio. CONTATOS BR Luiz Claudio Mandarino [email protected] – (21) 3876-2320 Marcelo Roma [email protected] – (21) 3876-4292 SOLUÇÕES 29 PRODUTOS QUÍMICOS 30 SOLUÇÕES PRODUTOS QUÍMICOS PARAFINA É O MAIS NOVO BLOCKBUSTER DA BR SOLUÇÕES 31 PRODUTOS QUÍMICOS A Petrobras Distribuidora assina mais um case na distribuição de derivados de petróleo. Sua participação no mercado de parafinas saltou de 9%, em 2005, para 20%, em julho 2006. A expectativa é de que, até o fim do ano, a empresa alcance 30% de market share, movimentando um volume equivalente a 35 mil toneladas. Estes números expressivos não -Ainda assim, mantivemos as negociações diretas com algumas indústrias. Desta forma, conseguimos uma amplitude comercial bem maior. Além disso, reduzimos consideravelmente nossos estoques e zeramos a inadimplência do negócio parafinas”, explica a gerente de Produtos para Química Fina, Viviane Salathé. Outro fator fundamental foi a maior integração das estruturas do EM POUCO MAIS DE UM ANO, O MARKET SHARE DA BR NO MERCADO DE PARAFINAS PASSOU DE 9% PARA 20% caíram do céu. São resultado das mudanças na estratégia comercial, adotadas pela Gerência de Produtos Químicos (GPQ) em 2004. Há cerca dois anos, a BR vinha perdendo espaço para a concorrência no mercado de parafinas. Então, decidiu reestruturar sua forma de atuação no setor. “Passamos a utilizar uma rede de revendedores para comercializar nossos produtos, o que deu maior capilaridade ao negócio. Sistema Petrobras, que permitiu o aperfeiçoamento do sistema de logística e, consequentemente, do atendimento ao cliente. O Sistema passou a ter uma estratégia comercial e de marketing unificada. “Hoje, nossas diretrizes comerciais são definidas apenas depois do pleno conhecimento de todos os profissionais das empresas da Petrobras envolvidos na operação. A padronização dos processos é uma tendência inexorá- vel no Grupo Petrobras, o que tem gerado enormes benefícios para todas as subsidiárias e seus respectivos clientes”, diz Viviane. A parafina fabricada pela Petrobras sai de duas refinarias: a Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, responsável por 70% da produção, e a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). O insumo é usado nas indústrias alimentícia e de papel, serve para fabricação de moldes dentários e aglomerados e, sobretudo, para a fabricação de velas. A Petrobras fornece o produto na modalidade líquida e em tabletes para diversas distribuidoras, a principal delas é a própria BR. Os preços e a qualidade dos produtos são idênticos para todas. “Nosso diferencial é a integração tecnológica com a Petrobras. Com a ajuda dos técnicos do Cenpes, e também dos parceiros tecnológicos, trabalhamos conjuntamente para o desenvolvimento de parafinas com maior valor agregado (emulsões, blends etc.), de forma a diversificar nossos nichos de atuação”, explica o gerente de Marketing de Produtos Químicos, Luiz Claudio Mandarino Freire. A UM PASSO DO CLIENTE Viviane Salathé, gerente de Produtos para Química Fina 32 SOLUÇÕES Ao reestruturar a área comercial para a venda de parafinas, a GPQ se aproximou ainda mais de seus clientes. Passou também a participar dos principais eventos deste mercado. Neste ano, os profissionais da empresa estiveram presentes ao Waop, em Angra dos Reis, que reuniu a área de operações e logística das refinarias. Outro importante evento foi o Seminário de Parafinas, em Rio das Ostras, onde foram discutidas estratégias comerciais e de desenvolvimento tecnológico para o setor. A GPQ, através de seus revendedores, marcou presença ain- PRODUTOS QUÍMICOS Da esquerda para a direita: José Antônio de Almeida Rocha, Apoio Comercial e Logístico da Gerência de Produtos para Química Fina; Márcio Gheventer, coordenador de Desenvolvimento de Especialidades Químicas; Melissa Peron de Sá Carneiro, da Gerência de Marketing de Produtos Químicos; Álvaro Pereira Tavares, coordenador de Desenvolvimento de Processos Químicos; Elaine Valentim da Rocha, da Gerência de Marketing e Comercialização de Especiais da Petrobras; Viviane Salathé, gerente de Produtos para Química Fina; Nelson de Queiroz Paim Filho, gerente de Comércio de Produtos Especiais da Petrobras; e Luiz Claudio Mandarino Freire, gerente de Marketing de Produtos Químicos da no Alafave, encontro internacional realizado na Venezuela. Em novembro, participará de evento de âmbito nacional em João Pessoa. “Desta forma, conseguimos mostrar nossos produtos e nos aproximar dos clientes. Desde então, temos mantido um contato constante com consumidores e entidades representativas de diversos setores industriais, como, por exemplo, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Velas (Abrafave)”, afirma Viviane. O gerente de Comércio Interno de Lubrificantes e Parafinas, Nelson Paim, ressalta que o relacionamento entre a Petrobras e a BR evoluiu muito especialmente no entendimento de que os objetivos estratégicos das duas empresas devem ser alinhados. “Conseguimos estabelecer uma relação com alto nível de confiança, fundamental para o cumprimento das nossas metas e para o entendimento das necessidades do mercado.” Neste trabalho, a integração com a Petrobras foi fundamental, revela a assistente técnica de suprimento da Gerência de Planejamento de Marketing e Comercialização de Especiais das Petrobras, Eliane Valentim. Ela conta que a empresa ajudou muito a BR a entender melhor o setor. “Nossa aliança é sinônimo de desenvolvimento técnico, redução de custos e adição de valor aos produtos.” Juntas, Petrobras, BR e parceiros tecnológicos desenvolveram o Parabrax Ozone 32, uma mistura de hidrocarbonetos saturados, que atua como antiozonante em pneus e artefatos de borracha, protegendo-os contra os efeitos oxidantes dos raios solares e do ozônio. O produto já foi aprovado pela Pirelli. CONTATOS BR Viviane Salathé [email protected] – (21) 3876-4650 Luiz Claudio [email protected] – (21) 3876-2320 ANTONIO CARLOS ALVES CALDEIRA é o titular da Gerência de Produtos Químicos, cujo objetivo é distribuir e comercializar produtos químicos, insumos e serviços para a indústria química, petroquímica e de petróleo. A gerência está apta a desenvolver, fabricar ou buscar fontes alternativas de suprimento, quando isto se mostrar necessário. A GPQ tem como compromisso observar os melhores prazos de atendimento e especificações para os clientes, com níveis adequados de rentabilidade. ([email protected]) SOLUÇÕES 33 REDE DE POSTOS 34 SOLUÇÕES REDE DE POSTOS EFICIÊNCIA É O COMBUSTÍVEL DOS POSTOS BR A BR deu a largada no maior programa de qualificação profissional da revenda já realizado por uma distribuidora de derivados de petróleo no país. O Programa Capacidade Máxima, uma parceria da BR com a Universidade Petrobras, tem por objetivo aprimorar a gestão e melhorar o atendimento nos postos de serviço Petrobras e lojas de conveniência BR Mania. O programa foi lançado neste ano nas praças do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife. A expectativa é que, a partir de 2007, seja estendido a todos os mais de 4,5 mil postos Petrobras certificados pelo programa de qualidade De Olho no Combustível, capacitando cerca de 80 mil profissionais. Em uma primeira etapa, estão sendo capacitados os revendedores (donos de postos), gerentes e franqueados (responsáveis pelas lojas de conveniência BR Mania). Eles estão sendo orientados, por exemplo, sobre como elaborar seu próprio plano de negócios ou como promover o recrutamento e seleção de pessoal, dentre outras áreas de gestão. Depois será a vez dos frentistas, dos técnicos de lubrificação e dos promotores de loja. “Jamais foi feito algo desta proporção no setor. Esta iniciativa certa- Palestra de Carlos Vieira no lançamento do programa Capacidade Máxima em Recife SOLUÇÕES 35 REDE DE POSTOS mente vai mexer com todo o mercado, forçando um aumento sistêmico da qualidade. A capacitação abrangerá uma série de serviços”, afirma o gerente de Marketing de Rede de Postos (GMARK), Carlos Vieira. Inicialmente, a BR promoveu seminários de lançamento do programa, durante os quais foram apresentados aos revendedores e franqueados os cursos que já estão dis- poníveis. “A prioridade na escolha dos perfis para o início dos cursos recaiu sobre os revendedores e franqueados porque são eles os responsáveis diretos pelo gerenciamento dos negócios nos postos de serviço. Sem o envolvimento direto deste público, não há como promover a melhoria nos serviços prestados pelos postos”, explica Ana Paula Fernandes, gerente de Qualida- ATÉ 2007, O PROGRAMA DEVERÁ CAPACITAR 80 MIL PROFISSIONAIS DA REDE DE POSTOS BR Frentistas, supervisores e funcionários da BR Mania serão beneficiados pelo Capacidade Máxima 36 SOLUÇÕES de de Atendimento Automotivo (GQAUTO). A elaboração de todo o projeto durou cerca de dois anos e envolveu diversas áreas do Sistema Petrobras, além dos próprios revendedores, franqueados, equipes de postos e consumidores. “Contratamos institutos de pesquisa para realizar um levantamento das opiniões dos consumidores sobre o atendimento prestado nos postos e nas lojas de conveniência”, esclarece Ana Paula. De posse dos dados das pesquisas e de diversos workshops, todas as informações foram reunidas para subsidiar o mapeamento de competências de cada função dentro de um posto de serviço e para a definição do planejamento pedagógico do programa. “Os cursos são voltados para as necessidades específicas do negócio e do mercado. Não há nada parecido no Brasil atualmente. O aluno sai totalmente apto a desempenhar bem sua função dentro dos padrões de qualidade exigidos pela companhia e pelo consumidor automobilista. No caso dos revendedores, fornecemos ferramentas de gestão que os ajudarão a alcançar melhores resultados”, afirma Grace Melo, da GQAUTO e gestora do programa na BR. O evento de lançamento do programa em São Paulo contou com cerca de 80 pessoas. Um dos participantes foi o revendedor Antônio Carlos da Silva. “A partir do programa, toda a minha equipe, composta por 30 funcionários, prestará um serviço ainda mais eficiente para os consumidores. O curso será mais um diferencial da BR em relação à concorrência”, diz Antônio Carlos. No Rio, o revendedor Márcio Saldanha também faz planos a partir do programa de capacitação. “Faremos reuniões com todos os funcio- REDE DE POSTOS Maria Alice Paes, coordenadora didática da Universidade Petrobras, Ana Paula Vieira Fernandes, gerente de Qualidade de Atendimento Automotivo, e Grace Melo, gestora do programa Capacidade Máxima nários para discutir a qualidade do serviço e estreitar o relacionamento com os nossos clientes.” A coordenadora didática da Universidade Petrobras, Maria Alice Paes, destaca a preocupação com a alta rotatividade dos funcionários dos postos de serviço. “As trocas constantes são causadas, muitas vezes, pelo mau recrutamento. No curso Gestão de Pessoas, um dos primeiros módulos oferecidos para o nível gerencial, orientamos sobre como recrutar e selecionar pessoal, inclusive com a descrição do perfil desejado para cada função.” Outra preocupação da coordenação do programa é com a conti- nuidade na aplicação dos conhecimentos adquiridos nos cursos. “Por causa desse problema, identificamos a necessidade de capacitar um outro perfil: o do multiplicador. Esse profissional deve ter facilidade para se comunicar e habilidade para repassar os conteúdos dos cursos aos seus colegas. Estamos desenvolvendo um conjunto de materiais didáticos com todas as informações necessárias para que ele consiga orientar toda a equipe”, explica Maria Alice. Representante da Universidade Petrobras no programa, Maria Alice comenta que a empresa sempre esteve preocupada com a formação e o treinamento de seus funcionários. “A Petrobras trabalha com alta tecnologia. É reconhecida internacionalmente por sua capacidade de explorar petróleo em águas profundas e ultraprofundas. Por isso, está habituada a selecionar profissionais altamente qualificados, uma cultura que se disseminou entre todas as empresas do Sistema Petrobras. E, assim como investe na formação de seus funcionários, a Petrobras também contribui para a capacitação de seus parceiros e fornecedores. A Petrobras é uma das empresas que mais investem em capacitação no mundo. Uma pesquisa realizada anualmente pelas consultorias Cia. de Talentos e LabSSJ, revelou, pelo segundo ano consecutivo, que trabalhar na Petrobras é o sonho da maioria dos universitários”, afirma Maria Alice. CONTATOS BR Carlos Vieira [email protected] – (21) 3876-4022 Ana Paula Fernandes [email protected] – (21) 3876-2680 Grace Melo [email protected] – (21) 3876-0977 Maria Alice [email protected] – (21) 3876-5444 SOLUÇÕES 37 SOLUÇÕES ENERGÉTICAS 38 SOLUÇÕES SOLUÇÕES ENERGÉTICAS ESPÍRITO SANTO CRESCE NA CADÊNCIA DO GÁS O Espírito Santo vai ter mais gás. Até dezembro, a Petrobras vai concluir as obras do gasoduto Cacimba-Vitória. Com 130 quilômetros de expansão, o pipeline permitirá um aumento de três milhões de metros cúbicos por dia no fornecimento do combustível na Região Metropolitana de Vitória. SOLUÇÕES 39 SOLUÇÕES ENERGÉTICAS O Cacimba-Vitória faz parte do complexo da Gasene, que compreende mais dois gasodutos – o Cabiúna-Vitória e o Cacimba-Catu. Quando os três empreendimentos estiverem em operação, a rede transportará cerca de 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia, ligando o Sudeste ao Nordeste. “Enfrentamos diversos contratempos, como o atraso na obra do gasoduto Cacimbas-Vitória e o congelamento e defasagem de 30% nas tarifas de venda do combustível”, explica Frederico Bichara Henriques, gerente de Comercialização de Gás Canalizado, unidade ligada à Gerência de Soluções Energéticas (GSE) da Petrobras Distribuidora. O problema com a tarifa do gás começou em setembro do ano passado, quando a Petrobras reajustou o preço do combustível em 11,8%. A agência reguladora dos serviços públicos de energia do estado do Espírito Santo (ASPE) impediu que se repassasse aos consumidores o aumento 40 SOLUÇÕES do custo. “Naquela época, a nossa margem que já estava sem reajuste desde 2003 praticamente zerou. Essa situação inviabiliza a ampliação do uso gás natural que será produzido no Estado”, diz Frederico Bichara. Para o superintendente da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip), José Brito de Oliveira, o gás natural é fundamental para o Espírito Santo, pois se constitui em um fator de atração de empresas e investimentos. Coordenador de Petróleo do Espírito Santo em Ação, organismo não-governamental que reúne os empresários capixabas, Brito revela que há estudos para a instalação de indústrias de fertilizantes nitrogenados, além da montagem de uma indústria para o aproveitamento da sal-gema, que seria implantada no norte capixaba. O gás é ainda vital para o setor siderúrgico, uma das mais tradicionais atividades econômicas do Espírito Santo. “Já formamos um grupo de trabalho com a própria Petrobras para estudar a viabilidade dos projetos ci- tados, bem como a possibilidade da instalação de uma termelétrica no Norte do Estado, que seria movida a gás. O Espírito Santo é carente de energia, produzindo apenas 20% da eletricidade que consome, e esta usina melhoraria nossa situação neste sentido. Queremos que parte do gás extraído no Espírito Santo seja consumida localmente, gerando riquezas para o estado. Este é o objetivo almejado e perseguido por todos que atuam na atividade de petróleo e gás no Espírito Santo”, diz Brito. ECONOMIA A economia do Espírito Santo é a sétima do país e está em pleno desenvolvimento. O estado tem o maior complexo de pelotização de minério de ferro do mundo. É o maior produtor nacional de placas de aço e de chocolate, além de ser o principal exportador de mármore e granito da América Latina. Na agricultura, é o segundo na produção de mamão e café. O coordenador da Comissão de Energia da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Urbano dos Santos, considera o gás natural estratégico para o desenvolvimento do estado. Segundo ele, o combustível pode fazer a economia capixaba ser mais competitiva. “Precisamos do gás natural o mais rapidamente possível. O combustível é mais barato do que os outros, o que reduzirá o custo de produção de nossas indústrias. Além disso, é um produto limpo, o que traz vantagens para o meio ambiente.” A direção da Vale do Rio Doce, uma das maiores clientes da BR, também ressalta os ganhos ambientais provenientes do uso do gás natural. A companhia tem sete usinas de pelotização na região, que, juntas, produzem cerca de 26 milhões de to- SOLUÇÕES ENERGÉTICAS As obras de construção do gasoduto no trecho entre Cacimba e Vitória deverão ser concluídas em dezembro neladas de pelotas de minério de ferro por ano. Quatro delas funcionam tanto com gás quanto com óleo combustível – admitem até mesmo o uso simultâneo dos dois insumos. Quando o fornecimento é suficiente, essas unidades operam 100% à base de gás. As outras três, cujo sistema de gás foi instalado recentemente, usam apenas óleo, ainda por falta de oferta do outro combustível. A CVRD está construindo mais uma unidade de pelotização, que usará apenas o gás como combustível. O gás será considerado de prioridade um de utilização. Isto signifi- ca que, sem o combustível, a produção será interrompida. Com a nova usina e a modernização das outras unidades, a Vale passará a produzir 36,2 milhões de toneladas de pelotas por ano. “Esperamos resolver a questão da defasagem das tarifas com a maior urgência, pois o importante para o mercado de gás natural se desenvolver é que haja um ambiente de estabilidade regulatória, garantia de suprimento e manutenção da competitividade do produto em cada segmento de mercado”, explica Frederico Bichara. HISTÓRICO A BR recebeu a concessão para a distribuição de gás natural no estado em dezembro de 1993. Desde então, vem trabalhando para a expansão do mercado. No período, a demanda por gás saltou de 400 mil metros cúbicos por dia para 1,3 milhão de metros cúbicos. A BR atende a 4.100 domicílios, 62 estabelecimentos comerciais, 27 indústrias, 23 postos de serviço e 29 mil veículos. CONTATOS BR Frederico Bichara Henriques [email protected] – (27) 3325-0755 ALEXANDRE PENNA RODRIGUES é o titular da Gerência de Soluções Energéticas, cujo objetivo é desenvolver a melhor resposta para a necessidade de energia de cada cliente. A unidade oferece produtos e serviços com alto grau de competitividade, qualidade e confiabilidade, dentro dos padrões adequados de rentabilidade. ([email protected]) SOLUÇÕES 41 ESPORTE MOTOR PETROBRAS IMPULSIONA A DUPLA WILLIAMS E TOYOTA A Petrobras está acelerando a 300 quilômetros por hora rumo a um novo desafio. A partir de 2007, a WilliamsF1 será equipada com motores da Toyota Motorsport, em substituição aos Cosworth usados na atual temporada. O contrato terá duração de três anos. Caberá à Petrobras, parceira da equipe inglesa, fornecer e desenvolver o combustível que alimentará os novos propulsores. 42 SOLUÇÕES ESPORTE MOTOR “ P ara a Petrobras, é um grande desafio e uma satisfação poder trabalhar com um parceiro com as dimensões da Toyota. Precisaremos reiniciar todos os desenvolvimentos até conhecer exatamente o ‘apetite’ do motor Toyota. A nova parceria também vai gerar novas opções de pesquisas e testes”, afirma o engenheiro Rogério Gonçalves, técnico-responsável pelo combustível fornecido à WilliamsF1. A parceria da WilliamsF1 com a Toyota tem um encontro marcado com a inovação. A Petrobras iniciará as pesquisas para a utilização de biocombustíveis na Fórmula 1. A equipe técnica da Petrobras já está fazendo os primeiros contatos com a Toyota para começar o planejamento de testes e fornecimento de gasolina. “A partir de 2008, as equipes serão obrigadas a adicionar em seus combustíveis 5,75% de matérias-primas de origem renovável e os testes serão iniciados imediatamente para podermos ter o melhor produto possível já no primeiro Grande Prêmio da temporada 2007”, explica Gonçalves. O diretor da WilliamsF1, Frank Williams, comentou que “este contrato é a pedra fundamental do desafio da Williams de alcançar o título do Campeonato Mundial”. “A Toyota é um gigante industrial impressionante e marcante que tem uma reputação fenomenal de alcançar as metas que estabelece. Temos orgulho de contar com o suporte da companhia japonesa, que muito contribuirá para nossos esforços de voltarmos à melhor forma competitiva”. EM GOTAS A carreta da Petrobras Distribuidora, que costuma acompanhar as provas da Fórmula Truck, marcou presença pela segunda vez na largada do Rally Internacional dos Sertões. Instalada em Goiânia, local da largada da prova, serviu de espaço para marketing de relacionamento entre os pilotos da equipe Petrobras/Lubrax e clientes das áreas de Grandes Consumidores e de Automotivos da BR. No fim do rally, realizado entre 27 de julho e 4 de agosto, o piloto Jean Azevedo foi o brasileiro mais bem colocado na categoria motos. Ficou na terceira posição. A prova foi vencida pelo francês Cyril Despres, seguido do compatriota David Castou. Na categoria caminhões, a equipe Petrobras Lubrax, formada por André Azevedo, Maykel Bicampeão em 1997 e 1998 e com dez participações na prova, Klever Kolberg terminou em 22º lugar na categoria carros, tendo como co-piloto Eduardo Bampi. Os campeões foram João Antônio Franciosi e Rafael Capoani. Jean Azevedo André Azevedo, Maykel Justo e Ronaldo Pinto Klever Kolberg e Eduardo Bampi Justo e Ronaldo Pinto, terminou em quinto lugar. O trio venceu três etapas da prova. SOLUÇÕES 43 RESPONSABILIDADE SOCIAL OS VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA 44 SOLUÇÕES RESPONSABILIDADE SOCIAL Lançado em 2003, o programa de Voluntariado Petrobras Fome Zero se consolidou como uma das mais bem-sucedidas iniciativas da Petrobras. Mais de 2,3 mil funcionários da empresa de 19 unidades do Sistema Petrobras se engajaram em mais de 40 projetos. SOLUÇÕES 45 RESPONSABILIDADE SOCIAL O Voluntariado Petrobras Fome Zero tem por objetivo promover ações com foco nas seguintes áreas: educação, segurança alimentar, inclusão digital, resgate da cidadania, geração de renda e qualificação profissional. Os voluntários são incentivados a criar novos projetos e formar parcerias também com os diversos setores da sociedade, para que, no futuro, as iniciativas possam se auto-sustentar. “As empresas do Sistema Petrobras são historicamente reconhecidas pelo seu comprometimento com a responsabilidade social e o desen- 46 SOLUÇÕES volvimento sustentável. Este espírito é comungado por todos os empregados. Existe uma tendência crescente de as empresas formarem parcerias com outros setores da sociedade e incentivarem o engajamento de seus colaboradores. A idéia é que a Petrobras e suas subsidiárias venham a se unir para colocar sua tecnologia e seus funcionários à disposição do bem-estar da população”, afirma Milena Lobato, coordenadora de Responsabilidade Social da BR. Coordenado pela Ouvidoria Geral, o Voluntariado Petrobras Fome Zero apóia ações, seguindo a políti- ca de responsabilidade social da companhia. Está integrado ao Programa Petrobras Fome Zero, que até agora investiu mais de R$ 200 milhões em 147 projetos em todos os estados do país. Um dos projetos do Voluntariado é o “Eu que fiz”, que consiste na realização de feiras para a venda de trabalhos artesanais, com arrecadação de donativos para entidades filantrópicas do Rio. Outra iniciativa de grande apelo é o Comitê de Amor à Vida, que desenvolve ações em prol de hospitais e creches, com a distribuição de alimentos e roupas. RESPONSABILIDADE SOCIAL Maracanã, no Rio. Entre os hospitais beneficiados pelo projeto estão o da Posse, de Nova Iguaçu, Antônio Pedro, de Niterói, e Gaffrée e Guinle e Pedro Ernesto, localizados, respectivamente, nos bairros cariocas da Tijuca e de Vila Isabel. O Comitê também apóia a Associação dos Hemofílicos e a creche Casa de Abrigo Cantinho dos Anjos (Niterói). “Entre outras atividades, recolhemos cartuchos de impressão usados para a revenda. O dinheiro arrecadado foi destinado à compra de leite em pó. Também reciclamos o lixo do edifício-sede e adquirimos cestas básicas para o pessoal da limpeza”, diz Marcílio. REQUISITOS Trabalhos artesanais feitos por integrantes do projeto “Eu que Fiz” O Comitê foi criado em 1999 – existe como pessoa jurídica desde 2001. É formado por 17 pessoas, que estão encarregadas de arrecadar leite em pó, brinquedos e roupas para hospitais, creches e orfanatos do Estado do Rio. “Tudo começou quando uma funcionária com um parente portador do vírus da Aids quis encontrar uma forma de agradecer ao atendimento dado pelo Hospital do Fundão. Um médico sugeriu a doação de latas de leite em pó, já que as mães de recém-nascidos com HIV não podem amamentar seus filhos sob o risco de transmitir o vírus”, explica Marcílio Mesquita Alves, vice-presidente do Comitê. Desde então, a instituição recebe doações mensais e participa de eventos no edifício-sede da BR, no Qualquer funcionário da BR pode participar do programa de voluntariado corporativo, por meio do site http://voluntariado.petrobras.com.br. O participante deverá seguir sete passos para a implantação de um novo projeto. São eles: prospecção do projeto, definição do desafio, interação com a comunidade, plano de ação, análise a alinhamento com o Programa Petrobras Fome Zero, implantação do plano de ação, avaliação e monitoramento. O apoio ao projeto não implica a liberação para atividade voluntária durante o horário de trabalho. A BR iniciará um amplo mapeamento de ações sociais voluntárias no âmbito interno com o objetivo de fortalecê-las, estimulando adesões. A companhia vai distribuir aos funcionários um questionário e, a partir das respostas, elaborar um banco de dados aberto à consulta. CONTATOS BR Milena Lobato [email protected] – (21) 3876-0735 Marcílio Mesquita Alves [email protected] – (21) 3876-4360 SOLUÇÕES 47 OPINIÃO DO ÁLCOOL AO FLEX FUEL O Flex Fuel já é uma realidade no Brasil. Nos últimos três anos, a indústria automobilística vendeu cerca de dois milhões de veículos bicombustível. Este número foi equivalente a quase 8% do total de automóveis comercializados no período. N os anos de 1970 e 1980, a indústria automobilística brasileira desenvolveu os motores de veículos leves para rodar com mistura gasolina-álcool, o que proporcionaram positivos efeitos econômicos, sociais e ambientais. Na mesma época, lançou no mercado veículos que podiam rodar exclusivamente a álcool. Nada menos que cinco milhões de unidades de veículos a álcool foram produzidas e comercializadas ao longo desse período até hoje no Brasil. Este é outro programa de largo alcance econômico, social e ambiental. Em 2003, a indústria automobilística brasileira passou a oferecer ao mercado veículos leves flex fuel, ou seja, que podem rodar, com qualquer mistura de álcool e gasolina. Este é outro feito formidável, e foi bastante oportuno para recuperar o consumo de etanol, com os desejáveis efeitos econômicos, sociais e ambientais. O produto caiu nas graças do consumidor por permitir a ele que, a cada abastecimento, escolha o combustível que pretende utilizar, gasolina ou álcool, ou 48 SOLUÇÕES qualquer mistura de gasolina e álcool. O consumidor pode economizar, ao comparar o preço na bomba de cada combustível, como ainda ter um “seguro” diante de uma eventual escassez ou falta de outro combustível. Tal veículo supera a alternativa carro a gasolina versus carro a álcool. Esse conforto, certamente, está na raiz do sucesso do produto, conquistado em apenas três anos. Basta dizer que de março de 2003 a agosto de 2006 foram comercializados dois milhões de unidades flex fuel, que já respondem por 76% das vendas totais de veículos leves (automóveis e comerciais leves). Há ainda empresas que oferecem ou irão oferecer o produto para três combustíveis, a saber, gasolina sem mistura (para o Mercosul, por exemplo), gasolinaálcool e álcool. Além disso, um outro combustível pode ser utilizado ainda por tais veículos, com a instalação de outro tanque, e esse combustível é o Gás Natural Veicular (GNV). Ou seja, o consumidor brasileiro está bem servido de combustíveis veiculares. Rogelio Golfarb, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) Esse é um esforço que envolve não só a indústria automobilística brasileira, mas também o parque de autopeças, os fabricantes e distribuidores de combustíveis e a pesquisa tecnológica. É um conjunto que demonstra a força do parque de veículos e de combustíveis do Brasil que, reitere-se, distribui riquezas sociais e ambientais. Agora, indústria automotiva, pesquisadores, fabricantes e distribuidores de combustíveis, estão empenhados em concretizar novo programa de combustíveis, que vem a ser o biodiesel, processo industrial que permite misturar óleo vegetal ao diesel fóssil. Pode-se dizer que é um novo Pró Álcool, do século XXI. Com esse combustível, estamos abrindo novas fronteiras em termos energéticos e, o que também é muito relevante, ampliando a gama de benefícios econômicos, sociais e ambientais. São essas iniciativas e pioneirismos do Brasil que permitiram ao país ter diversidade de combustíveis veiculares, diversidade essa que chama a atenção de todo mundo, dos países emergentes aos países desenvolvidos.