O Patinho Feio
E
ra uma vez uma casa num lindo bosque.
Havia uma lagoa bem ao lado da casa, de onde se podia ouvir o barulho da água batendo nas pedras.
Á beira da lagoa havia um ninho, bem escondido pelo verde das plantas. Era o ninho de uma pata
marrom, que chocava seus ovos calmamente.
Por muitos dias, a mamãe pata sentou-se no ninho, mantendo os ovos sempre quentinhos.
Finalmente, os ovos começaram a se quebrar. Os patinhos começaram a sair da casca, olhando para os
lados e vendo a lagoa, as plantas, o céu, pela primeira vez.
Mas um dos ovos, o maior de todos, não quebrou.
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—O que está acontecendo?
—Perguntaram os patinhos muito preocupados e
com certo medo de que algo ruim pudesse acontecer.
Por fim, o grande ovo também se quebrou, e o último
dos patinhos saiu.
Todos os outros se alegraram e se sentiram aliviados.
—Mas, qual não foi a surpresa?
Quando o patinho saiu do ovo eles ficaram espantados!
Como ele era diferente, grandão e feio!
A mamãe logo disse: — Eu cuidarei de você, assim
como vou cuidar de todos os outros patinhos.
No dia seguinte a mamãe pata falou:
—Vamos nadar, pois o dia está muito quente, e
vocês precisam conhecer a lagoa e também refrescar-se
um pouco.
Ela entrou na água, meio morna, mas bem limpinha,
e logo os filhinhos a seguiram.
A mamãe pata sempre na frente, e todos nadavam
contentes, e curiosos, para descobrir tudo a sua volta.
As horas passaram rápido! Foi bem divertido nadar.
Já era hora de deixar o lago, e um a um, todos os
patinhos saíram da água, enquanto a mamãe pata os observava atentamente.
Quando chegaram ao pátio, mamãe pata recomendou que todos ficassem perto dela e que fossem bem
educados com o restante da bicharada, pois era lá que
iriam morar agora.
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O Patinho Feio
Havia muitos patos no pátio, e pareciam donos daquele lugar.
Os patinhos permaneceram bem perto da mamãe,
e todos os outros patos se reuniram ao redor deles para
observá-los e admirá-los e fazerem seus comentários.
—Parabéns! — Os patos do pátio disseram. — Mas
tem um que é extremamente feio, grandão, diferente de
todos. Ele deve ir embora, pois aqui não é o seu lugar, é tão
diferente de nós. — disseram os patos.
—Meu filho não é feio — falou a mamãe pata, como
se atrevem dizer tal coisa?
Mas os outros patos não davam ouvidos ao que
ela dizia.
O patinho feio estava se sentindo muito infeliz e
achou melhor ir embora daquele lugar, pois logo percebeu
que jamais seria aceito.
Ele andou, andou, andou, até chegar a um grande pântano. Lá moravam patos selvagens. Com medo de não ser
aceito por eles, escondeu-se atrás das folhas e galhos secos.
Quando os patos selvagens encontraram o patinho
feio, perguntaram o que estava fazendo aí?
—Você é um pato muito feio e não pode ficar aqui,
pois aqui já moram muitos patos, todos bem bonitos, ninguém que se pareça com você, disseram eles.
O patinho feio decidiu ir embora outra vez.
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Depois daquele longo e frio inverno, o patinho voltou ao pântano e mais uma vez se escondeu em meio
as folhas.
Quando a primavera chegou, o sol aquecia a lagoa,
e tudo parecia mais animado. O patinho não sentia mais
medo, e muito tempo já havia passado desde a sua saída
de perto da mamãe pata. Ele estava pronto para conhecer novos lugares.
Voou alto, para bem longe do pântano. Após algum
tempo voando, desceu e foi descansar em um pequeno
rio, bem limpo, cheinho de peixinhos, e plantas nas beiradas. Bonitas pedras também haviam lá.
Então vários cisnes nadaram em sua direção. Logo
perguntaram: — Como chegou até aqui?
—Seja bem vindo!
—Você é um cisne como nós, e tem muito lugar aqui,
disseram eles.
O patinho olhou-se na água, e percebeu que, não
era mais um patinho feio, mas tinha se tornado um belo
cisne, branco!
Juntou — se aos outros cisnes, e passou a viver muito
feliz, pois encontrou verdadeiros amigos, que o acolheram.
Ilustração: Leila Santos Lis
www.atuacaovoluntaria.org.br
Reescrita por Silvia Benke Kroker
Andou por muito tempo, por caminhos estreitos,
e solitários. O sol estava forte, e o patinho feio estava
faminto e cansado. Ansiava por uma boa sombra.
Depois de andar muito, durante dias, encontrou um
lago bem grande. O patinho feio mergulhou até o fundo
para procurar comida e refrescar-se.
Havia outros patos lá, eles riram dele porque o acharam muito estranho e feio, e até engraçado, desajeitado.
O patinho feio procurou nem chegar perto deles.
O outono chegou. A paisagem mudou, a temperatura
mudou, a água estava mais fria e o vento esfriava a noite.
Certo dia, o patinho, que já havia crescido, viu cisnes
voarem no céu, e ficou emocionado. Como podiam voar
tão bem?
Então o inverno chegou. Os dias e as noites eram
muito frias, e o lago em que o patinho morava, era gelado. Numa manhã, o patinho feio amanheceu fraco, deitado na beira do lago quase morto de frio.
Um senhor muito simpático, encontrou o patinho,
colocou-o no bolso do seu casaco, e logo esquentou o
patinho, fazendo com que se sentisse bem.
O senhor levou o patinho para a sua casa, ofereceu-lhe comida e abrigo.
Quando se recuperou bem, percebeu que na casa
moravam outros animais, cachorros, gatos, e uma tartaruga. Os cachorros logo avisaram: Aqui você não vai ficar!
Tome o seu rumo! Mais uma vez o patinho procurou outro
lugar para viver.
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